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Segurança do Trabalho
ERGONOMIA
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
SUMÁRIO
Introdução .............................................................................................................. 04
02
Principais tendências da ergonomia....................................................................... 06
04
Considerações Preliminares: Trabalho e Condições de Trabalho .......................... 07
05
Origem e Evolução da Ergonomia.......................................................................... 11
09
Histórico ................................................................................................................. 15
13
Cronologia Mundial e Brasileira.............................................................................. 16
14
Ergonomia no Brasil – ABERGO .............................................................................20
18
Estudo das relações Homem – Máquina .................................................................22
20
Conceituação ..........................................................................................................23
21
Objeto e Objetivo da Ergonomia .............................................................................24
22
Três principais tipos de ergonomia..........................................................................25
23
Métodos e Técnicas ................................................................................................27
25
Técnicas utilizadas na análise do trabalho ..............................................................28
26
Texto de Apoio Nº 01 “LER / DORT” ...................................................................... 33
32
Texto de Apoio Nº 02 “22 Dicas para prevenir LER / DORT” ................................. 39
38
Revisando os Conceitos de Ergonomia ................................................................. 43
41
As diferentes Abordagens em Ergonomia .............................................................. 47
45
Os diferentes tipos de Ergonomia .......................................................................... 51
49
Abordagem Sistêmica em Ergonomia .................................................................... 52
50
Situações de Trabalho ........................................................................................... 59
57
Análise Ergonômica do trabalho..............................................................................63
61
Referências Bibliográficas ...................................................................................... 69
67
INTRODUÇÃO
ERGONOMIA
DEFINIÇÃO DE ERGONOMIA:
É a ciência que estuda a relação entre o homem e o seu trabalho,
equipamentos e meio ambiente.
No lar
No transporte
No lazer
Na escola
Principalmente, no trabalho
Ou seja, em qualquer lugar
MENOS
MAIS ESFORÇO
ERGONOMIA = FÍSICO E
MENTAL
CORRENTE AMERICANA :
Ergonomia dos métodos e das tecnologias, contínua necessidade de
adaptação da máquina ao homem;
CORRENTE EUROPÉIA:
Ergonomia da organização do trabalho, européia, estudo da inter-relação
entre o homem e o trabalho, como o homem “sente” e “experimenta” o trabalho.
SELL (1994b), afirma que com vistas à " melhoria das condições de
trabalho, tanto de forma corretiva - melhorias em sistemas já existentes -
quanto de maneira prospectiva - melhorias nos sistemas de trabalho em fase
de concepção e projeto - é necessário avaliar o trabalho humano existente, por
critérios bem definidos, aceitos e que obedeçam a uma hierarquia de níveis de
valoração relacionados com o trabalhador".
Assim:
Histórico
Cronologia...
Mundial Brasileira
Jastrezebowisky publica o artigo
1857 "ensaios de ergonomia ou ciência do 1857 -
trabalho"
Primeira reunião do grupo de
pesquisas para retomada dos
1949 1949 -
estudos sobre ergonomia e ciência
do trabalho.
Adoção do neologismo "Ergonomia"
1950 durante a segunda reunião do grupo 1950 -
de estudos.
Psicologia do Isop/FGV
Ergonomia no Brasil
fonte: ABERGO
I- AS CONDIÇÕES DE TRABALHO
II- TRÍADE:
Ergonomia
Psicologia:
Anatomia:
Fisiologia: Analisando as exigências do
Por meio da trabalho e estudando o
Antropometria e da Estudando, por meio da comportamento humano, no
Biomecânica, estuda função de cada organismo, a que tange ao processamento
o corpo humano, função de cada órgão e ainda de informações e formulação
suas dimensões e a do processo biológico de sua de decisões, relacionando
forma como cada manutenção, em relação às adaptações do organismo ao
órgão é estruturado cargas decorrentes de cada meio ambiente em função de
e como executa tarefa. treinamento, esforços e
suas funções. diferenças individuais.
Conceituação
Atividade
Ambientes físicos
O posto de trabalho
Dimensões Ruído
Iluminação Temperatura etc.
Boa postura
Uso adequado de mobiliários e equipamentos
Implantação de pausas
Ginástica laborativa (antes, durante e depois das atividades)
Métodos e Técnicas
Observação
Observação assistida
Direção do olhar
Técnico em Segurança do Trabalho 27
ERGONOMIA
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segurança
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Comunicações
Posturas
Estudo de traços
Tabelas de avaliação
TEXTO DE APOIO Nº 01
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Resumo
Este artigo diz respeito as afecções músculoesqueléticas ocasionadas por sobrecargas
biomecânicas que vêm sendo observadas nos últimos anos em todas as classes trabalhistas
em nosso país, sendo considerada nos dias de hoje uma epidemia mundial denominada como
LER/DORT. Estas afecções têm sido, na área da saúde, pauta de discussão e debates
buscando soluções tanto para prevenir como para tratar pessoas portadoras dessa patologia.
Introdução
Além do uso repetitivo, a sobrecarga estática, o excesso de força para execução de tarefas, o
trabalho sob temperaturas inadequadas ou o uso prolongado de instrumentos com
movimentos excessivos podem contribuir para o aparecimento das enfermidades
músculoesqueléticas. Assim sendo, a sigla LER (lesão por esforço repetitivo) é insatisfatória,
pois não determina outros tipos de sobrecarga que podem trazer prejuízo ao aparelho
locomotor, dessa forma, a LER adquiriu um estigma negativo, passando a ser designada
DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) (ZILLI,2002). O termo permitiu
ampliar os mecanismos de lesão, não só restritos aos movimentos repetitivos, mas que
também cincunscreve formas clínicas peculiares a algumas atividades ocupacionais e ainda
propõe o estabelecimento do nexo causal classificando-o como doença ocupacional (VIEIRA,
1999).
Histórico
No século seguinte, foram descritos na Europa quadros clínicos afetando o esqueleto axial e
periférico de trabalhadores que desempenhavam distintas tarefas laborativas. Na época esta
sintomatologia foi chamada de “cãimbras ocupacionais”. Entre as várias atividades
ocupacionais envolvidas, salientava-se a “cãimbra do escrevente”, que atingiu níveis de
epidemia no serviço civil britânico em 1833 (MOREIRA E CARVALHO,2001).
Epidemiologia
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segurança
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Existem inúmeros trabalhadores com queixas de dor atribuída a seu trabalho. A patologia é
reconhecida pela atual legislação brasileira gerando grande interesse nos meios médicos. O
ônus gerado ao governo, às indústrias e aos trabalhadores, levam os meios médicos a realizar
estudos e discussões que possam contribuir para uma melhor compreensão dessa patologia já
considerada como epidemia na saúde brasileira (NAKACHIMA, 2002).
Num estudo realizado na cidade de São Paulo, onde foram examinados 1.560 pacientes, o
sexo feminino representou 87% dos casos; sendo que a faixa etária mais afetada oscilava
entre 26 e 35 anos (MOREIRA E CARVALHO, 2001).
Em outro estudo realizado pela Cassi (Caixa de Assistência aos Funcionários do Banco do
Brasil) no ano de 2000, 26,2 % dos funcionários do Banco do Brasil apresentaram algum
sintoma que está relacionado à LER/DORT (AMERICANO, 2001).
Etiologia
Sabe-se então que um ambiente de trabalho organizado, com pessoas bem treinadas e
condicionadas com respeito aos fatores ergonômicos e aos limites biomecânicos certamente
diminuem o risco de desencadeamento das chamadas LER/DORT (MOREIRA e CARVALHO,
2001).
Alguns dos principais distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho citados por Couto
(1998) são: tendinite e tenossinovite dos músculos dos antebraços, miosite dos músculos
lumbricais e fasciíte da mão, tendinite do músculo bíceps, tendinite do músculo supra-
espinhoso, inflamação do músculo pronador redondo com compressão do nervo mediano,
cisto gangliônico no punho, tendinite De Quervain, compressão do nervo ulnar, síndrome do
túnel do carpo, compressão do nervo radial, síndrome do desfiladeriro torácico, epicondilite
medial e lateral, bursite de cotovelo e ombro, síndrome da tensão cervical e lombalgia.
Fatores de Risco
Avaliação Clínica
O paciente portador de LER/DORT deve ter os locais onde há dor examinados como também
ser submetidos ao exame físico global do sistema múculoesquelético, pois afecções
músculoesqueléticas cervicais e lombares podem ser causas ou fatores agravantes da dor. Os
sintomas e os padrões clínicos que expressam a LER/DORT são variados, freqüentemente
vagos e muitas vezes inespecíficos, pois várias estruturas músculoesqueléticas e nervosas
podem estar comprometidas isolada ou associadamente (CODO e ALMEIDA, 1998).
Tratamento e prevenção
O tratamento fisioterápico consiste em: termoterapia (calor profundo como ondas curtas ou
ultra-som), eletroterapia, massagens, cinesioterapia, hidroterapia, órteses, RPG e outras
técnicas. O fisioterapeuta deve levar em consideração tanto o estágio evolutivo da doença,
como as respostas do paciente a tratamentos anteriores (PEROSSI, 2001).
Conclusão
Referências
*Disponível em:
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/reumato/ler_dort_epidemia.htm
acesso em: 06 set 2008
TEXTO DE APOIO Nº 02
Quem nunca ouviu falar nas LER lesões por esforços repetitivos ou nos DORT
distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho?
LER ou DORT?
Por tais razões, estudiosos recomendaram que este termo fosse abandonado e se
passasse a usar o termo DORT Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho,
pois numa primeira fase ocorrem os distúrbios, com sintomas como fadiga, peso e dor
nos membros e somente depois aparecem as lesões.
Em geral, qualquer trabalhador pode estar sujeito aos DORT. Percebemos que quem
sofre muita pressão psicológica no trabalho está predisposto ao desconforto ou dor
persistente nos músculos, tendões e outras partes do corpo. Com tratamento adequado,
muitas das condições da síndrome são reversíveis , comenta.
Monitor:
Teclado e mouse:
Dicas preventivas:
19 - Durante essas pausas faça alguns alongamentos para as áreas de seu corpo que
estiverem executando a tarefa.
20 - Cuide para sempre permanecer com uma boa postura, incluindo a adequação do seu
posto de trabalho de acordo com as características físicas e com sua atividade
21 - Não realizar força nem pressão exageradas, repetitivas ou frequentes em sua
atividade
22 - As LER/DORT são curáveis, principalmente nos primeiros estágios. Portanto,
procure ajuda.
estos aspetos são compatíveis com uma melhor produtividade, através, entre
outros, da otimização dos esforços e movimento no desenvolvimento das
tarefas, de uma diminuição da probabilidade de erros, da melhora das
condições de trabalho".
Pode-se constatar, em todos os conceitos formulados, que a ergonomia
está preocupada com os aspectos humanos do trabalho, em qualquer situação
onde este é realizado e, desta maneira, ela busca não apenas evitar aos
trabalhadores postos de trabalhos fatigantes e/ou perigosos, mas procura
colocá-los nas melhores condições de trabalho possíveis, de forma a aumentar
a eficácia do sistema de produção.
A ergonomia tem sua base centrada no ser humano e esta
antropocentricidade pode resgatar o respeito ao ser humano no trabalho, de
forma a se alcançar não apenas o aumento da produtividade, mas sobretudo
uma melhor qualidade de vida no trabalho.
Quanto a abrangência:
a) Ergonomia de Posto de Trabalho: abordagem
microergonômica;
b) Ergonomia de Sistemas de Produção: abordagem
macroergonômica.
Quanto a contribuição:
a) Ergonomia de Concepção: é a aplicação de normas e
especificações ergonômicas em projeto de ferramentas e
postos de trabalho, antes de sua implantação;
b) Ergonomia de Correção: é a modificações de situações de
trabalho já existentes. Portanto, o estudo ergonômico só é
feito após a implantação do posto de trabalho;
c) Ergonomia de Arranjo Físico: é a melhoria de sequências e
fluxos de produção, através da mudança de leiaute das
plantas industriais (por exemplo: mudança de um leiaute
por processo para um leiaute por produto);
d) Ergonomia de Conscientização: é a capacitação das
pessoas nos métodos e técnicas de análise ergonômica do
trabalho.
Quanto a interdisciplinaridade:
a) Engenharia: é o projeto e a produção ergonomicamente
corretos, garantindo a segurança, a saúde e a eficácia do
ser humano no trabalho;
b) Design: é a aplicação das normas e especificações
ergonômicas no projeto e design de produtos;
c) Psicologia: recrutamento, treinamento e motivação do
pessoal;
d) Medicina e Enfermagem do Trabalho: é a prevenção de
acidentes e de doenças do trabalho;
e) Administração: gestão de recursos humanos, projetos e
mudanças organizacionais.
Teoria de sistemas
1) Cibernética:
Cibernética é a ciência da comunicação e do controle, seja dos seres
vivos naturais (homem), seja dos seres artificiais (máquina). A comunicação
configura a interação existente entre o emissor e o receptor, enquanto que o
controle configura a regulação existente, isto é, a retroação. Segundo
BERTALANFFY (1975), "cibernética é uma teoria dos sistemas de controle
baseada na comunicação (transferência de informação) entre o sistema e o
meio ambiente, e dentro do próprio sistema, e do controle (retroação) da
função dos sistemas com respeito ao ambiente". O campo de estudo da
cibernética são os sistemas.
2) Conceito de Sistema:
BERTALANFFY (ibidem) define "sistema como um conjunto de unidades
reciprocamente relacionadas". Desta definição decorrem dois conceitos:
Objetivo do sistema: as unidades, bem como os relacionamentos,
definem um arranjo que visa sempre um objetivo.
Globalidade do sistema: o sistema sempre reagirá globalmente a
qualquer estímulo produzido em quaisquer das suas unidades. Isto é, há uma
relação de causa-efeito entre as diferentes partes de um sistema.
A definição de um sistema depende da focalização à ele dada, pelo
sujeito que pretenda analisá-lo. Uma determinada situação de trabalho pode
ser:
Um sistema;
Um sub-sistema;
Um super-sistema.
Hipercomplexos;
Impenetráveis.
7) Conceito de Homeostasia:
A homeostasia, ou homeostase, é a capacidade que têm os sistemas de
manterem um equilíbrio dinâmico, entre suas diversas componentes ou partes,
por intermédio do mecanismo de retroação (auto-controle ou auto-regulação).
Os sistemas homeostáticos tendem ao progresso, ao desenvolvimento.
8) Conceito de Redundância:
A redundância é a quantidade de informação excedente, correspondente
aos sinais, cuja ocorrência pode ser prevista a partir de outros sinais.
9) Conceito de Entropia:
O conceito de entropia vem da segunda lei da termodinâmica, segundo a
qual "um sistema termodinâmico que não troca energias com o meio ambiente
externo tende a entropia, isto é, tende à degradação, à desintegração e, enfim,
ao desaparecimento".
Tarefa prescrita;
Tarefa induzida ou redefinida;
Tarefa atualizada.
Situação de Trabalho:
Aplicações da ergonomia
1) Ergonomia na indústria:
Abordagem Tradicional
ABORDAGEM TRADICIONAL
Abordagem Ergonômica
Levantamento de dados:
FUNDAMENTOS CONCEITUAIS:
Hipóteses em Ergonomia:
A atividade de trabalho
é a mobilização total do
indivíduo, em termos de
comportamentos, para
realizar uma tarefa que
é prescrita;
Trata-se, então, da mobilização das funções fisiológicas e
psicológicas de um determinado indivíduo, em um determinado
momento;
A parte observável da atividade (sensório-motora) pode ser
evidenciada pelo conjunto de ações de trabalho que caracteriza
os modos operativos; A parte não observável (mental) pode ser
caracterizada pelos processos cognitivos: sensação, percepção,
memorização, tratamento de informação e tomada de decisão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAMS, M A, HUTTON, W C, The effect of posture on the role of apophyseal
joints in resisting intervertebral compressive forces, J. Bone Jt. Surg. 1988.
IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo : Edgard Blücher, 2005.