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INSTITUTO INDUSTRIAL E COMERCIAL FREI BENITO

TÉCNICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL CV3

AGIR EM CASO DE OCORRÊNCIA DE ACIDENTE DE TRABALHO

Quelimane, Abril de 2024

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INSTITUTO INDUSTRIAL E COMERCIAL FREI BENITO

4º Resultado de Aprendizagem

Agir em Caso de Ocorrência de Acidente de Trabalho

Formandos:

Admiro Betinho Victor

Ali Ernesto Binácio

Fernando Tomás Rajabo

Genito Félix Eugénio

Jorge Baptista Ambistinho

Maiquel Américo Macossa

Formadora:

Esteves Elias Tomo

Quelimane, Abril de 2024


Índice
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 1

2. AVALIAR O GRAU DE GRAVIDADE DA SITUAÇÃO PARA SUA SAÚDE E DAS VÍTIMAS............ 2

3. ESCOLHER ENTRE PRESTAR ASSISTÊNCIA OU RECORRER A AJUDA EXTERNA ........................ 2

4. APLICAR UM PLANO DE EMERGÊNCIA ................................................................................................. 3

5. TER EM CONTA GÉNERO, IDADE OU DEFICIÊNCIA ............................................................................ 4

6. CONCLUSÃO ................................................................................................................................................. 6

7. REFERENCIAS ............................................................................................................................................... 7
1. INTRODUÇÃO

O ambiente de trabalho, apesar dos esforços em prol da segurança, está sujeito a incidentes
que podem resultar em acidentes de trabalho. Esses eventos não apenas afectam o indivíduo
directamente envolvido, mas também têm implicações significativas para a empresa, seus
colaboradores e a sociedade como um todo. Diante dessa realidade, é essencial que as
organizações estejam preparadas para agir de forma rápida e eficaz em caso de ocorrência de
acidentes de trabalho. Esta pesquisa busca explorar as melhores práticas e procedimentos a serem
adoptados para garantir uma resposta adequada em situações de emergência no local de trabalho,
visando proteger a segurança e o bem-estar dos trabalhadores, além de cumprir com as
obrigações legais e promover um ambiente de trabalho seguro e saudável.

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2. AVALIAR O GRAU DE GRAVIDADE DA SITUAÇÃO PARA SUA SAÚDE E DAS VÍTIMAS

A avaliação da situação em um acidente de trabalho é uma etapa fundamental para


determinar a gravidade do incidente e a resposta adequada que deve ser tomada. Abaixo estão os
principais aspectos a considerar;

 Segurança: Primeiro, avaliar se o local do acidente é seguro para você e para outras
pessoas. Verifique se não há riscos imediatos, como electricidade, fogo, produtos
químicos perigosos ou instabilidade estrutural. Se necessário, tome medidas para eliminar
ou mitigar esses perigos antes de se aproximar da vítima.

 Condição da vítima: Verificar o estado da vítima. Determine se ela está consciente ou


inconsciente, respirando ou não, e se há sinais de sangramento ou outras lesões visíveis.
Avalie se a vítima está em perigo imediato ou se existe a possibilidade de que sua
condição piore sem intervenção rápida.

 Ambiente: Observar o ambiente ao redor da vítima para identificar quaisquer factores


que possam influenciar a situação, como obstáculos que dificultem o acesso à vítima ou
condições ambientais que possam piorar sua condição, como calor extremo ou falta de
ventilação.

 Número de vítimas: Determinar se há mais de uma vítima envolvida no acidente. Se


houver, avalie a gravidade das lesões de cada uma e priorize a assistência de acordo com
a necessidade.

3. ESCOLHER ENTRE PRESTAR ASSISTÊNCIA OU RECORRER A AJUDA EXTERNA


Ao avaliar a situação em um acidente de trabalho, a escolha entre prestar assistência no
local ou recorrer a ajuda externa depende de vários factores, incluindo a gravidade das lesões,
seus conhecimentos em primeiros socorros, a disponibilidade de recursos e a capacidade de
accionar ajuda externa rapidamente. Os seguintes factores podem ajudar na tomada de decisão:

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 Gravidade das Lesões: Se a vítima estiver gravemente ferida, inconsciente ou
apresentando sinais de parada cardiorrespiratória, é crucial accionar imediatamente ajuda
externa ligando para o serviço de emergência local (como o número 117 em
Moçambique) e iniciar os procedimentos de primeiros socorros até a chegada dos
socorristas.

 Conhecimentos em Primeiros Socorros: Se o socorrista tiver treinamento adequado em


primeiros socorros e a vítima estiver consciente e respirando, pode prestar assistência
imediata no local. Isso pode incluir controlar o sangramento, imobilizar lesões, aplicar
curativos e garantir a estabilidade da vítima até a chegada da ajuda profissional.

 Recursos Disponíveis: Recursos disponíveis no local, como kits de primeiros socorros,


equipamentos de segurança e assistência de colegas de trabalho. Se você tiver os recursos
e o conhecimento necessário para prestar assistência com segurança, pode ser apropriado
fornecer cuidados no local.

 Rapidez da Ajuda Externa: Pensar no tempo que levará para a ajuda externa chegar ao
local do acidente. Se os socorristas não puderem chegar rapidamente ou se a vítima
precisar de assistência imediata, pode ser necessário prestar os primeiros socorros no
local até a chegada da ajuda profissional.

4. APLICAR UM PLANO DE EMERGÊNCIA


Aplicar um plano de emergência é essencial para garantir uma resposta rápida e eficaz a
situações de emergência, como incêndios, acidentes graves ou outras crises que possam ocorrer
em um local de trabalho. Mencionamos alguns passos básicos para aplicar um plano de
emergência:

 Conhecimento do Plano: Certificando-se de que todos os funcionários estejam


familiarizados com o plano de emergência. Isso inclui saber onde encontrar cópias do
plano, entender os procedimentos a serem seguidos e conhecer os pontos de encontro
designados e as rotas de evacuação.

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 Treinamento: Realizar treinamentos regulares com todos os funcionários para garantir
que saibam como agir em caso de emergência. Isso pode incluir simulações de
evacuação, treinamento em primeiros socorros e familiarização com o uso de
equipamentos de segurança.

 Comunicação: Estabelecer sistemas claros de comunicação para garantir que todos os


funcionários sejam alertados rapidamente em caso de emergência e saibam o que fazer.
Isso pode incluir sistemas de alarme audíveis, sistemas de comunicação por alto-falantes
ou uso de mensagens de texto ou aplicativos móveis.

 Evacuação: Definições rotas de evacuação claras e sinalizadas e pontos de encontro


seguros fora do prédio. Certifique-se de que todos os funcionários saibam como evacuar
com segurança e quais são os procedimentos a serem seguidos em caso de incêndio ou
outra emergência que exija evacuação.

 Equipamentos de Segurança: Garantir que todos os equipamentos de segurança


necessários estejam em boas condições de funcionamento e sejam facilmente acessíveis.
Isso pode incluir extintores de incêndio, alarmes de incêndio, kits de primeiros socorros,
equipamentos de protecção individual (EPIs).

 Revisão e Actualização: Revisar regularmente o plano de emergência para garantir que


ele continue sendo eficaz e relevante. Isso pode incluir a realização de exercícios de
simulação, revisão dos procedimentos após incidentes reais e actualização do plano
conforme necessário para abordar novas ameaças ou mudanças nas operações da
empresa.

5. TER EM CONTA GÉNERO, IDADE OU DEFICIÊNCIA


Ao prestar socorro a uma vítima em uma situação de emergência, é fundamental levar em
conta factores como género, idade e possíveis deficiências para garantir que a assistência seja
prestada de maneira eficaz e adequada às necessidades específicas da pessoa.

 Género: Ao prestar socorro, respeitar a privacidade e a dignidade da vítima,


independentemente do género. Em certas situações, como ao realizar procedimentos de

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primeiros socorros que envolvam a exposição do corpo da vítima, é importante garantir a
presença de testemunhas do mesmo género ou oferecer opções para a vítima se sentir
mais confortável, se possível.

 Idade: Considerar as necessidades específicas de vítimas de diferentes faixas etárias ao


prestar socorro. Por exemplo, crianças podem necessitar de técnicas de RCP adaptadas,
doses de medicamentos ajustadas e uma abordagem mais sensível para garantir que se
sintam seguras e calmas durante o atendimento. Idosos podem ter condições médicas pré-
existentes que exigem cuidados especiais, como doenças cardíacas ou diabetes.

 Deficiência: Se a vítima tiver uma deficiência, é importante adaptar a assistência


prestada de acordo com suas necessidades específicas.

Por exemplo, se a vítima tiver deficiência visual ou auditiva, comunique-se de maneira


clara e acessível, utilizando sinais visuais ou tácteis, se necessário. Se a vítima tiver
mobilidade reduzida, preste assistência para garantir sua segurança e conforto durante o
atendimento.

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6. CONCLUSÃO

Em conclusão, a eficácia da resposta em caso de acidentes de trabalho é fundamental para


mitigar os impactos negativos desses eventos. Ao adotar medidas proativas, como a
implementação de políticas de segurança robustas, a realização de treinamentos regulares e a
promoção de uma cultura organizacional voltada para a prevenção de acidentes, as empresas
podem reduzir significativamente os riscos de ocorrência de incidentes no local de trabalho.
Além disso, é crucial que haja planos de emergência claros e procedimentos bem definidos para
garantir uma resposta rápida e eficiente em situações de crise. Ao priorizar a segurança e o bem-
estar dos trabalhadores, as organizações não apenas cumprem com suas responsabilidades legais,
mas também contribuem para a construção de um ambiente de trabalho seguro, saudável e
produtivo para todos.

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7. REFERENCIAS

 Fonseca, A, Ferraz I.(2002). Higiene e Segurança no Trabalho. AEP - Associação Empresarial de


Portugal.
 Miguel, A,S. Manual de Higiene e Segurança do Trabalho, Alberto Sérgio
 Julião,T, N, A. (2022). Análise dos Procedimentos de Higiene de Trabalho e Saúde Ocupacional
na Manutenção de Automóveis da Empresa Tsg.
 Tribolet, J, M,N, S. (2016)Segurança e Saúde no Trabalho: Princípios e Práticas. Editora Lidel.

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