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DIRETORIA TÉCNICA

BODYTECH COMPANY

E-BOOK
EMERGÊNCIAS
EM ACADEMIAS
Prof.:

Emerson Luiz
Costa da Silva
Graduação em Educação Física, UCL
Graduação em Enfermagem, UCL
Pós Graduado em Fisiologia do Exercício
e Treinamento Desportivo, UCB
Pós Graduação em Enfermagem do Trabalho, UCL
Pós Graduado em Urgências e Emergências, Faculdade Única
Pós Graduação em Enfermagem no Transporte Aeromédica, FIC
Pós Graduação em Enfermagem em UTI Neonatal e Pediátrica,
Faculdade Iguaçú
Enfermeiro do Trabalho e Coordenador Nacional de Emergência,
Bodytech Company
Enfermeiro/Instrutor do Núcleo de Educação Permanente –SAMU-RJ
Técnico em Emergências Médicas Avanzadas – EMT-A - CESPAM
Instrutor de Urgências Pré-Hospitalares do Corpo de Bombeiros
Instrutor do curso Essentials of Pre-Hospital Trauma Care, IPHMI
Instrutor de Primeiros Socorros, RCP e DEA – ACES/AIDER
Instrutor nas Capacitações em SBV pelo Conselho de Educação Física CREF-1
Técnico em Emergências Médicas, CBMER
Instrutor de Urgências Pré-Hospitalares do Corpo de Bombeiros
Instrutor de BLS da AHA –American Heart Association Tripulante
Operacional em aeronaves de asa rotativa, CBMERJ
Instrutor do CURSO TACTICAL COMBAT CASUALTY CARE –LATINOAMÉRICA
Instrutor Trainer da American Safety & Health Institute
Instrutor do International Trauma Life Support Military - ITLS
SITUAÇÕES EMERGENCIAIS
CONCEITOS
Emergência é uma condição onde a vítima se encontra
em risco de vida iminente, dessa forma necessitando de cuidados
médicos imediatos o mais precoce possível.

Urgência é um agravo súbito à saúde, com ou sem risco de vida iminente,


no entanto requer atenção e necessita de cuidados médicos o mais
precoce possível.

Primeiros socorros é o atendimento que é prestado


a um acidentado ou alguém acometido de um mal súbito,
antes da chegada do médico, ou seja, são medidas iniciais e imediatas
dedicadas à vítima, fora do ambiente hospitalar executadas por qualquer
pessoa, treinada, para garantir a vida, proporcionar bem estar e evitar
agravamento das lesões existentes.

Socorrista é a pessoa tecnicamente capacitada e habilitada para,


com segurança, avaliar e identificar problemas que comprometem a vida.
BASES LEGAIS
Constituição Federal de 1998

Artigo 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade,
à segurança e à propriedade, nos termos seguintes.

Artigo 196 - A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido


mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco
de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações
e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

A legislação brasileira na área de atenção às urgências e emergências


é relativamente recente e está em constante atualização.

As primeiras normatizações surgiram a partir do final da década de 1990,


especificamente em 1998, com a Resolução n°1.529 do Conselho Federal
de Medicina e com a Portaria GM/MS n° 2.923 do MS, que determinaram
investimentos na área de assistência às urgências e emergências,
e posteriormente, com a Portaria GM/MS n° 824/99, que estabeleceu
diretrizes e normas para a implantação de centrais de regulação médica
e de serviços de APH. Esta portaria foi revisada no ano de 2000 por
membros do MS e por especialistas na área de urgência e emergência,
sendo revogada a partir do lançamento da Portaria GM/MS n° 814/2001,
e estabeleceram diretrizes que culminaram na Portaria GM/MS
n° 2.048/2002, denominada Regulamento técnico dos Sistemas
Estaduais de Urgência e Emergência.
Artigo 135 do Código Penal - Deixar de prestar assistência, quando possível
fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa
inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não
pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção,
de um a seis meses, ou multa.

Portaria n° 824 de 24 de junho de 1999 - Estabelece diretrizes e normas


para implantação de centrais de regulação médica e de serviços de APH.

Portaria n° 2.048 de 5 de novembro de 2002 - Institui o Regulamento


Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência.

Decreto Federal n° 5.055 de 27 de abril de 2004 - Institui o SAMU


em municípios e regiões do território nacional e dá outras providências.

Portaria n°2.971 de 8 de dezembro de 2008 - Institui o veículo motocicleta


– motolância – como integrante da frota de intervenção do SAMU em toda
rede SAMU 192 e define critérios técnicos para sua utilização.

Lei Estadual nº 7696 de 26/09/2017 – dispõe sobre a obrigatoriedade


de curso de SBV para profissionais de Educação Física no Estado
do Rio de Janeiro.

Decreto Estadual nº 4447 de 14 de agosto de 1981 - dispõe sobre


equipamentos obrigatórios em piscinas no Estado do Rio de Janeiro.
PROGRAMA DE AÇÃO
DE EMERGÊNCIA
(PAE)
Todas as academias devem possuir um Programa de Ação de Emergência
que contemple o envolvimento de todos os colaboradores da unidade.

É importante que todos os colaboradores sejam treinados rotineiramente


e saibam qual a sua função dentro do Plano de Ação de Emergência
quando este for acionado.

Basicamente o PAE deve ser constituído por ações que visam proporcionar
a primeira resposta a ocorrência de maneira segura e organizada com
estratégias de atuação definidas dentro das diversas áreas da unidade.

Nas academias, o PAE possui basicamente três vertentes: recepção,


profissional da área técnica e gestão, onde cada membro destas áreas
possuem funções específicas no processo de acionamento
para atendimento a emergências.
Recepção – É constituída por profissionais que fazem
a recepção dos clientes e venda nas academias. Em situações
de emergências, são estes os responsáveis por proporcionar o suporte
logístico ao atendimento, fazendo com que ao serem informados
da ocorrência, disponibilizem os materiais para prestação dos primeiros
socorros ao profissional da área técnica que estiver no local tais como:
Desfibrilador Externo Automático, dispositivos de respiração artificial,
caixa de primeiros socorros, cilindro de oxigênio, após proporcionar este
suporte, deverá entrar em contato com o Serviço Móvel
de Atendimento de Urgência - SAMU 192 e Corpo de Bombeiros 193
e solicitar ajuda para o atendimento. Deverá informar a gestão da unidade
o que está acontecendo e verificar no sistema do cliente, se possível,
se há informações relevantes à ocorrência.

Profissional da Área Técnica - É o professor de educação física que estará


em sala, seja na musculação, coletivas, piscina ou atividades Kids,
que por questões legais tem seu enquadramento técnico como profissional
de saúde e desta forma com as maiores características técnicas para
socorrer a vítima. É quem proporcionará a primeira resposta à emergência
realizando os procedimentos emergenciais para manter as condições
mínimas de sobrevida da vítima até a chegada do SAMU ou Corpo
de Bombeiros.

Gestão – A equipe de gestão é constituída pelo gerente, coordenador,


supervisor e adm. São os profissionais que deverão auxiliar no atendimento
e realizar o gerenciamento da ocorrência, exemplo: decidir para qual
hospital levar a vítima, utilizar um veículo (taxi/uber) para remover
a vítima, fazer contato com familiares para informar o ocorrida, preencher
o Formulário de Comunicação de Ocorrência- FCO, etc.
MATERIAIS
KITS DE PRIMEIROS
SOCORROS
Todas as unidades possuem um armário de emergência
em suas dependências, cuja função é manter todos os materiais
necessários para atendimento de uma emergência em um único local
para que seja facilitado o processo de pronta resposta a emergência.

É importante ressaltar que os armários não podem estar trancados


com chaves ou cadeados, seu acesso deve estar liberado, deve ser
acondicionado em local de fácil acesso para todos e estar identificado.

Abaixo segue a relação dos itens.

● Armário de madeira
● Caixa de primeiros socorros
(ataduras, gaze, esparadrapo, band-aid, termômetro, tesoura, soro
fisiológico, álcool a 70%, antisséptico local, cotonete, luvas
de procedimento, aparelho de gilete, toalha de rosto, bolsa de gelo/gel
frio-calor);
● Desfibrilador externo automático – DEA;
● Pocket mask;
● Prancha longa para transporte de vítimas;
● Kit de oxigenoterapia completo;
● Talas para imobilização de membros em EVA;
● Colar cervical regulável;
● Esfigmomanômetro;
● Estetoscópio.
REGRAS GERAIS
PARA PRESTAÇÃO
DOS PRIMEIROS SOCORROS

● Manter-se calmo e conduzir o socorro com serenidade;

● Identificar-se para a vítima em voz alta e clara;

● Informar a vítima sobre o que está acontecendo;

● Sinalizar o local para evitar outros acidentes;

● Afastar os curiosos;

● Garanta sua própria segurança;

● Avalie os riscos presentes no local;

● Peça ou mande alguém acionar o serviço especializado;


INFORMATIVO RECEPÇÃO
ACIDENTE
OU EMERGÊNCIA
Chame imediatamente um professor para iniciar o atendimento,
chame também o Gerente ou Coordenador da unidade
para acompanhar o caso.

Disponibilize todo material de primeiros socorros, principalmente


o desfibrilador, para chegar à vítima o mais rápido possível.

Verifique com o nosso profissional que está socorrendo se


é necessário chamar uma ambulância.

Veja na ficha do cliente: Plano de saúde, doenças, alergias,


medicamentos e etc. Passe para o nosso socorrista estes dados.

Caso o cliente esteja consciente, perguntar qual o seu plano


de saúde, onde ele quer ser encaminhado e se quer que avise
para alguém.

Caso esteja inconsciente, o Gerente ou o Coordenador da Unidade


deverá buscar uma forma de contato com familiares para informar
o caso.

Após o cliente ser atendido, independente do desfecho, a equipe


de gestão deve preencher o FCO no sistema interno da rede.
INFORMATIVO ÁREA TÉCNICA
PRIMEIROS SOCORROS
Em caso de emergência ou acidente:

Interrompa a aula ou o treino e socorra imediatamente o cliente.

Chame o mais rápido possível alguém para ajudar no atendimento.


Procure um profissional treinado em emergência da nossa equipe.

Avise a recepção e peça para alguém trazer o equipamento


de primeiros socorros (inclusive o desfibrilador) imediatamente.
Caso a vítima esteja inconsciente ou com um problema grave,
sempre chame a ambulância.

O desfibrilador (caso use) só poderá ser retirado na ambulância


ou no hospital pelo médico.

Inicie imediatamente os procedimentos de primeiros socorros


até a chegada da equipe de emergência.

Sempre disponibilize encaminhar o cliente para avaliação


no serviço médico hospitalar e acompanhe-o até o hospital.
I -AVALIAÇÃO
DA VÍTIMA
Sua participação é muito importante em casos de emergência.
Interrompa a aula ou treino imediatamente e socorra o cliente.

Esteja sempre preparado e avalie bem o cenário da emergência antes de agir.


Chame outro professor ou membro da nossa equipe e peça para informar
a recepção da unidade que está havendo uma emergência (identifique o local),
solicite que seja acionado o serviço de emergência 192/193 e disponibilize
o desfibrilador (DEA) e demais materiais de primeiros socorros
para atendimento. Caso a vítima esteja irresponsiva ou respirando
com dificuldade (gasping), se o serviço de emergência já foi acionado,
inicie imediatamente as manobras de ressuscitação.

OBS: As unidades localizadas em shoppings deverão fazer o acionamento


da Brigada de Emergência do shopping concomitantemente com o serviço
do 192/193.
II - AVALIAÇÃO
DA VÍTIMA
Ao verificar que a vítima não respira e não apresenta pulso
carotídeo(profissionais de saúde), constata-se que a vítima se encontra em
Parada Cardiorrespiratória.

A vítima deve estar em uma superfície plana e rígida e deverá ser iniciada
as manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar, que consiste em executar 30
compressões torácicas para 2 ventilações artificiais. Se não houver pocket
mask disponível, realize apenas as compressões, de forma ininterrupta
até a chegada do socorro especializado, mantendo uma frequência de 100
à 120 compressões por minuto na profundidade de 5 à 6cm.

Lembre-se, permita o retorno total do tórax da vítima a posição inicial


após cada compressão.
III - AVALIAÇÃO
DA VÍTIMA
O desfibrilador (DEA) deve ser conectado ao tórax do paciente tão logo esteja
disponível sem perda de tempo seguindo rigorosamente suas instruções.
Junto aos DEA’s deve-se manter um kit contendo:

● Uma tesoura corta vestes para que possa ser utilizada para cortar a vestimenta
da vítima expondo o tórax, deixando-o desnudo;
● Uma toalha de rosto para realizar a secagem do tórax da vítima caso esteja
molhado ou suado;
● Um aparelho de gilete para realizar a tricotomia(raspagem) dos pelos do tórax
caso a vítima seja do sexo masculino e possua o tórax muito peludo.
OBS¹.: Os procedimentos são os mesmos vítimas adultas e crianças, no entanto para
realização das compressões torácicas em crianças pode-se considerar utilizar
apenas uma das mãos considerando as características morfológicas da criança
e relação de força aplicada pelo socorrista.

Em bebês, usar apenas dois dedos, indicador e dedo médio.

OBS².: O DEA pode ser utilizado em crianças. No entanto, devem ser observadas
as orientações do fabricante em relação a necessidade de eletrodos(PADS)
pediátricos ou manipulação do equipamento para o módulo pediátrico.
Nos casos em que vítima esteja irresponsiva, porém a mesma esteja respirando,
com a presença de pulso, e o socorrista necessita deixá-la para solicitar ajuda,
a vítima deverá ser posicionada em posição de recuperação(PR) ou posição
lateral de segurança(PLS). Este posicionamento tem por objetivo evitar
que a vítima possa sofrer uma broncoaspiração caso venha a regurgitar
e auxilia na permeabilização das vias aéreas evitando a queda de língua.

QUANDO PARAR
A RESSUCITAÇÃO
A Ressuscitação deve ser iniciada assim que a Parada Cardiorespiratória
for identificada e deve ser mantida até a chegada do serviço especializado,
porém em algumas situações recomenda-se interromper os esforços
de ressuscitação.

● Ordem médica;

● Cansaço extremo do socorrista;

● Resposta da vítima – RCE(retorno da circulação espontânea).


SUPORTE
BÁSICO DE VIDA
CLIENTE PASSANDO MAL
Interrompa a aula imediatamente, avalie o cenário com cuidado e socorra o cliente. Atenção !!!

Peça por ajuda, Chame os professores, avise a recepção da unidade e peça para ligar para o serviço de
emergência,disponibilize o desfibrilador e os materiais de primeiros socorros

Identifique o nível de consciência e a respiração (não respira ou apresentando dificuldade para respirar)

INCONSCIENTE COM INCONSCIENTE, PORÉM


DIFICULDADE OU SEM RESPIRAR RESPIRANDO

Inicie as compressões no Sinais de circulação


tórax (RCP) 30 compressões (tosse, mexe, respira)
X 02 Ventilações

Coloque-a na posição de recuperação,


Tão logo chegue o caso não tenha suspeita de lesão na
desfibrilador aplique-o coluna e monitore os sinais vitais
na vítima sem perda
de tempo
Chame ajuda na recepção e um
profissional da área técnica
Análise do ritmo

LESÃO NA COLUNA OU PESCOÇO


Choque indicado

Imobilize a vítima em prancha longa,


SIM NÃO
colar cervical e imobilizadores laterais
Reinicie a RCP de cabeça e espere a equipe médica
imediatamente por 2 chegar e assumir a vítima
minutos
Aplique 1 choque, reinicie a
Analise o ritmo a cada 2
RCP imediatamente por 2
minutos. minutos Continue até que a
Analise o ritmo a cada 2 equipe médica chegue ou a
minutos vítima comece a mexer

Alguém da equipe deve acompanhar o cliente ao hospital e avisar a família. Só deixe o cliente quando
alguém da família estiverpresente

Realize o registro da ocorrência no sistema, acompanhe o cliente pessoalmente ou por telefone


OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS
POR CORPO ESTRANHO
As obstruções de vias aéreas por corpo estranho são condições que podem levar
as vítimas a situações que comprometam a vida do indivíduo, e por este motivo
as medidas de primeiros socorros devem ser realizadas o mais precoce possível.
A identificação da obstrução de vias aéreas é o primeiro passo na prestação
do socorro. As obstruções de vias aéreas podem ser divididas em:

Parcial – Adultos e crianças podem apresentar dificuldade para emitir algum tipo
de som. Bebês podem emitir algum tipo de som e chorar. Estimule o indivíduo
a tossir

Total – As características são a incapacidade do indivíduo em emitir sons, o quadro


é o mesmo para adultos, crianças e bebês. Ao identificar tal situação as medidas
emergenciais contemplam:
OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS
POR CORPO ESTRANHO
Adultos e crianças – aborde a vítima para certificar-se se a mesma encontra- se
realmente com obstrução completa; diga-lhe que irá ajudá-la; segure a pessoa
colocando uma mão na parte superior do peito ou acima do umbigo e incline
a vítima para frente de modo que o peito fique paralelo ao chão e desfira cinco
tapas nas costas, em seguida realize as compressões abdominais(posicionado
atrás da vítima, passando as mãos por baixo das axilas da vítima, posicionando
o punho de uma das mãos acima do umbigo, posicionando a outra mão aberta
sobre a primeira, executando compressões fortes e vigorosas no sentido de baixo
para cima até que o corpo estranho seja expelido).
Bebês - aborde a vítima para certificar-se se a mesma encontra-se realmente com
obstrução completa, observe se o bebê encontra-se apresentando movimentos
sem a emissão de sons, pode apresentar coloração de pele azulada,
esta é a característica de obstrução de vias aéreas em bebês.

Com uma das mãos posicionando o polegar e indicador na mandíbula do bebê,


segure-o de barriga para baixo sobre o seu antebraço de modo que a posição
da cabeça do bebê fique mais baixa que o corpo, desfira 5 tapas entre suas
no sentido de saída do corpo estranho; após, com a outra mão posicione na região
posterior da cabeça(occipital) e posicione o bebê sobre o antebraço e realize
cinco compressões torácicas.

Repita o processo até que o corpo estranho seja expelido.

OBS.: Em todos os casos adulto, criança e bebê, se os esforços para realização


das manobras de desobstrução das vias aéreas não forem bem sucedidas, deve-se
solicitar ajuda ao serviço de emergência imediatamente e devem ser iniciadas
as manobras de ressuscitação cardiopulmonar.
PROCEDIMENTOS
PARA PRÁTICA DE
ATIVIDADES FÍSICAS
Para que o indivíduo possa realizar a prática de atividades físicas
em academias, exige-se a apresentação de um atestado médico,
onde este seja explícito que o cliente esteja apto a realizá-las.

No entanto, em alguns Estados, implantou-se o Questionário de Prontidão


para Atividade Física, que consiste em um conjunto de perguntas,
onde o praticante da atividade deve responder “sim” ou “não”.

De acordo com as respostas, este questionário poderá ou não substituir


a apresentação do atestado médico.

Ao término do preenchimento, o cliente deve datar e assinar o referido


documento e este deve ser arquivado junto ao contrato do cliente.

Segue o modelo de questionário utilizado no Estado do Rio de Janeiro.


QUESTIONÁRIO
DE PRONTIDÃO PARA
ATIVIDADE FÍSICA
Nome: : CPF: Data: / /

Questionário de Prontidão para Atividade Física (PAR-Q)

Este questionário tem por objetivo identificar a necessidade de avaliação


por um médico antes do início ou do aumento de nível da atividade física.

Por favor, assinale "sim" ou "não" às seguintes perguntas:

1) Algum médico já disse que você possui algum problema de coração


ou pressão arterial, e que somente deveria realizar atividade física
supervisionado por profissionais de saúde?
( ) Sim ( ) Não
1) Você sente dores no peito quando pratica atividade física?
( ) Sim ( ) São
1) No último mês, você sentiu dores no peito ao praticar atividade física?
( ) Sim ( ) Não
1) Você apresenta algum desequilíbrio devido à tontura e/ou perda
momentânea da consciência?
( ) Sim ( ) Não
QUESTIONÁRIO
DE PRONTIDÃO PARA
ATIVIDADE FÍSICA
5) Você possui algum problema ósseo ou articular, que pode ser afetado
ou agravado pela atividade física?
( ) Sim ( ) Não
5) Você toma atualmente algum tipo de medicação de uso contínuo?
( ) Sim ( ) Não
7) Você realiza algum tipo de tratamento médico para pressão arterial
ou problemas cardíacos?
( ) Sim ( ) Não
7) Você realiza algum tratamento médico contínuo, que possa ser afetado
ou prejudicado com a atividade física?
( ) Sim ( ) Não
9) Você já se submeteu a algum tipo de cirurgia, que comprometa de alguma
forma a atividade física?
( ) Sim ( ) Não
9) Sabe de alguma outra razão pela qual a atividade física possa
eventualmente comprometer sua saúde?
( ) Sim ( ) Não

Termo de Responsabilidade para Prática de Atividade Física

Declaro que estou ciente de que é recomendável conversar com um médico,


antes de iniciar ou aumentar o nível de atividade física pretendido,
assumindo plena responsabilidade pela realização de qualquer atividade
física sem o atendimento desta recomendação.

Assinatura: Lei 6765/14 | Lei nº 6765 de 05 de maio de 2014. do Rio de janeiro


IMPORTANTE
● Deve ser observada a legislação vigente em cada Estado e Município
para a utilização do questionário específico;

● As regras para preenchimento e procedimentos podem não ser as mesmas


de todos os Estados;

● Nos Estados onde o questionário não é aplicável, deve-se solicitar


o atestado médico para início da prática das atividades, excetuando-se
regiões onde haja legislação específica dando outras providências.
PREVENÇÃO
CAUSA DOS ACIDENTES
CARDIOVASCULARES
O que leva o exercício vigoroso a provocar estes eventos não
é muito bem definido, mas os mecanismos desencadeadores parecem ser:

● Aumento do stress nas artérias devido ao aumento da frequência cardíaca e


da pressão arterial. Aprofundamento das fissuras coronárias que levam
à trombose, devido ao aumento das catecolaminas que induzem
ao aumento das plaquetas responsáveis pela cicatrização.

● Espasmo das artérias doentes.

● Este processo acontece com mais frequência em indivíduos


sem condicionamento físico que fazem exercícios em alta intensidade
do que bem condicionados e que treinam regularmente.

● Rompimento de uma placa aterosclerótica vulnerável.


SINAIS E SINTOMAS SUGESTIVOS
DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES,
PULMONARES OU METABÓLICAS
Caso o seu cliente tenha algum desses sintomas, oriente-o a procurar um médico
ou comunique ao coordenador de sua unidade. Você vai descobrir, se perguntar
e conhecê-lo melhor

● Dor, desconforto (ou outro sinal equivalente de angina) no tórax, pescoço,


mandíbula, braços ou em outras áreas que podem ser isquêmicas
em sua natureza.
● Dificuldade em respirar em repouso ou em esforços moderados.
● Ortopnéia ou dispnéia paroxística noturna (Falta de ar / respiração
curta e rápida por insuficiência cardíaca devido ao retorno do sangue acumulado
durante o dia nos membros inferiores, acarretando excesso de trabalho
do coração e falta de ar).
● Síncope ou tontura.
● Edema (inchaço) no tornozelo.
● Palpitações ou taquicardia (FC acelerada).
● Claudicação intermitente (dor e fraqueza nas pernas (principalmente)
e nas coxas com dificuldades na caminhada e necessitando descansar
para a dor passar.
● Sopro cardíaco conhecido (a maioria tem prolapso da válvula mitral
mais perigoso em idosos).
● Fadiga não usual ou respiração dificultada com atividades usuais
e corriqueiras.
PRINCIPAIS FATORES DE RISCO
PARA DOENÇAS
CARDIOVASCULARES
● Sedentarismo

● Hereditariedade

● Dislipidemia

● Hipertensão arterial

● Glicose alterada em jejum

● Fumo

● Obesidade

Estes fatores de risco promovem o desenvolvimento da doença arterial


coronariana e, quando combinados entre si, aumentam o risco de um
acidente durante a prática de exercícios físicos.

Ajude o seu cliente a controlá-los. O estilo de vida é o principal


influenciador para a ocorrência desses fatores de risco - exceto
hereditariedade (fator não modificável).
ATENÇÃO PARA OS PRINCIPAIS
SINAIS E SINTOMAS
DE UM POSSÍVEL
ATAQUE CARDÍACO
● Pressão desconfortável no peito ou nas costas
que demora mais do que alguns minutos para ir embora;

● Dor espalha-se para os ombros, pescoço ou braços;

● Dor no peito vem acompanhada de tonturas, suor, náusea,


respiração curta ou falta de ar e sensação de plenitude gástrica;

● Os médicos alertam que nem todos estes sintomas ocorrem


em cada ataque. Algumas vezes podem ir e voltar.
PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS
DE UM ACIDENTE
VASCULAR CEREBRAL
● Os sinais e sintomas do AVC incluem:
● Dor de cabeça forte repentina;
● Perda de consciência;
● Visão turva ou reduzida, especialmente em um olho;
● Problemas para articular a fala ou entender;
● Fraqueza, dormência ou paralisia facial, de um braço
ou de uma perna, em um lado do corpo;
● Dificuldades em caminhar, tontura e perda
de equilíbrio/coordenação;
● Desvio da comissura labial, normalmente à direita;
● Hipotonia.
PROCEDIMENTOS
NO ATENDIMENTO
DE UM AVC
● Chamar o resgate / Levar para o hospital;
● Afrouxar as roupas da vítima;
● Deixar em ambiente ventilado;
● Colocar a vítima em posicionamento de decúbito dorsal
● com a cabeça levemente elevada em caso de vítima consciente que
vai aguardar o resgate;
● Se estiver inconsciente, realize a abertura de vias aéreas, verifique
se há boa ventilação e circulação (CAB).

OBS: O desfibrilador (a não ser que haja parada cardiorrespiratória)


não é útil nesse caso.

Leve o aluno imediatamente para o hospital de referência da área.


RECUSA
DE REMOÇÃO

O presente termo destina-se aos casos em que o cliente após ter sofrido
um acidente ou incidente recusar ser encaminhado ao serviço hospitalar
pela nossa equipe.

Nestes casos solicita-se ao cliente o preenchimento deste termo.

Caso o cliente recuse realizar o preenchimento, o responsável pelo


atendimento deverá colher os dados de duas testemunhas que possam
comprovar que a empresa disponibilizou o atendimento de primeiros
socorros e a disponibilização da remoção ao serviço hospitalar.

Segue o modelo.
TERMO DE RESPONSABILIDADE
POR RECUSA DE REMOÇÃO
Eu, , inscrito no CPF sob o nº , reconheço que a BODYTECH
PARTICIPAÇÕES S.A., com sede na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de
Janeiro, na Rua Rainha Guilhermina, n.º 117 – Parte, Leblon, inscrita no CNPJ/MF
sob o n.° 07.737.623/0001-90, prestou- me nesta data pronta assistência,
colocando, inclusive, à minha disposição, todos os meios necessários (por parte
dela e por parte de autoridades públicas competentes) para levar-me
em segurança para instituição médica e/ou hospital de minha confiança,
sendo certo, entretanto, que preferi recusar tal atendimento e optar por outras
medidas cabíveis, por minha livre e espontânea vontade e a meu exclusivo
critério, sendo eu o único responsável por eventuais danos que porventura
possam ocorrer em razão desta opção

Rio de Janeiro __de_____de 2023.


________________________________
Assinatura cliente.

[Se for o caso, preencher o campo de assinatura abaixo.]

De acordo com o Responsável (curador, pai, mãe, tutor ou guardião):

Guardião é quem detém a guarda do menor.

(Assinatura do Responsável) Testemunhas:

Nome: _________________________ CPF:

Nome: _________________________ CPF:


RESUMO DE ATRIBUIÇÕES
E RESPONSABILIDADES
DO PROGRAMA
DE SEGURANÇA BODYTECH

● Manutenção e aprimoramento do programa;


● Treinamento da equipe técnica;
● Atualização técnico-científica do programa.
COORDENAÇÃO
DE EMERGÊNCIA
● Enviar o FCO de todos os acidentes para o e-mail e comunicar por telefone
o ocorrido;

● Manutenção e reposição de todos os materiais de segurança em suas


unidades;

● Ter profissionais treinados ou da equipe de emergência em todos os horários,


inclusive nos finais de semana. Coordenar a reposição;

● Treinar as recepcionistas permanentemente e, em especial, as novas;

● Liderar junto aos professores e recepcionistas as estratégias de prevenção.


● Comprar os materiais de reposição.

● Acompanhar os clientes que necessitam ir para o hospital/casa


ou indicar alguém. Não esquecer de pegar o boletim médico;

● Comunicar a família quando o cliente estiver indo para o hospital,


se acidentando ou se necessita de maiores informações dele;

● Caso o cliente não queira ser encaminhado ao hospital, que nós achemos
que deveria, este deve assinar o termo de responsabilidade por recusa
de atendimento. Caso não queira assinar, colocar uma testemunha, o nome
dele e não insistir.
● Em caso de acidente, quando houver dúvidas de pagamento de contas
de hospital ou outro problema, consultar as diretorias de operações, técnica,
jurídico, que irão discutir o caso.

● Em caso de acidentes com criança, socorrer e ligar para os responsáveis


imediatamente;

RECEPÇÃO
● Ligar para o transporte (ambulância) caso o cliente necessite de remoção;

● Em caso de shopping: ligar para a brigada de emergência, avisar ao resgate


que temos desfibrilador e equipe treinada;

● Disponibilizar o mais rapidamente possível o desfibrilador e material de


primeiros socorros para o local do acidente e chamar equipe de emergência,
preferencialmente o guardião da piscina, além do coordenador ou gerente;

● Fazer com que os clientes de aulas experimentais preencham o questionário


e encaminhá-los ao coordenador de unidade ou professor responsável.

EQUIPE TÉCNICA
PROFESSORES E ESTAGIÁRIOS
● Atuar ativamente na prevenção de acidentes nas aulas e prescrição
do treinamento;
● Conhecer detalhadamente a nossa estratégia de emergência e auxiliar
quando houver um acidente.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
AMERICAN ACADEMY OF ORTHOPAEDIC SURGEONS. RCP e DEA.
4ª edição. American College of Emergency Physicians. Alton
Thygerson, Ed.D. 2005.

FACILITIES. Joint Position Stand. American College of Sports Medicine


and American Heart Association, 2002.

EMERGENCY PROCEDURES FOR THE STRENGTH AND CONDITION


COACH. 2003.

GUIDELINES FOR EXERCISE TESTING AND PRESCRIPTION. ACSM.


2007.

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Destaque para as Diretrizes para CPR e ACE, dezembro de 2015.

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