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Objetivos gerais:
▪ Descrever o que é o Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) e quais os seus intervenientes.
▪ Descrever como ativar o sistema de emergência médica utilizando o número europeu de socorro
"112".
▪ Identificar o conceito de cadeia de sobrevivência e identificar os seus elos.
▪ Explicar a importância da cadeia de sobrevivência e qual o princípio subjacente a cada elo.
▪ Reconhecer os riscos potenciais para o reanimador.
▪ Identificar as medidas a adotar para garantir a segurança do reanimador e da vítima.
▪ Identificar as medidas universais de proteção e reconhecer a sua importância.
▪ Explicar o conceito de Suporte Básico de Vida (SBV) de acordo com o algoritmo vigente.
M.A. Escola de Formação Técnica
Entidade Certificada na Área da Saúde e Educação
Objetivos gerais:
Objetivos específicos:
✓ Desenvolver competências técnicas e científicas relacionadas com o socorro utilizado nas situações
de paragem cardiorrespiratória (PCR);
✓ Compreender a importância da correta atuação na aplicação do SBV;
✓ Identificar as causas, classificação e medidas preventivas atinentes à PCR;
✓ Reconhecer as boas práticas do papel do socorrista na correta execução/avaliação do exame à
vítima.
O Sistema Integrado de Emergência Médica
Componentes, intervenientes e forma de funcionamento
1 – Deteção
Corresponde ao momento em que alguém se apercebe da ocorrência da emergência médica
2 – Alerta
Fase na qual se contacta através do 112 (número nacional de emergência médica) da
ocorrência previamente detetada
3 – Pré-socorro
Conjunto de gestos simples executados e mantidos até à chegada de meios de socorro mais
especializados
4 – Socorro
Cuidados de emergência iniciais efetuados às vítimas de doença súbita ou de acidente, com o
objetivo de as estabilizar, diminuindo a morbilidade e a mortalidade
O Sistema Integrado de Emergência Médica
Fases do SIEM
5 – Transporte
Transporte assistido da vítima numa ambulância com pessoal, características e carga
previamente definidos, desde o local da ocorrência do acidente até à unidade de saúde mais
adequada, garantindo a continuidade dos cuidados de urgência/emergência necessários
6 – Tratamento/Hospital
Após a entrada no estabelecimento de saúde mais próximo a vítima é avaliada e são iniciadas
as medidas de diagnóstico/tratamento adequadas. Pode ser considerado um, novo
transporte para um hospital de maior diferenciação, onde possa ocorrer o tratamento mais
adequado à situação clínica da (s) vítimas (s).
Um sistema de emergência médica depende de todos e de vários fatores, não se podendo afirmar que existe
uma única entidade e/ou profissional exclusivamente implicado na ação do socorro
O Sistema Integrado de Emergência Médica
Fases do SIEM
5 – Transporte
Transporte assistido da vítima numa ambulância com pessoal, características e carga
previamente definidos, desde o local da ocorrência do acidente até à unidade de saúde mais
adequada, garantindo a continuidade dos cuidados de urgência/emergência necessários
6 – Tratamento/Hospital
Após a entrada no estabelecimento de saúde mais próximo a vítima é avaliada e são iniciadas
as medidas de diagnóstico/tratamento adequadas. Pode ser considerado um, novo
transporte para um hospital de maior diferenciação, onde possa ocorrer o tratamento mais
adequado à situação clínica da (s) vítimas (s).
Um sistema de emergência médica depende de todos e de vários fatores, não se podendo afirmar que existe
uma única entidade e/ou profissional exclusivamente implicado na ação do socorro
O Sistema Integrado de Emergência Médica
Organização do SIEM – subsistemas
Esta organização é da responsabilidade do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica), cabendo-lhe
organizar programas específicos para cada fase. A criação de subsistemas contribui-o para o alargamento do
âmbito do INEM
CIAV (Centro de informação antivenenos) – O Centro de Informação Antivenenos (CIAV) é um centro médico de
consulta telefónica na área da toxicologia, responsável pela prestação, em tempo útil, das informações
necessárias e adequadas a profissionais de saúde ou ao público em geral, visando uma abordagem correta e
eficaz a vítimas de intoxicação.
O CIAV presta informações toxicológicas sobre todos os produtos existentes, desde medicamentos a produtos
de utilização doméstica ou industrial, produtos naturais, plantas ou animais.
Único no País, com uma cobertura nacional, o CIAV funciona ao longo das 24 horas do dia, 7 dias por semana,
sendo o serviço assegurado por pessoal médico especializado, disponível através de uma linha telefónica
exclusiva – 800 250 250 (chamada gratuita). O número anterior do CIAV (808 250 143) estará disponível até Julho 2021
O Sistema Integrado de Emergência Médica
Organização do SIEM – subsistemas
CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes) – Os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU)
são Centrais de Emergência Médica responsáveis pela medicalização do Número Europeu de Emergência – 112.
São transferidos para os CODU do INEM os pedidos de socorro efetuados por aquela via, referentes a situações
de urgência ou emergência na área da saúde. O funcionamento dos CODU é assegurado ao longo das 24 horas
do dia por uma equipa de profissionais qualificados – Médicos e Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar – com
formação específica para efetuar o atendimento, triagem, aconselhamento, seleção e envio de meios de
socorro.
Os CODU do INEM coordenam e gerem um conjunto de meios de socorro – Ambulâncias, Viaturas Médicas de
Emergência e Reanimação, Motos e Helicópteros de Emergência – selecionados com base na situação clínica
das vítimas, com o objetivo de prestar o socorro mais adequado no mais curto espaço de tempo
✓ Aconselhamento médico sobre a atitude a tomar perante a vítima;
✓ Acionar meios de transporte à vítima para os serviços hospitalares;
✓ Enviar uma equipa médica ao local da ocorrência, caso seja necessário
✓ Coordenar os meios de socorro de emergência da sua responsabilidade.
O Sistema Integrado de Emergência Médica
Organização do SIEM - subsistemas
CODU MAR (Centro de Orientação de Doentes Urgentes - Mar) – O Centro de Orientação de Doentes Urgentes
Mar (CODU-Mar) tem por missão prestar aconselhamento médico a situações de emergência que se verifiquem
a bordo de embarcações.
O CODU-Mar é constituído por uma equipa de médicos que garantem apoio 24 horas por dia, com a cooperação
das estações Radionavais, estações Costeiras, Centros Navais de Busca e Salvamento e com a Autoridade
Marítima Local (Capitanias de Portos).
Uma equipa de médicos garante os cuidados a prestar, procedimentos e terapêutica a administrar à vítima,
podendo também acionar a evacuação do doente, organizar o acolhimento em terra, e encaminhá-lo para o
serviço hospitalar adequado.
O Sistema Integrado de Emergência Médica
Organização do SIEM – subsistemas
TIP – Transporte inter-hospitalar pediátrico – O Transporte Inter-hospitalar Pediátrico (TIP) é um serviço que
se dedica ao transporte de recém-nascidos e doentes pediátricos em estado crítico entre Unidades de Saúde. As
ambulâncias que asseguram este serviço dispõem de uma tripulação constituída por um médico, um
enfermeiro e um Técnico de Emergência Pré-hospitalar (TEPH).
Estão equipadas com todo o material necessário à estabilização de doentes dos 0 aos 18 anos de idade,
permitindo o seu transporte para hospitais onde existam unidades diferenciadas com capacidade para o seu
tratamento. O serviço tem uma cobertura nacional e funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano.
O TIP veio absorver o antigo Subsistema de Transporte de Recém-Nascidos de Alto Risco, que funciona no INEM
desde 1987. As ambulâncias do TIP são um meio ligeiramente diferente dos restantes, pois não realizam
transportes primários (do local da ocorrência para o hospital), mas sim transportes secundários (entre
hospitais).
O Sistema Integrado de Emergência Médica
Organização do SIEM – subsistemas
SHEM – Serviço de Helicópteros de Emergência Médica – Os Helicópteros de Emergência Médica são utilizados no
transporte de doentes graves entre unidades de saúde ou entre o local da ocorrência e a unidade de saúde.
Estão equipados com material de Suporte Avançado de Vida e funcionam 24 sobre 24 horas, 365 dias por ano.
A suas missões são divididas em:
Missões Primárias
O helicóptero coloca uma equipa médica e equipamento no local da ocorrência. Em regra, os doentes são helitransportados
para a Unidade Hospitalar mas também podem ser transportados em Ambulância, acompanhados ou não pela equipa do
helicóptero.
Missões Secundárias
O helicóptero transporta doentes críticos entre unidades de saúde
Outras Missões
Transporte de órgãos
A tripulação dos helicópteros é constituída pela equipa de pilotos (o comandante e um piloto) e pela equipa médica (um
médico e um enfermeiro). Os médicos e os enfermeiros que prestam serviço nos Helicópteros do INEM têm formação
específica, compreendendo um Curso de Fisiologia de Voo e Segurança em Heliportos e um curso de Viatura Médica de
Emergência e Reanimação. Têm também experiência em Emergência Pré-hospitalar, em Cuidados Intensivos e/ou Serviço de
Urgência.
O Sistema Integrado de Emergência Médica
Número europeu de emergência/socorro – 112
O 112 (também conhecido por SOS 112) é o Número Único Europeu de Emergência
da União Europeia.
O Número Europeu de Emergência 112 foi criado em 1991 e desde 2008 passou a
ser o único número de emergência que pode ser usado de qualquer telefone fixo,
móvel ou telefone público para aceder gratuitamente aos serviços de emergência
em qualquer país da União Europeia.
A escolha de apenas três dígitos para o número de emergência deve-se à necessidade de que o mesmo seja fácil de
memorizar.
É um número para ser usado unicamente em serviços de emergência, seja ela de que tipo for, e não deve ser usado para
qualquer outro fim.
O Sistema Integrado de Emergência Médica
Número europeu de emergência/socorro – 112
Pode ligar para este número por meio de telefones fixos ou móveis, a chamada é gratuita e atendida imediatamente pelos
centros de emergência, que contatam os sistemas médico, policial e de incêndio, de acordo com a situação informada, nas
seguintes situações.
✓ Acidente de viação;
✓ Acidentes no trabalho;
✓ Acidentes no desporto, tanto competitivos, como de lazer;
✓ Quedas, quando as suas consequências exigirem transporte em ambulância;
✓ Doença súbita, quando aparentemente exigir intervenção hospitalar;
✓ Agressão, que exijam tratamento hospitalar;
✓ Intoxicações (fuga de gás … );
✓ Afogamento;
✓ Alcoolismo (intoxicação alcoólica aguda);
✓ Partos súbitos;
✓ Incêndios urbanos ou florestais (em alternativa pode utilizar também o 117).
Será atendido por um operador treinado, que vai lidar com a solicitação diretamente ou transferir a chamada para o serviço de
emergência mais apropriado, com base na organização nacional dos serviços de emergência.
O Sistema Integrado de Emergência Médica
Número europeu de emergência/socorro –
ONDE – (local exato da ocorrência): rua, n.º da porta, estrada (sentido ascendente ou
descendente), pontos de referência … ;
✓ Queixa principal;
✓ Há quanto tempo se iniciou;
✓ Quais os sintomas/sinais associados;
✓ Doenças conhecidas ……..
Cadeia de sobrevivência
conceito e importância
À luz do conhecimento médico atual, considera-se que há três atitudes que modificam o resultado no
socorro, à vítima em PCR.
Estes procedimentos devem suceder-se de uma forma encadeada e constituírem uma cadeia de atitudes em que
cada elo articula o procedimento anterior com o seguinte.
O número europeu de emergência nos países da União Europeia é o 112. Em Portugal, ao ligar 112, a resposta na área
da saúde é assegurada pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), do INEM.
O CODU desempenha um papel importante no reconhecimento da PCR, bem como na instrução e acompanhamento
das Manobras de reanimação. Sempre que possível, este contacto deve ser realizado junto da vítima e se o telefone
tiver a função de alta voz, esta poderá ser acionada. As instruções podem ser seguidas mantendo o diálogo com o
operador preparado para instruir o contactante de modo a que este, rapidamente, identifique que a vítima está
inconsciente e não respira normalmente.
Uma respiração mais lenta, profunda e ruidosa, não deve ser confundida com uma respiração normal e deve ser
entendido como a vítima estando em PCR. O CODU deve dar indicação para iniciar manobras de reanimação.
Cadeia de sobrevivência
elos e princípios subjacentes
2 - SBV Precoce
No intervalo de tempo que decorre entre a ativação e a chegada dos serviços de emergência
ao local da ocorrência, a execução de manobras de SBV assume uma importância
fundamental. O reconhecimento da PCR refere-se a uma situação em que a vítima está
não reativa (não responde quando estimulada) e não respira normalmente, pelo que devem
ser iniciadas de imediato manobras de reanimação, logo após ter sido efetuada a chamada para os serviços de
emergência. O SBV consiste em duas ações principais: compressões torácicas e insuflações. O início imediato de
manobras de SBV pode, pelo menos, duplicar as hipóteses de sobrevivência da vítima
Quem presencia um evento de PCR deve, quando treinado, deve iniciar de imediato
manobras de SBV, enquanto aguarda a chegada dos serviços de emergência. Sem
treino em reanimação, o elemento que assiste a vítima deve realizar compressões
torácicas contínuas, instruído pelo CODU.
Na maior parte dos casos o SBV não irá recuperar a função cardíaca, mas, se bem
realizado, prevenirá lesões de órgãos vitais e aumentará a probabilidade de sucesso
dos elos seguintes.
Cadeia de sobrevivência
elos e princípios subjacentes
3 - Desfibrilhação Precoce
Na maioria dos casos de PCR o coração pára devido a uma perturbação do ritmo designada fibrilhação ventricular (FV). O
único tratamento eficaz para a FV é
a administração de um choque elétrico
(desfibrilhação).
O Suporte Avançado de Vida (SAV) com recurso à abordagem diferenciada da via aérea, utilização de fármacos e
correção das causas prováveis de PCR, são ações fundamentais após a abordagem inicial da PCR.
Este elo da cadeia de sobrevivência é uma “mais-valia”. Nem sempre a desfibrilhação é eficaz, por si só, para
recuperar a vítima. Outras vezes a desfibrilhação pode não ser sequer indicada. O SAV permite conseguir uma
ventilação mais eficaz (através da entubação endotraqueal) e uma circulação também mais eficaz (através da
administração de fármacos). Idealmente, o SAV deverá ser iniciado ainda na fase pré-hospitalar e continuado no
hospital, permitindo a estabilização das vítimas recuperadas de PCR.
Integram também este elo os cuidados pós-reanimação, que têm o objetivo de preservar as funções do cérebro e
coração.
A Cadeia de Sobrevivência representa, simbolicamente, o conjunto de procedimentos que permitem salvar vítimas
de paragem cardiorrespiratória. Para que o resultado final possa ser, efetivamente, uma vida salva, cada um dos
elos da cadeia é vital e todos devem ter a mesma força. Todos os elos da cadeia são igualmente importantes: de
nada serve ter o melhor SAV se quem presencia a PCR não souber ligar 112.
Cadeia de sobrevivência
Riscos para o reanimador
riscos para o reanimador e para a vítima
Antes de se aproximar de alguém que possa eventualmente estar em perigo de vida, o reanimador deve assegurar-se
primeiro de que não irá correr nenhum risco:
Acidente de viação
Se parar numa estrada para socorrer alguém vítima de um acidente de viação deve:
✓ Sinalizar o local com triângulo de sinalização à distância adequada;
✓ Ligar as luzes de presença ou emergência;
✓ Usar roupa clara para que possa mais facilmente ser identificado (colete refletor);
✓ Desligar o motor para diminuir a probabilidade de incêndio.
Nas situações em que a vítima sofre uma intoxicação podem existir riscos acrescidos para quem socorre, nomeadamente
no caso de intoxicação por fumos ou gases tóxicos. Para o socorro da vítima de intoxicação é importante identificar o
produto em causa e a sua forma de apresentação (em pó, líquida ou gasosa) e contactar o CODU ou o CIAV (Centro de
Informação Antivenenos) para uma informação especializada, nomeadamente quanto aos procedimentos a adotar.
Em caso de intoxicação por produtos gasosos é fundamental não se expor aos vapores libertados os quais não devem ser
inalados. O local onde a vítima se encontra deverá ser arejado ou, na impossibilidade de o conseguir, a vítima deverá ser
retirada do local.
Nas situações em que o tóxico é corrosivo (ácidos ou bases fortes) ou em que possa ser absorvido pela pele, como alguns
pesticidas, é mandatório, além de arejar o local, usar luvas e roupa de proteção para evitar qualquer contacto
com o produto, bem como máscaras para evitar a inalação.
Se houver necessidade de insuflar a vítima com ar expirado deverá ser sempre usada máscara ou outro dispositivo com
válvula unidirecional, para não expor o reanimador ao ar expirado da vítima. Nunca efetuar insuflação boca-a-boca.
Riscos para o reanimador
condições de segurança e medidas de proteção universais
Transmissão de doenças
A possibilidade de transmissão de doenças durante as manobras de reanimação, apesar de diminuta, é real. Estão
descritos alguns casos de transmissão de infeções durante a realização de insuflação boca-a-boca (nomeadamente
casos de tuberculose). Apesar da frequência com que a RCP é feita, nunca foi documentado nenhum caso de
transmissão de Hepatite B ou HIV como resultado da respiração boca-a-boca.
O risco aumenta se houver contacto com sangue infetado ou com uma superfície cutânea com soluções de
continuidade (feridas). Durante a reanimação deve evitar o contacto com sangue ou outros fluidos corporais como:
secreções respiratórias, secreções nasais, suor, lágrimas, vómito e outros. O dispositivo “barreira” mais utilizado é a
máscara de bolso, devendo existir o cuidado de minimizar as pausas entre compressões ao mínimo indispensável,
aquando da sua utilização
O risco de transmissão de doenças aumenta se houver sangue infetado em contacto com feridas na pele. Tente evitar o
contacto com sangue ou qualquer fluido corporal (expetoração, secreções nasais, suor, lágrimas, vómito). O dispositivo
mais comumente usado para tal é a máscara facial. Como alternativa pode usar-se a “proteção facial”.
O uso de um lenço, de papel ou de tecido, é ineficaz e pode até promover a passagem de material infecioso.
Riscos para o reanimador
condições de segurança e medidas de proteção universais
Manobras de suporte básico de vida (SBV)
conceito de acordo com o algoritmo vigente
OOsuporte
suportebásico
básicodedevida
vidaé éum
umconjunto
conjuntodedeprocedimentos
procedimentosbem
bemdefinidos
definidose ecom
commetodologias
metodologiaspadronizadas
padronizadaspara
paratodos
todosos
os países da União Europeia. países da União Europeia.
A permeabilização da via aérea e o restabelecimento da ventilação são objetivos essenciais em SBV, com o
propósito de evitar lesões por insuficiente oxigenação dos órgãos nobres, em particular do cérebro.
Manobras de suporte básico de vida (SBV)
procedimentos e sequência
AVALIAR RESPIRAÇÃO
LIGAR 112
AVALIAR RESPIRAÇÃO
Se a vítima não responde e não tem respiração normal ative de
imediato o serviço de emergência médica, ligando 112:
Ligar 112
AVALIAR RESPIRAÇÃO
Se a vítima não responde e não tem ventilação
normal ative de imediato o sistema de emergência
médica, ligando 112.
✓ Reanimador único: Se necessário abandone a
vítima/local;
✓ Se estiver alguém junto a si, deve pedir a essa
pessoa que ligue 112;
✓ Se CRIANÇA ou vítima de afogamento (qualquer
idade) só deve ligar 112 após 1 minuto de SBV.
Manter SBV e Manter 30 compressões alternando com 2 ventilações. PARAR apenas se:
✓ Chegar ajuda (profissionais diferenciados);
✓ Estiver fisicamente exausto;
✓ A vítima recomeçar a ventilar normalmente.
2
30
Manobras de suporte básico de vida (SBV)
ventilação com máscara de bolso
Uma máscara de bolso pode ser utilizada por leigos com treino
mínimo na realização de ventilações durante uma reanimação
cardiorrespiratória (RCP). Este dispositivo adapta-se na face da
vítima, sobre o nariz e boca e possui uma válvula unidirecional
que desvia do reanimador o ar expirado da vítima.
Um reanimador ÚNICO deve aproximar-se da vítima de lado.
Isto irá permitir uma troca fácil entre ventilações e
compressões torácicas.
1) Colocar a máscara sobre o nariz e boca da vítima (a parte mais
estreita da máscara de bolso deverá ficar sobre o dorso do nariz; a
parte mais larga da máscara deverá ficar a boca);
2) Colocar o polegar e o indicador na parte mais estreita da máscara;
3) Colocar o polegar da outra mão a meio da parte mais larga da
máscara e usar os outros dedos para elevar o queixo da vítima, criando
uma selagem hermética;
4) Soprar suavemente pela válvula unidirecional durante cerca de 1
segundo (por cada ventilação), por forma a que o tórax da vítima se
eleve;
5) Retirar a boca da válvula da máscara após insuflar.
Manobras de suporte básico de vida (SBV)
ventilação com máscara de bolso
MÁSCARA FACIAL
A máscara facial é uma máscara transparente usada na respiração boca-máscara.
Tem uma válvula unidirecional, de forma a que o ar exalado pela vítima é direcionado para longe do reanimador.
A máscara é transparente para que se possa ver sangue ou vómito da vítima. Algumas máscaras têm um adaptador para suplemento
de oxigénio.
Recomenda-se a técnica de duas mãos para manter uma boa selagem entre a máscara e a face da vítima.
PROTEÇÃO FACIAL
As proteções faciais têm uma camada de plástico
transparente ou de silicone que separa o reanimador da
vítima.
Manobras de suporte básico de vida (SBV)
SBV com 2 reanimadores
Se estiverem presentes dois elementos com treino em SBV, quando o elemento que foi efetuar o pedido de ajuda
diferenciada regressar, deve entrar para as compressões torácicas, aproveitando o tempo em que o primeiro elemento
efetua as 2 insuflações para localizar o ponto onde deverá fazer as compressões. Deste modo reduzem-se as perdas de
tempo desnecessárias.
Manobras de suporte básico de vida (SBV)
SBV com 2 reanimadores
Reduzir perdas de tempo em manobras de SBV
Iniciar as compressões logo que esteja feita a segunda insuflação (não é necessário aguardar que a expiração se
complete passivamente);
✓ As mãos devem ser mantidas sempre em contacto com o tórax, mesmo durante as insuflações (nesta fase não
exerça qualquer pressão, caso contrário aumenta a resistência à insuflação de ar, podendo causar ventilação
ineficaz com insuflação gástrica e consequente regurgitação);
✓ O reanimador que está a fazer as insuflações deverá preparar-se para iniciar as mesmas logo após a 30ª
compressão, com o mínimo de perda de tempo possível.
Logo que complete a 5ª série de 30 compressões o mesmo reanimador deve efetuar de seguida as duas insuflações.
Durante esse período o outro reanimador localiza o ponto de apoio das mãos, para que, uma vez terminada a
segunda insuflação, possa fazer de imediato compressões.
Manobras de suporte básico de vida (SBV)
problemas associados – ventilação
O SBV, quando executado corretamente, permite manter a vítima viável até à chegada
do suporte avançado de vida (SAV). Podem, no entanto, ocorrer alguns problemas
As compressões torácicas, mesmo quando corretamente executadas, conseguem gerar apenas aproximadamente 25% do débito cardíaco
normal.
Assim:
A preocupação com as potenciais complicações do SBV não deve impedir o reanimador de iniciar prontamente as manobras de SBV, já que
a alternativa à não execução do SBV é a morte.
Posição lateral de segurança (PLS)
como e quando a sua utilização
Nas situações em que a vítima se encontra não reativa e com respiração eficaz, ou se tiverem sido restaurados
os sinais de vida após manobras de reanimação, a manutenção da permeabilidade da via aérea deverá ser
obrigatoriamente garantida.
A PLS garante a manutenção da permeabilidade da via aérea numa vítima inconsciente que respira
normalmente:
Condições de segurança
SIM
Vítima consciente? Reavaliar e pedir ajuda se necessário
NÃO
SIM
Vítima respira normalmente? Posição Lateral de Segurança
NÃO
Ligar 112
O reconhecimento precoce da obstrução da via aérea é fundamental para o sucesso da evolução da situação de
emergência. É importante distinguir esta situação de emergência do desmaio/síncope, do “ataque cardíaco” (enfarte
agudo do miocárdio), das convulsões, da overdose por drogas e de outras condições que possam causar dificuldade
respiratória súbita, mas que requerem um tratamento diferente. O reanimador treinado deve identificar sinais de
obstrução da VA.
O risco de OVA é mais elevado em vítimas que apresentem algumas das seguintes situações: redução do nível de
consciência, intoxicação por álcool e/ou drogas, alterações neurológicas com dificuldade de deglutição e diminuição do
reflexo da tosse, alterações mentais, demência, dentição inexistente e idosos.
Obstrução da via aérea (OVA)
situações de obstrução parcial e total
✓ Mantém reflexo da tosse eficaz. ✓ Respiração em “esforço” com ruído agudo alto à
inspiração ou ausência total de ruído;
PANCADAS INTER-ESCAPULARES
✓ Coloque-se ao lado e ligeiramente por detrás da vítima, com uma das
pernas encostadas de modo a ter apoio;
✓ Passe o braço por baixo da axila da vítima e suporte-a a nível do tórax com
uma mão, mantendo-a inclinada para a frente, numa posição tal que se
algum objeto for deslocado com as pancadas possa sair livremente pela
boca;
✓ Aplique até 5 pancadas com a base da outra mão na parte superior das
costas, ao meio, entre as omoplatas, isto é, na região interescapular;
✓ Cada pancada deverá ser efetuada com a força adequada tendo como
objetivo resolver a obstrução;
✓ Após cada pancada deve verificar se a obstrução foi ou não resolvida;
✓ Aplique até 5 pancadas no total.
Obstrução da via aérea (OVA)
situações de obstrução parcial e total
COMPRESSÕES ABDOMINAIS (Manobra de Heimlich)
Assim:
✓ Suporte/ampare a vítima colocando-a no chão em decúbito dorsal sobre uma superfície rígida;
✓ Ligue de imediato 112, ou garanta que alguém o faça;
✓ Inicie compressões torácicas e insuflações (após 30 compressões, tente 2 insuflações eficazes);
✓ Mantenha compressões e insuflações até a vítima recuperar e respirar normalmente ou até chegarem os meios de
emergência.
Alerta-se para o facto de, apesar do sucesso das manobras, o corpo estranho responsável pela obstrução poder ficar
alojado nas vias aéreas e causar complicações mais tarde. Como tal, vitimas com tosse persistente, dificuldade em
engolir ou sensação de corpo estranho ainda presente nas vias aéreas devem ser submetidas a observação médica.
As compressões abdominais e as compressões torácicas quando aplicadas, pese embora o sucesso que resulte das
mesmas, podem causar lesões internas. Assim sendo, vítimas submetidas a estas manobras devem igualmente ser
sujeitas a observação médica.
Obstrução da via aérea (OVA)
situações de obstrução parcial e total
PONTOS a RETER
Exame à vítima
estado de consciência
Antes de qualquer procedimento relacionado com o exame da vítima, torna-se fundamental e prioritário
garantir as condições de segurança ou seja é essencial garantir que pela nossa intervenção não vai resultar
perigo para a vítima e/ou para a equipa de socorro
Asseguradas as condições de segurança, só então o socorrista deve iniciar a avaliação do estado da vítima
para, desta forma, a poder socorrer por ordem de prioridade de gravidade das lesões que ela apresenta,
nunca esquecendo que não se avança na sequência de avaliação se não tivermos corrigido um problema
anteriormente identificado.
O socorrista deve efetuar um rápido e minucioso exame primário para a avaliar a existência de alterações
das funções vitais, pois estas podem colocar em rico imediato a vida da vítima.
Seguidamente deve realizar-se o exame secundário, pesquisando a existência de lesões que, não pondo
em risco imediato a vida da vítima, necessitam de cuidados de emergência e de estabilização
Exame à vítima
estado de consciência
EXAME PRIMÁRIO
O objetivo do exame primário é detetar a existência de situações que possam colocar em perigo imediato a vida
da vítima, ou seja, situações de compromisso das funções vitais.
✓ Se a vítima responder, deixe-a na posição em que a encontrou (desde que isso não represente perigo acrescido),
pergunte o que se passou, se tem alguma queixa, procure ver se existem sinais de ferimentos e se necessário vá
pedir ajuda.
✓ Se a vítima não responder, peça ajuda gritando em voz alta.
✓ Não abandone a vítima e prossiga a avaliação. “Preciso de ajuda.
Tenho aqui uma
pessoa desmaiada”
Exame à vítima
estado de consciência
Avaliação do Estado de Consciência
Avaliar se a vitima se encontra consciente, isto é, se responde quando estimulada.
Para tal toque suavemente nos ombros e pergunta-se em voz alta:
“Está bem? Sente-se
bem?”
✓ Se a vítima responder, deixe-a na posição em que a encontrou (desde que isso não represente perigo acrescido),
pergunte o que se passou, se tem alguma queixa, procure ver se existem sinais de ferimentos e se necessário vá
pedir ajuda.
✓ Se a vítima não responder, peça ajuda gritando em voz alta.
✓ Não abandone a vítima e prossiga a avaliação. “Preciso de ajuda.
Tenho aqui uma
pessoa desmaiada”
Exame à vítima
estado de consciência
Pesquisa de respiração normal
Para verificar se a vítima respira deve manter a permeabilidade da via aérea, aproximar a sua face da face da vítima e,
olhando para o tórax, procurar:
✓ VER – se existem movimentos torácicos;
✓ OUVIR – se existem ruídos de saída de ar pela boca e nariz da vítima;
✓ SENTIR – na sua face se há saída pela boca e nariz da vítima.
Deverá Ver, Ouvir e Sentir (VOS) até 10 segundos.
NOTA: Ao efetuar a elevação do maxilar inferior não deve comprimir as partes moles
do queixo, coloque os dedos apenas na parte óssea.
Exame à vítima
Deteção de hemorragias externas graves
Após ter verificado se a vitima tem pulso, observe-a como um todo e procure a existência de hemorragias externas
graves. As hemorragias externas graves são facilmente identificáveis.
Um a hemorragia abundante vai colocar em risco a vida da vítima, pelo que é fundamental proceder ao seu
controlo de imediato.
Se estiverem presentes, suspeite de choque e aplique de imediato os cuidados de emergência com vista a
controlar ou minimizar a situação.
Exame à vítima
O exame primário tem como objetivo detetar as alterações das funções vitais (aquelas que colocam em risco imediato
a vida da vitima), sendo fundamental a sua correção e a prestação dos cuidados de emergência adequados.
EXAME PRIMÁRIO
✓ Garantir as condições de segurança;
✓ Avaliar o estado de consciência da vítima;
✓ Permeabilizar a via aérea;
✓ Pesquisar a existência de respiração normal (10 segundos);
✓ Detetar hemorragias externas graves;
✓ Detetar sinais evidentes de choque;
OBSERVAÇÃO DA VÍTIMA
✓ Interrogue a vítima na pesquisa de sinais e sintomas.
✓ Pesquise, no sentido da cabeça – membros inferiores: alterações na pele ou outras situações tais como
feridas, fraturas ou outros traumatismos.
✓ Na face tenha atenção às pupilas. Avalie a sua resposta à luz (presente ou ausente), o tamanho (normais,
dilatadas ou contraídas) e a simetria (comparação dos tamanhos). Se não existir contração pupilar ou se esta
for diferente de pupila para pupila, poderá indicar sofrimento do Sistema Nervoso Central .
Os indicadores das principais funções do organismo designam-se por sinais vitais e são os seguintes:
✓ Ventilação;
✓ Pulso;
✓ Temperatura.
Caracterização da ventilação
Avalia-se e regista-se:
✓ Frequência
✓ Amplitude
✓ Ritmo
Exame à vítima
características da respiração
Caracterização da ventilação
Frequência A frequência indica o número de ciclos ventilatórios por minuto (a frequência ventilatória considerada normal
num adulto é de 12 a 20 ciclos por minuto).
Amplitude A amplitude revela a forma como a caixa torácica se expande em cada ciclo ventilatório e assim, consoante a
expansão do tórax, teremos três tipos de amplitude ventilatória:
- Normal;
- Superficial
- Profunda.
Ritmo O ritmo indica se os ciclos ventilatórios se processam a intervalos regulares, isto é, se o espaço de tempo que
decorre entre cada ciclo é sempre igualou não.
Assim, teremos ritmo:
- Regular;
- Irregular
1. Não esqueça que os dedos utilizados para palpar o pulso são sempre o indicador e o médio.
2. Evite comprimir excessivamente a artéria para não suprimir o pulso.
3. Na vítima consciente o pulso que deve palpar é o radial
4. Ao palpar o pulso carotídeo tente palpar sempre a carótida do lado mais próximo de si
Porque fornece um valor exato, o método de avaliação da temperatura com um termómetro é o mais indicado. No
entanto, o socorrista pode avaliar rapidamente a temperatura de alguém, de forma indireta, através da comparação
com a sua própria temperatura. Para tal, deve colocar as costas da sua mão na testa da vítima. Se sentir que a testa está
muito quente, é provável que esta esteja com hipertermia. Pelo contrário, se sentir a testa fria poderá significar que a
vítima está hipotérmica.
A avaliação da coloração e humidade da pele faz-se através da observação das zonas expostas, nomeadamente da
face e das mãos. O exame da pele pode revelar uma coloração que vai da palidez ao arroxeado, numa pele que pode
estar seca ou suada.
Utilização/ativação do DAE
A morte súbita cardíaca é causada por uma arritmia cardíaca chamada fibrilhação ventricular, que impede o coração de
bombear o sangue. O único tratamento eficaz para a fibrilhação é a desfibrilhação elétrica que consiste na
administração de choques elétricos ao coração parado, possibilitando que o ritmo cardíaco volte ao normal. Nestes
casos, a probabilidade de sobrevivência é tanto maior quanto menor for o tempo decorrido entre a fibrilhação e a
desfibrilhação.
No entanto, só a existência de uma Cadeia de Sobrevivência eficiente permite tornar a Desfibrilhação Automática
Externa (DAE) um meio eficaz para a melhoria da sobrevida após paragem cardiorrespiratória (PCR) de origem cardíaca.
Por “Cadeia de Sobrevivência” entende-se o conjunto de ações sequenciais realizadas de forma integrada por diferentes
intervenientes e que consiste em 4 elos fundamentais:
✓ Acesso precoce ao Sistema Integrado de Emergência Médica – 112
✓ Início precoce de Suporte Básico de Vida (SBV)
✓ Desfibrilhação precoce
✓ Suporte Avançado de Vida (SAV) precoce
Utilização/ativação do DAE
O Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa (PNDAE) foi desenvolvido após a publicação do
Decreto-Lei 188/2009 de 12 de agosto que veio estabelecer as regras a que se encontra sujeita a prática de DAE por
pessoal leigo em ambiente extra-hospitalar.
Diz o Decreto-Lei que “o sistema agora criado integra a DAE em ambiente extra-hospitalar num contexto
organizativo estruturado e com rigoroso controlo médico, com o objetivo de minimizar, tanto quanto possível, os
riscos de utilização indesejável dos equipamentos. Neste sistema, o papel central na regulação da atividade de DAE
em ambiente extra-hospitalar cabe ao Instituto Nacional de Emergência Médica, I.P. (INEM).”
O INEM desenvolveu assim o PNDAE previsto na legislação e, paralelamente, definiu os requisitos necessários quer
para o licenciamento de programas de DAE quer para a acreditação de entidades ou escolas de formação em
Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa.
Assim, e de acordo com o Decreto-Lei 188/2009 de 12 de agosto, dependem de licença, a instalação e utilização de
equipamentos de DAE em:
✓ Ambulâncias de Socorro ou Transporte tripuladas por operacionais não pertencentes ao INEM;
✓ Em Locais de Acesso ao Público.
Utilização/ativação do DAE
Em 8 de agosto de 2012, foi publicada a primeira alteração ao Decreto-Lei 188/2009 de 12 de agosto, através do
Decreto-Lei 184/2012 que veio tornar obrigatória a instalação de equipamentos de DAE em determinados locais de
acesso público, nomeadamente nos estabelecimentos comerciais de dimensão relevante.
As entidades responsáveis pela exploração dos locais de acesso público referidos dispõem do prazo de dois anos para o
cumprimento integral do disposto no presente diploma, contado da data da sua entrada em vigor, ou seja, dia 1 de
setembro de 2012.
Utilização/ativação do DAE
Alguns DAE ligam-se automaticamente quando se abre o aparelho.
Outros é necessário premir o botão ON.
✓ Se houver outro reanimador presente, deixe-o realizar as
compressões torácicas e a respiração boca-a-boca enquanto você
ativa o DAE.
✓ Remova a roupa do tórax da vítima.
✓ Remova as pás de qualquer invólucro.
✓ Os invólucros geralmente mostram a posição correta das pás
no tórax.
✓ Na maioria dos casos a posição também vem desenhada
nas próprias pás do DAE.
Utilização/ativação do DAE
Colocação da 1.ª pá
Uma pá do DAE deve ser colocada
abaixo da axila esquerda.
Colocação da 2.ª pá
A outra pá deve ser colocada
abaixo da clavícula direita,
junto ao esterno.
Utilização/ativação do DAE
AFASTAR
30 : 2
QUESTÕES IMPORTANTES NA UTILIZAÇÃO DO DAE
Tórax Molhado
Algumas vitimas podem apresentar o tórax molhado devido, por exemplo, a sudorese ou a seguir a um salvamento
dentro de água. Seque sempre o tórax antes de aplicar as pás do DAE.
Pilosidade
Só raramente os pelos do tórax causam problemas na aderência das pás do DAE.
Nestes casos pode ser necessário rapar ou cortar alguns pelos para obter um contacto adequado. Não corte os pelos
por rotina é um desperdício de tempo.
Adesivos
Remova todos os adesivos ou outro material aderente à pele da vítima de modo a assegurar um bom contacto das pás
do AED. Algumas das vítimas podem ter adesivos contendo medicação, os quais devem ser removidos de imediato, pois
podem provocar explosões e ou queimaduras.
Pacemakers
Algumas vitimas são portadoras de pacemaker. Geralmente são visíveis sob a pele na parede torácica logo abaixo da
clavícula. Assegure-se de que as pás do DAE não são colocadas em cima de pacemaker, mas sim ao lado ou abaixo.
Jóias
Remova qualquer peça de joalharia metálica que possa estar em contacto com as pás do DAE. As pás devem estar
afastadas das joias amovíveis, incluindo as que são usadas nos piercings.
QUESTÕES IMPORTANTES NA UTILIZAÇÃO DO DAE
Segurança do Reanimador
Não toque na vítima durante a análise do ritmo, a carga da energia ou durante a desfibrilhação. Tocar na
vítima durante a análise pode causar movimento que irá interferir com o reconhecimento do ritmo da
vítima, podendo causar atraso na desfibrilhação.
Segurança de Terceiros
Assegure-se de que o ambiente é seguro. Durante a análise, carga e especialmente durante a
desfibrilhação, assegure-se de que ninguém toca na vítima nem em nada do que a rodeia ( ex. a cama ).
Grite “ afastar “ e confirme visualmente que ninguém está em contacto com a vitima.
Afaste as fontes de oxigénio ( ex. máscara facial com oxigénio ) da vítima, durante a desfibrilhação.
SBV/DAE
Utilização/ativação do DAE em crianças
As crianças podem ser reanimadas com sucesso usando-se a sequência de reanimação do adulto, com a
única diferença de que o tórax só deve ser comprimido cerca de um terço da sua profundidade.
Os DAE standard podem ser usados em crianças com idade superior a 8 anos. Para crianças com idade
entre 1 e 8 anos devem ser usadas pás especiais (pediátricas) ou um aparelho pediátrico, se disponível; se
não estiver, deve usar-se, na mesma, o DAE.
Um DAE só deve ser usado em crianças com idade inferior a 1 ano se tiver indicação específica do
fabricante para tal. Deve ser usado de acordo com as instruções do fabricante, o que deverá, certamente,
envolver o uso de pás especiais (pediátricas).
Abordagem do doente com suspeita ou infeção por SARS-CoV-2
Considerando que:
As medidas preventivas no âmbito de COVID-19, devem ter em conta as vias de transmissão direta:
1) gotículas respiratórias (partículas superiores a 5 mícrons);
2) contacto direto com secreções infetadas;
3) aerossóis em procedimentos terapêuticos que os produzem.
Em função do risco de contágio para os profissionais, mas tendo em conta a obrigatória racionalização de recursos
materiais em tempos de pandemia, emitem-se as seguintes recomendações na abordagem de doentes sem suspeita
ou infeção por SARS-CoV-2:
✓ O uso de Proteções Básicas de Controlo de Infeção (PBCI) em todas as ocorrências, conforme descrito na
Orientação Técnica – Equipamentos de Proteção Individual;
✓ A colocação de máscara cirúrgica em todos os doentes e acompanhantes durante o transporte. Se for uma criança
oferecer a máscara ao progenitor/acompanhante, que ajudará a criança na colocação;
✓ O uso preferencial de máscara FFP2 no contacto direto com o doente, sendo obrigatória sempre que não for
possível colocar máscara cirúrgica no doente;
✓ A realização da abordagem da vítima (sempre que possível) apenas por um operacional, que avaliará o doente e
passará dados para regulação médica, sobre a necessidade de transporte ao hospital e/ou apoio diferenciado;
✓ O 2º elemento só se equipará a pedido do responsável da equipa e se for necessário ajuda na abordagem /
transporte até à ambulância;
Abordagem do doente com suspeita ou infeção por SARS-CoV-2
A abordagem de uma situação de PCR (procedimento gerador de aerossóis) em doente com suspeita ou
infeção por SARS-CoV-2 deve ter em consideração os seguintes aspetos:
• Proteção da equipa;
• Risco/benefício;
• Disponibilidade e utilização adequada de EPI;
• Proficiência.
1) A equipa deverá utilizar o EPI adequado, de acordo com a Orientação Técnica – Equipamentos de
Proteção Individual;
2) Confirmar a paragem cardiorrespiratória avaliando a ausência de sinais de vida e a ausência de
respiração normal, evitando o contacto com o rosto e a boca da vítima. NÃO EXECUTE A MANOBRA
VER, OUVIR E SENTIR (VOS);
3) Se criança, realizar 5 insuflações;
4) Pedir apoio diferenciado (o 2º elemento);
5) Colocar máscara cirúrgica no doente (se adulto);
6) Ligar DAE de acordo com protocolo habitual SBV DAE e seguir as instruções;
7) Iniciar compressões torácicas;
Abordagem do doente com suspeita ou infeção por SARS-CoV-2
8) Garantir a oxigenação:
a) Insuflações com máscara e insuflador manual, com oxigénio a 15 L/min, da seguinte forma:
✓ Colocar um filtro HEPA (ou HDE) entre a máscara e o insuflador manual;
✓ Realizar a técnica a dois elementos para melhor selagem/maior segurança para a equipa (2º elemento
fixa a máscara e o 1º elemento insufla nas pausas das compressões);
✓ Mantém SBV de qualidade a um ritmo de 30:2, trocando elementos de 2 em 2 minutos.
b) Em alternativa, optar pela oxigenação passiva, nomeadamente em equipas com menor proficiência na
utilização do insuflador manual:
• Colocar cânula nasal / máscara facial ao doente, seguida de máscara cirúrgica. Ligar O2 a 15L/min;
• Realizar compressões torácicas ininterruptas 100 a 120 por minuto;
9) A cada interrupção para análise de ritmo do DAE, trocar o elemento nas compressões
10) Em caso de choque recomendado, desligar O2 na fonte antes de aplicar o choque;
Abordagem do doente com suspeita ou infeção por SARS-CoV-2
A abordagem de doentes com suspeita ou infeção por SARS-CoV-2 deverá ter em conta a relação benefício para o
doente versus risco para os profissionais e comunidade.
Assim:
• A prioridade é vestir o EPI antes de abordar o doente;
• A ventilação manual e as compressões torácicas são manobras geradoras de aerossóis;
• Deve-se colocar máscara cirúrgica na cara do doente antes de iniciar compressões torácicas;
• Recomenda-se a aspiração de secreções, apenas quando estritamente necessário (ex: compromisso da via aérea);
• Reforça-se para a correta colocação e remoção do EPI, conforme Orientação Técnica;
• Recomenda-se a limpeza e desinfeção de todos os equipamentos, no qual se inclui o aparelho de DAE, conforme
Orientação Técnica.
O cumprimento destas recomendações visa proteger o operacional, adaptando a necessidade de intervenção à situação
de exceção atual, sendo determinante na diminuição do risco de exposição e transmissão de doenças infetocontagiosas
aos profissionais, utentes e comunidade.
Algoritmo Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa adaptado
para COVID-19 (European Resuscitation Council)
Não responde e não respira normalmente: Avaliar a respiração visualmente; não abrir a via aérea nem se aproximar do nariz e da boca da vítima
Aplicar o DAE assim que disponível, mesmo usando apenas EPI de precaução contra gotículas
Objetivos gerais:
Objetivos gerais:
Objetivos específicos:
As pessoas que experimentem uma dor torácica associada a qualquer um dos sintomas referidos acima devem consultar
um médico de imediato, especialmente se estiverem nas seguintes situações:
✓ Recorrência da dor torácica nos dias anteriores;
✓ Aparecimento de um sinal de alerta (síncope, por exemplo);
✓ Recidiva da dor torácica em indivíduos com história de doença coronária (sintomas semelhantes aos de um “ataque
cardíaco” anterior).
As emergências médicas mais frequentes
principais sinais e sintomas de um enfarte do miocárdio
Tipicamente os sintomas do enfarte são uma dor no meio ou à esquerda do peito, tipo aperto, pressão ou peso, muitas
vezes com irradiação para o braço esquerdo, mandíbula e/ou costas. A dor pode ser desencadeada por esforço físico,
stress emocional ou após uma refeição exagerada, mas também pode surgir subitamente em repouso.
A dor do enfarte piora gradual e é normalmente acompanhada de suores, falta de ar, palidez, inquietação e, muitas
vezes, náuseas e vómitos. Ao contrário da angina estável, no enfarte a dor dura vários minutos e não há alívio com
repouso.
Uma curiosidade é o fato do paciente frequentemente relatar a sua dor no peito como um aperto, fechando o punho e
encostando a mão ao peito para tentar descrever essa dor opressiva.
Quando o enfarte se apresenta com os seus sintomas clássicos, o próprio paciente consegue suspeitar que sua dor tenha
origem em uma isquemia do coração. Nestes casos, o paciente costuma procurar atendimento médico rapidamente.
O problema reside nos enfartes que apresentam sintomas atípicos, como é relativamente comum nos pacientes idosos,
mulheres ou diabéticos. Muitas vezes não há dor no peito e os sintomas se restringem a cansaço intenso, náuseas e/ou
um desconforto inespecífico no peito ou abdômen. Há muitos casos de pacientes que enfartam e não se apercebem. Se
a área necrosada for pequena e os sintomas atípicos, o paciente só costuma descobrir que já enfartou quando vai fazer
um eletrocardiograma ou um ecocardiograma de rotina.
As emergências médicas mais frequentes
principais sinais e sintomas de um enfarte do miocárdio (EAM)
Dor EAM
SINTOMAS do EAM
As emergências médicas mais frequentes
principais sinais e sintomas de uma crise asmática
A maioria das pessoas com asma fica longos períodos sem sintomas, intercalados com as crises quando expostos
a algum agente. No entanto, algumas pessoas têm a deficiência respiratória quase que cronicamente, com
alguns episódios mais graves em determinados períodos.
Os ataques de asma podem durar minutos a dias e podem se tornar perigosos se o fluxo de ar estiver muito
restrito.
Também se deve atender à qualidade da respiração. Pode ser grave se ela apresentar algumas das seguintes
características:
O AVC é uma emergência médica e a rapidez de ação pode determinar a extensão dos danos e o grau de sucesso do
tratamento.
Acidente vascular cerebral ou AVC designa a interrupção súbita na circulação sanguínea para o cérebro, que assim fica
impedido de receber oxigénio e nutrientes, indispensáveis à sua normal atividade, o que provoca a morte de tecido
cerebral.
Na sua origem está, em 85% dos casos, um bloqueio da irrigação sanguínea devido à obstrução de uma artéria cerebral
– AVC isquémico. Este bloqueio pode dever-se a uma trombose (quando se forma um coágulo no interior de uma
artéria cerebral) ou a uma embolia (quando um coágulo pré-existente é transportado pela circulação sanguínea).
Em cerca de 15% das situações, o AVC tem origem no rompimento de uma artéria, que dá lugar a uma hemorragia –
AVC hemorrágico.
As emergências médicas mais frequentes
principais sinais e sintomas de um AVC
Os sinais/sintomas mais comuns são:
✓ Desvio da cara;
✓ Falta de força num dos lados do corpo (braço, perna);
✓ Dificuldade em falar e de entendimento, confusão.
As pessoas sem diabetes devem ter uma glicemia entre 80 e 110 mg/dl antes das refeições e até 140 mg/dl depois
das refeições.
Quando de repente deixa de existir insulina no organismo (Diabetes Tipo 1) ou quando existe em quantidade
insuficiente, ou não consegue atuar (Diabetes Tipo 2), o açúcar acumula-se no sangue (provocando hiperglicemia)
em vez de entrar nas células do organismo, para dar a energia necessária para o dia a dia. Nesta situação de
hiperglicemia, para além da falta de forças, as pessoas perdem peso entre outros sintomas:
Esta situação pode acontecer essencialmente por três motivos (isolados ou em conjunto):
✓ toma excessiva/incorreta da medicação
✓ jejum prolongado ou refeições sem alimentos ricos em hidratos de carbono
✓ exercício físico exagerado ou não programado.
Quanto melhor for o controlo metabólico menor será a probabilidade de ocorrer uma hipoglicemia. Saber tratar uma
hipoglicemia é extremamente importante para evitar complicações graves que podem advir, como o coma
hipoglicémico.
A glicose (açúcar) é a principal fonte de energia utilizada pelo nosso corpo, o cérebro, por exemplo, só utiliza glicose
como fonte de energia.
As emergências médicas mais frequentes
principais sinais e sintomas de um quadro de hipoglicémia
O que provoca a hipoglicemia?
✓ erros na alimentação, como passar várias horas sem comer ou ingerir quantidades insuficientes de hidratos de
carbono;
✓ erros na administração de medicação oral ou excesso de medicação (oral ou insulina);
✓ exercício físico não programado e sem suporte alimentar antes e depois;
✓ consumo de álcool em excesso e/ou fora das refeições ou então a refeições sem hidratos de carbono.
As crises epiléticas podem afetar um ou os dois lados do cérebro. Os sintomas podem durar de alguns segundos a
muitos minutos por episódio. Algumas sensações ocorrem como sinais de alerta para uma convulsão que vai
acontecer. Essas incluem:
✓ cosméticos e produtos de higiene, geralmente de baixa toxicidade (tenha em atenção produtos como é o
caso de tintas para o cabelo)
✓ produtos de limpeza, especialmente lixívias, tira-gorduras e desentupidores de canos, sendo que alguns
destes produtos podem causar queimaduras graves
✓ pesticidas (cumpra as regras de segurança, por exemplo use vestuário de proteção, uma vez que alguns
destes produtos são absorvidos através da pele)
Os sintomas mais comuns de uma intoxicação alimentar incluem diarreia (algumas vezes com sangue ou pús nas
fezes), dores abdominais fortes, febre, dores de cabeça, vómitos e, geralmente, um enorme cansaço. Se
apresentar algum destes sintomas deve procurar cuidados médicos.
As emergências médicas mais frequentes
principais sinais e sintomas de uma intoxicação alimentar
Alimentos potencialmente mais “contaminadores”
As emergências médicas mais frequentes
principais cuidados a prestar na dor torácica de origem cardíaca
A dor torácica de origem cardíaca surge em consequência de um deficiente fornecimento de oxigénio ao músculo
cardíaco. Este fator leva a que este entre em sofrimento (isquémia) tendo como principal sintoma a dor.
A arteriosclerose é a principal responsável por este fornecimento deficitário de oxigénio, uma vez que ao diminuir o
diâmetro das artérias coronárias, reduzindo a elasticidade das mesmas, provoca uma situação que facilita a sua
obstrução e consequentemente a interrupção do fluxo sanguíneo
O enfarte agudo do miocárdio é uma verdadeira emergência médica em que todo o tempo conta para salvar uma
vida.
Contudo, esta pode ser considerada normal, sem gravidade, quando resulta (por exemplo), de um esforço físico
extenuante e ser grave quando resulta do agravamento de uma doença pulmonar, cardíaca, intoxicação ou outras
causas.
A queixa de “falta de ar” pode variar de pessoa para pessoa uma vez que este sintoma depende da capacidade
neurológica em identificar este sintoma/sinal.
✓ Colocar a vítima numa posição confortável (sentado ou semi-sentado) que lhe facilite a respiração;
Se a resposta a uma destas perguntas for afirmativa, chame o 112 o mais rapidamente possível.
Registe a hora, para saber indicar quando o AVC teve início, e mantenha a calma, para responder às perguntas que
forem colocadas.
As emergências médicas mais frequentes
principais cuidados a prestar em casos de hiperglicémia
A primeira coisa que se deve fazer é verificar a glicémia da pessoa, com um aparelho adequado para medir a
quantidade de açúcar no sangue. Geralmente, valores abaixo de 70 mg/dl indicam uma hipoglicemia e valores muito
acima de 180 mg/dl podem indicar hiperglicemia, especialmente se a pessoa não tiver acabado de comer.
Quando o açúcar está alto no sangue, também chamado de hiperglicemia, o valor do aparelho vai apresentar valores
acima de 180 mg/dl, em jejum, ou acima de 250 mg/dl, a qualquer hora do dia.
Além disso, a pessoa pode apresentar confusão, sede excessiva, boca seca, cansaço, dor de cabeça e hálito alterado.
As emergências médicas mais frequentes
principais cuidados a prestar em casos de hiperglicémia
Nestes casos, deve-se:
Procurar uma seringa de insulina SOS, que a pessoa possa ter
para situações de emergência;
Injetar a seringa na região ao redor do umbigo ou na parte
superior do braço, fazendo uma prega com os dedos, mantendo-a
até ao final da injeção;
Se, passado 15 minutos, o valor do açúcar continuar igual, deve-se chamar
ajuda médica, ligando imediatamente para o número 112 ou levar a
pessoa para o hospital;
Caso a vítima esteja inconsciente, mas a respirar normalmente deve-se
colocar em PLS, enquanto se aguarda a chegada da ajuda médica.
No caso em que não existe uma seringa de insulina de emergência, o
recomendado é chamar imediatamente a ajuda médica ou levar a pessoa
para o hospital, para que seja administrada a dose adequada de insulina.
✓ Quando o valor de açúcar no sangue fica baixo por muito tempo, é possível que a pessoa entre em paragem
cardiorrespiratória.. Por isso, caso se observe que a pessoa não respira deve-se proceder ao algoritmo das
técnicas de SBV
As emergências médicas mais frequentes
principais cuidados a prestar em casos de convulsão (epilepsia)
Se testemunhar uma convulsão, tente manter a calma e antes e chame um serviço de emergência. Preste
muita atenção para o que acontece durante e após a crise.
✓ Tentar repousar a pessoa suavemente no chão, caso ela dê sinais de que irá cair
✓ Tente afastar os móveis ou outros objetos que possam ferir a pessoa durante a convulsão
✓ Se a pessoa que está tendo uma convulsão já está no chão quando você chegar, coloque algo macio sob
sua cabeça
✓ Não force nada, incluindo os dedos, na boca da pessoa. Colocar algo na boca da pessoa pode causa-lhe
lesões graves
Tente registar:
✓ Que tipo de movimento do corpo ocorreu?
✓ Quanto tempo durou a convulsão?
✓ Como a pessoa agiu imediatamente após o ataque?
✓ Existem lesões?
As emergências médicas mais frequentes
principais cuidados a prestar em situações de intoxicação
Em caso de um acidente por intoxicação, mantenha a calma. Não se precipite, mas não perca tempo. Contacte a
Linha do Centro de Informação Antivenenos (CIAV) – 800 250 250.
✓ o quê – nome do medicamento ou produto (se possível tenha a embalagem consigo), animal, planta
✓ lave com água do mar sem esfregar (nunca use água doce, vinagre ou álcool)
✓ aplique frio/gelo
✓ contacte a Linha do Centro de Informação Antivenenos (CIAV) – 800 250 250
Pode tentar remover os tentáculos com a ajuda de um cartão de plástico (por exemplo, cartão multibanco ou carta
de condução). Não utilize pinças. Não coloque ligaduras.
Nunca toque nos tentáculos. Mesmo quando mortas, as células urticantes mantêm-se ativas. Evite tomar banho
em locais com alforrecas.
As emergências médicas mais frequentes
principais cuidados a prestar em situações de intoxicação
Como devo agir se o conteúdo de uma cápsula de detergente atinge as mãos ou a boca de uma criança?
Quando uma cápsula de detergente rebenta nas mãos ou na boca de uma criança, pode atingir os olhos, a
cavidade oral e a pele, provocando lesões nestes órgãos.
✓ Polifarmacologia;
✓ Analfabetismo;
✓ Cada medicamento deve ser guardado na sua embalagem original com as etiquetas.
✓ Os medicamentos devem ser guardados nas condições aconselhadas pelo fabricante (lugar fresco e seco e por
vezes no frigorífico).
✓ Conservar também o folheto para se saber, a todo o momento, o nome e indicação do fármaco.
✓ É aconselhável saber para que serve cada um dos medicamentos que se tomam e saber quantas doses devem
ser tomadas ao longo do dia. Para isso, é aconselhável assentar estas informações nas embalagens. São muito
úteis as caixinhas de comprimidos mensais ou semanais, os quadros ou suportes tipo “notas” na cozinha.
✓ Perguntar ao médico qualquer dúvida que tenha e insistir se houver algo que não entenda.
✓ Tentar memorizar os medicamentos que toma. Se tal não é possível, elaborar uma pequena folha com a
medicação que toma: para o que é tomada, as doses, …..
✓ Informar o médico se alguma vez teve algum problema alérgico com um fármaco.
✓ Se o tratamento é crónico, é importante que os pacientes não esperem pelo último dia para que lhe forneçam a
medicação.
As emergências médicas mais frequentes
principais cuidados a prestar em situações de intoxicação por gás
A maioria destas intoxicações ocorre por esquecimento, maus hábitos, e alguns “problemas” habitacionais. Por
isso, há que aconselhar os idosos sobre a importância de adquirirem certos hábitos que ajudarão a evitar este
tipo de acidentes.
✓ Nunca adormecer sobre as mesas que tenham por baixo braseiras ou aquecedores.
Muitos aparelhos que usamos no dia-a-dia funcionam com base em combustíveis – sólidos (lenhas, carvão),
líquidos (petróleo, gasóleo) ou gasosos (gás natural, propano, butano ou GPL), - cuja queima pode ser fonte de
CO.
Os grupos mais suscetíveis aos efeitos do CO são as crianças, os idosos e as pessoas com doenças cardíacas,
respiratórias ou anemia. Os automóveis libertam para a atmosfera elevadas quantidades de monóxido de
carbono.
A análise dos acidentes resultantes de intoxicações como CO, a maioria dos acidentes/intoxicações por gás CO
ocorrem no Outono/Inverno e têm a sua origem em equipamentos para aquecimento (salamandras e caldeiras)
que, normalmente por esquecimento, são deixadas acesas durante a noite.
A taxa de letalidade (relação entre o numero de óbitos e o número de vítimas) é elevada: 5%.
As emergências médicas mais frequentes
principais cuidados a prestar em situações de intoxicação por
monóxido de carbono (CO)
Cuidados a prestar:
✓ Iniciar a avaliação num sitio que considere seguro (sem fontes de produção de CO e bem arejado);
✓ Administrar Oxigénio a 15l /min por máscara (mesmo a vitima sem dispneia e com SpO2 normal)
✓ Incisas ou cortantes (provocadas por agentes perfurantes e/ou cortantes; Bordos regulares, nítidos e retilíneos;
predomínio do comprimento sobre a profundidade)
✓ Perfurantes (provocada por agentes cortantes e/ou perfurantes. Ex. punhal. Externamente com pequena lesão
mas profundamente com comprometimento das estruturas internas)
✓ Escoriação (tangencial à superfície da pele; muito dolorosas; provocadas por fricção ou arrastão)
✓ Hematoma ou equimose (provocada por rotura dos capilares sem perda da continuidade da pele)
Principais tipos de traumatismos
traumatismos de tecidos moles – feridas
✓ Limpas - são as produzidas em ambiente cirúrgico, sendo que não foram abertos sistemas como o digestivo,
respiratório e génito-urinário. A probabilidade da infeção da ferida é baixa, em torno de 1 a 5%.
✓ Contaminadas - há reação inflamatória; são as que tiveram contacto com material como terra ou fezes. Também
são consideradas contaminadas aquelas em que já se passou seis horas após o acto que resultou na ferida. O risco
de infeção da ferida já atinge 10 a 17%.
Principais tipos de traumatismos
traumatismos de tecidos moles – feridas
Fases de cicatrização das feridas
✓ Idade – a idade torna os tecidos menos flexíveis existindo também uma diminuição progressiva do colagénio.
✓ Estado imunológico - a ausência de leucócitos retarda a fagocitose e a lise de restos celulares, prolongando a fase
inflamatória e a infeção. Na ausência de monócitos a formação de fibroblastos é deficitária.
✓ Oxigenação - a anoxia altera a síntese de colagénio com à menor força mecânica na formação de fibras.
✓ Diabetes - A síntese do colagénio está diminuída na deficiência de insulina. A microangiopatia cutânea piora a
oxigenação.
Principais tipos de traumatismos
traumatismos de tecidos moles – feridas
Fatores que influenciam a cicatrização das feridas
✓ Quimioterapia – Favorece a neutropenia predispondo à infeção. Inibe a fase inflamatória inicial da cicatrização e
interfere nas mitoses celulares e na síntese proteica.
✓ Tabagismo - A nicotina é um vaso constritor, levando à isquemia tecidular, sendo também responsável por uma
diminuição de fibroblastos e macrófagos. O monóxido de carbono diminui o transporte e o metabolismo do
oxigênio. Clinicamente observa-se cicatrização mais lenta em fumadores.
✓ Tensão na ferida - Vómitos, tosse, atividade física em demasia, produzem tensão e interferem com a boa
cicatrização das feridas
Principais tipos de traumatismos
traumatismos de tecidos moles – feridas
Cuidados a ter no tratamento de feridas
✓ Lavar e limpar bem a ferida com água corrente. Aplicação de antisséptico. Não utilize álcool nem água oxigenada.
✓ Retire a roupa que a obstrua. Se estiver a sangrar muito, pressione suavemente a zona afetada com uma
compressa ou um pano limpo.
✓ Lave a pele à volta da ferida com água corrente ou soro fisiológico, para eliminar a sujidade e evitar que passe
para o interior. O álcool é contraindicado para feridas abertas. Estudos científicos mostram também que a água
oxigenada não é totalmente eficaz a eliminar microrganismos.
Principais tipos de traumatismos
traumatismos de tecidos moles – feridas
Cuidados a ter no tratamento de feridas
✓ Clorexidina e Iodopovidona são as substâncias mais indicadas contra todo o tipo de microrganismos. Existem mais
produtos antissépticos à venda nas farmácias e não estão sujeitos a receita médica. Não utilize dois antissépticos
ao mesmo tempo, pois muitos interagem entre si.
✓ Prefira unidades individuais destes produtos. São mais práticas, fáceis de usar e evitam a contaminação. Assegure-
se de que as embalagens e aberturas dos recipientes não entram em contacto com a ferida para evitar um futuro
contágio.
Principais tipos de traumatismos
traumatismos de tecidos moles – feridas
Deve levar ao hospital:
✓ Se a ferida for larga e profunda, mesmo que sangre pouco. Pode precisar de suturação;
✓ Se a ferida mostrar sinais de infeção, como muito calor, inchaço e vermelhidão, ou provocar um aumento de dor
ou febre;
O tétano é uma doença aguda provocada pelo Clostridium tetani, uma bactéria produtora de esporos que podem
persistir no solo durante meses ou anos.
A doença é adquirida por inoculação dos esporos nos tecidos, através de lesões (picadas, queimaduras, feridas),
drogas injetáveis, ou mesmo após realização de procedimentos cirúrgicos sem condições de higiene adequadas.
Os esporos germinam e produzem uma toxina que se fixa aos neurónios motores periféricos e que é responsável
pelas manifestações clínicas do tétano.
O diagnóstico é principalmente clínico e o tratamento deve ser realizado em meio hospitalar em unidades de
cuidados intensivos. A mortalidade é mais acentuada em crianças e idosos.
Em Portugal, os bebés e crianças são imunizados contra o tétano através de uma série de 4 vacinas (2; 4; 6 e 18
meses).
Depois da série primária estar completa (primovacinação), a criança recebe mais 2 reforços: aos 5 e 10 anos.
A partir dos 10 anos de idade, é recomendado reforços aos 25, 45, 65 anos de idade, e posteriormente, de 10 em
10 anos.
A taxa de cobertura vacinal em crianças e jovens em Portugal é superior a 95%. No resto do mundo, estima-se
uma taxa de cobertura de 85%.
A vacina contra o tétano tem de ser dada durante toda a vida uma vez que nem a vacina nem a doença dão
proteção a longo prazo.
Por outro lado, esta é uma vacina que não dá a chamada imunidade de grupo – só está mesmo protegido quem
fez a vacina
Principais tipos de traumatismos
traumatismos de tecidos moles – feridas (tétano)
O tétano caracteriza-se pelos espasmos musculares.
Eles podem ser provocados pelos mais pequenos
impulsos nervosos, como barulhos, luzes e tocar
no doente ou podem surgir espontaneamente.
Duram de dois a cinco dias.
Visíveis ou exteriorizadas
(drenam por orifícios naturais)
INTERNAS
Invisíveis
Capilares
Principais tipos de traumatismos
traumatismos de tecidos moles – hemorragias (quadro clínico)
Principais tipos de traumatismos
traumatismos de tecidos moles – hemorragias (atuação)
GARROTAGEM
✓ Aparecem geralmente por lesão de órgãos internos frágeis (baço; fígado; rins ….)
✓ Palidez;
✓ Vítima sente frio;
✓ Taquicardia com pulso fraco;
✓ Perda gradual da consciência;
✓ Vista turva;
✓ Zumbidos;
✓ Sede intensa
ESTADO DE CHOQUE
MORTE
Principais tipos de traumatismos
traumatismos de tecidos moles – hemorragias internas (atuação)
Só em situações muito raras é que as hemorragias nasais se tornam ameaçadoras para a vida. Estes
casos raros ocorrem, geralmente, quando a hemorragia é posterior, isto é, quando o foco
hemorrágico tem uma localização mais alta e mais profunda nas fossas nasais, sendo que o sangue
flui em primeiro lugar para trás, ou seja, para a garganta. É preciso, também, salientar que estes
casos de epistaxes potencialmente fatais ocorrem, a maior parte das vezes, em pessoas que têm
algum problema de saúde subjacente afetando o processo de coagulação (hipertensão, distúrbios da
coagulação, uso de medicamentos anticoagulantes).
Principais tipos de traumatismos
traumatismos de tecidos moles – epistaxes
✓ Sente-se direito, de modo a que a cabeça esteja acima do nível do coração, respire através da boca;
✓ Aperte toda a porção anterior do nariz durante algum tempo;
✓ Aplique um saco com gelo picado no nariz (ou apenas compressas frias), para a diminuir o fluxo sanguíneo;
✓ Decorrido algum tempo veja se a hemorragia persiste;
✓ Se a hemorragia persistir aperte, novamente por mais algum tempo e avalie a hemorragia;
TAMPONAMENTO ????????
Nota: existe a crença muito implantada de que para parar uma hemorragia nasal, se deve inclinar a cabeça para trás e levantar um braço. Não
há qualquer fundamento para isso, além de que pode ser prejudicial
Principais tipos de traumatismos
Queimaduras – definição
✓ Choque neurogénico
✓ Choque séptico
✓ Choque hipovolémico
3.º GRAU
✓ Necessita sempre de tratamento hospitalar
✓ Poderá necessitar de tratamento cirúrgico
QUEIMADURAS
1.º GRAU
Facilitar saída de calor (evitar
agravamento da lesão)
2.º GRAU
Gel anestesiante Evitar ruptura das flictenas
3.º GRAU
Necessita sempre de tratamento hospitalar
Poderá necessitar de tratamento cirúrgico
Principais tipos de traumatismos
Traumatismo dos membros – definição de fraturas
São lesões ósseas frequentemente relacionadas com
traumatismos diretos, caracterizadas pela interrupção da
continuidade do tecido ósseo
Sempre que um osso é sujeito a uma força que excede a
sua capacidade de adaptação, o osso parte, ou seja,
sofremos uma fratura.
Dependendo do mecanismo e intensidade da lesão a
fratura pode ser completa ou incompleta, orientada em
diferentes direções, ou resultar em múltiplos fragmentos
(fratura cominutiva). Em alguns casos ocorre uma lesão
concomitante da pele, ficando o osso em contacto direto
com o exterior (fratura exposta), com risco acrescido de
complicações, nomeadamente infeção.
Na maior parte das vezes a fratura resulta de um
traumatismo considerável, mas em caso de osteoporose
ou tumores (fratura patológica) podem ocorrer com
traumatismos de baixa intensidade.
Pequenos traumatismos repetitivos podem também
levar ao desenvolvimento de um tipo particular de
fratura, a fratura de stress.
Principais tipos de traumatismos
Traumatismo dos membros – quadro clínico de fraturas
✓ Impotência funcional
✓ Deformação
✓ Mobilidade anormal
✓ Crepitação óssea
✓ Edema (inchaço)
Principais tipos de traumatismos
Traumatismo dos membros – complicações de fraturas
✓ Hemorragias
✓ Limitações futuras
Principais tipos de traumatismos
Traumatismo dos membros – atuação de fraturas
✓ Minorar sofrimento
São fraturas que não carecem no pré-hospitalar de grandes cuidados, bastando imobilizá-las colocando o
braço ao peito passando depois uma ligadura sobre o tórax para que não exista rotações do membro durante
o transporte.
Um socorrista ajustará comodamente o membro superior lateralmente, com o antebraço fletido para a
frente do corpo. Outro socorrista aplica as ligaduras, imobilizando o braço contra o tórax e
apoiando o antebraço
Principais tipos de traumatismos
Traumatismo dos membros – imobilizações
Fraturas do Úmero
Um socorrista ajusta sob tração mas comodamente o braço a uma tala de madeira almofadada, lateralmente, com o
antebraço fletido para a frente do corpo. O outro socorrista aplicará as ligaduras, imobilizando o braço contra a tala e
depois contra o tórax, apoiando o antebraço.
São fraturas que carecem de atenção e muito cuidado na manipulação pré-hospitalar, uma vez que frequentemente há
lesões vasculares e nervosas, pela proximidade de vasos e nervos junto ao osso
Perante uma fratura do úmero o socorrista deve pesquisar o estado circulatório do membro, palpando o pulso radial e a
sensibilidade e mobilidade do membro. A pesquisa de mobilidade é passiva, ou seja, a vítima é que mexe ou não. O
socorrista não deve mobilizar o membro ativamente sob risco de agravar as lesões existentes.
Na ausência de pulso radial, deve-se fazer imediatamente tração e alinhamento, seguida de imobilização.
O nervo que mais frequentemente encontramos lesionados é o nervo radial. Esta situação, apresenta
caracteristicamente uma “mão pendente”, sendo a vítima incapaz de fazer a extensão da mão.
As fraturas do úmero muito altas, devem ser imobilizadas com o braço ao longo do tronco
Principais tipos de traumatismos
Traumatismo dos membros – imobilizações
Fraturas do Úmero
Imobilização do Úmero
Principais tipos de traumatismos
Traumatismo dos membros – imobilizações
Lesões a Nível do Cotovelo
Para além dos sinais e sintomas habituais das fraturas, devemos pesquisar igualmente o estado circulatório do
mesmo, pois as lesões a este nível podem também dar compromissos vasculares (palpar pulso radial).
A imobilização deve ser feita com o mínimo de tração sem forçar, (se a mesma não provocar dor local muito intensa e
não houver resistência) já que a flexão associada ao edema que habitualmente se instala podem comprimir os vasos
que passam a nível do cotovelo impedindo o fluxo normal de sangue.
Principais tipos de traumatismos
Traumatismo dos membros – imobilizações
Fraturas do Antebraço
Ter em atenção que os sinais e sintomas normais das fraturas, podem estar mais ou menos
mascarados quando apenas um dos ossos (rádio ou cúbito) é fraturado.
As regras gerais de tratamento das fraturas, aplicam-se aqui sem exceções
A calma nestas situações é amiga da razão. Socorrer deve pressupor sempre a ajuda e nunca o agravamento da situação.
O enfermeiro é um dos intervenientes do sistema de emergência, e o seu papel é de vital importância junto da (s)
vítima(s) pois possui competências técnicas, científicas e relacionais que lhe permitem atuar de forma autónoma
e interdependente numa situação de necessidade de socorro.
A Ordem dos Enfermeiros, tendo em consideração a relevância que decorre do enquadramento aqui enunciado -
independentemente do contexto e estatuto jurídico da organização prestadora dos cuidados de saúde - e, no
cumprimento do seu desígnio fundamental que a obriga a assumir a responsabilidade pela promoção da
qualidade dos cuidados de Enfermagem prestados à população o controlo e regulação do exercício profissional
dos enfermeiros, assegurando a observância das regras de ética e deontologia profissional, afirma:
“Só o enfermeiro pode assegurar os cuidados de enfermagem ao indivíduo, família e comunidade, em situação
de acidente e/ou doença súbita, da qual poderá resultar a falência de uma ou mais funções vitais, pelo que deve
integrar obrigatoriamente a equipa de socorro pré-hospitalar”.
Tarefas que em relação a esta temática se encontram no âmbito da sua intervenção
tarefas que, sob orientação de um profissional de saúde, tem de executar sob sua supervisão direta
A Ordem dos Enfermeiros decidiu emitir as seguintes orientações para as intervenções do enfermeiro no pré-
hospitalar:
✓ atuar sempre de acordo com o seu enquadramento legal, procurando assegurar, no exercício das suas
competências, a estabilização do indivíduo vítima de acidente e/ou doença súbita, no local da ocorrência,
garantindo a manutenção das funções vitais por todos os meios à sua disposição;
✓ garantir o acompanhamento e a vigilância durante o transporte primário e/ou secundário do indivíduo vítima de
acidente e/ou doença súbita, desde o local da ocorrência até à unidade hospitalar de referência, assegurando a
prestação de cuidados de enfermagem necessários à manutenção/recuperação das funções vitais, durante o
transporte;
✓ garantir adequada informação e acompanhamento à família do individuo vítima de acidente e/ou doença súbita,
de forma a minimizar o seu sofrimento;
Tarefas que em relação a esta temática se encontram no âmbito da sua intervenção
tarefas que, sob orientação de um profissional de saúde, tem de executar sob sua supervisão direta
Neste contexto o enfermeiro é responsável pela supervisão direta dos técnicos/as auxiliares de emergência médica, no
desempenho das seguintes atividades:
As competências do técnico/a auxiliar de saúde, previstas no respetivo perfil profissional, não lhe garantem a
autonomia necessária para o desempenho das funções de 1.ºs socorros em meio hospitalar, sem a devida supervisão
direta.
A sua ação inscreve-se no sentido de conhecimento das situações de emergência e respetivos procedimentos de
alerta dos profissionais que lhe são hierarquicamente superiores, no correto trabalho em equipa. É fundamental o
conhecimento profundo do SIEM e respetiva articulação coma dinâmica hospitalar.