Você está na página 1de 343

M.A.

Escola de Formação Técnica


Entidade Certificada na Área da Saúde e Educação

0349 - Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho -


conceitos básicos

Formador: José Faceira


M.A. Escola de Formação Técnica
Entidade Certificada na Área da Saúde e Educação

Objetivos gerais:

▪ Identificar os principais problemas ambientais.


▪ Promover a aplicação de boas práticas para o meio ambiente.
▪ Explicar os conceitos relacionados com a segurança, higiene e saúde no trabalho.
▪ Reconhecer a importância da segurança, higiene e saúde no trabalho.
▪ Identificar as obrigações do empregador e do trabalhador de acordo com a legislação em vigor.
▪ Identificar os principais riscos presentes no local de trabalho e na atividade profissional e
aplicar as medidas de prevenção e proteção adequadas.
▪ Reconhecer a sinalização de segurança e saúde
▪ Explicar a importância dos equipamentos de proteção coletiva e de proteção individual.
M.A. Escola de Formação Técnica
Entidade Certificada na Área da Saúde e Educação

Objetivos específicos:

No final do módulo o formando deve:


✓ Ter capacidade para promover na sua empresa comportamentos seguros;
✓ Ter capacidade para utilizar e promover a utilização dos equipamentos de trabalho e proteção;
✓ Ter capacidade para promover na sua empresa atuações de prevenção básicas: ordem; limpeza;
sinalização e a manutenção geral;
✓ Ter capacidade para colaborar na avaliação e controlo de riscos específicos da sua empresa;
✓ Ter capacidade para atuar em caso de emergência e primeiros socorros gerindo as adequadas
primeiras intervenções
✓ Ter capacidade para cooperar com os serviços de prevenção adequados.
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
O ambiente é a construção natural e artificial de interações e relações
de seres vivos, coisas e objetos, transformando-os e transformando-se.

Portanto, o ambiente não é o todo e nem o meio; mesmo porque sendo


construção, o ambiente não está pronto como um local ou um meio
onde tudo acontece. O ambiente não é somente a natureza. É a
construção do conjunto de interações e relações entre natureza, seres
vivos, objetos e coisas; ressalva-se, no entanto, que os seres humanos
não se relacionam com a natureza, pois se limitam a apropriar-se da
mesma para satisfazer as suas necessidades, sem a compreensão de que
são eles mesmos, também a natureza.
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade

Poluição do ar e mudanças climáticas


AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
Poluição do ar e mudanças climáticas – o problema

A atmosfera e os oceanos estão sobrecarregados de carbono. O CO2


atmosférico absorve e reemite radiação infravermelha, o que faz com que
o ar, os solos e as águas superficiais dos oceanos fiquem mais quentes –
em princípio isto até é bom pois o planeta estaria congelado se isso não
acontecesse. Mas há muito carbono no ar. A queima de combustíveis
fósseis, o desmatamento para a agricultura e as atividades industriais
aumentaram as concentrações atmosféricas de CO2 de 280 partes por
milhão (ppm), há 200 anos, para cerca de 400 (ppm). Isso é um aumento
sem precedentes, tanto em escala quanto em velocidade
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade

Poluição do ar e mudanças climáticas – o resultado

Perturbações climáticas.

O excesso de carbono é apenas uma forma de poluição do ar causada pela


queima de carvão, petróleo, gás e lenha. A Organização Mundial da Saúde
(OMS) estimou recentemente que uma em cada nove mortes em 2012
está relacionada com doenças causadas por agentes cancerígenos e outros
venenos presentes no ar
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
Poluição do ar e mudanças climáticas – as soluções

Substituir os combustíveis fósseis por energia renovável; reflorestamento;


reduzir as emissões originadas pela agricultura; alterar processos
industriais. A boa notícia é que a energia limpa é abundante – ela só
precisa ser estimulada. Muitos afirmam que um futuro com 100% de
energia renovável é possível com a tecnologia já existente. Mas há uma má
notícia: embora a infraestrutura de energia renovável – painéis solares,
turbinas eólicas e sistemas de armazenamento e distribuição de energia –
estejam a tornar-se cada vez mais comuns, baratas e mais eficientes,
especialistas apontam que essas tecnologias não estão sendo utilizadas ao
ritmo necessário para evitar uma rotura climática
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
Desmatamento (Abate das matas) -
Substituir os combustíveis fósseis por energia renovável; reflorestamento;
reduzir as emissões originadas pela agricultura; alterar processos
industriais. A boa notícia é que a energia limpa é abundante – ela só
precisa ser estimulada. Muitos afirmam que um futuro com 100% de
energia renovável é possível com a tecnologia já existente. Mas há uma má
notícia: embora a infraestrutura de energia renovável – painéis solares,
turbinas eólicas e sistemas de armazenamento e distribuição de energia –
estejam a tornar-se cada vez mais comuns, baratas e mais eficientes,
especialistas apontam que essas tecnologias não estão sendo utilizadas ao
ritmo necessário para evitar uma rotura climática
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
Desmatamento (Abate das matas)
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
Desmatamento (Abate das matas) – problema
Florestas ricas em espécies estão sendo destruídas, especialmente nos
trópicos, para muitas vezes abrir espaço para a criação de gado, plantações
de soja ou de óleo de palma, ou para outras monoculturas agrícolas. Cerca
de 30% da área terrestre do planeta é coberta por florestas – isso é cerca
de metade do que existia antes do início da agricultura, há 11 mil anos
atrás. Cerca de 7,3 milhões de hectares de floresta são destruídos a cada
ano, principalmente nos trópicos. Florestas tropicais costumavam cobrir
cerca de 15% da área terrestre do planeta. Atualmente elas cobrem de 6%
a 7%. Grande parte do que sobrou foi degradado pela derrubada de
árvores ou queimadas. As florestas naturais não atuam apenas como
reservas da biodiversidade, eles também são reservatórios, que mantêm o
carbono fora da atmosfera e dos oceanos
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade

Desmatamento (Abate das matas) – soluções

Conservar o que resta das florestas naturais e recuperar as áreas


degradadas com o replantio de espécies arbóreas nativas.

Isso exige um governo forte – só que muitos países tropicais ainda estão
em desenvolvimento, têm populações crescentes, carecem de um Estado
de Direito e sofrem com um nepotismo generalizado e corrupção quando
se trata do uso da terra
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
Extinção de espécies
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
Extinção de espécies – problema
Em terra, animais selvagens estão sendo caçados até à extinção para a
obtenção de carne, marfim ou para a produção de produtos "medicinais".
No mar, grandes barcos de pesca industrial, equipados com redes de
arrastão ou de cerco, estão dizimando populações inteiras de peixes. A
perda e a destruição de habitat também é um fator importante para a
onda de extinção – algo sem precedentes se for considerado que isto é
causado pelos os humanos. A Lista Vermelha da União Internacional para a
Conservação da Natureza (IUCN) de espécies ameaçadas continua a
crescer. Espécies não apenas têm o direito de existir, mas também
fornecem produtos e "serviços" essenciais
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
Extinção de espécies – soluções

Esforços conjuntos devem ser feitos para evitar a diminuição da


biodiversidade. Proteger e recuperar habitats é apenas um lado da
questão – combater a caça e a pesca ilegais e o comércio de vidas
selvagens é outro.
Isto deve ser feito em parceria com populações locais, para que a
conservação da vida selvagem seja do seu interesse, tanto social como
económico
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
Degradação dos solos
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
Degradação dos solos – problema

A exploração excessiva das pastagens, as monoculturas, a erosão, a


compactação do solo, a exposição excessiva a poluentes, a conversão de
terras – a lista de maneiras como os solos estão sendo danificados é longa.

Cerca de 12 milhões de hectares de terras agrícolas são degradados


seriamente todos os anos, de acordo com estimativas da ONU
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
Degradação dos solos – soluções

Há uma vasta gama de técnicas de conservação e restauração do solo,


como o plantio direto, rotação de culturas e a construção de "terraços"
para controle da erosão pluvial.

Considerando que a segurança alimentar depende da manutenção dos


solos em boas condições, é provável que este desafio seja implementado a
longo prazo.

Ainda é uma questão em aberto, porém, se isso vai beneficiar igualmente


todas as pessoas ao redor do globo
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
Sobrepopulação
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
Sobrepopulação – problema

A população humana continua a crescer rapidamente em todo o mundo. A


humanidade começou o século 20 com 1,6 bilião de pessoas. Hoje são
cerca de 7,5 biliões. Estimativas indicam que a população mundial crescerá
para quase 10 biliões até 2050. A combinação de crescimento
populacional com a ascensão social está pressionando cada vez mais os
recursos naturais essenciais, como a água.

Grande parte desse crescimento está ocorrendo no continente africano e


no sul e leste da Ásia
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
Sobrepopulação – soluções

A experiência tem-nos mostrado que quando as mulheres têm o poder de


controlar a sua própria reprodução e ganham acesso à educação e a
serviços sociais básicos, o número médio de nascimentos por mulher cai
significativamente.
Se forem feitos corretamente, sistemas de assistência podem tirar
mulheres da pobreza extrema, mesmo em países onde a atuação do
Estado permanece deficiente
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
ADAPTAÇÃO E MITIGAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

O aquecimento global induzido pelas emissões de CO2 — que


aumentaram conforme a ONU em 50% desde 1990 — está acelerando
as mudanças climáticas e ameaça a sobrevivência de milhões de
pessoas, animais e plantas, pois provoca episódios meteorológicos, tais
como secas, incêndios e inundações, cada vez mais frequentes e
extremos. Este fenômeno obriga-nos a tomar medidas que atenuem os
seus efeitos e ajudem a nos adaptarmos às consequências que, (apesar de
conter o aumento da temperatura terrestre abaixo dos 2ºC como exigem os Acordos de Paris),
permanecerão durante séculos.
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
PROBLEMAS DE POLUIÇÃO E SEU IMPACTO NA SAÚDE

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 90% da humanidade


respira ar poluído e, consequentemente, demanda uma redução da
contaminação para reduzir o índice de doenças respiratórias, evitando
assim sete milhões de óbitos/ano.

A água contaminada também causa problemas importantes de saúde,


além de cinco milhões de mortes anuais segundo a ONG (Oxfam Intermón). A
ONU defende eliminar as descargas de resíduos, minimizar o uso de
produtos químicos e depurar mais quantidade de águas residuais, entre
outras medidas.
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
A PROTEÇÃO DOS OCEANOS

Os mares tornaram-se os grandes aterros de plástico do planeta. Além


disso, existem outros graves problemas ecológicos relacionados com os
oceanos, como a deterioração dos ecossistemas pelo aquecimento
global, os efluentes contaminantes, as águas residuais e o
derramamento de combustíveis. A ONU advoga pela melhoria da
administração dos espaços protegidos, defendendo que os mesmos
tenham recursos suficientes, e pela redução da sobrepesca, da poluição
e da acidificação dos oceanos causada pelo aumento da temperatura
terrestre.
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
A TRANSIÇÃO ENERGÉTICA E AS ENERGIAS RENOVÁVEIS

Ao mesmo tempo que a energia significa 60% de todas as emissões


mundiais de gases de efeito estufa (GEE), a ONU calcula que 13% da
humanidade não tem eletricidade e que 3 bilhões de pessoas dependem
dos combustíveis fósseis para cozinhar. Esta situação exige uma
transição energética para um modelo mais limpo, acessível, eficiente e
baseado no uso de fontes renováveis para formar comunidades mais
sustentáveis, inclusivas e resistentes aos problemas ambientais, como as
mudanças climáticas.
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
UM MODELO ALIMENTAR SUSTENTÁVEL

A produção intensiva de alimentos tem consequências nefastas para o


meio ambiente ao empobrecer o solo e os ecossistemas marinhos.
Além disso, a exploração excessiva dos recursos naturais colocou em
perigo a segurança alimentar e o abastecimento de água potável.
A ONU considera imprescindível uma mudança do modelo produtivo e
de nossos hábitos alimentares, apostando em uma dieta mais
vegetariana e com alimentos locais para poupar energia e emissões de
CO2.
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
PROTEÇÃO DA BIODIVERSIDADE

Oito por cento das espécies animais conhecidas já desapareceram e 22%


estão em perigo de extinção devido especialmente, à destruição de seus
habitats naturais, à caça furtiva e à introdução de espécies invasoras.

A ONU implementou ações contundentes para terminar com estes


indícios e preservar o nosso património natural, como é o caso da
proteção das florestas que estão cada vez mais ameaçadas.
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
O DESENVOLVIMENTO URBANO E A MOBILIDADE SUSTENTÁVEL

O crescimento das cidades, que terão de acolher cerca de 5 bilhões de


pessoas em 2030, será outro dos grandes desafios ambientais da
década.
As metrópoles do futuro deverão ser compactas, seguras, inclusivas,
ecológicas e eficientes em termos energéticos, com mais áreas verdes,
construções ecológicas e meios de transporte mais sustentáveis que
deixem o trânsito em segundo plano, dando prioridade aos pedestres.
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
O STRESS HÍDRICO E A ESCASSEZ DE ÁGUA

A falta deste recurso, vital para a sobrevivência humana, animal e


vegetal, afeta mais de 40% da população mundial e, segundo o Fórum
Económico da Água, a agricultura representa mais de 70% da água
utilizada nos países mais áridos do planeta.

Um uso responsável dos recursos hídricos melhorará a produção


alimentar e energética, além de proteger a biodiversidade dos nossos
ecossistemas hídricos e ajudar-nos-á a suster as mudanças climáticas.
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade
OS FENÓMENOS METEOROLÓGICOS EXTREMOS

O aumento da temperatura terrestre está propiciando eventos


climáticos cada vez mais frequentes, intensos e devastadores, como
secas, furacões e ondas de calor.

Manter o termómetro sob controlo, como está sendo solicitado nas


negociações de mais alto nível, e melhorar a nossa capacidade de
resposta no caso de emergências climáticas são as chaves para
minimizar o número destas catástrofes e aprender a adaptar-nos e a
defender-mos das mesmas.
AMBIENTE
Principais problemas ambientais da atualidade

O EXCESSO DE POPULAÇÃO E A GESTÃO DOS RESÍDUOS

A ONU prevê que a população mundial passe de 8,5 bilhões de pessoas


em 2030, obrigando-nos a reduzir consideravelmente a geração de
resíduos por meio de atividades de prevenção, redução, reciclagem e
reutilização próprias da denominada “economia circular”, com o
objetivo de minimizar o seu impacto na saúde e no meio ambiente.
RESÍDUOS – definição

Resíduos é tudo aquilo não aproveitado nas atividades humanas,


proveniente das indústrias, comércios e residências. Como resíduos
encontramos o lixo, produzido de diversas formas, e todo aquele
material que não pode ser deitado ao lixo, por ser altamente tóxico ou
prejudicial ao meio ambiente.

" O acúmulo de resíduos é o responsável pela poluição do nosso


planeta"
RESÍDUOS – definição

Resíduos é tudo aquilo não aproveitado nas atividades humanas,


proveniente das indústrias, comércios e residências. Como resíduos
encontramos o lixo, produzido de diversas formas, e todo aquele
material que não pode ser deitado ao lixo, por ser altamente tóxico ou
prejudicial ao meio ambiente.

" O acúmulo de resíduos é o responsável pela poluição do nosso


planeta"
RESÍDUOS – produção de resíduos

Os Resíduos sólidos e líquidos podem ser de dois tipos de acordo com a


sua composição química:

✓ Resíduos orgânicos provenientes de matéria viva (resto de alimentos;


restos de plantas ornamentais; fezes ….);

✓ Resíduos inorgânicos de origem não viva e derivados especialmente


de materiais como o plástico, o vidro ou os metais
RESÍDUOS – produção de resíduos

Resíduos sólidos – materiais não aproveitados que se encontram no


estado sólido:

✓ Resíduos do dia-a-dia de residências, escritórios e indústrias: papel,


papelão, embalagens de diversos tipos, vidros…. Este tipo de lixo é
reciclável se previamente separado;
✓ Resíduos públicos: provenientes da limpeza dos espaços públicos;
✓ Resíduos especiais: são resíduos que devem ter um tratamento
“especial” (pilhas; resíduos hospitalares; resíduos radioativos,
resíduos provenientes de algumas indústrias)
RESÍDUOS – produção de resíduos

Resíduos líquidos – são aqueles materiais não aproveitados que


se encontram no estado líquido. Líquidos resultantes da limpeza
e desinfeção de caixotes de lixo públicos ou até de aterros
sanitários. Em contacto como a chuva este resíduos líquidos
podem infiltrar-se no solo e contaminar o lençol freático, que é a
fonte de água das populações
Perigosidade dos resíduos
São aqueles que apresentam risco para a saúde pública e para o meio
CLASSE 1 ambiente, exigindo tratamento e disposição especiais, em função das suas
Resíduos perigosos
características de inflamabilidade, corrosividade, e reatividade
São os resíduos que não apresentam perigosidade, porém não são inertes,
CLASSE 2 podendo ter propriedades como a combustibilidade, biodegradabilidade ou
Resíduos Não-inertes
solubilidade na água. São basicamente os resíduos com s características do
lixo doméstico
São aqueles que ao serem submetidos aos testes de solubilização não têm
nem dos seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos
Classe 3 padrões de potabilidade da água. Isto significa que a água permanecerá
Resíduos Inertes potável quando em contacto com o resíduo. Muitos destes resíduos são
recicláveis. Estes resíduos não se degradam nem se decompõem (ou
decompõem-se muito lentamente) quando dispostos no solo. Os entulhos das
demolições, pedras ou areias retiradas das escavações são exemplos deste
tipo de resíduos
GESTÃO de RESÍDUOS
Entidades gestoras de fluxos específicos de resíduos

O regime da responsabilidade alargada do produtor aplicável aos fluxos específicos de resíduos


operacionaliza-se de acordo com o quadro legal nacional, através da responsabilização financeira ou
financeira e operacional da gestão da fase do ciclo de vida dos produtos quando estes atingem o seu fim de
vida e se tornam resíduos.

Assim, o produtor/embalador/distribuidor que coloca o produto no mercado fica obrigado a submeter a


gestão dos resíduos a um sistema individual, a transferir a sua responsabilidade para um sistema integrado,
ou a celebrar acordos voluntários com a Agência Portuguesa do Ambiente, I. P. (APA, I. P.) para o efeito.

Trata-se de responsabilizar o operador económico que coloca o produto no mercado pelos impactes
ambientais decorrentes do processo produtivo, da posterior utilização dos respetivos produtos, da
produção de resíduos, bem como da sua gestão quando atingem o final de vida.
GESTÃO de RESÍDUOS
Entidades gestoras de fluxos específicos de resíduos
Nessa medida, o produtor/embalador/distribuidor, aquando da primeira colocação dos produtos no mercado, ou seja,
com a primeira disponibilização de um produto no mercado em Portugal, enquanto atividade profissional, deverá
garantir o cumprimento dessa obrigação.

O Decreto-Lei n.º 152-D/2017, de 11 de dezembro, que entrou em vigor a 01 de janeiro de 2018, unificou o regime da
gestão de fluxos específicos de resíduos sujeitos ao princípio da responsabilidade alargada do produtor, definindo as
condições para a autorização dos sistemas individuais e dos licenciamentos dos sistemas integrados de gestão, estes
últimos, através dos quais o produtor do produto, o embalador ou importador transfere a sua responsabilidade de
gestão do resíduo gerado pelo produto que colocou no mercado, para uma entidade gestora.

Procedeu-se, assim, no quadro do programa de simplificação e consolidação legislativa que o Governo tem vindo a
promover, à revogação dos diplomas relativos à gestão de fluxos específicos de embalagens e resíduos de embalagens,
de óleos usados, de pneus usados, de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos, de resíduos de pilhas e
acumuladores e de veículos em fim de vida e demais legislação regulamentar, concentrando num único diploma o
regime jurídico dos fluxos específicos de resíduos assentes no princípio da responsabilidade alargada do produtor.
GESTÃO de RESÍDUOS
Entidades licenciadas para a Gestão de Sistemas Integrados de Gestão de Resíduos

✓ Sistema Integrado de Gestão de Embalagens e Resíduos de Embalagens (SIGRE)

✓ Sistema Integrado de Embalagens e Resíduos de Embalagens e Medicamentos (SIGREM)

✓ Sistema Integrado de Embalagens e Resíduos de Embalagens em Agricultura (VALORFITO)

✓ Sistema Integrado de Gestão de Óleos Novos e Óleos Usados (SIGOU)

✓ Sistema Integrado de Gestão de Pneus Usados (SGPU)

✓ Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (SIGREEE)

✓ Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Pilhas e Acumuladores (SIGRPA)

✓ Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Baterias e Acumuladores (SIGRBA)

✓ Sistema Integrado de Gestão de Veículos em Fim de Vida (SIGVFV)


Boas práticas para o meio ambiente

✓ Crie uma política sustentável:


▪ Ter diretrizes para a execução de boas práticas ambientais gera resultados positivos para
o negócio.
▪ Adote normas para preservar os recursos naturais utilizados na sua empresa.

✓Aplique os 5R’s:
▪ Repensar os hábitos de consumo,
▪ Reduzir a geração de lixo,
▪ Reaproveitar os objetos,
▪ Reciclar materiais para transformar em novos produtos e
▪ Recusar o uso de produtos que geram alto impacto ambiental.
Boas práticas para o meio ambiente

✓ Estabeleça metas ambientais:

▪ Implante um sistema de produção mais sustentável e menos agressivo ao meio


ambiente. Tenha o compromisso de reduzir as emissões de gás carbónico, a geração de
lixo e o consumo de água, papel e energia.

✓ Desenvolva um plano estratégico sustentável:

▪ Faça um diagnóstico de todos os processos da empresa, tanto no escritório, quanto na


produção; identifique os recursos renováveis e não renováveis utilizados e busque
alternativas para reduzir o consumo. Otimize os processos, invista em equipamentos e
tecnologias que minimizem impactos ambientais; faça o correto tratamento de efluentes
e implante o sistema de logística reversa.
Boas práticas para o meio ambiente

✓ Consciencialize os colaboradores e a comunidade:


▪ Desenvolva ações e campanhas para disseminar a cultura sustentável com todos os
funcionários. Realize programas de educação ambiental com a comunidade para
consciencializar e mostrar a importância do cuidado com o meio ambiente.

✓ Faça parcerias sustentáveis:


▪ Realize ações com clientes, fornecedores, comunidade e governo para gerar projetos que
promovam o desenvolvimento sustentável e social.

✓ Plante:
▪ Utilize a prática de reflorestamento e/ou das mudas para incentivar o plantio de árvores
Boas práticas para o meio ambiente
✓ Esteja em dia com as leis ambientais:
▪ Comprometa-se em gerir o seu negócio de acordo com a legislação do órgão ambiental competente.

✓ Dê continuidade nas ações:


▪ Crie estratégias para manter e melhorar os projetos que já estão em desenvolvimento.

✓ Tenha iniciativas ambientais:


▪ Tenha um olhar crítico para verificar novas oportunidades que contribuem com a preservação
ambiental.

A execução de boas práticas ambientais diárias minimiza o impacto gerado pela organização ao meio
ambiente e gera retorno financeiro à empresa. O seu cliente vai confiar ainda mais no produto ou
serviço que é feito por meio de um processo sustentável. Em outras palavras: gestão sustentável
melhora e contribui para a preservação do meio ambiente e será, sempre, um bom negócio para
qualquer empresa
SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO
Higiene e Segurança do Trabalho
Conceitos básicos

Higiene no Trabalho: propõe-se combater, de um ponto de vista não médico, as


doenças profissionais, tendo como principal campo de ação o controlo da exposição
aos agentes físicos, químicos e biológicos presentes nos componentes materiais de
trabalho (Fonte: Comissão Europeia, 1997).
Higiene e Segurança do Trabalho
Conceitos básicos

Segurança no Trabalho: propõe-se combater, de um ponto de vista não médico, os


acidentes de trabalho. Consiste num conjunto de metodologias adequadas à prevenção
de acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer
educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.
Higiene e Segurança do Trabalho
Higiene e Segurança do Trabalho
Conceitos básicos

Prevenção: o conjunto de políticas e programas públicos, bem como disposições ou medidas


tomadas ou previstas no licenciamento e em todas as fases de atividade da empresa, do
estabelecimento ou do serviço, que visem eliminar ou diminuir os riscos profissionais a que
estão potencialmente expostos os trabalhadores (Lei 102/2009 – Artº 4 Conceitos-alínea i).

Perigo: situações danosas tais como lesões ou doenças, danos materiais ou ambientais ou a
combinação de ambos, que podem ser provocadas por todo o tipo de instalações, atividades,
equipamentos ou outro componente material do trabalho.
Higiene e Segurança do Trabalho
Conceitos básicos

Risco de segurança e saúde no trabalho: combinação da probabilidade de ocorrência de


evento(s) ou exposição(ões) perigosa relacionados com o trabalho e a gravidade da lesão e
problemas de saúde, que pode ser causada por evento(s) ou exposição(ões); a probabilidade
de concretização do dano em função das condições de utilização, exposição ou interação do
componente material do trabalho que apresente perigo.

Doença Profissional: é aquela que resulta diretamente das condições de trabalho, consta da
Lista de Doenças Profissionais (Decreto Regulamentar n.º 76/2007, de 17 de Julho) e causa
incapacidade para o exercício da profissão ou morte.
Legislação sobre SHT
Legislação sobre SHT

Todos os trabalhadores têm direito à prestação de trabalho em condições de


segurança, higiene e saúde, competindo ao empregador assegurar estas
condições em todos os aspetos relacionados com o trabalho, nomeadamente
através da aplicação de todas as medidas necessárias tendo em conta os
princípios gerais de prevenção e da organização de serviços de segurança e saúde
no trabalho em conformidade com a lei.
Art.º 281.ºdo CT
Legislação sobre SHT
Obrigações gerais do empregador

✓ Identificar os riscos previsíveis em todas as atividades da empresa, na conceção ou


construção de instalações, de locais e processos de trabalho, com vista à sua eliminação ou
redução dos seus efeitos;

✓ Integrar a avaliação dos riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores no conjunto de
atividades da empresa e a todos os níveis, adotando as medidas de proteção mais
adequadas;

✓ Combater os riscos na origem, de forma a eliminar ou reduzir a exposição e aumentar os


níveis de proteção;
Art.º 15.º da Lei 102/2009, de 10 de Setembro
Legislação sobre SHT
Obrigações gerais do empregador

✓ Assegurar que a exposição a agentes químicos, físicos e biológicos e aos fatores de risco
psicossociais não constitui risco para a segurança e saúde dos trabalhadores;

✓ Adaptar o trabalho ao homem, em especial no que toca à conceção dos postos de trabalho,
escolha de equipamentos de trabalho e métodos de trabalho e produção, tendo em vista
atenuar os efeitos do trabalho monótono e repetitivo e reduzir os riscos psicossociais;

✓ Considerar o estado de evolução da técnica e adotar novas formas de organização do


trabalho;
Art.º 15.º da Lei 102/2009, de 10 de Setembro
Legislação sobre SHT
Obrigações gerais do empregador

✓ Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso;

✓ Dar prioridade às medidas de proteção coletiva em relação às medidas de proteção individual


(estas só devem ser utilizadas quando as medidas de proteção coletiva não se revelarem
eficazes);

✓ Elaborar e divulgar instruções compreensíveis e adequadas à atividade desenvolvida pelo


trabalhador;

Art.º 15.º da Lei 102/2009, de 10 de Setembro


Legislação sobre SHT
Obrigações gerais do empregador

✓ Implementar as medidas de prevenção correspondentes ao resultado das avaliações dos


riscos associados às várias fases do processo produtivo, incluindo as atividades
preparatórias, de manutenção e de reparação, com o objetivo de alcançar os níveis mais
eficazes de proteção;

✓ Ao confiar tarefas a um trabalhador, ter em consideração se este dispõe dos conhecimentos


e aptidões em matéria de segurança e saúde necessários ao desenvolvimento da atividade em
condições de saúde e segurança;
Art.º 15.º da Lei 102/2009, de 10 de Setembro
Legislação sobre SHT
Obrigações gerais do empregador

✓ Permitir o acesso a zonas de risco elevado apenas aos trabalhadores com aptidão e formação
adequadas e só durante o tempo mínimo necessário;

✓ Adotar medidas e dar instruções que permitam aos trabalhadores, em caso de perigo grave e
iminente que não possa ser tecnicamente evitado, cessar a sua atividade ou afastar-se
imediatamente do local de trabalho sem que possa retomar a atividade enquanto o perigo não
for afastado;

✓ Ter em conta, na organização da prevenção, não só os trabalhadores, mas também terceiros


que possam ficar sujeitos a riscos quer nos locais de trabalho quer no exterior;
Art.º 15.º da Lei 102/2009, de 10 de Setembro
Legislação sobre SHT
Obrigações gerais do empregador

✓ Assegurar a adequada vigilância da saúde dos trabalhadores em função dos riscos a


que se encontram potencialmente expostos no local de trabalho;

✓ Estabelecer as medidas a adotar em matéria de primeiros socorros, combate a incêndios


e evacuação de trabalhadores, identificando os trabalhadores responsáveis pela sua
aplicação e assegurando os contactos necessários com as entidades externas
competentes;
Art.º 15.º da Lei 102/2009, de 10 de Setembro
Legislação sobre SHT
Obrigações gerais do empregador

✓ Organizar os serviços adequados de prevenção mobilizando todos os meios necessários


nos vários domínios;

✓ Suportar todos os encargos com a organização e funcionamento dos serviços de


segurança e saúde no trabalho, incluindo tudo o que respeita à vigilância da saúde, sem
impor aos trabalhadores quaisquer encargos financeiros.

Art.º 15.º da Lei 102/2009, de 10 de Setembro


Legislação sobre SHT
Obrigações do trabalhador

✓ Cumprir as prescrições de Segurança e saúde no trabalho previstas na Lei e em instrumentos


de regulamentação coletiva, bem como as ordens e instruções do empregador nesta matéria;

✓ Zelar pela sua segurança e saúde, bem como pela segurança e saúde de outras pessoas que
possam ser afetadas pelas suas ações ou omissões;

Art.º 17.º da Lei 102/2009, de 10 de Setembro


Legislação sobre SHT
Obrigações do trabalhador

✓ Utilizar corretamente e de acordo com as instruções recebidas as máquinas, aparelhos,


instrumentos, substâncias perigosas e outros equipamentos e meios postos à sua
disposição, incluindo os equipamentos de proteção coletiva e individual, e cumprir os
procedimentos de trabalho estabelecidos;

✓ Cooperar na melhoria do sistema de segurança e saúde no trabalho;

✓ Tomar conhecimento da informação prestada pelo empregador;


Art.º 17.º da Lei 102/2009, de 10 de Setembro
Legislação sobre SHT
Obrigações do trabalhador

✓ Comparecer às consultas e exames médicos determinados pelo médico do trabalho;

✓ Comunicar imediatamente ao superior hierárquico ou ao responsável pela segurança e


saúde no trabalho quaisquer avarias ou deficiências detetadas que se afigurem suscetíveis de
originar perigo grave, bem como quaisquer defeitos verificados nos sistemas de proteção;

✓ Em caso de perigo grave e eminente, adotar as medidas e seguir as instruções estabelecidas


para tais situações, devendo contactar logo que possível o superior hierárquico ou
responsável pela Segurança e saúde no trabalho.
Art.º 17.º da Lei 102/2009, de 10 de Setembro
Legislação sobre SHT
Obrigações do trabalhador

✓ Comparecer às consultas e exames médicos determinados pelo médico do trabalho;

✓ Comunicar imediatamente ao superior hierárquico ou ao responsável pela segurança e


saúde no trabalho quaisquer avarias ou deficiências detetadas que se afigurem suscetíveis de
originar perigo grave, bem como quaisquer defeitos verificados nos sistemas de proteção;

✓ Em caso de perigo grave e eminente, adotar as medidas e seguir as instruções estabelecidas


para tais situações, devendo contactar logo que possível o superior hierárquico ou
responsável pela Segurança e saúde no trabalho.
Art.º 17.º da Lei 102/2009, de 10 de Setembro
ACIDENTES de TRABALHO
É acidente de trabalho aquele que se verifique no local e no tempo de trabalho, produzindo
lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de
trabalho, ou de ganho, ou a morte. Considera-se também acidente de trabalho, o ocorrido:

✓ No trajeto, normalmente utilizado e durante o período ininterrupto habitualmente


gasto, de ida e de regresso entre:
a) o local de residência e o local de trabalho;
b) quaisquer dos locais já referidos e o local de pagamento da retribuição, ou o
local onde deva ser prestada assistência ou tratamento decorrente de acidente
de trabalho;
c) o local de trabalho e o de refeição;
d) o local onde, por determinação da entidade empregadora, o trabalhador presta
qualquer serviço relacionado com o seu trabalho e as instalações que
constituem o seu local de trabalho habitual;
ACIDENTES de TRABALHO
✓ Quando o trajeto normal tenha sofrido interrupções ou desvios determinados pela
satisfação de necessidades atendíveis do trabalhador, bem como por motivo de força
maior ou caso fortuito;
✓ No local de trabalho, quando no exercício do direito de reunião ou de atividade de
representação dos trabalhadores;
✓ Fora do local ou tempo de trabalho, na execução de serviços determinados ou consentidos
pela entidade empregadora;
✓ Na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito
económico para a entidade empregadora;
✓ No local de trabalho, quando em frequência de curso de formação profissional ou, fora,
quando exista autorização da entidade empregadora;
✓ Durante a procura de emprego nos casos de trabalhadores com processo de cessação de
contrato de trabalho em curso;
✓ No local de pagamento da retribuição;
✓ No local onde deva ser prestada qualquer forma de assistência ou tratamento decorrente
de acidente de trabalho.
CAUSAS
dos
ACIDENTES
de
TRABALHO
CAUSAS dos ACIDENTES de TRABALHO

Os gestores precisam conhecer as causas mais comuns de acidentes de


trabalho e serem capazes de identificar precocemente os fatores de risco
para evitar acidentes, enquanto os funcionários precisam estar atentos e conscientes de
todos os riscos que correm, assim como cumprir com todas as regras de segurança.

Os acidentes de trabalho acontecem por várias razões. Os resultados podem ser mínimos ou
trágicos, causando ferimentos leves, danos aos equipamentos ou até mesmo, em alguns
casos, ferimentos graves ou morte.

É considerado acidente de trabalho o acidente que se verifique no local e no tempo de


trabalho e produza direta ou indiretamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença
que resulte a morte ou redução na capacidade de trabalho ou de ganho
CAUSAS dos ACIDENTES de TRABALHO
CAUSAS dos ACIDENTES de TRABALHO
✓ Negligencia;
✓ Distrações e brincadeiras;
✓ Excesso de confiança;
✓ Uso de droga ou álcool;
✓ Incumprimento das regras de segurança;
✓ Falta de equipamentos de proteção individuais;
✓ Más condições de trabalho, tais como desorganização no posto de trabalho, ruído …..…
✓ Falta de formação;
✓ Avaliações de riscos mal elaboradas ……
✓ Cansaço
✓ Esforço excessivo
CAUSAS dos ACIDENTES de TRABALHO

Os programas de segurança reduzem a possibilidade de acidentes de trabalho, pois os


que os usam conseguem facilmente avaliar os riscos e implementar medidas tais
como barreiras, procedimentos de segurança e vestuário/equipamentos de proteção.

As consequências de um acidente são imensas, tais como, custos, quer para o


empregador como para o funcionário; baixa de produtividade; perdas humanas e
deficiências físicas e psicológicas.
CAUSAS dos ACIDENTES de TRABALHO

Os custos associados a um acidente ou baixa médica são de tal forma altos que deixa-
nos a pensar que o melhor será reunir todos os meios necessários para que os
acidentes não aconteçam e os funcionários trabalhem de forma segura, pois a
segurança deles é a segurança do empregador, uma vez que o funcionário trabalha
com mais prazer e consequentemente produz mais, o que faz aumentar os lucros
numa empresa e passar a imagem de uma empresa credível.
CAUSAS dos ACIDENTES de TRABALHO
Quedas em alturas

Quedas são acidentes comuns em diferentes setores produtivos, e as suas


consequências variam em proporção e gravidade. As quedas podem ter muitas
causas, desde inadequações do ambiente de trabalho (falta de corrimão em escadas,
piso escorregadio, pouca iluminação) até imprudências cometidas pelo colaborador
— como não se alimentar corretamente, correr onde não deve, usar calçados
inapropriados à função, entre outras.
CAUSAS dos ACIDENTES de TRABALHO
Quedas em alturas

A partir de causas como essas, é possível listar medidas de prevenção, tais como:

✓ equipar as passagens e escadas com corrimão;


✓ manter o local de trabalho limpo e organizado;
✓ providenciar iluminação adequada nas áreas de serviço;
✓ sinalizar locais em limpeza ou manutenção;
✓ exigir o uso de calçados e EPIs (Equipamento de Proteção Individual) adequados à
função sempre que necessário
CAUSAS dos ACIDENTES de TRABALHO
Ferramentas inadequadas

Outra ocorrência frequente, também de natureza física, é o golpe por ferramentas,


que acaba ocasionando cortes, contusões e fraturas. Muitas vezes, esses acidentes
são causados pelo mau estado de conservação da ferramenta ou pela falta de
experiência do trabalhador no seu manuseio.

Os riscos podem ser minimizados por ações simples como: a capacitação adequada
dos trabalhadores, a sinalização correta dos riscos e a manutenção periódica das
ferramentas e máquinas.
CAUSAS dos ACIDENTES de TRABALHO
Movimentos repetitivo

Muitos funcionários são afastados de suas atividades por problemas causados pelas
doenças ocupacionais. As mais comuns são as Lesões por Esforço Repetitivo (LER), os
Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) e possíveis problemas
respiratórios.

Os principais sintomas desses casos são formigamento de mãos e pés e o cansaço ou


desconforto excessivo após a jornada de trabalho. As doenças ocupacionais são
consequência da repetição de movimentos, carga excessiva de trabalho e má postura
durante a atividade.

Para evitá-las, é preciso controlar a carga horária dos colaboradores, garantindo


pausas adequadas para o descanso ao longo do dia de trabalho. Também é
importante conscientizar os funcionários acerca dos cuidados com a saúde.
Choques elétricos

CAUSAS dos
ACIDENTES de
TRABALHO
CAUSAS dos ACIDENTES de TRABALHO
Choques elétricos
Acidente comum nos ramos de manutenção predial, construção civil e nas rotinas das
fábricas, os choques elétricos também podem causar sérios danos ao colaborador e à
empresa.

Nesse contexto, é de extrema importância que o estabelecimento cumpra as


exigências descritas na norma regulamentadora — Segurança em Instalações e
Serviços em Eletricidade. A norma regulamentadora serve para garantir a segurança
de colaboradores que atuam em contato (direto ou indireto) com instalações
elétricas.

Além disso, a organização também pode adotar outros meios de evitar acidentes
elétricos, como garantir os equipamentos e exigir o uso correto dos EPIs por parte
dos empregados, checar o estado da fiação elétrica dos locais e maquinário e verificar
os projetos em relação aos perigos de choque elétrico.
CAUSAS dos ACIDENTES de TRABALHO
Excesso de pressão
Ansiedade, stress e depressão são sintomas cada vez mais frequentes entre os
trabalhadores, fato que revela a importância de cuidar também da saúde mental,
bem-estar e qualidade de vida dos colaboradores.

O excesso de pressão, condição gradativamente mais comum nos locais de trabalho,


é um dos principais responsáveis por esses quadros.

Algumas soluções que podem minimizar os efeitos são: manter uma comunicação
interna clara e ativa, integrando e motivando funcionários e empresa; promover o
convívio entre os colaboradores; e criar ações que viabilizem um ambiente de
trabalho de qualidade
CAUSAS dos ACIDENTES de TRABALHO
Cansaço e sonolência
O cansaço é responsável por inúmeros acidentes de trabalho e, por isso, deve ser
acompanhado. Ainda que o funcionário utilize os equipamentos corretos e tenha
experiência na atividade, a fadiga faz com que ele fique mais sujeito a erros.

Inclusive, é importante lembrar que o cansaço pode ser tanto físico quanto mental.
Nos dois casos, a atenção aos detalhes diminui, abrindo espaço para deslizes.

Esta causa de imprevistos também é conhecida entre os motoristas, já que essa


categoria de profissionais passa muitas horas ao volante. Em diversos casos, por
conta dos prazos apertados, os trabalhadores conduzem durante a madrugada sem
parar para descansar.

Portanto, é fundamental conferir se os colaboradores respeitam os horários de


descanso — em especial aqueles que atuam em períodos noturnos.
CAUSAS dos ACIDENTES de TRABALHO
Não utilizar o EPI adequado

Certos ambientes exigem o uso de EPIs e, nessas situações, alguns reforços devem ser
tomados constantemente junto à equipa.

O primeiro refere-se à seriedade da utilização


permanente e correta do EPI. Além de ser um item
primordial para garantir a saúde e a integridade física
do trabalhador, o equipamento de segurança também
é uma obrigação que, se não cumprida, pode causar
penalizações à organização.
CAUSAS dos ACIDENTES de TRABALHO
Não utilizar o EPI adequado

Outro fator a ser reforçado é referente às condições dos EPIs. Eles devem ser utilizados
dentro da validade e ter condições de garantir
a proteção a que se propõem.
É essencial frisar ainda que o EPI específico de um
colaborador ou de um setor não pode ser emprestado
a outra pessoa ou outra área. Por exemplo, se um
par de luvas de PVC é de uso obrigatório,
não é permitido substituí-las por luvas de outro material.
✓ 80% dos acidentes
decorrem de falhas
humanas (atos inseguros);

✓ 18% dos acidentes


decorrem de fatores
ambientais (condições
inseguras);

✓ 2% dos acidentes decorrem


de fatores aleatórios.
Vítimas Danos humanos Danos materiais C
Sinistrado Sofrimento físico Diminuição de salário
O
Sofrimento moral Baixa no potencial profissional N
Danos psicológicos
Diminuição potencial humano S
Família Sofrimento moral
Preocupações
Dificuldades económicas E
Q
Colegas Mau ambiente de trabalho
Inquietação
Perdas de tempo
Perdas de prémios
U
Pânico coletivo (por vezes Acumulação de tarefas Ê
Empresa Prestígio da empresa Perdas de produção/financeiras
Consternação Não cumprimento de prazos N
Formação de substitutos
Aumento nos preços de custo C
Prémios às Companhias Seguradoras I
País Quebra potencial humano Diminuição da produção
Perda de prestígio Aumento dos encargos sociais A
Diminuição do poder de compra
S
Custos diretos e indiretos dos acidentes de
trabalho
Ao afetar o custo de produção, os acidentes e doenças do trabalho forçam as empresas
a elevar o preço dos bens e serviços que produzem o que pode gerar inflação ou alterar
a sua capacidade de competir – o que compromete a sua saúde económica, a receita
tributária e o desempenho da economia como um todo.

Os Custos dos Acidentes oneram os Custos de Produção

✓ O empresário absorve o custo dos acidentes – reduz a margem de lucro;


✓ O empresário não assume os custos – passa os custos aos clientes através do aumento
dos preços;
✓ O cliente compra o produto ou serviço à concorrência – nem margem nem preço.
Definição de Custo
Custos diretos e
indiretos dos O custo é um conceito de carácter económico que
acidentes de corresponde à medida monetária do sacrifício de um
recurso que uma pessoa, empresa ou governo tem que
trabalho suportar para atingir um objetivo específico, ou seja, o
custo é o valor associado à utilização ou consumo de um
recurso.
Custos diretos e indiretos dos acidentes de
trabalho
Impactos dos Custos dos Acidentes de Trabalho
(Adaptado de Kruger, 1997)

Serviços
de SST
Fundos
Públicos Clientes

Sistema Acidente Seguradora


de Saúde de Trabalho

Empregador
Família do Trabalhador Outras Acionista
Trabalhador Empresas
Custos diretos e indiretos dos acidentes de
trabalho

Custos na Ótica da Imputabilidade


Custos Diretos – correspondem às naturezas de custos que são exclusivos e
especificamente de determinado objeto de custo. Não ocorreriam se o objeto que
gera o custo não existisse. Ex.: matérias-primas, mão-de-obra diretos…..

Custos Indiretos – identificam-se com os custos que respeitam simultaneamente a


vários objetos. A sua repartição implica a utilização de critérios de imputação, Caso
do prémio de seguro de Acidente de Trabalho.
Custos diretos e indiretos dos acidentes de
trabalho

Custos na Ótica da Responsabilidade (Acidente de Trabalho)

Custos segurados – Custos que ficam garantidos pela cobertura do


seguro de Acidentes de Trabalho

Custos não segurados – Custos não cobertos pelo seguro de Acidentes


de Trabalho
Custos diretos e indiretos dos acidentes de
trabalho
Relação de Heinrich

De acordo com o Heinrich, cada 300 acidentes sem lesões levariam a 29


acidentes com lesões leves e a uma ocorrência com lesões incapacitantes
para o trabalhador. O pesquisador aponta que essas lesões podem
acontecem por diversos fatores, sendo que os principais deles são:

✓ Personalidade e características profissionais que


podem causar acidentes;
✓ Falha humana durante a execução da atividade;
✓ Execução da atividade de forma insegura e
imprudente;
✓ Condições inseguras no ambiente de trabalho.
Custos diretos e indiretos dos acidentes de
trabalho
Custos diretos

Todas as despesas ligadas diretamente ao atendimento do acidentado, que não de


responsabilidade do SNS, despesas médicas, odontológicas, hospitalares,
farmacêuticas.

Após a alta, caso tenha ficado com alguma redução corporal, receberá um auxílio de
acidente.

Despesas de reabilitação médica e ocupacional.

Transporte do acidentado durante o tratamento quando o estado crítico exigir

Seguro de acidente
Custos diretos e indiretos dos acidentes de
trabalho
Custos indiretos

✓ Salários pagos durante o tempo perdido por outros trabalhadores que não o
acidentado.
Após o acidente há sempre um período onde os companheiros param para socorrê-lo, comentar o ocorrido ou
prescindem da ajuda do acidentado. Há também a hipótese da máquina que operavam ficar danificada no acidente

✓ Acidentes sem perda de tempo, quando o acidente recebe o tratamento na própria


empresa.
Tempo de ida e volta ao ambulatório médico, tempo de espera para atendimento, tempo gasto em tratamentos.

✓ Salários adicionais pagos por trabalhos em horas extras


Em virtude do acidente, atrasos na produção ou serviços urgentes de reparo ou por substituição de equipamento
envolvido no acidente, podem interagir trabalhos em horários extraordinários.
Custos diretos e indiretos dos acidentes de
trabalho
Custos indiretos

✓ Salários pagos a supervisores durante o tempo despendido em atividades decorrentes


do acidente.
O supervisor enquanto está tomando providências para normalizar o trabalho após o acidente, deixa de empregar o
seu tempo produtivamente em planeamento, treino de trabalhadores sob sua supervisão ….

✓ Salários pagos a funcionários durante o tempo gasto na investigação do acidente.

✓ Diminuição da eficiência do acidentado ao retornar ao trabalho.


Normalmente, o funcionário ao retornar, produz menos (por receio de sofrer novo acidente, por desambientação, por
falta de condicionamento físico….). A empresa paga o mesmo salário para o trabalhador produzir menos que na prática
representa um custo adicional de salário.
Custos diretos e indiretos dos acidentes de
trabalho
Custos indiretos

✓ Despesas com o treino do substituto do acidentado.


Geralmente no período de treino o substituto produz menos que o normal. Além disso, existe os salários pagos aos
supervisores ou outras pessoas no treino do substituto.

✓ Custo do material ou equipamento danificado no acidente


Custo de reposição ou substituição deve ser computado neste item.

✓ Despesas médicas não cobertas pela entidade seguradora.


Nos ambulatórios da empresa, despesas com o pessoal médico, enfermeiras, medicamentos e instrumental …..

✓ Outros (aluguer de equipamento, multas contratuais, custo de admissão de novos


empregados, dificuldades com as autoridades e má fama para a empresa).
Além dos gastos com possíveis processos judiciais e indeminizações e possibilidade de denegrir a imagem da empresa.
DOENÇAS PROFISSIONAIS – conceito
Toda a doença contraída pelo trabalhador na sequência de uma exposição a um ou
mais fatores de risco presentes na atividade profissional, nas condições de trabalho
e/ou nas técnicas usadas durante o trabalho designa-se por doença profissional.
DOENÇAS PROFISSIONAIS – conceito
O Decreto-Regulamentar n.º 76/2007, de 17 de julho, publica a “Lista das Doenças
Profissionais” que integra 5 capítulos distintos:

✓ doenças provocadas por agentes químicos;


✓ doenças do aparelho respiratório;
✓ doenças cutâneas e outras;
✓ doenças provocadas por agentes físicos;
✓ doenças infeciosas e parasitárias.

De salientar que qualquer lesão corporal, perturbação funcional ou doença não


incluída na “Lista das Doenças Profissionais” em que se prove ser consequência,
necessária e direta, da atividade profissional exercida pelo trabalhador e não
represente normal desgaste do organismo (artigo 283.º da Lei n.º 7/2009, de 12 de
fevereiro – Código do Trabalho) é também considerada doença profissional.
DOENÇAS PROFISSIONAIS – conceito
Sempre que o médico assistente suspeitar que o trabalhador/doente tem uma doença
profissional ou que existe o seu agravamento deve preencher o MODELO GDP 13 -
DGSS de “Participação Obrigatória”. De referir que a Participação de
suspeita/agravamento de doença profissional é da responsabilidade de todos os
médicos (artigo 1.º Decreto-Lei n.º 2/82, de 5 janeiro), embora o médico do trabalho
do trabalhador seja o que usualmente reúne mais informação quanto à relação
trabalho-saúde/doença para proceder à Participação Obrigatória.

Após o preenchimento deverá enviar a Participação Obrigatória ao Departamento de


Proteção contra Riscos Profissionais (DPRP) do Instituto de Segurança Social, I.P., para
se proceder à sua confirmação, ou infirmação, no âmbito do processo de certificação
de doença profissional.
PRINCIPAIS
DOENÇAS
PROFISSIONAIS
Existe uma Lista de Doenças
Profissionais, aprovadas através do
Decreto Regulamentar n.º 76/2007, de
17 de Julho, embora a Lei também
considera que a lesão corporal, a
perturbação funcional ou a doença não
incluídas na lista serão indemnizáveis,
desde que se provem serem
consequência, necessária e direta, da
atividade exercida e não representem
normal desgaste do organismo (Código
do Trabalho, n.º 2 do art. 310).
PRINCIPAIS DOENÇAS PROFISSIONAIS
Diagnóstico

Qualquer médico, perante uma suspeita fundamentada de doença profissional –


diagnóstico de presunção –, tem obrigação de notificar o Centro Nacional de
Proteção contra Riscos Profissionais (CNPRP), mediante o envio da Participação
Obrigatória devidamente preenchida. O CNPRP irá estudar a situação e avaliar se se
trata, ou não, de doença profissional, mediante solicitação do próprio trabalhador
afetado.

No caso de a doença estar confirmada, tem direito à reparação do dano, tanto em


espécie (prestações de natureza médica, cirúrgica, farmacêutica, hospitalar ….),
como em dinheiro (indemnização pecuniária por incapacidade temporária para o
trabalho ou redução da capacidade de trabalho ou ganho em caso de incapacidade
permanente ….), entre outras.
PRINCIPAIS DOENÇAS PROFISSIONAIS
Fatores de risco

Existem vários fatores de risco que podem conduzir ao aparecimento das doenças
profissionais:

De causa ergonómica

✓ Movimentos repetitivos que requerem aplicação de força;


✓ Choque mecânico;
✓ Força de preensão e carga palmar;
✓ Carga externa e muscular estática;
✓ Stress mecânico;
✓ Vibrações e temperaturas extremas;
✓ Posições desadequadas que podem decorrer do equipamento mal desenhado,
das ferramentas ou do posto de trabalho.
PRINCIPAIS DOENÇAS PROFISSIONAIS
De causa organizacional

✓ Horas e ritmo de trabalho excessivos;


✓ Trabalho com ritmo externo imposto – por exemplo, linhas de montagem;
✓ Pausas e descanso insuficientes;
✓ Insegurança ou insatisfação laboral;
✓ Monitorização excessiva, por exemplo, com câmaras de vídeo.

De risco individual

✓ Tabagismo:
✓ Ingestão de bebidas alcoólicas em excesso;
✓ Obesidade
PRINCIPAIS DOENÇAS PROFISSIONAIS
Para além dos referidos, e segundo o Decreto Regulamentar n.º 76/2007, de 17 de
Julho, as doenças profissionais podem ainda ser causadas por:

1. Doenças provocadas por agentes químicos


✓ Causadas por tóxicos inorgânicos;
✓ Causadas por tóxicos orgânicos.

2. Doenças do aparelho respiratório


✓ Pneumoconioses por poeiras minerais;
✓ Granulomatoses pulmonares extrínsecas provocadas por poeiras ou aerossóis
com ação imunoalérgica;
✓ Broncopneumopatias provocadas por poeiras ou aerossóis com ação
imunoalérgica e ou irritante.
PRINCIPAIS DOENÇAS PROFISSIONAIS
Para além dos referidos, e segundo o Decreto Regulamentar n.º 76/2007, de 17 de Julho, as
doenças profissionais podem ainda ser causadas por:
3. Doenças cutâneas
✓ Causadas por produtos industriais;
✓ Causadas por medicamentos;
✓ Causadas por produtos químicos e biológicos;
✓ Causadas por fungos.

4. Doenças provocadas por agentes físicos


✓ Causadas por radiações;
✓ Causadas por ruído;
✓ Causadas por pressão superior à atmosférica;
✓ Causadas por vibrações;
✓ Causadas por agentes mecânicos.
PRINCIPAIS DOENÇAS PROFISSIONAIS
Para além dos referidos, e segundo o Decreto Regulamentar n.º 76/2007, de 17 de
Julho, as doenças profissionais podem ainda ser causadas por:

5. Doenças infeciosas e parasitárias

✓ Causadas por bactérias e afins;


✓ Causadas por vírus;
✓ Causadas por parasitas;
✓ Causadas por fungos,
✓ Agentes biológicos causadores de doenças tropicais
M.A. Escola de Formação Técnica
Entidade Certificada na Área da Saúde e Educação

0349 - Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho -


conceitos básicos

Formador: José Faceira


PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos biológicos

PRINCIPAIS AGENTES BIOLÓGICOS:


PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos biológicos • Por agentes biológicos entende-se os
microrganismos, bactérias, vírus e
fungos, incluindo os geneticamente
modificados, as culturas de células e os
endoparasitas humanos suscetíveis de
provocar infeções, alergias ou
intoxicações

• PRINCIPAIS AGENTES BIOLÓGICOS:

• Microrganismos:
• Bactérias;
• Fungos;
• Vírus
• parasitas internos e externos
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Agentes biológicos
Os riscos biológicos relacionados com o ambiente de trabalho, estão presentes
sobretudo em:

 Trabalhos agrícolas
 Trabalhos em centro de produção de alimentos
 Atividades em que existe contacto com animais ou com produtos de origem
animal
 Trabalhos de assistência sanitária
 Atividades em laboratórios clínicos, veterinários, de diagnóstico e de
investigação
 Trabalhos em unidades de eliminação de resíduos
 Trabalhos em instalações de tratamento de águas residuais
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Agentes biológicos – classificação
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS – riscos biológicos
Vias de entrada no organismo
• Via aérea (inalação)

• Via cutânea (pele)

• Via digestiva (ingestão)

• Via parentérica

• Via sexual

• Via ocular
Vias de saída do organismo

• Fezes
• Urina
• Lesões/ Feridas
• Picadas de animais (insetos)
• Remoção de sangue
• Pela tosse e pelos espirros
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Suscetibilidade individual
Fatores a ter em conta:

 Género
 Idade
 Atividade de risco
 Estado geral de saúde (exames clínicos e historial médico assim como verificar
predisposições genéticas)
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
conceitos

Microrganismo:
• Entidade microbiológica celular ou não,
dotada de capacidade de reprodução ou de
transferência de material genético

Infecciosidade:
• Capacidade de penetração no hospedeiro
PRINCIPAIS RISCOS
PROFISSIONAIS
conceitos

Virulência:

• Capacidade do microrganismo causar


danos ao hospedeiro.
PRINCIPAIS RISCOS
PROFISSIONAIS
conceitos

Transmissibilidade:

• Facilidade com que os microrganismos


patogénicos passam de um hospedeiro
para outro.
Infeção
PRINCIPAIS RISCOS
PROFISSIONAIS
conceitos

Patogenicidade:

• Capacidade de um microrganismo
induzir doenças.

• Depende da infecciosidade,
transmissibilidade e virulência
Os riscos dos
agentes
biológicos são
avaliados em
função de:
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Medidas de prevenção e proteção
Define-se por risco profissional a possibilidade​ade de um trabalhador sofrer um dano
provocado pelo trabalho que efetua. A segurança no trabalho só é garantida quando se
conhecem todos os riscos e se protegem adequadamente todos os trabalhadores contra
eles até que sejam eliminados. ​

Todos os tipos de trabalho, como sejam os trabalhos laboratoriais, trabalhos elétricos,


com máquinas, trabalhos pontuais de construção civil ou outros, apresentam riscos para
a saúde dos trabalhadores, pelo que a prevenção dos mesmos resulta de uma análise
sistemática de tod​os os aspetos da atividade desenvolvida.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Medidas de prevenção e proteção
A minimização e potencial eliminação de riscos profissionais é conseguida através da
adoção de medidas técnicas de prevenção: ​

 Substituição das substâncias perigosas por outras menos perigosas, sempre que
possível.
 Arejamento dos locais de trabalho.
 Exaustão localizada.
 Isolamento parcial ou total de processos perigosos, sempre que possível.
 Armazenagem e correta rotulação de embalagens.
 Informação e fo​​rmação ao trabalhador​.
 Utilização de equipamentos de proteção coletiva (EPC) e equipamentos de proteção
individual (EPI).
 Vigilância do estado de saúde.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Ambiente térmico
Calor / Frio/ Humidade/ Velocidade do Ar

 Conjunto de variáveis térmicas do posto de trabalho que influenciam o organismo do trabalhador.

 O Ambiente Térmico desempenha um papel importante na melhoria das condições de trabalho.

 A temperatura do local de trabalho deve ser agradável - entre os 19 e os 24 graus - dependendo da temperatura
ambiente.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Ambiente térmico
Consequências da hipotermia

 Mal estar geral;


 Diminuição da destreza manual;
 Redução da sensibilidade táctil;
 Problema das articulações;
 Comportamento extravagante (hipotermia do sangue que rega o cérebro);
 Congelação dos membros (os mais afetados, as extremidades);
 Frieiras;
 Enregelamento (temperaturas inferiores a -20ºC);

 A morte produz-se quando a temperatura interior é inferior a - 28º C por falha cardíaca.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Ambiente térmico
Consequências da hipertermia

Transtornos

Psiconeuróticos Pele Sistemáticos

Fadiga Térmica Erupção Golpe de Calor


Stress Agudo Alteração da sudação Deficiência circulatória
(taquicardia)
Deficiência (?) nas
glândulas sudoríparas  Colapso de calor
 Desidratação
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Ambiente térmico
Em ambientes quentes deve-se

Beber frequentemente pequenas quantidades de líquidos (menos de ¼ de litro de cada vez).


Optar por beber água, só ocasionalmente chá ou café (são estimulantes).
 Ingerir bebidas a uma temperatura próxima dos 12ºC (fresca mas não fria).
 Evitar bebidas geladas, sumos de fruta, leite e bebidas alcoólicas (para não exigir “esforços” ao sistema
digestivo).
 Se possível fornecer alimentos leves e ricos em calorias. Ter o cuidado de repôr os sais perdidos pela sudação.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Iluminação
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Iluminação
 Desde os primórdios da humanidade que a luz é utilizada como fator de
segurança

 Fogueiras e tochas sempre foram artifícios largamente empregados para


afugentar animais e delimitar áreas conquistadas

 Além disso, sabemos que aproximadamente 85% daquilo que o ser humano
percebe é através da visão e como esta é totalmente dependente da iluminação, a
falta ou insuficiência da mesma, certamente poderá ocasionar erros e acidentes,
além de facilitar os mais diversos tipos de crime.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Iluminação
 A iluminação surge como grande responsável por uma elevada % de toda a energia elétrica
consumida no país.

 Talvez se pense que reduzindo o consumo, também se reduzirá a iluminação, deixando assim,
de ter o mesmo conforto que anteriormente.

 Mas não é isso que acontece, pois antes de realizar uma redução do consumo deve-se planear
adequadamente, para assim, se obter a iluminação desejável.

 É importante salientar que um bom projecto de iluminação deve proporcionar, conforto


visual, despertar a atenção e estimular a eficiência.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Iluminação – definição

 É a quantidade de luminosidade que incide num determinado local.

 Todos os locais de trabalho devem dispor de iluminação adequada em especial se


atendermos a que cerca de 1/3 da vida do ser humano é passado nesse local de
trabalho e que cerca de 80% das impressões sensoriais humanas são de natureza
ótica.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Iluminação
 Uma boa iluminação nos locais de trabalho assume, pois, fundamental importância.
Se tal não se verificar, poderão ocorrer várias consequências, tais como:

 Dificuldades no trabalho

 Danos visuais e/ou fadiga visual

 Diminuição da produtividade

 Aumento do número de acidentes

 Cefaleias
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Objetivos de uma adequada Iluminação
A iluminação tem como principal objetivo, facilitar a visualização de objetos de modo a
que o trabalho possa ser efetuado em condições aceitáveis de eficiência, comodidade e
segurança
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Iluminação
A luz tanto acentua os detalhes e cria bem-estar como pode arruinar a beleza e
gerar ansiedades.

Iluminar um local de
trabalho obriga a não
cometer alguns excessos,
sob pena de anular o
bem-estar e o conforto.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Iluminação
Uma boa iluminação deve obedecer aos seguintes requisitos:

 Ser preferencialmente natural

 Ser difusa e uniforme

 Ser bem distribuída relativamente ao plano de trabalho

 Não provocar encandeamento

 Ser suficiente

 Não ser oscilante

 Não produzir efeito estroboscópico.


PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Iluminação natural e artificial
A iluminação ideal é a proporcionada pela luz natural

 Psicologicamente, a maior parte das pessoas sente necessidade de estar em contacto visual com o exterior, sendo por isso,
benéfico o acesso à luz natural

 A visão do exterior permite a observação à distância, fator de relaxe dos músculos da vista, descansando-a e ao mesmo
tempo, eliminando o efeito de claustrofobia.

 A entrada de luz natural, desde que bem controlada, conduzirá à economia de energia.

A única iluminação artificial aceitável é a elétrica (lâmpadas incandescentes e fluorescentes).

 Com os atuais aperfeiçoamentos técnicos consegue-se com estas lâmpadas uma adequada iluminação de luz branca
semelhante à luz do dia.

 A mistura otimizada da luz natural com a luz artificial, permite criar, condições de ambiente luminoso equilibrado,
permitindo reduzir a tensão psicológica do trabalhador, aumentando a produtividade e a segurança no trabalho.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Iluminação
Os sistemas de iluminação industrial podem dividir-se em vários grupos
dependendo do tipo de classificação que se faça:

Natural

Artificial

Mista Combinação de
natural e artificial

Especial Emergência
Sinalização
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Iluminação
Principais requisitos a fim de assegurar uma iluminação adequada:

 Iluminação dos locais de trabalho com luz natural, recorrendo à artificial apenas quando esta se manifeste
insuficiente;
 Distribuição Uniforme da luz natural nos postos de trabalho;
 Intensificação da iluminação geral em zonas com risco de queda;
 Estabelecimento de níveis de iluminação de acordo com os valores limites recomendados pelas normas
aplicáveis;
 Se necessário implementar a iluminação localizada nos postos de trabalho.
 Instalação de sistema de sinalização geral e localizada de forma a evitar sombras e encadeamentos.
Lux (símbolo lx) (no Sistema Internacional de Unidades) é a unidade de iluminamento, densidade de intensidade luminosa ou iluminância.
Corresponde à incidência perpendicular de 1 lúmen em uma superfície de 1 metro quadrado.

Áreas de utilização Geral de Edifícios Nível de Iluminação (lx)

Halls de entrada 100

Sala de espera 200

Área de circulação e corredores 100


Escadas 150

Cais de carga 150

Cantinas 200

Locais de descanso 100

Casas de banho 200


Posto médico 500

Escritórios, salas de comando 200

Armazém 100
Área de trabalho 500-750
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Iluminação

As consequências de uma iluminação inadequada são notadas:

Na segurança - implicando no aumento do número de acidentes;

Na produtividade - maior desperdício de material, pior qualidade do produto final;

No bem-estar - maior fadiga visual e geral, ambiente desagradável baixando o moral dos
trabalhadores.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Iluminação

Uma deficiente iluminação pode provocar:

 Fadiga visual;
 Diminuição da capacidade visual;
 Acidentes de trabalho
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Iluminação
COMO ECONOMIZAR ENERGIA
 Utilizar a luz natural, pois esta é gratuita e é um dos fatores que mais contribui para a obtenção de um sistema energicamente eficiente
 A fim de usufruir da sua disponibilidade de forma eficiente, devemos utilizá-la de forma criteriosa para que não ocorra falta ou excesso
de iluminância.
 Apague as luzes, sempre que estas não sejam necessárias
 Se possível, agrupe junto das janelas, as tarefas que necessitam de melhor iluminação. Pois gasta menos energia e vai trabalhar com
mais conforto
 Desligue a iluminação dos ambientes de trabalho, sempre que a luz natural seja suficiente
 Mantenha as janelas sempre limpas
 Instale cortinas para controlar a entrada da luz natural, evitando assim a incidência da luz direta, para não ofuscar os olhos
 Quando possível, utilize vidros com filtros de radiação que permitem a entrada da luz, mas impedem a entrada das radiações que
aquecem o ambiente
 Aproveitar a luz natural, pois esta conserva a energia e pode deixar o trabalho mais agradável.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Radiações (ionizantes e não ionizantes)
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Radiações (ionizantes e não ionizantes)
Diferença entre radiação ionizante e não ionizante
A diferença entre os dois tipos de radiação está no próprio nome, a radiação ionizante é a radiação com
energia suficiente para produzir a ionização.

O que é Radiação Ionizante?


A radiação ionização é a que produz a Ionização, e ionização é o processo por meio do qual um átomo ou
uma molécula perde ou ganha eletrões para formar iões.
 Raio X.
 Radiação alfa (α),
 Radiação beta (β)
 Radiação gama (γ)

A radiação ionizante penetra de acordo com seu tipo e energia. Enquanto partículas alfa podem ser bloqueadas por uma folha de
papel, partículas beta requerem alguns milímetros de, por exemplo, alumínio, para bloqueá-las, enquanto a radiação gama de
alta energia requer materiais densos para bloqueá-la, como por exemplo, chumbo ou parede/concreto.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Radiações (ionizantes e não ionizantes)
Radiação não ionizante
A radiação não ionizante é menos energética além de não ter poder de penetração, agindo
principalmente sobre a superfície onde os raios incidem.

 Radiação ultravioleta
 Radiação Infravermelho
 Radiofrequência
 Lasers
 Micro-ondas
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Radiações (ionizantes e não ionizantes)
Toda a exposição a radiação ionizante pode levar a algum risco de danos à saúde humana, e este risco aumenta com
o aumento da exposição, por isso, qualquer aplicação da radiação que conduza a exposição do homem deve ser
justificada, para garantir que o benefício decorrente dessa aplicação seja mais importante do que o risco devido a
exposição.

A exposição a radiação é calculada em dose, que representa a quantidade de energia absorvida por um determinado
material ou por um indivíduo.

O limite de dose representa um valor máximo de exposição à radiação, abaixo do qual os riscos decorrentes da
exposição à radiação são considerados aceitáveis.

O Limite de Tolerância é definido pelos limites de Dose Anuais Máximos Admissíveis, que são valores de doses aos
quais os indivíduos podem ficar expostos, sem que isso resulte em um dano à sua saúde. Para o estabelecimento dos
limites máximos admissíveis para trabalhadores foram considerados os efeitos somáticos tardios, principalmente o
cancro, que pode aparecer anos após a exposição.

O limite de tolerância para exposição à radiação ionizante é definido por entidades próprias existindo limites
especiais para várias categorias de pessoas: mulheres em idade fértil, gestantes, estudantes, estagiários, visitantes …..
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Radiações (ionizantes e não ionizantes)
Efeitos da radiação ionizante:
 Queimaduras
 Cancro
 Alterações menstruais
 Danos grave cerebrais
 Alterações gastrointestinais
 Infertilidade
 Doenças congénitas
Fatores que potencializam os riscos:
 Tipo de fonte radioativa
 Tempo de permanência junto à fonte
 Distância da fonte ao indivíduo
 Falta de blindagem – barreira que contenha a radiação (ex. parede de
chumbo)
 Suscetibilidade individual
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Radiações (ionizantes e não ionizantes)
As radiações não ionizantes são comuns no nosso dia-a-dia como a radiação solar, a luz visível, a radiação
infravermelha, os campos de radiofrequências, micro-ondas …...
As radiações não ionizantes presentes no ambiente de trabalho que causam danos à saúde do trabalhador são,
principalmente, a radiação solar e os processos de soldadura que emitem radiação UV.

Efeitos da radiação não ionizante


 O Envelhecimento precoce da pele
 O cancro de pele
 Lesões na pele e nos olhos, que é o caso da realização da soldadura sem as devidas proteções
 Cansaço (O cansaço gerado pela exposição ao sol sem a devida proteção, pode gerar acidentes ao reduzir a capacidade de atenção e reação do
trabalhador, assim como reduzir a sua produtividade).

Fatores que potencializam os riscos


 Tempo de exposição
 Não utilização de protetor solar
 Não proteção da pele e dos olhos
 Suscetibilidade individual
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Radiações (ionizantes e não ionizantes)
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Ruído
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Ruído

Ruído é
uma das formas de poluição
encontradas com mais frequência no meio
laboral

Ruído pode ser definido como um som ou barulho indesejável e desagradável, constituindo uma causa
de incómodo para o trabalho, dificultando ou impedindo a comunicação verbal e que contribui para o
aumento da fadiga, podendo causar lesões fisiológicas e psicológicas.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Definição de Ruído

• Não é fácil apresentar uma definição de ruído, que possa considerar-se plenamente
satisfatória.

• Porque a definição de ruído não se confina ao domínio da Física, devendo ser


tomados igualmente em consideração aspetos de natureza biológica e psicológica.

• Assim, do ponto de vista físico, é corrente falar-se de ruído como um som que é
indesejável para o auditor ou que o traumatiza.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
“Origens” do Ruído

 O ruído tem vindo a aumentar no espaço e no tempo, de uma forma bastante assustadora.

 As fontes sonoras mais poluentes são sem duvida alguma o tráfego de veículos motorizados,
no entanto, outras fontes têm tendência a desenvolver-se e a multiplicar-se tais como:

- O tráfego aéreo e ferroviário

- O funcionamento de equipamentos industriais e domésticos

- O ruído da vizinhança
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Ruído
Problemas derivados da poluição sonora em especial nos meios
urbanos:
- A grande concentração demográfica associada a graves deficiências no planeamento
urbano, com um consequente aumento do tráfego

- A utilização de dispositivos eletromecânicos auxiliares e de equipamentos de


reprodução e ampliação sonora, por parte de um número crescente de utilizadores

- A adoção de formas de construção, que não asseguram o isolamento sonoro adequado.


PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Ruído
• Frequentemente, na sociedade moderna, o som é um fator de incomodidade e de
desconforto, que pode causar danos (por ex: as ondas de choque causadas por aviões
supersónicos podem estilhaçar os vidros, podendo também provocar traumatismo no
mecanismo auditivo humano.

• O ruído tornou-se um dos principais fatores de degradação da qualidade de vida das


populações.
O som constitui parte integrante do nosso quotidiano e através dele podemos experimentar:

• Sensações agradáveis – Ouvir música


• Sensações desagradáveis – O som emitido por um martelo pneumático
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Ruído

Problema do ruído a agravar-se devido a:

 da mecanizAo desenvolvimento desequilibrado da urbanização;

 Ao aumento significativo da mobilidade das populações;

 Ao incremento ação.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Ruído
ALGUNS FACTORES QUE CONDUZEM À OCORRÊNCIA DE
PROVENIÊNCIA DO RUÍDO POLUIÇÃO SONORA

 Localização

Inserção de atividades ruidosas em edifícios de


utilização mista

Habitacionais  Organização do espaço interior

Utilização de elementos de construção (com


EDIFÍCIOS predomínio de pavimentos) com isolamento sonoro
deficiente

Utilização de equipamentos ruidosos


(nomeadamente dispositivos de elevação e
canalizações de águas e resíduos sólidos)
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Ruído
ALGUNS FACTORES QUE CONDUZEM À
PROVENIÊNCIA DO RUÍDO OCORRÊNCIA DE POLUIÇÃO SONORA

Localização
Organização deficiente dos espaços
Ausência de condicionamento acústico,
Escolares nomeadamente em salas polivalentes,
refeitórios e ginásios
Utilização de sistemas de pré-fabricação
particularmente quando aligeirada

EDIFÍCIOS

Localização
Hospitalares Organização deficiente dos espaços
Equipamentos
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Ruído
ALGUNS FACTORES QUE CONDUZEM À
PROVENIÊNCIA DO RUÍDO OCORRÊNCIA DE POLUIÇÃO SONORA

Localização

Organização deficiente dos espaços

Industriais
Utilização de equipamentos demasiado
EDIFÍCIOS
ruidosos, por desatualização ou
manutenção deficiente

Localização e instalação de
equipamentos, por vezes com
concentração exagerada
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Ruído ALGUNS FACTORES QUE CONDUZEM À OCORRÊNCIA
PROVENIÊNCIA DO RUÍDO DE POLUIÇÃO SONORA

ESPECTÁCULOS Instalação emlocais sem qualificação acústica


E adequada
Equipamentos com características acústicas que
OUTRAS DIVERSÕES
originam incomodidade

Não consideração dos aspectos relacionados com o


ruído, ao projectarem-se vias de circulação
Rodoviário
Ordenamento do tráfego

TRÁFEGO Ferroviário

Indefinição na demarcação de zonas de servidão


Aéreo acústica de aeródromos

Indefinição no estabelecimento de procedimentos


de voo antirruído
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS

Medição do Ruído
A intensidade do ruído atinge em muitos casos níveis preocupantes, afetando de diversas formas a saúde
física e mental, com consequências mais ou menos graves que vão do simples incómodo à afetação da
audição (em Portugal a surdez profissional situa-se em segundo lugar entre as doenças profissionais).
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Ruído
A fim de eliminar os riscos de perda de audição, o Decreto Regulamentar 9/92, de 28 de
Abril, estabelece parâmetros de avaliação da exposição pessoal diária de um
trabalhador ao ruído em locais de trabalho, do seguinte modo:

 90 dB(A) como valor limite da exposição pessoal diária do trabalhador ao ruído

 85 dB(A) como nível de ação da exposição pessoal diária do trabalhador ao ruído

 140 dB como valor máximo do pico de nível de pressão sonora.


PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Ruído
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Sinais/sintomas de perda de audição
 Dificuldade em compreender uma conversa
 Necessidade de elevar o volume do som da TV a ponto de incomodar
 Sensação de que as pessoas que nos rodeiam estão a murmurar
 Solicitação frequente aos interlocutores que repitam o que disseram
 Perceção das pessoas apenas quando as vemos
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Consequências do Ruído

• O ruído afeta o homem simultaneamente nos planos físico, psicológico e social.

Pode, com efeito:


- Lesar os órgãos auditivos
- Perturbar a comunicação
- Provocar a irritação
- Ser fonte de fadiga
- Diminuir o rendimento de trabalho
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Consequências do Ruído
• SISTEMA NERVOSO CENTRAL

 Modificação das correntes bioelétricas

 Perturbação das reações psicomotoras

- Apatia

- Mau humor

- Medo

- Insónias
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Consequências do Ruído
EQUILÍBRIO
 Vertigens
 Perda de equilíbrio
 Náuseas
 Lapsos

VISÃO
 Dificuldade em distinguir cores
 Diminuição da velocidade de perceção visual
 Dificuldade de adaptação ao escuro
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Consequências do Ruído
APARELHO CARDIOVASCULAR

 Aceleração do pulso

 Aumento da tensão arterial

 Contração dos vasos sanguíneos

APARELHO DIGESTIVO

- Dores gástricas
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Consequências do Ruído
 Lesão dos órgãos auditivos: surdez e perturbação da circulação sanguínea;
 Perturbação do ritmo cardíaco
 Distúrbios gastrointestinais
 Aumento da incidência de doenças: síndromes gripais ……….

 Dificuldades em distinguir cores


 Vertigens
 Cansaço geral
 Dores de cabeça
 Dificuldades em falar
 Diminuição da memória
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Efeitos psicológicos do Ruído

 Falta de atenção
 Irritabilidade
 Apatia
 Mau Humor
 Medo
 Insónias
 Stress
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Efeitos socioeconómicos do Ruído

 Perturbação da Comunicação
 Diminuição do Rendimento
 Aumento da Ocorrência de Acidentes
 Aumento das Queixas Individuais
 Aumento de Conflitos Laborais
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Ruído

 Só um ambiente calmo permite ao homem recuperar o desgaste energético e


nervoso

 A confirmá-lo, está, o facto dos habitantes rurais terem a audição mais apurada
em todas as frequências do que os habitantes urbanos.

 Uma das patologias mais preocupantes devida à ação nociva do ruído no local de
trabalho, é a surdez profissional.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Surdez profissional

• É considerada como doença profissional em todos os países industrializados


arrastando, por isso, compensações legais de vulto.

• O risco de surdez é tanto maior quanto maior for a exposição diária ao ruído,
agravando-se com os anos de exposição.

• No caso de exposições prolongadas e regulares a um ruído intenso, pode provocar,


perda permanente de audição, por lesões irreversíveis do ouvido interno
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Surdez profissional

A surdez profissional é definida em relação à capacidade de a


pessoa entender conversações normais e não em relação à
capacidade de exercer outras atividades; ou seja, um indivíduo
pode já estar seriamente limitado para ouvir determinados
sons, sem ser considerado profissionalmente surdo.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Surdez profissional
Assim, a empresa deve:

 Proceder à monitorização audiométrica de todos trabalhadores expostos ao


risco (ruído)

 Manter atualizados os dados referentes às condições de saúde do


empregado, em específico, a audiometria.

 Dar informação/formação aos trabalhadores

 Incentivar os trabalhadores a seguir corretamente o verdadeiro caminho da


prevenção.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Surdez profissional

A responsabilidade do trabalhador na prevenção

Considerando o trabalhador como o centro de atenção em matéria da relação


indivíduo-trabalho e principal interessado na manutenção da sua saúde, este deverá:

 Procurar imediata atenção médica ao sentir algum sintoma suspeito

 Cumprir o tratamento clínico prescrito.


PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Surdez profissional

 Sabendo do risco inerente à sua atividade, evitar outras exposições concomitantes e


horas extras, cumprindo as normas de segurança da empresa, bem como as medidas
de proteção individual e coletiva

 Descrever com detalhes e precisão suas atividades na empresa e fora dela

 Consciencializar-se que a manutenção e recuperação de sua saúde dependem de


sua efetiva colaboração em todos os níveis.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Ruído – deveres do trabalhador

A partir dos 80 dB o trabalhador deve utilizar EPI’s (equipamentos de proteção


individual)

A partir dos 85dB o trabalhador deve utilizar permanentemente os EPI’s

Utilizar adequadamente, detetar e reportar os eventuais defeitos dos EPI’s


PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Vibrações
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Vibrações – definição
A vibração define-se como o movimento oscilatório de um corpo em torno do seu ponto
de equilíbrio. Uma característica importante da vibração é a frequência.

No meio laboral, as vibrações são agentes físicos nocivos que afetam os trabalhadores e
que podem ser provenientes das máquinas ou ferramentas portáteis a motor ou
resultantes dos postos de trabalho.

As vibrações encontram-se presentes em quase todas as atividades, nomeadamente em


construção de obras públicas, indústrias extrativas, exploração florestal, fundições e
transportes
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Vibrações – tipos
As vibrações são classificadas em dois tipos, segundo o local do corpo atingido:

 Vibrações transmitidas ao corpo inteiro – Vibrações mecânicas, transmitidas ao


corpo inteiro, que implicam riscos para a saúde e segurança dos trabalhadores, em
especial lombalgias e traumatismos da coluna vertebral;

 Vibrações transmitidas ao sistema mão-braço – Vibrações mecânicas, transmitidas


ao sistema mão-braço, que implicam riscos para a saúde e segurança dos trabalhadores,
em especial perturbações vasculares, neurológicas ou musculares ou lesões
osteoarticulares
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Vibrações – efeitos sobre o organismo
A exposição direta a vibrações pode ser extremamente grave, podendo afetar permanentemente alguns órgãos do
corpo humano. As vibrações podem afetar o conforto, reduzir o rendimento do trabalho e causar desordens das
funções fisiológicas, dando lugar ao desenvolvimento de doenças quando a exposição é intensa.

VIBRAÇÕES NO CORPO INTEIRO VIBRAÇÕES NA MÃO-BRAÇO


Danos Físicos Irreversíveis:  Síndrome de Raynaud (dedos branco):
 Lumbago isquémico;  Falta de sensibilidade e controlo;
 Sistema circulatório;  Tremura dos dedos;
 Sistema urológico.  Destruição das artérias e nervos das mãos.
Distúrbios no Sistema Nervoso Central:
 Fadiga; Danos nos tendões e músculos entre o pulso e o
 Insónia; cotovelo.
 Dor de cabeça;
 Tremuras.

A nocividade dos efeitos dependerá do tipo de exposição (partes ou totalidade do corpo), da sua duração e frequência, bem
como da intensidade das acelerações.
A exposição excessiva a vibrações pode determinar acidentes a curto prazo ou danos físicos irreversíveis a longo prazo.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Vibrações – efeitos sobre o organismo
Frequência da vibração Origem da vibração Efeito sobre o organismo
Vibrações de muito Transportes: aviões, comboios, barcos,  Estimulam o labirinto do ouvido esquerdo;
baixa frequência (<1Hz) automóveis.  Perturbam o Sistema Nervoso Central;
 Podem produzir náuseas e vómitos.
Vibrações de baixa Veículos de transporte de  Patologias diversas ao nível da coluna vertebral, lombalgias
frequência (1 a 20 Hz) mercadorias e passageiros; lombociáticas, hérnias;
 Veículos industriais;  Agravam lesões raquidianas menores e incidem sobre
 Tratores e máquina agrícolas; perturbações devidas a más posturas;
 Maquinaria e veículos de  Sintomas neurológicos: variação de ritmo cerebral, dificuldade
obras públicas. de equilíbrio, inibição de reflexos;
 Perturbações na visão: diminuição da acuidade visual.
Vibrações de alta Ferramentas manuais rotativas  Perturbações osteoarticulares observáveis radiologicamente
frequência alternativas ou percutoras, tais como tais como: artroses, lesões de pulso;
(20 a 1000Hz) polidoras, lixadoras, motosserras,  Perturbações tendinosas;
martelos pneumáticos …..  Afeções angioneurológicas da mão que acompanham
perturbações na sensibilidade.
 A sua expressão vascular manifesta-se por crises do tipo de
“dedos mortos” chamada síndrome de Raynaud;
 Aumento da incidência de afeções do aparelho digestivo
 (hemorroides, dores abdominais, obstipação.
PRINCIPAIS RISCOS
PROFISSIONAIS
Riscos químicos
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos

Contaminante Químico

“São substâncias orgânicas ou inorgânicas, naturais ou sintéticas, que


durante a fabricação, manuseamento, transporte e armazenamento
podem misturar-se com o ar ambiente sob a forma de poeira, fumo, gás
ou vapor, com efeitos irritantes, corrosivos, asfixiantes ou tóxicos.”
Fundación MAPFRE, 1996
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos
Importância dos agentes químicos

São os contaminantes químicos ou agentes químicos que têm maior importância no


mundo do trabalho, dado o grande número de substâncias simples e compostas
que se utilizam nos processos industriais, sempre em dinâmica crescente de
aparecimento de novos produtos dada a sua grande diversidade de efeitos.

Exemplos: Tintas, vernizes, colas, diluentes que podem originar doenças graves e, em
alguns casos acidentes como explosões ou intoxicações acidentais por exposição a
doses letais.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos
Poeiras
 Suspensão de partículas sólidas ou liquidas que, dado o seu pequeno tamanho e
densidade, podem permanecer suspensas no ar do ambiente de trabalho por tempo
quase indefinido, já que a sua velocidade de sedimentação é praticamente nula, sendo
no entanto, muitas vezes, transportadas por correntes de ar.

 Suspensão de partículas formadas pela manipulação, trituração, moagem polimento,


….. de materiais sólidos orgânicos ou inorgânicos, como rochas, areias, carvão,
madeiras, cortiças,….

 As poeiras não se difundem no ar, como nos gases, mas sedimentam-se por ação da
gravidade.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos

Aerossóis
Um aerossol, é uma dispersão de partículas sólidas ou líquidas, de tamanho inferior a
100 m em meio gasoso.

Este grupo de aerossóis, compreende uma série de estados físicos como:


• Poeiras
• Fibras
• Fumos
• Névoas
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos
Fumos
São suspensões constituídas por uma mistura de gases e poeiras ou de gases, vapor de
água e poeiras de carbono, conforme se trate de fumos de ações como soldadura ou
de combustões de matérias orgânicas.

As partículas sólidas que compõe os fumos são extremamente finas, em regra de


ordem inferior a 1 m , enquadrando-se nas poeiras respiráveis.

Vapores
É a fase gasosa de uma substância suscetível de existir no estado sólido ou liquido à
temperatura e pressões normais
Ex: solvente das tintas
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos
Névoa
Suspensão no ar de gotículas liquidas visíveis a olho nu, originadas por condensação de
um estado gasoso, com dimensões compreendidas entre 2 e 60m

Gás
É um fluido aeriforme (não tem forma nem volume próprios), formado por pequenos
corpúsculos (as moléculas)animados permanentemente por movimentos
desordenados.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos

Agente Químico - Considerações Gerais

Qualquer substância é capaz de produzir efeitos nefastos no organismo humano se


este a absorver em quantidade suficiente. Torna-se óbvio que existem substâncias
menos tóxicas do que outras o que naturalmente implicará maior quantidade dessa
substância para produzir efeito nefasto no organismo humano.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos

Classificação pelos Efeitos


Tóxico – qualquer substância (agente químico ou físico) capaz de produzir dano a um
sistema biológico, alterando seriamente uma função ou mesmo levando à morte, sob
certas condições de exposição

Toxicologia - É a ciência que estuda tudo sobre a origem, natureza, propriedades,


identificação, mecanismos de atuação e as qualidades de qualquer substância tóxica.
Envolve outras especialidades : medicina, farmacologia, química, bioquímica.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos
Toxicidade
É a medida dos efeitos adversos de uma substância sobre o organismo vivo.
É definida em relação à quantidade de substância administrada ou absorvida, a via de penetração no
organismo, a distribuição no tempo e outras condições relevantes.

Efeito adverso
É um efeito anormal, indesejável ou nocivo para um organismo vivo.
O efeito indesejado é observado pela analise de dados como: mortalidade, alteração do consumo de
alimentos, alterações de peso, alterações patológicas visíveis, exames médicos.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos
Variáveis que afetam a toxicidade

 Propriedades físico-químicas
 Interações entre os tóxicos
 Modo de administração: frequência, vias de penetração e
duração da exposição.
 Concentração do tóxico
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos
Num trabalhador exposto a substância tóxica, o dano desenvolvido é proporcional a:

Fatores intrínsecos à natureza humana – idade, sexo, capacidade de desintoxicação


do corpo…. Não é possível exercer qualquer controlo.

Fatores extrínsecos – toxicidade da substância, velocidade de absorção,


concentração , tempo de exposição. Podemos interferir nestes fatores.

Além da concentração, tipo de matéria ou energia, o TEMPO requerido para um agente perigoso atuar no
organismo é muito importante para investigar o seu efeito.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos
Dose
A quantidade de substância absorvida pelo organismo, denomina-se DOSE.
Dose (D) = concentração x Tempo

Concentração – quantidade de contaminante que está presente em determinado lugar.


Exposição – caracteriza o contacto entre o contaminante e a pessoa.

Expressando a dose em função do volume de ar respirado será:


Dose = concentração x tempo
Tempo - duração da exposição
Concentração – concentração média ponderada do contaminante, expressa em mg/m3 e normalmente
referida a um turno de 8 horas de trabalho.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos
Toxicidade / risco
 A toxicidade não deve ser confundida com risco (perigosidade)

 A toxicidade é a possibilidade de uma substância produzir efeitos nocivos e indesejáveis, quando alcançar
uma concentração suficiente num órgão ou em qualquer parte do corpo humano.

 Risco é a probabilidade de que essa concentração (capaz de causar efeitos nocivos), seja alcançada.

 Na avaliação de riscos a toxicidade é apenas um dos seus fatores.

Dois agentes podem ter o mesmo grau de toxicidade, mas apresentarem diferentes graus de risco.
Ex. um pode não ter odor e não ser irritante para os olhos e vias respiratórias, o trabalhador não se apercebe
da toxicidade
Ex. enquanto que outro pode ter um odor desagradável e ser irritante para os olhos e vias respiratórias, o
trabalhador afasta-se naturalmente diminuindo o risco de intoxicação.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos

Fatores que influenciam o grau de risco

 Propriedades da substância (sólida, liquida, vapor, gás)


 Toxicidade (efeitos sobre o organismo)
 Modo de exposição ou via de absorção
 Concentração
 Duração da exposição
 Suscetibilidade individual
 Fatores ambientais (pressão atmosférica, temperatura, humidade, ….. )
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos

Tipos de Intoxicação de acordo com a velocidade de penetração

Intoxicação aguda – caracterizada por um tempo de exposição muito curto (menos de


24 h) a uma concentração geralmente elevada e por uma rápida absorção do tóxico
pelo organismo.

Intoxicação Crónica – caracterizada por uma exposição durante largos períodos de


tempo ( por vezes durante a vida laboral do trabalhador) a concentrações geralmente
pequenas.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos

Principais vias de entrada

 Via cutânea
 Via respiratória
 Via digestiva

Com exceção das doenças de pele a maioria das doenças causadas por agentes
químicos são provocadas pela inalação de compostos em suspensão no ar.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos – vias de entrada
Via cutânea
 É a segunda mais importante em termos de higiene industrial, no entanto nem
todas as substâncias podem penetrar através da pele.
 A temperatura e a sudação podem ter influência na absorção de tóxicos através da
pele.
Do contacto de uma substância com a pele, pode ocorrer:

1 - a pele atua como barreira efetiva


2 - a reação da pele com a substância, sendo o efeito a irritação local.
3 - a substância pode produzir a sensibilização na pele
4 - a substância penetra nos vasos sanguíneos através da pele e desta passa para a
corrente sanguínea.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos – vias de entrada

Via cutânea

 A temperatura da pele e a humidade da pele (suor) podem influenciar na absorção


mais rápida de tóxicos pela pele.

 Havendo descontinuidade da pele (feridas), a penetração do contaminante


diretamente no organismo fica facilitada.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos – vias de entrada

Via Respiratória

É a mais importante em termos de higiene industrial, pois é a principal via de entrada


das substâncias químicas no organismo. Qualquer substância presente no ambiente de
trabalho pode ser inalada.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos químicos – vias de entrada

Via Digestiva

Em termos de higiene industrial tem pouca importância, exceto se houver ingestão de


alimentos no posto de trabalho, ou se eventualmente quando se fuma, pois o
material tóxico pode ser levado à boca pelas mãos.
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Classificação dos agentes tóxicos pelos seus efeitos no organismo:
1- Irritantes
2- Pneumoconióticos
3- Tóxicos que atuam na pele
4- Alérgicos
5- Asfixiantes
6- Anestésicos e narcóticos
7- Neurotóxicos
8- Hepatotóxicos
9- Nefróticos
10- Corrosivos
11- Tóxicos sistémicos
12- Cancerígenos
13- Efeitos combinados
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS

Irritantes
Compostos químicos que produzem inflamação devido a uma ação química ou física (corrosiva) nas áreas
anatómicas com as quais entra em contacto, principalmente pele e mucosas do sistema respiratório.

Tóxicos

Compostos químicos que se distribuem por todo o organismo actuando apenas sobre um órgão ou sobre
todo o sistema.

ex.: Hidrocarbonetos halogenados(tetracloreto de carbono)


Hidrocarbonetos aromáticos (benzeno)
Narcóticos
Compostos químicos que atuam sobre o sistema nervoso central, limitando a atividade cerebral, após
serem absorvidos pelo sangue.
Ex. solventes
• é potencializado pelo consumo de álcool

Cancerígenos

Substâncias que poderão gerar o potencial de desenvolver um crescimento desordenado de células.


Ex. Amianto, cloreto de vinilo, formaldeído
Alérgicos
Substâncias que criam uma hipersensibilidade imunológica a um estimulo externo especifico, estando
relacionada com a suscetibilidade individual

Asfixiantes
Substâncias que impedem que o oxigénio chegue aos tecidos e órgãos.

Tóxicos que originam dermatoses


Substâncias que independentemente de originarem outros efeitos, em contacto com a pele originam alterações na
mesma.
Corrosivos
Substâncias corrosivas são aquela que produzem um ataque químico sobre o tecido que contactam, como é
o caso dos ácidos.

Intoxicação Aguda
As intoxicações agudas, caracterizam-se pela absorção, por parte do organismo, de doses altas, em períodos
curtos de tempo (24 horas no máximo). Neste caso estaremos na presença de um acidente de trabalho
provocado por um derrame ou fuga acidental.

Intoxicação Crónica
As intoxicação crónicas produzem-se, quando uma pessoa recebe pequenas doses de uma substância em
determinados compassos de tempo ( por exemplo um turno de trabalho ou parte dele ), de uma forma repetida ao
longo do tempo.
A maioria das situações, localizam-se no caso das situações crónicas, e são adquiridas
ao longo de vários meses de exposição e até mesmo anos.

Alguns tóxicos acumulam-se ao longo do tempo no organismo, porque são eliminados


menos rapidamente do que são absorvidos, concentrando-se em certas partes do
organismo e, depois de alcançarem um certo nível, provocam doenças, a que
vulgarmente se chamam de doenças profissionais.

Uma das primeiras informações a recolher sobre um determinado produto químico


seja o que conduz às condições ideais de utilização e à sua comparação com as
condições reais de utilização, encontrando neste confronto um fator de previsão de
risco e evidentemente a determinação das condições de segurança.
Fichas de segurança
As pessoas que se dediquem à HST e normalmente ao combate aos riscos provenientes da utilização de
substâncias químicas no ambiente de trabalho, têm necessidades de informações sobre essas
substâncias, no entanto, defrontam-se com grandes barreiras relativas à identificação da composição
química do produto identificado pelo seu nome comercial.

Para evitar esse problema deve ser exigido ao fornecedor a ficha de segurança do produto.

É importante que em cada local em que se utilizem produtos químicos exista sempre, duma forma bem
visível a ficha de segurança do respetivo produto e as indicações necessárias à divulgação dos riscos,
bem como procedimentos de utilização e os métodos preventivos a ter para uma utilização com o
máximo de segurança.
Dose diária admissível
É a dose máxima admissível para 8 horas de trabalho calculada a partir do valor limite de exposição (VLE),
para a substância em questão

Valores Limites de Exposição

Estes valores expressam concentrações no ar dos locais de trabalho de diversas substâncias, abaixo dos
quais se julga que os trabalhadores podem expor-se sem riscos. É óbvio que dada a variações das
respostas individuais, há a possibilidade de alguns trabalhadores poderem vir a sofrer alguns danos no
contacto com certas substâncias, mesmo em concentrações inferiores aos Valores Limites de Exposição
Rotulagem
É a ROTULAGEM das substâncias e das preparações químicas que vai permitir ao utilizador tomar consciência dos
riscos e dos principais conselhos de utilização.

RÓTULO

• Nome da substância
• Nome e morada completa, incluindo nº de telefone, do responsável pela colocação no mercado
• Símbolos de perigo e indicação dos perigos que apresenta a utilização da substância
• Frases tipo indicando os riscos particulares que derivam dos perigos que apresenta o uso da substância
(frases ”R”)
• Frases tipo indicando conselhos de prudência no uso da substância (frases “S”)
Rotulagem
Localização do rótulo
 fixo em uma ou várias faces da embalagem
 colocado de forma a ser legível na horizontal, quando a embalagem é colocada na sua posição
normal

Dimensões do rótulo
Capacidade da Dimensões mínimas
embalagem (mm)
Inferior ou igual a 3L 52  74
Superior a 3L e inferior ou igual a 50L 74  105
Superior a 50L e inferior ou igual a 500L 105  148
Superior a 500L 148  210
 Informa imediatamente o utilizador do produto
 Permite evitar confusões e erros de manipulação
 Ajuda a organizar a prevenção
 É um guia para compra do produto
 Auxilia no armazenamento dos produtos
 É precioso em caso de acidente
O RÓTULO informa imediatamente o utilizador
do produto

 é um instrumento de informação imediatamente disponível no momento da utilização do produto


 indica os riscos inerentes à utilização de um produto e, em determinados casos, relativos às
suas condições de armazenagem
O RÓTULO permite evitar confusões e erros de manipulação
 identifica o produto
 previne riscos de mistura de produtos incompatíveis, suscetíveis de dar lugar a reações violentas

O RÓTULO ajuda a organizar a prevenção


 permite definir as medidas de proteção necessárias
 permite elaborar regras de prevenção específicas de cada posto de trabalho

O RÓTULO é precioso em caso de acidente


 fornece indicações úteis sobre as medidas a tomar em caso de incêndio ou de acidente
«Em caso de contacto com os olhos, enxaguar imediata e abundantemente com água e consultar um especialista.»
«Em caso de ingestão, consultar imediatamente o médico e mostrar a embalagem ou o rótulo.»
O RÓTULO é um guia para a compra dos produtos

 permite a escolha entre dois produtos com as mesmas características técnicas mas que apresenta menos perigos
 identifica o fabricante/importador/distribuidor

O RÓTULO é um auxiliar no armazenamento dos produtos


 permite a organização da armazenagem, quer aquando da sua receção quer no local da sua utilização
 os produtos tóxicos podem ser armazenados à parte numa zona de acesso protegido
 os produtos inflamáveis devem ser armazenados em local especialmente para os receber (ventilação, extintores,
detetores de incêndio)
Rotulagem - Simbologia
F F+ O E
Produtos que podem provocar
incêndios e explosões

Inflamável Extremamente Comburente Explosivo


Inflamável
T T+ Xn

Produtos perigosos para a


saúde
Tóxico Muito Tóxico Nocivo
C Xi
Produtos corrosivos ou
irritantes
Corrosivo Irritante
RISCOS de
INCÊNDIO ou EXPLOSÃO
Riscos de INCÊNDIO ou EXPLOSÃO

• Descoberta do fogo (progresso civilizacional);


• Aparecimento das catástrofes;
• Química do incêndio:
 combustão ou conjunto de combustões;
 conjunto de 3 componentes:
- materiais combustíveis;
- oxigénio do ar;
- energia de ativação
Riscos de INCÊNDIO ou EXPLOSÃO
O fogo como reação química - Fenomenologia da combustão

TRIÂNGULO DO FOGO

COMBUSTÍVEL
(substância que arde)

ENERGIA de ATIVAÇÃO COMBURENTE


(energia necessária para iniciar a reação) (o que alimenta a combustão – ar 21% de O2)
Riscos de INCÊNDIO ou EXPLOSÃO
O fogo como reação química - Classes de Fogos

TIPO A – fogos de materiais sólidos geralmente orgânicos (papel, madeira, tecidos lixos .….)

TIPO B – fogos em líquidos combustíveis e inflamáveis (óleos, derivados do petróleo (tintas,


gasolinas …)

TIPO C – fogos de gases inflamáveis (butano, propano, hidrogénio .…)

TIPO D – fogos de metais (metais alcalinos e alcalinoterrosos sódio, potássio .…)


Riscos de INCÊNDIO ou EXPLOSÃO
O fogo como reação química - Métodos de extinção
DISPERSÃO – remoção do combustível que o mantém em presença com os outros dois
elementos do triângulo do fogo;

ABAFAMENTO/ASFIXIA – supressão do comburente ou diminuição da proporção de


oxigénio;

ARREFECIMENTO – o abaixamento da temperatura provoca o desaparecimento da


energia de ativação do triângulo do fogo;

INIBIÇÃO – agentes extintores que atuam sobre a reação química da chama. Não atuam
sobre nenhum dos lados do triângulo (pó e halons). A inibição interrompe a reação em
cadeia da combustão.
Riscos de INCÊNDIO ou EXPLOSÃO
Meios de primeira intervenção - extintores
Estudos referem a possibilidade das habitações poderem sofrer um incêndio em cada quinze anos ou
uma média de cinco incêndios durante toda a sua existência. A probabilidade de um destes incêndios ser
de dimensão considerável e de carecer, inclusivamente, da intervenção dos bombeiros é de 25%.

Muitos destes incêndios ocorrem nas cozinhas, enquanto são preparadas as refeições, devido à adoção
de comportamentos pouco seguros ou a distração. Outros têm como causa o ato de fumar ou a utilização
de equipamentos eletrónicos em mau estado de conservação.

Estes incêndios resultam não só na perda de bens, mas mais grave, na perda de vidas humanas.

A única forma de evitar este tipo de situações é através da prevenção e da adoção de comportamentos
seguros. Complementarmente, é fundamental garantir que os edifícios são dotados de equipamentos de
combate a incêndio e que os ocupantes dos edifícios sabem utilizar os equipamentos de primeira
intervenção aí existentes. Só desta forma será possível extinguir um incêndio na sua fase inicial e,
consequentemente evitar que este atinja proporções que conduzam à perda de vidas humanas e de bens.
Riscos de INCÊNDIO ou EXPLOSÃO
Meios de primeira intervenção - extintores
São equipamentos de combate a incêndio destinados a ser utilizados por uma única pessoa na fase
inicial de um incêndio. São considerados equipamentos de primeira intervenção os extintores de
incêndio, as bocas de incêndio do tipo carretel e as mantas de incêndio.
Riscos de INCÊNDIO ou EXPLOSÃO
Meios de primeira intervenção - extintores
Os extintores de incêndio são de extrema importância nos primeiros estágios do fogo devido ao seu
fácil manuseamento e disponibilidade, permitindo iniciar as ações de extinção com rapidez. São
equipamentos de capacidade limitada, pelo que não permitem combater incêndios de grandes
dimensões.

A sua eficiência depende grandemente de uma manutenção e instalação adequadas, da sua correta
utilização, da sua sinalização, do tipo, da capacidade e do número de equipamentos disponíveis.

Decorrente do atual Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndios em Edifícios (Portaria nº


1532/2008), os extintores de incêndio são obrigatórios em todo o tipo de edifícios, com exceção dos
edifícios habitacionais até 28m de altura.
Riscos de INCÊNDIO ou EXPLOSÃO
Classificação dos Extintores
Existem vários tipos de extintores, dependendo da sua mobilidade, do agente extintor
que utilizam, do seu modo de funcionamento e eficácia. No que diz respeito ao agente
extintor, existem:
 Extintores à base de água: utilizam como agente extintor água, água com aditivos ou
agente químico húmido
 Extintores de dióxido de carbono (CO2)
 Extintores de halon: utiliza como agente extintor o halon.
 Extintores de pó: utilizam como agente extintor pó químico que pode ser do tipo BC,
ABC e D

Nota: Os extintores de halon estão interditos desde dezembro de 2003 pelo facto de contribuírem para a deterioração da camada de
ozono, podendo, no entanto, ser excecionalmente utilizados nas seguintes utilizações críticas: em veículos militares terrestres e
marítimos, para proteção dos espaços ocupados pelo pessoal e pelos compartimentos dos motores; em extintores portáteis em motores,
para utilização a bordo de aeronaves; em aeronaves para proteção dos compartimentos da tripulação e dos motores, dos porões para
carga e dos porões secos; em extintores essenciais à segurança pessoal para utilização inicial por bombeiros; em extintores utilizados
pelas forças militares e policiais em pessoas.
Riscos de INCÊNDIO ou EXPLOSÃO
Escolha do agente extintor
RISCOS ELÉTRICOS
RISCOS ELÉTRICOS
Riscos de contacto com a corrente elétrica: contatos diretos e indiretos
RISCOS ELÉTRICOS
Efeitos da corrente elétrica sobre o corpo humano
RISCOS ELÉTRICOS
Efeitos da corrente elétrica sobre o corpo humano
RISCOS ELÉTRICOS
Efeitos da corrente elétrica sobre o corpo humano
RISCOS ELÉTRICOS
Medidas de prevenção e proteção
RISCOS ELÉTRICOS
Medidas de prevenção

Medidas de segurança informativas


As medidas informativas são aquelas que, de algum modo, previnem a existência do risco. Podem ser:

 Normativas: consiste em estabelecer normas operacionais, de carácter especifico para cada trabalho ou
gerais, coordenadas com as restantes medidas informativas. Podem ser pessoais ou gerais.

 Instrutivas: consiste na formação dos operários que trabalham com riscos elétricos sobre o uso correto dos
equipamentos e ferramentas utilizadas e sobre o significado da simbologia e sinalização.

 De sinalização: consiste na colocação de sinais de proibição, precaução ou informação nos locais apropriados.

 De identificação e detecção: consiste na identificação e verificação de tensões nas instalações elétricas antes de
operar nas mesmas.
RISCOS ELÉTRICOS
Medidas de proteção
Individuais
Neste grupo incluem-se as luvas isolantes, capacetes isolantes, plataformas e tapetes isolantes, varas de manobra e de
salvamento, calçado isolante …. Todos estes equipamentos devem cumprir as exigências essenciais de segurança e
saúde e, consequentemente, possuir o selo CE.

De instalação
 Disposição que impeça que a corrente elétrica atravesse o corpo humano.
 Limitação da corrente que poderia atravessar o corpo humano a uma intensidade não
Proteção dos contactos diretos perigosa ( < 1 mA).
 Separação por distância ou afastamento das partes ativas.
 Interposição de obstáculos e barreiras.
 Revestimento ou isolamento das partes ativas.
Neste caso, as medidas podem ser agrupadas em:
Sistemas de Classe A
 Disposição que impeça que a corrente atravesse o corpo humano.
 Limitação da corrente de defeito que poderia atravessar o corpo humano a uma intensidade
Proteção dos contactos indiretos
não perigosa.
Sistemas de Classe B
 Corte automático quando aparece um defeito suscetível de favorecer, no caso de contacto
com as massas, a passagem pelo corpo humano de uma corrente considerada perigosa.
RISCOS MECÂNICOS
Os riscos mecânicos são os riscos relacionados à falta de organização, limpeza, procedimentos operacionais e
Segurança e Saúde Ocupacional (SSO) no ambiente de trabalho e nos equipamentos, máquinas e/ou ferramentas
utilizadas, geralmente existindo por falta de manutenção, treino e/ou por uso inadequado dos mesmos.

Os riscos mecânicos são provenientes de agentes mecânicos, sendo os principais e mais comuns os:

 Arranjos físicos deficientes;


 Trabalhadores e equipamentos sem a proteção adequada;
 Ferramentas inapropriadas ou com problemas;
 Instalações elétricas precárias;
 Risco de queda;
 Risco de incêndio e explosão;
 Armazenamento inadequado.
RISCOS MECÂNICOS
Principais riscos mecânicos decorrentes da utilização geral de máquinas

 Agarramento, enrolamento, arrastamento, aprisionamento


 Corte, corte por cisalhamento
 Golpe ou decepamento
 Esmagamento
 Choque ou impacto
 Abrasão ou fricção
 Ejeção de fluidos e elevada pressão
 Projeção de objetos
 Perfuração, picadela
RISCOS MECÂNICOS
medidas preventivas

 Fornecimento de EPI’s adequados contra o agente físico em questão;


 Para ambientes com locais altos, qualquer vão, buraco ou beirada deve ser coberto com EPC’s, como guarda corpos;
 Todo o ambiente deve possuir extintores e saídas de emergência;
 Sinalização adequada conforme o agente físico em questão;
 Materiais inflamáveis devem ficar isolados e sinalizados;
 Só devem ser adquiridas e colocadas em funcionamento as máquinas que cumpram os requisitos mínimos de
segurança e saúde;
 Os sistemas de comando das máquinas devem ser bem visíveis, estar claramente identificados, posicionados e
acessíveis fora dos pontos que fornecem perigos. A máquina deve possuir um sistema de paragem de emergência
acessível, identificado e sempre funcional;
RISCOS MECÂNICOS
medidas preventivas
 Os dispositivos de segurança e proteção da máquina devem ser eficientes e solidamente fixos;
 As zonas das máquinas onde existam riscos mecânicos e onde não haja uma intervenção por parte do operador
devem possuir proteções eficazes;
 Todas as máquinas devem estar corretamente fixas ou estáveis no pavimento;
 Todas as máquinas devem ser mantidas num perfeito estado de conservação, limpas e oleadas;
 Devem existir dispositivos de alerta que devem ser facilmente percebidos (se sonoros, devem-se sobrepor ao ruído
da máquina e ambiente) e a sua interpretação deve ser imediata e sem ambiguidade;
 Todas as zonas perigosas das máquinas devem estar devidamente sinalizadas e identificadas;
 As máquinas devem passar por manutenções regulares, verificando-se o seu funcionamento normal, além de
inspeções adicionais sempre que sejam realizadas alterações na máquina, haja um acidente ou por falta de uso
prolongado;
 Todos os trabalhadores que tenham de operar uma máquina devem receber treino/formação adequada.
RISCOS MECÂNICOS
Trabalho com máquinas e equipamentos
Qualquer máquina, ferramenta ou instalação utilizados no trabalho é um equipamento de trabalho.

A utilização de um equipamento de trabalho é qualquer atividade em que o trabalhador entre em relação com um
equipamento de trabalho, nomeadamente a colocação em serviço ou fora dele, o uso, o transporte, a
transformação, a manutenção, a conservação ou reparação.

A utilização de máquinas pode apresentar vários riscos para a segurança e saúde do trabalhador os quais podem,
em certos casos, dar origem a acidentes de trabalho.

A utilização de máquinas comporta riscos para os trabalhadores os quais não podem ser descurados tais como:

 Risco de derrube dos elementos instalados na máquina / equipamento;


 Risco de quedas ou projeções de objetos;
 Risco de movimentos intempestivos;
 Contacto com arestas vivas, ângulos vivos ou superfícies rugosas;
 Risco de rutura em serviço;
 Risco de rebentamento ou rutura (exemplo das tubagens rígidas / flexíveis);
 Risco devido às variações de velocidade de rotação das ferramentas;
 Risco ligado aos elementos móveis.
RISCOS MECÂNICOS
Movimentação mecânica de cargas
A movimentação de cargas compreende as operações de elevação, transporte e
descarga de objetos, que pode ser efetuada manualmente ou com recurso a sistemas
mecânicos.

A movimentação mecânica de cargas permite que, de um modo planeado e seguro, e


com recurso a um determinado conjunto de materiais e meios, se movimentem cargas
de um determinado ponto para outro.

Esta operação compreende as seguintes fases:


 elevação (ou carga);
 manobra livre (ou movimentação);
 assentamento (ou descarga).
RISCOS MECÂNICOS
Movimentação mecânica de cargas
Existem várias formas de classificar os equipamentos de movimentação mecânica de carga. Por exemplo,
a Fédération Européenne de la Manutention (FEM), criou uma classificação em 1960, e cuja revisão de
2004 tinha os seguintes campos:
 Aparelhos pesados de elevação e movimentação;
 Transportadores contínuos;
 Empilhadores;
 Gruas móveis;
 Elevadores, escadas rolantes e tapetes rolantes;
 Aparelhos de elevação em série.

Outra hipótese de classificação é quanto ao seu tipo de funcionamento e mobilidade:


 Equipamentos de funcionamento contínuo em percurso pré-estabelecido (transportadores de rolos);
 Equipamentos de funcionamento descontínuo de movimentação limitada (gruas);
 Equipamentos móveis de funcionamento descontínuo (empilhadores).
RISCOS ERGONÓMICOS
RISCOS ERGONÓMICOS

A ORIGEM DA ERGONOMIA

A Ergonomia é um ramo relativamente recente da ciência tendo celebrado o seu 50º aniversário em 1999, mas conta
com as pesquisas realizadas em muitas outras áreas científicas mais velhas, tais como a engenharia, fisiologia e
psicologia.

Teve a sua origem logo após a II Guerra Mundial, quando os cientistas conceberam um sistema novo e avançado sem
considerar as pessoas que o iriam utilizar.

Gradualmente tornou-se claro que os produtos e sistemas teriam que ser concebidos tendo em conta os vários
fatores humanos e ambientais de modo que pudessem ser utilizados com segurança e eficácia.

Esta consciência da importância das necessidades das pessoas resultou no nascimento da Ergonomia.
RISCOS ERGONÓMICOS
Ergonomia - definição

A ergonomia pode ser definida como o estudo da relação entre o Homem e a sua ocupação, o equipamento e o
ambiente em que decorre a sua atividade profissional e a aplicação de conhecimentos no domínio das ciências
Humanas (Anatomia, Fisiologia e Psicologia) por forma a conseguir a humanização do trabalho.

ESTA DEFINIÇÃO ENGLOBA DOIS ASPECTOS DISTINTOS:

Uma ciência – Pois debruça-se sobre o estudo das características e do comportamento humano e das suas relações
com o equipamento e o ambiente em que trabalha.

Uma tecnologia – É a aplicação prática dos conhecimentos científicos na resolução de problemas concretos.
Ergo nomia

érgon - Trabalho

nómos – Lei/regras
O propósito da ergonomia é:
Estudar o homem durante o trabalho (e, por extensão, também durante os tempos livres), de modo a melhorar
globalmente as suas condições de vida.

OBJETIVO
Aplicar os princípios ergonómicos a fim de otimizar a compatibilidade entre o homem, a máquina e o ambiente físico
de trabalho, através do equilíbrio entre as exigências das tarefas, das máquinas, bem como das características
anatómicas fisiológicas e percetuais, e, a capacidade de processamento da informação humana.
ERGONOMIA
ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL

Entendida a Ergonomia como o domínio científico e tecnológico interdisciplinar que se ocupa da optimização das
condições de trabalho visando, de forma integrada, a saúde e o bem estar do trabalhador e o aumento da
produtividade, naturalmente que a Segurança no Trabalho implica a investigação e a prática ergonómica.

ENQUADRAMENTO NA LEGISLAÇÃO DO TRABALHO

A legislação comunitária sobre SHST (Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho) atribui à Ergonomia um lugar operacional
na prevenção, estando já transpostas para o Direito Interno Nacional algumas das Diretivas Comunitárias, neste âmbito.
Principio Base da Ergonomia

HOMEM ADAPTADO AO POSTO DE TRABALHO


Ergonomia
HOMEM
Acidentes de Trabalho

Doenças Profissionais

Quebras de Produção
TRABALHO
Mau Estar

Absentismo
ASPECTOS FÍSICOS do TRABALHO ESTÃO
RELACIONADOS com:
PERTURBAÇÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICAS

 Posturas inadequadas
 Transporte de cargas
 Movimentos altamente repetitivos
 Aplicação de força excessiva com as mãos
 Pressão mecânica sobre os tecidos humanos
INTERDISCIPLINARIDADE DA ERGONOMIA
CAMPOS de AÇÃO da
ERGONOMIA

A partir de 1991 a Ergonomia entrou no Código do Trabalho na medida em que o decreto 441/91 afirma a necessidade
de adaptar o trabalho ao homem, em particular:

- Na conceção dos postos de trabalho

- Na escolha dos equipamentos

- Na conceção dos processo e dos métodos de trabalho


VANTAGENS da APLICAÇÃO da
ERGONOMIA no TRABALHO

A melhoria da compatibilidade (homem-máquina-ambiente) resulta numa maior produtividade, devido:

- Ao aumento da produção por hora de trabalho

- À diminuição dos custos resultantes dos tempos não produtivos (redução do número e gravidade dos acidentes,
doenças profissionais, avarias nos equipamentos, etc.)

- Diminuição dos desperdícios de materiais e matérias primas

- Diminuição dos estragos nos equipamentos

- Melhoria do ambiente psicológico de trabalho

- Diminuição do absentismo.
OBJETIVOS PRÁTICOS da ERGONOMIA

Eficiência e a segurança das combinações homem-máquina e homem-ambiente


- O bem estar, o conforto e a satisfação dos indivíduos envolvidos.

No campo da tecnologia, a ergonomia combina características da prática médica com o “design”. Ela tem a ver com
a melhoria da saúde individual através da profilaxia (prevenção) e com o aumento da eficiência dos sistemas.

A prática ergonómica visa o diagnóstico dos problemas, a avaliação das alternativas e a recomendação das soluções
que melhor se adaptam ao homem.
RISCO de MÁS PRÁTICAS da ERGONOMIA

As melhores combinações homem-máquina-ambiente são obtidas através de alterações a introduzir na máquina e no


ambiente, esta faceta da ergonomia por vezes é designada por “adaptação do trabalho ao homem”.
As limitações de natureza técnica, financeira ou mesmo política que condicionam, em grande medida, a vida
moderna, não permitem que, em muitos casos, se obtenha a integração harmoniosa dessas combinações homem-
máquina- ambiente, resultando assim:

- Postos de trabalho inadequados


- Mau dimensionamento das máquinas e do espaço de trabalho
- Ambientes de trabalho impróprios
- Imposição de exigências excessivas de natureza física ou psíquica.
EXEMPLOS DE POSTURAS CORRETAS NO DIA à DIA
Ergonomia no espaço de trabalho
Ergonomia no espaço de trabalho
HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO
ERGONOMIA na GESTÃO de RECURSOS HUMANOS
A atual competição económica provoca a necessidade de maximizar a produtividade industrial a todo o custo, donde
resultam novas exigências quanto à eficiência da mão-de-obra.
Estes condicionalismos originam o aparecimento de critérios de seleção de pessoal com vista à escolha dos:

- Mais aptos
- Mais hábeis
- Dos melhor dotados para cada atividade.

Por outro lado, surgiram os esquemas de formação e adaptação do pessoal visando o aumento da eficiência.

A formação visa principalmente:


- O aperfeiçoamento profissional dos trabalhadores para o desenvolvimento da destreza no desempenho de tarefas
específicas.

Com a adaptação pretende-se:


- Preparar os homens para trabalharem em condições que não se afastem, em maior ou menor grau, daquelas que são
habitualmente consideradas “ideais” ou pelo menos “normais”.
ERGONOMIA na GESTÃO de RECURSOS HUMANOS
Neste domínio há obviamente lugar para a atuação da ergonomia, designadamente:

a) Na contribuição para a definição de critérios de seleção realistas de acordo com as


características humanas

b) Na conceção de sistemas que levem ao aperfeiçoamento da destreza individual sem


introduzir esforços ou tensões indevidos

c) No estudo de adaptação dos indivíduos a ambientes ou condições de trabalho fora do


normal, sem que daí decorra qualquer risco para a sua saúde, integridade física ou
mental.
RISCOS ERGONÓMICOS
Movimentação manual de cargas

O transporte manual de cargas constitui uma das formas de trabalho mais expeditas, práticas e tradicionais.

Apesar do avanço da industrialização e das novas tecnologias, o transporte de cargas nos sectores da indústria,
comércio, serviços e agricultura, continuam em larga escala a ser feitas manualmente (utilizando a coluna como grande
meio sustentador).

Devido a exageros e à ignorância, o transporte muscular de cargas provoca todos os anos milhares de lesionados.

As questões relacionadas com a elevação manual de cargas prendem-se geralmente com problemas de coluna

A coluna vertebral humana está adaptada a uma postura vertical e sempre que o trabalhador se curva ela tem de
suportar não só o peso do corpo mas também o da carga por ele transportada, o que pode causar danos irreparáveis.
Com a coluna na posição
vertical, as forças F1, F2, e
MOVIMENTAÇÃO F3 de intensidades iguais,

DE estão uniformemente
distribuídas pelo disco,
CARGAS reduzindo o perigo de
lesões.

A coluna está curvada e, consequentemente, a


força F1 é substancialmente maior que a F3, ou
seja, a quase totalidade da força é exercida
num ponto do disco vertebral.
MOVIMENTAÇÃO
DE
CARGAS

A rotação deve ser


feita através do corpo
no seu conjunto e não
da coluna apenas,
como mostra a figura
RISCOS ERGONÓMICOS
Movimentação manual de cargas

Nas cargas a transportar devem observar-se valores máximos permitidos, em função de:

- Idade dos indivíduos


- Sexo
- Tempo de duração do trabalho
- Níveis de atividade muscular
- Frequência de elevações e transporte

NOTA: Os trabalhadores que movimentam pesos devem estar incluídos em escalões etários até aos 55 anos de
idade, após os quais deverão se adstritos à execução de trabalhos mais leves
RISCOS ERGONÓMICOS
Movimentação manual de cargas
LESÕES DA COLUNA

Frequência em % das modificações patológicas


Ponto de articulação do corpo
Carregadores Empregados de Escritório

Coluna vertebral 98% 37%

Pescoço 35% 3%

Joelhos 32% 13%

Anca 28% 6%

Ombro 12% 5%
RISCOS ERGONÓMICOS
Movimentação manual de cargas
Esforço em Kg sobre o disco lombar imposto pela elevação do tronco, em função da sua inclinação e do peso da carga

Ângulo de Peso da carga


inclinação
0 30 100 150
do tronco
0º 50 100 150 200

30º 150 350 600 850

60º 250 650 1000 1350

90º 300 700 1100 1500


MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

MÉTODOS CORRECTOS PARA A ELEVAÇÃO E TRANSPORTE DE


CARGAS
Posição correta – Princípios Cinéticos

O método cinético baseia-se em dois princípios:

1º - Plena utilização dos músculos das pernas

2º - Utilização da força viva do peso do corpo


RISCOS ERGONÓMICOS
Movimentação manual de cargas

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

A melhor maneira de reduzir o risco de lesões originadas pelas operações de movimentação manual de cargas será:

 Mecanização das tarefas de levantamento e transporte de pesos


 Seleção do pessoal, pois cada trabalhador só deveria trabalhar naquilo para que possuí aptidão natural –
robustez, idade e sexo
 Treino e formação profissional sobre técnicas corretas do esforço muscular, Método Cinético
 Uso do equipamento (vestuário, calçado, luvas), apropriado
 Obediência das leis que limitam os pesos máximos das cargas.
RISCOS ERGONÓMICOS
Movimentação manual de cargas
Uma vez que nem sempre é possível substituir o homem por meios mecânicos, poderão implementar-se um série de
medidas tendentes a reduzir a exposição do pessoal a esforços físicos elevados, tais como:

 Redução das cargas


 Utilização de meios mecânicos auxiliares

 Tomar precauções, analisando previamente as operações de elevação e transporte da carga e considerar os


seguintes aspetos:

 Os locais mais apropriados para posicionar as mãos


 Verificar se existem partes salientes, arestas cortantes, superfícies rugosas ou escorregadias

 Limpar todas as superfícies molhadas ou oleadas

 Manter as mãos limpas e desengorduradas

 Peso da carga – caso a carga seja demasiado pesada, ou tenha dimensões que tornam difícil a realização da
operação por um só operário, designar outro(s) operário(s) para a realizar a operação em conjunto
RISCOS

PSICOSSOCIAIS
RISCOS

PSICOSSOCIAIS
RISCOS PSICOSSOCIAIS
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO TRABALHO – a monotonia

Infelizmente, a indústria, o comércio e os serviços são férteis em situações de trabalho capazes de provocar o
aborrecimento nos seus trabalhadores.

por exemplo:
 Numa tarefa de controlo, em que o operador seja chamado a atuar com muita pouca frequência
 Um motorista, conduzindo de noite numa autoestrada

NOTA: Postos de trabalho deste tipo são repetitivos, monótonos e provocam o aborrecimento

 Trabalho repetitivo prolongado, pode não ser muito difícil, mas não permite ao operador desviar o seu
pensamento para outros assuntos
 Trabalho prolongado de supervisão ou inspeção, que exige, contudo, vigilância contínua.
RISCOS PSICOSSOCIAIS

ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO TRABALHO - aborrecimento

Situações em que existe grande probabilidade de ocorrer aborrecimento:

 Operações de pequeno ciclo ou com poucas oportunidades para movimentos

 Iluminação fraca

 Temperatura do ar relativamente elevada

 Trabalho solitário sem contactos com os colegas

As condições de trabalho não são as únicas, nem sequer as principais causas do aborrecimento.
RISCOS PSICOSSOCIAIS
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO TRABALHO - aborrecimento

FATORES PESSOAIS inerentes ao ABORRECIMENTO

Os fatores pessoais têm também um efeito considerável na incidência do aborrecimento ou, por outras palavras,
na maior suscetibilidade ao aborrecimento

Alguns desses fatores são:


 Estado de fadiga
 Trabalho noturno, até se dar a adaptação
 Fraca motivação
 Alto nível de educação, conhecimentos e habilidade
 Desejo de obter um trabalho mais exigente
RISCOS PSICOSSOCIAIS
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO TRABALHO - aborrecimento

Por outro lado, existem fatores que de algum modo contribuem para a
resistência ao aborrecimento:

 Pessoas habitualmente extrovertidas

 Período de aprendizagem/integração

 Pessoas satisfeitas com o seu trabalho, isto é, que consideram o posto


de trabalho de acordo com as suas capacidades
RISCOS PSICOSSOCIAIS
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO TRABALHO
AJUSTAMENTO ÀS CAPACIDADES HUMANAS
Existem boas razões para acreditar que um tipo de trabalho em que sejam tomadas em consideração as
potencialidades e inclinações individuais será realizado com interesse, satisfação e boa motivação.

O reconhecimento destas razões levou ao desenvolvimento de diversas formas de organização do trabalho de


montagem e de outras tarefas semelhantes.

O principal objetivo desses esforços é dar ao operador maior liberdade de ação em cada uma das direções
seguintes:

 Redução do aborrecimento e das sensações de fadiga associadas

 Tornar o trabalho mais atrativo, dando-lhe significado e permitindo ao trabalhador desenvolver as suas
potencialidades.

 Diversificação das tarefas

 Ampliação e enriquecimento do trabalho


RISCOS PSICOSSOCIAIS
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO TRABALHO

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
As formas de organização do trabalho que procuram enriquecer o seu conteúdo através da ampliação ou alargamento
das tarefas, contribuem, para o desenvolvimento da personalidade e para a realização individual dos trabalhadores.

É justamente por isso que são consideradas as mais importantes e com maior sucesso.

Nestes tipos de organizações, as tarefas são planeadas de modo que cada posto de trabalho consista numa sucessão
de tarefas distintas.

Existem outras contribuições para o enriquecimento do trabalho, como sejam, o controlo da qualidade ou a
instalação e manutenção de maquinaria
RISCOS PSICOSSOCIAIS
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO TRABALHO

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Uma boa organização do trabalho permite:

 Redução do absentismo

 Locais de trabalho mais atrativos (por ação dos próprios trabalhadores)

 Melhoria da qualidade e aumento da produção

 Menos queixas de aborrecimento

 Maior interesse pelo trabalho

 Maior satisfação com o trabalho.


RISCOS PSICOSSOCIAIS
RISCOS PSICOSSOCIAIS
NOÇÃO DE CARGA DE TRABALHO

CARGA DE TRABALHO
É o nível de atividade ou esforço necessários ao trabalhador (requisitos psicofísicos), para desenvolver com
rentabilidade o seu trabalho.
RISCOS PSICOSSOCIAIS
A carga de trabalho pode decompor-se em :

 Carga física – Compreende a carga estática, a carga dinâmica e a carga ligada à


postura de trabalho
 Carga psíquica – Ligada à recolha e tratamento de informações
 Fatores ambientais – Iluminação, ruído, ambiente térmico e contaminação
química
 Fatores organizacionais – Ritmos e cadências de trabalho e horários
 Fatores psicológicos – Satisfação no trabalho e suas motivações, influência de
horários de trabalho na vida privada e social, sentimento de insegurança….
RISCOS PSICOSSOCIAIS
estados de fadiga
RISCOS PSICOSSOCIAIS
FADIGA no TRABALHO

A fadiga é hoje considerada um dos “males do século” e é consequência de um esforço que ultrapassa os limites da
pessoa, exigindo um tempo de recuperação.

Pode ser:

Física - resultado de um esforço muscular

Mental – resultado de um esforço prolongado de atenção ou concentração.

Antes era apenas associada ao esforço físico

Se o fenómeno for apenas ocasional, não há problema de maior para a saúde. Porém se a situação se tornar crónica
e nada se fizer para se erradicarem as condições que proporcionam a fadiga, então a nossa saúde corre sérios
riscos.
RISCOS PSICOSSOCIAIS
FADIGA no TRABALHO – fatores predisponentes
 Falta de horas de sono;
 Esforço físico elevado;
 Trabalho intelectual intenso;
 Trabalho sob stress;
 Ambiente térmico (temperaturas extremas);
 Ambiente saturado (falta de oxigénio, fumo);
 Duração do trabalho;
 Trabalho em posições incorretas;
 Deficiente iluminação;
 Trabalho por turnos;
 Ruído;
 Conflitos interpessoais
CABELO CÉREBRO

C Perca excessiva de cabelos, algumas


formas de calvície
Alterações mentais, insónias,
dores de cabeça, irritabilidade e
O depressão

N
S BOCA
CORAÇÃO
E Úlceras e secura excessiva
Doenças cardiovasculares e
Q hipertensão
U
Ê MÚSCULOS
N Dores espasmódicas no pescoço, no
fundo das costas e tiques nervosos PULMÕES
C
Problemas asmáticos
I
A
S PELE

da Eczema

fadiga APARELHO DIGESTIVO


ORGÃOS GENITAIS
Impotência e ejaculação prematura (no Homem) Úlceras digestivas e duodenais, colite ulcerosa e
cólon irritável
Perturbações menstruais (na Mulher)
RISCOS PSICOSSOCIAIS
FADIGA no TRABALHO

A nível da empresa

 Elevado absentismo

 Qualidade de trabalho medíocre

 Baixa produtividade

 Acidentes de trabalho frequentes e graves

 Apatia

 Dificuldades relacionais
FADIGA NO TRABALHO - prevenção
A prevenção da fadiga só é possível com uma prevenção global, ou seja, com medidas que abranjam:

 A empresa

 O trabalhador/família

 A sociedade/comunidade
FADIGA NO TRABALHO – Prevenção
Ao nível da empresa

 Flexibilidade de horários
 Redução de horário e controlo de horas extraordinárias
 Melhoria nas condições de segurança, higiene e saúde no trabalho
 Estimular a participação e o interesse pelo trabalho
 Atribuição de nível salarial adequado
 Turnos de curta duração para os trabalhos noturnos

Ao nível Individual

 Sono regular
 Alimentação racional
O êxito de tal tarefa significará para as sociedades modernas:  Evitar bebidas alcoólicas
 Evitar o tabaco
 Menores taxas de sinistralidade  Gerir bem o tempo disponível
 Menor absentismo
 Mais produtividade
 Melhor economia
 Mais bem estar
RISCOS PSICOSSOCIAIS
stress no trabalho
DEFINIÇÃO

É uma reação a qualquer interferência ou estímulo, que perturba o equilíbrio mental ou físico de uma pessoa
interrompendo assim o seu funcionamento normal

Quando acontece em excesso, provoca cansaço físico, mental e sexual, além de fragilizar o nosso sistema imunitário,
abrindo caminho para outras doenças.

No nosso dia a dia, torna-se impossível evitar a maior parte desses estímulos

 As exigências da vida profissional e familiar


 Exames
 Relações interpessoais
A solução passa por ajudar o organismo a responder positivamente ao stress, eliminando os sintomas que desgastam
física e psiquicamente um indivíduo.
RISCOS PSICOSSOCIAIS
stress no trabalho
É a principal causa de problemas de saúde, podendo ser fator de desadaptação e posteriormente
génese de conflito laboral

« Um estado de stress ocorre quando existe um desequilíbrio entre a


perceção que uma pessoa tem dos constrangimentos/exigências que o seu
contexto lhe impõe e a perceção que essa pessoa tem dos seus próprios
recursos para lhe fazer face. » (EU-OSHA)

« Embora esse processo de avaliação dos constrangimentos seja psicológico


(variáveis cognitivas e emocionais), os efeitos do stress não são, unicamente
psicológicos; afetam a saúde física, o bem-estar e a produtividade.» (EU-
OSHA)

A reação ao stress é a capacidade de resistir ou reagir a uma situação de tensão, provocada por
fatores físicos ou psicossociais
RISCOS PSICOSSOCIAIS
stress no trabalho – fatores de risco
Conteúdo do Trabalho: Falta de variedade, trabalho repetitivo, com ritmos curtos e acelerados, que exige elevada
precisão e provoca posturas desadequadas. Subutilização de competências e baixa valorização das tarefas. Recursos
insuficientes.

Sobrecarga e ritmo de trabalho: Volume de trabalho excessivo ou reduzido. Elevados níveis de pressão impostos pelos
prazos definidos para as tarefas. Realização de tarefas de difícil execução num tempo reduzido, tarefas que requerem
um elevado grau de especialização ou um elevado grau de atenção. Exigências excessivas com respeito aos
conhecimentos, competências e capacidades do trabalhador.

Subcarga de trabalho: Volume de trabalho insuficiente. Não ter nada para fazer. Deficiente utilização das capacidades
do trabalhador e grau de exigência das tarefas muito inferior às suas capacidades e conhecimentos.

Horário de trabalho: Trabalho por turnos, trabalho noturno, horários inflexíveis, imprevisíveis e/ou longos. Trabalho
isolado.

Autonomia/ Controlo: Até que ponto pode exercer influência sobre o seu trabalho. Fraca participação na tomada de
decisões e no controlo de ritmos. Falta de autonomia e ausência de controlo sobre o trabalho.
RISCOS PSICOSSOCIAIS
stress no trabalho – fatores de risco

Equipamentos de trabalho: Equipamentos inadequados, sem manutenção ou falta de recursos.

Cultura organizacional: Falta de definição de políticas, objetivos e recursos. Estrutura da organização com fraca
liderança, deficiente comunicação. Falta de definição ou de consenso sobre objetivos.

Relações interpessoais no trabalho: Isolamento físico ou social, fraco relacionamento com as chefias e os colegas, falta
de apoio social. Conflitos interpessoais e exposição à violência, incluindo a existência de situações de assédio moral;

Papel na organização Responsabilidades: Ambiguidade de papéis e funções, tipo de responsabilidades das pessoas,
imprecisão na definição de responsabilidades, sobrecarga/insuficiência de funções, orientações contraditórias.

Desenvolvimento profissional: Estagnação ou incerteza na carreira, falta de progressão, insegurança, reduzido valor
social do trabalho. Salários baixos, precariedade.
Conciliação trabalho-família: Conflito entre atividades profissionais e não profissionais, reduzido suporte família.
Incompatibilidade das exigências trabalho/vida privada. Trabalho feminino com reduzido apoio em casa. Desvalorização
da componente familiar.

Novas formas de contratação: Caraterizam-se pelo surgimento de contratos muito precários, subcontratação e
insegurança relativamente à manutenção do posto de trabalho.

Intensificação do trabalho: Carga de trabalho cada vez maior e uma pressão crescente no âmbito laboral, altos níveis de
competitividade no trabalho. Compensação inadequada.

Ambiente físico: Ambiente de trabalho com ruído, fumos, produtos químicos, temperaturas altas ou baixas, deficiente
iluminação. Posto de trabalho sem conforto.
 O sentimento de um trabalho pouco significativo, com pouca utilização das
capacidades do trabalhador, isto é, as competências e capacidades do trabalhador não
correspondem às tarefas atribuídas;

 Ausência de oportunidades de aprendizagem, exigência de grande concentração


cognitiva e recursos insuficientes;

 A falta de variedade e complexidade das tarefas e consequente monotonia destas


pode, igualmente ser fonte de tensão no trabalho, na medida em que, na realização de
trabalhos que envolvem múltiplas tarefas, o trabalhador tem maiores oportunidades
de utilizar as suas habilidades e competências.
RISCOS PSICOSSOCIAIS
sintomas de stress no trabalho
 Falta de apetite
 Problemas de atenção e memória
 Dificuldades em seguir uma conversação
 Perturbações de humor
 Ansiedade
 Tendências depressivas
 Agressividade
 Perturbações gastrointestinais e cardiovasculares
(Agravadas com o sedentarismo, tabagismo, hábitos alimentares e excesso de café)

Todas as tensões geradas num indivíduo que trabalha vão originar nas empresas:
- Taxas elevadas de absentismo
- Desempenho deficiente das tarefas
- Insatisfação no trabalho
- Aumento da sinistralidade laboral
- Ausência de criatividade
- Más relações interpessoais
RISCOS PSICOSSOCIAIS
stress no trabalho – prevenção
Otimizar a implantação e o conforto dos locais de trabalho será o meio eficaz para reduzir situações de angústia e
ansiedade, assim há que ter em conta alguns aspetos essenciais:

 Criar conforto e comodidade nos locais (espaços adaptados à natureza das tarefas);

 Criar personalização do espaço de trabalho (nada mais triste do que um mobiliário estandardizado, todo sempre
igual, sempre na mesma posição);
 Criar espaços onde o indivíduo possa desenvolver a sua tarefa com tranquilidade e sossego e de tal modo que se
possa isolar visualmente dos outros;

 Decoração do espaço de trabalho (cores harmoniosas, plantas e alguns quadros);

 Valorização social dos indivíduos (cada um gosta de ter o seu “território”);

 Diversificação de tarefas;

 Bom relacionamento com as hierarquias e com os colegas.


EQUIPAMENTOS
de PROTEÇÃO
COLETIVA e de
PROTEÇÃO
INDIVIDUAL
EQUIPAMENTOS de PROTEÇÃO COLETIVA e de
PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Principais tipos de proteção coletiva e de proteção individual

Equipamento de Proteção coletiva (EPC): são equipamentos utilizados para proteção de


segurança enquanto um grupo de pessoas realizam determinada tarefa ou atividade.

APLICAÇÃO: para minimizar / eliminar situações de risco (pode evitar acidentes).

Equipamento de Proteção individual (EPI): são quaisquer meios ou dispositivos


destinados a serem utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos ameaçadores da
sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada atividade.

APLICAÇÃO: proteger o trabalhador, podendo diminuir ou até eliminar a gravidade da


lesão caso ocorra um acidente.
EQUIPAMENTOS de PROTEÇÃO COLETIVA e de
PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Principais tipos de proteção coletiva e de proteção individual

O EPC deverá ter sempre supremacia sobre o EPI e é utilizado para


combater diretamente o risco, procurando eliminá-lo ou minimizá-lo.

Os EPC isolam partes de máquinas, instalações, equipamentos


elétricos, etc…
REFLEXÃO

“ ... Na nova sociedade o única fator produtivo é o capital humano;

Tudo o resto – o capital, a tecnologia – são apenas ferramentas”.

Peter Drücker, in “Gerindo para o Futuro”

Você também pode gostar