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MANUAL
INSTRUTIVO DA
ATENÇÃO AO
TRAUMA
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SUMÁRIO
Apresentação........................................................................................................3
1. DEFINIÇÃO…………………….………………………................................3
5. FINANCIAMENTO………………………………………………………24
6. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO…………………………………25
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APRESENTAÇÃO
A Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) do Ministério da Saúde (MS) tem entre suas
Redes Temáticas prioritárias a Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE), dela
fazendo parte a Linha de Cuidado ao Trauma.
A Portaria no 1.600, de 07 de julho de 2011, reformula a Política Nacional de Atenção
às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS). A
organizaçãoo da RUE tem a finalidade de articular e integrar todos os equipamentos de saúde,
objetivando ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de
urgência e emergência nos serviços de saúde, de forma ágil e oportuna.
A Linha de Cuidado ao Trauma propõem reduzir a morbimortalidade pelo trauma no
Brasil, por meio de ações de vigilância, prevenção e promoção da saúde e através da
implantação da Linha de Cuidado ao Trauma na RUE, a fim de incrementar e implementar a
Rede de Atenção às Urgências e Emergências e estabelecer a Rede de Atendimento Hospitalar
ao Trauma, objetivando ampliar e qualificar o acesso humanizado e a atenção integral ao
paciente traumatizado.
O objetivo deste Manual Instrutivo é esclarecer e apoiar os gestores, trabalhadores e
usuários do SUS no que diz respeito ao conceito, critérios de adesão, implantação,
financiamento e operacionalização da Linha de Cuidado ao Trauma na RUE.
1. DEFINIÇÃO
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2. COMPONENTES
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Centros de informações toxicológicas;
Atenção Especializada Hospitalar;
Unidades de Atenção Especializada;
É essencial que as diretrizes de atenção ao paciente vítima de trauma sejam definidos e
pactuados pelos diferentes componentes da Linha de Cuidado, de forma a uniformizar o
cuidado e permitir o acesso de todos os pacientes às terapias estabelecidas, respeitando as
diferenças regionais.
Com o objetivo de incentivar a definição de papéis e missões entres os serviços de
saúde para atender as necessidades da Rede, destaca-se a seguir algumas especificidades de
atenção ao trauma nos pontos de atenção da RUE.
– SALA DE OBSERVAÇÃO:
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A AB deve também:
Promover ações de prevenção ao trauma;
Realizar acolhimento com classificação de risco e vulnerabilidade aos usuários
vítimas de trauma, realizando a devida avaliação, manejo inicial do caso e
encaminhamento, seguindo o fluxo pactuado de referência e contra referência, se
houver necessidade, e de acordo com a complexidade;
Garantir a retaguarda de transporte de urgência para encaminhamento adequado do
paciente ao serviço de referência, quando necessário.
- SALAS DE ESTABILIZAÇÃO:
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resolutividade nos casos de menor complexidade e encaminhamento com garantia
de atendimento ao serviço especializado (via regulação);
Encaminhar os casos de maior complexidade para os Hospitais com habilitação em
Centro de Atendimento ao Trauma tipo I, II e III, por meio das Centrais de
Regulação das Urgências – Complexo Regulador, após realização de
procedimentos mínimos de estabilização.
ATENÇÃO DOMICILIAR
A Atenção Domiciliar pode ser realizada por equipes de saúde que atuam no
conjunto dos pontos de atenção que compõem a rede, principalmente pelas Equipes de
Atenção Básica (ESF/NASF) e Equipes de Atenção Domiciliar, que devem ofertar suporte
clínico e acompanhamento domiciliar aos usuários que têm indicação deste tipo de cuidado,
dentre eles, os usuários vitima de trauma com maior dependência, maior dificuldade de
transporte, com maiores riscos de complicações e/ou que possuem a indicação de finalizar seu
tratamento em domicílio.
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formadas por médicos, enfermeiros, fisioterapeuta e/ou assistente social e auxiliares/técnicos
de enfermagem; e as EMAP, por, no mínimo, três profissionais de nível superior, entre as
seguintes categorias profissionais: assistente social, fisioterapeuta, nutricionista,
fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional e farmacêutico. A lógica do trabalho destas
equipes deve ser centrada na família, no cuidador e no usuário, como uma tríade de estreita
relação, para garantia de respostas concretas às necessidades dos usuários.
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Neste sentido, a Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência – Viver sem Limites,
fundamentalmente os serviços especializados de reabilitação, bem como as equipes de
reabilitação hospitalares devem ser acionadas com o intuito de promover os cuidados
necessários para a melhoria da funcionalidade, por meio de medidas de prevenção da perda
funcional, de redução do ritmo da perda funcional, da melhora ou recuperação da função; da
compensação da função perdida; e da manutenção da função atual.
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O componente de Atenção Especializada em Reabilitação é constituído dos seguintes
Pontos de Atenção:
atendimento de
-
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ambulatórios ortopédicos de cuidados aos pacientes vítimas de trauma, com seguimento
ambulatorial de fraturas ou pós-operatório geral.
A definição de cada um dos Tipos dos Centros de Trauma tem como parâmetro
o dimensionamento da RUE e a localização dos pontos de atenção ao trauma, considerando-se
ainda o número de habitantes com cobertura assistencial e o tempo de deslocamento até o
respectivo Centro de Trauma.
IV - ser referência regional, com realização de, no mínimo, 10% (dez por
cento) dos atendimentos oriundos de outros Municípios, conforme registro no Sistema de
Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS);
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VI - possuir equipe específica na Porta de Entrada Hospitalar de Urgência para
atendimento às vítimas de trauma de média complexidade, em regime de plantão 24 (vinte e
quatro) horas, composta pelos seguintes profissionais:
a) clínico geral;
c) ortopedista;
d) cirurgião geral;
f) enfermeiros;
g) técnicos de enfermagem; e
VII - possuir equipe suficiente para realização de cirurgias dos casos de trauma
que são de competência desse hospital e que não comprometa o atendimento da Porta de
Entrada Hospitalar de Urgência;
XII - realizar atendimento de urgência 24 (vinte e quatro) horas por dia, todos
os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados;
II - sala cirúrgica;
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O Centro de Trauma Tipo II é um estabelecimento hospitalar que desempenha
o papel de referência para atendimento ao paciente traumatizado e identifica-se como Hospital
Especializado Tipo I, segundo a tipologia das Portas de Entrada Hospitalares de Urgência de
que trata a Portaria nº 2.395/GM/MS, de 2011.
V - ser referência regional, com realização de, no mínimo, 10% (dez por cento)
dos atendimentos oriundos de outros Municípios, conforme registro no SIH/SUS;
a) clínico geral;
c) cirurgião;
d) ortopedista;
f) enfermeiros;
g) técnicos de enfermagem; e
VIII - possuir equipe suficiente para realização de cirurgia dos casos de trauma
que são de competência desse hospital e que não comprometa o atendimento da Porta de
Entrada Hospitalar de Urgência;
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IX - possuir Centro Cirúrgico e leitos de enfermaria suficientes para o
atendimento ao trauma;
a) neurocirurgia;
b) ortopedia e traumatologia;
c) cirurgia vascular;
d) cirurgia plástica;
e) cirurgia pediátrica;
g) urologia;
i) clínico geral;
k) oftalmologia;
XIII - possuir leitos de UTI para cuidado aos pacientes de trauma, sejam
adultos e/ou pediátricos, que necessitarem de terapia intensiva;
XIV - realizar atendimento de urgência 24 (vinte e quatro) horas por dia, todos
os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados;
a) fisioterapeuta;
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b) assistente social;
c) nutricionista;
d) farmacêutico; e
e) psicólogo;
I - leitos de UTI;
V - serviço de hemoterapia.
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Os médicos das equipes de plantão e os médicos e cirurgiões-dentistas das
equipes de apoio deverão possuir título de especialista na respectiva área de atuação,
reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), Conselho Regional de Medicina
(CRM), Conselho Federal de Odontologia (CFO) ou Conselho Regional de Odontologia
(CRO), ou residência médica ou odontológica, de acordo com a respectiva área de atuação,
reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
IV - ser referência regional, com realização de, no mínimo, 10% (dez por
cento) dos atendimentos oriundos de outros Municípios, conforme registro no SIH/SUS;
c) cirurgião;
d) ortopedista;
f) enfermeiros;
g) técnicos de enfermagem; e
VII - possuir equipe suficiente para realização de cirurgia dos casos de trauma
e que não comprometa o atendimento da Porta de Entrada Hospitalar de Urgência;
a) cirurgia vascular;
b) cirurgia plástica;
c) cirurgia pediátrica;
d) cirurgia de mão;
e) otorrinolaringologia;
f) oftalmologia;
h) urologia;
i) cirurgia torácica;
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j) endoscopia;
k) ginecologia/obstetrícia;
l) clínica geral;
n) nefrologia;
o) neurocirurgia; e
p) ortopedia e traumatologia;
XII - realizar atendimento de urgência 24 (vinte e quatro) horas por dia, todos
os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados;
I - leitos de UTI;
IV - laboratório clínico; e
V - hemoterapia.
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Portaria nº 2.395/GM/MS, de 2011, que organiza o Componente Hospitalar da RUE no
âmbito do SUS.
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II - expediente que comprove a aprovação da CIR e CIB para a referida
implantação da Linha de Cuidado ao Trauma e habilitação do respectivo Centro de Trauma
Tipo I, II ou III;
Os entes federativos e regiões de saúde que ainda não dispuserem de PAR, mas
que forem considerados estratégicos para implantação da Linha de Cuidado ao Trauma
conforme pactuação da CIB e CIR, poderão pleitear a habilitação para Centro de Trauma Tipo
I, II ou III com dispensa da apresentação dos documentos. Para suprir a dispensa, o ente
federativo interessado, por meio de sua respectiva Secretaria de Saúde, deverá encaminhar à
CGMAC/DARAS/SAS/MS as seguintes documentações específicas:
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O Ministério da Saúde poderá efetuar diligências e solicitar do requerente
documentos e outras providências para subsidiar a análise do pedido de habilitação.
5. FINANCIAMENTO
Os estabelecimentos habilitados em Centros de Trauma Tipo I, Centros de
Trauma Tipo II e Centros de Trauma Tipo III terão o incremento financeiro no valor de 80%
(oitenta por cento) nos Componentes Serviços Hospitalares (SH) e Serviços Profissionais (SP)
dos procedimentos listados no Anexo V.
I - Codigo 02 - Urgência;
6. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
O Ministério da Saúde monitorará e avaliará periodicamente o atendimento
contínuo dos requisitos de habilitação pelos estabelecimentos hospitalares e a efetiva
realização dos serviços prestados para manutenção do repasse dos recursos financeiros ao ente
federativo beneficiário, além dos seguintes itens de desempenho dos Centros de Trauma:
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