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GEPPRAU
Urgências traumáticas
Módulo 4
Tema 2 - Triagem e regulação
1
Urgências Traumáticas
2
Urgências Traumáticas
URGÊNCIAS
TRAUMÁTICAS
Neste material, serão apresentadas as
principais emergências na área da cirurgia
do trauma. O profissional de saúde que
atua na área terá informações importantes
sobre anatomia, fisiologia, manejo e
principais condutas a serem tomadas no
atendimento ao traumatizado.
Tema 2
Triagem e regulação
Objetivos de
aprendizagem
• Reconhecer os tipos de centros de
trauma.
• Conhecer os métodos de triagem no
atendimento pré-hospitalar.
• Saber diferenciar urgência de
emergência.
• Conhecer o funcionamento e as etapas
da regulação médica.
• Conhecer escores de trauma.
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Urgências Traumáticas
Sumário
Triagem e regulação 5
1. Introdução.......................................................................................... 6
2. Unidades de atendimento..................................................................... 7
2.1. Centros de trauma............................................................................ 7
3. Triagem.............................................................................................. 8
3.1. Escore de trauma revisado (RTS).................................................... 9
3.2. Classificação por cores................................................................... 9
4. Urgência versus emergência................................................................ 11
5. Regulação médica.............................................................................. 11
5.1. Técnico auxiliar de regulação médica (TARM).................................. 12
5.2. Médico regulador........................................................................ 12
5.3. Avaliação e classificação do chamado............................................. 13
5.4. Potencialidade............................................................................ 14
5.5. Centrais de regulação privada....................................................... 14
5.6. Corpo de Bombeiros.................................................................... 14
5.7. Etapas da regulação.................................................................... 14
6. Outros escores de gravidade............................................................... 15
6.1. Injury severity score (ISS)........................................................... 15
6.2. Trauma and injury severity score (TRISS)...................................... 15
Síntese................................................................................................ 19
Referências bibliográficas....................................................................... 20
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Urgências Traumáticas
Triagem e regulação
5
Urgências Traumáticas
1. Introdução
6
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Urgências Traumáticas
2. Unidades de atendimento
Para a adequada regulação do paciente, a equipe reguladora deve co-
nhecer a necessidade do paciente e os recursos ofertados e disponíveis
em cada unidade de atendimento.
A equipe do APH ou a unidade de menor recurso deve passar para o profissio-
nal regulador os achados e condições do paciente de forma precisa e mais
detalhada possível, informando as condutas adotadas e os possíveis diag-
nósticos. Com esses detalhes, poderá ser determinada a real necessidade do
paciente.
O médico regulador deve conhecer as unidades de atendimento e os recursos
disponíveis.
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Urgências Traumáticas
3. Triagem
Para determinar a triagem das vítimas, existem diversos protocolos e
escores. Alguns serão apresentados a seguir.
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Urgências Traumáticas
0 0 3 0
9
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Urgências Traumáticas
Código verde
Código azul
Código branco
• Constatado óbito
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Urgências Traumáticas
5. Regulação médica
A regulação médica das urgências é operacionalizada pelas Centrais de Regula-
ção Médica de Urgências. O médico regulador obtém informações dos chamados,
classifica em grandes síndromes, determina o nível de urgência de cada solicita-
ção e monitora continuamente o chamado até a resolução do caso, assegurando
a disponibilidade dos recursos necessários à resposta definitiva do caso através
da rede regionalizada e hierarquizada do sistema.
Existem dois tipos de regulação médica: na regulação primária, os chama-
dos são feitos pela população, que aciona diretamente a central; e na regulação
secundária, o chamado ocorre a partir de uma unidade de saúde.
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Urgências Traumáticas
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Urgências Traumáticas
Nível 1
Urgência de Prioridade ABSOLUTA
Nível 2
Urgência de Prioridade MODERADA
Nível 3
Urgência de Prioridade BAIXA
Nível 3
Urgência de Prioridade MÍNIMA
Para isso, existem aspectos a serem avaliados pelo médico, determinados por
uma fórmula:
GAV
U=
T RU
U é a urgência de cada caso.
G é a gravidade determinada pelas grandes síndromes.
A é a atenção, ou seja, os recursos necessários para atender ao chamado.
V é a valência social, ou seja, ocorrências envolvendo situações como pre-
sença da imprensa, casos com crianças, localidade remota, ocorrência com
figura pública, entre outros.
T é o tempo necessário para resolver o quadro. Quanto maior o tempo
para resolver, menor o grau de urgência do quadro.
RU são os recursos das unidades, quando se trata de regulação secundária
(proveniente de unidades de saúde).
Anotações:
13
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Urgências Traumáticas
5.4. Potencialidade
Todo chamado é potencialmente grave, porém alguns têm urgência mínima.
Dessa forma, o médico deve acompanhar cada caso até a resolução, mesmo que
não tenha encaminhado recurso de atendimento e feito orientação por telefone,
e deve reclassificar o caso se houver necessidade.
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Urgências Traumáticas
Face Moderada 2
Extremidades Crítica 5
Externo
ISS = soma do quadrado dos três valores mais altos em, no máximo, três
segmentos diferentes
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<54 <54
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75
RTS RTS
1,0 .33 .45 .25 .27 .19 .15 .14 .08 .10 .04 .07 .02 .05 .01 .03 .00 .02 .00 .02 .00 .01 .00 .01 .00 .01 .00 .00 .00 .00 .00 1,0
.07 .05 .05 .03 .03 .01 .02 .01 .02 .00 .01 .00 .01 .00 .01 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00
1,5 .44 .59 .35 .40 .27 .24 .20 .13 .15 .06 .11 .03 .07 .02 .05 .01 .04 .00 .03 .00 .02 .00 .01 .00 .01 .00 .01 .00 .00 .00 1,5
.11 .09 .08 .04 .05 .02 .04 .01 .03 .01 .02 .00 .01 .00 .01 .00 .01 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00
2,0 .56 .72 .47 .54 .37 .36 .29 .21 .22 .11 .16 .05 .11 .03 .08 .01 .06 .01 .04 .00 .03 .00 .02 .00 .01 .00 .00 .00 .01 .00 2,0
.16 .15 .12 .08 .08 .04 .06 .02 .04 .01 .03 .00 .02 .00 .01 .00 .01 .00 .01 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00
2,5 .67 .82 .59 .68 .49 .50 .40 .32 .30 .18 .23 .09 .17 .05 .12 .02 .09 .01 .06 .01 .04 .00 .03 .00 .02 .00 .01 .00 .01 .00 2,5
.24 .24 .17 .13 .13 .06 .09 .03 .06 .02 .04 .01 .03 .00 .02 .00 .01 .00 .01 .00 .01 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00 .00
3,0 .77 .89 .69 .79 .61 .64 .51 .45 .42 .28 .33 .15 .25 .08 .19 .04 .13 .02 .10 .01 .07 .00 .05 .00 .03 .00 .02 .00 .02 .00 3,0
Urgências Traumáticas
.33 .35 .25 .21 .19 .11 .14 .05 .10 .03 .07 .01 .05 .01 .03 .00 .02 .00 .02 .00 .01 .00 .01 .00 .01 .00 .00 .00 .00 .00
3,5 .84 .93 .79 .87 .71 .76 .63 .59 .54 .40 .44 .24 .35 .13 .27 .07 .20 .03 .15 .02 .10 .07 .07 .00 .05 .00 .04 .00 .02 .00 3,5
.45 .49 .35 .31 .27 .18 .20 .09 .15 .05 .11 .02 .07 .01 .05 .01 .04 .00 .03 .10 .02 .00 .01 .00 .01 .00 .01 .00 .00 .00
4,0 .90 .96 .86 .92 .80 .85 .73 .72 .65 .55 .56 .16 .46 .21 .37 .11 29 .06 .22 .03 .16 .01 .11 .01 .08 .00 .06 .00 .04 .00 4,0
.56 .63 .47 .45 .37 .27 .29 .15 .22 .08 .36 .04 .11 .02 .08 .01 .06 .00 .04 .00 .03 .00 .02 .00 .01 .00 .01 .00 .01 .00
4,5 .93 .98 .91 .92 .87 .91 .82 .82 .75 .68 .67 .50 .58 .32 .49 .18 .39 .09 .31 .05 .23 .02 .17 .01 .12 .01 .09 .00 .06 .00 4,5
.68 .75 .59 .58 .49 .40 .40 .24 .31 .13 .23 .06 .17 .03 .12 .02 .09 .01 .06 .00 .04 .00 .03 .00 .02 .00 .01 .00 .01 .00
5,0 .96 .99 .94 .97 .91 .95 .88 .89 .83 .79 .77 .63 .69 .45 .61 .28 .51 .15 .42 .08 .33 .04 .25 .02 .18 .01 .13 .00 .09 .00 5,0
.77 .84 .70 .72 .61 .54 .51 .36 .42 .21 .33 .11 .25 .05 .19 .03 .13 .01 .10 .01 .07 .00 .05 .00 .03 .00 .02 .00 .00 .02
5,5 .97 .99 .96 .99 .94 .97 .92 .93 .89 .87 .84 .76 .89 .59 .71 .41 .63 .24 .53 .13 .44 .07 .35 .03 .27 .02 .20 .01 .14 .00 5,5
.84 .91 .79 .82 .72 .68 .63 .50 .54 .32 .44 .18 .35 .09 .27 .05 .20 .02 .15 .01 .10 .01 .07 .00 .05 .00 .04 .00 .02 .00
6,0 .98 .99 .98 .99 .96 .98 .95 .96 .93 .92 .90 .85 .85 .72 .80 .37 .73 .36 .65 .21 .56 .11 .46 .06 .37 .03 .28 .01 .21 .01 6,0
.90 .94 .86 .89 .80 .79 .73 .64 .65 .45 .56 .28 .47 .15 .55 .08 .29 .04 .22 .02 .16 .01 .11 .00 .08 .00 .06 .00 .04 .00
6,5 .99 .99 .99 .99 .98 .99 .97 .98 .95 .95 .93 .91 .90 .82 .87 .68 .81 .50 .75 .32 .67 .18 .58 .09 .48 .05 .39 .02 .30 .01 6,5
.93 .97 .91 .93 .87 .87 .82 .76 .75 .59 .67 .40 .58 .24 .49 .13 .39 .07 .31 .03 .23 .02 .17 .01 .12 .00 .09 .00 .06 .00
7,0 .99 .99 .99 .99 .99 .99 .98 .99 .97 .97 .96 .95 .94 .89 .91 .79 .88 .65 .83 .46 .77 .28 .69 .25 .60 .08 .51 .04 .41 .02 7,0
.96 .98 .94 .96 .91 .92 .88 .85 .83 .72 .77 .55 .69 .36 .61 .21 .51 .11 .42 .06 .33 .03 .16 .01 .18 .01 .13 .00 .10 .00
7,5 .99 .99 .99 .99 .99 .99 .99 .99 .98 .99 .97 .97 .96 .94 .94 .87 .92 .76 .89 .60 .84 .41 .78 .25 .71 .13 .62 .07 .53 .03 7,5
.97 .99 .96 .98 .94 .95 .92 .91 .89 .82 .84 .68 .78 .50 .71 .32 .63 .18 .54 .09 .44 .05 .35 .02 .27 .01 .20 .01 .14 .00
8,0 .99 .98 .99 .98 .99 .97 .99 .95 .99 .93 .98 .98 .98 .96 .97 .92 .95 .85 .93 .72 .89 .55 .85 .37 .80 .21 .73 .11 .65 .06 8,0
.99 .99 .99 .99 .99 .97 .99 .95 .93 .89 .90 .79 .85 .64 .80 .45 .73 .28 .65 .15 .56 .08 .46 .04 .37 .02 .29 .01 .21 .00
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75
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Urgências Traumáticas
Anotações:
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Urgências Traumáticas
Síntese
A adequada classificação da vítima no atendimento inicial pré-hospitalar é es-
sencial para a determinação posterior da unidade de saúde destinada aos cui-
dados do paciente com os recursos adequados. De posse dessas informações, a
central reguladora, que deve conhecer adequadamente a rede hierárquica e os
recursos disponíveis, poderá orientar medidas e contribuir para o melhor cuida-
do do paciente traumatizado.
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Urgências Traumáticas
Referências bibliográficas
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