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1. Introdução
Contrastando com a maioria dos outros mamíferos, o corpo humano é adaptado à locomoção
bipedal, ou seja, sobre dois pés. Devido a esse fator, podem-se reconhecer três princípios gerais na
arquitetura do organismo humano:
O corpo humano divide-se em: cabeça, pescoço, tronco e membros (ou extremidades)
superiores e inferiores.
A cabeça divide-se em duas partes: crânio (ou parte neural, contém principalmente o encéfalo
e órgãos sensoriais e é contínua com o canal vertebral que contém a medula espinhal) e face (ou
parte visceral, contém as cavidades do nariz e boca e o aparelho da mastigação).
antebraço [ossos rádio e ulna] e mãos [ossos do carpo, metacarpo e falanges]) e inferiores (partes
mais distais em relação ao crânio, são formados pela coxa [osso fêmur], perna [ossos tíbia e fíbula]
e pés [ossos do tarso, metatarso e falanges]).
POSIÇÃO ANATÔMICA
As diversas partes do corpo são descritas em relação a certos planos imaginários. São eles:
Os termos anterior (ventral) e posterior. (dorsal) são utilizados para indicar, respectivamente,
a frente ou o dorso do corpo; de modo que, para se descrever a relação de duas estruturas, diz-se
estar anterior ou posterior à outra na medida em que estiver mais próxima da superfície corporal
anterior ou posterior. Descrevendo-se a mão, utilizam-se os termos faces palmar e dorsal em lugar
de anterior e posterior, e na descrição do pé, os termos faces plantar e dorsal são utilizados em vez
de face superior e inferior. Os termos proximal e distal descrevem as distâncias relativas das raízes
dos membros; por exemplo, o braço é proximal ao antebraço, e a mão é distal ao antebraço.
Os termos interno e externo são utilizados para descrever a distância relativa de uma estrutura
do centro de um órgão ou cavidade; por exemplo, a artéria carótida interna nutre as estruturas
contidas na cavidade craniana e a artéria carótida externa nutre as estruturas situadas fora desta
cavidade.
O termo ipsilateral refere-se ao mesmo lado do corpo; por exemplo, a mão esquerda e o pé
esquerdo são ipsilaterais; contralateral refere-se a lados opostos do corpo; por exemplo, o músculo
bíceps braquial esquerdo e o músculo reto femoral direito são contralaterais.
O ponto em que dois ou mais ossos se conectam é conhecido como articulação. Algumas
articulações não apresentam movimento (suturas do crânio); outras possuem apenas movimentos
Flexão é o movimento que tem lugar no plano mediano. Por exemplo, a flexão da articulação
do cotovelo aproxima a superfície anterior do antebraço da superfície anterior do braço. É
usualmente um movimento anterior, porém é por vezes posterior, como no caso da articulação do
joelho.
Adução do membro é um movimento em direção ao corpo, no plano coronal. Nos dedos das
mãos e dos pés, a abdução aplica-se no afastamento destas estruturas, e a abdução aplica-se à
aproximação.
Rotação é o termo aplicado ao movimento de uma parte do corpo em torno de seu eixo
longitudinal. Rotação medial é o movimento que resulta na superfície anterior da parte voltada para
a linha mediana; rotação lateral é o movimento que resulta na superfície anterior da parte voltada
lateralmente.
Protração é mover-se para frente; retração é mover-se para trás (usado para descrever o
movimento da mandíbula para adiante e para trás nas articulações temporomandibulares). Inversão
é o movimento do pé de modo que a face plantar esteja voltada em direção medial. Eversão é o
movimento oposto do pé de modo que a face plantar esteja voltada lateralmente.
1.2.1. Fáscias
As fáscias do corpo podem ser divididas em superficiais e profundas e estão situadas entre a
pele e os músculos e ossos subjacentes.
A fáscia superficial é uma mistura de tecido adiposo e areolar frouxo que une a derme da pele
à fáscia profunda subjacente. No couro cabeludo, parte posterior do pescoço, palmas das mãos e
plantas dos pés, ela contém numerosos feixes de fibras colágenas que mantêm a pele firmemente
ligada às estruturas mais profundas. Nas sobrancelhas, orelha, pênis e escroto, e clitóris, ela é
desprovida de tecido adiposo.
1.2.2. Ligamentos
O ligamento é um tendão ou uma faixa de tecido conectivo que une duas estruturas.
Comumente encontrados em associação com as articulações, os ligamentos são de dois tipos: a
maioria é composta de densos feixes de fibras colágenas e não podem ser distendidos sob condições
normais (por exemplo, ligamento iliofemoral da articulação do quadril, ligamentos colaterais da
articulação do tornozelo). O segundo tipo é composto, em grande parte, de tecido elástico, e, por
conseguinte pode refazer o seu comprimento original após a distensão (por exemplo, ligamento
flavo da coluna vertebral e ligamento calcaneonavicular do pé).
1.2.3. Bolsas
É um aparelho de
lubrificação que consiste de
um saco fibroso- fechado,
delimitado por fina membrana
lisa. Suas paredes são
separadas por uma camada de
líquido viscoso. As bolsas são
encontradas sempre que os
tendões são atritados contra
ossos, ligamentos, ou outros
tendões. São comumente
encontradas próximo das
articulações, onde a pele se
atrita contra estruturas ósseas subjacentes, por exemplo, a bolsa pré-patelar.
Bolsa tubular que cerca um tendão. O tendão invagina a bolsa de um lado, ficando suspenso
no interior da bolsa por um mesotendão. Este permite a entrada dos vasos sanguíneos no tendão ao
longo de seu curso. Em certas situações, onde a variação do movimento é extensa, o mesotendão
desaparece ou permanece na forma de fios estreitos, os vínculos ou freios (por exemplo, os tendões
flexores longos dos dedos das mãos e dos pés).
Delimita as cavidades do tronco refletidas no interior das vísceras móveis que se situam
dentro destas cavidades.
1.2.7. Cartilagem
A cartilagem é uma forma de tecido conectivo em que as células e fibras estão embebidas em
uma matriz semelhante a um gel, responsável por sua firmeza e elasticidade. Existem três tipos de
cartilagens: hialina, fibrosa e elástica.
O homem adulto tende a ser mais alto do que a mulher adulta e possui pernas mais longas;
seus ossos são maiores e mais pesados, e seus músculos também são maiores. Tem menos gordura
subcutânea, o que torna seu aspecto mais angular. Sua laringe é maior, e as cordas vocais mais
longas, de modo que a voz é mais profunda. Apresenta barba e pelos corporais vulgares (possui
pelos nas regiões axilar e pubiana que se estendem até a região do umbigo).
A mulher adulta tende a ter menor estatura do que o homem adulto e possui ossos menores e
músculos menos volumosos. Apresenta mais gordura subcutânea, acúmulo de gordura nas mamas,
nádegas e coxas o que lhe confere um aspecto mais arredondado. O cabelo da cabeça é mais fino, e
sua pele de aspecto mais liso. Apresenta pelos nas regiões axilar e pubiana, mas estes não se
MÓDULO I – CAP. 2 – ANATOMIA E FISIOLOGIA APLICADAS
ESCOLA TÉCNICA DE ENFERMAGEM “RAIMUNDA NONATA” 24
estendem até o umbigo. A mulher adulta possui mamas maiores, e pelve mais larga do que o
homem. Apresenta um ângulo maior de movimentação no cotovelo, o que resulta em um maior
desvio lateral do antebraço sobre o braço.
Diferenças raciais podem ser observadas na cor da pele, dos cabelos e olhos, e na forma e
tamanho dos olhos, nariz e lábios. Africanos e escandinavos tendem a ser mais altos devido às
pernas mais longas, enquanto os orientais tendem a ser baixos, com pernas curtas. As cabeças dos
centro-europeus e orientais também tendem a ser arredondadas e alargadas.
2. Células e Tecidos
A unidade viva fundamental do corpo é a célula e cada órgão é um agregado de muitas células
diferentes, mantidas unidas por estruturas intercelulares de sustentação. Cada tipo de célula é
especialmente adaptada para a execução de uma função determinada. Por exemplo, os glóbulos
vermelhos do sangue transportam oxigênio dos pulmões para os tecidos.
Embora as inúmeras células do corpo possam, muitas vezes, diferir acentuadamente entre si,
todas apresentam determinadas características básicas que são idênticas. Por exemplo, em todas as
células, o oxigênio reage com carboidratos, gordura ou proteína para liberar a energia necessária ao
funcionamento celular.
Quase todas as células também têm capacidade de se reproduzir e, sempre que células de
determinado tipo são destruídas por qualquer causa, as células remanescentes do mesmo tipo
regeneram, com muita frequência, novas células até que seja restabelecido seu número adequado.
Quanto à forma, as células que constituem o organismo humano são muito variáveis. Nosso
sangue possui células vermelhas em forma de disco e as células brancas globulosas; as células que
formam os órgãos nervosos são estreladas, piramidais e as que se encontram nos ossos são também
estreladas. A forma depende da função de cada célula.
As células se compõem de numerosos elementos, mas fundamentalmente elas são formadas
de três partes:
A membrana celular, o
citoplasma e o núcleo atuam de maneira
integrada nos processos vitais da célula,
tais como: absorção, metabolismo,
eliminação das toxinas, armazenamento
das substâncias oferecidas em excesso,
fagocitose e locomoção.
2.2. Tecidos
Forma as membranas, que são a camada mais superficial do corpo e, dessa forma, reveste a
superfície corpórea, inclusive as cavidades (estômago, bexiga, etc.). Suas principais funções são:
É responsável pela produção dos elementos sólidos do sangue. Encontram-se na forma de:
tecido mieloide e tecido linfoide. O interior dos ossos é preenchido pela medula óssea, que, em
parte é amarela, funcionando como depósito de lipídeos, e, no restante, é vermelha e gelatinosa,
constituindo o local de formação das células do sangue, ou seja, de hematopoiese. O tecido
hemopoiético é popularmente conhecido por "tutano". As maiores quantidades de tecido
hematopoiético estão nos ossos da bacia. Nos ossos longos, a medula óssea vermelha é encontrada
principalmente nas epífises.
É formado por substâncias que promovem a sustentação do corpo com resistência elástica a
pressão. São três os tipos de cartilagem: hialina, fibrosa ou fibrocartilagem e elástica. Os detalhes
deste tipo de tecido já foram descritos anteriormente.
Constitui os ossos do nosso organismo; é formado por células ósseas (osteófitos), separados
por uma substância intersticial ou fundamental.
3. Sistemas Orgânicos
Suas funções são: suportar os tecidos adjacentes; proteger os órgãos vitais e outros tecidos
moles do corpo, dando pontos de apoio para a fixação dos músculos; auxiliar no movimento do
corpo, fornecendo inserção dos músculos e funcionando como alavanca; produzir células
sanguíneas – medula vermelha; fornecer uma área de armazenamento para sais minerais,
especialmente fósforo e cálcio, para suprir as necessidades do corpo. É responsável pela forma do
corpo e local de depósito de gordura – medula amarela. Constitui-se de peças ósseas (ao todo 208
ossos no indivíduo adulto) e cartilaginosas articuladas, que formam um sistema de alavancas
movimentadas pelos músculos.
O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes: Esqueleto axial e apendicular.
Possui os seguintes ossos importantes: frontal, parietais, temporais, occipital, esfenoide, nasal,
lacrimais, malares ("maçãs do rosto" ou zigomáticos), maxilar superior e mandíbula.
Osso Frontal: Forma, essencialmente, a fronte (testa); o teto da cavidade nasal e as órbitas. Une o
esqueleto do crânio à face. Em ambos os lados da linha média e na sua espessura encontram-se os
seios frontais, cavidades com ar que se comunicam com as fossas nasais.
Ossos Parietais: Os dois ossos parietais, direito e esquerdo, formam os lados e o teto do crânio e se
articulam na linha mediana formando a sutura sagital.
Ossos Temporais: Direito e esquerdo, constituem as paredes laterais do crânio. São formados por
uma porção escamosa, que se articula com o parietal na sutura escamosa, uma porção mastoidea
(processo mastóide), porção tímpânica e porção petrosa.
Osso Esfenóide: Apresenta uma parte central que aloja a glândula hipofisária. Além disso, apresenta
dois prolongamentos de cada lado, as asas, das quais fazem parte as órbitas e a base do crânio.
Osso Occipital: Forma a parte posterior e parte da base do crânio; articula-se anteriormente com os
ossos parietais formando a sutura lambdoide. Em sua porção inferior há uma grande abertura,
denominada forame magno, que comunica o crânio à coluna vertebral e dá passagem à continuação
caudal do encéfalo. Articula-se com o Atlas, que é a primeira vértebra cervical.
Osso Maxila: Divide-se em direita e esquerda e ocupam quase toda a face, formando o maxilar. O
maxilar contribui para a cavidade oral, formando o palato duro; processo alveolar, em cujos
alvéolos estão implantados os dentes, e um processo zigomático.
Ossos Zigomáticos: Dividem-se em direito e esquerdo. São duas massas ósseas salientes que
formam as proeminências da face. Limitam a órbita juntamente com a maxila.
Ossos Nasais: Dividem-se em direito e esquerdo, articulam-se entre si no plano mediano, formam o
esqueleto ósseo de parte do dorso do nariz.
Osso Vômer: Pequeno osso situado na face inferior do crânio, onde se articula com o osso
esfenoide; possui uma lâmina que forma o septo nasal ósseo.
As vértebras são ossos curtos, com tecido esponjoso em seu interior. A sua forma varia
segundo a parte da coluna à qual pertencem, mas apresentam algumas características em comum,
tais como: Corpo, Processo Espinhoso, Processos Articulares e Forame Vertebral, por onde passa a
Medula Espinhal.
Vértebras Torácicas: São doze e estão colocadas depois das cervicais, em sentido
descendente. Correspondem à zona do ombro e apresentam maior espessura e menor
mobilidade que as vértebras cervicais. As dez primeiras articulam-se com as costelas.
Vértebras Lombares: São cinco situadas entre a região dorsal e o sacro. São as mais
grossas e dotadas de grande mobilidade. Correspondem a zona da cintura e apresentam
processos espinhosos muito desenvolvidos e horizontais.
Sacro e Cóccix: É formado pelas cinco primeiras vértebras sacrais, soldadas entre si. É
consideravelmente mais largo na mulher do que no homem, com a finalidade de facilitar
o parto. O canal sacral, que atravessa o sacro em todo o seu comprimento, é a
continuação do canal vertebral. De cada lado partem quatro forames transversais pelos
quais saem os nervos sacrais. O Cóccix está situado na continuação do sacro e com ele
articulado, constituindo a extremidade inferior do eixo vertebral e corresponde a um
rudimento da cauda dos animais.
É formada pela região torácica de coluna vertebral, osso esterno e costelas, que são em
número de 12 de cada lado, sendo as 7 primeiras verdadeiras (se inserem diretamente no esterno), 3
falsas (se reúnem e depois se unem ao esterno), e 2 flutuantes (com extremidades anteriores livres,
não se fixando ao esterno). É na caixa torácica que estão alojados os pulmões e o coração. Sua
estrutura confere proteção às vísceras situadas no seu interior. Também é um elemento fundamental
no mecanismo dos movimentos respiratórios.
O Esterno é um osso plano que se articula com as clavículas e com as sete primeiras costelas.
Sua forma é semelhante a uma espada. O processo xifoide é marco para várias manobras que podem
ser realizadas, tais como, a manobra de ressuscitação cardiopulmonar. Já as costelas são ossos
arqueados disposto em forma de arco entre a coluna vertebral e o esterno. Como já foi dito,
dividem-se em verdadeiras, falas e flutuantes.
São formados por quatro segmentos: ombro, braço, antebraço e mão. O ombro, ou cintura
escapular, é considerado como parte do membro superior, embora se encontre propriamente na zona
superior do tórax.
Osso Clavícula: É um osso longo e par, situado transversalmente entre o esterno e a escápula, com
os quais se articula. Parece com um “S” itálico. Como todos os ossos longos, apresenta um canal
medular, sendo o resto do osso constituído por tecido esponjoso.
Osso Escápula: É um osso plano e muito fino que tem forma triangular. Na sua face posterior,
salienta-se uma eminência aplanada, a espinha da escápula, que termina num processo chamado
acrômio. Apresenta também uma cavidade oval, a cavidade glenoidea, que aloja a cabeça do úmero.
Acima se encontra o processo coracóide. Todas essas eminências são locas de inserção de
elementos musculares e ligamentos. Quanto à estrutura interna, é quase exclusivamente constituída
por tecido compacto.
Ossos do Carpo: São oito pequenos ossos, dispostos em duas filas transversais. A fila superior
articula-se com ulna e rádio. A fila inferior articula-se com os ossos metacárpicos.
Ossos do Metacarpo: São os ossos da mão propriamente dita são cinco, recobertos por partes moles,
que forma o dorso e a palma da mão. Cada um deles corresponde a um dedo.
Ossos das Falanges: Três colunas ósseas para cada dedo, excetuando-se o polegar. Chamam-se,
desde a origem dos dedos até a sua extremidade, falange proximal, falange média e falange distal,
respectivamente.
A pelve óssea é formada pelos dois ossos ilíacos: sacro e cóccix, juntamente com ílio, ísquio e
púbis. A pelve representa a união entre o tronco e a extremidade inferior.
Os membros inferiores compõem-se de coxa, perna, tornozelo e pé. O osso da coxa é o fêmur,
o mais longo do corpo. No joelho, ele se articula com os dois ossos da perna: a tíbia e a fíbula. A
região frontal do joelho está protegida por um pequeno osso circular: a rótula. Ossos pequenos e
maciços, chamados tarsos, formam o tornozelo. A planta do pé é constituída pelos metatarsos e os
dedos dos pés, pelas falanges.
Osso Ilíaco (Osso do Quadril): Constituído por três peças ósseas isoladas entre si: o ílio em cima, o
púbis adiante e o ísquio embaixo. O acetábulo destina-se a articular-se com a cabeça do fêmur. A
borda superior do osso ilíaco tem forma de “S” itálico, é a crista ilíaca, e as eminências da borda
anterior são as cristas ilíacas.
A bacia do homem é mais espessa e mais alta que a da mulher, com as eminências ósseas
mais pronunciadas. A bacia feminina é mais larga e está mais inclinada, porque no momento do
parto o feto passa através dela. Os diâmetros da cabeça fetal se adaptam, mediante movimentos de
rotação, aos diâmetros da bacia materna.
3.1.3. Articulações
São estruturas de tecido conjuntivo segundo as quais dois ou mais ossos próximos se unem
entre si. A sua principal função é a união entre si dos diversos ossos que compõem o esqueleto. São
os elementos que dão estabilidade a esta união, permitindo, por exemplo, a postura ereta,
característica da espécie humana.
A presença de cartilagem articular recobrindo as superfícies articulares dos ossos, evita seu
desgaste excessivo, permitindo o deslizamento de uns sobre os outros nos diferentes movimentos do
corpo. Também é função das articulações limitar tais movimentos para evitar que ultrapassem uma
amplitude determinada, em função das necessidades de cada parte do corpo.
Classificam-se em:
São classificados, de acordo com a sua forma, em longos, curtos, planos ou chatos.
o Ossos Longos: Têm duas extremidades ou epífises; o corpo do osso é a diáfise; entre a
diáfise e cada epífise fica a metáfise. A diáfise é formada por tecido ósseo compacto,
enquanto a epífise e a metáfise, por tecido ósseo esponjoso. Exemplos: fêmur, úmero.
o Ossos Curtos: Têm as três extremidades praticamente equivalentes e são encontrados
nas mãos e nos pés. São constituídos por tecido ósseo esponjoso. Exemplos: calcâneo,
tarsos, carpos.
o Ossos Planos ou Chatos: São formados por duas camadas de tecido ósseo compacto,
tendo entre elas uma camada de tecido ósseo esponjoso e de medula óssea Exemplos:
esterno, ossos do crânio, ossos da bacia, escápula.
Tem como função principal propiciar os movimentos. Algumas das funções secundárias
incluem: Controle do fluxo sanguíneo nas artérias; Auxílio dos movimentos respiratórios no tórax;
No sistema digestivo agem, desde a absorção do alimento até sua excreção; Na fonação participam
no processo de emissão da voz; Na reprodução possibilitam a ejaculação do esperma; Durante a
gravidez abrigam o embrião no útero (um saco muscular).
do conteúdo dos órgãos. Nas paredes dos vasos sanguíneos, as fibras musculares lisas
são dispostas de modo circular e servem para modificar o calibre do lúmen.
Escaleno: ajuda a levantar a caixa torácica, ativo na respiração do ar, no tossir e no espirrar.
Peitoral maior: movimenta os braços e eleva o esterno e amplia o tórax.
Flexor dos dedos: faz o movimento de dobrar os dedos sem fechar as mãos.
Quadríceps: permite-nos esticar as pernas quando estamos sentados.
Tibial anterior: dobra o pé aproximando-o da perna.
Trapézio: levanta os ombros e, juntamente com o esternocleidomastóideo participa dos movimentos
da cabeça.
Deltoide: levanta o braço para o lado. É no deltoide que são aplicadas algumas injeções.
Tríceps: opõe-se ao bíceps, esticando o antebraço.
Grande dorsal: muito ativo quando remamos, martelamos ou fazemos flexões apoiadas sobre as
mãos.
Glúteo médio e Grande máximo: formam o que se chama de nádegas. Quando estamos de pé, esses
músculos relaxam. Sua contração nos permite levantar quando estamos sentados.
Mesmo quando está em repouso, certa quantidade de tensão permanece, devido a impulsos
nervosos da medula espinhal, já que as fibras não se contraem sem um estímulo, ou seja, o músculo
permanece contraído por um tempo prolongado.
3.2.5. Antagonismo
Um músculo quando contraído necessita que seu antagonista, ou seja, aquele que se opõem a
ele. Como por exemplo, quando o bíceps se contrai, o tríceps relaxa.
3.2.6. Tendão
São feitos de fibras de colágeno, um material muito forte, capaz de resistir á tração quando
puxado longitudinalmente. Ao se contrair, um músculo traciona um osso por meio de um tendão,
produzindo movimento. Os maiores tendões do corpo, facilmente perceptíveis pelo tato, são os do
calcâneo, também conhecidos como Tendões de Aquiles.
3.2.7. Ligamento
É uma tira de tecido duro, mas levemente elástico – mais elástico do que o material dos
tendões, porém menos do que o tecido muscular. Os ligamentos apoiam as articulações do corpo,
estabelecendo a ligação entre os ossos que as compõem. Com isso, os movimentos de cada
articulação ficam limitados ao grau necessário. Além disso, os ligamentos dão sustentação a alguns
órgãos, como o fígado, e fixam os dentes ao maxilar e a mandíbula.
Sua função é proteger o organismo do meio exterior. É composto por pele, pelos, unhas,
glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas. Pele, pelos e unhas já foram tratados anteriormente.
3.3.1. Pele
A figura mostra
os diversos sulcos
cutâneos na superfície
palmar da mão e
superfície anterior da
articulação do punho. A
relação da unha com as
outras estruturas de dedo
também é demonstrada.
Nestes pontos a
pele é mais fina do que
em qualquer outro local,
estando firmemente
fixada às estruturas
subjacentes por faixas mais fortes de tecido fibroso.
As unhas são placas queratinizadas, situadas nas superfícies dorsais das extremidades dos
dedos das mãos e dos pés. A extremidade proximal da placa é a raiz da unha. A superfície da pele
coberta da unha é o leito ungueal.
Os cabelos crescem dos folículos, que são invaginações da epiderme em direção à derme. O
folículo situa-se obliquamente em relação à superfície cutânea, e suas extremidades expandidas,
chamadas bulbos capilares, penetram até a parte mais profunda da derme. Cada bulbo capilar é
côncavo na sua extremidade, e a concavidade é ocupada por tecido conectivo vascular, a papila
capilar. Uma faixa de músculo liso, o músculo eretor do pelo, conecta a parte de folículo situada
abaixo da superfície com a parte superficial da derme. O músculo é inervado por fibras simpáticas,
e sua contração faz com que o pelo se movimente para uma posição mais vertical; ele também
comprime a glândula sebácea e provoca a eliminação de parte de sua secreção. O estiramento do
músculo também provoca a ondulação da superfície cutânea, assim chamada pele arrepiada. Os
pelos estão distribuídos em quantidade variada, sobre toda a superfície corporal, exceto nos lábios,
palmas das mãos, parte lateral dos dedos, glande do pênis e clitóris, lábios menores, superfície
interna dos lábios maiores, superfície plantar e parte lateral dos pés, e na parte lateral dos dedos.
As glândulas sebáceas eliminam sua secreção, o sebo, dentro das hastes dos pelos, quando
eles passam através do istmo dos folículos. Estão situadas na parte inclinada abaixo da superfície
dos os folículos e permanecem no interior da derme. O sebo é um material oleoso, que ajuda a
conservar a flexibilidade do pelo emergente. Também lubrifica a epiderme superficial em torno da
abertura do folículo.
3.4.1. Linfa
É o liquido que encontramos nos vasos linfáticos. Era líquido intersticial e será sangue venoso
quando se misturar a este no ângulo venoso, formado pelas veias jugular e subclávia que formarão a
veia cava. Percorre os vasos linfáticos que, conforme aumentam de calibre, recebem o nome de:
capilares, vasos e ductos linfáticos. A composição da linfa é praticamente a mesma do sangue,
excetuando-se a existência de glóbulos vermelhos, o que faz a linfa ser de coloração transparente.
Por ela circulam além das impurezas retidas do meio intersticial, proteínas, hormônios, glóbulos
brancos e, ocasionalmente, dos intestinos ao fígado, nutrientes (moléculas de gordura).
3.4.3. Linfonodos
São expansões nodulares de forma ovalada nas quais vasos linfáticos penetram trazendo linfa
e seus componentes. Consistem de tecido linfático, coberto por uma cápsula de tecido conjuntivo
fibroso. Formam os linfonodos: trabéculas, vasos aferentes (que trazem linfa), seios linfáticos, vasos
eferentes (que levam linfa), nódulos corticais, córtex, centro germinativo, cordões medulares,
artérias e veias. Temos de 400 a 600 linfonodos em cadeia no nosso corpo. As principais cadeias e
linfonodos são: cervical, axilar, supra-epitrocleares, ducto torácico, pré-aórtico (ampola), inguinal e
losango poplíteo.
3.4.4. Tonsilas
3.4.5. Timo
Órgão na frente da aorta e atrás do externo, formados por uma massa cinzenta. Seu tamanho
aumenta durante infância e, com o passar dos anos, diminui de tamanho lentamente. Tem um papel
crítico no desenvolvimento e proteção do organismo. Produz um hormônio chamado Timozina.
Combate a invasão por micro-organismos infecciosos e também atua na identificação e destruição
de qualquer coisa que possa ser descrita como “não própria”, incluindo transplantados e células
malignas. Nele precursoras células “T” oriundas da medula óssea recebem definitiva transformação
atuando eficientemente nas infecções crônicas, micoses e viroses.
3.4.6. Baço
É o maior órgão do Sistema Imunológico e caracteriza-se por não possuir circulação linfática.
Situa-se no lado esquerdo superior do abdome, protegido pelas costelas inferiores. Tem a forma
ovalada, cor púrpura devido a grande quantidade de sangue nele contida, com 13 cm de
comprimento e seu peso varia de 300 a 400 gr (nos adultos). É revestido por uma cápsula fibrosa e é
formado pela polpa esplênica na qual se encontram a “polpa branca”, que contem os glóbulos
brancos chamados linfócitos, agrupados em torno de vasos sanguíneos, e a “polpa vermelha” que
contém glóbulos brancos chamados macrófagos que perseguem e destroem micro-organismos
invasores. Na defesa do organismo filtra os micro-organismos estranhos do sangue, produzindo
linfócitos e plasmócitos que fabricam anticorpos.
Além dos pulmões, o sistema respiratório humano é constituído por vários órgãos que
conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais,
a boca, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos
localizados nos pulmões.
São duas cavidades paralelas situadas na face, que começam nas narinas e terminam na
faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em
seu interior há dobras chamadas cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Possuem um
revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas
porções inferiores das vias aéreas, como traqueia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. No
teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as
funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar.
Filtra o ar através de pelos, não deixando passar as partículas maiores de sujeira, sua
mucosa interna é umedecida por uma secreção viscosa que agarra as partículas menores e os cílios
varrem o que é capturado para a garganta onde é engolido. Uma membrana mucosa rica em
capilares sanguíneos irradia para o ar, o calor do sangue, aquecendo-o. A membrana mucosa
segrega um muco viscoso que serve para umedecer o ar respirado.
3.5.2. Faringe
3.5.3. Laringe
3.5.4. Traqueia
3.5.5. Pulmões
São dois, um direito e outro esquerdo, situados na caixa torácica, separados pelo coração e
esôfago. Constituem os órgãos fundamentais da respiração. Tem a forma ovalada com o polo
inferior seccionado e ligeiramente escavado, sua parte mais alta é denominada ápice. Tem a
consistência mole e elástica; são órgãos esponjosos revestidos por uma membrana chamada pleura.
Têm coloração avermelhada, são porosos e atravessados por túbulos cartilaginosos de dimensões
variáveis: os brônquios. O pulmão direito é dividido em três lobos (superior, médio e inferior),
enquanto o esquerdo só possui dois lobos e por ser menor sobra espaço para acomodar o coração.
Sua função é, através de seus movimentos de contração e expansão, introduzir e expelir gases.
3.5.6. Brônquios/Bronquíolos
Brônquios são duas ramificações da traqueia que penetram nos pulmões e, à medida que vão
se ramificando diminuem de “calibre”, passando a chamar-se “bronquíolos”. Na inspiração,
conduzem o ar proveniente do exterior, até os alvéolos pulmonares e, na expiração, devolvem os
gases ao meio exterior. Também colaboram na filtragem do ar através de mucos, cílios e
macrófagos.
3.5.7. Alvéolos
Minúsculas bolsas em forma de cachos na ponta dos bronquíolos. Dão aos pulmões um
aspecto rosado e esponjoso. Estão envolvidos por uma rede de vasos sanguíneos – os capilares. Nas
condições apropriadas (limpeza, calor e umidade), o oxigênio, na inspiração, passa através da
parede de um alvéolo e prende-se a um glóbulo vermelho, o dióxido de carbono, oriundo de
combustão celular, desprende-se do glóbulo vermelho e, passando pela parede do alvéolo, percorre
o caminho da expiração, chegando ao meio exterior. Nos alvéolos também se pode encontrar os
macrófagos fazendo limpeza.
3.5.8. Diafragma
Por expansão, provocam um aumento da caixa torácica que, vedada pelo diafragma contraído,
propicia um vácuo que permite a inspiração.
O sistema cardiovascular ou circulatório é uma vasta rede de tubos de vários tipos e calibres,
que põe em comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses tubos circula o sangue,
impulsionado pelas contrações rítmicas do coração. O sangue circula através do corpo, começando
no coração, passando por todos os tecidos e órgãos e voltando novamente ao coração para começar
tudo outra vez. O sistema circulatório permite que algumas atividades sejam executadas com grande
eficiência:
3.6.1. Coração
É um órgão muscular com a forma de um cone truncado, situado entre os dois pulmões no
mediastino anterior. Repousa sobre o diafragma e está envolvido por uma membrana, o pericárdio.
O peso varia de 300 g no homem e pouco menos na mulher, dependendo da idade. É dividido em
duas metades, direito e esquerdo por um septo. Cada metade se compõe de uma pequena cavidade
chamada de átrio, com paredes delgadas,que recebe sangue das veias, e outro, chamado ventrículo,
maior, com paredes espessas, que impele o sangue para as artérias. Ambos os lados batem juntos
num ciclo de três fases: diástole, sístole atrial e sístole ventricular.
É constituído do músculo cardíaco, que se contraí automaticamente sem cessar. Este músculo
combina características dos dois outros tipos de músculos existentes no corpo humano: os estriados
e os lisos. Os músculos estriados são voluntários, movem-se com rapidez, mas cansam depressa. Os
músculos lisos são involuntários. O músculo do coração é as duas coisas; faz o coração bater a um
ritmo estável, mas é capaz de mudar o ritmo rapidamente, se necessário for. Sua função é bombear
o sangue pelo corpo.
O coração possui 4 cavidades cardíacas, 2 átrios e 2 ventrículos. Cada átrio comunica-se com
o ventrículo do mesmo lado. Nem átrios nem ventrículos podem comunicar-se entre si. As
cavidades são recobertas por uma capa de tecido elástico, branco e de aspecto liso e brilhante.
Átrio Direito: Situado acima e à esquerda do coração. Nele desembocam as veias cavas
superiores e inferiores, é separado do átrio esquerdo pelo septo interatrial e do
ventrículo direito por um orifício no qual se encontra a válvula “atrioventricular” direita
que,também recebe o nome de “tricúspide”.
Átrio Esquerdo: Situado acima e à direita no coração. Nele desembocam as vias
pulmonares direitas e esquerdas, que transportam sangue oxigenado. Está separado do
ventrículo esquerdo por um orifício onde se encontra a válvula “mitral” que, também
recebe o nome de “bicúspide”.
Ventrículo Direito: Situado abaixo e à esquerda no coração. Cavidade maior que o
átrio e com uma musculatura mais potente, separada do outro ventrículo pelo septo
interventricular, a ele chega sangue pobre em oxigênio proveniente do átrio direito que,
é expulso para a artéria pulmonar através da válvula pulmonar.
Ventrículo Esquerdo: Situado abaixo e à direita, no coração. Cavidade com parede
muscular mais potente, pois deve expulsar o sangue oxigenado do átrio esquerdo através
da válvula aórtica para grande circulação.
A cada batida do coração, o sangue bombeado por ele pressiona e expande as paredes arteriais
pelo lado de dentro, no esforço que é chamado pressão arterial. Quando o coração se contrai,
impelindo o sangue para as artérias, ocorre a pressão máxima, chamada sistólica. Depois, o coração
relaxa e se enche de sangue: a pressão vai ao mínimo e é chamada diastólica.
Para reagir a esforços físicos, sustos ou medo, o coração se acelera, aumentando o fluxo de
sangue oxigenado e elevando a pressão. Em um resfriamento súbito, os capilares junto à pele se
contraem para conservar o calor do corpo e a pressão também sobe. O sistema nervoso controla
todas as reações. A circulação sanguínea pode ser dividida em 2: pequena e grande circulação.
3.6.2. Sangue
Único órgão líquido do corpo. Sua cor varia do vermelho ao roxo, dependendo da quantidade
de oxigênio presente. Temos cerca de 5 litros de sangue no corpo. Sua função é recolher o produto
do metabolismo celular – anabólicos (hormônios, proteínas, etc.) distribuindo-o e os resíduos –
catabólicos (CO², acido lático, etc.) eliminando-o. Transportar oxigênio e nutrientes para todas as
células do corpo. Deixar o dióxido de carbono nos pulmões e o restante no fígado e rins. Suas
substâncias químicas especiais fecham os cortes da pele Formando coágulos e impedindo a
continuidade dos sangramentos. Seus glóbulos brancos combatem infecções provocadas por vírus e
bactérias. Controlar a temperatura do corpo: absorve calor de órgãos como o fígado e o coração,
deixando-os mais frios e descansados.
osinófilos são corados com o corante ácido vermelho e fagocitam complexos antígeno-
anticorpo. Os Linfócitos são grupos de células heterogêneas importantes no processo de
imunidade, produzindo anticorpos e outros agentes envolvidos no processo imune. Os
Monócitos possuem uma quantidade de citoplasma relativamente grande e um núcleo
redondo ou reniforme. Funcionam como fagócitos, tornando-se macrófagos depois de
invadirem sítios infectados, onde seus números atingem um pico de 48horas.
Plaquetas: Não são células, mas corpúsculos de várias formas, que se originam na
fragmentação de células da medula óssea. Realizam o processo de coagulação e são
pegajosos, os que lhes possibilitam a fixação em superfícies ásperas; aderem às paredes
de um vaso sanguíneo lesado onde se desintegram, liberando uma enzima
(tromboquinose) que dá inicio a o processo de coagulação.
constituídos. Os vasos condutores de sangue são classificados de acordo com a direção dos líquidos
que levam. Os que conduzem os líquidos que saem do coração são chamados artérias que, ao
diminuírem de calibre, passam a chamarem-se arteríolas. Os vasos que conduzem para o coração
são chamados veias que, ao diminuírem de calibre, passam a chamarem-se vênulas.
3.6.4. Baço
3.6.5. Pulmões
O corpo humano necessita de energia para o seu funcionamento e para tal, capta do exterior
produtos alimentares, pois não é capaz de produzir seu próprio alimento. Os alimentos não são
absorvidos nas suas condições iniciais, por isso são submetidos a um processo de preparação que
possibilita a sua assimilação. Esse conjunto de transformações físicas, químicas e biológicas
constitui a digestão e tem lugar nos diferentes órgãos destinados a esse fim que compõem o
aparelho digestório.
O sistema ou aparelho digestório humano é formado por um longo tubo musculoso, ao qual
estão associados órgãos e glândulas que participam da digestão. Apresenta as seguintes regiões;
boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. A parede do tubo
digestivo, do esôfago ao intestino, é formada por quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular e
adventícia.
3.7.1. Boca
Cavidade situada na parte inferior da face, é a abertura pela qual o alimento entra no tubo
digestivo. Aí se encontram os dentes e a língua, que preparam o alimento para a digestão, por meio
da mastigação. Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o
que irá facilitar a futura ação das enzimas. É dividida nas seguintes regiões:
pela úvula que divide o istmo em duas partes, aos lados das quais estão situados dois
pilares; cada par destes últimos contém uma amídala palatina.
Palato duro (parede superior): De forma côncava, é formado por um septo
osteomembranoso, separando-o da cavidade nasal.
Assoalho bucal (parede inferior): é a parte sobre a qual se apoia a língua, inserida na
sua porção posterior através do freio lingual.
Em sua primeira dentição, o ser humano tem 20 peças que recebem o nome de dentes de leite.
À medida que os maxilares crescem, estes dentes são substituídos por outros 32 do tipo permanente.
As coroas dos dentes permanentes são de três tipos: os incisivos, os caninos ou presas e os molares.
Língua: A língua movimenta o alimento empurrando-o em direção a garganta, para que seja
engolido. Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais
percebem os quatro sabores primários: amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D). De
sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de
receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea.
Glândulas Salivares: A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro,
estimulam as glândulas salivares a secretar saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina,
além de sais e outras substâncias. Sua função é aglutinar e amolecer os alimentos ingeridos,
contribuir para a formação do bolo alimentar, quebrar o amido (fermento) e estimular o suco
gástrico. É composta por água, sais minerais, mucina e fermento (ptialina ou amilase). A amilase
salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em moléculas de
maltose (dissacarídeo). Três pares de glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade bucal:
parótida, submandibular e sublingual:
3.7.2. Faringe
3.7.3. Esôfago
3.7.4. Estômago
Um músculo circular, que existe na parte inferior, permite ao estômago guardar quase um litro
e meio de comida, possibilitando que não se tenha que ingerir alimento de pouco em pouco tempo.
Quando está vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por ângulos
agudos. A função do estômago é receber os alimentos, já insalivados, decompô-los em substâncias
mais simples e encaminhá-lo para os intestinos.
o Serosa (o peritônio);
o Muscular (muito desenvolvida);
o Submucosa (tecido conjuntivo);
o Mucosa (que secreta o suco gástrico).
Quando está cheio de alimento, o estômago torna-se ovoide ou arredondado. O estômago tem
movimentos peristálticos que asseguram sua homogeneização.
O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente ácido, que
contêm ácido clorídrico, pepsina, renina e lípase gástrica, além de muco e sais. O ácido clorídrico
mantém o pH do interior do estômago entre 0,9 e 2,0. Também dissolve o cimento intercelular dos
tecidos dos alimentos, auxiliando a fragmentação mecânica iniciada pela mastigação.
seu interior, o alimento recebe o nome de “quimo”, pasta esbranquiçada e mole que, através do
piloro, entra no duodeno. O piloro é uma válvula em forma de anel muscular (esfíncter), que
comunica o estômago com o duodeno. Sua função é regular a passagem dos alimentos da cavidade
gástrica para o intestino. É ativado pelo ácido clorídrico que, quando no estômago, o faz abrir e,
quando no duodeno, o faz fechar (o ácido está no alimento).
Jejuno: Segunda parte do intestino delgado, sua função é absorver nutrientes que
depois passam para o sangue. O seu nome vem do fato de, no cadáver, estar sempre
vazio de alimento. Enche a maior parte do abdômen, desempenhando múltiplas
circunvoluções. O seu comprimento é de 5 a 6 metros e o seu diâmetro de 25 a 30 mm.
O jejuno é mantido no seu lugar pelo mesentério, que é uma larga dobra do peritônio. É
formado por quatro túnicas que são, de fora para dentro: serosa, musculosa, celular e
mucosa. Em suas partes existem milhões de vilosidades que lembram fios de cabelo.
Tem numerosos vasos capilares sangüíneos que depois se reúnem e vão formar as veias
mesentéricas, constituintes da veia porta.
Ceco: Primeira porção do intestino grosso é uma bolsa alongada situada na porção inferior direita
do abdome. Mede 7 cm de comprimento e 7,5 cm de largura. Segmento de maior calibre. Ligado à
sua base está um tubo delgado, o apêndice vermiforme o qual, possui uma cavidade que se
comunica com o ceco.
Apêndice Vermiforme: Pequeno tubo oco, alongado e curvo de tamanho aproximado de um dedo
mínimo. Durante muito tempo, pensou-se que o apêndice vermiforme não tinha função nenhuma no
organismo humano. Muitos médicos, inclusive, aconselhavam seus pacientes a retirar o apêndice
MÓDULO I – CAP. 2 – ANATOMIA E FISIOLOGIA APLICADAS
ESCOLA TÉCNICA DE ENFERMAGEM “RAIMUNDA NONATA” 80
antes mesmo que ele inflamasse, a fim de prevenir tal inflamação. Hoje já se sabe que os linfonodos
existentes no apêndice vermiforme funcionam como barreiras que impedem proliferação de
bactérias.
Cólon Ascendente: Segmento que se prolonga para cima a partir do ceco junto à parede abdominal
posterior direita até a superfície inferior do fígado e anteriormente ao rim direito. Chegando ao
fígado, dobra-se abruptamente para dentro. Esta curva denomina-se “Flexura Hepática”, pois está
em contato com o fígado. Seu comprimento é variado.
Cólon Transverso: É a parte maior e mais flexível do cólon, atravessa o abdome em forma de linha
transversal arqueada, da direita para a esquerda abaixo do estômago, amarrado ao seu mesocólon,
que vem a ser uma prega serosa peritonial situada na parte anterior, envolvendo desde o pâncreas
até o cólon descendente, formando outra curva desviando o cólon para baixo. Esta flexura é
denominada esplênica, devido à proximidade com o baço.
Cólon Descendente: Começa perto do baço descendo do lado esquerdo do abdome, dirigindo-se
para o fundo da pélvis, ou crista ilíaca.
Reto: Parte final do intestino grosso situa-se na superfície anterior do sacro e cóccix terminando no
canal anal. É um tubo muscular de aproximadamente 20 cm de comprimento e de 10 cm de
diâmetro em sua parte mais larga, quando dilatado. Sua principal função é fazer comunicar o cólon
sigmóide com o exterior, através do esfíncter anal e armazenar os resíduos semi-sólidos que restam
do processo de digestão. Apresenta uma dilatação, chamada ampola retal, muito extensível, que
termina no esfíncter muscular chamado ânus. Esses resíduos (fezes) são compostos de alimentos
não digeridos, muco, células mortas e bactérias. Ao se acumularem no reto, as fezes exercem
pressão na parede do tubo, excitando terminais nervosos, que em reação, enviam impulsos ao
sistema nervoso central. Este, então, ordena contrações ao reto que gera a vontade de defecar.
3.7.7.1. Pâncreas
É uma glândula mista, grande, lobulada de dupla função (endócrina e exócrina) que se
assemelha em estrutura às glândulas salivares. Localiza-se transversalmente sobre a parede
posterior do abdome, sob o estômago. Tem a forma alongada, com cerca de 15 cm de comprimento.
Sua cor normal é cinza-amarelada. Compõe-se de 3 partes: cabeça, corpo, e cauda que aproxima-se
do baço. Atua no duodeno, chegando através do ducto pancreático acessório e colédoco. O suco
pancreático colabora também na neutralização d acidez do quimo. É composto por três enzimas:
3.7.7.2. Fígado
É o maior órgão interno, e é ainda um dos mais importantes. É a mais volumosa de todas as
vísceras, pesando cerca de 1,5 kg no homem adulto, e na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. Tem cor
arroxeada, superfície lisa e recoberta por uma cápsula própria. Está situado no quadrante superior
direito da cavidade abdominal.
O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o nome de lobos,
compostos por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais diminutos
(canalículos), pelos quais passa a bile, secretada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para
formar o ducto hepático que, junto com o ducto procedente da vesícula biliar, forma o ducto comum
da bile, que descarrega seu conteúdo no duodeno.
As principais funções do fígado incluem secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento
das gorduras ingeridas, facilitando, assim, a ação da lipase; Remover moléculas de glicose no
sangue, reunindo-as quimicamente para formar glicogênio, que é armazenado; nos momentos de
necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose, que são relançadas na circulação;
Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células; Metabolizar lipídeos; Sintetizar diversas
proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de coagulação e de substâncias
transportadoras de oxigênio e gorduras; Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na
desintoxicação do organismo; Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais,
transformando sua hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente na bile.
Dá-se o nome de sistema endócrino ao conjunto de glândulas que apresentam como atividade
característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente
sanguínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o controle de sua
função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos hormônios são denominados
órgãos-alvo. As glândulas são classificadas em três tipos:
As substâncias formadas por uma glândula endócrina, quando tem sua estrutura determinada,
são chamadas de hormônios, que seriam como mensagens de uma glândula para outra ou órgão do
corpo.
3.8.1. Hipotálamo
Localizado no cérebro diretamente acima da hipófise, é conhecido por exercer controle sobre
ela por meios de conexões neurais e substâncias semelhantes a hormônios chamados fatores
desencadeadores (ou de liberação), o meio pelo qual o sistema nervoso controla o comportamento
sexual via sistema endócrino.
Apesar de produzir substanciais que mais tarde serão lançadas no sangue, alguns autores não
classificam o hipotálamo como glândula endócrina tampouco exócrina. Suas substâncias são
enviadas ao lobo anterior e posterior da hipófise de onde atuam ou são liberadas. Parte das
substâncias produzidas pelo hipotálamo acabam atuando no lobo anterior da hipófise inibindo ou
liberando seus hormônios.
Como a hipófise secreta hormônios que controlam outras glândulas e está subordinada, por
sua vez, ao sistema nervoso, pode-se dizer que o sistema endócrino é subordinado ao nervoso e que
o hipotálamo é o mediador entre esses dois sistemas.
O hipotálamo também produz outros fatores de liberação que atuam sobre a adeno-hipófise,
estimulando ou inibindo suas secreções. Produz também os hormônios ocitocina e ADH
(antidiurético), armazenados e secretados pela neuro-hipófise.
Alguns dos hormônios produzidos pelo hipotálamo são a Vasopressina (interfere na produção
de urina e atua nos vasos sanguíneos provocando sua contração, elevando a PA) e a Ocitocina
(provoca contração da musculatura lisa. Ex.: útero que se contrai no parto. Também influencia a
lactação das mamas para liberar leite das células glandulares nos ductos).
Situa-se na base do encéfalo, em uma cavidade do osso esfenoide chamada tela túrcica. Nos
seres humanos tem o tamanho aproximado de um grão de ervilha e possui duas partes: o lobo
anterior (ou adeno-hipófise) e o lobo posterior (ou neuro-hipófise).
Além de exercerem efeitos sobre órgãos não endócrinos, alguns hormônios, produzidos pela
hipófise são denominados trópicos (ou tróficos) porque atuam sobre outras glândulas endócrinas,
comandando a secreção de outros hormônios. São eles:
3.8.4. Tireoide
Glândula ímpar, localizada na parte inferior do pescoço, está apoiada sobre as cartilagens da
laringe e da traqueia e tem forma semelhante a um “U”. É um órgão muito vascularizado. É
constituída de folículos de tamanhos uniformes que são considerados unidades funcional e
estrutural.
o Tiroxina: Também conhecido com “T4”, pois possui 4 átomos de iodo conectados ao
núcleo de tireonina. Sua principal função é aumentar a atividade metabólica na maioria
dos tecidos, com exceção do cérebro, baço, retina, testículos e pulmões. Promove
também o crescimento e a diferenciação; aumenta o metabolismo oxidativo; é
necessário para o desenvolvimento normal do sistema nervoso central; aumenta o
estabilismo do colesterol.
o Triiodotironina: Conhecido como “T3”, por possuir 3 átomos de iodo. Tem a mesma
função da tiroxina, porém é 5 vezes mais potente, embora esteja no sangue em
quantidades mínimas. Esta diferença deve-se ao fato da velocidade pela qual entra nas
células-alvo, pois a tiroxina encontra-se presa a uma globulina fixadora.
o Calcitonina: É produzido por glândulas último-branquiais, que não existem
isoladamente nos mamíferos, mas que estão incorporadas ou na glândula paratireoide ou
a tireoide. A calcitonina inibe a absorção do osso. Sua ação é quase imediata.
3.8.5. Paratireoides
3.8.6. Timo
Os tecidos do timo contem glóbulos brancos (ou linfócitos), que amadurecem sob influência
dos hormônios produzidos pelo timo. Esses glóbulos brancos atacam organismos invasores,
ajudando a proteger seu corpo contra doenças. Tem funções imunológicas (células “T”), e
endócrinas.
São duas pequenas glândulas amarelas, que se encontram sobrepostas aos rins e têm o formato
de um gorro, pesando cerca de 4 gramas. São constituídos por duas partes distintas, a medula supra-
renal e o córtex. Formam somente uma unidade anatômica, mas, na sua constituição, distinguem-se
duas zonas: o córtex e a medula.
3.8.8. Córtex
Mineralocorticoides
Aldosterona: Age sobre os túbulos renais aumentando a reabsorção da água e
sódio. Aumenta também a excreção de potássio. Sua falta afeta o coração
debilitando-o. A pressão arterial também é afetada, diminuindo. É responsável por
cerca de 95% das atividades dos mineralocorticoides.
Glicorticoides
Cortizol: É o maior responsável pela ação dos glicocorticoides. Estimula o
armazenamento de glicogênio no fígado, também estimula a mobilização dos tecidos
graxos de depósitos adiposos. Diminui a síntese proteica no organismo excitando o
fígado e intestinos. Reage contra o cansaço físico e neurogênico. Tem atuação anti-
inflamatória, antialérgica e antichoque anafilático.
Androgênio: Hormônio masculino elaborado no córtex da supra-renal, porém,
de baixa potência.
Estrogênio: Também produzido no córtex da supra-renal, promove o
aparecimento dos caracteres secundários femininos e o ciclo menstrual. É produzido
em pouca quantidade.
3.8.9. Pâncreas
Constituído por dois tecidos distintos: a parte externa é formada por ácinos que segregam os
sucos digestivos, e na parte interna encontramos as ilhotas de Langherans, que são constituídas por
células secretoras de hormônios. Existem dois tipos destas células: as células alfa, produtoras de
glucagon, e as células beta, que produzem a insulina. Estes dois hormônios são os principais
reguladores do metabolismo glicídico, lipídico e proteico.
3.8.10. Ovários
também auxilia na secreção do leite pelas mamas. Secretam dois tipos de hormônios, estrogênio e
progesterona.
3.8.11. Placenta
Glândula endócrina temporária. É uma estrutura que aparece na parede do útero, na qual o
embrião está preso através do cordão umbilical. Desenvolve-se a partir do córion do embrião e da
decídua basal do útero. Por volta do 3º mês de gestação, a placenta esta completamente formada
pela infiltração das velocidades do córion na decídua basal. A placenta também serve de barreira
efetiva contra doenças de origem bacteriana. Anticorpos são transmitidos pela mãe ao embrião e
feto em desenvolvimento par dar-lhe imunidade contra várias doenças. Essa imunidade é
necessária durante os primeiros meses de vida antes da época em que a criança pode produzir seus
próprios anticorpos. Na época do parto, após o nascimento do feto a placenta e suas membranas
desprendem-se do útero. Os principais hormônios produzidos são:
3.8.12. Testículos
São duas pequenas glândulas mistas, suspensas na região inguinal pelo folículo espermático,
circundadas pelo escroto. Produzem os hormônios andrógenos. O principal hormônio produzido é a
testosterona.
o Testosterona: É o principal e mais potente androgênio. É formado pelas células de
Leydig, dentro dos túbulos seminíferos dos testículos. Durante o desenvolvimento
embrionário a testosterona é responsável pela diferenciação sexual. Nas áreas alvos que
dão origem a genitália externa e próstata a testosterona aparentemente funciona como
um pré-hormônio, ela é enzimaticamente convertida em diidrotesterona, que é o
hormônio ativo nestas regiões. O aumento da secreção de testosterona durante a
puberdade é responsável pelo crescimento pronunciado pelos órgãos genitais externos,
internos e o aparecimento dos caracteres sexuais secundários incluindo engrossamento
da voz, desenvolvimento muscular grandemente aumentado, e o padrão de pelos
característicos do sexo masculino. A testosterona também promove o anabolismo de
proteínas através do corpo, aumenta a formação dos eritrócitos, acelera a deposição da
matriz óssea e, em menor grau, aumenta a retenção de sódio e água pelos rins.
É composto por células nervosas chamadas neurônios, que se comunicam por impulsos
eletroquímicos, entre terminações chamadas axônios e dendritos, que formam enormes redes de
comunicações.
3.9.1. Neurônios
Possui três partes: núcleo, axônio e dendritos. o Núcleo é o centro de controle das células.
Contém informações necessárias para desenvolver e comandar suas funções e está envolvido por
uma dupla camada de tecido chamado “envelope nuclear”. É pigmentado dando cor à massa
cinzenta. O Axônio é uma extensão citoplasmática alongada, com contorno liso, é de diâmetro
constante. Tem bainhas e termina em ramificações menores que formam junções com outros
neurônios. A substância axônica é semelhante a uma geleia. Só há um axônio para cada neurônio.
Leva impulsos gerados no núcleo de um neurônio a músculos, tecidos ou outro neurônio por ele
controlado, além de liberar substâncias através das quais o neurônio envia suas mensagens. Os
materiais vitais, a seu funcionamento são fornecidos pelo núcleo. Já os Dendritos são fibras
nervosas curtas, ramificadas do corpo principal de um neurônio, e espessadas em seu ponto de
origem. Recebem de outros neurônios mensagens e transmitem, na forma de impulsos elétricos, ao
corpo principal de seu próprio neurônio. Os neurônios podem ser classificados em três categorias:
Neurônios Motores: São células nervosas existentes no SNC que transmitem impulsos
vindos de outros neurônios, esses impulsos fazem o corpo celular enviar seus próprios
impulsos ao longo de uma fibra de saída, o axônio, ao músculo por ele controlado.
É formado pelo encéfalo (cérebro, cerebelo, tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) e
pela medula espinhal. É envolvido pelas meninges: pia-máter, aracnoide e dura-máter. Entre a
Aracnoide e a Pia-máter encontra-se o espaço subaracnoideo onde existe o Líquor, líquido
cefalorraquidiano cuja função é amortecer impactos. O encéfalo localiza-se dentro da caixa
craniana. Todos esses órgãos são formados por uma substancia branca e outra cinzenta. Sua função
é receber e interpretar informações, emitir ordens. É composto pelas seguintes meninges:
Massa Branca: Atua como uma rede de comunicações, interligando partes do encéfalo e ligando-as
à medula espinhal, é formada, na sua maior parte por Axônios. Essas fibras e as camadas que as
recobrem são esbranquiçadas daí a expressão “massa branca”.
Encéfalo: Centro de controle do corpo, mais complexa estrutura do SNC. Preenche a parte superior
da cabeça, e é protegido pelos ossos cranianos. Tem a cor cinza-rosada, sendo enrugado como uma
casca de noz. Possui cerca de 10 bilhões de neurônios, com mais de 10 trilhões de conexões entre
eles. Liga-se ao corpo pela medula espinhal, que se estende no interior da coluna vertebral. Sua
função é controlar todas as atividades do corpo, como percepção do mundo exterior, movimentos
dos ossos, funcionamento do organismo, permite pensar, lembrar e ter sensações. É composto por
Cérebro; Cerebelo; Tronco encefálico; Mesencéfalo; Ponte; Bulbo.
Cérebro: Constitui a parte mais importante do SNC, localiza-se na caixa craniana, ocupando 4/5 do
encéfalo, pesa mais de 1 kg e registra 100mil sensações por segundo. Tem forma ovoide, dividido
em duas partes simétricas chamadas hemisférios cerebrais, unidos entre si por uma ponte de
substância branca chamada “corpo caloso”. A superfície do cérebro é irregular, com saliências e
depressões. Os lobos cerebrais frontais, parietal, temporal e occipital, são delimitados pelas
cissuras. No cérebro a disposição da massa branca e cinzenta é semelhante à do cerebelo, isto é, a
substância branca ou medular é central e a cinzenta ou periférica, constituindo o córtex cerebral
(parte externa do cérebro). Controla o corpo, tudo o que ele faz, sente e pensa, recebe informações
de todas as partes do organismo, processa-as e envia mensagens aos músculos, avisando-os sobre o
que fazer. Cada saliência está relacionada a determinadas funções, como por exemplo, à parte
anterior do cérebro junto ao osso frontal, estão relacionados à elaboração do pensamento.
Cerebelo: Localiza-se por traz do tronco encefálico, apoiado no osso occipital. É constituído por
duas partes simétricas, pregueadas e sulcadas denominadas lobos cerebelares, sendo estes ligados
no centro pelo “verme cerebelar”. O seu interior é formado de massa branca e o exterior por massa
cinzenta. Sua função está relacionada com a regularização do tônus muscular. Controla a harmonia
dos movimentos da musculatura esquelética.
Tronco Encefálico: Formado por Mesencéfalo (Importante para o movimento ocular e o controle
postural subconsciente contendo a formação reticular que regula a consciência); Ponte (Contém
grande quantidade de neurônios que retransmite informações do córtex cerebral para o cerebelo
garantindo assim a coordenação dos movimentos e a aprendizagem motora. Serve de elo entre as
informações do córtex que vão para o cerebelo para que este coordene os movimentos pretendidos e
reais. Também vai estar no caminho dos impulsos direcionados a medula. Na ponte também ocorre
a inversão da lateralidade das inervações motoras provenientes dos hemisférios direito e esquerdo);
Bulbo/Tronco Cerebral (É a parte inferior do tronco encefálico, próximo da medula espinhal. Tem a
forma de um tronco de cone invertido, com mais ou menos 3 cm de comprimento. As fibras
nervosas cruzam-se ali de tal modo que cada lado do encéfalo fica conectado com o lado oposto do
corpo. Atua como centro de controle de várias funções vitais, entre elas, ritmar as batidas do
coração, controlar a pressão do sangue e estabelecer a frequência e a intensidade da respiração.
Também conduz os impulsos nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice-versa); Medula
Espinhal (É um feixe de nervos, envolto pelas meninges, que se encontra dentro do canal vertebral.
Corre da base do cérebro até o nível da 1ª ou 2ª vértebra lombar, mede aproximadamente 45 cm de
comprimento e 1 cm de diâmetro. Ela também possui uma camada externa branca e uma camada
MÓDULO I – CAP. 2 – ANATOMIA E FISIOLOGIA APLICADAS
ESCOLA TÉCNICA DE ENFERMAGEM “RAIMUNDA NONATA” 101
interna cinzenta, que se dispõe na forma “H”, cujos ramos dão origem as raízes nervosas que saem
da medula. Recolhe estímulos sensitivos do SNA periférico encaminhá-los para o restante do SNC,
conduzir estímulos do SNC para o SNA periférico, elaborar respostas simples para alguns estímulos
(arco-reflexo - é uma resposta à excitação de um nervo, sem a intervenção voluntária do indivíduo).
É formado por uma imensa rede de nervos que partem do encéfalo e da medula espinhal se
ramificando por todo o corpo ao lado das artérias, veias e vasos linfáticos. No seu percurso
(especialmente junto a coluna vertebral) encontram-se gânglios de coloração cinza-rósea. Existem
12 pares cranianos e 31 pares raquidianos. Sua função é coletar informações para o SNC pelos
sensores da pele, olhos, olfato, audição e paladar sensibilidade e executar ordens pele estímulo
nervoso levado até a musculatura.
Nervos Cranianos: Os nervos cranianos saem diretamente do encéfalo (bulbo), atuando sobre
órgãos e músculos da cabeça e do ombro. Apenas o nervo vago se dirige para o interior do tronco e
inerva o coração, o estômago, o intestino e diversos outros órgãos. Sua função é transmitir
percepções de som, cheiro, gosto, tato, pressão, dor, luz, frio e calor.
Nervos Raquidianos: São 31 pares que saem da medula espinhal e ramificam-se por todo o corpo.
Todos eles são mistos, isto é, coletam percepções de tato, pressão, calor, frio e dor, da pele ou
órgãos, levando-as para a medula e, desta, para o cérebro, bem como, recebem do cérebro, via
medula, as ordens emitidas pelo mesmo como resposta aos estímulos enviados, executando-as.
Sabemos que as emoções, em sua mais simples definição, são substâncias químicas produzidas
no hipotálamo. Sabemos também que determinadas emoções (substâncias) costumam somatizar em
órgãos preferenciais, como por exemplo: Tristeza – Sistema Respiratório – “Pulmão”; Raiva –
Sistema Digestão – “Fígado”; Medo – Sistema Urinário – “Rim”; Perda – Sistema Imunológico –
“Pele”. Acredita-se também que o Sistema Nervoso Emotivo exerça influência no Sistema
Endócrino.
Controla a vida vegetativa, sem que o indivíduo tome consciência. Ex.: temperatura corporal,
frequência cardíaca, secreção de suor, expulsão da urina, mobilidade e as secreções digestivas.
SNA Simpático: Tem origem na porção posterior do hipotálamo e inicia sua exposição a partir da
primeira vértebra torácica e finaliza na 2ª vértebra lombar, acompanhando o SNP Raquidiano por
um percurso e, depois, seguir para um órgão. Sua função é a de preparar o corpo para situações de
emergência, esforço ou inibir o parassimpático. Faz isso aumentando o metabolismo cerebral, a
tensão arterial, a frequência cardíaca e a sudorese. Estimula as glândulas supra-renais, para que
liberem adrenalina e noradrenalina, hormônios que mantêm o sistema.
O aparelho urinário compõe-se de duas partes: um par de rins, órgãos secretores encarregados
da produção da urina, e um sistema de canais excretores, que recolhem este líquido e o expulsam
para o exterior.
A formação de urina e sua eliminação estão entre as mais importantes funções do organismo,
permitindo que a composição do sangue não se altere com o acúmulo de substâncias nocivas. Isto é
feito pelo sistema urinário, a depuração do sangue.
3.10.1. Rim
Órgão par, situado na cavidade abdominal, de cada lado da coluna vertebral e ao nível das
últimas vértebras torácicas. Tem a forma de um caroço de feijão, com um comprimento de
aproximadamente 12 cm. Cada rim é formado de tecido conjuntivo, que sustenta e dá forma ao
órgão e por milhares ou milhões de unidades filtradoras, os néfrons, localizados na região renal.
Está recoberto por uma cápsula fibrosa, fina e resistente. É composto de três áreas: córtex
renal, medula renal e pelve renal. Atua no controle dos sais do corpo, sobre os líquidos. E no
aproveitamento de substâncias utilizáveis pelo organismo. Forma a urina.
O filtrado é transformado em urina através da reabsorção ativa da água, sais de sódio e outras
substâncias, e da excreção pelas células dos túbulos de algumas substâncias como ácido úrico e
potássio. A quantidade total de uma determinada substância que aparece na urina é o resultado
conjunto da filtragem glomerular e da secreção e reabsorção tubulares. Se as células dos túbulos
forem atingidas por nefrose (processo degenerativo) ou necrose (morte celular), a reabsorção da
água diminui e o paciente elimina grandes volumes de urina muito diluída, com densidade igual ao
plasma. Às vezes, essa densidade chega a ser quase
igual à da água.
Medula Renal: Região interna dos rins consiste em oito a doze pirâmides renais, cujos ápices
convergem nas projeções conhecidas como papilas, as quais, por sua vez, são recebidas por
cavidades (cálices) da pelve. Resíduos são filtrados do sangue e transformados em urina em outra
parte dos rins, no córtex. A urina concentra-se então na medula, antes de seguir para dutos
chamados tubos coletores, que a encaminham para a saída dos rins.
Pelve Renal: Cavidade renal em forma de funil que recebe a urina e a encaminha para o ureter.
Realiza também operações de resgate. Quando o sangue chega aos néfrons, parte é filtrada nos
túbulos, nessa hora entra em ação o serviço de resgate para recuperar substâncias que ainda podem
ser aproveitadas pelo organismo.
Bacinete Renal: Formado pela influência dos cálices maiores, tem forma afunilada e representa o
ponto de confluência da urina antes que atinja a bexiga através dos ureteres.
Controle Hormonal: Na alça de Henle e nos túbulos contorcidos (distal e proximal) são reabsorvidas
a maior parte de água (até 99%) e grande parte dos sais que retornam do filtrado do sangue. Essa
reabsorção chega a atingir várias dezenas de litros por dia. O movimento do sódio em direção ao
sangue é sempre acompanhado por uma grande quantidade de água, enquanto que, ao mesmo
tempo, o potássio percorre o trajeto inverso. Esse movimento é parcialmente regulado por um
hormônio secretado pelas glândulas supra-renais, a aldosterona, que parece agir nos túbulos distais.
Quando não há suficiente secreção desse hormônio, acontece a perda de sódio e a retenção do
potássio. Se houver produção excessiva de aldosterona (hiperatividade das suprarrenais) ocorrerá a
retenção de água e sódio e excessiva eliminação do potássio.
3.10.2. Ureter
Os néfrons desembocam em dutos coletores, que se unem para formar canais cada vez mais
grossos. A fusão dos dutos origina um canal único, denominado ureter, estrutura par que deixa o
rim em direção à bexiga urinária. Os ureteres são capazes de se contrair ritmicamente para
impulsionar a urina. Em seu interior, são revestidos por uma mucosa pregueada, o que lhes
possibilita aumentar bastante o diâmetro. Possui movimentos involuntários. Medem de 20 a 25 cm
de comprimento e 6 mm de diâmetro.
3.10.3. Bexiga
Quando a bexiga fica cheia, uma série de sinais nervosos avisa o SNC (Sistema Nervoso
Central) de que é necessário esvaziá-la. Se isso não for possível, a bexiga relaxa suas paredes para
receber mais urina e aperta o esfíncter para não "vazar". O mecanismo de retenção ou esvaziamento
é controlado pelo SNA (Sistema Nervoso Autônomo). O SNA Simpático atua na retenção e o SNA
Parassimpático no esvaziamento.
3.10.4. Uretra
A uretra é um tubo, último segmento do sistema urinário, que parte da bexiga e termina, na
mulher, na região vulvar e, no homem, na extremidade do pênis. Sua comunicação com a bexiga
mantém-se fechada por anéis musculares - os esfíncteres. Sua principal função é conduzir a urina
para fora do organismo. Quando a musculatura desses anéis relaxa e a musculatura da parede da
bexiga se contrai, urinamos. No homem possui, além dessa, outra finalidade, que é conduzir o
esperma.
A uretra é diferente nos dois sexos quanto as suas funções e relações. No homem mede cerca
de 18 cm e na mulher cerca de 3 a 4 cm. Esse comprimento menor da uretra na mulher é uma das
predisposições naturais que a mulher possui para a infecção urinária.
O sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de
Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A
pelve constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora. Sua função é produzir o
óvulo e reter o produto da eventual fecundação, permitindo o seu desenvolvimento.
3.11.1. Vagina
é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se
rompe nas primeiras relações sexuais. A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozoides
na relação sexual. Além de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação
e, na hora do parto, a saída do bebê.
3.11.2. Vulva
3.11.3. Ovários
Órgão par, de função glandular mista, de
forma ovalada, situados na cavidade pélvica,
lateralmente ao útero, unidos à parede
posterior do abdome e ao útero por dois
cordões fibrosos. São as gônadas femininas.
Dependendo da idade, sua superfície pode ser
mais ou menos rugosa. Em seu interior
existem cachos de células chamados folículos
de Graaf e, a cada ciclo menstrual, apenas
uma célula amadurecerá, dando origem ao
gameta feminino, o óvulo. Este processo está
intimamente relacionado ao sistema glandular endócrino, pois a atividade dos ovários é controlada
pela hipófise que, por sua vez, é influenciada pelo hipotálamo. Sua função é a produção dos óvulos.
No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão
transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os ovócitos primários -
encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf ou folículos ovarianos. A partir
da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a desenvolver. Os
folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. Mensalmente, apenas um folículo
Em número de duas, na forma de cornetas musculares. Ligam cada ovário ao útero. Estão
suspensas por uma prega de ligamento largo chamado mesossalpinge (salpinge significa tuba). Sua
função é colher o óvulo que atingir a maturação e conduzi-lo ao útero. Suas paredes apresentam as
mesmas camadas que encontraremos por epitélio – mucosa, muscular, lisa e serosa. A camada
mucosa ou interna é revestida por epitélio cilíndrico ciliado. O revestimento muscular consiste de
uma camada interna circular e uma externa longitudinal descontínua. Os batimentos dos cílios
microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o
útero. A extremidade da tuba uterina, o istmo, abre-se na cavidade uterina e é contínuo com a
ampola. A ampola é a parte dilatada e central da tuba que está curvada sobre o ovário e, por sua vez,
continua-se com o infundíbulo, uma expansão da tuba em forma de trombeta, que se abre na
cavidade abdominal. Curva-se sobre o ovário e está adjacente a ele, mas não necessariamente em
contato direto. Quando um óvulo é expelido do ovário as fibrilas funcionam como tentáculos,
trazendo-o para o interior da tuba onde é “empurrado” em direção ao útero e, podendo ali, ocorrer a
ovulação. Isto é, possível através dos movimentos ciliares.
3.11.5. Útero
Colo do útero: Parte mais delgada. Inferiormente o colo do útero é circundado pelo
anel que forma a extremidade interna da vagina, dividindo-se assim em 2 porções:
supravaginal e intravaginal.
Corpo do útero: É a parte mais volumosa.
Istmo: É a separação, em forma de cintura, existente entre o colo e o corpo do útero.
Sua função é acolher o ovo fecundado por um espermatozoide e desenvolvê-lo até que o
novo ser esteja totalmente formado e pronto para o nascimento.
Menopausa: Período em que ocorrem várias mudanças na mulher entre elas à cessação da
menstruação. Dá-se por volta dos 50 a 55 anos de idade e está aparentemente associada à
diminuição da maturação folicular. Vários anos antes da menopausa, os ciclos menstruais podem
tornar-se irregulares e o fluxo menstrual pode variar. Podem ocorrer ciclos involuntários. Os
principais sintomas são: Rubores; Avermelhamento da face; Sensação de calor, geralmente
centradas na cabeça, pescoço e parte superior; Fogachos, difusões breves e intensas de calor pelo
corpo todo acompanhadas de avermelhamento da face e transpiração. Estes sintomas podem estar
relacionados a uma queda na produção de estrogênio.
3.11.6. Mamas
São dois órgãos glandulares exócrinos, situados na parede anterior do tórax. Têm a forma
hemisférica e a sua consistência e volume são variadas. Na face apresentam a papila mamária
(mamilo), onde desembocam os ductos lactíferos da glândula mamária que conduzem para o
exterior a secreção glandular.
Os hormônios que influenciam a atividade excretora das glândulas mamárias são luteóides ou
progestinas (elaboradas nos ovários e placenta) e o luteotrófico (LTH) ou prolactina (elaborado pela
adeno-hipófise). Sua função é secretar o leite para alimentar o recém-nascido.
A pituitária (hipófise), como nos meninos, não secreta praticamente nenhum hormônio
gonadotrópico até à idade de 10 a 14 anos. Entretanto, por essa época, começa a secretar dois
Funções da Progesterona: Tem pouco a ver com o desenvolvimento dos caracteres sexuais
femininos; está principalmente relacionada com a preparação do útero para a aceitação do embrião e
à preparação das mamas para a secreção láctea. Em geral, a progesterona aumenta o grau da
atividade secretória das glândulas mamárias e, também, das células que revestem a parede uterina,
acentuando o espessamento do endométrio e fazendo com que ele seja intensamente invadido por
vasos sanguíneos; determina, ainda, o surgimento de numerosas glândulas produtoras de glicogênio.
Finalmente, a progesterona inibe as contrações do útero e impede a expulsão do embrião que se está
implantando ou do feto em desenvolvimento.
3.12.1. Testículos
3.12.2. Epidídimo
Para cada testículo existe um epidídimo, situado na porção posterior e se estende até quase 4
cm a partir de uma parte superior aumentada (cabeça) para baixo (corpo) até a cauda. Cerca de 5
metros de tubos estão enovelados nesta pequena distancia. Sua função é armazenar, transportar e
amadurecer os espermatozoides.
Sendo uma continuação do epidídimo, tem sido descrito como “ducto excretor do testículo”.
Em número de dois (um para cada testículo) saem dos epidídimos e chegam às vesículas seminais.
Tem de 50 a 60 cm de comprimento. O percurso de cada ducto deferente é o seguinte: inicia-se no
epidídimo, sobe pelo canal inguinal, penetra no abdome, passa ao lado da bexiga urinária por cima
do ureter terminando ao nível da próstata, no canal ejaculador. Sua função é conduzir os
espermatozoides até as vesículas seminais e uretra.
3.12.5. Próstata
Glândula de secreção externa com a forma de uma castanha. Está situada atrás da sínfise
púbica, abaixo da bexiga, atravessada pela uretra. Apresenta um sulco dividindo-se em dois lobos
laterais. Sua função é secretar o líquido prostático (fino, leitoso e alcalino), que durante a ejaculação
é misturado com os espermatozoides provenientes das vesículas seminais e dos ductos deferentes.
Faz a obstrução da bexiga durante o ato sexual liberando-as após o mesmo quando inverte sua
obstrução, agora visando às vesículas seminais e os ductos.
Sêmen: produto da secreção dos testículos, da próstata e outras glândulas menores que se abrem na
uretra, sendo constituído, em grande parte, por espermatozoide.
3.12.6. Escroto
É uma bolsa que se localiza posteriormente ao pênis, sustentada pelo púbis. É uma
continuação da parede abdominal e é dividido por um septo em dois sacos, cada um com um
testículo com seu epidídimo. Encontra-se externamente em relação ao corpo tem por motivo manter
um a temperatura compatível com a vitalidade dos espermatozoides (1 grau centígrado para menos).
Sua função é abrigar os testículos.
3.12.7. Pênis
eréteis. É uma estrutura flácida quando não estimulada, mas torna-se rígida quando a estrutura
esponjosa se enche de sangue sob estímulos sexuais. Tem o comprimento de 10 a 15 cm em estado
de flacidez e de 15 a 16 cm em estado de ereção. Sua função é possibilitar que os espermatozoides
ejaculados penetrem no útero durante a cópula.
3.12.8. Espermatozoides
Têm o corpo dividido em duas partes principais: cabeça (colo) e cauda (flagelo). A cauda é
usada para locomoção através do líquido seminal (esperma ou sêmen) que é produzido no
epidídimo, vesícula seminal e próstata. Sua função é transmitir os caracteres do pai na geração de
um ser.
Durante a puberdade, os testículos da criança permanecem inativos até que são estimulados
entre 10 e 14 anos pelos hormônios gonadotróficos da glândula hipófise (pituitária). O hipotálamo
libera Fatores Liberadores dos Hormônios Gonadotróficos que fazem a hipófise liberar FSH
(hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante). O FSH estimula a espermatogênese
pelas células dos túbulos seminíferos. Já o LH estimula a produção de testosterona pelas células
intersticiais dos testículos à características sexuais secundárias, elevação do desejo sexual.
Testosterona: A testosterona faz com que os testículos cresçam. Ela deve estar presente, também,
junto com o folículo estimulante, antes que a espermatogênese se complete. Provoca efeito nos
caracteres sexuais masculinos. Depois que um feto começa a se desenvolver no útero materno, seus
testículos começam a secretar testosterona, quando tem poucas semanas de vida apenas. Essa
testosterona, então, auxilia o feto a desenvolver órgãos sexuais masculinos e características
secundárias masculinas. Isto é, acelera a formação do pênis, da bolsa escrotal, da próstata, das
vesículas seminais, dos ductos deferentes e dos outros órgãos sexuais masculinos. Além disso, a
testosterona faz com que os testículos desçam da cavidade abdominal para a bolsa escrotal; se a
produção de testosterona pelo feto é insuficiente, os testículos não conseguem descer; permanecem
na cavidade abdominal. A secreção da testosterona pelos testículos fetais é estimulada por um
dos sentidos, o nosso corpo pode perceber muita coisa do que nos rodeia; contribuindo para a nossa
sobrevivência e integração com o ambiente em que vivemos. Servem para proteger o ser humano
dos perigos que o rodeiam.
3.13.1. Visão
Torna-se possível através do olho, órgão par colocado na parte anterior da cavidade orbitária
da face.
Olho: Órgão foto-receptor, capaz de formar imagens de objeto emissor ou refletor de luz. É
composto pelo globo ocular e seus anexos. Os globos oculares estão alojados dentro de cavidades
ósseas denominadas órbitas, compostas de partes dos ossos frontal, maxilar, zigomático, esfenoide,
etmoide, lacrimal e palatino. Ao globo ocular encontram-se associadas estruturas acessórias:
pálpebras, supercílios (sobrancelhas), conjuntiva, músculos e aparelho lacrimal.
Cada globo ocular compõe-se de três túnicas e de quatro meios transparentes. As túnicas são:
Túnica fibrosa externa: É a esclerótica ou esclera (branco do olho). Resistente
de tecido fibroso e elástico que envolve externamente o globo ocular, a maior
parte da esclerótica é opaca. É onde estão inseridos os músculos extraoculares
que movem os globos oculares, dirigindo-os a seu objetivo visual. A parte
anterior da esclerótica chama-se córnea. É transparente e atua como uma lente
convergente.
Túnica intermédia vascular pigmentada: Compreende a coroide, o corpo ciliar e
a íris. A coroide está situada abaixo da esclerótica e é intensamente
pigmentada. Esses pigmentos absorvem a luz que chega à retina,
evitando sua reflexão. Acha-se intensamente vascularizada e tem a
função de nutrir a
retina. Possui uma estrutura muscular de cor variável – a íris, a qual é
dotada de um orifício central cujo diâmetro varia de acordo com a
iluminação do ambiente – a pupila. A coroide une-se na parte anterior do
olho ao corpo ciliar, estrutura formada por musculatura lisa e que
envolve o cristalino, modificando sua forma. Em ambientes mal
iluminados, por ação do sistema nervoso simpático, o diâmetro da
pupila aumenta e permite a entrada de maior quantidade de luz. Em
locais muito claros, a ação do sistema nervoso parassimpático
acarreta diminuição do diâmetro da pupila e da entrada de luz. Esse mecanismo evita o
ofuscamento e
impede que a luz em
excesso lese as
delicadas células
fotossensíveis da
retina
Túnica interna
nervosa: É a retina,
membrana mais interna
e está debaixo da
coroide. É composta
por várias camadas
celulares, designadas
de acordo com sua
relação ao centro do
globo ocular. A
camada mais interna, denominada camada de células ganglionares, contém os corpos
celulares das células ganglionares, única fonte de sinais de saída da retina, que projeta
Humor aquoso: fluido aquoso que se situa entre a córnea e o cristalino, preenchendo
a câmara anterior do olho.
Cristalino: lente biconvexa coberta por uma membrana transparente. Situa-se atrás da
pupila e orienta a passagem da luz até a retina. Também divide o interior do olho em
dois compartimentos contendo fluidos ligeiramente diferentes: (1) a câmara anterior,
preenchida pelo humor aquoso e (2) a câmara posterior, preenchida pelo humor vítreo.
Pode ficar mais delgado ou mais espesso, porque é preso ao músculo ciliar, que pode
torná-lo mais delgado ou mais curvo. Essas mudanças de forma ocorrem para desviar
os raios luminosos na direção da mancha amarela. O cristalino fica mais espesso para
a visão de objetos próximos e, mais delgado para a visão de objetos mais distantes,
permitindo que nossos olhos ajustem o foco para diferentes distâncias visuais. A essa
propriedade do cristalino dá-se o nome de acomodação ou acuidade visual. Com o
envelhecimento, o cristalino pode perder a transparência normal, tornando-se opaco,
ao que chamamos catarata.
Humor vítreo: fluido mais viscoso e gelatinoso que se situa entre o cristalino e a
retina, preenchendo a câmara posterior do olho. Sua pressão mantém o globo ocular
esférico.
Como já mencionado anteriormente, o globo ocular apresenta, ainda, anexos: as pálpebras,
os cílios, as sobrancelhas ou supercílios, as glândulas lacrimais e os músculos oculares. As
pálpebras são duas dobras de pele revestidas internamente por uma membrana chamada conjuntiva.
Servem para proteger os olhos e espalhar sobre eles o líquido que conhecemos como lágrima. Os
cílios impedem a entrada de poeira e de excesso de luz nos olhos, e as sobrancelhas impedem que o
suor da testa entre neles. As glândulas lacrimais produzem lágrimas continuamente. Esse líquido,
espalhado pelos movimentos das pálpebras, lava e lubrifica o olho. Quando choramos, o excesso de
líquido desce pelo canal lacrimal e é despejado nas fossas nasais, em direção ao exterior do nariz.
3.13.2. Audição
Torna-se possível através da orelha, órgão par
que é composto de três partes: externa, média e
interna. A função da orelha é perceber os sons e
tem, como função secundária, o equilíbrio.
glândulas, que fabricam uma substância gordurosa e amarelada, denominada cerume ou cera. Tanto
os pelos como o cerume retêm poeira e micróbios que normalmente existem no ar e eventualmente
entram nos ouvidos. O canal auditivo externo termina numa delicada membrana -
tímpano ou membrana timpânica - firmemente fixada ao conduto auditivo externo por um anel de
tecido fibroso, chamado anel timpânico.
Orelha Média: Começa na membrana timpânica e consiste, em sua totalidade, de um espaço aéreo –
a cavidade timpânica – no osso temporal. Dentro dela
estão três ossículos articulados entre si, cujos nomes
descrevem sua forma: martelo, bigorna e estribo. Esses
ossículos encontram-se suspensos na orelha média,
através de ligamentos. O cabo do martelo está encostado
no tímpano; o estribo apoia-se na janela oval, um dos
orifícios dotados de membrana da orelha interna que
estabelecem comunicação com a orelha média. O outro
orifício é a janela redonda. A orelha média comunica-se
também com a faringe, através de um canal
denominado tuba auditiva (antigamente denominada
trompa de Eustáquio). Esse canal permite que o ar
penetre no ouvido médio. Dessa forma, de um lado e de
outro do tímpano, a pressão do ar atmosférico é igual.
Quando essas pressões ficam diferentes, não ouvimos
bem, até que o equilíbrio seja reestabelecido.
Orelha Interna: A orelha interna, chamada labirinto, é
formada por escavações no osso temporal, revestidas por
membrana e preenchidas por líquido. Limita-se com a orelha média pelas janelas oval e a redonda.
O labirinto apresenta uma parte anterior, a cóclea ou caracol, relacionada com a audição, e
uma parte posterior, relacionada com o equilíbrio e constituída pelo vestíbulo e pelos canais
semicirculares. A cóclea é um aparelho membranoso formado por tubos espiralados.
O labirinto posterior (ou vestibular) é constituído pelos canais semicirculares e pelo vestíbulo. Na
parte posterior do vestíbulo estão as cinco aberturas dos canais semicirculares, e na parte anterior, a
abertura para o canal coclear. Os canais semicirculares não têm função auditiva, mas são
importantes na manutenção do equilíbrio do corpo. São pequenos tubos circulares (três tubos em
forma de semicírculo) que contém líquido e estão colocados, respectivamente, em três planos
espaciais (um horizontal e dois verticais) no labirinto posterior, em cada lado da cabeça.
3.13.3. Paladar
Os sentidos gustativo e
olfativo são chamados sentidos
químicos, porque seus
receptores são excitados por
estimulantes químicos. Os
receptores gustativos são
excitados por substâncias
químicas existentes nos
alimentos, enquanto que os
receptores olfativos são
excitados por substâncias
químicas do ar. Esses sentidos
trabalham conjuntamente na
percepção dos sabores. O centro
do olfato e do gosto no cérebro
combina a informação sensorial
da língua e do nariz.
Entre as células
gustativas de uma papila uma
rede com duas ou três fibras
nervosas gustativas, as quais
são estimuladas pelas próprias
células gustativas. Para que se possa sentir o gosto de uma substância, ela deve primeiramente ser
dissolvida no líquido bucal e difundida através do poro gustativo em torno das microvilosidades.
Portanto substâncias altamente solúveis e difusíveis, como sais
ou outros compostos que têm moléculas pequenas, geralmente
fornecem graus gustativos mais altos do que substâncias pouco
solúveis difusíveis, como proteínas e outras que possuam
moléculas maiores.
papila que detecta principalmente salinidade é estimulada com maior intensidade que as papilas que
respondem mais a outros gostos, o cérebro interpreta a sensação como de salinidade, embora outras
papilas tenham sido estimuladas, em menor extensão, ao mesmo tempo.
Amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua combinação resultam
centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície
da língua, não é homogênea.
Regulação da Dieta pelas Sensações Gustativas: As sensações gustativas obviamente auxiliam na
regulação da dieta. Por exemplo, o sabor doce é normalmente agradável, o que faz com que um
animal procure preferentemente alimentos doces. Por outro lado, o gosto amargo é geralmente
desagradável, fazendo com que os alimentos amargos, que geralmente são venenosos, sejam
rejeitados. O gosto ácido é muitas vezes desagradável, o mesmo ocorrendo com o sabor salgado. O
prazer sentido com os diferentes tipos de gosto é determinado normalmente pelo estado de nutrição
momentâneo do organismo. Se uma pessoa está há muito sem ingerir sal, por motivos ainda não
conhecidos, a sensação salgada torna-se extremamente agradável. Caso a pessoa tenha ingerido sal
em excesso, o sabor salgado ser-lhe-á bastante desagradável. O mesmo acontece com o gosto ácido
e, em menor extensão, com o sabor doce. Dessa forma, a qualidade da dieta é automaticamente
modificada de acordo com as necessidades do organismo. Isto é, a carência de um determinado tipo
de nutriente geralmente intensifica uma ou mais sensações gustativas e faz com que a pessoa
procure alimentos que possuam o gosto característico do alimento de que carece.
Importância do Olfato no Paladar: Muito do que chamamos gosto é, na verdade, olfato, pois os
alimentos, ao penetrarem na boca, liberam odores que se espalham pelo nariz. Normalmente, a
pessoa que está resfriada afirma não sentir gosto, mas, ao testar suas quatro sensações gustativas
primárias, verifica-se que estão normais. As sensações olfativas funcionam ao lado das sensações
gustativas, auxiliando no controle do apetite e da quantidade de alimentos que são ingeridos.
3.13.4. Olfato
O olfato humano é pouco desenvolvido se comparado ao de outros mamíferos. O epitélio
olfativo humano contém cerca de 20 milhões de células sensoriais, cada qual com seis pelos
sensoriais (um cachorro tem
mais de 100 milhões de
células sensoriais, cada qual
com pelo menos 100 pelos
sensoriais). Os receptores
olfativos são neurônios
genuínos, com receptores
próprios que penetram no
sistema nervoso central.
A cavidade nasal,
que começa a partir das
janelas do nariz, está
situada em cima da boca e
debaixo da caixa craniana.
Contém os órgãos do
sentido do olfato, e é
forrada por um epitélio
secretor de muco. Ao
circular pela cavidade nasal,
o ar se purifica, umedece e
esquenta. O órgão olfativo é a mucosa que forra a parte superior das fossas nasais -
chamada mucosa olfativa ou amarela, para distingui-la da vermelha - que cobre a parte inferior.
A mucosa vermelha é dessa cor por ser muito rica em vasos sanguíneos, e contém glândulas
que secretam muco, que mantém úmida a região. Se os capilares se dilatam e o muco é secretado
em excesso, o nariz fica obstruído, sintoma característico do resfriado.
A mucosa amarela é muito rica em terminações nervosas do nervo olfativo. Os dendritos das
células olfativas possuem prolongamentos sensíveis (pelos olfativos), que ficam mergulhados na
camada de muco que recobre as cavidades nasais. Os produtos voláteis ou de gases perfumados ou
ainda de substâncias lipossolúveis que se desprendem das diversas substâncias, ao serem inspirados,
entram nas fossas nasais e se dissolvem no muco que impregna a mucosa amarela, atingindo os
prolongamentos sensoriais.
Se aceita a hipótese de que existem alguns tipos básicos de células do olfato, cada uma com
receptores para um tipo de odor. Os milhares de tipos diferentes de cheiros que uma pessoa
consegue distinguir resultariam da integração de impulsos gerados por uns cinquenta estímulos
básicos, no máximo. A integração desses estímulos seria feita numa região localizada em áreas
laterais do córtex cerebral, que constituem o centro olfativo.
A mucosa olfativa é tão sensível que poucas moléculas são suficientes para estimulá-la,
produzindo a sensação de odor. A sensação será tanto mais intensa quanto maior for a quantidade
de receptores estimulados, o que depende da concentração da substância odorífera no ar.
O olfato tem importante papel na distinção dos alimentos. Enquanto mastigamos, sentimos
simultaneamente o paladar e o cheiro. Do ponto de vista adaptativo, o olfato tem uma nítida
vantagem em relação ao paladar: não necessita do contato direto com o objeto percebido para que
haja a excitação, conferindo maior segurança e menor exposição a estímulos lesivos.
O olfato, como a visão, possui uma enorme capacidade adaptativa. No início da exposição a
um odor muito forte, a sensação olfativa pode ser bastante forte também, mas, após um minuto,
aproximadamente, o odor será quase imperceptível.
Porém, ao contrário da visão, capaz de perceber um grande número de cores ao mesmo
tempo, o sistema olfativo detecta a sensação de um único odor de cada vez. Contudo, um odor
percebido pode ser a combinação de vários outros diferentes. Se tanto um odor pútrido quanto um
aroma doce estão presentes no ar, o dominante será aquele que for mais intenso, ou, se ambos forem
da mesma intensidade, a sensação olfativa será entre doce e pútrida.
3.13.5. Tato
Localiza-se na pele, nas camadas chamadas epiderme e derme. Nela encontramos diferentes
tipos de terminações nervosas que recebem as impressões não só do tato, mas também dor, calor,
frio e pressão.
Uma vez que toda a
superfície cutânea é provida de
terminações nervosas capazes de
captar estímulos térmicos,
mecânicos ou dolorosos, a pele
também é o maior órgão sensorial
que possuímos, sendo
suficientemente sensível para
discriminar um ponto em relevo
com apenas 0,006 mm de altura e
0,04 mm de largura quando
tateado com a ponta do dedo.
REFERÊNCIAS
CRESPO, X.; CURELL, N.; CURELL, J. Atlas de Anatomia e Saúde. Bolsa Nacional do Livro.
Curitiba, 2004.
GOWDAK, D.; GOWDAK, L. H. Atlas de Anatomia Humana. FTD. São Paulo, 2001.
GUYTON, A. C. Tratado de Fisiologia Médica. 9ª Ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2001.
SOBOTTA, Atlas de Anatomia Humana. Vol. 1. Cabeça, Tórax e Extremidade Superior. 21ª Ed.
Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2000.
SOBOTTA, Atlas de Anatomia Humana. Vol. 2. Tronco, Vísceras e Extremidade Inferior. 21ª
Ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2000.
ANOTAÇÕES
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