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1. INTRODUÇÃO
Em 1987 foi proposto e avaliado por um grupo da Universidade da Califórnia em San Diego
um novo esquema chamado Precauções com Substâncias Corporais. O cuidado básico era com a
matéria orgânica oriunda do organismo humano, considerando todos como potencialmente
infectantes.
3. DEFINIÇÕES BÁSICAS
O hospedeiro das infecções, aqui considerado, é o ser humano, o qual pode desenvolver
resposta imunológica variável frente à presença de patógenos. Os hospedeiros de infecções ou
colonizações podem desenvolvê-las durante ou logo após a hospitalização, quando condições
endógenas orgânicas são facilitadoras da infecção ou colonização. Outros fatores facilitadores do
estado infeccioso são: idade, doença de base, uso de antimicrobianos, corticosteroides, irradiação,
procedimentos invasivos, outras drogas imunossupressoras e a própria susceptibilidade do paciente
à infecção.
Os Equipamentos de Proteção Individual – EPIs devem ser utilizados sempre que houver risco
de contato com secreções ou excreções oriundas do paciente. Os empregadores são obrigados a
fornecer os EPIs adequados ao risco a que o profissional está exposto e a realizar, no momento de
admissão do funcionário e de forma periódica, programas de treinamento dos profissionais quanto à
correta utilização. A adequação desses equipamentos deve levar em consideração não somente a
eficiência necessária para o controle do risco da exposição, mas também o conforto oferecido ao
profissional; se há desconforto no uso do equipamento, existe maior possibilidade de o profissional
deixar de incorporá-lo ao uso rotineiro. Os principais EPIs são:
Incluem todo e qualquer equipamento que possa ser utilizado pela equipe multiprofissional
para sua proteção, como por exemplo, lava olhos, descartex, chuveiro de emergência, etc. Esses
equipamentos devem ser mantidos nas condições ideais especificadas pelo fabricante e sofrer
manutenções preventivas, para evitar problemas quando houver necessidade de uso.
A lavagem das mãos é, isoladamente, a ação mais importante para a prevenção e controle das
infecções hospitalares. Elas devem ser lavadas, tantas vezes quanto necessário, antes e depois de:
São indicadas para os casos de pacientes sem diagnóstico definitivo, porém com indícios de
infecção por agentes que necessitem de precauções. Devem permanecer até que haja confirmação
ou esclarecimento do diagnóstico.
O profissional de saúde deve ter uma postura consciente da utilização destas precauções como
forma de não se infectar ou servir de fonte de contaminação. A adoção destas medidas é importante
para não adquirir doenças, tais como: Hepatites B e C, AIDS, Sífilis, Doença de Chagas, Influenza,
além de tuberculose e outras patologias respiratórias.
São indicadas para pacientes colonizados ou infectados por micro-organismos veiculados por
contato direto ou indireto (ex: objetos), que tenham grande importância epidemiológica - como
infecção por agentes multirresistentes. Os familiares devem ser orientados quanto aos cuidados a
serem tomados para evitar risco de contaminação.
Medidas de uso de quarto privativo ou comum para pacientes que apresentem a mesma
doença ou micro-organismo;
Uso de avental ou jaleco na possibilidade de risco de contato das roupas do profissional
com área ou material infectante (por exemplo, quando da realização de
higiene do paciente com diarreia aguda de etiologia infecciosa, incontinência
fecal/urinária e ferida com secreção não contida pelo curativo, que permite
extravazamento do exsudato);
Manutenção do paciente no quarto/enfermaria, evitando sua saída, especialmente para
outros quartos/enfermarias;
Uso exclusivo de artigos e equipamentos pelo paciente, impedindo que ele seja utilizado
por outras pessoas;
Limpeza e desinfecção ou esterilização dos artigos e equipamentos de uso do paciente
mesmo após sua alta.
São aquelas transmitidas pelo ar, porém alcançam curtas distâncias (partículas ou gotículas
maiores de 5 micra).
6. INFECÇÃO HOSPITALAR
Qualquer tipo de infecção adquirida após a entrada do paciente em um hospital, que não
estava em incubação quando da sua admissão, ou após a sua alta quando essa infecção estiver
diretamente relacionada com a internação ou procedimento hospitalar, como, por exemplo, uma
cirurgia. Ela pode manifestar-se durante a estadia no hospital ou após a alta do paciente.
Os microrganismos podem ser transmitidos de pessoa para pessoa, especialmente pelas mãos;
por isso, é fundamental a higiene das mãos. Há também outras maneiras de transmissão: por meio
de água e alimentos contaminados; das gotículas que saem da boca quando falamos; ou pelo ar,
quando respiramos pó e poeira que contém microrganismos.
É importante lembrar que a prevenção pode reduzir o número de pacientes acometidos por
esta infecção e, com isso, diminuir o uso de antibióticos, o tempo de permanência destes pacientes
no hospital e os danos associados à infecção. Por isso, este deve ser um esforço de todos:
profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas etc.), visitantes e pacientes. A higiene
das mãos - que devem ser lavadas com água e sabão ou utilizando o gel alcoólico - é uma medida
simples, mas muito efetiva para reduzir este risco. Portanto, o paciente pode colaborar observando e
lembrando os profissionais e visitantes a realizarem este ato. Pessoas resfriadas, gripadas, crianças
com infecções próprias da infância não devem visitar pacientes internados.
De acordo com a ANVISA, são definidos como geradores de RSS todos os serviços
relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência
domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para a saúde; necrotérios,
funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento, serviços de medicina legal,
drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área da
saúde, centro de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores,
distribuidores produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro, unidades móveis de
atendimento à saúde; serviços de acupuntura, serviços de tatuagem, dentre outros similares.
Os RSS são parte importante do total de resíduos sólidos urbanos, não necessariamente pela
quantidade gerada (cerca de 1% a 3% do total), mas pelo potencial de risco que representam à saúde
e ao meio ambiente.
7.1. CLASSIFICAÇÃO
Os RSS são classificados em função de suas características e consequentes riscos que podem
acarretar ao meio ambiente e à saúde, sendo classificados em cinco grupos: A, B, C, D e E.
7.2. ACONDICIONAMENTO
7.3. ARMAZENAMENTO
No armazenamento temporário não é permitida a retirada dos sacos de resíduos de dentro dos
recipientes coletores ali estacionados. Os resíduos de fácil putrefação que venham a ser coletados
por período superior a 24 horas de seu armazenamento devem ser conservados sob refrigeração e,
quando não for possível, ser submetidos a outro método de conservação.
O abrigo de resíduos deve ser dimensionado de acordo com o volume de resíduos gerados,
com capacidade de armazenamento compatível com a periodicidade de coleta do sistema de
limpeza urbana local. Deve ser construído em ambiente exclusivo, possuindo, no mínimo, um
ambiente separado para atender o armazenamento de recipientes de resíduos do grupo A juntamente
com o grupo E e um ambiente para o grupo D. O local desse armazenamento externo de RSS deve
apresentar as seguintes características:
Higiene e saneamento: deve haver local para higienização dos carrinhos e contenedores;
o ambiente deve contar com boa iluminação e ventilação e ter pisos e paredes revestidos
com materiais resistentes aos processos de higienização.
São todas as áreas que não são ocupadas por pacientes. São exemplos de áreas não críticas:
Áreas Administrativas e Almoxarifado.
11.1. LIMPEZA
A limpeza de qualquer artigo precisa ser feita de maneira rigorosa e meticulosa, devendo-se
desenvolver, para cada tipo de item, a melhor forma de executar essa tarefa. É necessário selecionar
o método que seja mais adequado ao artigo utilizado, de acordo com as demandas e como os
recursos disponíveis no serviço. Uma vez que esse requisito seja atendido, a limpeza pode ser de
três tipos:
Limpeza Manual: Processo executado por meio de fricção com escovas (sob a água) e
do uso de soluções de limpeza, de preferência enzimáticas. Esse tipo de limpeza deve se
restringir aos artigos delicados que não possam ser processados por métodos mecânicos.
O profissional deve utilizar os EPIs adequados.
Limpeza Mecânica: Desenvolvida por meio de máquinas. Esse tipo de limpeza
minimiza o risco de acidentes com material biológico, pela redução do manuseio dos
artigos contaminados. Mesmo assim, o profissional deve utilizar os EPIs adequados.
11.2. DESINFECÇÃO
Destrói todas as bactérias vegetativas - mas não necessariamente todos os esporos bacterianos
-, as micobactérias, os fungos e os vírus. O enxague deve ser feito preferencialmente com água
estéril e a manipulação precisa seguir o uso de técnica asséptica. Esse tipo de desinfecção é
indicado para artigos como lâminas de laringoscópio e equipamentos de terapia respiratória.
Tem ação virucida e bactericida para formas vegetativas, inclusive contra o bacilo da Tb,
porém não destrói esporos. Os compostos mais utilizados por esse processo de nível intermediário
são o cloro, os iodóforos, os fenólicos e os alcoóis.
Consegue eliminar todas as bactérias na forma vegetativa, porém não age contra esporos,
vírus não lipídicos e o bacilo da Tb. Tem ação apenas relativa sobre os fungos. O composto mais
comumente utilizado nesse tipo de desinfecção é o quaternário de amônia.
Desinfecção por Processo Físico: Compreende a exposição a agentes físicos, tais como
temperatura, pressão e radiação eletromagnética, calor úmido ou, preferencialmente,
sistemas mecânicos automáticos, com pressão de jatos d’água a uma temperatura entre
60ºC e 90ºC, durante 15 minutos.
Desinfecção por Processo Químico: Envolve a utilização de produtos químicos cujos
princípios ativos são: aldeídos, fenólicos, quaternário de amônia, compostos orgânicos e
inorgânicos liberadores de cloro ativo, alcoóis e peróxidos.
11.4. ESTERILIZAÇÃO
É o processo pelo qual os micro-organismos são mortos a tal ponto que não se possa mais
detectá-los no meio padrão de cultura em que previamente os agentes haviam proliferado. Um
artigo é considerado estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos micro-organismos que o
contaminavam é menor que 1:1.000.000. A esterilização pode ser realizada por meio de processos
físicos, químicos ou físico-químicos.
A esterilização ocorre por meio do vapor saturado sob pressão em um equipamento ajustado
para efetuar o processo em um tempo reduzido diante de situações de urgência, como em
contaminação acidental de instrumental cirúrgico do procedimento em curso. A atividade
esterilizante é a mesma da autoclave (que tem como princípio de morte celular), a termocoagulação
das proteínas bacterianas, de modo que o micro-organismo, em razão do calor, perca suas funções
vitais e morra.
Esse tipo de esterilização é gerado por resistências elétricas, para destruir os micro-
organismos, sendo equipada com termostato, contactor, resistência, lâmpada piloto, termômetro e
interruptor. O principal equipamento utilizado nesse tipo de
esterilização é a estufa. Caiu em desuso devido a pesquisas
que puseram em dúvida sua validade.
O Cobalto 60 é utilizado como fonte de radiação gama para a esterilização de artigos críticos.
A eficácia das radiações ionizantes depende da interação com DNA. Ação biocida básica ocorre por
meio da formação de radicais livres aquosos, após a interação física primária da radiação com o
material biológico. Esses radicais são extremamente reativos e o DNA pode sofrer ação de radiólise
da água. Enfim, a capacidade antimicrobiana da radiação ionizante de dá principalmente por
modificações no DNA da célula-alvo. As vantagens incluem capacidade de esterilizar uma
variedade grande de artigos e alto poder de penetração nos materiais. Entre as desvantagens estão o
custo elevado e a disponibilidade dificultada no mercado.
Consiste em um processo que utiliza o gás óxido de etileno, sendo realizada em autoclave a
uma temperatura entre 50ºC e 60ºC. Entre as principais vantagens desse tipo de esterilização estão
seu uso diversificado, podendo ser usado para vários tipos de artigos e sua excelente capacidade de
penetração. Entre as desvantagens estão seu custo elevado e a necessidade de pessoal técnico
especializado.
É realizado por meio de autoclave própria, que gera plasma por meio do substrato de peróxido
de hidrogênio bombardeado por ondas de radiofrequência. O efeito letal é produzido por radicais
livres reativos, que mata os micro-organismos, incluindo os esporos. Entre as vantagens desse tipo
de esterilização estão a rapidez no ciclo e a facilidade de instalação do equipamento. Já entre as
desvantagens estão o investimento inicial elevado e o custo de manutenção do equipamento, além
da necessidade de invólucros específicos para o agente esterilizante.
Seu mecanismo de ação bactericida é similar ao do peróxido de hidrogênio. Por ser livre de
aldeídos, não possui padrão de exposição ocupacional, diminuindo, assim, os riscos de evaporação
para os sistemas respiratórios e para a mucosa ocular.
O controle das infecções relacionadas com o processamento da roupa hospitalar exige uma
série de medidas perfeitamente coordenadas em todos os locais de trabalho, sendo a barreira de
contaminação e o controle do fluxo de pessoas e roupas as medidas mais importantes contra as
infecções. Além destas, recomendam-se as seguintes:
A roupa suja deve ser manuseada e sacudida o menos possível, devendo ser transportada
ao serviço de lavanderia em sacos resistentes e bem vedados;
Os cobertores devem ser de tecido lavável, do tipo algodão;
A roupa suja nunca deve ser contada, portanto o rol de roupa suja deve ser
definitivamente abolido;
A roupa de isolamento deve ser conduzida à lavanderia em sacos nitidamente
identificados, sendo desinfetada numa pré-lavagem;
Todas as janelas devem ser providas de tela;
Os carros de transporte de roupa suja devem ter identificação para diferenciá-los dos
carros usados para o transporte de roupa limpa, a fim de se evitar uma troca acidental;
REFERÊNCIAS
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biossegurança
http://www.bvsde.ops-oms.org/bvsacd/cd49/manualbiossegurancaa.pdf
http://www.opas.org.br/gentequefazsaude/bvsde/bvsacd/cd49/Bioseguranca.pdf
ANOTAÇÕES
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