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GEPPRAU
Urgências traumáticas
Módulo 4
Tema 1 - Atendimento pré-hospitalar (APH)
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Urgências Traumáticas
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Urgências Traumáticas
URGÊNCIAS
TRAUMÁTICAS
Neste material, serão apresentadas as
principais emergências na área da cirurgia
do trauma. O profissional de saúde que
atua na área terá informações importantes
sobre anatomia, fisiologia, manejo e
principais condutas a serem tomadas no
atendimento ao traumatizado.
Tema 1
Atendimento pré-hospitalar (APH)
Objetivos de
aprendizagem
• Entender o que é o atendimento pré-
hospitalar (APH).
• Conhecer o histórico do APH no Brasil e
no mundo.
• Conhecer a distribuição trimodal de
mortes no trauma.
• Conhecer os princípios de ouro do APH
no trauma.
• Entender a importância da sinalização do
evento traumático.
• Conhecer as funções do APH.
• Saber mais sobre a condução de veículos
de emergência.
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Urgências Traumáticas
Sumário
1. Introdução.......................................................................................... 6
2. Histórico do atendimento pré-hospitalar.................................................. 7
2.1. No mundo.................................................................................... 7
3. Fases do trauma.................................................................................. 8
4. Princípios de ouro do APH no trauma.................................................... 10
4.1. Garantir a segurança de socorristas e pacientes............................... 10
4.2. Avaliar a situação para determinar a necessidade de recursos
adicionais................................................................................... 10
4.3. Reconhecer a biomecânica do trauma............................................. 11
4.4. Usar a avaliação primária para identificar condições de risco de morte.11
4.5. Cuidar da via aérea com proteção da coluna cervical........................ 11
4.6. Providenciar ventilação com oferta de oxigênio................................ 12
4.7. Controlar toda a hemorragia externa.............................................. 12
4.8. Realizar imobilização adequada das lesões musculoesqueléticas e
restabelecimento da temperatura corporal...................................... 12
4.9. Manter a estabilização da coluna até a completa imobilização............ 12
4.10. Iniciar o transporte à unidade adequada o quanto antes, após a
chegada de suporte avançado no local.......................................... 13
4.11. Repor o volume com fluidos intravenosos aquecidos durante o
transporte................................................................................ 13
4.12. Fazer avaliação secundária e história clínica após o tratamento dos
problemas de ameaça à vida....................................................... 13
4.13. Aliviar a dor.............................................................................. 13
4.14. Comunicar de forma minuciosa e precisa as informações sobre o
doente e o trauma à unidade de destino....................................... 14
4.15. Não causar mais danos............................................................... 14
5. Sinalização....................................................................................... 14
6. Funções do APH................................................................................. 15
6.1. Reanimação................................................................................ 15
6.2. Salvamento................................................................................ 16
6.3. Transporte.................................................................................. 19
7. Condução de veículo de emergência..................................................... 19
Síntese................................................................................................ 21
Referências bibliográficas....................................................................... 22
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Urgências Traumáticas
Atendimento
pré-hospitalar (APH)
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Urgências Traumáticas
1. Introdução
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2. Histórico do atendimento
pré-hospitalar
2.1. No mundo
Desde o período antes de Cristo haviam princípios relacionados aos cuidados
pré-hospitalares, porém o desenvolvimento do APH ocorreu em campo militar,
após a Segunda Guerra Mundial, na Guerra da Coreia e a Guerra do Vietnã, sen-
do extrapolado para o ambiente civil a partir da década de 1950.
No Brasil
No Brasil, um prelúdio do APH surgiu em 1979 com o Corpo de Bombeiros. Po-
rém, a organização do sistema de APH iniciou em 1987, no estado de São Paulo,
com a resolução SS-266, que buscou a implantação de ações de prevenção e de
APH e a reorganização do sistema hospitalar com classificação e regionalização.
O Projeto Resgate foi iniciado em 1990, na zona oeste da cidade de São Paulo,
como projeto piloto, vinculado à Central do Corpo de Bombeiros, operacionaliza-
do e organizado por decreto estadual, em 1994, como Sistema Resgate.
A normatização da ação médica pelo Conselho Federal de Medicina ocorreu em
1998 com a resolução 1.529, e a normatização do APH no Brasil, vinculado ao
Sistema Único de Saúde (SUS), ocorreu em 2002 através da portaria 2.048.
Em 2007, no estado de São Paulo, foi institucionalizado o grupo de médicos e
enfermeiros que atuavam no Projeto Resgate. Em 2012, foi denominado Grupo
de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências (GRAU).
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3. Fases do trauma
Para entendermos melhor a importância do APH adequado, vamos conhecer as
fases do trauma.
O evento traumático é considerado o momento inicial. O pós-evento é di-
vidido em três fases, de acordo com a causa da morte:
• 1ª fase – morte ocorre imediatamente ou nos primeiros minutos até uma
hora após o evento. Essas mortes provavelmente ocorreriam independente-
mente do socorro imediato.
• 2ª fase – morte ocorre nas primeiras horas após o acidente. Um adequado
atendimento pré e intra-hospitalar pode prevenir essas mortes.
• 3ª fase – morte ocorre dias ou semanas após o trauma, originadas de com-
plicações que levam a disfunções orgânicas.
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Período de ouro
Hora Zero
Trauma aconteceu
Remoção Acesso
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Anotações:
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S– Sintomas
A– Alergia
M– Medicamentos em uso
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5. Sinalização
Anotações:
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Lembre-se que, ao sinalizar, você deve estar em segurança para não ser mais
uma vítima.
6. Funções do APH
O APH possui três funções principais: reanimação, salvamento e trans-
porte.
6.1. Reanimação
A reanimação consiste em es-
tabelecer medidas que visem
o retorno dos sinais vitais à
normalidade, ou seja, promo-
ver medidas salvadoras através
da estabilização das vias aéreas
com proteção da coluna cervical,
assistência à ventilação e respi-
ração, cuidados com a circulação
com controle do sangramento,
avaliação da disfunção neuroló-
gica e alinhamento de fraturas
e curativos em ferimentos, com
prevenção da hipotermia.
Em outras palavras, consiste em promover um adequado atendimento ini-
cial ao traumatizado para levá-lo com as melhores condições possíveis à uni-
dade de atendimento de destino.
Anotações:
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6.2. Salvamento
O salvamento é um desafio no APH por promover o atendimento de vítimas
em condições adversas como vítima em ferragens, resgate em altura e even-
tos com produtos perigosos.
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II – Resgate em altura
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Classe de risco
Características do produto
X423
2257
Número da ONU
(Identificado do produto)
1 Explosivo
2 Gás
3 Líquido inflamável
4 Sólido inflamável
7 Substância radioativa
8 Substância corrosiva
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6.3. Transporte
Outra função do APH é transportar
as vítimas até a unidade adequada
e destinada a promover a continui-
dade do atendimento.
O transporte pode ser por via ter-
restre, com as convencionais ambu-
lâncias; via aérea, com helicópteros
e aviões; e via aquática, com lan-
chas e barcos.
A unidade usada para transporte
deve oferecer os recursos necessá-
rios para a manutenção da vida do
paciente.
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Urgências Traumáticas
Anotações:
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Síntese
Os cuidados pré-hospitalares são imprescindíveis para o atendimento inicial do
trauma na cena. O contínuo treinamento das equipes, com reconhecimento e
prática dos princípios de ouro do APH, busca uma adequada reanimação inicial,
salvamento eficaz e transporte à unidade de destino, com consequente diminui-
ção da mortalidade nas fases iniciais.
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Urgências Traumáticas
Referências bibliográficas
Blow O, Magliore L, Claridge JA, Butler K, Young JS. The golden hour and the
silver day: detection and correction of occult hypoperfusion within 24 hours im-
proves outcome from major trauma. J Trauma 1999;47(5):964-9.
McNicholl BP. The golden hour and prehospital trauma care. Injury
1994;25(4):251-4.
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