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Aula 01
Apresentação da disciplina
1. Sinais Vitais
2. Emergência e Urgência
• Emergências clínicas
• Primeiros Socorros
• Rede de atendimento às urgências: SAMU, Corpo de Bombeiros, UPA, hospital
3. Fraturas. luxações e entorses, incluindo as ocorrências esportivas
• Traumatismos músculo esqueléticos: imobilizações e prevenção de complicações;
• Técnicas de ressuscitação cardiorrespiratória Contexto dos agravos por causas externas:
trauma acidental e trauma intencional
4. Imobilização
• Avaliação da vítima de trauma
• Técnicas de transporte
5. Feridas agudas e hemorragias
6. Queimaduras
• Acidentes devido ao calor: queimaduras, insolação e internação
Conteúdo Programático:
Em junho de 1859, na região de Solferino (norte da Itália), o jovem suíço Jean Henry Dunant,
em busca de Napoleão III imperador da França, o qual presenciou uma guerra de Franceses e Italianos
milhares de soldados que morriam abandonados nos campos de batalha. Ferimentos simples, pequenas
fraturas e lesões por armas, ainda que com pouca gravidade, eram causas de mortes desses muitos
soldados que em meio à batalha não recebiam quaisquer tipo de atendimento e por complicações
Permaneceu ali organizando este grupo por três dias quando, ao retornar à sua cidade, empenhou-se
por escrever um livro publicado em novembro de 1862 intitulado “Uma Recordação de Solferino”, onde
Todos eles eram cidadãos suíços que se empenharam no sentido de organizar uma Conferência
resoluções e 3 moções que deram origem à Cruz Vermelha. Estas resoluções previam, dentre outras
medidas: a criação, em cada país, de um Comitê de Socorro, que ajudaria em tempos de guerra, os
neutralidade das ambulâncias, dos hospitais militares e do pessoal de saúde; a adoção de um símbolo
definitivo uniforme: uma braçadeira branca com uma cruz vermelha em fundo branco. (Cruz
adotados com o fim de preservar vidas sob risco iminente e em condições de urgência e/ou emergência.
Esses procedimentos são realizados geralmente por pessoas comuns, com conhecimentos teóricos e
Como o próprio nome sugere, são os procedimentos de emergência que devem ser aplicados a
uma pessoa em perigo de vida, visando manter os sinais vitais e evitando o agravamento do quadro, até
É importante lembrar que o socorrista deve sempre estar atento à sua segurança e à da vítima.
Situações que o coloquem em risco desnecessário devem ser evitadas (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA,
2018).
Portanto, qualquer indivíduo que possua treinamento básico em primeiros socorros estará
2021)
Primeiros Passos Antes do Socorros
Têm-se percebido na maioria dos casos de acidentes, que as pessoas leigas dotadas apenas de
boa vontade e solidariedade, no atendimento a uma vítima sem as devidas instruções acerca de
primeiros socorros e suas técnicas, que elas acabam causando muito mais danos, do que benefícios,
agravando ainda mais a situação de um ferido e/ou intoxicado, do que colaborando para a melhoria de
um quadro clínico. O tempo decorrido para que uma pessoa leiga identifique uma situação de risco, por
exemplo, é muito maior do que uma que teve um preparo para lidar com situações de emergência, o
em situação de urgência e emergência, vítima de acidente, mal súbito ou enfermidade aguda, até o
atendimento definitivo realizado por profissionais de saúde treinados (SOUSA; SIMÕES; MOREIRA,
2018). Para um leigo ser considerado um socorrista é necessário que o mesmo seja submetido a um
treinamento básico em primeiros socorros, para que possa estar capacitado ao atendimento inicial a
• Emergência: Estado que necessita de encaminhamento rápido ao hospital. O tempo gasto entre o
momento em que a vítima é encontrada e o seu encaminhamento deve ser o mais curto possível.
• Urgência: Estado grave, que necessita atendimento médico embora não seja necessariamente
urgente.
(GIGLIO-JACQUEMOT, 2005)
Urgência e Emergência
Em situações de riscos onde o socorrista não pode manter sua segurança e a da vítima,
rapidamente os serviços de resgates devem ser acionados, neste momento, o ideal é evitar que outras
pessoas possam se ferir e aguardar o serviço de resgate para proteção da vítima do acidente (GRAU,
2015).
As Fases do Socorro
Avaliação da Cena
Além da exposição a riscos físicos, o socorrista pode estar exposto ao risco biológico, através da
contaminação pelos vírus HIV, Hepatite B e C, mediante o contato com sangue ou outros fluídos
entrem em contato com fluídos corporais das vítimas (p. ex. saliva, vômito). As precauções-padrão
consistem em barreiras físicas que evitam o contato direto com sangue e secreções dos acidentados. As
gravidade das mesmas e todas as outras informações que possam ser úteis para a notificação do
acidente.
• Clínica: Causada por condições fisiológicas da vítima, como um mal-estar, um ataque cardíaco,
• Trauma: Gerada por mecanismos de troca de energia, como colisões automobilísticas, quedas,
Avaliação da Vitima
A avalição do paciente deve ser realizada de forma rápida, identificando os fatores de risco de
vida e, direcionando os cuidados por ordem de gravidade. Acidentes que envolvem múltiplas vítimas
para priorizar a abordagem às situações mais graves e as que tenham maior potencial de sobrevivência
Em situações de urgência, sempre se deve solicitar ajuda para auxílio ao atendimento à vítima.
EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS, 2007). No Brasil, os serviços de resgates são acionados pelos
telefones:
• 192 – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) 193 – Bombeiros
• 190 - Polícia Militar 199 - Defesa Civil
• 191 - Polícia Rodoviária Federal 0800-722-6001 - Disque Intoxicação (ANVISA)
FUNDAMENTOS DA GESTALT:
É importante também consultar a lista telefônica em sua região para saber os demais telefones úteis, de
acordo com a localidade em que onde você reside e sempre tê-los à mão para eventuais situações que
Uma opção é solicitar se possível a outra pessoa que peça auxílio chamando o socorro
especializado comunicando a provável causa do acidente, o número de vítimas, a gravidade das mesmas
e todas as outras informações que ele precisar. Estas informações você terá obtido anteriormente,
Sinalização
Efetuar, sempre que necessário, a sinalização do local para evitar a ocorrência de novos
acidentes. Pode ser feita com cones, fita zebrada, ou qualquer objeto que chame a atenção de outras
pessoas para o cuidado com o local, na falta destes recursos, pode-se pedir para que uma pessoa fique
Atendimento
Ao iniciar o atendimento, deve-se ter em mente o que fazer e o que não fazer. Manter o
autocontrole é imprescindível nesta fase. Não minta para a vítima. Procure expressar segurança e
confiança no que faz. No atendimento, a pessoa que estiver prestando os primeiros socorros deve
Exame primário
VOS
As Fases do Socorro
Exame Secundário
• Avaliar os 4 sinais vitais: pulso, respiração, pressão arterial (PA), quando possível e temperatura.
• Avaliar os 3 Sinais Diagnósticos: tamanho das pupilas; enchimento capilar (perfusão sanguíneas das
O QUE FAZER
COMO AGIR
• Manter a calma
• Afastar os curiosos
• Quando aproximar-se, ter certeza de que está protegido (evitar ser atropelado)
• Chamar ajuda
As Fases do Socorro
Avaliação da Cena
Avaliação da Vitima
Sinalização
Atendimento
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM PRIMEIROS SOCORROS
resgate de vítimas em que não é possível realizar os primeiros socorros, encarregados de realizar o
transporte da(s) vítima(s) a uma unidade de saúde especializada de acordo com o caso específico.
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM PRIMEIROS SOCORROS
POLÍCIA MILITAR: Responsável por fazer atendimentos prévios, no caso de ser o primeiro serviço
especializado a chegar ao local, manter a ordem do fluxo de trânsito e de pessoas (curiosos), apurar
urgência, criado por uma portaria do Ministério da Saúde, e gerido pela Secretaria de Saúde de cada
estado ou município. Realiza um serviço de atendimento às vítimas de acidentes e estados clínicos que
ambulâncias, enquanto a(s) vítima(s) são transportadas a um hospital ou unidade de saúde mais
próximos.
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM PRIMEIROS SOCORROS
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: Em casos de acidentes em rodovias mais isoladas de grandes centros, é
recomendável acionar o serviço da PRF, pois é a instituição que provavelmente estará mais próxima da
ocorrência, uma vez que é a polícia responsável por zelar do bom fluxo em rodovias nacionais.
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM PRIMEIROS SOCORROS
DEFESA CIVIL: É o órgão nacional responsável por organizar prevenções de acidentes e desastres
DISQUE INTOXICAÇÃO (ANVISA): É um serviço criado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, com
pediátrico. São indicados para atendimento de urgência e emergência quando o paciente apresentar
dores de cabeça muito forte, dores no peito, dores nas costas, falta de ar, vômito com sangue, queda
com desmaio, convulsão, formigamento no rosto deixando a boca torta, situações de engasgo, crises
nervosas, sangramento sem motivo, desmaios, envenenamento, overdose, ferimento e cortes simples
ou queimaduras.
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM PRIMEIROS SOCORROS
HOSPITAL: É parte integrante de uma organização médica e social, cuja função básica consiste em
proporcionar à população assistência médica integral, curativa e preventiva, sob quaisquer regimes de
• Talas moldáveis para imobilização de fraturas, luxações e entorses, de diversos tamanhos fisiológico
• Tesoura sem ponta • Plástico estéril para evisceração e/ou queimaduras • Fita crepe
• Colar cervical de diversos tamanhos: infantil, pequeno, médio, grande • Atadura de crepe
Referências
• QUILICI, A. P.; TIMERMAN, S. Suporte básico de vida: primeiro
atendimento na emergência para profissionais da saúde. Barueri:
Manole, 2011.
• MARTINS, H. S.; DAMASCENO, M. C. T.; AWADA, S. B. Pronto socorro:
medicina de emergência. Barueri: Manole, 2013.
• KARREN, K. J. et al. Primeiros socorros para estudantes. 10 ed. Barueri:
Manole, 2013.
• LUONGO, J. Tratado de primeiros socorros. São Paulo: Rideel, 2014.
• GOMES, L. E. Guia prático de primeiros socorros. 3 ed. São Paulo:
Rideel, 2010.
Referências
• DE SOUSA, S. C, SIMÕES, L. A. MOREIRA, A. R. Noções de primeiros
socorros em ambientes de saúde.
• UFMG, 2018. [acesso em 2018 setembro 18]. Disponível em:
https://www.ufmg.br/prorh/wp-content/uploads/2018/02/Apostila-de-
Primeiros-Socorros-DAST.pdf
• GRUPO DE RESGATE E ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
(GRAU). Pré-Hospitalar. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2015.
• NATIONAL ASSOCIATION OF EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS.
Atendimento Pre-hospitalar Ao Traumatizado-Phtls. Elsevier Brasil,
2007.
• NELSON, T. B. Manual de Primeiros Socorros. SINTRA, 2008 [acesso em
2018 setembro 18]. Disponível em: https://www.bombeiros.pt/wp-
content/uploads/2013/09/ManualdePrimeirosSocorros.pdf
Referências
• AZEVEDO T.MVE..Atendimento Pré-Hospitalar na Prefeitura do Município de
São Paulo: Análise do processo de capacitação das equipes multiprofissionais
Fundamentada na promoção da saúde. São Paulo: Escola de Enfermagem,
Universidade de São Paulo; 2002. GENTIL, Rosana Chami; RAMOS, Laís
Helena; WHITAKER, IvethYamaguchi. Capacitação de enfermeiros em
atendimento pré-hospitalar.
• Revista Latino-Americana deEnfermagem, Ribeirão Preto, v. 16, n. 2, Abr.
2008.Disponívelem:<http://www.scielo.br/scielo.php?
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Acesso em25 mar. 20013. ; LOMBA, André. Emergências: Pré-Hospitalares e
Segurança do Trabalho. Olinda: Saúde Total, 2006. Vol. 5.
• LOPES SLB & FERNANDES RJ. Uma breve revisão do atendimento médico pré-
hospitalar. Medicina, Ribeirão Preto, 32: 381-387, out./dez. 1999. Disponível
em: <http://www.cobralt.org/artigos/ artigo_cientifico_cobralt_9.pdf.>.
Acesso em: 26 Mar. 2013.