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08/06/2023, 06:54 Introdução ao atendimento de Primeiros Socorros

Introdução ao
atendimento de
Primeiros Socorros
Prof. Marco Aurélio Dalfior

Descrição

Estudo dos protocolos utilizados em Primeiros Socorros e suas aplicabilidades à vítima de um mal súbito ou traumatismo.

Propósito

Fornecer subsídios para o desenvolvimento das habilidades necessárias ao socorrista referentes à conduta, à avaliação de vítimas, aos Primeiros
Socorros e seus aspectos legais.

Objetivos

Módulo 1

Comportamento e conduta do profissional no atendimento de Primeiros Socorros


Conhecer os principais aspectos do comportamento e da conduta de um profissional que presta atendimento de Primeiros Socorros.

Módulo 2

Suporte básico de vida

Compreender os conceitos relacionados ao suporte básico de vida.

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Introdução
Este conteúdo traz noções referentes ao atendimento de Primeiros Socorros. Apresenta os conceitos relacionados ao suporte básico de vida
e às práticas relacionadas com o atendimento pré-hospitalar, considerando seus aspectos legais.

Descreve ainda os protocolos utilizados mundialmente antes da chegada de um profissional qualificado da área da saúde ao local de
atendimento, protocolos esses que minimizam o quadro clínico apresentado pela vítima e possibilita sua chegada a salvo em uma clínica ou
hospital.

Os principais aspectos da conduta do profissional que presta atendimento de Primeiros Socorros também são aqui apresentados para a
formação de socorristas.

Orientações sobre unidade de medida

rientações sobre unidade de medida


Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro
estabelece que deve existir um espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você
devem seguir o padrão internacional de separação dos números e das unidades.

1 - Comportamento e conduta do profissional no atendimento de Primeiros


Socorros
Ao final deste módulo, você será capaz de conhecer os principais aspectos do comportamento e da conduta de um profissional
que presta atendimento de Primeiros Socorros.

Um pouco de história
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Em 1792, Dominique Jean Larrey aplicava cuidados a pacientes nas guerras do período napoleônico. Os cuidados se davam no próprio campo de
batalha, configurando-se na primeira tentativa moderna de auxílio médico de urgência documentada. Outros relatos históricos relacionados aos
Primeiros Socorros datam do século XIX.

Jean Henry Dumant.

Em 1859, o suíço Jean Henry Dumant, administrador da Sociedade Anônima Moinhos de Mons Djemile, foi a Paris encontrar com Napoleão III com o
propósito de conseguir autorização para instalar uma Companhia, o moinho, na Argélia, que pertencia ao domínio francês. Dumant, atrás das linhas
francesas, teve a oportunidade de observar e constatar a chegada dos feridos de guerra sem qualquer atendimento pré-hospitalar adequado. O
número de feridos que chegava à unidade aumentava a cada dia, transformando-a em um posto de atendimento. A assistência aos feridos era
aplicada indistintamente a amigos e inimigos.

Ao regressar à Genebra, escreveu um relatório descrevendo sangrentas batalhas e situações horríveis que havia presenciado. Preconizou a criação
de organizações em todos os países, com o objetivo de socorrer os feridos sem distinção de nacionalidade.

Dumant, com o apoio de um general, um jurista e dois médicos, criou a “Sociedade Internacional Humanitária em
Defesa do Ferido de Guerra”. Fundou-se aí a Cruz Vermelha.

Em 1955, na França, surgiram as primeiras equipes móveis de reanimação, as quais tinham como missão a assistência médica a pacientes vítimas
de acidentes de trânsito e pacientes submetidos a transferências inter-hospitalares.

Mais de uma década depois, em 1960, quando os médicos detectaram a discrepância entre o atendimento hospitalar e o atendimento pré-hospitalar,
surgiu o Serviço de Atendimento de Urgência.

Saiba mais

Percebeu-se que o trabalho de equipes treinadas, com a participação médica no local da urgência ou emergência, aumentava as chances de
sobrevivência dos atendidos. O processo de criação do Serviço de Atendimento de Urgência arrolou cuidados básicos e avançados que tinham
como norte a reestruturação da respiração e a circulação sanguínea do atendido.

Já os Serviços Móveis de Urgência e Reanimação (SMUR) foram oficialmente implantados em 1965, dispondo de Unidades Móveis Hospitalares
(UMH). Em 1968, o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) nasceu com o objetivo de coordenar as atividades do SMUR por meio de
um centro de regulação médica.

Após a regulamentação de 1987, as UMHs passaram a atuar nos domicílios dos pacientes, caracterizando os princípios do atendimento pré-
hospitalar que elencamos a seguir:

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O auxílio médico urgente é As intervenções sobre o A abordagem de cada caso As responsabilidades de cada
uma atividade sanitária. terreno devem ser rápidas, deve ser, simultaneamente, profissional e as inter-
eficazes e com meios médica, operacional e relações com os demais
adequados. humana. atores devem ser
estabelecidas claramente.

Em 1989, em Portugal, foi proclamada a “Declaração de Lisboa”, configurando-se as bases éticas da regulação médica.

Veja, a seguir, um pouco mais sobre a história do SAMU.

SAMU expand_more

O SAMU teve início no Brasil por meio de um acordo bilateral com a França. O Ministério da Saúde brasileiro optou pelo modelo francês que
exige a presença de um médico, obrigatoriamente, nas viaturas de suporte avançado. No modelo estadunidense, por exemplo, as atividades
de resgate são realizadas, primariamente, por profissionais paramédicos — que não existe no Brasil.

No início da década de 1980, o estado de São Paulo já mostrava preocupação com a melhoria do atendimento pré-hospitalar, porém somente
em 1988 foi criado o “Projeto Resgate” ou SAMU (Serviço de Atendimento Móvel às Urgências), baseado no modelo francês. No que tange à
formação profissional, SAMU inspirou-se no modelo estadunidense e o adaptou à realidade brasileira.

Inicialmente, o Serviço de Atendimento Móvel às Urgências era vinculado ao Corpo de Bombeiros. Um médico da Secretaria de Saúde do
Estado regulava as solicitações de atendimento pela linha 193 interligada ao sistema 192 (Central de Solicitações de Ambulâncias da
Secretaria de Saúde). Esse sistema ainda existe hoje com algumas modificações.

Na última década, gestores de saúde pública dos estados sentiram necessidade de melhoria e expansão do atendimento pré-hospitalar.
Diversas cidades possuem o SAMU ou estão implantando o sistema, incluindo Araraquara, Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Fortaleza,
Marília, Porto Alegre, Recife, entre outras. Cada cidade possui um sistema próprio, deixando óbvio que não há um sistema padrão e perfeito.

Ambulância atual do SAMU.

Primeiros Socorros
O atendimento que procura chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido um agravo à saúde que possa levar ao sofrimento, a sequelas ou
mesmo ao óbito, é considerado como nível pré-hospitalar móvel na área de urgência ou Primeiros Socorros.

Os Primeiros Socorros prestam atendimento e/ou transporte adequado a um serviço de saúde devidamente hierarquizado e integrado ao Sistema
Único de Saúde (SUS).

Saiba mais
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Você sabe o que é o SUS?


O Sistema Único de Saúde (SUS) é garantido pela Constituição Federal de 1988. Atende mais de 200 milhões de pessoas que dependem
exclusivamente do sistema público de saúde. O SUS é financiado pelo próprio cidadão brasileiro por meio de impostos, ou seja, com recursos da
União, dos estados e dos municípios.

Quando a saúde está em xeque, logicamente, quanto antes forem prestados os atendimentos médicos necessários melhores serão as chances de
sucesso. Em uma emergência, cada segundo é crucial para determinar o que acontecerá posteriormente. Os Primeiros Socorros dependem de
atitudes que minimizem o quadro clínico apresentado pela vítima.

Confiança e superação emocional são pilares necessários para o atendimento. Não existe um procedimento exato para socorrer alguém, a
possibilidade de equívocos vai sempre existir. Mesmo um médico experiente pode se surpreender diante de uma urgência e não prestar o
atendimento adequado, se não possuir os devidos equipamentos e/ou instrumentos.

Atenção

Se você está inseguro ou com dúvida em relação à atitude a ser tomada em um atendimento, solicite a ajuda de alguém o mais rápido possível. Se o
caso é interpretado por você como uma situação grave, o melhor é não tomar qualquer atitude referente à vítima, apenas solicite o resgate o mais
rápido possível.

Toda pessoa que realizar um Atendimento Pré-Hospitalar (APH) — mais conhecido como Primeiros Socorros — deve atentar para a própria
segurança. O impulso de ajudar outras pessoas não justifica a tomada de decisões inconsequentes, que acabem transformando-o em mais uma
vítima.

A seriedade e o respeito também são premissas básicas para um bom APH. Para tanto, deve-se evitar que a vítima seja exposta
desnecessariamente e manter o devido sigilo sobre as informações pessoais reveladas durante o atendimento.

Quando se está lidando com vidas, o tempo é um fator que não deve ser desprezado. A demora na prestação do
atendimento pode definir a vida ou a morte da vítima, assim como os procedimentos inadequados.

É importante lembrar que um ser humano pode passar até três semanas sem comida, uma semana sem água, porém, é pouco provável que
sobreviva mais que cinco minutos sem oxigênio.

Conceitos-chave para o atendimento de Primeiros Socorros

O profissional socorrista deve ter bem claros os conceitos-chave do atendimento de Primeiros Socorros. Leia-os com atenção.

Acidente

Fato do qual resultam pessoas feridas e/ou mortas que necessitam de atendimento.

Incidente

F t t d t d l ã lt t f id d f i f t
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Fato ou evento desastroso do qual não resultam pessoas mortas ou feridas, mas que pode oferecer risco futuro.

Manutenção da vida

Ações desenvolvidas com o objetivo de garantir a vida da vítima, sobrepondo-se à "qualidade de vida".

Prestador de socorro

Pessoa leiga, com o mínimo de conhecimento, capaz de prestar atendimento à vítima até a chegada do socorro especializado.

Qualidade de vida

Ações desenvolvidas para reduzir as sequelas que possam surgir durante ou após o atendimento.

Sinal

É a informação obtida a partir da observação da vítima.

Sintoma

É a informação a partir de um relato da vítima.

Socorrista

Titulação utilizada em algumas instituições de caráter funcional ou operacional como Corpo de Bombeiros, Cruz Vermelha Brasileira,
Brigadas de Incêndio etc.

Para facilitar o estudo, vamos apresentar alguns conceitos que envolvem o atendimento prestado às vítimas em casos de urgência ou emergência
em qualquer acidente ou mal súbito antes da chegada do médico, da ambulância ou de qualquer profissional qualificado da área da saúde.

Urgência
Situação em que não há risco de vida. Em uma urgência, a vítima pode receber os cuidados imediatos no local onde se encontra. Vejamos as
diferentes categorias de urgência:

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Extrema urgência (remoção imediata)


As situações que configuram a extrema urgência são:

Hemorragia interna expand_more

O sangue invade cavidades, como peritônio, pleura, pericárdio, meninges ou se difunde nos interstícios dos tecidos.

Grandes queimados expand_more

Toda e qualquer lesão sofrida pelos tecidos em consequência da ação curta ou prolongada de calor, atuando por contato direto ou por
radiação. A pele é o maior órgão do corpo humano e a barreira contra a perda de água e calor do corpo; tem também papel importante na
proteção contra infecções. As queimaduras têm o potencial de desfigurar, causar incapacitações e mesmo o óbito. A gravidade das lesões
tegumentares varia de acordo com a extensão e a profundidade da área atingida e será proporcional ao tempo de exposição e ao coeficiente
calórico da fonte de calor a que o tecido foi exposto.

Chocado expand_more

Situação grave que ocorre quando se perde grande quantidade de sangue ou qualquer líquido biológico, o que compromete a eficiência
sistólica do coração e o incapacita de bombear o sangue para todo o corpo, assim como nutrientes (oxigênio, eletrólitos, vitaminas,
proteínas, glicose, entre outros), acarretando problemas em vários órgãos e gerando risco de vida.

Asfixia expand_more

Aspiração de corpo estranho ocorre com maior frequência em crianças e produz sintomas diferentes dependendo da localização do corpo
estranho nas vias aéreas (que conduzem ar até os pulmões). Os sintomas vão desde tosse por irritação até a obstrução total da laringe nos
casos mais graves.

Feridas graves de tórax expand_more

Comprometimento de órgãos vitais como coração e pulmões, incapacitando-os fisiologicamente.

Primeira urgência (remoção na primeira hora)

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As situações que configuram a primeira urgência são:

Hemorragia externa
O sangue é eliminado para o exterior do organismo ou para os órgãos que se comunicam com o exterior, por exemplo, vias urinárias, vias aéreas,
vias digestórias.

Esmagamento
Caracteriza-se pela compressão do organismo (total ou parcial) e pode gerar fraturas ou esmagamento de órgãos.

Feridas graves abdominais


Comprometimento de vísceras abdominais, possibilitando quadros hemorrágicos ou falência visceral.

Segunda urgência (remoção nas primeiras 3 horas)

As situações que configuram a segunda urgência são:

Fraturas
Caracterizadas pela perda da continuidade do osso, podendo ser parcial ou total, haver ou não perda do contato entre as duas extremidades ósseas
e ser ou não causada por traumatismo.

Luxações
Deslocamento com a perda do contato entre as extremidades ósseas e as superfícies articulares, decorrentes do estiramento anormal dos
ligamentos. Nesse tipo de lesão, deve-se atuar imediatamente em razão do risco de se perder a possibilidade de um tratamento conservador não
cirúrgico.

Feridas profundas
Ocasionadas por acidentes resultantes de traumatismos, as feridas podem ser abertas ou fechadas. Nas feridas fechadas (contusão), a perda da
integridade da pele não acontece; já nas abertas e profundas, há perda da integridade da pele, quadro hemorrágico significativo e possibilidade de
óbito.

Pequena urgência (remoção posterior)


As situações que configuram a pequena urgência são:

Feridas de pouca gravidade


Comprometimento superficial da pele, hemorragia capilar.

Feridas nos membros


Quadro hemorrágico de pouca gravidade, mas requer hemostase.

Situação-problema
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Em uma situação hipotética de acidente, vamos classificar os tipos de urgência.

Em uma avenida movimentada, no centro da cidade, um socorrista avista um grave acidente de trânsito, aparentemente com muitas vítimas. Ao se
aproximar, confirma a gravidade da situação e solicita socorro especializado (193 — Corpo de Bombeiros). Prioriza sua segurança pessoal e avalia a
cena do acidente. Sinaliza o espaço, afasta os curiosos e, aguardando a chegada da equipe de socorros, imediatamente inicia a triagem das vítimas.
O socorrista tem formação para o atendimento pré-hospitalar. Veja, a seguir, as vítimas.

Vítima I

Apresenta graves ferimentos no tórax e quadro sugestivo de hemorragia interna, pois, mesmo sem verificar o extravasamento de sangue, a
pessoa encontra-se pálida, pele fria ao toque, pulso periférico rápido, fraco e quase imperceptível, além de tremores. Caracteriza um quadro de
extrema urgência e, portanto, necessidade de remoção imediata.

Vítima II

Ao verificar a vítima presa nas ferragens do veículo, o socorrista visualiza um esmagamento no membro superior que compromete a circulação e
gera pequeno extravasamento de sangue. O socorrista realiza curativo compressivo para diminuir ou mesmo cessar o sangramento (hemostasia).
Tal quadro caracteriza primeira urgência e, portanto, necessidade de remoção na primeira hora.

Vítima III

Na terceira vítima, o socorrista confirma uma luxação no ombro direito: a pessoa apresenta deformidade articular com deslocamento do osso
úmero (braço) em relação à articulação gleno-umeral (ombro). Constitui, assim, uma segunda urgência e, portanto, necessidade de remoção nas
primeiras 3 horas.

Vítima IV

Apresenta leves escoriações, ou seja, comprometimento superficial da pele com hemorragia capilar, caracterizando uma pequena urgência e,
portanto, necessidade de remoção posterior.

Vítima V

O condutor do veículo apresenta traumatismo craniano com suspeita de comprometimento encefálico. Ao verificar a fotorreatividade pupilar, o
socorrista observou pupilas anisocóricas, ou seja, de tamanhos desiguais: uma contraída (miose) e outra dilatada (midríase). O quadro de
extrema urgência indica, portanto, necessidade de remoção imediata.

Como vimos, o socorrista ou prestador de socorro é um profissional qualificado e preparado para prestar os primeiros atendimentos em quaisquer
situações, desde que não exista comprometimento ou potencial perigo à sua vida. Veja, a seguir, algumas observações sobre o tabalho dele.

Observações sobre o trabalho do socorrista expand_more

Considerando a situação-problema apresentada anteriormente, percebemos que, ao abordar as vítimas, o socorrista determinou rapidamente
a presença dos sinais vitais e priorizou o atendimento de acordo com as condições de cada pessoa. Não é uma tarefa fácil. O socorrista

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deve ter habilidade para dar e receber instruções, orientações verbais e escritas; administrar tratamento imediato e apropriado na ordem de
prioridade ditada pelo bom senso; promover e improvisar com segurança.

O socorrista deve estar preparado a todo momento, pois acidente ou mal súbito ou trauma não escolhe hora nem local. Saber superar as
emoções é uma virtude imperiosa em relação ao atendimento, pois a descarga de adrenalina num acidente dificulta o acesso à informação
guardada no córtex cerebral, o que pode comprometer a eficácia do atendimento pré-hospitalar.

Durante o atendimento, é óbvio que o socorrista não tem tempo para acessar qualquer tipo de manual ou apostila sobre Primeiros Socorros,
todas as suas decisões devem ser rápidas e protocolares.

Emergência

Situação em que há risco de vida. A emergência caracteriza-se pela necessidade do transporte imediato da vítima para um hospital ou clínica. Para
que você entenda melhor, veja a seguir alguns exemplos de emergência e suas definições.

PCR (parada cardiorrespiratória) expand_more

Ausência de pulso nas grandes artérias de vítimas inconscientes. Só existe PCR, ou seja, a parada cardíaca está vinculada à parada
respiratória, pois assim que o coração parar, também ocorrerá parada da função respiratória.

Grandes hemorragias expand_more

Quanto maior a quantidade de sangue perdida, mais grave é a hemorragia. A hemorragia não pode ser medida, mais sim estimada pelo
quadro clínico da vítima. É necessário observar sinais de choque compensado ou descompensado: perdas acima de 30% (>1.500 ml)
causam choque descompensado com hipotensão arterial, alterações de funções mentais, agitação, confusão ou inconsciência, sede intensa,
pele fria, palidez, suor frio, taquicardia superior a 120 bpm, taquipnéia severa e pulso radial ausente.

Habilidades e formação do socorrista


A maioria das universidades não oferece cursos específicos de Primeiros Socorros, mesmo as de Medicina e Enfermagem. Profissionais formados
em tais graduações atuam em suas especialidades, deixando em segundo plano a prática do atendimento de Primeiros Socorros.

A formação do socorrista depende de uma gama de informações básicas voltadas para a prevenção de doenças e acidentes, o que permitiria a
qualquer pessoa disposta a aprendê-las prestar os primeiros atendimentos. As finalidades da formação do socorrista são:

Preservar a vida
O objetivo principal de um socorrista ou prestador de socorro é preservar a vida, sem se importar inicialmente com a qualidade de vida.

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Restringir os efeitos da lesão


A atitude de um socorrista para estancar o sangue (hemostasia) ou diminuir o sangramento de uma vítima possibilita que a mesma chegue ao
socorro especializado (clínica/hospital).

Promover a recuperação da vítima


Liberar as vias aéreas da vítima e posicioná-la corretamente facilita a respiração e o devido fluxo sanguíneo.

Habilidades requeridas a um socorrista

Coordenação motora.
Equilíbrio emocional.
Destreza física no transporte, no levantamento, na retirada, na escalada e em outras manobras similares.
Capacidade para dar e receber instruções e orientações, verbais e escritas.
Espírito de liderança.
Bom senso, compreensão e paciência.
Iniciativa e atitudes firmes.
Solidariedade humana.

Atribuições do socorrista

1. Avaliar a cena com identificação de mecanismo do trauma.

2. Avaliar a situação com rapidez e segurança e pedir socorro médico adequado.

3. Garantir a segurança pessoal e das vítimas no local do atendimento e realizar exame primário, avaliando as condições de vias aéreas, respiração,
circulação e estado neurológico.

4. Medir e avaliar sinais vitais e sinais de apoio.

5. Identificar, na medida do possível, as lesões ou a natureza do problema que afeta a vítima.

6. Observar, planejar e executar.

7. Improvisar com segurança.

8. Administrar tratamento imediato e apropriado em ordem de prioridade ditada pelo bom senso.

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9. Conseguir a remoção da vítima para um hospital, a fim de que tenha cuidados médicos. Muitas vezes basta encaminhar a vítima para casa.

A formação profissional do socorrista


A formação do socorrista não é restrita aos médicos. Pode fazer parte do currículo de diversos profissionais da área da saúde, como paramédicos,
enfermeiros, auxiliares de enfermagem, além dos que trabalham com segurança pública, tais quais: bombeiros, policiais, entre outros.

Como o leigo também não está isento de precisar prestar os primeiros atendimentos às vítimas de um mal súbito ou traumatismo, aqui iremos
abordar as atribuições relacionadas ao profissional qualificado e ao leigo para discernir tais responsabilidades.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), acidente é todo acontecimento não intencional que pode provocar lesão corporal ou
perturbação reconhecível. O profissional qualificado da área de saúde e portador de EPIs (equipamentos de proteção individual) está apto para o
atendimento pré-hospitalar e tem capacidade de avaliar as condições gerais da vítima e direcioná-la para um hospital ou clínica. Cabe ao leigo
somente avaliar a cena do evento, sinalizar e pedir o socorro especializado o mais rápido possível por meio dos números telefônicos (192/193).

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Habilidades em Primeiros Socorros
Neste vídeo, o especialista fala sobre os requisitos necessários para o profissional realizar Primeiros Socorros.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

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Considerando o atendimento prestado às vítimas de qualquer acidente ou mal súbito antes da chegada do médico, da ambulância ou de
qualquer profissional qualificado na área de saúde, assinale a alternativa em que a vítima pode receber os cuidados imediatos no local onde se
encontra, não necessitando do transporte imediato.

A Emergência

B Primeiros Socorros

C Atendimento pré-hospitalar

D Urgência

E Extricação

Parabéns! A alternativa D está correta.

O conceito de urgência remete ao atendimento prestado à vítima no local onde a mesma se encontra, considerando o quadro clínico geral para
a tomada de decisão.

Questão 2

Prevenção de acidentes ou mesmo prestar os Primeiros Socorros caracterizam sinais de civilidade e respeito ao próximo. Assinale a alternativa
que não caracteriza a finalidade de um socorrista.

A Preservar a vida.

B Restringir os efeitos da lesão.

C Promover a recuperação da vítima.

D Verificar os sinais da vítima.

E Sinalizar o local do acidente.

Parabéns! A alternativa E está correta.

O socorrista visa à manutenção da vida e não à qualidade de vida. Assim, apenas a sinalização do local do acidente não é suficiente para tal
finalidade.

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2 - Suporte básico de vida


Ao final deste módulo, você será capaz de conhecer os conceitos relacionados ao suporte básico de vida.

Legislação
No que tange ao atendimento de Primeiros Socorros, o profissional da saúde deve conhecer alguns marcos da legislação brasileira que vamos
relacionar aqui.

Constituição Federal
O respeito à vida é tão importante que seu direito é um bem jurídico tutelado constitucionalmente no art. 5 caput da Constituição da República
Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988. O dever de prestar os Primeiros Socorros advém da necessidade de manutenção da
coesão social. Além de um dever moral de solidariedade, o atendimento de Primeiros Socorros constitui um dever legal positivado pelo direito
brasileiro.

Art. 5º
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes.

Art. 196
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Código Penal

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Art. 135 do Código Penal Brasileiro — Resolução nº 218/97 do Conselho Nacional de Saúde. Código de Ética dos Profissionais de saúde.

Constitui Lei Penal (art. 135 do Código Penal – Omissão de Socorro) não prestar auxílio a uma pessoa em
perigo, pois abster-se é um delito, além de falta de solidariedade humana. A ação é obrigatória e imediata.
Pena: detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa.

Parágrafo Único — A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave; e
triplicada, se resulta a morte. Importante: O fato de chamar o socorro especializado, nos casos em que a
pessoa não possui um treinamento específico ou não se sente confiante para atuar, já descaracteriza a
ocorrência de omissão de socorro.

(ART. 135 DO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO)

As situações de recusa ao atendimento de Primeiros Socorros podem acontecer nas seguintes circunstâncias:

Evidência real de óbito (decapitação/decomposição)

Diante de uma vítima decapitada ou mesmo em estado de decomposição, logicamente o socorrista não irá prestar os Primeiros Socorros, porém
pode analisar a cena e solicitar a retirada do corpo.

Estado terminal de doença incurável

Ao interpretar uma enfermidade clinicamente diagnosticada, o socorrista não necessita prestar os Primeiros Socorros.

Vítima em apnéia e sem pulso há mais de quinze minutos

Parada respiratória e ausência de pulso, considerando tempo superior a quinze minutos, caracterizam óbito clinicamente determinado.

Perigo imposto ao socorrista

Ao avaliar a cena e interpretar perigo ao redor, o socorrista deve considerar sua segurança pessoal e prestar o socorro no momento oportuno.

Sem EPI

O equipamento de proteção individual é de uso obrigatório por parte do socorrista, porém ele poderá improvisar o atendimento, mas com
segurança.

Principais materiais e equipamentos de proteção individual (EPIs) para o atendimento de Primeiros Socorros expand_more

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Algodão
Esparadrapo
Papel e caneta
Ataduras
Estetoscópio
Pinças hemostáticas
Atadura elástica
Gaze esterilizada
Respirador “Ambu”
Cobertor térmico
Lenço triangular
Sabão
Colar cervical
Luva de procedimentos
Soro fisiológico
Compressas limpas
Máscaras
Talas variadas
Curativos protetores
Micropore
Cânulas de Guedel
Maca rígida
Colete de imobilização KED
Tesoura
Esfignomanômetro
Óculos de proteção
Válvula para Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP)

Conselho Nacional de Saúde


A Resolução nº 218/97 do Código de Ética dos Profissionais de Saúde reconhece como profissionais de saúde de nível superior as seguintes
categorias: assistentes sociais, biólogos, profissionais de educação física, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos,
médicos veterinários, nutricionistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais.

Inicialmente, somente o médico teria a obrigação legal de agir em situações de socorro, mas isso também passou
a se aplicar a bombeiros e policiais.

Buscando um discernimento maior em relação ao atendimento de Primeiros Socorros prestado à vítima e considerando os aspectos legais e éticos
envolvidos na ação, faremos a abordagem de dois grupos distintos, o leigo e o médico. Veja a seguir.

Socorro prestado pelo leigo

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08/06/2023, 06:54 Introdução ao atendimento de Primeiros Socorros

Se o socorrista é um leigo e não toma qualquer atitude, pois desconhece as técnicas protocolares necessárias ou apresenta instabilidade
emocional, não comete qualquer tipo de delito. Afinal, não possui conhecimento básico para agir em tal situação. Todavia, a atitude mínima
esperada é que solicite ajuda o mais rápido possível e sinalize o local. A prática desesperada/despreparada de Primeiros Socorros por parte do
leigo pode agravar o quadro clínico apresentado pela vítima.

Socorro prestado pelo médico

Além do art. 135 do Código Penal — Omissão de socorro supracitado, o médico responde também ao Código de Ética da Medicina em seu Artigo
1:

“A Medicina é uma profissão a serviço da saúde, do ser humano e da coletividade e deve ser exercida sem discriminação de qualquer natureza.”

Dessa forma, o médico precisa estar ciente de suas obrigações que certamente serão questionadas futuramente.

Direitos da vítima
São direitos da vítima a recursa para o atendimento e o consentimento para o atendimento. Veja a seguir.

Recusa para o atendimento

O prestador de socorro deve saber que a vítima possui o direito de recusar o atendimento. No caso de adultos, esse direito existe quando as vítimas
estiverem conscientes e com clareza de pensamento. A recusa de atendimento pode ocorrer por diversos motivos, por exemplo, crença religiosa ou
falta de confiança no prestador de socorro.

A vítima não pode ser forçada a receber os Primeiros Socorros. Mas o socorrista deve se certificar de que o
socorro especializado foi solicitado e continuar monitorando a vítima enquanto tenta ganhar a sua confiança pelo
diálogo.

No caso de crianças, a recusa do atendimento pode ser feita pelo pai, pela mãe ou pelo responsável legal. Se a criança é retirada do local do
acidente antes da chegada do socorro especializado, o prestador de socorro deve, se possível, arrolar testemunhas que comprovem o fato.

Se a vítima estiver impedida de falar em decorrência do acidente, mas demonstre por meio de sinais que não aceita o atendimento, fazendo uma
negativa com a cabeça ou empurrando a mão do prestador de socorro, o socorrista deve proceder da seguinte maneira:

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O prestador de socorro não Não questionar suas razões, Não tocar na vítima, pois isso Informar a vítima que possui
deve discutir com a vítima. principalmente se elas forem poderá ser considerado como treinamento em Primeiros
baseadas em crenças violação dos seus direitos. Socorros, mas respeitará o
religiosas. direito de recusa ao
atendimento.

Consentimento para o atendimento


O consentimento para o atendimento de Primeiros Socorros pode ser formal ou implícito. Veja a seguir.

Consentimento formal

A vítima verbaliza ou sinaliza que concorda com o atendimento, depois de o prestador de socorro ter se identificado como tal e informado à
vítima que possui treinamento em Primeiros Socorros.
close

Consentimento implícito

Ocorre quando a vítima está inconsciente, confusa ou gravemente ferida, a ponto de não poder verbalizar ou sinalizar que consente o
atendimento.

No caso do consentimento implícito, a legislação cita que a vítima daria o consentimento, caso tivesse condições de expressar o seu desejo de
receber o atendimento de Primeiros Socorros.

Comentário
O consentimento implícito pode ser adotado também no caso de acidentes envolvendo menores desacompanhados dos pais ou responsáveis
legais. Do mesmo modo, a legislação cita que o consentimento seria dado pelos pais ou responsáveis, caso estivessem presentes no local.

Etapas básicas e protocolares para o atendimento de Primeiros Socorros


Prestar os Primeiros Socorros não é uma tarefa fácil, pois, além da superação emocional diante da cena apresentada, exige do socorrista
conhecimento básico para o atendimento pré-hospitalar. A possibilidade de um equívoco sempre existe, podendo agravar o quadro clínico
apresentado pela vítima. Para que tal fato não ocorra, vamos considerar etapas básicas e protocolares para o atendimento de Primeiros Socorros:

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Avaliar a cena do evento, ter cuidados com a segurança pessoal, observar e sinalizar.
Abordar a vítima, verificar sua responsividade e priorizar sinais vitais/apoio.
Solicitar serviço de auxilio 193/192, se necessário.
Prestar atendimento segundo a gravidade.
Organizar remoção da vítima.

Detalharemos a seguir a avaliação da cena e a avaliação clínica da vítima, assim como forneceremos detalhes sobre os sinais vitais e os sinais de
apoio, além das alterações que o paciente pode apresentar durante o atendimento de Primeiros Socorros.

Avaliação da cena

A primeira atitude a ser tomada no local do acidente é avaliar os riscos que possam colocar em perigo a pessoa prestadora dos Primeiros Socorros.
Se houver algum perigo em potencial, deve-se aguardar a chegada do socorro especializado.

Nessa fase, verifica-se a provável causa do acidente, o número de vítimas e a possível gravidade de caso. Todas as outras informações que possam
ser úteis para a notificação do acidente devem ser verificadas, bem como a utilização dos equipamentos básicos de proteção individual (EPIs: luvas,
máscaras, óculos, capote etc.).

A solicitação de auxílio a serviços especializados como Corpo de Bombeiros (193), SAMU (192), Polícia Militar (190), Polícia Civil (181) e Defesa
Civil (199) também é indicada.

Na fase de avaliação da cena, o prestador de socorro tem algumas atribuições, algumas delas já vistas anteriormente:

Inteirar-se do ocorrido com tranquilidade e rapidez

Ao chegar no local do acidente, o socorrista deve avaliar a cena o mais rápido possível e com tranquilidade prestar os primeiros atendimentos.

Verificar os riscos para si próprio, para a vítima e para terceiros

A segurança pessoal do socorrista é imperiosa e deve permitir concentração plena no atendimento.

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Verificar sinais vitais/apoio

Os sinais vitais de respiração e pulso representam prioridade para o socorrista. Sinais de apoio permitem avaliações secundárias.

Verificar se a vítima está consciente, tentando obter uma resposta

Ao determinar a presença da respiração (ver/ouvir/sentir ) e do pulso (central/carotídeo), o socorrista deve questionar a vítima estimulando que
ela fale respondendo a perguntas.

Não movimentar a vítima bruscamente

Qualquer movimento realizado pelo socorrista em relação à vítima necessita de cuidado, para não agravar a natureza da lesão.

Realizar curativo compressivo em caso de sangramento, visando a estancá-lo (hemostase)

Impedir ou diminuir o sangramento é fundamental, pois oportuniza a manutenção da vida até a chegada do socorro especializado ou transporte
para clínica ou hospital.

Criar um rápido plano de ação para administrar os recursos materiais e humanos

Avaliando a cena, determinando o número de vítimas, solicitando a ajuda de terceiros e improvisando com segurança, é possível que o socorrista
consiga eficiência no atendimento.

Assegurar cena segura, vítima estável e extricação (retirada da vítima) padrão

Diante de um quadro estável e uma cena segura, não há a necessidade de extricação rápida, ou seja, a retirada imediata da vítima. O socorrista
treinado pode, com uma certa tranquilidade, transportar a vítima utilizando os protocolos de imobilização.

Atenção
Um socorrista deve estar sempre preparado para quaisquer situações envolvendo vítimas de mal súbito ou mesmo de situações traumáticas. Deve
agir de forma preventiva em determinadas cenas, incluindo acidentes naturais e provocados pelo homem, máquinas ou animais.

Avaliação clínica da vítima


Após a avaliação de do cenário completo da ocorrência e dos riscos a sua própria integridade é a hora de fazer uma avaliação do estado clínico da
vítima. Veja, a seguir, o que o socorrista precisa avaliar.

Anamnese

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Etimologicamente, anamnese significa o “ato de trazer algo à memória”. Clinicamente, ela caracteriza o histórico sintomático da vítima até o
momento da observação clínica por um profissional treinado e é realizada com base nas lembranças do paciente. Conforme o caso, pode haver um
questionário padrão que se encaixe na situação de urgência ou emergência. As informações obtidas na anamnese podem auxiliar o socorrista nos
cuidados a serem prestados à vítima.

Exame físico

Realizado por profissional qualificado, este exame visa verificar a integridade física da vítima. Prioriza cabeça, pescoço, coluna vertebral e tórax, pois
são regiões relacionadas com os órgãos vitais.

Exame complementar de diagnóstico

Realizado no ambiente intra-hospitalar, em laboratórios de análises clínicas e de diagnóstico por imagem, visa a um diagnóstico conclusivo do
estado da vítima.

Respiração

Como sabemos, a respiração pulmonar se divide em inspiração (penetração) e expiração (expulsão) do ar atmosférico nos pulmões. Na mulher, os
movimentos respiratórios são percebidos pela respiração torácica (intercostais e diafragma). No homem, são percebidos pela respiração abdominal
(abdominais e diafragma).

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Ritmo

Pode-se observar a frequência através das incursões respiratórias por minuto (IRM). Os parâmetros estabelecidos são:

Adultos: entre 15 e 20 incursões respiratórias por minuto.


Crianças: entre 20 e 25 incursões respiratórias por minuto.

Com base na frequência das IRM, podemos classificar a repiração da seguinte forma.

Normopneia
Caracterizada como respiração normal, pois os valores se apresentam entre 15 e 20 incursões respiratórias por minuto em adultos.

Taquipneia
Situação de aceleração (excitação), caracterizando valores superiores a 20 incursões respiratórias por minuto.

Bradipneia
Diminuição da frequência respiratória por minuto, valores inferiores a 15 incursões por minuto.

Dispneia
Alteração do ritmo respiratório, não necessariamente da frequência, ora curta, rápida e superficial; ora longa e profunda.

Apneia
Falta de respiração, literalmente parada respiratória, podendo ocorrer por várias causas indeterminadas.

Amplitude
De acordo com o critério da amplitude a classificação pode ser: Superficial, profunda, irregular.

Pulso

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A cada contração do miocárdio, o ventrículo esquerdo impulsiona o sangue para todo o organismo. Podemos verificar, através do pulsar arterial,
quantas vezes o coração contrai por minuto, ou seja, quantas sístoles ou batimentos por minuto conferem a frequência cardíaca (FC).

O pulso pode ser verificado em qualquer artéria superficial, como a artéria radial (punho/periférico), a artéria femoral (região inguinal), a artéria
carótida (carotídeo/central) e a artéria temporal (anterior ao pavilhão auricular). A frequência cardíaca (FC) é dividida por categorias, veja no quadro
a seguir.

Recém-natos 130 a 160 batimentos por minuto (bpm)

Lactentes 110 a 130 bpm

Crianças 80 a 120 bpm

Adultos 50 a 90 bpm

Com base nesses números podemos verificar as possíveis alterações da frequência cardíaca (FC). Veja!

Bradicardia
Em adultos, abaixo de 50 bpm. Decorrente de vagotonia, idade, treinamento físico (principalmente aeróbio), falência cardíaca, medicamentos etc.

Taquicardia
Em adultos, acima de 90 bpm. Decorrente de medicamentos, ICC, arritmias cardíacas etc.

Fora a frequência cardíaca (FC), podemos ainda obter outros dados com a pulsação: volume (muito tenso/cheio; pouco tenso/filiforme) e ritmo.

Temperatura

A temperatura corporal pode ser avaliada no dorso da mão (qualitativa) ou com ajuda de “termômetro” (quantitativa), que pode ser de coluna de
mercúrio ou digital, de contato ou à distância por infravermelho. Veja, no quadro, os locais de verificação de temperatura de contato.

Tempo Temperatura

Axilar 5 minutos 36,2 a 37,0°C

Bucal 2 minutos 36,5 a 37,3°C

Retal 2 minutos 36,5 a 37,4°C

Veja, a seguir, as recomendações para medir a temperatura.

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Baixar a coluna de mercúrio antes de usar o termômetro.


Secar bem a região axilar antes de colocar o termômetro.
Limpar o termômetro após o uso e conservá-lo com assepsia.
Não segurar na ponta de mercúrio.
Se a verificação for retal, deve-se lubrificar o termômetro.

As alterações de temperatura são classificadas da seguinte forma:

Pirexia
Caracteriza a febre alta (acima de 40°C) em consequência de estados infecciosos graves. Pode levar à convulsão, principalmente em crianças. A
recomendação é encaminhar a vítima o mais rápido possível para avaliação clínica.

Hipotermia
Caracteriza a febre abaixo de 36°C. Pode ocorrer em hemorragias, afogamentos, chocados, coma. Causa sonolência, face abatida, pulso filiforme,
pele fria e pálida. As recomendações são repouso e aquecimento da vítima, seja nas extremidades corpóreas ou no ambiente.

Hipertermia
Caracteriza a febre acima de 37,5°C. Pode se dar em decorrência de um processo viral ou infeccioso. Causa sonolência, calafrios, face abatida e
pulso rápido, entre outras alterações. Nesse caso, as recomendações são: repouso, roupas leves, ambiente arejado, ingerir líquidos, tomar banho frio
(não gelado), antitérmicos recomendados pelo médico.

Pressão arterial
Caracteriza-se pela pressão exercida pelo sangue através do coração nas paredes íntegras vasculares das artérias. Veja na tabela, a seguir, os
valores referenciais (mm%Hg) da pressão.

Pressão arterial sistólica Pressão arterial diastólica

Baixa <105 <60

Ótima 105 - 120 60 - 80

Normal 120 - 129 80 - 84

Acima do normal 130 - 139 85 - 89

Hipertensão grau 1 140 - 159 90 - 99

Hipertensão grau 2 160 - 179 100 - 109

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Pressão arterial sistólica Pressão arterial diastólica

Hipertensão grau 3 > 180 > 110

Sinais de apoio

Estão relacionados ao funcionamento dos órgãos vitais, podendo ser alterados em situações hemorrágicas, parada cardiorrespiratória, traumatismo
craniano, entre outros acidentes. A seguir, alguns dos principais sinais de apoio:

Cor e umidade da pele expand_more

Caracteriza-se pela observação direta da face e as extremidades dos membros superiores, regiões onde mais facilmente o socorrista
consegue observar as alterações ocorridas na vítima.

Cianose (labial/extremidades) expand_more

É sinal de hipotermia, parada cardiorrespiratória, choque, óbito.

Palidez expand_more

É sinal de hemorragias, parada cardiorrespiratória, alterações emocionais, choque.

Hiperemia (pele avermelhada) expand_more

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É sinal de febre, queimaduras grau I, traumatismos.

Pele fria, úmida e pegajosa expand_more

É sinal de hemorragias/choque.

Pele amarelada expand_more

É sinal de icterícia, hipercarotenemia.

Motilidade/sensibilidade expand_more

O comprometimento da sensibilidade do corpo é um indicativo relacionado a traumatismo medular (medula espinal) ou periférico (nervos
espinais) ou a traumatismo crânio encefálico. Tais traumatismos podem comprometer a sensibilidade da vítima e seus movimentos
espontâneos.

Estado de consciência expand_more

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O nível de consciência da vítima é um sinal de apoio imprescindível para determinar sua capacidade de resposta sobre a condição física. Em
algumas situações, o socorrista pode se deparar com uma vítima inconsciente, em estado comatoso, de torpor, de apreensão, entre outros.
Veja, a seguir, como é sinalizada a responsividade do atendido (para medir o nível de consciência).

A – ALERTA
V – RESPONDE A ESTÍMULO VERBAL
D – RESPONDE A ESTÍMULO DOLOROSO
I – INCONSCIENTE

Fotoreatividade pupilar expand_more

É um dos principais sinais de apoio, pois determina variações pupilares relacionadas com a atividade cerebral, o que permite ao socorrista
priorizar a extricação da vítima. Para avaliar a fotoreatividade, utiliza-se uma fonte de luz de forma lateral para verificar as reações pupilares.
A avaliação pupilar é feita da seguinte forma:

Isocóricas (normais): reavaliação necessária.


Miose (contraídas, sem reação à luz): comprometimento do sistema nervoso central, overdose de drogas.
Midríase (pupilas dilatadas): pouca luz, choque, Traumatismo Crânio-Encefálico (TCE), anóxia, hipóxia severa, hemorragias, PCR.
Anisocóricas (assimétricas): Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Traumatismo Crânio-Encefálico (TCE).

Equipamentos e substâncias de emergência


O profissional de saúde que dispor dos equipamentos necessários ao atendimento de Primeiros Socorros deve usá-los de forma segura. Segue a
lista de alguns deles:

Equipamentos necessários ao atendimento expand_more

1. Desfibrilador/monitor
2. Equipamentos para vias aéreas

Oxigênio
Ambu com válvula de pressão

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Cânula orofaríngea
Laringoscópio
Cânula endotraqueal
Material de sucção
Luvas e máscaras

3. Conjuntos intravenosos

Equipos de soro
Cânulas intravenosas (jelco/scalp)
Seringas e agulhas de vários tamanhos
Líquidos intravenosos
Esparadrapo

4. Componentes de conduta:

O pessoal envolvido com testes de esforço deve ser treinado em RCP.


Dispositivos de comunicação de emergência devem estar prontamente disponíveis e funcionando adequadamente.
Planos de remoção devem ser previamente estipulados.
Condutas de emergência devem ser estabelecidas e treinadas regularmente.

Entre as substâncias de emergência necessárias ao atendimento de Primeiros Socorros, algumas são indispensáveis:

Substância Função Apresentação

Adrenalina Simpaticomimético Ampola 1ml – 1mg

Atropina Anticolinérgico Ampola 1ml – 1mg

Bicarbonato de sódio Alcalinizante Ampola 10ml

Cloreto de potássio Hipocalemia - desidratação Ampola 10ml

Cloridrato dopamina Baixo DC Ampola 10ml - 50mg

Cloridrato diltiazem - Balcor EV Antiarritmico SV 25mg + 5ml (H2O bid)

Cloridrato diltiazem - Cardizem Antiarritmico cp 60mg

Cloridrato amiodarona - Ancoron Antiarritmico V e SV cp 100mg

Diazepan Ansiolítico Ampola 2ml - 10mg

Digoxina Cardiotônico - digitálico 0,25mg

Furosemida Diurético Ampola 2ml -20mg

Isocord SL Vasodilatador coronariano cp 5mg

Lidocaína Antiarritmico Ampola 5ml

Maleato de enalapril Insuficiência Cardíaca – HAS cp 20mg

Nifedipina - Adalat Angina de esforço Cápsula 10mg

Nitroglicerina - Nitronal infusão Vasodilatador - IAM 1ml - 1mg

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Substância Função Apresentação

Nitronal spray Vasodilatador Frascos com doses 0,4mg

Propanolol Beta - bloqueador cp 40mg

Vectarion-Almitrina Hipoxemia aguda – DPOC cp 50mg

Verapamil Antiarrítmico - vasodilatador coronariano Ampola 2ml - 5mg

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Sinais vitais
Neste vídeo, o especialista ensina a identificar a situação do paciente em função dos sinais vitais.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Constitui Lei Penal (art. 135 do Código Penal – omissão de socorro) não prestar auxílio a uma pessoa em perigo, pois abster-se é um delito,
além de falta de solidariedade humana. A ação é obrigatória e imediata. Pena de detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa. Porém,
situações de recusa ao atendimento serão avaliadas perante a lei.

Considerando o texto supracitado, assinale a alternativa que não caracteriza uma situação de recusa ao atendimento.

A Evidência real de óbito (decapitação/decomposição).

B Estado terminal de doença incurável.

C Atendimento com EPI.

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D Vítima em apneia e sem pulso há mais de quinze minutos.

E Perigo imposto ao socorrista.

Parabéns! A alternativa C está correta.

Um socorrista com equipamento de proteção individual não poderá recusar o atendimento à vítima.

Questão 2

Prestar os Primeiros Socorros não é uma tarefa fácil. Além da superação emocional diante da cena apresentada, exige do socorrista
conhecimento básico para o atendimento pré-hospitalar. A possibilidade de um equívoco sempre existe, podendo agravar o quadro clínico
apresentado pela vítima. São etapas básicas e protocolares para o atendimento, exceto.

A Avaliar a cena do evento, ter cuidados com a segurança pessoal, observar e sinalizar.

B Abordar a vítima, verificar sua responsividade e priorizar sinais vitais/apoio.

C Solicitar serviço de auxílio imediatamente.

D Prestar atendimento segundo a gravidade.

E Organizar a remoção da vítima.

Parabéns! A alternativa C está correta.

Nem sempre a vítima necessita de um atendimento realizado por um profissional qualificado.

Considerações finais
Vimos neste conteúdo que o atendimento de Primeiros Socorros exige o imediatismo e, portanto, o socorrista precisa se apropriar dos
conhecimentos necessários para o atendimento. Vimos também que em Primeiros Socorros não existe resposta para tudo. Por mais que o
socorrista utilize as medidas protocolares ou mesmo chegue a improvisar com segurança, ainda assim o risco de óbito existe.

O conteúdo aqui apresentado procurou fornecer os subsídios básicos para o desenvolvimento das habilidades do socorrista no que se refere à
conduta, à avaliação de vítimas, aos Primeiros Socorros propriamente ditos e seus aspectos legais. Esclarecemos também alguns conceitos
fundamentais para o atendimento pré-hospitalar.

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Sabemos que, em alguns países, a disciplina “Socorros e Urgência” pertence à grade curricular já no Ensino Fundamental, permitindo a formação de
uma cultura voltada para o atendimento pré-hospitalar e criando hábitos solidários na sociedade. Nosso estudo visa sedimentar os conhecimentos
básicos sobre o tema e conscientizar a todos da necessidade de sermos cada vez mais solidários.

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Podcast
Neste podcast, o especialista fala sobre a legislação que norteia o conteúdo.

Explore +
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste conteúdo:

Acesse o site da Fiocruz e conheça o Manual de Primeiros Socorros publicado em 2003 pelo Núcleo de Biossegurança da Fundação Oswaldo
Cruz.

Leia o artigo O leigo em Primeiros Socorros: uma revisão integrativa, publicado na Revista de Ciências da Saúde, v. 15, nº 3, dez. 2017, para saber
mais sobre a atuação do leigo em situação de urgência e emergência.

Referências
FALCÃO, L. F. R.; BRANDÃO, J. C. M. Primeiros socorros. 1. ed. São Paulo, SP: Martinari, 2010.

FLEIGEL, J. M. Primeiros socorros no esporte. 1. ed. Barueri, SP: Manole, 2002.

GARCIA, S. B.; DEMARZO, M. M. P.; SCARPELINI, S.; BORGES, R. M. Primeiros socorros: fundamentos e práticas na comunidade, no esporte e no
ecoturismo. 1. ed. São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Belo Horizonte: Atheneu, 2003.

NUNES, R. A. M.; NOVAES, G. S.; NOVAES, J. S. Guia de socorros e urgências. 2 ed. Rio de Janeiro: Shape, 2006.

OLIVEIRA, B. F. M.; PAROLIN, M. K. F.; TEIXEIRA JR., E. V. Trauma: atendimento pré-hospitalar. 1. ed. São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte:
Atheneu, 2002.

SANTOS, R.R.; CANETTI, M.D. Manual de socorro de emergência. 1. ed. São Paulo: Atheneu, 1999.

VIANA, M. Socorro de emergência: guia básico para o primeiro atendimento. 1. ed. São Paulo: Atheneu, 2001.

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