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Curso de Técnico Auxiliar de Farmácia

Curso de Técnico Auxiliar de Farmácia

Aula 05

UFCD 6570: Abordagem Geral de Noções


Básicas de Primeiros Socorros

Lisboa
Fevereiro 2022
Copyright "©"DensisFor Consulting

Manual Pedagógico UFCD 0650 - Curso de Técnico Auxiliar de Farmácia


Curso de Técnico Auxiliar de Farmácia

Aula 05
ÍNDICE
A. Introdução
B. Objetivos do Manual
C. Objetivos Pedagógicos
D. Destinatários
E. Como está organizado o Manual
F. Como utilizar o Manual
G. Conteúdos Do Manual
H. Bibliografia

A. INTRODUÇÃO

2 Existe uma lacuna no mercado de farmácias e parafarmácias, que carecem de Técnicos Auxiliares de Farmácia
devidamente preparados e motivados no exercício da sua função, sendo crescente a procura por profissionais
qualificados em redes de farmácia por todo o país e em hospitais públicos e privados.

O profissional da área de farmácia tem um compromisso com a promoção da saúde, contribuindo com a saúde
pública e a qualidade de vida da comunidade.

Receber, conferir, organizar e encaminhar medicamentos e produtos correlatos; organizar e manter o stock de
medicamentos em prateleiras; separar requisições e receitas; providenciar através de sistemas informáticos a
atualização das entradas e saídas de medicamentos; manter a ordem e higiene de materiais e equipamentos sob a sua
responsabilidade, entre outras atividades, são atribuições do profissional Auxiliar de Farmácia, tanto em
estabelecimentos como em hospitais e sempre sob a supervisão de um Farmacêutico.

A aparente simplicidade desta ação profissional manifesta grande responsabilidade, razão pela qual temas como a
Ética Profissional, o Atendimento ao Cliente, as Técnicas de Vendas, a Fisiologia Humana, a Classificação e
Conservação de Medicamentos, Aviamento de Receitas, Primeiros Socorros, Lei dos Genéricos e medicamentos que
exigem retenção de receita são de grande importância.

Procurando responder a esta lacuna, a DensisFor Consulting desenvolveu o presente Curso de Formação
Profissional e respetivo material didático, tendo por objetivo oferecer qualificação social e profissional em Técnico
Auxiliar de Farmácia, a todos aqueles que desejam iniciar atividade nesta área ou necessitam de orientações para
melhorar a sua atuação profissional.

Os Manuais do Curso de Técnico Auxiliar de Farmácia são um instrumento de suporte à formação, permitindo a
consulta sobre os temas e reflexão em torno da função das Farmácias, dos Locais de Venda de Medicamentos Não
Sujeitos a Receita Médica, da Legislação Farmacêutica, do papel dos profissionais do Mercado Farmacêutico e o
enquadramento do Técnico Auxiliar de Farmácia.

O formando será, assim, convidado, ao longo do presente Manual, a realizar uma reflexão crítica acerca dos temas
abordados, com vista à identificação do seu papel como profissional do mercado farmacêutico e do seu
enquadramento como Técnico Auxiliar de Farmácia.

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Curso de Técnico Auxiliar de Farmácia
O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação de curta duração nº 6570 –
Abordagem geral de noções básicas de primeiros socorros, de acordo com o Catálogo Nacional de Qualificações.

B. Objetivos do Manual

O presente Manual tem como principais objetivos:


a) Sustentar teoricamente o tema junto dos formandos;
b) Promover a reflexão em torno dos conteúdos da Unidade Formativa:
1. O Sistema Integrado de Emergência Médica – SIEM

2. Cadeia de Sobrevivência

3. Riscos para o Reanimador

4. Manobras de Suporte Básico de Vida

5. Posição Lateral de Segurança


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6. Obstrução da via aérea

7. Exame à Vítima

8. As Emergências médicas mais frequentes

9. Principais tipos de traumatismos

10. Tarefas que em relação a esta temática se encontram no âmbito de intervenção do/a Técnico/a Auxiliar
de Saúde

C. Objetivos Pedagógicos

No final da Unidade Formativa os participantes estarão aptos a:

 Descrever o que é o Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) e quais os seus intervenientes.
 Descrever como ativar o sistema de emergência médica utilizando o número europeu de socorro "112".
 Identificar o conceito de cadeia de sobrevivência e identificar os seus elos.
 Explicar a importância da cadeia de sobrevivência e qual o princípio subjacente a cada elo.
 Reconhecer os riscos potenciais para o reanimador.
 Identificar as medidas a adotar para garantir a segurança do reanimador e da vítima.
 Identificar as medidas universais de proteção e reconhecer a sua importância.
 Explicar o conceito de Suporte Básico de Vida (SBV) de acordo com o algoritmo vigente.
 Explicar o conceito de avaliação inicial, via aérea, respiração e circulação.
 Aplicar a sequência de procedimentos que permitam executar o SBV de acordo com o algoritmo vigente.
 Identificar os problemas associados à execução de manobras de SBV.
 Identificar quando e como colocar uma vítima em posição lateral de segurança.
 Identificar as contraindicações para a posição lateral de segurança.

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 Identificar as situações de obstrução parcial e total da via aérea.


 Identificar as causas e os tipos de obstrução da via aérea.
 Aplicar a sequência de atuação perante uma vítima com obstrução da via aérea.
 Identificar situações de perigo através da execução do exame à vítima.
 Identificar as emergências médicas mais frequentes.
 Identificar os principais sinais e sintomas característicos das emergências médicas.
 Aplicar os primeiros socorros adequados a cada emergência médica.
 Identificar os vários tipos de hemorragias.
 Identificar os sinais e sintomas mais comuns das hemorragias.
 Listar e descrever os vários métodos de controlo de hemorragias.
 Controlar uma hemorragia através dos métodos de controlo.
 Identificar os tipos de feridas mais comuns.
4  Tratar uma ferida utilizando pensos e ligaduras.
 Identificar os tipos de queimaduras mais comuns.
 Tratar provisoriamente uma queimadura.
 Identificar os traumatismos mais comuns dos membros.
 Reconhecer o que fazer e/ou não fazer nestes casos.
 Identificar as situações específicas que requerem a intervenção do profissional de Saúde.
 Explicar que as tarefas que se integram no âmbito da sua intervenção terão de ser sempre executadas com
orientação e supervisão de um profissional de saúde.
 Identificar as tarefas que têm de ser executadas sob supervisão direta do profissional de saúde e aquelas que
podem ser executadas sozinho.

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D. Destinatários:

Todas as pessoas que pretendam adquirir Formação Profissional para iniciar carreira como Técnico Auxiliar de
Farmácia e Parafarmácia ou desenvolver e atualizar os seus conhecimentos nesta área profissional.

E. Como está organizado o Manual:

O presente Manual está dividido em dez secções.

F. Como utilizar o Manual

Tendo em conta que a estrutura do Manual é constituída por temas interdependentes, mas de exploração autónoma,
recomenda-se que os utilizadores o usem consoante as necessidades de informação em causa e de acordo com o
respetivo grau de domínio sobre o tema.

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G. Conteúdos do Manual

1.O Sistema Integrado de Emergência Médica – SIEM


1.1. Componentes, intervenientes e forma de funcionamento
1.2. Número europeu de socorro

2. Cadeia de Sobrevivência
2.1. Conceito e importância
2.2. Elos e princípios subjacentes

3. Riscos para o Reanimador


3.1. Riscos para o reanimador e para a vítima
3.2. Condições de segurança e medidas de proteção universais

4. Manobras de Suporte Básico de Vida


4.1. Conceito de acordo com o algoritmo vigente
4.2. Procedimentos e sequência
4.3. Insuflações e compressões torácicas
4.4. Problemas associados

5. Posição Lateral de Segurança


5.1. Como e quando a sua utilização

6. Obstrução da via aérea


6.1. Situações de obstrução parcial e total
6.2. Tipos e causas de obstrução

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7. Exame à vítima
7.1. Estado de consciência e permeabilidade da via aérea
7.2. Caraterísticas da respiração, pulso e pele

8. As Emergências médicas mais frequentes


8.1. Principais sinais e sintomas
8.2. Principais cuidados a prestar
8.2.1. Problemas cardíacos
8.2.2. Problemas respiratórios
8.2.3. Acidente vascular cerebral
8.2.4. Diabetes
8.2.5. Crises convulsivas
8.2.6. Situações de intoxicação
8.3. Limites de intervenção na perspetiva de cidadão e de auxiliar de saúde
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9. Principais tipos de traumatismos
9.1. Traumatismos de tecidos moles (feridas e hemorragias)
9.2. Queimaduras
9.3. Traumatismos dos membros
9.4. Limites de intervenção na perspetiva de cidadão e de auxiliar de saúde

10. Tarefas que em relação a esta temática se encontram no âmbito de intervenção do/a Técnico/a Auxiliar de Saúde
10.1. Tarefas que, sob orientação de um profissional de saúde, tem de executar sob sua supervisão direta
10.2. Tarefas que, sob orientação e supervisão de um profissional de saúde, pode executar sozinho/a

Bom Estudo!

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10. Tarefas que em Relação a esta Temática se Encontram no Âmbito de
Intervenção do/a Técnico/a Auxiliar de Saúde

10.1. Tarefas que, sob orientação de um profissional de saúde, tem de executar sob sua
supervisão direta

O enfermeiro é um dos intervenientes do sistema de emergência e o seu papel é de vital importância


junto do doente, pois possui formação humana, técnica e científica adequada para a prestação de
cuidados em qualquer situação, particularmente em contextos de maior complexidade e
constrangimento, sendo detentor de competências específicas que lhe permitem atuar de forma
autónoma e interdependente, integrado na equipa de intervenção de emergência.

Em qualquer circunstância, os enfermeiros deverão atuar em conformidade, mediante as suas


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qualificações profissionais.

A Ordem dos Enfermeiros (2007) afirma que “só o enfermeiro pode assegurar os cuidados de
enfermagem ao indivíduo, família e comunidade, em situações de acidente e/ou doença súbita, da qual
poderá resultar a falência de uma ou mais funções vitais, pelo que deve integrar a equipa de socorro
pré-hospitalar”.

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Assumindo que o enfermeiro afeto a esta área de intervenção é portador de formação específica
orientada e oficialmente certificada, emitiu as seguintes orientações para as intervenções do
enfermeiro no pré-hospitalar:

 Atuar sempre de acordo com o seu enquadramento legal, procurando assegurar, no exercício das
suas competências, a estabilização do indivíduo vítima de acidente e/ou doença súbita, no local da
ocorrência, garantindo a manutenção das funções vitais por todos os meios à sua disposição;

 Garantir o acompanhamento e a vigilância durante o transporte primário e/ou secundário do


indivíduo vítima de acidente e/ou doença súbita, desde o local da ocorrência até à unidade
hospitalar de referência, assegurando a prestação de cuidados de enfermagem necessários à
manutenção/recuperação das funções vitais durante o transporte;

 Assegurar a continuidade dos cuidados de enfermagem e a transmissão da informação pertinente,


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sustentada em registos adequados, no momento da receção do indivíduo vítima de acidente
e/ou doença súbita, na unidade hospitalar de referência;

 Garantir adequada informação e acompanhamento à família do indivíduo vítima de acidente e/ou


doença súbita, de forma a minimizar o seu sofrimento

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Neste âmbito, a nível pré-hospitalar, o enfermeiro é responsável pela supervisão direta dos técnicos/as
auxiliares de saúde, nas suas funções designados por técnicos/as auxiliares de emergência médica, no
desempenho das seguintes atividades:

 Prestação de socorro pré-hospitalar na vertente não medicalizada;

 Transporte de doentes urgentes/emergentes;

 Condução de ambulâncias de emergência;

 Colaboração ativa com o socorro pré-hospitalar na vertente medicalizada;

 Registo da atividade exercida conforme normas em vigor;

 Operação dos sistemas de informação e telecomunicações que equipam as ambulâncias de


emergência;
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 Colaboração na formação em emergência médica sempre que for solicitado;

 Cumprimento das normas de procedimento em vigor para as tripulações de ambulância de


emergência e para a emergência médica pré-hospitalar em geral;

 Tripulação de outras viaturas de emergência médica pré-hospitalar.

10.2. Tarefas que, sob orientação e supervisão de um profissional de saúde, pode executar sozinho/a

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As competências do técnico/a auxiliar de saúde, previstas no respetivo perfil profissional, não lhe
garantem a autonomia necessária para o desempenho das funções de primeiros socorros em meio
hospitalar, devendo as mesmas ser desempenhadas sob supervisão direta do profissional de saúde
(médico ou enfermeiro).

Estas consistem em:

ATIVIDADES

 Auxiliar na prestação de cuidados aos utentes, de acordo com orientações do


enfermeiro:

 Executar tarefas que exijam uma intervenção imediata e simultânea ao alerta do


profissional de saúde;

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COMPETÊNCIAS Do Perfil Do TÉCNICO Assistente De Farmácia

SABERES

Conhecimentos de:

 Sistema integrado de emergência médica.

 Primeiros socorros.

SABERES-FAZER

 Aplicar normas e procedimentos a adotar perante uma situação de emergência no trabalho.

Neste sentido, a sua ação inscreve-se no sentido de conhecimento das situações de emergência
e respetivos procedimentos de alerta dos profissionais que lhe são hierarquicamente superiores,
no sentido de coadjuvar a ação destes na aplicação de procedimentos mais específicos, os quais
requerem conhecimentos técnico-científicos mais aprofundados.

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Não obstante, é fundamental o seu conhecimento profundo do SIEM e respetiva articulação com a
dinâmica hospitalar, sobretudo no caso de desempenhar funções junto dos serviços de urgência.

Bibliografia
Emergência e Primeiros Socorros em Saúde Ocupacional, Ed. Direcção-Geral da Saúde: Programa
Nacional de Saúde Ocupacional, 2010
Manual TAS: Emergências médicas, Ed. INEM, 201.,
Manual TAS: Suporte básico de vida, Ed. INEM, 2012
Alves, Ana Paula et al. Noções de Saúde: Manual do Formando, Projeto Delfim, GICEA -
Gabinete de Gestão de Iniciativas Comunitárias do Emprego, 2000
Baptista, Nelson, Manual de Primeiros-Socorros, Ed. Escola Nacional de Bombeiros, 2005
Oliveira, Amélia, Ser enfermeiro em Suporte Imediato de Vida: experiências, Dissertação de
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mestrado em Enfermagem médico-cirúrgica, Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, 2011
Sites Consultados

Autoridade Nacional de Proteção Civil


http://www.prociv.pt/
INEM – Instituto Nacional de Emergência Média
http://www.inem.pt

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