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Automedicação

UFCD 10164 – Protocolos de despensa de medicamentos não sujeitos a receita


médica.
Trabalho de grupo formandas: Corina Palmeira e Margarida Ricardo.
Formadora: Daniela Mota

Descrição de automedicação

 A automedicação é uma prática comum caraterizada pela ingestão não


prescrita de medicamentos, sem a
supervisão de um profissional
qualificado.

Os medicamentos atuam de formas


diferentes no organismo. A toma de
antibióticos sem a devida prescrição pode
levar a que as bactérias se tornem
imunes a estes últimos.
 Existem várias formas de
automedicação, sendo umas mais
nefastas que outras.

 Nunca em qualquer momento deve automedicar-se com MSRM sem a


prescrição do profissional de saúde, relativamente aos MNSRM pode fazê-lo com
consciência, moderação e sempre que possível aconselhe-se junto de um
profissional de saúde, mesmo sendo medicamento de venda livre o mesmo pode
também ser nefasto para a sua saúde se tomado exageradamente, por longos
períodos ou doses elevadas.
Populações a quem se aplica VS excluídos.

População em geral

Adolescentes mulheres Homens


Excluídos

Grávidas

lactantes

Crianças

Polimedicados e
comobilidades

Situações passíveis de automedicação

Sistema Situações passíveis de automedicação (termos técnicos)

Digestivo  Diarreia
 Pirose, enfartamento, flatulência
 Obstipação
 Vómitos, enjoo do movimento
 Higiene oral e da orofaringe
 Estomatite aftose
Respiratório  Sintomatologia associada a estados gripais e
constipações
 Odinofagia, faringite (excluindo amigdalite)
 Rinorreia e congestão nasal
 Tosse e rouquidão
Cutâneo  Queimaduras de 1º grau incluindo solares
 Verrugas
 Acne ligeiro a moderado
 Desinfeção e higiene da pele e mucosas
 Picadas de insetos
 Pitiríase capitis (caspa)
 Herpes labial
 Feridas superficiais
 dermatite das fraldas
 Calos e Calosidades
 Frieiras
Nervoso/psíquico  Cefaleias ligeiras a moderadas
 Tratamento da dependência da nicotina para alívio
dos sintomas de privação desta substância em
pessoas que desejem deixar de fumar
 Ansiedade ligeira temporária
 Dificuldade temporária em adormecer
Muscular/ósseo  Dores musculares ligeiras a moderadas
 Contusões
 Dores articulares ligeiras a moderadas
Geral  Febre (< 3 dias)
Ocular  Hipossecreção conjuntival, irritação ocular de
duração inferior a 3 dias
Ginecológico  Contraceção de emergência
 Higiene vaginal
 Modificação dos termos de higiene vaginal por
desinfeção vaginal
 Terapêutica tópica nas alterações tróficas do trato
génito-urinário inferior acompanhadas de queixas
vaginais como dispareunia, secura e prurido
Vascular  Síndrome varicoso – terapêutica tópica adjuvante
Casos Práticos

Tarefa II - Protocolos de dispensa de MNSRM


Com os seguintes casos pretende-se caracterizar e avaliar a situação, recolhendo a
informação necessária ao aconselhamento. Saber identificar as situações de
referenciação (para o médico).
Proceder ao aconselhamento não farmacológico e farmacológico dando enfase à
dispensa de medicamentos não sujeitos a receita médica de dispensa exclusiva em
farmácia (MNSRMEF). Justifique as suas decisões!

Caso prático nº 1

1 - Tomás, 37 anos, dirige-se á farmácia com queixas de mialgias, cefaleias e febre de


37,5º desde a tarde do dia anterior. Não tinha medicação em casa para além de dois
ben-u-ron de 500mg.
Vem comprar algo que alivie, o que lhe posso recomendar e quais as medidas não
farmacológicas a ter em consideração?
R. No caso do Tomás perguntar-lhe-ia, se já era normal ter mialgias e cefaleias ou se
era a 1ª vez, se tem dormido, se anda mais stressado, se é fumador, se lhe podia medir
a tensão arterial, se tem alergia a algum medicamento e se é asmático, e se já
consultou o seu médico e o que costuma tomar sempre que tem estes tipos de
sintomas?
Perante as perguntas o mesmo respondeu que ocasionalmente tem este tipo de
sintomas, quando está com os mesmos não consegue dormir e quando tem estes
episódios e mede a tensão arterial está sempre alta, (por exemplo 150/90 mmHg), é
fumador e não tem qualquer alergia a medicamentos que saiba no momento nem é
asmático e nunca consultou o seu médico por serem episódios esporádicos, aliviando
os sintomas com paracetamol 500mg tomando sempre 2 comprimidos de cada vez.
Perante a situação descrita pelo utente, aconselharia o mesmo a dirigir-se ao seu
médico para uma avaliação mais assertiva sobre os sintomas que o mesmo
apresentava uma vez que eram recorrentes, para alívio dos sintomas imediatos e até a
ida ao médico, aconselharia a ASPIRINA® 1000mg (Ácido acetilsalicílico) ou o
paracetamol (ben-u-ron de 500mg.) caso o mesmo preferisse uma das duas opções,
informando-o que a terapêutica só poderia ser feita com um deles, não podendo usar
os dois ao mesmo tempo e não ultrapassar as 1000mg a cada toma esta deveria ser
feita três vezes ao dia (8 em 8 horas) até ao máximo se cinco dias.

OU

para a insónia aconselharia o STILNOITE Tripla ação (Melatonina)1 comprimido 30


minutos ou 1 hora antes de deitar de uso pontual de 15 a 30 dias.

As medidas não farmacológicas passariam por aconselhar o Tomás a:


Descansar.
 Fazer uma dieta equilibrada reduzindo o sal e alimentos muito condimentados.
 Beber muita água.
 Fazer exercício físico.
 Tentar fumar menos,
 Procurar relaxar um pouco e tentar cumprir com 6 a 8 horas de sono se
possível e antes de deitar beber chá de camomila ou valeriana caso o mesmo
não optasse por comprar o STILNOITE.

Caso prático nº 2

2 - Alberto, 26 anos recorre à farmácia com uma forte dor de cabeça, que descreve
como uma pressão na zona da testa, doí-lhe à volta do nariz.
Como devemos proceder?
O que precisamos de perguntar mais?
O que recomendaria?
R. Perante este caso as perguntas que colocaria seriam:
 Tem estes sintomas há quantos dias?
 Costuma ter este tipo de sintomas?
 É asmático?
 Sofre de alergias?
 Faz alergias a algum medicamento?
 Já foi ao médico?
 Tem outros sintomas para além destes?
Ao responder às perguntas o utente refere que está assim há 2 dias, não costuma ter
este tipo de sintomas, mas esteve recentemente constipado, não é asmático, não tem
qualquer tipo de alergias, nem a medicamentos que ele saiba, não foi ao médico e não
tem outros sintomas.
Perante as respostas do utente, como medida farmacológica aconselharia Paracetamol
+ Cloridrato de Pseudoefedrina (500 mg + 30 mg) SINUTAB II um a dois comprimidos a
cada 4 a 6 horas, 2 a 3 vezes por dia. Se não verificar melhoras ou se aparecerem
novos sintomas após três dias de tratamento ou caso de persistência do agravamento
da dor ou febre, deverá consultar o seu médico.
Como medida não farmacológica recomendaria:
 Beber muita água
 Evite poeiras; ambientes fechados (AR Condicionado)
 Lavar o nariz co sor fisiológico
 Fazer compressas quentes no rosto
 Dormir co a cabeça mais elevada
 Tomar banhos quentes e inalar os vapores da água.

Caso prático nº 3

3 - Antónia vem à farmácia e pede algo para a filha, explica que tem febre, deu-lhe
Ib-u-ron que tinha lá em casa.
Como vou proceder?
Que outras informações serão necessárias para tomar uma decisão?
Haverá algumas recomendações não farmacológicas a considerar?
R. No caso desta utente perguntava-lhe se:
 Qual a idade e peso da filha?
 Se só tem este sintoma?
 Há quanto tempo tem febre e qual a temperatura?
 Qual era o Ib-u-ron que estava a dar?
 Qual era a dosagem que estava a dar?
A utente respondeu que a filha tinha 10 anos e pesava cerca de 35Kg, que só tinha
este sintoma há dois dias e a febre variava entre 37,5 e 38 graus e o Ib-u-ron que
estava a dar era o de 40mg/ml de 8 em 8 horas 5 ml de cada vez, que o médico lhe
tinha receitado numa situação anterior.
Perante as respostas da utente recomendaria que continuasse a dar-lhe o Ib-u-ron 40
mg/ml de 8 em 8 horas, mas que já podia tomar 7,5 ml por ter já um peso diferente ao
que tinha quando foi ao medico, e se a febre persististe por mais um máximo dois dias
consultar o médico.

Como medida não farmacológica recomendaria que;


 Retirasse o excesso de roupa;
 Arejar o local onde a filha se encontre;
 Colocar uma toalha molhada à temperatura tépida na testa ou pulsos;
 Dar-lhe um banho com a água morna;
 Repousar;
 E beber muita água/ líquidos.

Caso prático nº 4

4 - A mãe do Vasco, de 10 anos, explica que o menino está a fazer antibiótico há 3


dias e ainda não tem a febre controlada. Vem pedir para lhe cedermos mais um
ibuprofeno em Xarope uma vez que acabou o que lá tinha.
Como deve proceder a este aconselhamento?
Que medidas não farmacológicas serão as mais indicadas?
Existem medidas farmacológicas que posso recomendar?
R. Ao avaliar o caso do Vasco de 10 anos, uma das perguntas que colocaria à utente
mãe, qual a posologia que a mesma estava a fazer para verificar se a mesma ia de
encontro com o peso do menino, pois não era normal a febre persistir após 3 dias a
fazer antibiótico e ibuprofeno.
1 – Qual o peso do menino e posologia que está a administrar?
A utente explica que está a dar o Ibuprofeno ao filho de 8 em 8 horas, dosagem 4 ml e
que o menino pesa 42 kg.
Ao ouvir a utente perguntava-lhe se o médico tinha pesado o menino ou se o peso
tinha sido feito através de uma estimativa pois a dosagem que estava a administrar ao
menino era insuficiente, para confirmar pediria à mãe para pesar o menino para obter
o peso correto no intuito de ter a certeza de qual a posologia indicada de ibuprofeno a
administrar e explicaria à utente da necessidade de voltar de imediato ao
médico/pediatra para melhor avaliação da situação pois não era de todo normal o
mesmo continuar com febre.
Neste caso não aconselharia nenhuma terapêutica farmacológica, aconselharia
medidas não farmacológicas como:
 Beber muita água.
 Descanso.
 Vigiar a febre.
 Em caso de febre não vestir muito a criança ou se necessário despir algum
vestuário.

Caso prático nº 5
5 - O Afonso, passou a noite em casa de um colega. Vem à farmácia porque acordou
com dores no pescoço, tem de ir trabalhar e precisa de uma solução rápida, tem um
trabalho pesado de serralharia.
Que questões devo colocar?
Que medidas não farmacológicas serão as mais indicadas?
Existem medidas farmacológicas que posso recomendar?
R. Neste caso do Afonso e após ouvir as suas queixas colocar-lhe-ia algumas questões:
A dor apareceu só hoje?
Dormiu com almofada?
Costuma ter esse tipo de dor ou esta é a primeira vez?
Tem alergia a algum tipo de medicamento?
Sofre de asma?
O Afonso responde às perguntas confirmando que a dor só apareceu hoje, dormiu no
sofá com uma almofada, explica que sofre de dores na coluna devido ao trabalho
pesado que executa, nunca tomou medicação para a dor de costas pois com descanso
as dores passam, não é alérgico a nenhum medicamento e não é asmático.
Uma vez que o Afonso tinha de ir trabalhar e a dor tinha aparecido naquela manhã
aconselharia o BRUFEN 200 mg (Ibuprofeno), 2 comprimidos de 8 em 8 horas e um
emplastro medicamentoso VOLTAREN PLAST® (cetoprofeno).

não aconselharia ao Afonso comprimidos pois o cetoprofeno pode causar


sonolência, tonturas, visão turva um risco aumentado na profissão daquele utente
(serralharia), explicava ao utente que o emplastro medicamentoso tinha um alívio
até 12 horas da dor e inflamação, aplicar de manhã e à noite, para um alívio continuo
da dor.
Tratamento não farmacológico:
 Colocar um saco com água quente no local da dor – pescoço.
 Dormir com uma almofada adequada, nem muito baixa, nem muito alta, para
aliviar a tensão e dor.
 Fazer massagem com duche do chuveiro naquela zona.
 Não fazer movimentos bruscos nem estar muito tempo na mesma posição.

Caso prático nº 6

6. Cátia dirige-se á farmácia e diz que lhe dói a barriga, está mesmo desconfortável.
Tem 16 anos e está menstruada.
Que questões devo colocar?
Que medidas não farmacológicas serão as mais indicadas?
Existem medidas farmacológicas que posso recomendar?
R. No caso desta utente perguntava-lhe:
 Há quanto tempo tem este sintoma?
 Só tem este sintoma?
 Se já é habitual ter estes sintomas?
 Se já foi ao médico?
 O que é que costuma tomar?
 A sua menstruação é regular?
 Tem alergia a algum medicamento?
A utente respondeu que já era recorrente este tipo de sintomas, a sua menstruação
era regular, estava assim há 2 dias, só tinha este sintoma, nunca tinha ido ao médico
por este motivo e que costumava tomar o Ibuprofeno 200mg, mas que desta vez não
estava a funcionar, as dores persistiam.
Neste caso recomendava a Cátia a deixar de tomar o ibuprofeno 200mg e passar a
tomar o SPIDIFEN EF (Ibuprofeno + arginato) 400mg, 3 vezes ao dia 8 em 8 horas
durante quando sentisse essa dor na menstruação, se os sintomas persistissem para
procurar um medico, mesmo que os mesmos passassem aconselharia a Cátia a
consultar o
médico para uma consulta de planeamento familiar, visto ela já ter 16 anos e ter
queixas quando está menstruada.

Como medidas não farmacológicas aconselhar-lhe-ia que:


 Repouso e sono adequados;
 Fazer exercício físico regular;
 Fazer uma dieta pobre em gordura;
 Se possível tomar suplementos nutricionais como ômega-3 ácidos graxos,
linhaça, magnésio, vitamina B1, vitamina E, zinco.
 Colocar uma compressa quente sobre o ventre.

Caso prático nº 7
7. Fátima queixa-se de comichão na zona genital, tem corrimento e está
desconfortável.
Esteve menstruada na semana anterior e já desde aí que notou algum desconforto.
Que questões devo colocar?
Que medidas não farmacológicas serão as mais indicadas?
Existem medidas farmacológicas que posso recomendar?
R: Para melhor aconselhamento colocava algumas questões à utente:
 Idade?
 Está a tomar alguma medicação, como por exemplo algum antibiótico?
 Tem diabetes?
 Sente fadiga?
 Tem algum problema de saúde?
 Toma contracetivos orais?
 Está grávida?
 Usa roupas muito apertadas/ sintéticas?
 Que tipo de produtos de higiene costuma usar?
 Teve relações sexuais recentemente?
 Estes sintomas que me relatou são recorrentes ou trata-se de um episódio
isolado?
Colocadas as questões, a utente menciona que é uma situação isolada, que nunca
tivera qualquer sintoma semelhante, é saudável, não está grávida, usa método de
contraceção oral, teve relações sexuais recentemente com o seu parceiro e tem por
hábito lavar-se com o gel de banho que usa diariamente.
Após ouvir a utente explicava à mesma que pelos sintomas que apresentava, a mesma
estaria em princípio com um caso da candidíase não complicada, e aconselhava um
tratamento feito com antifúngicos por via intravaginal.
Como tratamento farmacológico propunha à mesma, uma vez que existem no mercado
alguns produtos para esse fim, o Clotrimazol (Gino-Canesten) sob a forma de creme
vaginal, comprimidos vaginais ou cápsulas moles vaginais, explicando à utente como
usar cada um deles, caso a mesma tivesse preferência por algum. Para a higiene íntima
aconselharia a lavagem com Lactacyd explicando que o mesmo tem um cuidado de
limpeza calmante, que ajuda na higiene íntima diária, sem irritar. Limpa suavemente,
enquanto proporciona conforto. Acalma o prurido, ardor e a vermelhidão, diminuindo
o desconforto vaginal associado à infeção e irritação, sendo ideal para os sintomas que
a mesma apresenta. Aconselharia a utente a falar com o parceiro sexual para ambos
fazerem o tratamento.
Caso os sintomas persistem depois de 5 dias de tratamento, informava a utente dirigir-
se ao médico de família ou ginecologista para uma reavaliação da situação, podendo
ser necessário utilizar outro tipo de tratamento. A utente opta pelo gino-canasten sob
a forma de creme vaginal para ela e para o parceiro duração 6 dias, com aplicação 1 vez
ao dia ao deitar e o Lactacyd como complemento de higiene íntima.
Como aconselhamento não farmacológico, aconselharia a mesma a:
 Utilizar roupa interior de algodão.
 Redução do consumo de alimentos e bebidas com elevado teor de açúcar.
 Limpar sempre a área genital da frente para trás, optar por duches, em vez de
banhos de imersão.

Caso prático nº 8

8 - O Sr. Joaquim veio buscar a sua receita habitual à farmácia e desta vez quer levar
algo melhor que o Voltaren em Gel que já terminou há 2 dias.
Que questões devo colocar?
Que medidas não farmacológicas serão as mais indicadas?
Existem medidas farmacológicas que posso recomendar?
Que outros fatores devo ter em conta?
R. Perante o pedido do Sr. Joaquim perguntava-lhe:
 Há quanto tempo utiliza o Voltaren gel?
 Para que sintomas está a utilizá-lo?
O Sr. Joaquim respondeu que já utilizava o Voltaren em gel há muito tempo pois
aliviava-o das dores musculares que sentia nas articulações, utilizava o mesmo várias
vezes ao dia, mas ultimamente não sentia que o gel estivesse a fazer efeito colocava o
gel 6 a 7 vezes ao dia, mas sem sucesso, por isso mesmo pretendia que lhe
aconselhasse outro produto para os mesmos sintomas mais eficaz para as dores.
Neste caso em primeiro lugar explicaria ao Sr. Joaquim que não devia usar
pomadas/géis anti-inflamatórios por longos períodos pois os mesmos têm na sua
composição medicamento, neste caso um anti-inflamatório que penetram no
organismo através da pele sendo prejudicial para a saúde devido ao uso incorreto do
mesmo, explicaria também ao Sr. Joaquim que ao utilizar este tipo de medicamento
tópico o mesmo deveria ser utilizado até ao máximo de 14 dias e a aplicação deveria
ser no máximo de 4 aplicações diárias.
Em seguida aconselharia o Sr. Joaquim a deixar de fazer o tratamento cerca de duas
semanas e marcar uma consulta com o médico para o mesmo fazer uma avaliação,
exames se necessário de forma a prescrever um tratamento correto para as suas
queixas. Enquanto o Sr. Joaquim não fosse ao médico e para alívio dos sintomas.
Aconselharia um gel homeopático natural, Arnica Gel, explicando ao Sr. Joaquim que
deveria colocar o gel 2 a 3 vezes ao dia nas zonas a tratar massajando lentamente para
facilitar a absorção do gel não exceder essa dosagem após aplicação lavar bem as
mãos.

 Recomendaria que fizesse compressas quentes.


 Repouso.
 Se tivesse possibilidades procurar ajuda de um osteopata para massagens
regulares.

Caso prático nº 9
Sr. Esteves tem 68 anos, segundo ele, tem uma calosidade da planta do pé. Tem
dificuldade em colocar bem o pé o chão, tem dor. É bastante ativo, tem uma horta e
as botas que costuma calçar para o trabalho estão a magoá-lo mais ainda naquele
local.
O que preciso de saber mais?
Que situação posso ter aqui para além do que ele descreve?
Que medidas farmacológicas e não farmacológicas lhe vou apresentar?
R: Perante a descrição dos sintomas do Sr. Esteves perguntaria ao mesmo:
Há quanto tempo tem essa dor?
Já alguma vez foi a um pedologista?
Costuma usar sempre o mesmo calçado para o trabalho?
É alérgico a algum medicamento?
É diabético?
Toma medicação?
O Sr. Esteves responde que já tem a dor à cerca de uma semana, nunca foi a um
pedologista e sim usa sempre o mesmo calçado quando está a trabalhar, não tem
diabetes, mas é hipertenso, toma medicação para esse fim, não tem conhecimento de
ter alergia a nenhum medicamento.
Antes de aconselhar algum tratamento ao Sr. Esteves pediria ao mesmo para se
deslocar ao Gabinete personalizado da farmácia para mostrar a calosidade na planta
do pé que o mesmo relata de forma a poder verificar se realmente se trata de um calo
ou de outra patologia por exemplo, uma verruga na planta do pé.
Após fazer o diagnóstico ao avaliar o pé verifica-se que se trata de um calo com um
núcleo duro e ceroso daí o Sr. Esteves sentir tanta dor quando faz pressão com a
planta do pé.
Como medida farmacológica aconselharia ao Sr. Esteves o Calicida Moreno (Ácido
Salicílico 83 mg/ml) para a remoção do calo, informava o Sr. Esteves para aplicar
exclusivamente sobre a zona afetada evitando a aplicação na pele sã, caso tivesse
alguém em casa para pedir ajuda na aplicação do produto, passaria para a explicação
de como usar o produto uma vez que o utente já tem uma certa idade: “ Sr. Esteves a
tampa possui um aplicador que auxilia a aplicação no local, aplique a solução, deixe
secar e, se necessário, cubra com um penso protetor, repita o processo duas a três
vezes ao dia durante vários dias consecutivos entre as quatro e as seis semanas, caso
os sintomas persistam terá de consultar o médico ou um pedologista”.
Como medida não farmacológica, recomendaria ao Sr. Esteves:
 Para proteger o calo, aliviar a dor e reduzir o mau estar causado pela fricção
optar por utilizar protetores de látex ou gel.
 Mergulhar o calo em água morna, esfregar suavemente com uma pedra-pomes
ou uma lixa e hidratar de seguida com vaselina por exemplo, coloque um penso
protetor.
 Usar calçado confortável, que não aperte muito o pé.

Caso prático nº 11
Mariana tem dermatite atópica, foi acampar e veio com umas borbulhas pequenas
localizadas na zona dos braços. Tem comichão na zona afetada.
Vem comprar algo que alivie, o que lhe posso recomendar e quais as medidas não
farmacológicas a ter em consideração?
Como devemos proceder?
O que precisamos de perguntar mais?
O que recomendaria?
R. Perante este caso as perguntas que colocaria seriam:
 Tem este sintoma há quantos dias?
 Costuma ter este tipo de sintomas?
 É diabética?
 Sofre de alergias?
 Faz alergias a algum medicamento?
Ao responder às perguntas a utente refere que está assim há 2 dias, sofre de dermatite
atópica, tendo por vezes crises, mas estas manifestam-se mais na zona da face e couro
cabeludo, quando tem as crises toma anti-histamínicos receitados pelo dermatologista
e loções próprias para aplicação diária , veio à farmácia pois nunca teve esta patologia
na zona dos braços, nem costuma aparecer borbulhas como as que apresenta, a
mesma refere que não é alérgica a nenhum medicamento, além da dermatite não
sofre de nenhuma outra patologia.
Para o caso da Mariana como aconselhamento farmacológico, recomendaria a
hidrocortisona (Pandermil 10 mg) e explicar à Mariana que o creme deve ser
aplicado 2 a 3 vezes por dia, nas áreas afetadas e uma vez indicado pelo médico fazer o
anti-histamínico para alívio da comichão evitando assim coçar o local infetado,
conforme instruções referenciadas pelo mesmo.

Como terapia não farmacológica recomendaria a Mariana:


Manter unhas curtas para evitar coçar, ter o local sempre bem seco, evitar contacto
com animais, poeiras, ácaros neste momento, fazer duches de água tépida em vez de
quente e com os produtos hidratantes/ emolientes aconselhados pelo dermatologista.

Caso prático nº 13

O António tem 60 anos, queixa-se de azia e dor abdominal, gosta de comer e não
tem muita regra nas escolhas.
O que posso aconselhar?
Haverá algumas recomendações não farmacológicas a considerar?

 Tem este sintoma há quantos dias?


 Costuma ter este tipo de sintomas?
 É diabético?
 É fumador?
 Sofre de alergias?
 Faz alergias a algum medicamento?
O Sr. António ao responder às questões relata que está assim desde o dia anterior,
esteve num convívio e ingeriu muitos alimentos gordos (feijoada, enchidos, doces,
entre outros) e acordou com estas queixas, é diabético tipo II, mas não sofre de
hipertensão, A única medicação que toma é para a diabetes.
Como terapia farmacológica recomendaria ao Sr. António Gaviscon Duo Effect,
substância ativa:

500mg alginato de sódio (por 10 ml)

213mg de bicarbonato de sódio (10 ml)

325mg de carbonato de cálcio (10 ml)

Posologia e tratamento 1 a 2 saquetas após as refeições e ao deitar por via oral, até 4
vezes ao dia, durante 7 dias, se os sintomas agravassem aconselharia o Sr. António
consultar o médico para reavaliar os sintomas.
Como terapêutica não farmacológica aconselharia o Sr. António a:
• Evitar refeições pesadas e ricas em gordura.
• Não deitar a seguir às refeições (> 2h).
• Elevação da cabeceira da cama.
• Suspender/reduzir o tabaco.
• Evitar atividades que aumentem a pressão intra-abdominal logo após as
refeições (p. ex. º jardinagem).
• Beber muita água ou chás de erva-cidreira e camomila são um excelente
remédio caseiro e uma boa opção para combater a dor abdominal e o
desconforto.

Caso prático nº 15
Marta tem os olhos vermelhos e uma sensação de comichão intensa.
Que questões devo colocar?
Que medidas não farmacológicas serão as mais indicadas?
Existem medidas farmacológicas que posso recomendar?

 Tem este sintoma há quantos dias?


 Esteve em contacto com poeiras, ácaros, pó de pinheiros, detergentes ou outro
agente irritante?
 Sofre de alergias?
 Faz alergias a algum medicamento?
 Usa lentes de contato?

A Marta explica que esteve a limpar as paredes de sua casa com lixívia para limpar o
bolor devido à humidade do inverno muito húmido e rigoroso no dia anterior, à noite
começou a sentir um desconforto nos olhos e uma certa comichão, hoje acordou com
os olhos vermelhos e a sensação de comichão tornou-se intensa. Não sofre alergias,
nem faz alergias a qualquer medicamento, a mesma explica que usa tem lentes de
contato hidrofílicas (moles).
Como terapia farmacológica aconselharia à Marta OPTREX 0,13 ml/ml (Colírio,
Solução Água de Hamamélis),

para aplicação 1 a 2 gotas 3 vezes ao dia, duração do tratamento até três dias,
explicaria à Marta que uma vez que usa lentes de contato, não as utilizar durante estes
três dias, mas se necessitasse mesmo de as colocar, retirá-las 15 minutos antes da
aplicação das gotas, caso os sintomas agravassem, consultar o médico ou
oftalmologista.
Como tratamento não farmacológico aconselharia:
- Evitar exposição dos olhos à luz solar, utilizar óculos de sol.
- Evitar esfregar os olhos devido à irritação.
- Lavar as mãos frequentemente.
- Lavar os olhos com solução recorrendo a soro fisiológico estéril.
- Aplicar compressas frias para reduzir a irritação.

Caso prático nº 17

Tiago vem pedir-nos ajuda para uma dor que não sabe identificar se acontece apenas
na gengiva ou no dente. Tem vindo a aumentar de intensidade. Não sabe identificar
a origem.
Que medidas não farmacológicas serão as mais indicadas?
Existem medidas farmacológicas que posso recomendar?
 Tem este sintoma há quantos dias?
 Sente as gengivas sensíveis, avermelhadas, com sangramento ao lavar os
dentes?
 Já foi ao dentista?
 Sofre de alergias?
 Faz alergias a algum medicamento?

O Tiago explica que tem este sintoma já Há algum tempo, começou com uma pequena
sensibilidade dentária, mas que nestes últimos dois dias a dor intensificou, mas não
consegue perceber se é dor no dente ou na gengiva, a dor piora quando ingere
alimentos muito quentes ou muito frios, não tem por hábito ir ao dentista pois tem
“pavor “, nunca se preocupou muito com a questão da higiene oral.
Como terapia farmacológica aconselharia ao Tiago o Elugel (cloro-hexidina), devido à
sua propriedade purificante, explicaria ao Tiago para aplicar o mesmo três vezes na
área afetada, usando um dedo ou uma escova de dentes ultra suave não engolir o gel.
O ideal seria após escovagem dos dentes.
Outro conselho que daria ao Tiago era que o mesmo marcasse consulta com um
dentista para avaliação da causa daquela dor.
WebGrafia
https://www.yesfarma.com/pt/anti-inflamatorio-natural-1520
https://www.antifungicos.bayer.pt/produtos/saude-intima-feminina/gino-canesten-
6-comprimidos-vaginais
https://www.pharmascalabis.com.pt/store/lactacyd-pharma-prebiotico-gel-higiene-
intima-250ml/
https://www.farmaciaideal.pt/spidifen-ef-400-mg-comp-rev-20.html
https://farmaciamodernavf.pt/pt/inicio/prod/voltaren-plast-140mg-5-emp-med
https://farmacianovadamaia.pt/pt/medicamentos/10884-brufen-200mg-20-
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https://www.poupafarma.pt/sinutab-ii-50030-mg-x-20-comp
https://www.aspirina.pt/produtos-aspirina/aspirina-xpress-para-a-dor-de-cabeca
https://bairrodasaude.pt/products/paracetamol-generis-500-mg-20-comprimidos
https://www.farmaciacentralvpa.pt/product/5148/stilnoite-comp-libertacao-
rapidax30
https://www.moreno.pt/JS17/index.php/pt/produtos/medicamentos?id=100
https://edol.pt/produto/pandermil-creme-30g/#pandermil-creme-
utilizacao
https://www.gaviscon.pt/produtos/gaviscon-duefet-saquetas/
https://www.farmacia-servico.pt/optrex-colirio-agua-hamamelis

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