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Caxias do Sul - RS
2019
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1. INTRODUÇÃO
O atendimento pré-hospitalar é caracterizado por ser qualquer assistência realizada fora
desse espaço físico, fazendo uso, direta ou indiretamente, dos meios e métodos disponíveis àquele
tempo, provendo uma resolução a demanda de saúde do paciente. Essa resolução pode ser tanto
uma orientação médica ou encaminhamento básico ao paciente, quanto o envio de transporte de
suporte básico ou avançado ao local da solicitação, visando o fim comum de manutenção da vida e
redução de sequelas.
2. METODOLOGIA
3. PALAVRAS-CHAVE
4. OBJETIVO
Por meio de uma revisão bibliográfica de sites indexados e bases de dados, objetivou-se
levantar informações e estudos acerca da implantação do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU) e suas raízes históricas.
O principal componente do serviço emergencial é a unidade móvel, que teve sua projeção
e marco de criação feita pelo médico Dominique Jean Larrey (1766–1842), considerado “Pai da
Medicina Militar”. Era cirurgião do exército napoleônico e identificou a demanda de resgate dos
feridos ainda durante as guerras4. Larrey, frente a necessidade de estabelecer um atendimento
imediato, projetou Unidades de Transporte de feridos, batizadas de “ambulâncias voadoras”, pois
tinham como principal característica a velocidade. Essa velocidade se dava pelo uso, inicialmente,
de dois cavalos, madeira leve, rodas pequenas e teto redondo.
Ao longo do século XIX o atendimento aos soldados em campo de guerra continuou, isso
levou à estruturação da Cruz Vermelha Internacional, em 1863 5. A sua atuação principal se deu nas
Guerras Mundiais do século XX, explicitando o início dos cuidados de manutenção da vida já no
local de batalha.
manutenção da vida. A rapidez na remoção dos feridos dos campos de batalha somados à
estabilização desses pacientes durante o transporte comprovou uma redução significativa na
mortalidade. A partir desse período as técnicas e protocolos foram aprimorados à medida que novas
situações de emergência apareciam e foi dado mundialmente um maior destaque às situações de
socorro emergencial no campo de guerra e militaria.
Nos anos 60, na França foi detectada por parte dos médicos uma desproporção entre o
avanço dos tratamentos hospitalares e o atraso nos meios disponíveis para o tratamento pré-
hospitalar existentes na época. Foram criados oficialmente, em 1965, os Serviços Móveis de
Urgência e Reanimação (SMUR), além das Unidades Móveis Hospitalares (UHM). Somados a
criação da ambulância por Larrey e da demanda das situações de guerra, em 1986 iniciou o SAMU,
“Service d'Aide Médicale d'Urgence” da França4. Dessa forma, instituíram-se equipes de socorro e
treinamentos adequados para o atendimento “in locus”, buscando aumentar as chances de
sobrevivência dos pacientes, tendo em vista que o início dos cuidados básicos e avançados se daria
muito antes da chegada no hospital. A importância da participação médica no local do ocorrido se
dá nos cuidados essenciais focados na reestruturação da ventilação, respiração e circulação de
maneira adequada e imediata.
Desde que houve a publicação da portaria, em 2003, instituindo essa política a nível
nacional, o objetivo foi de integrar o atendimento às urgências no Brasil. Dessa forma, com a
evolução tecnológica somada a um programa de assistência médica permitiu-se o avanço das
unidades móveis, a qual conta com equipe treinada, equipamentos microprocessados, serviço de
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5.3. O SAMU
Esse serviço é administrado pela Prefeitura de cada município, mais especificamente por
meio da Secretaria Municipal de Saúde, sendo ele de aspecto regional, porém diretamente ligado ao
Ministério da Saúde. Ele pode ser acionado pelo telefone 192 e atende a três objetivos: atendimento
para casos clínicos, a regulação do sistema de vagas de urgência e emergência em hospitais
secundários e terciários por uma central 24 horas e educação em urgência e emergência. Destaca-se
que o SAMU se trata de um Serviço que presta assistência em caráter transitório, ou seja, não é o
destino final da pessoa atendida, o seu objetivo é, justamente, facilitar e assegurar o bem-estar do
paciente durante o trajeto à esse destino final7.
6. CONCLUSÃO
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1
Silva, E., Tipple, A., Souza, J., & Brasil, V. (2010). Aspectos históricos da implantação de um
serviço de atendimento pré-hospitalar. Revista Eletrônica De Enfermagem, 12(3), 571-7.
https://doi.org/10.5216/ree.v12i3.10555
2
O’Dwyer, Gisele; Konder, Mariana Teixeira; Reciputti, Luciano Pereira; Macedo, Cesar; Lopes,
Monica Guimarães Macau. O processo de implantação do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência no Brasil: estratégias de ação e dimensões estruturais.
3
National Association of Emergency Medical Technicians. PHTLS. Atendimento pré-hospitalar
ao traumatizado: básico e avançado. Rio de Janeiro: Elsevier; 2004.
4
Ferrari D. História da ambulância. Revista Intensiva. 2006;4:132.
10
5
Azevedo TMVE. Atendimento pré-hospitalar na Prefeitura do Município de São Paulo: análise do
processo de capacitação das equipes multiprofissionais fundamentada na promoção da saúde
[dissertação]. São Paulo (SP): Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo; 2002.
6
P Minayo MCS, Deslandes SF. Análise da implantação do sistema de atendimento pré-hospitalar
móvel em cinco capitais brasileiras. Cad Saúde Pública 2008; 24:1877-86.
7
Lima DP, Leite MTS, Caldeira AP. Redes de atenção à saúde: a percepção dos médicos
trabalhando em serviços de urgência. Saúde Debate 2015; 39:65-75.
8
Lopes S, Fernandes R. Uma Breve Revisão do Atendimento Médico Pré-hospitalar. Medicina
(Ribeirao Preto Online) [Internet]. 30dez.1999
9
Machado, Cristiani Vieira; SalvadorII, Fernanda Gonçalves Ferreira; O'Dwyer, Gisele. Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência: análise da política brasileira, Revista de Saúde Pública 2011;
45(3):519-28.