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TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PRG.USOST.003 - Página 1/16
PROGRAMA
Documento
Título do Emissão: 12/7/2022 Próxima revisão:
IMUNIZAÇÃO OCUPACIONAL
Documento Versão: 2 12/7/2024
1. APRESENTAÇÃO
A vacinação é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das
intervenções de saúde pública com maior impacto na prevenção de doenças infecto-contagiosas e,
consequentemente, na saúde mundial. Estratégias de vacinação obtiveram resultados expressivos
em todo mundo como: erradicação da varíola, eliminação da poliomielite nas Américas e, em
território nacional, controle da rubéola congênita, do tétano neonatal, da difteria e do sarampo,
além de reduzir drasticamente a incidência de coqueluche, rubéola, caxumba e meningite pelo
Haemophilus influenzae do tipo b.
Apesar disso, existem, na literatura, levantamentos estatísticos que mostram que cerca
de 76% da população adulta mundial não completa o calendário básico de imunização e, desses,
apenas 7% recebe a orientação adequada.
Em virtude dos fatos mencionados, o Programa de Imunização Ocupacional (PIO) será
um instrumento de apoio complementar ao Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO) e visa atender a Política Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde (MS) no que
concerne a manter eliminadas ou sob controle as doenças imunopreveníveis no âmbito do ambiente
de trabalho.
A Unidade de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalhado (USOST) do Hospital de
Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) é a responsável por fazer a gestão
da situação vacinal do trabalhador de vínculo Ebserh a partir do calendário oficial de vacinação/MS.
Observando a PNI em consonância com a Norma Regulamentadora (NR) 32, o PIO se efetiva na
busca pela melhoria da qualidade de vida do trabalhador e redução da mortalidade pelas doenças
infecciosas evitáveis pela vacinação.
2. OBJETIVO
Os principais objetivos do PIO são:
• Cumprir com o disposto no PCMSO do HC-UFTM;
• Descrever detalhadamente os fluxos para atualização vacinal;
• Manter atualizada a situação vacinal dos trabalhadores;
• Combater o adoecimento do trabalhador por doenças infecciosas imunopreveníveis;
• Promover a qualidade de vida e a saúde dos trabalhadores;
• Diminuir a mortalidade precoce da população economicamente ativa.
3. SIGLAS E CONCEITOS
DIVGP - Divisão de Gestão de Pessoas
DT: Vacina contra Difteria e Tétano.
DTPa: Vacina contra Difteria, Tétano e Pertusis (Coqueluche) acelular.
Ebserh: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.
HC-UFTM: Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
IM – Intramuscular.
Mentorh: Sistema de gestão de recursos humanos utilizado pela Ebserh.
OMS: Organização Mundial de Saúde.
4. ABRANGÊNCIA
Trabalhadores de vínculo Ebserh, efetivos e cedidos, lotados nos HC-UFTM.
5. JUSTIFICATIVA
Este PIO visa detalhar todos os fluxos relacionados à imunização de tralhadores Ebserh
do HC-UFTM como forma de garantir:
• Arquivamento dos registros de vacinação em prontuário de saúde do trabalhador e
lançamento no sistema de gestão Mentorh;
• Atualização da situação vacinal dos trabalhadores;
• Orientação aos trabalhadores em situações em que haja atraso na realização da dose de
vacina;
• Definição das redes de apoio a vacinação em caso de necessidade;
• Cumprimento das legislações e programas de saúde ocupacional em vigência.
6. DIRETRIZES
Em conformidade com o disposto neste programa, os profissionais responsáveis pela
sua execução e as referidas atribuições são:
Gestão do HC-UFTM
• Responsável por aprovar e garantir a implementação do PIO bem como zelar por sua
eficicácia. Uma vez que a USOST não possui uma sala de vacinação específica para o atendimento
dos trabalhadores por ela atendida, a Superintendência fica responsável por garantir o atendimento
desses trabalhadores junto à sala de vacina existente nas dependências do hospital, anexa ao
Ambulatório de Pediatria, assim como junto às unidades básicas de saúde municipal que dispõem
de tal serviço no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
• Em caso de campanhas de vacinação que contemplem o público interno de profissionais do
HC-UFTM, cabe à gestão garantir a realização nas dependências da instituição de forma segura,
organizada, disponibilizando local adequado, recursos humanos e materiais suficientes, além de
seguir critérios de riscos ocupacionais para convocação dos trabalhadores, conforme a
disponibilização de doses por parte da Secretaria Municipal de Saúde ou da Ebserh, em casos em
Médico do Trabalho
• Atender e orientar os colaboradores e sempre incluir questionamentos sobre situação
vacinal em sua anaminese, solicitando exames, conforme avaliação clínica, e prescrevendo vacinas
quando necessário.
Enfermeiro do Trabalho
• Responsável por planejar, coordenar, treinar, orientar e excutar todas as ações referentes à
imunização de trabalhadores no âmbito do HC-UFTM. Participar ativamente de todo o processo de
implementação do PIO, assim como treinar e orientar toda a equipe de Saúde Ocupacional.
• Cabe também ao enfermeiro, incluir questionamento sobre vacinas como tópico em sua
anamnese em situações em que seja feito atendimento direto ao trabalhador.
• Além disso é este profissional o responsável técnico de campanhas de vacinação realizadas
no hospital, assumindo ações como: treinamento e orientação da equipe de trabalho, avaliação e
notificação de possíveis eventos adversos dos imunizantes, manter contato constante com os
responsáveis pela distribuição do imunizante como forma de garantir as doses para o público alvo
de acordo com o determinado pela campanha.
Colaboradores
• Cabe ao candidato convocado em concurso público em seu exame admissional,
obrigatoriamente, apresentar o cartão de vacinas devidamente atualizado. Na impossibilidade de
atualização imediata das vacinas com pendências, o trabalhador deverá assinar o termo de
comprometimento de atualização vacinal (anexo 2). Caso a atualização não seja efetivada o
trabalhador estará sujeito a sanções administrativa por descumprimento da presente
determinação.
• Cabe aos trabalhadores Ebserh lotados no HC-UFTM apresentar a atualização do cartão de
vacinas à USOST, especialmente em situações de realização de exames ocupacionais, além de
atender às convocações para as campanhas de vacinação e sempre que indicado pela equipe de
Saúde Ocupacional.
• No caso de profissionais que não pretendem se imunizar, é obrigatória a assinatura do termo
de recusa, independente do motivo. A imunização não é de caráter mandatório, porém, ao
trabalhador de saúde, deve ser considerada a possibilidade de estar inapto para exercer sua
atividade, caso represente risco efetivo para terceiros, conforme Código de Ética Médica, capitulo
IX, artigo 76, estando passível de transferência de unidade.
Gestores
• Cabe aos gestores ter ciência do fluxos contidos no PIO, além de auxiliar nas convocações
dos trabalhadores, em casos que haja necessidade de apresentação de atualização da situação
vacinal e para participação em campanhas de vacinação.
• Havendo recusa na vacinação, os gestores terão ciência de que, caso represente riscos
efetivos para terceiros, o profissional poderá ser transferido de unidade.
Hepatite B
É uma doença infecciosa que agride o fígado, sendo causada pelo vírus B da hepatite
(HBV). O HBV está presente no sangue e secreções e a hepatite B é também classificada como uma
infecção sexualmente transmissível. Apesar dos avanços na terapia antiviral, apenas uma minoria
dos pacientes com hepatite B crônica apresenta resposta sustentada ao tratamento.
A vacina é composta de vírus inativado. É administrada via intramuscular - IM (apenas
no músculo deltoide). Pode ser administrada simultaneamente com outras vacinas, mas em
diferentes sítios anatômicos. É recomendada a todos os indivíduos, independente da idade, em
esquema de 3 doses sendo a segunda um mês depois da primeira e a terceira seis meses após a
primeira (esquema 0 - 1 – 6 meses). Esquemas especiais de vacinação são necessários para pacientes
imunocomprometidos e renais crônicos: dose dobrada em quatro aplicações (esquema 0 - 1 - 2 - 6
meses). Esta vacina está disponível nas unidades de saúde da rede SUS.
Três doses de vacina hepatite B induzem títulos protetores de anticorpos (anti-HBs ≥10
UI/mL) em mais de 90% dos adultos e dos jovens 33 sadios, e em mais de 95% dos lactentes, das
crianças e dos adolescentes. A eficácia diminui com a idade e é bem menor em maiores de 40 anos.
De acordo com a versão do ano de 2020 do PCMSO, nos exames admissionais e
demissionais, havendo consentimento do empregado público, será solicitado o exame anti-HBs que
indica se existem anticorpos contra a hepatite B, os quais podem ser por causa do esquema vacinal.
Em indivíduos que não possuem anti-HBs ≥10 UI/mL mesmo que seja vacinado, é indicada a
repetição do esquema de 3 doses. Após 6 meses do novo esquema de 3 doses será solicitada uma
nova coleta de anti-HBs e, caso não haja evidência de produção de anticorpos, este indivíduo é
incluso no grupo de 10% de vacinados contra hepatite B que não produzem resposta imunológica
ao imunizante.
Febre Amarela
A febre amarela (FA) é uma doença febril aguda, causada por um arbovírus da família
Flaviviridae, gênero Flavivirus. No Brasil, é endêmica, atingindo a maior parte do território. A
transmissão do vírus ocorre quando um mosquito (vetor) pica uma pessoa ou animal infectado (em
especial, o macaco), geralmente em regiões de floresta ou cerrado, e depois pica uma pessoa
saudável não vacinada.
Além do combate ao vetor, a prevenção da febre amarela é feita através da vacinação,
que é a medida mais importante. Esta é uma vacina de vírus atenuados para aplicação subcutânea
e sua proteção persiste por longo tempo, mesmo décadas, o que permitiu que a OMS alterasse sua
recomendação para viajantes e, desde 2014, passou a indicar apenas uma dose na vida.
As vacinas disponíveis apresentam eficácia acima de 95%, induzindo a formação de
anticorpos protetores após sete a dez dias da aplicação. O esquema vacinal consiste em uma dose
única a partir dos 9 meses de idade. Viajantes internacionais devem ser vacinados quando há risco
de adoecimento ou por exigência para entrada nos países. Neste caso, é preciso investigar se o país
a ser visitado já adotou a mais recente recomendação da OMS para uma dose na vida ou se ainda
exige vacinação a cada dez anos.
Influenza
No Brasil, as vacinas disponíveis são constituídas de vírus inativados, portanto sem riscos
de causar infecções; são aplicadas em via IM. A vacina disponibilizada pelo SUS é trivalente e contém
duas linhagens de influenza A (H1N1 e H3N2) e um tipo de influenza B (linhagem Yamagata ou
Victoria). Já a vacina quadrivalente, comumente disponibilizada em sala de vacinas de serviços
privados, contém as mesmas linhagens de influenza A e duas linhagens de influenza B (Yamagata e
Victoria), conforme orientação da OMS.
Sua eficácia, em adultos jovens saudáveis, varia de 70% a 90%. A detecção de anticorpos
protetores ocorre, em geral, em torno de duas semanas após a vacinação e o pico máximo de títulos
de anticorpos é alcançado quatro a seis semanas após. A proteção dura cerca de um ano, por isso,
a importância de ser aplicada todos os anos como rotina em dose única, de preferência antes do
início do outono. Desde que disponível, a vacina influenza 4V é preferível à vacina influenza 3V, por
conferir maior cobertura das cepas circulantes.
Anualmente, a USOST, de acordo com a disponibilização da vacina através da Secretaria
Municipal de Saúde e priorizando os profissionais com maior exposição de risco, promove a
campanha de vacinação contra influenza no HC-UFTM.
Varicela
É uma infecção viral, de alto contágio, que cursa com exantema característico
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2022, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
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Documento Versão: 2 12/7/2024
maculopapular que evolui com formação de vesículas e mais tarde crostas, com prurido e
polimorfismo regional. Também podem ocorrer febre e sintomas gerais, como dor no corpo e de
cabeça, além de mal-estar. Em crianças, de modo geral, é uma doença benigna com eventuais
complicações. Em adolescentes e adultos, na maior parte das vezes, o quadro clínico é mais
exuberante e as complicações mais frequentes: infecção bacteriana das lesões, pneumonia,
comprometimento do sistema nervoso. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, através de
contato direto ou de secreções respiratórias e também pelo contato com as lesões de pele. De forma
indireta, pode ser transmitida por objetos contaminados com secreções das lesões das mucosas dos
pacientes infectados.
É uma vacina atenuada, para aplicação subcutânea, com indicação de duas doses com
intervalo mínimo de 30 dias entre elas, e a eficácia esperada para qualquer forma da doença é de
98% e, para formas graves, de 100%.
Profissionais de saúde não vacinados e que trabalham na área assistencial,
especialmente em contato com pessoas imunodeprimidas e os da área de pediatria devem receber
uma ou duas doses de vacina varicela (atenuada), a depender do laboratório produtor.
Covid-19
As vacinas COVID-19 distribuídas para uso, até o momento, na Campanha Nacional são:
• Instituto Butantan (IB): vacina adsorvida covid-19 (Inativada) Fabricante: Sinovac Life Sciences Co.,
Ltd. Parceria: Sinovac/Butantan.
• Fundação Oswaldo Cruz - Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos - BioManguinhos
(Fiocruz/Bio-Manguinhos): vacina covid-19 (recombinante) Fabricante: Fiocruz/Bio-Manguinhos.
Parceria: AstraZeneca/Fiocruz.
• Pfizer/Wyeth: vacina covid-19 (RNAm) (Comirnaty) – Pfizer/Wyeth.
• Janssen: vacina covid-19 (recombinante). Vacina oriunda do consórcio Covax Facility.
Para os três primeiros imunizantes citados anteriormente são indicadas 2 doses e a
vacina da Janssen é de dose única. Após estudos foi acrescentado uma dose de reforço a todos os
imunizantes 4 meses após o encerramento do esquema anterior. Dentre os grupos prioritários para
a vacinação estão indivíduos com maior risco de infecção e a preservação do funcionamento dos
serviços essenciais, neste caso os profissionais de saúde, priorizando, os atuantes na linha de frente
para o atendimento de pacientes com suspeita ou confirmação de infecção pelo SARS-COV-2.
A responsabilidade da administração e manejo desta campanha de vacinação
atualmente é da Secretaria Municipal de Saúde de Uberaba, cabendo à USOST orientar, incentivar
e manter o controle regular de registro e atualização vacinal dos trablhadores
As gestantes e puérperas deverão ser vacinadas com vacinas Covid-19 que não
contenham vetor viral (Sinovac/Butantan ou Pfizer/Wyeth).
Por se tratar de um imunizante novo, na ocorrência de aquisição de vacinas
provenientes de outros laboratórios, devidamente autorizados pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, a USOST seguirá as padronizações determinadas pelo Ministério da Saúde e às respectivas
bulas da vacina.
Dentre os eventos adversos mais comuns, geralmente não graves, provocado por
administração de dose de vacinas estão: dor local, inchaço, rubor, hiperemia, febre, cansaço,
cefaleia, diarreia não persistente.
Todavia os eventos adversos são considerados graves, nos seguintes casos específicos:
• Requer hospitalização por pelo menos 24 horas ou prolongamento de hospitalização já
existente;
• Causa disfunção significativa e/ou incapacidade persistente (sequela);
• Resulte em anomalia congênita;
• Causa risco de morte (ou seja, induz à necessidade de uma intervenção clínica imediata para
evitar o óbito);
• Causa o óbito.
Apesar de mais raros, os eventos mais graves podem acontecer e os trabalhadores
acometidos devem ser acompanhados pela USOST, quanto à evolução dos sintomas, e para
auxiliar a Central de Vacinas Municipal no entendimento do que levou ao surgimento de tal
evento. Dentre os principais eventos graves observados estão: febre persistente, convulsão febril
ou afebril, choque anafilático e diarreia persistente.
9. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
Para fins de registro, a USOST mantém uma planilha contendo todas as vacinas
comprovadas pelos trabalhadores, além disso, esses dados são registrados no sistema Mentorh,
conforme os passos descritos na sequência de figuras abaixo.
Na aba de Recursos Humanos selecionar a opção saúde ocupacional e segurança do tabalho – Figura 2
10. REFERÊNCIAS
Decreto-Lei 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro,
31 dez. 1940.
BRASIL. Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975. Dispõe sobre a organização das ações de Vigilância
Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações, estabelece normas relativas à
notificação compulsória de doenças, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
de 31 de outubro de 1975, p. 14433, col. 1.
BRASIL. Portaria nº 597, de 08 de abril de 2004. Institui, em todo território nacional, os calendários
de vacinação. Diário Oficial da União, Brasília, DF.
GOMES, A., et all. Atualização em vacinação ocupacional: guia prático. Belo Horizonte – MG: Magic,
2007.
BRAVO F., et all. Guia de Imunização SBIm/Anamt: Medicina Do Trabalho 2016-2017. Curitiba - PR:
Magic, 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Febre amarela : guia para profissionais
de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
BRASIL. Código de Ética Médica: Resolução CFM nº 2.217, de 27 de setembro de 2018 , modificada
pelas Resoluções CFM nº 2.222/2018 e 2.226/2019 / Conselho Federal de Medicina – Brasília:
Conselho Federal de Medicina, 2019.