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PGM-SSO-001-00

PGM
PROGRAMA

SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL


PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
PROGRAMA
REVISÃO: 00
CÓDIGO:
PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA - PPR PÁGINA: 1/8
PGM.SSO.001

1. OBJETIVO
Este programa visa garantir segurança dos colaboradores com relação aos riscos respiratórios por meio
da adequada utilização de respiradores.
Esses equipamentos devem ser utilizados para complementar as medidas de proteção coletiva
implementadas, ou enquanto elas estiverem sendo implantadas e nas emergências.

2. RESPONSABILIDADES
Elaboração e revisão: Saúde e Segurança Ocupacional
Execução: todos os Profissionais que atuam no INTS, cujos trabalhos requerem proteção respiratória devido
a inalação de contaminantes e/ou a inalação de ar com deficiência de oxigênio.
Todos devem cumprir e colaborar para o sucesso deste programa.

2.1. Da Gerência Administrativo


▪ Aprovar e garantir a implantação do PPR, bem como zelar pela sua eficácia;
▪ Apoiar e prover recursos, instrumentos, materiais e condições necessárias à execução do PPR;
▪ Cumprir e fazer cumprir a legislação vigente.

2.2. Da Segurança Ocupacional


▪ Elaborar o PPR e coordenar o desenvolvimento das ações propostas neste programa, com foco em
prevenção de acidentes e doenças do trabalho;
▪ Auxiliar os setores a executar ações para implantação e manutenção do PPR;
▪ Especificar o respirador adequado à exposição do empregado, priorizando os que apresentem Certificado
de Aprovação (CA);
▪ Realizar treinamento sobre uso e conservação dos respiradores, bem como informar sobre os riscos
envolvidos na operação;
▪ Monitorar o funcionamento do respirador e tomar providências, caso sejam necessárias. No caso de
constatação de defeito de fabricação, comunicar ao fabricante e aos demais órgãos competentes;
▪ Manter atualizadas as avaliações sobre contaminantes na área de trabalho, para seleção e
acompanhamento efetivo dos respiradores;
▪ Realizar a gestão de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e demais materiais e equipamentos
necessários à execução do PPR;
▪ Avaliar, aprovar ou reprovar o uso de respirador pelo empregado.

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2.3. Do Serviço de Saúde Ocupacional


▪ Realizar exames médicos ocupacionais;
▪ Avaliar se o empregado tem ou não condições médicas para utilizar um respirador, caso haja restrição ao
uso do EPR informar ao Setor de lotação do empregado e ao Serviço de Segurança do Trabalho para
providências cabíveis;
▪ Acompanhar a verificação de vedação.

2.4. Do colaborador
▪ Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde ocupacional, inclusive as ordens
de serviço expedidas com anuência dos mesmos;
▪ Colaborar com a execução do PPR;
▪ Submeter-se à verificação de vedação e aos exames médicos ocupacionais;
▪ Cumprir as orientações médicas decorrentes da avaliação de sua saúde;
▪ Fazer uso do EPR de acordo com os treinamentos e instruções recebidos;
▪ Comunicar, o mais breve possível, à equipe de Saúde Ocupacional, quando acometido por problema de
saúde, principalmente se associado ao trabalho;
▪ Em caso de acidentes, comunicar ao seu superior e ao SSO, imediatamente;
▪ Guardar o respirador que não estiver em uso, preservando-o de danos ou deformidade;
▪ Comunicar ao SSO qualquer alteração do seu estado de saúde, que possa influir na sua capacidade de usar
EPR de modo seguro;
▪ Manter a área do rosto isenta de pelos faciais (barba, bigode, costeletas ou cabelos).

3. DEFINIÇÕES
3.1. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária;
3.2. CA - Certificado de Aprovação;
3.3. EPI - Equipamento de Proteção Individual;
3.4. EPR - Equipamento de Proteção Respiratória;
3.5. FUNDACENTRO - Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho;
3.6. PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional;
3.7. PFF - Peça Semifacial Filtrante;
3.8. PPR - Programa de Proteção Respiratória;
3.9. SSO - Saúde e Segurança Ocupacional.

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4. PROCEDIMENTO

4.1. Critério para seleção, limitação e uso de respiradores


4.1.1. Atividades do usuário
Na seleção de um respirador devem ser considerados os riscos respiratórios a que os trabalhadores estão
ou poderão estar expostos, bem como o tempo durante o qual o respirador será utilizado. As
considerações técnicas dos EPRs constarão no formulário FT.SSO.001 Recomendação Técnica EPRs.
A seleção de um respirador requer que o profissional conheça as operações e os riscos envolvidos nas
atividades. Tal conhecimento permite a seleção assertiva do tipo ou classe de respirador que
proporcione uma proteção adequada. A identificação dos produtos químicos ocupacional deve estar
relacionada no FP.SSO.016 Inventário de Produtos Químicos
4.1.2. Localização da área de risco
Na seleção é importante considerar se o local é seguro e possui ar respirável. Isso faz com que seja
possível estabelecer quais rotas são as mais seguras em caso de emergência, bem como a realização dos
serviços de manutenção, operação ou resgate.

4.1.3. Características e limitações dos respiradores


As características físicas e funcionais dos respiradores, assim como suas limitações, deverão ser
observadas no processo. Os diversos respiradores disponíveis no mercado fazem com que cada um
atenda a diferentes demandas.

4.1.4. Características da tarefa


O nível de esforço exigido em cada atividade, bem como a condição do ambiente, é determinante na
vida útil do respirador. No caso extremo de esforço a quantidade de ar trocada aumenta e os filtros
presentes em alguns tipos de máscaras poderão ter sua eficiência comprometida mais rapidamente,
causando então uma dificuldade na troca de ar.

4.1.5. Aprovação e validade dos respiradores


Serão priorizados o uso de respiradores dotados de Certificado de Aprovação (CA), com validade no
momento da aquisição e que estejam dentro do prazo de validade estabelecido pelo fabricante. No caso
de exposição a risco biológico, será necessário também o registro na Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA).

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Deve ser realizado teste de vedação conforme procedimento operacional da segurança do trabalho e
registrado no formulário FP.SSO.017 Teste de Vedação.

4.1.6. Inspeção do uso do EPR

O trabalhador deve utilizar os EPR conforme orientação do setor de segurança do trabalho, bem como,
utilizar para o fim que se destina. Para garantir a correta utilização do uso, deve-se realizar inspeção de SSO.
Na identificação de desvios por atos inseguros, EPR inadequado ou não utilizado, deverá ser registrado no
FP.SSO.013 Relatório Técnico de Inspeção de SSO e acompanhar as ações oriundas da inspeção.

4.2. Outros fatores que afetam a seleção de um respirador

4.2.1. Pelos Faciais

O trabalhador que usa respirador deverá evitar os pelos faciais (barba, bigode, costeletas ou cabelos).
Os pelos nessa região fazem com que a vedação e o funcionamento das válvulas sejam comprometidos.
A barba impede um ajuste facial adequado.
Caso se verifique que bigodes e costeletas não interferem na zona de selagem e no funcionamento das
válvulas do respirador, essas poderão ser mantidas.

4.2.2. Visão

Em caso de uso de lentes de contato, óculos de grau, óculos de segurança, protetor facial, máscara de
soldador ou outro tipo de proteção ocular ou facial, eles não devem comprometer a vedação do
respirador.
É vedado o uso de óculos com tiras ou hastes que passem na área de vedação do respirador do tipo com
vedação facial.

4.2.3. Problemas de vedação

É vedado o uso de gorros e bonés com abas que interfiram na vedação dos respiradores.
Os tirantes dos respiradores com vedação facial não devem ser colocados ou apoiados sobre hastes de
óculos, capacetes e protetores auditivos. Nenhum EPI ou acessório deverá intervir na vedação da peça.

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Nas atividades executadas pelos colaboradores do INTS, são disponibilizados os seguintes EPRs:

EPR Setores Usuários

Setores Assistenciais Todos os colaboradores, devido à


Máscara cirúrgica Administrativos* pandemia do COVID-19
Médicos
Enfermeiros
Técnicos em Enfermagem
Fisioterapeutas
Terapeutas Ocupacionais
Nutricionistas
PFF2 sem válvula ou N95 Setores Assistenciais Biomédicos
(Quando em área de isolamento Setores de Apoio
respiratório) Fonoaudiólogos
Psicólogos
Técnicos em Radiologia
Tecnólogos em Radiologia
Profissionais de apoio (Eventual)
Auxiliar de Serviços Gerias

Manutenção Auxiliar de Serviços Gerais


PFF2 com válvula ou N95
Higenização Atividades de obras e reformas

Enfermeiros
CME Técnicos em Enfermagem
Manipulação de
PFF2 com carvão ativado e válvula Médicos
Quimioterápicos

Pintor
Respirador semifacial para gases e Manutenção predial
Mecanico
vapores orgânicos Infraestrutura
Auxiliar de serviços gerais

*Quando em emergência em saúde pública ou exigido por órgãos competentes.

4.3. TREINAMENTO

4.3.1. Verificação de Vedação


A fim de garantir o uso adequado do EPR os empregados deverão receber treinamento de segurança
inicial e, posteriormente, sempre que houver alteração da exposição ao risco que implique em
fornecimento de novos equipamentos.

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Toda vez que o usuário colocar o respirador antes de entrar na área de risco ou reajustá-lo quando já
estiver no local, deve “verificar a vedação” para garantir que o respirador esteja ajustado corretamente
na face.
De acordo com a Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho -
FUNDACENTRO, a verificação de vedação trata-se de um “ensaio rápido, feito pelo próprio usuário antes
de entrar na área de risco ou repetido na própria área”.
Toda vez que o usuário colocar o respirador, antes de iniciar o trabalho, deverá verificar a vedação para
garantir que ele está ajustado corretamente na face. Deve-se usar o procedimento indicado pelo
fabricante.
Para auxiliar a verificação, deve-se observar:

▪ Posicionamento do respirador no nariz;


▪ Compatibilidade do respirador com a proteção ocular;
▪ Posicionamento do respirador na face;
▪ Ajuste no queixo bem-feito;
▪ Tensão dos tirantes.

4.3.2. Conteúdo Programático do Treinamento


▪ O risco respiratório e o efeito sobre o organismo humano se o respirador não for usado de modo correto;
▪ As medidas de controle coletivo e administrativo que estão sendo adotadas e a necessidade do uso de
respiradores para proporcionar a proteção adequada;
▪ O funcionamento, as características e as limitações do respirador selecionado;
▪ O modo de colocar o respirador e de verificar se ele está colocado corretamente no rosto;
▪ O modo correto de usar o respirador durante a realização do trabalho;
▪ Os cuidados de manutenção, inspeção e guarda quando não estiver em uso;
▪ As exigências legais sobre o uso de respiradores para certas substâncias;
▪ A necessidade de informar o seu superior de qualquer problema que tenha ocorrido consigo devido ao
uso do respirador, ou com seus colegas de trabalho.

4.4. EXAMES MÉDICOS


Os usuários de EPRs deverão passar por exames médicos específicos antes de utilizaros respiradores, caso
a equipe de saúde ocupacional entenda como necessário.
Estes exames serão indicados pelo médico coordenador do PCMSO.

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4.5. REVISÃO DO PROGRAMA


A verificação da eficácia do PPR é realizada anualmente, no período em que ocorre a revisão do
documento base. Nessa etapa, serão avaliadas as ações previstas nesse programa, quanto ao seu
cumprimento, execução das medidas de controle adotadas à eliminação, neutralização ou redução dos
riscos, ou ainda se surgiram novos riscos no ambiente de trabalho.

4.6. ARQUIVAMENTO DE REGISTROS


O presente PPR deverá ser arquivado pelo período mínimo de 20 (vinte) anos, cabendo a cada contrato
garantir a divulgação de seu conteúdo de programa aos colaboradores.
Os registros dos EPRs com CA devem ser registrados no FP.SSO.015 Ficha de entrega de EPIs para fim da
evidência e controle dos mesmos.

4.7. PLANEJAMENTO DE AÇÕES


De acordo com o levantamento de campo, seguem descritas as principais atividades a serem
desenvolvidas para a execução desse programa:

Cronograma de ações - Anual


Item Ação Prazo Setor responsável
01 Realizar medição dos agentes químicos ocupacionais Anual SESMT
02 Registrar os ensaios de vedação Anual SESMT
Realizar capacitação dos usuários em proteção
03 Anual SESMT
respiratória
04 Realizarinspeções nosambientes de trabalho Mensal SESMT
05 Registrar na ficha de EPI as entregas de EPR PFF2 Permanente SESMT
Identificar substâncias químicas capazes de
06 oferecer riscos respiratórios aos trabalhadores e o Anual SESMT
respirador indicado.
Realizar exames médicos ocupacionais, atentando
07 para o risco respiratório e o uso de respiradores, Anual SESMT
em casos necessários.
08 Acompanhar relatório de qualidade doar do PMOC Semestral SESMT
A cada 12
08 Realizar Análise Global do PPR SESMT
meses
A cada 12
09 Revisar o PPR SESMT
meses

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5. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES/ REFERÊNCIAS


Normas Regulamentadoras, aprovadas pela Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978, e seus anexos.
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cartilha de Proteção Respiratória contra Agentes
Biológicos para Trabalhadores da Saúde. Brasília DF, 2009.

6. CONTROLE DE REGISTRO

Recuperação Acesso
Formulário Identificação Armazenagem Proteção Retenção Disposição
(Forma de (Livre/restrito)
busca)
Recomendação técnica Pasta formulários
FT.SSO.001 Backup Nome Restrito Indeterminado N/A
para uso dos EPRs SSO - rede

Inventários de produtos Pasta formulários


FP.SSO.016 Backup Nome Restrito Indeterminado N/A
químicos SSO - rede

Pasta formulários
FP.SSO.017 Teste de vedação Backup Nome Restrito Indeterminado N/A
SSO - rede

Pasta formulários
FP.SSO.015 Ficha de entrega de EPIs Backup Nome Restrito Indeterminado N/A
SSO - rede

Relatório Técnico de
Inspeção de Pasta formulários
FP.SSO.013 Backup Nome Restrito Indeterminado N/A
Saúde e Segurança SSO - rede
Ocupacional - SSO

7. HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES

Revisão Elaborado/revisador por Data Histórico das alterações Aprovado por Data

00 Crispiniana Gracindo 22.09.2021 Emissão inicial Carolina Gonçalves 14.12.2021

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