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PROCEDIMENTO PRS000001

Programa de Proteção Respiratória - PPR 1 de 18

1. Objetivo
Apresentar recomendações para elaboração, implantação e administração de um
programa de como selecionar e usar corretamente os equipamentos de proteção
respiratória na (NOME DA EMPRESA); proteger a saúde e a integridade física dos seus
trabalhadores e atender a Instrução Normativa n.º1, do Ministério do Trabalho.

2. Documentos Referenciados

NR-01 - Disposições Gerais


NR-04 - Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho
NR-06 - Equipamentos de Proteção Individual
PS000002 - Equipamento de Proteção Individual
PS000014 – Relatório de Prevenção de Acidentes
PRS000016 - Programa de Proteção Respiratória – PPR -Instrução de Uso - Almoxarifado

3. Definições
P.P.R. – Programa de Proteção Respiratória
E.P.R. – Equipamento de Proteção Respiratória
SSST – Secretaria e Segurança e Saúde no Trabalho
CA – Certificado de Aprovação
CRF – Certificado de Registro do Fabricante
PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
IPVS – Imediatamente Perigoso à Vida ou a Saúde
ACGIH - (American Conference of Governmental Industrial Hygienists)
OSHA – (Ocupational Safety and Health Administration)
NIOSH – (National Institute for Ocupational Safety and Health)
TLV/TWA – Concentração média ponderada para oito horas diárias de trabalho, em
semana de 48 horas
TLV/STEL – Concentração máxima a que a maioria dos trabalhadores podem ficar
expostos continuamente durante um tempo de 15 minutos, em uma freqüência máxima de
quatro vezes em um mesmo dia, com intervalos maiores do que sessenta minutos entre
duas exposições sucessivas, e , desde que o TLV-TWA não resulte em efeitos adversos a
saúde.
LT - “Limite de tolerância” , É o valor da máxima concentração a qual o trabalhador
poderá permanecer exposto, obtida a média ponderada no tempo das várias exposições
durante o período de trabalho.
VM – “Valor máximo”, É o valor de pico até o qual poderá ocorrer incursões, desde que
não ultrapasse o LT.

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VT – “Valor teto”, É a concentração que não poderá ser atingida em nenhum momento, e
que é fixado apenas para os produtos de ação aguda e rápida sobre o organismo.

4. Responsabilidades

4.1 - Gerência da Unidade:

Indica o Técnico de Segurança do Trabalho como Coordenador do PPR, que deverá ter
conhecimento de proteção respiratória, bem como conhecer e estar atualizado no que se
refere às publicações e aos regulamentos legais vigentes.
Fornecer o respirador apropriado e conveniente para o fim desejado, quando necessário,
para proteção do trabalhador.
Fazer cumprir o P.P.R. entre os seus subordinados
Liberar os empregados para participar do treinamento e do ensaio de vedação
Permitir que o funcionário que usa a proteção respiratória deixe a área de risco por
qualquer motivo relacionado abaixo:
• falha do respirador que venha a alterar sua eficiência
• mau funcionamento do respirador
• má vedação do respirador
• aumento da resistência à respiração
• troca do filtro
• lavar o rosto e a peça facial, para diminuir a irritação na pele
• mal estar sentido pelo uso do respirador
Facilitar a investigação do mau funcionamento do respirador e tomar providências para
sanar.

4.2 - Coordenador Geral do PPR:

Coordenação geral do programa de proteção respiratória


Revisar e atualizar o P.P.R.
Efetuar auditorias para avaliar a eficácia do programa
Revisar os procedimentos e corrigir se necessário
Documentar e arquivar o procedimento e as alterações
Comunicar por escrito o fabricante dos E.P.R. e o SSST as irregularidade detectadas no
produto.
Divulgar o programa na (NOME DA EMPRESA)
Indicar a contratação de recursos ou a compra de equipamentos necessários para
implantação do programa
Ter autorização para interromper qualquer operação onde haja risco respiratório grave.

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4.3 - Engenheiros e Técnicos de Segurança:

Efetuar monitoramento ambiental ou obter informações atualizadas sobre a concentração


do contaminante na área de trabalho
Selecionar o tipo ou classe de respirador apropriado, que proporcione proteção adequada
para cada contaminante presente ou em potencial, fornecendo o respirador para o
trabalho.
Realizar anualmente o treinamento e a reciclagem em proteção respiratória, para os
trabalhadores selecionados.
Realizar anualmente ensaio de vedação em todos os empregados que utilizarão proteção
respiratória
Investigar a causa do mau funcionamento de E.P.R. e tomar providências para saná-lo.
Comunicar o Coordenador Geral do Programa e a Gerência
Realizar os registros de treinamentos e do ensaio de vedação, mantendo-os em arquivo.
Avaliar o desenvolvimento do P.P.R. em sua área de atuação e comunicar qualquer
irregularidade ou sugestão de melhoria, por escrito ao Coordenador Geral do Programa.
Divulgar o P.P.R. em sua área de atuação, e zelar pela sua aplicação.

4.4 – Empregados:

Usar o respirador fornecido, de acordo com as instruções e treinamentos recebidos.


Guardar o respirador, quando não estiver em uso, de modo conveniente para que não se
danifique ou deforme.
Abandonar a área, se observar que o respirador não está funcionando bem, e comunicar
a irregularidade para o Administrador Geral do PPR ou Chefia imediata.
Comunicar o Serviço Médico da unidade a qualquer alteração de seu estado de saúde
que possa influir na sua capacidade de usar o respirador de modo seguro

4.5 – Serviço médico:

Efetuar avaliação médica conforme (Instrução Normativa I.N 01 – 11/04/94) nos


trabalhadores com indicação de utilização de equipamentos de proteção respiratória.
Realizar exames periódicos e seguir programação de exames complementares
padronizados no PCMSO
Comunicar à Segurança do Trabalho eventuais restrições do funcionário ao uso da
proteção respiratória e sugerir alternativas possíveis.
Unidade sem serviço médico, contratar consultoria externa para realização dos exames
conforme padronizado no PCMSO.

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4.6 – Almoxarife ou responsável na unidade pela distribuição do EPR

Distribuir os equipamentos de proteção respiratória individual, conforme Item 5.9.


Registrar a entrega e zelar pelo arquivo de documentação, inclusive das notas fiscais da
compra dos EPIs.

5. Método

5.1 Procedimentos
Monitoramento dos Riscos Respiratórios – Item 5.2

Determinar o EPR , considerando:

 a natureza da operação
 o tipo de risco respiratório, incluindo as propriedades físicas, deficiência de oxigênio,
efeitos fisiológicos sobre o organismo, concentração do material tóxico, ou nível de
radioatividade, limites de exposição estabelecidos para os materiais tóxicos,
concentração permitida para o aerossol radioativos, e a concentração IPVS
estabelecida para o material tóxico
 a localização da área de risco em relação à área mais próxima que possui ar
respirável
 o tempo que o respirador deve ser usado
 as atividades que os trabalhadores desenvolvem na área de risco
 as características e as limitações dos vários tipos de respirador
 o fator de proteção atribuído conforme Quadro 1 da Instrução Normativa Nº 1 de
11/04/94.
 Conforto do usuário

Realizar “Ensaio de Vedação” e “Verificação de Vedação” - Item 5.3 e “Ensaio de


vedação qualitativo com aerossol de solução de sacarina”, na adoção de novo EPR-Item
5.4.

Preenchimento do formulário: “SELEÇÃO DE E.P.R.” – Item 5.6, pelo responsável técnico


padronizando o EPR recomendado.

Adquirir o EPR com CA e CRF atualizado, conforme determinado no formulário:


“SELEÇÃO DE E.P.R.” .

Instituir treinamento sobre Proteção Respiratória – Item 5.7.

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Instituir instruções de segurança para utilização dos respiradores: manutenção, inspeção,


limpeza, higienização, guarda e periodicidade de troca – Item 5.9.
Arquivar registros dos CA, CRF, CRI, dos ensaios de vedação e dos treinamentos
individuais de proteção respiratória, mantendo histórico das atualizações anuais –

Monitorar o uso dos EPR e o risco – Item 5.2

Instalar quadro nas áreas contendo: planta física, os riscos, as especificações dos
equipamentos de proteção individual e as proteções respiratórias recomendadas por
atividade – Item 5.8.

Instalar nos postos de trabalho uma pasta contendo: especificação dos respiradores
recomendados por setor e atividade, por funcionário e instruções de uso dos respiradores
– Item 5.9.

5.2 Monitoramento dos riscos respiratórios

Reconhecimento dos riscos:


1) Realizar inspeção em todos os setores da empresa verificando tarefas executadas em
cada um;
2) Colher informações com chefias e funcionários sobre tarefas executadas e produtos
químicos utilizados ;
3) Identificar os possíveis tipos de exposição pessoal de interesse à Higiene Industrial;
4) Estudar os tipos de contaminantes ambientais, seus riscos toxicológicos e graus de
exposição dos funcionários.

Metodologia:

1) Identificação do Agente Ambiental


2) Qualificação e/ou quantificação do Agente
3) Análise da Exposição agente ambiental
4) Controle de risco
5) Amostragens do ar atmosférico do tipo: por meio de bombas de aspiração contínua,
com posterior
6) determinação das substâncias suspeitas em laboratório.

Critérios Adotados:
Verificar tipos de substâncias químicas empregadas e definir quais podem ser
encontradas no ar atmosférico.

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Amostragem e análise:

Após a fase de reconhecimento dos riscos, definir as substâncias de importância à


Higiene Industrial e pesquisar as metodologias de amostragem e análises a serem
aplicadas nos trabalhos de avaliação do grau de risco de exposição dos trabalhadores.
Seguir as metodologias da NIOSH, OSHA, ACGIH, NRs ou legislação reconhecida.

As amostras deverão ser coletadas com bombas devidamente calibradas, comprovado


através de certificado.
Caso não tenha metodologia para analisar alguma substância, deverá ser recomendado a
proteção respiratória conforme análise da ficha MSDS dos produtos encontrados nos
setores.

Número e freqüência de amostragem

Optar pela amostragem de 50% dos funcionários com suspeita de exposição, realizando
pelo menos uma coleta em condição desfavorável.

Período de amostragem

Optar pela amostragem de tempo longo, caracterizando o ciclo completo das atividades
que por natureza são repetitivas num mesmo dia de trabalho. Considerar dentro do
período estabelecido, as atividades com suspeita de maior nível de exposição.

Monitoramento dos riscos

Estabelecer um programa de amostragens do ar atmosférico (conforme tabela abaixo), de


forma a acompanhar a tendência dos riscos de exposição pessoal e a eficiência dos
sistemas de proteção coletiva.

Riscos de exposição Concentração (mg/m3) Freqüência

Menor que o nível de ação 0,1 (*)

Menor que o nível de ação 0,1 a 0,5 Eventual

Entre o nível de ação e o limite > 0,5 a 1,0 Anual


de tolerância

Acima do limite de tolerância > 1,0 Anual


(*) Quando ocorrerem modificações significativas no processo, equipamentos, matérias primas ou produtos

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5.3 Ensaio de vedação e verificação de vedação no local de trabalho

Ensaio de vedação: Feito em uma sala, fora da área de risco, onde uma pessoa espalha
um agente químico ao redor do rosto do usuário e observa as suas respostas.

Verificação da vedação: Ensaio rápido feito pelo próprio usuário antes de entrar na área
de risco, ou na própria área, sem o uso de nenhum agente químico.

Toda vez que o usuário colocar o respirador antes de entrar na área de risco ou ajustá-lo
quando estiver no local, deve-se verificar a vedação para garantir que ele está ajustado
corretamente na face.

Essa verificação de vedação não substitui o ensaio de vedação qualitativo

São recomendados dois procedimentos: o de Pressão Negativa e o de Pressão positiva.


Durante a fase de treinamento, os usuários devem ficar familiarizados com eles. Pode-se
também utilizar o procedimento indicado pelo fabricante do respirador.

Verificação de vedação pelo teste de pressão negativa

A verificação da vedação pelo teste de pressão negativa consiste da vedação do(s)


ponto(s) de entrada de ar para o interior da máscara, através da cobertura dos mesmos
com as palmas das mãos, de modo que nenhum ar passe através destes.

Inalar suavemente de modo que a peça facial entre ligeiramente em colapso (deformação,
segurar a respiração durante alguns segundos. Se a peça facial permanecer ligeiramente
colapsada e nenhum vazamento ocorrer para o interior da mesma, o equipamento será
considerado com vedação adequada neste teste.

Verificação da vedação pelo teste de pressão positiva

Este teste é semelhante ao da pressão negativa e apresenta as mesmas vantagens e


limitações. O mesmo é realizado através da vedação da(s) válvula(s) de exalação com as
mãos e pela expiração suave para o interior da peça facial.

A vedação será considerada satisfatória, se uma pressão positiva ligeira ocorrer no


interior da peça facial sem nenhuma evidência de vazamento para o exterior.

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5.4 Ensaio de vedação qualitativo com aerossol de solução de sacarina

Introdução
O teste de selagem envolve a realização anual, (de ensaio preliminar de sensibilidade
olfativa, ensaio de vedação pelo teste de pressão negativa e de pressão positiva), com
cada empregado que utilizará, mesmo que eventualmente, equipamento de proteção
respiratória.

Objetivo
Garantir a existência de selagem adequada do equipamento de proteção respiratória para
cada empregado, antes que este necessite utilizar esse tipo de equipamento
determinando se o respirador se ajusta bem ao rosto.

Ensaio de vedação:

A) Escolha do respirador pelo usuário

O usuário deve escolher o respirador mais confortável entre vários tamanhos (P,M,G) e
de fabricantes diferentes (no mínimo dois).
O respirador deve estar com filtro mecânico P3 ou inferior.

Local para escolha:

Sala diferente daquela onde se realiza o ensaio de vedação para evitar fadiga olfativa.
Antes do teste de odor, ao empregado sob teste deverá ser demonstrado como colocar a
máscara, como posicioná-la no rosto e com tencionar os tirantes.

Espelho:

Deverá ser utilizado um espelho para auxiliar o empregado na avaliação da selagem e no


posicionamento da máscara.
O funcionário deve compreender que o empregador está procurando escolher o
respirador que lhe proporcione mais conforto, e que se for usado de modo coreto lhe
proporcionará a proteção adequada.
O usuário deve colocar os respiradores no rosto e eliminar aqueles que não permitem um
ajuste confortável.

Realização de ensaio vedação:

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Deverão ser realizados ensaios de vedação em todos os respiradores que o usuário


eventualmente for utilizar ou desejar. A seqüência sugerida inicia com um respirador
semifacial, até a peça facial inteira.

Os respiradores mais confortáveis são separados e aqueles que preliminarmente se


mostraram mais confortáveis devem ser colocados e usados durante 5 minutos, no
mínimo. Todos os ajustes devem ser efetuados pelo próprio usuário sem assistência ou
auxílio de outra pessoa ou do responsável pelo ensaio.
Após a colocação da(s) Máscara(s), os seguintes tópicos deverão ser discutidos com o
empregado, para efeito de avaliação do conforto e verificação do ajuste, dando tempo ao
usuário para fazer as suas observações:

1. colocação adequada sobre o queixo


2. posicionamento da máscara sobre o nariz
3. tensão dos tirantes
4. ajustagem sobre o nariz
5. compatibilidade do respirador com EPI para proteção ocular (se for o caso)
6. posicionamento do respirador na face
7. distância do nariz ao queixo
8. facilidade de falar
9. tendência a escorregar
10. verificação de vazamento
11. auto-observação no espelho
12. tempo adequado para avaliação

Verificar a vedação pelo teste convencional de pressão negativa e positiva . Antes dessa
verificação o funcionário deve fazer com que o respirador se acomode ao rosto,
rapidamente para os lados para cima e para baixo, enquanto respira profundamente.
Após a realização do ensaio de vedação, o funcionário deve ser questionado novamente
sobre o conforto do respirador. Caso seja desconfortável, deve-se experimentar outro tipo
ou modelo.

B) Ensaio preliminar de acuidade de paladar

1 – Utilizar um capuz que cubra a cabeça e os ombros (3M, MSA)


2 – Na frente do capuz, na altura do nariz e da boca do usuário, deve existir um orifício
3 – Antes de realizar o ensaio preliminar de vedação, o funcionário deve receber uma
explicação sobre todo o conteúdo e procedimentos
4 – Durante o ensaio preliminar de acuidade de paladar a pessoa deve colocar o capuz e
respirar pela boca, com a língua estendida

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5 – Usando um nebulizador, o condutor do ensaio deve nebulizar a solução de sacarina


para o ensaio preliminar dentro do capuz. Identificar o nebulizador para que este possa
ser distinguido do outro nebulizador que acondicionará solução para o ensaio de vedação
6 – A solução para o ensaio preliminar é preparada dissolvendo-se 0,83g de sacarina
sódica (pró-análise) em 100 ml de água. Pode ser também preparada colocando-se 1 ml
da solução usada para o ensaio de vedação em 100 ml de água, sempre levando-se em
conta a informação do fornecedor do Kit.
7 – Para gerar o aerosol, o bulbo do nebulizador deverá ser apertado firmemente, de
modo que uma parede do bulbo encoste na outra e deixando se expandir totalmente.
8 – Dar 10 bombadas rapidamente e perguntar a pessoa que está com o capuz se está
sentindo o gosto da sacarina
9 – Se a resposta for negativa, bombear rapidamente mais 10 vezes e repetir a pergunta
10 – Se a Segunda resposta for negativa, bombear rapidamente mais dez vezes e repetir
a pergunta
11 – A pessoa que conduz o ensaio deve anotar o número de bombadas necessárias
para conseguir uma resposta positiva
12 – Se após 30 bombadas, o funcionário não sentir o sabor da sacarina, deverá ser feito
o ensaio de vedação com outra substância
13 – Se o funcionário sentir o sabor, deve-se pedir que procure se lembrar dele, parque
vai ser usado no ensaio de vedação
14 – Usando corretamente o nebulizador, é suficiente 1 ml da solução colocada no bulbo
para realizar o ensaio preliminar
15 – O nebulizador deve ser bem lavado, deixando secar o enchido novamente, no
mínimo, pelo menos a cada quatro horas.

C) “Ensaio de vedação” no respirador escolhido

1 – O funcionário deve colocar e ajustar o respirador sem a assistência de ninguém


2 – O capuz empregado no ensaio é o mesmo descrito nos ítens B-1/2
3 – O funcionário deve usar o respirador pelo menos durante 10 minutos antes de realizar
o ensaio
4 – O funcionário deve colocar o capuz quando já estiver usando o respirador equipado
com filtro mecânico
5 – Pelo menos durante 15 minutos antes do ensaio de vedação a pessoa não deve
comer, beber (água pura é permitida) ou mascar goma
6 – Usar um segundo o nebulizador, igual ao primeiro, para nebulizar a solução dentro do
capuz. Deve estar marcado de modo visível para distinguí-lo do usado durante o ensaio
preliminar.
7 - Preparar a solução para o ensaio de vedação dissolvendo 83g de sacarina em 100 ml
de água morna, conforme recomendação do fornecedor do Kit.
8 – Como antes, o funcionário deve respirar com a boca aberta e a língua para fora

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9 – Colocar o bico do nebulizador no orifício do capuz e nebulizar a solução para o ensaio


de vedação, usando a mesma técnica empregada no ensaio preliminar de acuidade de
paladar, e o mesmo número de bombadas necessárias para obter resposta naquele
ensaio (Verif. Parágrafos B-8 até B-10)
10 – Após a geração do aerosol, ler as instruções para o funcionário que usa o respirador,
sendo que cada exercício deve ser realizado durante um minuto, conforme a seguinte
seqüência:
a) Respire normalmente
b) Respire profundamente. Esteja consciente que sua respiração seja profunda e regular
c) Vire a cabeça completamente para um lado e para outro. Inale em cada lado. Esteja
certo de que os movimentos foram completos. Não deixe o respirador bater nos ombros
d) Movimente a cabeça para cima e para baixo. Inale enquanto a cabeça estiver voltada
para cima (olhando para o teto). Esteja certo de que os movimentos foram completos.
Não deixe o respirador bater no peito.
e) Durante alguns minutos leia em voz normal o trecho indicado
f) Ande sem sair do lugar
g) Respire normalmente
11 – Para manter uma concentração de aerosol adequada durante este ensaio, nebulize a
cada 30 Seg. a metade do número de bombadas utilizadas no ensaio de sensibilidade de
paladar (10, 20 ou 30)
12 – A pessoa deve avisar o operador do ensaio o instante em que sentir o gosto de
sacarina
13 – Se o gosto de sacarina for detectado, a vedação não foi satisfatória e deve-se
procurar outro respirador
14 – Convém que sejam selecionadas pelo menos duas peças faciais e que a pessoa
possa usá-las por uma semana para que escolha a mais confortável
15 – Funcionários que tenham sido aprovados neste ensaio podem usar respiradores com
peça semi-facial, em ambientes com concentração de até 10 vezes o limite de tolerância
16 – O ensaio não deve ser realizado se a pessoa estiver com barba ou pêlos faciais
crescidos na área de vedação do respirador
17 – Se o cabelo crescido ou o corte do cabelo interferirem com a vedação, devem ser
alterados ou removidos, de modo a eliminar a interferência e permitir ajuste satisfatório.
Se for impossível alcançar um bom ajuste, deve ser usado um respirador com pressão
positiva (motorizado, linha de ar ou autônomo)
18 – Se o funcionário sentir dificuldade para respirar durante a realização do ensaio de
vedação, deverá ser encaminhada a um médico especialista em moléstias pulmonares
para verificar se tem condições de executar o trabalho previsto.
19 – O ensaio qualitativo deve ser realizado no mínimo a cada 12 meses
20 – Como a vedação do respirador pode ser efetuada, deve-se imediatamente repetir o
ensaio qualitativo quando o funcionário tenha:
- alteração no peso de 10 kg ou mais;
- cicatrizes significantes na área facial de vedação;
- mudanças significantes na arcada dentária: extrações múltiplas sem prótese,
colocação de dentadura;

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- cirurgia plástica ou reconstrutiva;


- qualquer outra condição que interfira na vedação

D) Registro dos resultados


Deve ser mantido por três anos um registro resumido dos resultados dos ensaios
contendo:

1 – Nome da pessoa
2 – Datas do ensaio
3 – Nome da pessoa que conduziu o ensaio
4 – Respiradores selecionados (fabricante, modelo, tamanho, número do CA)
5 – Substância usada no ensaio de vedação

NOTA: Deve-se utilizar o Impresso “Registro de Ensaios” para este anexo.

5.5 Procedimento para limpeza, higiene e inspeção de respiradores

Manutenção, inspeção e guarda

O programa de manutenção deve incluir os itens:

a) limpeza e higienização
b) inspeção de defeitos
c) manutenção e reparos
d) guarda

Além dos procedimentos recomendados pelo fabricante, são sugeridos os seguintes:

a) antes de limpar e higienizar, remover, quando necessário: filtros mecânicos e químicos,


diafragma de voz, membrana das válvulas e qualquer outro componente recomendado
pelo fabricante
b) lavar a cobertura das vias respiratórias com uma solução normal de limpeza e
higienização. Usar escova para remover a sujeira, não usar escova com fios metálicos
c) enxaguar com água e secar
d) limpar e higienizar todas as partes retiradas do respirador conforme indicação do
fabricante

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e) secar as partes retiradas do respirador. Se necessário remover com um pano que não
solte fiapos, qualquer material estranho depositado sobre as membranas e sede das
válvulas
f) inspecionar as peças e substituir aquelas com defeito
g) montar as partes no respirador
h) recolocar os filtros
i) fazer uma inspeção visual e onde possível, verificar o funcionamento de alguns
componentes
j) para guardar, colocar o respirador na embalagem apropriada

Limpeza e higienização:

• Para limpeza da peça facial utilize uma solução com água e sabão neutro, não use
detergentes, solventes ou álcool, certifique-se de antemão se está solução não provocará
nenhum dano aos diversos materiais que constituem a mascara.
• Para desinfecção diária da peças faciais utilize os lenços umedecidos de
higienização.
• Para desinfecção semana da peça facial, utilize uma solução com 4 litros de água e
2 “colheres de sopa” de hipoclorito de sódio (água sanitária), mergulhe a peça facial,
retire, enxágüe, se possível passe ar com baixa pressão e deixe secar na sombra. Para
limpeza do arreio, mangueiras e cilindro utilize somente um pano úmido.

Inspeção:

Com a finalidade de verificar se o respirador está em boas condições, o usuário deve


inspecioná-lo antes de cada uso. Após cada limpeza e higienização cada respirador deve
ser inspecionado para verificar se está em condições apropriadas de uso, se necessita de
substituição de partes, reparos, ou se deve ser jogado fora. Os respiradores guardados
para emergências ou resgate devem ser inspecionados no mínimo uma vez por mês.

A inspeção deve incluir:

Condições da cobertura das vias respiratórias, dos tirantes, válvulas, filtros, componentes
de borracha ou de elastômero deve ser inspecionado para verificar a sua elasticidade e
sinais de deterioração.

Substituição de partes e reparos:

Somente pessoas treinadas na manutenção e montagem de respirador devem fazer a


substituição de peças ou realizar reparos. Somente devem ser usadas as peças de
substituição indicadas pelo fabricante.

Guarda:

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Os respiradores devem ser guardados de modo que estejam protegidos contra agentes
físicos e químicos tais como: vibração, choque, luz solar, calor, frio extremo, umidade
excessiva ou agentes químicos agressivos. Devem ser guardados de modo que as partes
de borracha ou outro elastômero não deformem. Não devem ser colocados em gavetas,
caixas de ferramentas, a menos que estejam protegidos contra contaminação, distorção e
outros danos.

NOTA.: A troca do elemento filtrante é recomendado pelos fornecedores quando o


usuário percebe o cheiro ou gosto do contaminante ou sentir dificuldade de respiração, no
momento em que utiliza o respirador.

5.6 – Formulário: seleção de EPR

O setor de Higiene e Segurança deverá escolher os respiradores a serem adotados pelo


programa.
Essa escolha deve ser registrada no impresso de seleção do E.P.R., o qual deverá ser
mantido no arquivo do P.P.R.

5.7 – Treinamento

Objetivos:
a)Transmitir aos trabalhadores informações fundamentais sobre proteção respiratória
b) Garantir o uso correto de equipamentos de proteção respiratória
c) Definir e padronizar o conteúdo programático para os treinamentos sobre proteção
respiratória

Aplicação:

Aplica-se a todos os trabalhadores envolvidos com proteção respiratória

Responsabilidades:

O treinamento deve ser aplicado por um Engenheiro ou Técnico de Segurança do


Trabalho, devendo ser efetuado o registro em uma lista de presença e no impresso
Controle Individual de Treinamentos (arquivo anexado abaixo).
É de responsabilidade do aplicador do programa, cumprir o período de validade do
treinamento, efetuando uma reciclagem anualmente.

Público Alvo:

- Chefes
- Supervisores
- funcionários encarregados de distribuir os Equipamentos de Proteção Respiratória

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- funcionários encarregados da compra dos equipamentos


- funcionários das áreas de risco;
- funcionários de outras áreas que entrem eventualmente nas áreas de riscos
- gerentes

Conteúdo programático

O supervisor tem a responsabilidade de acompanhar a realização do trabalho dos


funcionários que necessitam utilizar respiradores.

Conteúdo do treinamento para os supervisores:

- conhecimentos básicos sobre práticas de proteção respiratória


- natureza e extensão dos riscos respiratórios aos quais as pessoas que estão sob sua
responsabilidade poderão ficar expostas
- reconhecimento e resolução dos problemas que ocorrem com os usuários de
respiradores
- princípios e critérios de seleção de respiradores usados pelas pessoas que estão sob
sua supervisão
- treinamento para os usuários de respiradores
- verificação, ensaio de vedação e distribuição de respiradores
- inspeção dos respiradores
- uso e monitoramento do uso de respiradores
- manutenção e guarda de respiradores
- regulamentos e legislação relativos ao uso dos respiradores

Conteúdo do treinamento para o funcionário que fornece (almoxarifado) e compram


os respiradores:

- Informações que garantam a entrega e compra do respirador adequado aos riscos das
tarefas que cada funcionário executará, e para isto, deverá consultar a pasta setorial do
P.P.R. Item 5.10 que contém os impressos: Respiradores por setor e atividade e por
funcionários.

Conteúdo do treinamento do usuário do respirador:

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Programa de Proteção Respiratória - PPR 16 de 18

- necessidade do uso da proteção respiratória


- natureza, extensão e os efeitos dos riscos respiratórios encontrados no ambiente de
trabalho
- necessidade de informar ao seu Supervisor sobre qualquer problema que tenha
ocorrido consigo, devido ao uso do respirador, ou com outro usuário
- explicação dos motivos da escolha de determinado respirador para um tipo de risco
respiratório
- informações sobre a inspeção e a colocação de respiradores, incluindo a necessidade
de ser verificada a vedação cada vez que o respirador é colocado e ajustado

- explicações de como manter e guardar o respirador

Freqüência do treinamento:
Anual

Registro individual:

A lista de presença e o registro individual de treinamento, deve ser mantido no arquivo do


P.P.R. ou no prontuário de cada funcionário.

NOTA: Todo treinamento deve ser registrado no impresso “Registro de Treinamento” ,


que deverá ser mantido no arquivo do P.P.R

5.8 – Quadro informativo

Conteúdo:

- Nome do local analisado


- Atividades realizadas que necessitem da proteção respiratória
- Descrição do modelo da proteção respiratória conveniente para cada atividade
realizada
- Foto do respirador

NOTA.: Todos os respiradores recomendados deverão ter número de estoque suficiente


no almoxarifado

Local para afixação:

- Parte do setor que tenha acesso fácil e boa visibilidade para os funcionários

NOTA: Modelo do quadro informativo encontra-se no impresso Quadro.

Elaborador: Consensador: Aprovador:


Documento: Revisão: Vigência:
.

PROCEDIMENTO PRS000001

Programa de Proteção Respiratória - PPR 17 de 18

5.9 – Pasta informativa por setor

1) Criar pasta com os arquivos abaixo


2) Distribuí-las em todos os setores da unidade para que possam consultá-la toda vez que
o responsável for liberar E.P.R. para qualquer funcionário
3) O Almoxarifado também deverá ter um exemplar da pasta para liberação do E.P.R.
correto, verificando tanto por setor e atividade, como pelo nome do funcionário

4) A pasta deverá conter os seguintes impressos:


- Respiradores por setor e atividade
- Respiradores por funcionários
- Instruções Modelo
5) A pasta servirá para consultada em todos os setores, no almoxarifado e no setor de
compras.

5.10 - Inspeção

Freqüência de inspeção:

Diário: visualmente

Registro:
As ocorrências deverão ser registradas no Relatório de Prevenção de Acidente – RPA.
Caberá a chefia da área as ações de melhoria.

6. Controle de Registros

Tempo de
Identificar Armazenar/ Proteger Recuperar Descarte
Retenção
Ensaios de Pasta AZ / Armário
Técnico de Segurança. Indeterminado Indeterminado
vedação Segurança

Pasta Suspensa / Armário Área;


Treinamento Indeterminado Indeterminado
RH Recursos Humanos

Área ; Pasta Suspensa Área;


Controle de EPI indeterminado Descarte
(Arquivo, Almoxarifado). Recursos Humanos

Formulário de Pasta AZ / Armário


Técnico de Segurança. Indeterminado Indeterminado
Seleção de E.P.R Segurança

Elaborador: Consensador: Aprovador:


Documento: Revisão: Vigência:
.

PROCEDIMENTO PRS000001

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7. Anexos

Não Aplicável.

Elaborador: Consensador: Aprovador:


Documento: Revisão: Vigência:

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