Você está na página 1de 31

PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

POLÍTICA DA EMPRESA QUANTO À PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

Esta empresa tem como meta primordial assegurar que todos os seus
trabalhadores, no desempenho de suas atividades profissionais tenham suas
condições de saúde preservadas. Todos os locais de trabalho onde haja a
possibilidade de liberação de contaminantes atmosféricos, tais como: poeiras,
fumos, névoas, neblinas, gases e vapores; ou haja potencial para a atmosfera
ser deficiente em Oxigênio; serão avaliados e os trabalhadores monitorados de
tal forma que sejam obtidos dados e informações suficientes para identificar
níveis de exposição que possam ser prejudiciais à saúde de trabalhador
exposto.

Nos casos em que sejam identificados tais riscos esta política estabelece que
devem ser implantado, um ou mais dos seguintes métodos de controle, de
acordo com a hierarquia abaixo:

1) Substituição das matérias-primas utilizadas por substâncias que sejam


comprovadamente menos tóxicas;

2) Alteração no processo produtivo de forma a eliminar ou reduzir esta


exposição a níveis aceitáveis. · isolamento do trabalhador ou do processo
produtivo de modo a diminuir ou eliminar a exposição ; implantação de
sistemas de ventilação ambiental ou local exaustora para diminuição da
concentração dos contaminastes;

3) Adoção do uso de equipamento individual de proteção respiratória, de


acordo com os critérios técnicos e administrativos estabelecido neste
documento.
1. OBJETIVOS DO PROGRAMA

Estabelecer as ações a serem adotadas pela NOME DA EMPRESA em relação


aos parâmetros e diretrizes a serem observados na implementação do
Programa de Proteção Respiratória, visando controlar a exposição ocupacional
a contaminantes atmosféricos e deficiência de oxigênio, capazes de prejudicar
a saúde.

2. APLICAÇÃO E ABRANGÊNCIA

As diretrizes e os critérios estabelecidos neste programa devem ser


obedecidos em toda área de atuação da NOME DA EMPRESA e são aplicáveis
apenas aos empregados próprios.

Recomenda-se que as empresas contratadas elaborem e implantem seus


Programas de Proteção Respiratória com base nas informações descritas
neste programa.

3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA E COMPLEMENTARES

3.1. Documentos de referência

Instrução Normativa nº 1, de 11 de abril de 1994 – Regulamento Técnico sobre


o uso de equipamentos para proteção respiratória.

Programa de Proteção Respiratória – Recomendações, Seleções e Uso de


Respiradores da FUNDACENTRO.
3.2. Documentos complementares

Norma Regulamentadora nº 6 – NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual –


EPI, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214, de 8 de junho de 1978. Norma
Regulamentadora nº 7 – NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional – PCMSO, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214, de 8 de junho de
1978.

Norma Regulamentadora nº 9 – NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos


Ambientais – PPRA, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214, de 8 de junho de
1978.

Norma Regulamentadora nº 33 – NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos


em Espaços Confinados, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214, de 8 de junho
de 1978.

ABNT NBR 12543:1999 – Equipamentos de proteção respiratória –


Terminologia.

ABNT NBR 13694:1996 – Equipamentos de proteção respiratória – Peças


semifacial e um quarto facial.

ABNT NBR 13695:1996 – Equipamentos de proteção respiratória – Peça facial


inteira.

ABNT NBR 13696:2010 – Equipamento de proteção respiratória – Filtros


químicos e combinados.

ABNT NBR 13697:2010 – Equipamento de proteção respiratória – Filtros para


partículas.

ABNT NBR 13698:2011 – Equipamento de proteção respiratória – Peças


semifacial filtrante para partículas.

ABNT NBR 13716:1996 – Equipamento de proteção respiratória – Máscara


autônoma de ar comprimido com circuito aberto.
ABNT NBR 14372:1999 – Equipamento de proteção respiratória – Respirador
de linha de ar comprimido para uso com peça facial inteira ou semifacial.

4. DEFINIÇÕES

EPR: equipamento de proteção respiratória ou, apenas, respirador.

Risco respiratório: risco de inalação de contaminantes atmosféricos capazes de


causar danos à saúde ou a integridade física.

Outras definições vide glossário do Programa de Proteção Respiratória da


Fundacentro.

5. AUTORIDADE E RESPONSABILIDADE

5.1. Gerência Geral da NOME DA EMPRESA

5.1.1. Disponibilizar recursos humanos e materiais suficientes para a


implantação, manutenção e verificação de eficácia dos procedimentos
estabelecidos no PPR.

5.1.2. Designar o coordenador do PPR.

5.2. Gerência de SMS

5.2.1. Apresentar, anualmente, o relatório consolidado de análise global do


PPR ao Comitê de Gestão da NOME DA EMPRESA.

5.2.2. Indicar o coordenador do PPR.


5.3. Gerências Setoriais e/ou Coordenações de Segurança (quando
aplicável)

5.3.1. Auxiliar as áreas operacionais quanto à implantação das medidas


constantes dos planos de ação do PPR e acompanhar a implantação de tais
medidas.

5.3.2. Convidar o coordenador do PPR para participar da implantação de novos


projetos e do sistema de gestão de mudanças, quando o projeto ou a mudança
envolverem o uso de EPR e/ou a exposição ocupacional a riscos respiratórios.

5.3.3. Realizar a especificação técnica dos EPR, com base nos procedimentos
descritos neste programa e com o auxílio do coordenador do PPR, quando
julgar necessário, bem como estabelecer as demais medidas de controle da
exposição ocupacional aos riscos respiratórios.

5.3.4. Comunicar ao coordenador do PPR as ocorrências de exposições


ocupacionais a riscos respiratórios, não previstas neste programa, bem como a
ocorrência de anomalias relacionadas com tais exposições.

5.3.5. Realizar inspeções que visem avaliar o cumprimento dos procedimentos


estabelecidos no PPR.

5.3.6. Acompanhar as evidências do fornecimento de EPR aos empregados


ocupacionalmente expostos aos riscos respiratórios, quanto a prazos e
quantidades adequadas.

5.4. Coordenação de Saúde

5.4.1. Definir os critérios de avaliação médica de trabalhadores usuários de


EPR.

5.4.2. Avaliar e acompanhar as condições de saúde dos empregados expostos


a riscos respiratórios, através do PCMSO, e comunicar à gerência do
empregado toda vez for verificada a existência de condição de saúde que seja
motivo de proibição ou restrição de uso de EPR.
5.4.3. Comunicar ao coordenador do PPR a ocorrência de alterações
significativas dos indicadores biológicos de exposição e os diagnósticos de
agravos à saúde, relacionados com a exposição ocupacional a riscos
respiratórios, para posterior análise e investigação.

5.5. Gerências Setoriais das Áreas Operacionais

5.5.1. Implantar as medidas constantes dos planos de ação do PPR.

5.5.2. Garantir e controlar a participação dos empregados nos treinamentos


sobre proteção respiratória.

5.5.3. Garantir a realização dos exames específicos por parte dos empregados
sob sua responsabilidade, quando da convocação dos exames médicos
ocupacionais.

5.5.4. Garantir o fornecimento de EPR, visando a formação de evidências do


uso por parte dos empregados, em prazos e quantidades adequadas.

5.5.5. Garantir a estrutura necessária para que os empregados usuários de


EPR de uso rotineiro possam higienizá-los e guardá-los adequadamente, de
acordo com as instruções estabelecidas neste programa.

5.5.6. Garantir a manutenção dos EPR de uso rotineiro, sempre que solicitado
pelo empregado usuário.

5.5.7. Garantir a higienização, guarda, manutenção e inspeção dos EPR para


uso em emergências e resgates, de acordo com as instruções deste programa.

5.5.8. Garantir que as empresas prestadoras de serviços, sob sua


responsabilidade, elaborem e implantem seus PPR, com base nas informações
descritas neste programa.
5.5.9. Comunicar ao SMS, quando pertinente, a existência de análise
estruturada de novos projetos, modificações, instalações, novos equipamentos,
alterações de processos e inclusões de novos materiais e produtos químicos
nas atividades da NOME DA EMPRESA, quando tais mudanças envolverem o
uso de EPR e/ou a exposição ocupacional a riscos respiratórios.

5.6. Coordenador do PPR

5.6.1. Coordenar todas as atividades relativas ao desenvolvimento,


implantação, operacionalização e manutenção do PPR.

5.6.2. Elaborar, anualmente, relatório consolidado de análise global do PPR e


apresentá-lo ao Gerente da NOME DA EMPRESA/SMS e a Comissão
Permanente de Higiene Ocupacional – CPHO.

5.6.3. Assessorar as gerências setoriais e coordenações de segurança, sempre


que solicitado, quanto à especificação técnica, a seleção e o uso dos EPR
necessários ao controle das exposições ocupacionais aos riscos respiratórios.

5.6.4. Analisar, em conjunto com o coordenador do PCMSO e quando


solicitado por este, os diagnósticos de agravos à saúde por exposição
ocupacional a riscos respiratórios.

5.6.5. Obter, junto ao coordenador do PPRA, as informações atualizadas sobre


as exposições ocupacionais a riscos respiratórios, de modo a manter também
atualizadas as informações do PPR.

5.6.6. Participar ou indicar representante na implantação de novos projetos e


do sistema de gestão de mudanças, quando convidado, informando ao
coordenador do PPRA os riscos envolvidos e as medidas de controle
necessárias.

5.6.7. Negociar com as gerências as ações de tratamento das anomalias


relacionadas à exposição ocupacional a riscos respiratórios e elaborar os
planos de ação do PPR.
5.6.8. Estabelecer os critérios para a realização dos treinamentos sobre
proteção respiratória.

5.7. Gerência de Desenvolvimento de Recursos Humanos (RH/DRH)

5.7.1. Disponibilizar, registrar e controlar a realização dos treinamentos sobre


proteção respiratória.

5.8. Empregados

5.8.1. Manter-se informado quanto à necessidade do uso de EPR.

5.9. Empregados Usuários de EPR

5.9.1. Comparecer para a realização do exame específico, quando convocado.

5.9.2. Participar dos treinamentos sobre proteção respiratória, quando


convocado.

5.9.3. Realizar todas as verificações e testes necessários, antes do uso do


EPR e conforme estabelecido nos Anexos C e D deste programa, para garantir
a eficácia da proteção contra os riscos respiratórios.

5.9.4. Utilizar o EPR sempre que indicado, de acordo com as instruções e


treinamentos recebidos.

5.9.5. Solicitar a substituição do EPR ou de algum elemento, quando for


observada qualquer condição que possa alterar a proteção oferecida ou causar
desconforto ou mal-estar no usuário.

5.9.6. Manter o EPR de uso rotineiro em bom estado de conservação e


higienização e guardá-lo de forma adequada, conforme estabelecido no Anexo
B deste programa.
5.9.7. Comunicar ao seu supervisor ou a um profissional de SMS e procurar
imediatamente a assistência médica da NOME DA EMPRESA, ao sentir algum
sintoma ou apresentar algum sinal, relacionados com exposição a riscos
respiratórios ou que possa influir na capacidade de uso do EPR de modo
seguro.

6. DESCRIÇÃO

6.1. Administração do Programa

6.1.1. A responsabilidade e a autoridade pelo Programa são do coordenador do


PPR.

6.2. Seleção dos Equipamentos de Proteção Respiratória

6.2.1. Os EPR a serem utilizados nas atividades e operações rotineiras, nas


quais há possibilidade de exposição dos trabalhadores aos riscos respiratórios,
estão especificados no Anexo A deste programa.

6.2.1.1. A discriminação dos equipamentos de proteção individual (EPI),


obrigatórios para determinada tarefa, nos Padrões de Execução do Sistema de
Padronização da NOME DA EMPRESA, deverá ser elaborada de acordo com
os EPR especificados no Anexo A.

6.2.1.2. A especificação dos EPR, estabelecida no Anexo A, não abrange as


atividades e operações realizadas em situações de emergência e de
salvamento, tais como incêndios, vazamentos de produtos químicos e resgate
de vítimas de intoxicação por inalação.

6.2.1.3. A especificação dos EPR, para uso em atividades e operações


rotineiras, foi elaborada com base nos dados das avaliações das exposições
ocupacionais aos riscos respiratórios, presentes no PPRA – Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais da NOME DA EMPRESA, e será revisada
sempre que houver alteração dessas informações no PPRA.
6.2.2. Nas atividades e operações realizadas nas situações de emergência e
de salvamento, nas quais há exposição dos trabalhadores envolvidos aos
riscos respiratórios, deverão ser utilizados equipamentos de proteção
respiratória do tipo máscara autônoma de demanda com pressão positiva, com
peça facial inteira, ou um respirador de linha de ar comprimido de demanda
com pressão positiva, com peça facial inteira, combinado com cilindro auxiliar
para escape.

6.2.2.1. Os critérios para seleção e os procedimentos de uso dos EPR a serem


utilizados nas situações de fuga envolvendo emergências com risco potencial
de intoxicação pelo gás sulfeto de hidrogênio (H²S) estão especificados no
Anexo H deste programa.

6.3. Uso de Equipamentos de Proteção Respiratória

6.3.1. Cada empregado é responsável por manter-se informado sobre a


necessidade de uso de EPR, antes da execução de atividades e operações
que possam expô-lo a riscos respiratórios.

6.3.2. Antes do uso do EPR, o empregado deverá inspecionar o equipamento,


conforme descrito no item 6.4.2.

6.3.2.1. Se, durante a inspeção, for verificada qualquer irregularidade no EPR


que comprometa suas condições originais de proteção, o equipamento deverá
sofrer manutenção, conforme descrito no item 6.4.2.

6.3.2.2. Quando a manutenção do EPR não conseguir restaurar as suas


condições originais de proteção, o equipamento deverá ser descartado e
substituído.

6.3.3. O empregado usuário, antes do uso do EPR, deverá ter sido submetido
ao ensaio de vedação, para verificar se o respirador proporciona boa vedação
no rosto e garantir que não haja exposição a riscos respiratórios durante o uso
do equipamento.
6.3.3.1. O respirador somente deverá ser utilizado se houver sido aprovado
especificamente para o usuário, através do ensaio de vedação.

6.3.3.2. O ensaio de vedação deverá ser realizado conforme instruções


estabelecidas no Anexo E deste programa.

6.3.3.2. Após a realização do ensaio de vedação, toda vez que o usuário for
colocar ou ajustar o respirador no rosto, deverá fazer a verificação da vedação,
conforme instruções estabelecidas no Anexo D deste programa.

6.3.4. O EPR deverá ser utilizado pelo empregado durante todo o período de
execução de atividade ou operação na qual há possibilidade de exposição a
riscos respiratórios.

6.3.4.1. A especificação do EPR a ser utilizado deverá constar no padrão de


execução da atividade ou operação, ou no documento de Permissão para
Trabalho (PT).

6.3.4.2. Os responsáveis pela elaboração dos padrões de execução e os


emitentes de PT ou de Recomendações Adicionais de Segurança (RAS)
deverão especificar os EPR conforme as orientações presentes no item 6.2
deste programa.

6.3.5. Após o uso, o EPR deverá ser higienizado e guardado, conforme


instruções descritas no item 6.4.1 deste programa.

6.4. Higienização, Guarda, Manutenção e Inspeção dos Equipamentos de


Proteção Respiratória

6.4.1. Os procedimentos para higienização e guarda dos EPR estão


estabelecidos no Anexo B deste programa.

6.4.1.1. A higienização do EPR é o procedimento de limpeza e desinfecção do


equipamento e de suas partes, que garante que qualquer pessoa que use o
respirador não sofra efeitos adversos à saúde, causados pela contaminação do
EPR por agentes químicos ou biológicos.
6.4.1.2. A higienização e guarda do EPR deverá ocorrer de modo que o
equipamento e suas partes não sofram alterações ou danos que possam
diminuir a proteção oferecida originalmente, quando o respirador foi adquirido.
6.4.1.3. Conforme estabelecido nos itens 5.5 e 5.9 deste programa, o
empregado usuário do EPR é responsável pela higienização e guarda
adequadas do seu respirador, enquanto sua gerência é responsável por
garantir as condições adequadas para que a higienização e guarda dos EPR
possam ser realizadas pelo usuário, de acordo com os procedimentos
estabelecidos neste programa.

6.4.2. Os procedimentos para manutenção e inspeção dos EPR estão


estabelecidos no Anexo C deste programa.

6.4.2.1. A manutenção do EPR é o procedimento substituição de suas partes e


reparos no equipamento, que garante a permanência das condições originais
de proteção oferecidas pelo respirador, quando da sua aquisição.

6.4.2.2. A inspeção dos EPR de uso rotineiro deverá ocorrer sempre


imediatamente antes do uso do equipamento e após a sua limpeza, de modo
que seja possível verificar se o equipamento está em boas condições e se
necessita de manutenção ou deve ser descartado.

6.4.2.3. A inspeção dos EPR para uso em emergências deverá ocorrer, pelo
menos, uma vez ao mês e deverá ser verificado se o equipamento está
funcionando corretamente imediatamente antes de cada uso.

6.4.2.4. Conforme estabelecido nos itens 5.5 e 5.9 deste programa, o


empregado usuário do EPR é responsável pela inspeção do seu respirador,
antes de cada uso e após sua higienização, de modo que seja possível
identificar irregularidades que inviabilizem o seu uso, enquanto sua gerência é
responsável por garantir a manutenção dos EPR, sempre que solicitada pelo
usuário, de acordo com os procedimentos estabelecidos neste programa.

6.4.2.5 Fica terminantemente proibido o uso de pelos faciais (barba), por


usuários de proteção respiratória.

6.5. Treinamentos em Proteção Respiratória


6.5.1. Com a finalidade de garantir o uso correto dos EPR, devem receber
treinamento adequado e reciclagem periódica: os supervisores, os empregados
usuários de EPR e os Técnicos em Segurança do Trabalho.

6.5.1.1. O conteúdo programático, a carga horária e a forma e freqüência de


reciclagem dos treinamentos em proteção respiratória, estão estabelecidos no
Anexo G deste programa.
6.5.2. As empresas contratadas que possuam empregados que atuem nas
funções de distribuidor de EPR ou de membros da Brigada de Emergência da
NOME DA EMPRESA, deverão garantir que os mesmos recebam treinamento
adequado e reciclagem periódica em proteção respiratória, de acordo com o
capítulo 6 da publicação Programa de Proteção Respiratória –
Recomendações, Seleções e Uso de Respiradores da FUNDACENTRO.

6.6. Disposições Gerais

6.6.1. Além do disposto neste programa, deverão ser obedecidas as diretrizes


estabelecidas na NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI.

7. REGISTROS

7.1 Os registros referentes à implementação deste programa ficarão


arquivados sob a responsabilidade do administrador do PPR por um período
mínimo de 20 anos

7.2 O registro das avaliações ambientais que servirão como referência para
implantação do PPR serão os mesmos do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais, os quais seguem em resumo no quadro.

Resultados de avaliações ambientais

GHE AGENTE LIMITE DE MÉDIA DE


AMBIENTAL TOLERÂNCIA EXPOSIÇÃO
8. ANEXOS

Anexo A – Seleção de equipamentos de proteção respiratória


em atividades e operações rotineiras

Atividades Proteção Especificação dos equipamentos de proteção respiratória - EPR Obs


e operações respiratória Tipo de Tipo de Filtro
(Recomendada/ respirador máscara Tipo Subtipo Classe Frequência
obrigatória) de troca

1- O filtro mecânico deve ser colocado sobre o filtro químico de modo que,
durante o uso do respirador, os contaminantes entrem em contato primeiro com
o filtro mecânico.
2- O uso do respirador é obrigatório apenas se a atividade não for realizada
em capelas com sistema de exaustão ou se, mesmo realizada no interior da
capela, o equipamento não houver sido submetido a teste que comprove sua
eficiência.
3- O tempo máximo de uso do filtro químico nessas atividades é de 40
minutos. Caso a atividade dure mais do que 40 minutos, o filtro químico deverá
ser substituído.
4- Nessas situações é obrigatório o porte do respirador de fuga. Seguir as
instruções do Anexo H – Procedimento operacional escrito para seleção e uso
de respiradores para fuga de ambientes contaminados com sulfeto de
hidrogênio (H2S). A especificação dos filtros é válida apenas para os
respiradores de fuga do tipo purificadores de ar.
5- O filtro químico (camada de carvão ativado) protege apenas contra
vapores orgânicos a concentrações inferiores a 50% dos limites de tolerância.
6- Recomenda-se o uso de filtro químico para vapores orgânicos altamente
voláteis (P.E. < 65°C), com tempo máximo acumulado de uso de 40 minutos,
na jornada diária de trabalho.
7- Poderá ser usado o respirador com peça semi-facial, desde que seja
usado também óculos de segurança especiais para produtos químicos (tipo
"ampla-visão"), sem sistema de ventilação e com garantia de proteção contra
gases e vapores.
8- Filtro químico ineficiente.
9- A seleção de equipamentos de proteção respiratória para uso em
atividades em que haja o manuseio de produtos químicos perigosos, deverá
ser realizada caso a caso, considerando-se a composição e as características
físico-químicas do produto, em especial a sua pressão de vapor, a maneira
como o produto é utilizado e as características do ambiente de trabalho no qual
ocorre o manuseio. Tais produtos possuem composição muito diversificada e
alguns possuem componentes muito tóxicos, exemplos: o formaldeído, o
metanol e a morfolina, requerendo proteção respiratória especial em algumas
situações. O SMS deverá ser consultado sempre que haja o uso desses
produtos, para especificação da proteção respiratória adequada a cada
situação.

Especificação dos Equipamentos de Proteção Respiratória – EPR

• Os EPR foram especificados com o objetivo de prevenir danos à saúde ou a


integridade física dos trabalhadores, que podem ocorrer durante ou após a
execução de certas atividades com potencial de exposição a riscos
respiratórios. Para garantir que não haja exposição a riscos respiratórios
durante a utilização do EPR é preciso fornecer o respirador adequado, de
acordo com o especificado neste anexo, e atender todos os requisitos deste
programa, principalmente aqueles relativos ao uso correto, higienização,
guarda e manutenção do equipamento.
• Nas páginas 6 e 7, são mostrados alguns modelos de filtros, fornecidos por
três fornecedores de EPR no Brasil, para cada tipo e subtipo de filtro
especificado neste anexo.
• Filtros químicos classe 2 só devem ser utilizados em equipamentos de
proteção respiratória do tipo peça facial inteira.
• Filtros químicos classe 2 podem ser utilizados em situações que requerem
filtros classe 1, assim como filtros químicos multigases podem ser utilizados
nas situações que requerem o uso de filtros para apenas um grupo de
substâncias abrangido pelo filtro multigás (p.ex. uso de filtro multigás apenas
para controle da exposição a vapores orgânicos).
• Filtros mecânicos classe 3 podem ser utilizados nas situações que
requerem filtros classes 1 ou 2, no entanto, deve ser considerada a
possibilidade de aumento de resistência à respiração, quanto maior for a
classe do filtro mecânico

Frequência de Troca de Filtros

• A frequência de troca dos filtros químicos foi estimada considerando-se as


características do agente químico (toxicidade, estado de dispersão no ar,
volatilidade), da atividade (nível de esforço e temperatura e umidade relativa do
ambiente) e do filtro (tipo, subtipo e classe), através do uso de software de
cálculo de vida útil de filtro químicos. A estimativa foi realizada, baseada em
condições extremas de uso (concentrações dos agentes químicos,
temperatura, umidade relativa e fluxo respiratório elevados) e
considerando que os filtros foram manuseados, armazenados e guardados
de acordo com as instruções presentes neste programa.
• A frequência de troca dos filtros químicos foi estimada para filtros classe 1,
exceto nos casos em que a classe indicada neste anexo é exclusivamente a 2
para determinada atividade ou operação.
• Os filtros químicos devem ser substituídos, mesmo antes do prazo
recomendado neste anexo, se houver: detecção das propriedades de alerta do
agente químico (cheiro, gosto ou irritação) com o uso do respirador; ou
identificação de anormalidades no filtro, tais como desprendimento, oxidação
ou cristalização do material adsorvente do filtro, antes do uso do respirador.
Filtros químicos guardados expostos ao ar atmosférico devem ser substituídos
diariamente.
• A frequência de troca dos filtros mecânicos é a cada uso ou a mesma
estimada para o filtro químico. Caso haja aumento da resistência à respiração,
quando do uso de um EPR com filtro mecânico, o filtro deverá ser
imediatamente substituído.
• Caso o filtro seja utilizado em mais de uma atividade ou operação com
diferentes frequências de troca, deve ser considerada a menor frequência para
substituição do filtro

Especificação do Filtro Modelos disponíveis de alguns fabricantes


Tipo e subtipo Classe FABRICANTE FABRICANTE FABRICANTE
1 2 3
ANEXO_B_HIGIENIZACAO_CONSERVACAO_GUARDA_EPR

1. Higienização

1.1. Frequência de Higienização

Respiradores usados por uma só pessoa devem ser limpos e higienizados


semanalmente ou sempre que houver suspeita de contaminação.

Respiradores usados por mais de uma pessoa e respiradores de fuga ou de


emergência devem ser limpos e higienizados após cada uso.

Respiradores utilizados em ensaios de vedação devem ser higienizados após


cada ensaio.

1.2. Procedimentos para Higienização de Respiradores

Para higienização dos respiradores são recomendados os seguintes


procedimentos:

• Remover filtros mecânicos e químicos. Desmontar a peça facial, isto é,


remover diafragma de voz, membrana das válvulas, válvulas de demanda e
qualquer outro componente recomendado pelo fabricante. Descartar ou reparar
qualquer componente com defeito.
• Lavar a cobertura das vias respiratórias com uma solução aquosa de
detergente desinfetante (com o princípio ativo cloreto de benzalcôneo), ou com
uma solução recomendada pelo fabricante. Usar escova para remover a
sujeira. Não usar escova com fios metálicos.
• Enxaguar com água morna limpa (no máximo a 43 °C), preferivelmente em
água corrente.
• Enxaguar bem os componentes com água morna (43 °C), preferivelmente em
água corrente. Escorrer. É importante enxaguar bem, pois o resíduo do
detergente desinfetante que secar na peça facial poderá causar dermatite
(irritação da pele) ou provocar a deterioração da borracha ou corrosão das
partes metálicas.
• Os componentes devem ser secos manualmente, com o auxílio de um pano
seco de algodão, que não solte fios, ou de papel toalha. Retirar, após a
secagem, qualquer material estranho depositado sobre as membranas e sede
das válvulas.
• Montar novamente a peça facial e recolocar os filtros, se necessário.
• Verificar se todos os componentes estão funcionando perfeitamente.
Substituir quando necessário.
• Para guardar, colocar o respirador na embalagem apropriada.

Podem ser utilizados os procedimentos de higienização indicados pelos


fabricantes, desde que sejam tão eficientes quanto os recomendados neste
Anexo.

Se os respiradores forem higienizados em máquinas de limpeza por ultra-som,


máquinas de lavar roupa, de lavar louça ou secadoras de roupa, devem ser
tomadas as precauções para evitar quedas ou agitação, bem como a
exposição a temperaturas superiores às recomendadas pelo fabricante
(geralmente, 43 °C).

Para higienização, recomenda-se o uso de detergente desinfetante, com ação


bactericida, contendo como princípio ativo o cloreto de benzalcôneo. Agentes
de limpeza e higienização muito concentrados e diversos solventes podem
danificar os componentes de borracha e de outros elastômeros.

Não é recomendado, para a higienização dos respiradores, o uso de soluções


de hipoclorito, iodo e alcoóis. Algumas dessas soluções são instáveis e perdem
o seu efeito com o tempo ou podem causar deterioração dos componentes de
borracha ou de outros elastômeros e corroer componentes metálicos.
Os respiradores podem ficar contaminados com substâncias tóxicas. Se a
contaminação for leve, os procedimentos normais de limpeza são suficientes,
por outro lado, às vezes são necessários procedimentos especiais de
descontaminação antes de se efetuar a limpeza e higienização.

2. Conservação

Para que sejam garantidas as condições originais de proteção do respirador,


durante o tempo previsto pelo fabricante, são necessários alguns cuidados do
usuário:

• Antes de entrar em uma área contaminada, verificar se o respirador não está


danificado.
• No caso de respiradores com filtros recambiáveis, lavar o respirador em água
corrente com detergente, como indica as instruções de higienização, retirando
as peças, se necessário.
• Caso os filtros estejam saturados, trocá-los por novos.
• Não sujar nem danificar a parte interna do respirador, que ficará em contato
com a região da boca e do nariz.
• Se o respirador tiver que ser manuseado com as mãos sujas, pegá-lo pela
parte externa.
• Não deixar sobre equipamentos ou lugares sujeitos à ação de agentes físicos
ou químicos (calor, luz solar, poeiras, contaminantes).
• Ao fim do trabalho ou nos intervalos de descanso, guardar o respirador em
lugar apropriado, conforme instruções de guarda.

• Sentir dificuldade na respiração, cheiro ou gosto do produto que está


trabalhando ou irritação das vias respiratórias, significa que está na hora de
trocar de respirador (respiradores descartáveis) ou de substituir os filtros
(respiradores com manutenção).
3. Guarda

Os respiradores devem ser guardados em armário, ou similar, com


compartimento limpo e seco, de modo que:

• estejam protegidos contra agentes físicos e químicos, tais como vibração,


choque, luz solar, calor, frio excessivo, umidade elevada ou substâncias
químicas agressivas;
• as partes de borracha ou outro elastômero não se deformem;
• possam ser facilmente acessados pelo usuário, a qualquer momento.

Respiradores não devem ser guardados em gavetas ou caixas de ferramentas,


a menos que se garanta o disposto no item anterior.

Os respiradores para uso em emergências, inclusive os de fuga, que


permanecerem nas áreas operacionais, além de obedecerem às
recomendações anteriores, devem estar em armários ou estojos marcados de
modo que sua identificação seja imediata.

Os filtros químicos e mecânicos, que já tenham sido abertos, devem ser


guardados em sacos que possam ser fechados ou selados, de modo que não
fiquem em contato com a atmosfera. Devem ser observadas as
recomendações dos fabricantes quanto à temperatura e umidade indicadas
para armazenamento dos filtros. Filtros que possuam tampão devem ser
guardados tampados. As frequências de troca dos filtros químicos,
recomendadas no Anexo A, podem ser menores se os filtros forem guardados
em recipientes dessecadores, ou similares, de modo que se garanta que o
material adsorvente do filtro não será saturado pela umidade ou por
contaminantes presentes no ar, durante o período de guarda. Filtros químicos
guardados expostos ao ar atmosférico devem ser substituídos diariamente.
ANEXO_C_INSPECAO_MANUTENCAO_EPR

1. Inspeção

Com a finalidade de verificar se o EPR está em boas condições, o usuário deve


inspecionar o respirador, utilizado rotineiramente, imediatamente antes de cada
uso e durante a higienização. Após cada higienização, cada respirador deve
ser inspecionado para verificar se está em condições apropriadas de uso, se
necessita de substituição de partes, reparos, ou se deve ser inutilizado.

Os respiradores para uso em emergências ou resgates devem ser


inspecionados, no mínimo, uma vez por mês, de acordo com as
recomendações do fabricante, e deve-se verificar se estão funcionando
corretamente antes de cada uso.

Os respiradores de fuga devem ser inspecionados antes de serem levados


para a área de trabalho.

Para os respiradores de emergência e resgate deve ser mantido registro com


as datas de cada inspeção. Os que não satisfazem os critérios da inspeção
devem ser imediatamente retirados de uso, enviados para reparo ou
substituídos.

A inspeção deve contemplar, para os diversos tipos de respiradores, os


seguintes itens.

A) Respiradores purificadores de ar não motorizados


Devem ser inspecionados antes de cada uso, nos seguintes itens:
• Peça Facial:
o Examinar os seguintes pontos: sujeira excessiva, trincas, rasgos, orifícios ou
distorções provocados por guarda imprópria, perda de flexibilidade das bordas
de vedação, defeito nas roscas ou no suporte dos filtros e falta do anel de
vedação, se existente.
o Nas peças faciais inteiras, além dos itens anteriores, inspecionar lentes
trincadas, montagem errada do visor, falta de parafuso ou clipe na cinta de
fixação do visor.
o Examinar o interior da peça facial a procura de resíduos de detergente.
• Tirantes:
o Examinar se apresentam desgaste, trincas, cortes ou perda de elasticidade.
o Verificar se as fivelas de ajuste estão funcionando bem e se deslizam
espontaneamente, alterando o ajuste prévio de tensão.
• Válvulas de exalação, após remover a tampa de proteção, procurar:
o Na sede da válvula: material estranho (poeira, resíduos do detergente, fios de
algodão ou de cabelo), riscos na superfície de vedação do diafragma,
empenamentos; defeitos no sistema de fixação do diafragma, inserção
imprópria do corpo da válvula na peça facial.
o No diafragma da válvula: trincas, rasgos, ressecamento, endurecimento,
deformidade, diafragma de outro tipo, defeitos na fixação da cobertura.
• Filtros, verificar:
o Se o filtro é adequado para o risco respiratório.
o Se o filtro está instalado corretamente no suporte.
o Se as guarnições estão macias, se apresentam algum defeito ou estão
ausentes.
o Se existem defeitos no encaixe ou se a rosca está danificada.
o O vencimento do prazo de validade.
o A existência de trincas ou de partes amassadas na carcaça do filtro.
o Sinais de que o filtro ficou exposto à atmosfera por muito tempo, sem a
devida proteção hermética.
o A presença de sujeira, oxidação ou cristalização no material filtrante ou na
carcaça do filtro.
Os usuários de EPR devem monitorar o estado do filtro, quanto à saturação,
através da percepção do odor ou gosto característico do contaminante ou de
irritação das vias respiratórias, e de testes de resistência mecânica à
respiração, ou seja, quanto maior a resistência oferecida à respiração, maior o
grau de saturação.
• Outros elementos:
o Se o respirador tiver traquéia, examinar o estado das conexões e verificar se
existem abraçadeiras. Estirar a traquéia em toda a extensão e procurar sinais
de deterioração, rachaduras, rasgos e furos.
o Se existir cinta para fixar o filtro químico ao corpo do usuário, procurar sinais
de danos, partes desfiadas que impeçam o ajuste ou fivelas que deslizam
involuntariamente, alterando-o.
B) Respiradores purificadores de ar motorizados
Os respiradores purificadores motorizados com peça facial devem sofrer o
mesmo tipo de inspeção que os não motorizados. Se possuírem capuz,
capacete, blusão ou roupa inflável, deve ser observado os seguintes itens:
• Verificar a integridade da cobertura das vias respiratórias (procurar rasgos,
furos, etc).
• Examinar o suporte para a cabeça ou carneira, bem como o estado do
protetor facial (trincas, rachaduras, sinais de ataque químico ou riscos que
dificultem a visão).
• Verificar o estado da tela de proteção do visor e sua fixação no suporte.
• O estado da bateria e de suas conexões deve ser inspecionado. Ligar a
ventoinha e conferir se a vazão está de acordo com as especificações do
fabricante. Se o equipamento possui alarmes, verificar se estão funcionando
corretamente.
C) Respiradores de adução de ar do tipo linha de ar comprimido
Para os respiradores de adução usados rotineiramente, devem ser observados
os seguintes itens:
• Se a cobertura das vias respiratórias apresenta vedação facial, utilizar o
procedimento descrito anteriormente para respiradores purificadores de ar.
• Se a cobertura não possui vedação facial, como capuz, capacete, blusão ou
roupa inflável seguir os procedimentos descritos anteriormente.
• Nos respiradores de demanda com pressão positiva, examinar o estado da
válvula de exalação e a respectiva mola.
• Examinar, no sistema de suprimento de ar, a integridade das mangueiras de
suprimento de ar, traquéias, abraçadeiras, engates rápidos e o funcionamento
das válvulas reguladoras de vazão e de segurança.
D) Respiradores autônomos
Além de todas as recomendações apresentadas anteriormente, deve-se seguir
completamente o check-list do fabricante e, dependendo do nível da inspeção e
da manutenção, os procedimentos podem ser efetuados na própria empresa ou
podem requerer o envio para o fabricante, pois algumas situações exigem o
emprego de equipamentos de teste.
No geral, também se deve verificar:
• Se o cilindro de ar comprimido ou de oxigênio está com carga plena. Se não
estiver completamente cheio, recarregá-lo conforme recomendação do
fabricante.
• Se o teste hidrostático está vencido.
• Se os reguladores e dispositivo de alarme estão funcionando corretamente.
• O estado dos tirantes, fivelas e suporte do cilindro.
• Se os manômetros foram aferidos.
E) Respiradores de fuga
A inspeção dos respiradores de fuga deve incluir:
• A verificação de vazamentos nas conexões.
• As condições da cobertura das vias respiratórias, tirantes, válvulas, traquéia,
tubos flexíveis, correias, mangueiras, filtros, indicador do fim de vida útil,
componentes elétricos e datas de vencimento em armazenamento.
• O funcionamento dos reguladores, alarmes e outros dispositivos de alerta.

2. Manutenção

Somente pessoas treinadas na manutenção e montagem de respirador devem


fazer a substituição de peças ou realizar reparos.
Recomenda-se que os empregados responsáveis pela distribuição de EPI nas
áreas operacionais sejam treinados quanto à manutenção de EPR, conforme
os requisitos estabelecidos no Anexo G deste programa.
Devem ser usadas apenas as peças de substituição indicadas especificamente
para o respirador.
O ajuste ou reparo de válvulas, reguladores e alarmes somente deve ser
efetuado pelo fabricante ou técnico por ele treinado.
Todo EPR com suprimento de ar em cilindros deve ser imediatamente
encaminhado para manutenção e recarga após o uso.
ANEXO_D_USO_EPR_SITUACOES_ROTINEIRAS

A utilização do EPR é obrigatória durante a realização de atividades que exijam


a permanência em locais onde haja exposição a agentes químicos, biológicos e
deficiência de oxigênio.

Os usuários deverão seguir as instruções impressas que acompanham os


EPR, fornecidas pelo fabricante, que devem conter, no mínimo, as seguintes
informações:

• A finalidade a que se destina;


• A proteção oferecida ao usuário;
• As restrições ao seu uso;
• A sua vida útil;
• Orientações sobre guarda, conservação e higienização.
Como colocar adequadamente um respirador
A) Respiradores sem manutenção (descartáveis)
Leve o respirador ao rosto, apoiando-o inicialmente no queixo e depois
cobrindo a boca e o nariz. Puxe o elástico superior, ajustando-o bem, acima
das orelhas. Depois faça o mesmo com o elástico de baixo, passando-o pela
cabeça e ajustando-o na nuca.
Com dois dedos de cada mão pressione a peça de alumínio de forma a moldá-
la ao seu formato de nariz.
Para verificar o ajuste, coloque as mãos na frente do respirador cobrindo toda
sua superfície e inale. O ar não deve passar pelas laterais.
Ver instruções com imagens na página 3 deste anexo.
B) Peça semifacial de borracha, silicone ou elastômero
Coloque o respirador no rosto e posicione o elástico superior sobre a cabeça.
Encaixe os elásticos inferiores (de baixo) ligando as presilhas atrás do
pescoço.
Puxe as extremidades dos elásticos superiores, e depois os inferiores, para
fazer o ajuste do respirador ao rosto.
Verificação de vedação com pressão positiva: coloque a palma da mão sobre a
válvula de exalação e assopre suavemente várias vezes. A peça facial deverá
se expandir suavemente sem ocorrer vazamento.
Verificação de vedação com pressão negativa: coloque as mãos sobre os
cartuchos e/ou filtros e inale profundamente várias vezes. A peça facial deverá
comprimir levemente contra o rosto sem ocorrer vazamento.
Ver instruções com imagens.
ANEXO_E_ENSAIO_VEDACAO_EPR
Todo usuário de respirador com vedação facial, inclusive os respiradores para
uso em emergências ou em fuga (inclusive os respiradores de fuga para H2S),
deverá ser submetido a um ensaio de vedação qualitativo de vedação para
determinar se o respirador selecionado se ajusta bem ao seu rosto.

Deve-se ter a disposição durante o ensaio de vedação um número apropriado


de tamanhos e modelos de respiradores, para que seja escolhido o mais
apropriado para cada situação.

O resultado do ensaio de vedação será usado, entre outros parâmetros, na


seleção de tipo, modelo e tamanho do respirador para cada usuário.

1. Critérios de aceitação dos respiradores e aceitação pelo usuário

Serão considerados aprovados os respiradores que passarem nos exercícios


realizados.

No caso dos respiradores de pressão positiva, os ensaios de vedação devem


ser realizados com o respirador operando no modo “pressão negativa”,
convertendo temporariamente o respirador com o uso de um filtro apropriado.

O conforto é um fator importante na aceitação de uso de um respirador. Outros


fatores que influem são: resistência à respiração, diminuição da visão,
dificuldade de comunicação e peso do respirador. Os respiradores com maior
aceitação são usados durante mais tempo, proporcionando maior proteção. A
aceitação de um dado respirador pelo usuário deve ser levada em conta
durante a seleção do respirador, uma vez que isso pode determinar o uso
correto do mesmo. Se o ensaio de vedação mostrar que a vedação é
satisfatória com dois ou mais modelos de respiradores, a escolha final deve ser
do usuário.

2. Frequência e repetição do ensaio

O ensaio de vedação deve ser realizado para cada usuário de respirador com
cobertura das vias respiratórias com vedação facial, no mínimo, uma vez a
cada 12 meses.
O ensaio de vedação deve ser repetido toda vez que o usuário apresente uma
alteração de condição que possa interferir com a vedação facial, como por
exemplo: mudança de 10% ou mais no peso corporal, aparecimento de cicatriz
na área de vedação, alteração na arcada dentária (perda de dente, próteses,
etc), cirurgia reconstrutiva, entre outros.

3. Uso simultâneo de outros equipamentos de proteção individual (EPI)

O ensaio de vedação deve ser realizado com a pessoa equipada com todos os
EPl que deve usar para a realização do seu trabalho e que possam interferir na
vedação: óculos, proteção facial, máscara de soldador, etc. O respirador deve
ser ensaiado com o filtro, do mesmo tipo e classe, que será usado na
realização das atividades.

4. Limpeza

Os respiradores usados por mais de uma pessoa nos ensaios de vedação


devem ser higienizados de acordo com as instruções do Anexo B deste
programa.

5. Problemas de vedação e soluções alternativas

Não deve ser permitido o uso de respirador com vedação facial por pessoa que
possua cicatriz, ossos da face excessivamente protuberantes, fronte côncava,
rugas profundas na face, ausência de dentes ou de dentadura, ou configuração
facial que prejudique a vedação.

Se não for possível conseguir vedação satisfatória com um respirador com


vedação na facial, são recomendadas as seguintes alternativas:

• Fornecer à pessoa um respirador do tipo que não exija vedação perfeita na


face (capacete ou capuz), mas que possua Fator de Proteção Atribuído
apropriado para o risco previsto;
• Transferir a pessoa para outra atividade que não exija o uso de respirador.
6. Registros dos ensaios de vedação

Os registros dos ensaios de vedação serão realizados no documento intitulado


“Certificado de Ensaio de Vedação de Respiradores”, anexo a este programa.
Os registros deverão ser gerados em duas vias, uma para o empregado e outra
para sua gerência.

7. Ensaios Recomendados

Este programa recomenda o uso do ensaio de vedação quantitativo, com uso


de instrumento Contador de Núcleos de Condensação (CNC).

Os procedimentos a serem utilizados nos ensaios de vedação, estão descritos


no Anexo 5 da publicação Programa de Proteção Respiratória –
Recomendações, Seleções e Uso de Respiradores da FUNDACENTRO.

Você também pode gostar