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REDE DE ATENÇÃO AS

URGÊNCIAS - REALIDADE E
PERSPECTIVAS
PANORAMA ATUAL:
Como andam as
Urgências?
APROXIMAÇÃO DIAGNÓSTICA

•Forte racionalidade hospitalocêntrica, indicativa de


hierarquização e integralidade precárias;
•Dissociação com outras estratégias e níveis de
atenção (enfoque promocional, atenção básica,
assistência/internação domiciliar);

•Longas filas: portas de urgência pequenas,


insuficientes para acolher a demanda que a eles
acorre, gerando filas, demora e desqualificação no
atendimento;
A Política Nacional de Atenção Integral às Urgências e seus
momentos

• 1998 - 2002 – primeiras iniciativas de regulamentação;

•2003 - 2008 – formulação e implantação da Política Nacional de


Atenção às Urgências, com priorização do SAMU;

•final de 2008 – continuidade do SAMU e implantação de Unidades de


Pronto Atendimento (UPA).
Machado et al (2011)

•2010 a 2011 - Portaria 4279 - Rede de Atenção à Saúde (RAS);


- Portaria 1600 - reformula a Política Nacional de Atenção
às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no âmbito
do SUS
Perspectivas para a Rede de Urgência

• PORTARIA Nº 1.600, DE 7 DE JULHO DE 2011 - reformula a Política


Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às
Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS).

• Art. 3º § 1 º A organização da Rede de Atenção às Urgências tem a


finalidade de articular e integrar todos os equipamentos de saúde,
objetivando ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral
aos usuários em situação de urgência e emergência nos serviços
de saúde, de forma ágil e oportuna.

• § 3º O acolhimento com classificação do risco, a qualidade e a


resolutividade na atenção constituem a base do processo e dos
fluxos assistenciais de toda Rede de Atenção às Urgências e
devem ser requisitos de todos os pontos de atenção.
Perspectivas para a Rede de Urgência

• Art. 4º A Rede de Atenção às Urgências é constituída pelos


seguintes componentes:

• I - Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde;


• II - Atenção Básica em Saúde;
• III - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e
suas Centrais de Regulação Médica das Urgências;
• IV - Sala de Estabilização;
• V - Força Nacional de Saúde do SUS;
• VI - Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto
de serviços de urgência 24 horas;
• VII - Hospitalar; e
• VIII - Atenção Domiciliar.
• SAMU
• Serviço de Atendimento Móvel de Urgência que pode
ser acionado pelo telefone 192. Por meio dele,
realiza-se:
• - atendimento para casos clínicos e traumáticos.
• - regulação do sistema de vagas de urgência e
emergência em hospitais secundários e terciários por
uma central 24h.
• - educação em urgência e emergência.
• Rede de Atenção às Urgências e Emergências
(RUE)

• A Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) do Ministério da Saúde (MS)


destaca, como objetivos fundamentais da atual gestão, a ampliação do
acesso e a melhoria da qualidade da atenção à saúde no SUS, tendo a
implantação das redes temáticas prioritárias como estratégia nuclear
para o alcance desses objetivos diminuir a superlotação dos PS .
• APH: Atendimento Pré-Hospitalar
• APH atende a vítima em situação de urgência e emergência antes da
sua chegada ao hospital. È composto:

• 1-Regulação médica:
Médico regulador que deve dispor de bens de recursos humanos e
materiais para o bom exercício de sua função.
Ele deve: ter a capacidade de julgar e discernir a gravidade de
determinada urgência; escolher qual recurso deve ser mobilizado frente
a cada caso; decidir sobre o destino hospitalar ou ambulatorial dos
pacientes atendidos no pré-hospitalar e requisitar recursos públicos e
privados em situações excepcionais .
• APH: Atendimento Pré-Hospitalar

• 2-Regulação do atendimento pré-hospitalar móvel:


Serviço que procura chegar precocemente à vítima que sofreu um
agravo à saúde.Ele deve contar com: central reguladora, médico
regulador e de intervenção, equipe médica e equipe de enfermagem.
• -sionais:

3-Profissionais
• • Os profissionais não oriundos da área da saúde: telefonista auxiliar de
regulação, radioperador e condutor de veículos de urgências.
• Os profissionais da área da saúde: enfermeiro, técnico de
enfermagem, médico.
• APH: Atendimento Pré-Hospitalar

• 4-Veiculos de atendimento pré-hospitalar


Ambulância: veículo terrestre, aéreo ou hidroviário que se destina ao transporte
exclusivo de enfermos.
Transporte da equipe e dos equipamentos que oferecem suporte à vida nas
ambulâncias do tipo A, B, C e F.

• 5-Transporte inter-hospitalar
Para esse procedimento, é necessário seguir algumas normas, como
consentimento por escrito e assinado pelo paciente e responsável.
Antes de decidir a remoção, é necessário realizar contato com o hospital de
destino.
Devem sempre estar acompanhados de uma equipe completa, incluindo
médico em ambulância de suporte avançado.
• Tipos de atendimento pré-hospitalar

• Há três tipos de sistema de atendimento pré-hospitalar


• 1-Pronto Atendimento MóvelÉ caracterizado por veículos que não contam com
a presença do médico, mas com uma equipe orientada pelo médico regulador a
distância, por meio da central de comunicação.
As ambulâncias deverão ser B e/ou C, os pacientes deverão ser removidos
para hospitais referenciados após contato prévio feito pelo médico regulador.

• 2-Atendimento Pré-HospitalarDenominada emergência médica móvel, é aquele


cujos veículos contam com a presença obrigatória do médico e enfermeiro.
As ambulâncias devem ser D e/ou E e os pacientes deverão ser removidos
para hospitais referenciados após contato prévio feito pelo médico regulador.

• 3-Pronto AtendimentoTambém conhecido como emergência médica móvel


(misto), é o atendimento iniciado pela equipe de socorristas, técnicos de
enfermagem e, posteriormente, se houver necessidade, por um médico e
enfermeiro que se deslocarão até o local.
• Recursos humanos de serviços fixos

• O serviço necessita de:


• - Um coordenador médico.
• Se o serviço for de média e alta complexidade, é necessário que se tenha:
• -   Especialista no atendimento de pronto socorro.

• A equipe de enfermagem deve conter:


• - Um Coordenador do setor
• - Enfermeiros assistenciais e técnicos de enfermagem distribuídos em turnos
para atendimento 24h.
• O Serviço de Urgência e Emergência precisa ter à disposição serviços de
apoio, como farmácia, almoxarifado, nutrição, serviço de internação, centro
cirúrgico, unidades de internação, UTI, diagnóstico e imagem, laboratório entre
outros.
• Infraestrutura física de serviços fixos

• A infraestrutura deve ser dimensionada de acordo com a demanda, a


complexidade e o perfil assistencial da unidade, no entanto, deve conter, no
mínimo, itens como:
• Área externa coberta para a entrada de ambulâncias.
• Sala de recepção e espera com banheiros para os usuários.
• Consultórios.
• Sala de assistência social.
• Sala de procedimentos com área para sutura.
• Sala de administração de medicamentos
• Aspectos éticos no atendimento de Urgência e Emergência

• É necessário que sempre sejam respeitados os princípios da Beneficência,


Autonomia e Justiça na assistência aos pacientes em situações de urgência e
emergência.
• São princípios sempre presentes no dia a dia dos profissionais que tomam
decisões continuamente em sua prática diária, sobretudo em situações de
emergência, em que muitas vezes as resoluções ainda envolvem a alocação de
recursos escassos. Os aspectos éticos são elementos importantes para nortear
o processo de tomada de decisões .
Nos Hospitais Gerais e de Urgência:

•Pacientes internados em macas:


Escassa oferta de leitos de observação
e/ou retaguarda, perpetuando a
presença de grande número de macas
nos poucos espaços dos pronto
socorros dos hospitais;
Nos Hospitais Gerais e de Urgência:

•Vaga Zero:
•O conceito de vaga zero defendido pelo ministério da
saúde a partir da já revogada portaria 814 de 2001 e
confirmada pela portaria 2048 de 2002 define que as
unidades de atendimento às Urgências devem prover o
primeiro atendimento ao paciente grave independente da
existência ou não de leitos. Após o atendimento inicial o

paciente pode ser transferido mediante regulação médica;


Nos Hospitais Gerais e de Urgência:
Na Atenção Básica à Saúde:
•Atendimento só com consulta
marcada: falta de acolhimento dos
quadros agudos de baixa
complexidade, que passam a buscar,
sistematicamente, as portas de
urgência, hospitalares ou não
hospitalares.
Na Atenção Básica à Saúde:

•Desqualificação estrutural: Falta de


qualificação (recursos humanos, área
física, equipamentos e insumos) para
prestar o primeiro atendimento a
urgências que possam acorrer às
unidades básicas de saúde e/ou saúde
da família.
ADEQUAÇÃO A NOVOS PERFIS DE
MORBI-MORTALIDADE
• Doenças Cronico-degenerativa e suas
agudizações

• Internação/tratamento domiciliar para


pacientes idosos, seqüelados e fora de
possibilidade terapêutica.

• Reabilitação para pacientes acometidos por


quaisquer tipos de agravos que tenham
comprometido sua autonomia.
Obrigada pela atenção!

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