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FACULDADE MEDICINA NOVA ESPERANÇA

INTEGRAÇÃO SERVIÇO ENSINO COMUNIDADE


(ISEC VIII)

Regulação Médica das


Urgências e Classificação
de Risco
Prof. Dr. Cleyton Souto/ Profa. Ms.
Chahira/Dra. Márcia Ferraz/ Dr. Felipe
Brandão
Objetivos da Aula

• Compreender a importância das centrais das urgências


médicas e como se organizam.

• Entender a importância do médico regulador na central


de regulação das urgências.

• Identificar a ferramenta da Classificação de Risco com


acolhimento nos serviços da Rede de Atenção às
Urgências. Google imagens
Antecedentes Históricos

• Período Antigo: cuidados médicos prestados no Egito, Grécia e


Roma prestados dentro de algum tipo de instituição rudimentar,
com poucos profissionais de cuidados APH. (Papiro de Edwin
Smith)

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Antecedentes Históricos

• Período Larrey: Final séc. XVIII, Dominique Jean Larrey, cirurgião


da Grande Armada de Napoleão, observa a necessidade de
cuidados pré-hospitalares, utiliza carruagens como uma
“ambulância voadora” para levar atendimento precoce aos
acometidos em combate, com pessoas treinadas em cuidados
medicos, e hospitais nas linhas de frente.

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Antecedentes Históricos

• 1864: Criado o Comitê Internacional da Cruz Vermelha na


convenção de Genebra. Reconheve neutralidade de hospitais,
doentes e feridos, equipes de ambulância, garatindo passage
Segura do transporte de feridos.

• 1865: Primeiro serviço privado de ambulância do EUA.

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Antecedentes Históricos

• Era Farrington: em 1950 Dr. Farrington – estimula melhorias no


cuidado pré-hospitalar nos EUA : lista de equipamentos
essenciais para ambulâncias, projetos para o departamento de
trânsito, 1º programa de treinamento básico para técnico em
medicina de emergência para vítimas de trauma.

• Era Moderna: Desenvolvimento de curso para atendentes de


ambulância, escala de Glasgow n Escócia, cruz vermelha como
símbolo de emergência.
Antecedentes Históricos

• Brasil – 1986: lei definiu os SAMU (Sistemas de Atenção Médica


às Urgências), com Centros de Recepção e Regulação das
Chamadas – os Centros 15, localizados em serviços hospitalares,
que coordenam os Serviços Móveis de Urgência e Reanimação
(SMUR).
• Os Centros 15 mantinham comunicação privilegiada com os
centros de operações do corpo de bombeiros.
• A lei determinava que o SAMU se responsabiliza-se por
atividades de ensino que possibilitem a capacitação e formação
continuada das profissões médicas e outras ligadas ao
atendimento às emergências.
Antecedentes Históricos

• APH móvel: início da década de 90 com o estabelecimento de


uma Cooperação Técnica e Científica Franco-Brasileira: modelo
centrado no médico regulador, contando com a participação de
profissionais da enfermagem nas intervenções em casos de
menor complexidade.
• Os policiais militares dos corpos de bombeiros iniciam um
processo de capacitação e atuação no atendimento pré-
hospitalar móvel, com base no modelo americano, criando o
Resgate, inicialmente em Brasília, São Paulo e, progressivamente,
em outras capitais e grandes cidades do País.
Central de Regulação das Urgências (CRU)

• Acolhimento de todos os pedidos de socorro e o


estabelecimento de uma estimativa inicial do grau da
urgência, desencadeando a resposta mais adequada e
equânime, monitorando continuamente até a
finalização do caso de acordo com grades de serviços
regionalizada e hierarquizada.
• Acesso pelo número nacional e gratuito 192;
• Funcionamento ininterrupto, nas 24 horas, todos os dias

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Central de Regulação das Urgências (CRU)

A CRU é constituída por uma equipe multidisciplinar que trabalha 24


horas por dia, 7 dias por semana:
- Telefonista Auxiliar de Regulação Médica (TARM)
- Médico Regulador
- Rádio operador (RO)
- Enfermeiro facilitador

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Atribuições da CRU

• Regulação médica do sistema de urgência: fluxos de pacientes vítimas


de agravos urgentes à saúde, do local da ocorrência até os diferentes
serviços da rede regionalizada e hierarquizada.
• Cobertura de eventos de risco: cobertura de atividades esportivas,
sociais, culturais diversas, por meio de apoio direto com equipe no
local ou a distância, através de garantia de canal prioritário de
comunicação;
• Cobertura de catástrofes ou acidentes com múltiplas vítimas:
regulação e atendimento local em situações de desastres, catástrofes
ou acidentes com múltiplas vítimas de diferentes portes. Participação
na elaboração de planos de atendimento e realização de simulados
com Defesa Civil, Bombeiros, Infraero e demais parceiros;
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Atribuições da CRU

• Capacitação de recursos humanos: participação na estruturação dos


Núcleos de Educação em Urgência do SUS;
• Ações educativas para a comunidade: participação ativa na
estruturação de palestras sobre atendimento pré-hospitalar para
empresas, escolas, creches, Conselhos de Saúde, instituições diversas
e comunidade em geral;
• Participação no desenvolvimento de estratégias promocionais junto à
Comunidade, Segurança Pública, Departamento de Trânsito,
Educação, Cultura e outros setores;
• Produção de estudos epidemiológicos e massa crítica capacitada para
intervir positivamente na incidência de agravos à saúde

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Operacionalização das CRU

A fim de garantir tempo-resposta de qualidade e racionalidade na


utilização dos recursos móveis nos SAMU regionais ou sediados em
municípios de grande extensão territorial, deverão existir bases
operacionais descentralizadas, que funcionarão como postos avançados
para as ambulâncias e suas respectivas equipes.

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Operacionalização das CRU

• Mapas do município e região de cobertura do serviço, onde estejam


localizados os serviços de saúde, bases descentralizadas do SAMU,
outras ambulâncias ou serviços de transporte, inclusive, privados,
Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária e outros.
• Mapas do município e região de cobertura do serviço, com as estradas
e principais vias de acesso, registro de barreiras físicas e outros fatores
que dificultem o acesso a cada local;
• Listas de telefones de todos os serviços de saúde do município ou
região, além de outros setores envolvidos na assistência à
comunidade;

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Operacionalização das CRU

• Grades pactuadas, regionalizadas e hierarquizadas, com informações


efetivas sobre a composição e a capacidade operativa diária e horário
da estrutura dos serviços, organizados em redes e linhas de atenção,
hierarquizados por complexidade de resposta técnica.
• Agenda de eventos;
• Planos para manejo de situações complexas, envolvendo muitas
pessoas afetadas, com perda ou não da capacidade de resposta por
setores públicos e privados encarregados (planos de desastre com
protocolos integrados entre todos os agentes públicos e privados
responsáveis);

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• O Médico Regulador
Papéis:

-Como autoridade:
-Como Gestor:
-Como Técnico (Médico):

Tarefas do Médico Regulador


• Determinar o Grau de Urgência
• Detecção de Síndromes Operacionais de Regulação
• Estabelecimento do Diagnóstico Sindrômico.
A - Triagem
B - Hipótese diagnóstica
C - Classificação de Prioridades Google imagens
• Tomada de Decisão Terapêutica Google imagens

• Controlador
• Apoiador

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Como funciona a regulação
médica ?
- O médico regulador, ao receber o caso, deverá, num curto espaço de
tempo (de 30 segundos a 1 minuto), julgar a gravidade de cada caso e
tomando a melhor resposta, acionando, inclusive, múltiplos meios;
- Deverá estabelecer contato e transmitir informações aos profissionais
do serviço;
- Se transportado, cabe ao médico regulador monitorar e acompanhar
todo o atendimento prestado no trajeto;
- Após recebimento do paciente no serviço, o médico regulador poderá
considerar o caso encerrado;

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Etapas da regulação médica
1º ETAPA: RECEPÇÃO DO CHAMADO

- Atender ao primeiro toque telefônico identificando- se para o solicitante


e perguntando seu nome para que seja registrado junto com outras
informações do chamado;
- Usar linguagem simples, de forma compassada, calma, agradável,
evitando termos técnicos e informações desnecessárias;
- Ajude o solicitante a ser claro e preciso nas informações.

- IMPORTANTE! As primeiras informações/palavras proferidas pelo


solicitante sobre o agravo geralmente são as mais fidedignas.

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Etapas da regulação médica
LOCALIZAÇÃO DO CHAMADO

- Recepção inicial -> Endereço do solicitante para atendimento in loc


Município, data/horário, número da chamada; Informações sobre o
solicitante (nome e telefone).
- -> Motivo da chamada: informação, pedido de ajuda, pedido de
transporte, outros; Detecção de trote, engano, desligou...
- Orientação transmitida ao informante. -> Atendimento na chamada
pelo médico regulador.
- Origem da solicitação: domicílio, via pública, serviço de saúde.
- Natureza do solicitante: Leigos: vítimas, vizinhos, familiares; Google imagens

profissionais de áreas afins: bombeiros, policiais, profissionais de


trânsito; profissionais da saúde não médicos: enfermeiros, técnicos de
saúde, psicólogos, odontólogos; solicitantes médicos: geralmente em
serviços de saúde.
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Etapas da regulação médica
IDENTIFICAÇÃO DA GRAVIDADE DO CASO

- Acolhimento inicial realizado pelo telefonista auxiliar de regulação


médica.
- Identificar sinais de alerta de situação de risco, considerando a natureza
do agravo e/ou a descrição do caso/cenário.
- Paciente inconsciente e/ou com problemas respiratórios.
> Se sim, priorizar a solicitação e transferi-la imediatamente ao médico
regulador.
> Em outros chamados, prestar as informações, fazer os registros,
repassá-los ao médico regulador.

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Etapas da regulação médica
2º ETAPA: ABORDAGEM DO CASO

- Regulação médica da solicitação: condução do interrogatório e tomada


de decisão.
- Atendimento primário: Não houve nenhuma intervenção de equipe de
saúde sobre o cidadão acometido pela urgência.
- Interrogatório específico e estabelecer diagnóstico sindrômico no
menor intervalo de tempo possível e para presumir a gravidade do
caso.
- Avaliação Multifatorial do Grau de Urgência

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Etapas da regulação médica
2º ETAPA: ABORDAGEM DO CASO

• Gravidade: quantificar a gravidade do caso pelo telefone, por meio


de perguntas objetivas dirigidas diretamente ao paciente ou à
pessoa que ligou solicitando ajuda, utilizando uma semiologia que
será definida e abordada nos protocolos específicos .
• Tempo: intervalos de tempo aceitáveis entre o início dos sintomas e
o início do tratamento. Quanto menor o tempo exigido, maior a
urgência.
• Atenção: Quanto maior for a necessidade de recursos envolvidos no
atendimento inicial e no tratamento definitivo, maior será a
urgência.
• Valor social: pressão social que envolve o atendimento inicial pode
muitas vezes justificar o aumento do grau de urgência de um caso
simples. Este fator não pode ser negligenciado, pois muitas vezes
uma comoção social no local do atendimento pode dificultar a
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prestação de socorro. SOC OR ROS | 20 20


Etapas da regulação médica
2º ETAPA: ABORDAGEM DO CASO

• Grupos Sindrômicos:

• Síndromes de “Valência Forte” :


- Situações em que o valor social é muito elevado. Ex.: “Presidente da
República caiu na rampa do Congresso”.

• Síndromes de “Etiologia Potencialmente Grave” :


- Situações em que a causa indica uma gravidade muito elevada. Ex.:
“Ele caiu do prédio”.

• Síndromes de “Semiologia Potencialmente Grave”


-Situações em que os sinais e/ou sintomas informados pelo solicitante
indicam gravidade elevada: Ex.: “Eu o encontrei desmaiado”.
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Etapas da regulação médica
ESTABELECER O DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO

• Pesquisar sobre a presença,


Paciente "desmaiado"
ausência e qualidade dos
movimentos respiratórios;
CONSCIÊNCIA:
• Pesquisar sobre a presença ou
fala? sonolência? não responde nada?
ausência de pulso;

• Pesquisar o nível de
consciência; R E S P I R AÇ ÃO : presente, ausente,
difícil.

CIRCULAÇÃO:
pulso presente/ausente, cor da pele (palidez,
cianose),sudorese.
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Etapas da regulação médica
ATENDIMENTO SECUNDÁRIO

• Prestado a solicitações de ajuda, apoio, retaguarda ou


transferência oriundas de profissionais de saúde, equipes ou
unidades de saúde de menor complexidade.
• O médico regulador deve avaliar o motivo da solicitação e a sua
pertinência;
• Caso não haja pertinência, o médico regulador orienta como
conduzir o caso ou como utilizar os recursos locais;
• Se já houver vaga, o regulador deverá confirmar a informação
com o serviço de destino;
• Interrogar sobre o problema apresentado, sinais vitais, lesões Google imagens

existentes, procedimentos e exames complementares realizados


e medicamentos utilizados.

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Etapas da regulação médica
ATENDIMENTO SECUNDÁRIO

• Rádio-operador:

• Responsável pela liberação das ambulâncias, informa ao


condutor o melhor itinerário para o deslocamento da
mesma. Deve fazer controle sobre a localização de todos os
veículos da frota. Recebe a informação do médico sobre a
liberação da viatura.

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Etapas da regulação médica
3º ETAPA DECISÃO E ACOMPANHAMENTO

• Decisão Técnica/Resposta

• A resposta a solicitação com todas as suas consequências


diretas é de integral responsabilidade do médico regulador.
• Deve avaliara necessidade de intervenção, decidir sobre o
recurso disponível mais adequado a cada caso, levando em
consideração:
- Gravidade
- Tipo de recurso necessário
- Meios disponíveis
- Relação custo/benefício
- Avaliação do tempo-distância

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Etapas da regulação médica
3º ETAPA DECISÃO E ACOMPANHAMENTO

• Conselho médico ou orientação técnica a um colega médico;


• Remoções simples (ambulâncias de transporte);
• Atendimentos de suporte básico de vida por profissionais da saúde
(ambulâncias ou ambulanchas);
• Atendimento de suporte básico de vida por bombeiros ou outros
socorristas;
• Atendimentos médicos terrestres (ambulâncias de suporte avançado);
• Atendimentos médicos aéreos (aeronaves de resgate aeromédico);
• Atendimentos médicos pluviais (ambulanchas);
• Acionamento de múltiplos recursos; Google imagens
• Acompanhamento, se a resposta for o atendimento in loco e/ou
transporte.

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Etapas da regulação médica
3º ETAPA DECISÃO E ACOMPANHAMENTO

• Registro das informações:


• O médico Regulador deve manter o controle do atendimento e
registrar os dados repassados por profissionais no local da ocorrência:
• Descrição dos pacientes - sexo, idade, dados vitais (pressão arterial,
pulso, frequência respiratória saturação de oxigênio, temperatura);
• Número de pessoas envolvidas;
• O motivo do não atendimento se for o caso;
• Escala de coma, escala de trauma/principais lesões;
• destino e orientações transmitidas ao local para onde foi encaminhado
o paciente;
• As fichas de regulação e as fichas de atendimento são documentos
equivalentes aos prontuários médicos de qualquer serviço de saúde.
Portanto devem ser preenchidas de maneira completa e legível.
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Classificação de Risco
ACOLHIMENTO

• Implica prestar um atendimento com resolutividade e


responsabilização, orientando, quando for o caso, o paciente e a
família em relação a outros serviços de saúde para a continuidade
da atenção e estabelecendo articulações com esses serviços para
garantir a eficácia dos encaminhamentos.
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Superlotação

Conflitos e assimetrias de
Processo de trabalho
poder
fragmentado
Alguns desafios
a serem
superados no
contexto do Desrespeito aos direitos
acolhimento dos usuários
Exclusão dos usuários na
porta de entrada

Articulação fragilizada
com a pontos da rede de
serviços
Classificação de Risco
ACOLHIMENTO

Acolher com a intenção de resolver os problemas de saúde das


pessoas que procuram uma unidade de urgência pressupõe que
todos serão acolhidos por um profissional da equipe de saúde.

Este profissional vai escutar a queixa, os medos e as


expectativas, identificar risco e vulnerabilidade, e acolher
também a avaliação do próprio usuário.

Vai se responsabilizar pela resposta ao usuário, e para isso vai


necessariamente colocar em ação uma rede multidisciplinar de
compromisso coletivo com essa resolução.

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Classificação de Risco
ACOLHIMENTO E AMBIÊNCIA

• Ambiência: criar espaços saudáveis, acolhedores e confortáveis, que


respeitem a privacidade, propiciem mudanças no processo de
trabalho e sejam lugares de encontro entre as pessoas.

• A orientação da ambiência na urgência, articulada à diretriz do


acolhimento, favorece que ao se intervir, criar e recriar os espaços
físicos na urgência se problematizem também as práticas, os
processos de trabalho e os modos de viver e conviver nesse espaço.
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Classificação de Risco
AMBIÊNCIA NA URGÊNCIA

• O Ministério da Saúde (MS) organizou uma estrutura composta por


eixos e áreas que evidenciam os níveis de risco dos pacientes.

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Classificação de Risco
AMBIÊNCIA NA URGÊNCIA

EIXO VERMELHO: relacionado à clínica do paciente grave, com risco de


morte, sendo composto por um agrupamento de três áreas principais:
a área vermelha, a área amarela e a área verde.

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Classificação de Risco
AMBIÊNCIA NA URGÊNCIA

EIXO AZUL: é o eixo dos pacientes ‘aparentemente’ não-graves, mas que


necessitam ou procuram atendimento de urgência. Composto ao menos
por 03 planos de atendimento (fluxos claros, informação e sinalização).
PLANO 1
• Espaços para acolhimento, espera, recepção, classificação do risco e
atendimento
administrativo.
PLANO 2
• Área de atendimento médico, lugar onde os consultórios devem ser planejados
de
modo a possibilitar a presença do acompanhante e a individualidade do
paciente.
PLANO 3
• Áreas de procedimentos médicos e de enfermagem (curativo, sutura,
medicação, nebulização). G U I A D E P R I M E IR O S
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Acolhimento com
Classificação de Risco

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Acolhimento com
Classificação de Risco
•A tecnologia de avaliação com classificação de risco pressupõe a determinação
de maior ou menor agilidade no atendimento, a partir da análise, sob a ótica de
protocolo pré-estabelecido, do grau de necessidade do usuário,
proporcionando atenção centrada no nível de complexidade, e não na ordem
de chegada.

• Enfermeiros (COFEN – RES n° 423/2012) e médicos (CFM RES 2.077/2014) 


profissionais autorizados a realizar.

•O paciente classificado pelo enfermeiro em qualquer serviço de urgência e


emergência não pode ser liberado e nem encaminhado a outro local sem ser
consultado pelo medico, que tem a responsabilidade de avaliar todos os
pacientes.

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Protocolos de Classificação
de Risco
• Foram desenvolvidos diversos protocolos, que objetivam, em primeiro
lugar,
não demorar em prestar atendimento àqueles que necessitam de uma
conduta imediata.

• A realização da classificação de risco isoladamente não garante uma


melhoria na qualidade da assistência. Fluxo interno deve ser
estabelecido segundo a classificação de risco, elaborado pela equipe
médica e de enfermagem,
validado pela direçã, plenamente divulgado e sinalizado tanto para os
profissionais de saúde quanto para os pacientes.

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Acolhimento com
Classificação de Risco

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=o-_NA5epgn4

Essa classificação não busca dar diagnósticos, mas sim prioridades clínicas,
garantindo um atendimento mais adequado e equânime.
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Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=RHlYhULiDFo
Estudo de Caso

Uma jovem L.S. de 18 anos de idade, chega a uma unidade


de saúde sozinha, andando, visivelmente angustiada. Diz
estar com muita dor na barriga. A profissional que a “Urgência de reversão e
recebe avalia que ela pode ficar na fila. Depois de 35 reinvenção dos modos de
operar os processos de
minutos esperando, L.S. volta à recepção e diz que a dor acolhimento no cotidiano dos
está aumentando, mas é reconduzida a esperar a sua vez serviços de urgência”.

na fila. Passados outros 15 minutos, L.S. cai no chão e e


levada para o atendimento, em coma, por ter ingerido
veneno para interromper uma gravidez indesejada.

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Referências:
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Regulação
médica das urgências. Brasília: Ed. Ministério da Saúde, 2006. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/regulacao_medica_urgencias.pdf>. Acesso em: 14 mar. 2017.

• ELLIS, Richard; WICK, Patrick. PHTLS: Passado, Presente e Futuro. In: NATIONAL ASSOCIATION OF
EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS (NAEMT). PreHospital Trauma Life Support (PHTLS). Tradução em
português: ISLABÃO, André Garcia. 9º edição. 2021

• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão
do SUS. Acolhimento e classificação de risco nos serviços de urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento_classificaao_risco_servico_urgencia. pdf
• TALLO, F. S.; LOPES, A. C.; COELHO, O. F. L. Tratado de Medicina de Urgência e Emergência da Graduação à Pós
Graduação. 1a ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2018.

• SERVIN, S. C. N. et al. Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco. Sistema Único de Saúde (SUS).
Hospitais Municipais/São Luís/MA. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_acolhimento_classificacao_risco.pdf

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