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PREFEITURA MUNICIPAL NOVO REPARTIMENTO

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO


UNIDADE PRONTO ATENDIMENTO (UPA 24)
História da criação das UPAS
A UPA 24 horas foi uma proposta lançada pelo
Ministério da Saúde no ano de 2003;

Faz parte da Política Nacional de Urgência e


Emergência que organiza e estruturam os
atendimentos prioritários no país;

Com a finalidade de melhorar a atenção nos


serviços, reduzir as filas nos Prontos-Socorros dos
Hospitais, evitando que os atendimentos que
possam ser realizados nas UPAS, ou UBS, sejam
direcionados para as unidades hospitalares.
Os Critérios para Implantação
Ter população igual ou maior que
50.000 habitantes, cobertura de 50% da
população por serviços de atenção
primária, adesão ao Pacto pela Saúde ou
em desenvolvimento de adesão e ter o
serviço do SAMU 192
Classificação das UPAS

UPA Porte I: tem no mínimo 7 leitos de observação.


Capacidade de atender até 150 pacientes por dia. População
na área de abrangência de 50 mil a 100 mil habitantes.

UPA Porte II: tem no mínimo 11 leitos de observação.


Capacidade de atender até 250 pacientes por dia. População
na área de abrangência de 100 mil a 200 mil habitantes.

UPA Porte III: tem no mínimo 15 leitos de observação.


Capacidade de atender até 350 pacientes por dia. População
na área de abrangência de 200 mil a 300 mil habitantes.
As diretriz da UPA segundo a portaria 1601, de 7 de Julho de 2011

• Art. 1º Esta Portaria estabelece diretrizes para


implantação do componente Unidade de Pronto
Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de
urgência 24 horas da Rede de Atenção às
Urgências.
§ 2º As Unidades de Pronto Atendimento (UPA
24 h) devem ser implantadas em locais/unidades
estratégicas para a configuração da rede de
atenção às urgências, em conformidade com a
lógica de acolhimento e de classificação de risco.
FLUXOGRAMA DE CLASSIFICAÇÃO
DA UPA
• ÁREA VERMELHA
Área devidamente
equipada e
destinada ao
recebimento,
avaliação e
estabilização das
Urgências e
Emergências
clínicas e
traumáticas.
FLUXOGRAMA DE CLASSIFICAÇÃO
DA UPA
• ÁREA AMARELA

Área destinada à
assistência de
pacientes críticos e
semicríticos já com
terapêutica de
estabilização iniciada.
FLUXOGRAMA DE CLASSIFICAÇÃO
DA UPA
• ÁREA VERDE

Área destinada a
pacientes não críticos,
em observação ou
internados aguardando
vagas nas unidades de
internação ou
remoções para outros
hospitais de retaguarda
FLUXOGRAMA DE CLASSIFICAÇÃO
DA UPA
• Área de acolhimento com
fluxo obrigatório na
chegada;
ÁREA AZUL • Consultório de
Campo destinado enfermagem,
classificação de risco;
ao acolhimento de
• Consultórios médicos;
consultas de baixa e
• Serviço Social;
média
• Sala de administração de
complexidade.
medicamentos e
inaloterapia.
Competências da UPA segundo a
portaria 1601, de 7 de Julho de 2011
Art. 2º A UPA 24 h tem as seguintes
competências na Rede de Atenção às Urgências:
• I - funcionar de modo ininterrupto nas 24 horas,
em todos os dias da semana, incluídos feriados
e pontos facultativos;

• II - acolher os pacientes e seus familiares


sempre que buscarem atendimento na UPA 24
h;
Competências da UPA segundo a
portaria 1601, de 7 de Julho de 2011
III - implantar processo de Acolhimento com
Classificação de Risco, em ambiente
especifico, considerando a identificação do
paciente que necessite de tratamento
imediato, com estabelecimento do potencial
de risco, agravos à saúde ou grau de
sofrimento, de modo a priorizar atendimento
em conformidade com o grau de sofrimento
ou a gravidade do caso;
Competências da UPA segundo a portaria 1601, de 7 de Julho de 2011

• IV - estabelecer e adotar o cumprimento de


protocolos de acolhimento, atendimento clínico,
de classificação de risco e de procedimentos
administrativos conexos, atualizando-os sempre
que a evolução do conhecimento tornar
necessário;
Competências da UPA segundo a
portaria 1601, de 7 de Julho de 2011
• V -articular-se com unidades básicas de
saúde/saúde da família, SAMU 192, unidades
hospitalares, unidades de apoio diagnóstico e
terapêutico e com outros serviços de atenção
à saúde, construindo fluxos coerentes e
efetivos de referência e contra referência e
ordenando esses fluxos por meio de Centrais
de Regulação Médica de Urgências e
complexos reguladores instalados na região;
Competências da UPA segundo a
portaria 1601, de 7 de Julho de 2011
• VI - possuir equipe multiprofissional interdisciplinar
compatível com seu porte;

• VII - prestar atendimento resolutivo e qualificado aos


pacientes acometidos por quadros agudos ou agudizados
de natureza clínica, e prestar primeiro atendimento aos
casos de natureza cirúrgica e de trauma, estabilizando os
pacientes e realizando a investigação diagnóstica inicial, de
modo a definir, em todos os casos, a necessidade ou não
de encaminhamento a serviços hospitalares de maior
complexidade;
Competências da UPA segundo a
portaria 1601, de 7 de Julho de 2011
• VIII - fornecer retaguarda às urgências atendidas pela Rede de
Atenção Básica;

• IX - funcionar como local de estabilização de pacientes


atendidos pelo SAMU 192;

• X -realizar consulta médica em regime de pronto atendimento


aos casos de menor gravidade;

• XI - realizar atendimentos e procedimentos médicos e de


enfermagem adequados aos casos demandados à unidade;
Competências da UPA segundo a
portaria 1601, de 7 de Julho de 2011
• XII - prestar apoio diagnóstico e terapêutico
ininterrupto nas 24 horas;
• XIII - manter pacientes em observação, por período
de até 24 horas, para elucidação diagnóstica e/ou
estabilização clínica;
• XIV - encaminhar para internação em serviços
hospitalares os pacientes que não tiverem suas
queixas resolvidas nas 24 horas de observação,
conforme antes mencionado, por meio das centrais
reguladoras;
Competências da UPA segundo a
portaria 1601, de 7 de Julho de 2011
• XV - prover atendimento e/ou referenciamento
adequado a um serviço de saúde hierarquizado,
regulado e integrado à Rede de Atenção às Urgências
a partir da complexidade clínica, cirúrgica e
traumática do usuário;
• XVI - contra-referenciar para os demais serviços de
atenção integrantes da Rede de Atenção às
Urgências, proporcionando continuidade ao
tratamento com impacto positivo no quadro de
saúde individual e coletivo;
Competências da UPA segundo a
portaria 1601, de 7 de Julho de 2011
• XVII -solicitar retaguarda técnica ao SAMU
192, sempre que a gravidade/complexidade
dos casos ultrapassarem a capacidade
instalada da Unidade; e
• XVIII - garantir apoio técnico e logístico para o
bom funcionamento da Unidade.
Estrutura
• A UPA 24h oferece estrutura simplificada, com:
– Raio-X,
– Eletrocardiografia,
– Pediatria,
– Laboratório de exames e
– Leitos de observação

• Se necessário o paciente poderá ser encaminhado para


um hospital da rede de saúde, para realização de
procedimento de alta complexidade.
PORTARIA Nº 2.820, DE 28 DE NOVEMBRO DE 2011

§ 1º Para a habilitação prevista pelo inciso I do


caput deste artigo, o Município ou Estado
interessado deverá encaminhar proposta que
contenha os seguintes requisitos:

V - compromisso e programação da implantação


da classificação de risco no acolhimento dos
usuários na UPA 24h, de acordo com padrões
nacionais e/ou internacionais reconhecidos;
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

A classificação de risco é um processo dinâmico


de identificação dos pacientes que necessitam de
tratamento imediato, de acordo com o potencial
de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento.

Vale ressaltar que não se trata de fazer um


diagnóstico prévio nem de excluir pessoas sem
que tenham sido atendidas pelo médico,
.
ACOLHIMENTO
• Não é um espaço nem um local.
• Requer postura ética que se constrói em meio
a
imperativos de necessidade, de direito e da
solidariedade humana.
• Ação que deve ocorrer em todos os locais e
momentos da Unidade.
• Pressupõe que todas as pessoas que
procuram a unidade, por demanda espontânea,
deverão ser acolhidas por profissional da
equipe técnica.
ACOLHIMENTO
Conceito de acolhimento:
“O acolhimento é um modo de operar os processos de trabalho
em saúde de forma a atender a todos que procuram
os serviços de saúde, ouvindo seus pedidos e assumindo no
serviço uma postura capaz de acolher, escutar e dar
respostas mais adequadas aos usuários.Implica prestar um
atendimento com resolutividade e responsabilização,
orientando, quando for o caso, o paciente e a família em
relação a outros serviços de saúde para continuidade da
assistência estabelecendo articulações com estes serviços
para garantir a eficácia desses encaminhamentos.”
INICIO CLASSIFICAÇÃO RISCO MUNDIAL
• Em 1898, Glasgow
Acolhimento e Classificação de Risco

Um processo dinâmico de identificação dos


pacientes que necessitam de tratamento imediato,
de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde
ou grau de sofrimento.

Tem, portanto, como objetivo


preliminar, adequar a resposta e o
tempo em que o paciente será
visto pela equipe de atendimento
médico, assistencial ou
multidisciplinar.
Justificativa

 Priorização do atendimento de acordo com


critérios clínicos e não por ordem de chegada.
 Diminuição do risco de mortes evitáveis.

 Extinção da triagem pelo porteiro ou


funcionário não qualificado.
 Obrigatoriedade de encaminhamento
responsável, com garantia de acesso na rede de
atenção.
 Aumento da eficácia do atendimento.
ACR como estratégia de trabalho
implica
 Reorganização dos serviços de saúde através
da construção coletiva de uma rede de
serviços e protocolos específicos.

 Reorganização dos processos de trabalho de


modo a permitir uma intervenção
multiprofissional e por níveis de
complexidade.

 Uma postura de escuta e compromisso em


dar respostas às necessidades de saúde
trazidas pelo usuário.
Como se faz o ACR

Através da Consulta de enfermagem para:

 Identificação dos fatores e potenciais de


risco ou sinais de alerta.

 Reconhecimento e contextualização da
situação queixa apresentada pelo usuário,
através de um breve histórico e a
identificação dos determinantes da
classificação previamente pactuados
através de consensos ou protocolos.
Importante!

• O enfermeiro que realiza a


classificação de risco deverá conhecer
os sinais e sintomas, a clínica e as
implicações dessas condições, não
para realizar um diagnóstico médico,
mas para buscar uma intervenção
médica imediata, para aqueles
pacientes que necessitam de uma
intervenção emergencial.
São objetivos da classificação de risco:

 Humanizar e personalizar o atendimento;

 Avaliar o usuário logo na sua chegada;

 Descongestionar as UBS, PS, PA;

 Reduzir o tempo para o atendimento, fazendo com que o usuário


seja visto precocemente de acordo com a sua gravidade;
 Determinar a área de atendimento primário, devendo o usuário ser
encaminhado ao setor ou ponto de atenção adequado;
 Informar o tempo de espera;

 Retornar informações a usuário/familiares.


Evidências sobre a eficiência e
segurança do
Protocolo de Manchester:
 Garante critérios uniformes ao longo do tempo e
com diferentes equipes
 Acaba com triagem sem fundamentação científica
 Só pode ser feita por enfermeiro ou médico
 Garante a segurança do paciente que será avaliado
e do profissional de saúde
 É rápido
 Testada no Reino Unido, Portugal, Espanha,
Alemanha, Holanda
 Prevê auditoria
O Protocolo de Manchester de Classificação de Riscos
Fatores que determinam uma prioridade:

 Ameaça à vida
 Ameaça à
função
 Dor
 Duração do
problema
 Idade
 História
 Risco de maus
tratos
OS PROTOCOLOS CLÍNICOS DE
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
 Canadense
 Americano
 Manchester (Inglês)
 Australásiano
• Garante critérios uniformes ao longo do tempo
e com diferentes equipes
• Acaba com triagem sem fundamentação
científica
• Só pode ser feita por enfermeiro ou médico
• Garante a segurança
– Do cidadão que será avaliado
– Do profissional de saúde
• É rápido
• Testada no Reino Unido, Portugal, Espanha,
Alemanha, Holanda
• Prevê auditoria

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