Você está na página 1de 37

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

ENFA. FERNANDA DE OLIVEIRA


ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO
DE UNIDADE DE EMERGÊNCIA
CONCEITOS

• Primeiros Socorros

É qualquer assistência prestada ao cliente quando o mesmo se


encontra em sinal de perigo.

• Unidade de Emergência

É qualquer unidade destinada a assistência de doentes, com ou sem


riscos de morte, cujos agravos à saúde necessitam de atendimento
imediato.
CONCEITOS

• Emergência

Alteração do estado de saúde, com risco iminente de morte.


Tempo curto para resolução é extremamente curto.
Atendimento imediato.
CONCEITOS

• Urgência

Situação que apresenta alteração do estado de saúde.


Sem risco iminente de morte.
Atendimento médico o mais breve possível.
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO AS URGÊNCIAS

Portaria nº 1600/2011 – Reformula PNAU


Portaria n° 1010/2012 – Diretrizes do SAMU 192
Portaria n° 104/2014 – UPA 24h
Portaria n° 10/2017 – Financiamento UPA 24h
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO AS URGÊNCIAS

DIRETRIZES

• Ampliação do acesso e acolhimento aos casos agudos


demandados aos serviços de saúde em todos os pontos de
atenção, contemplando a classificação de risco e intervenção
adequada e necessária aos diferentes agravos;

• Garantia da universalidade, equidade e integralidade no


atendimento às urgências clínicas, cirúrgicas, gineco-obstétricas,
psiquiátricas, pediátricas e às relacionadas a causas externas
(traumatismos, violências e acidentes);
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO AS URGÊNCIAS

DIRETRIZES

• Regionalização do atendimento às urgências com articulação das


diversas redes de atenção e acesso regulado aos serviços de
saúde;
• Humanização da atenção garantindo efetivação de um modelo
centrado no usuário e baseado nas suas necessidades de saúde;
• Garantia de implantação de modelo de atenção de caráter
multiprofissional;
• Articulação e integração dos diversos serviços e equipamentos de
saúde, constituindo redes de saúde;
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO AS URGÊNCIAS

SAMU 192

• Componente assistencial móvel;


• Objetivo - chegar precocemente à vítima após
ter ocorrido um agravo à sua saúde;
• Acessado pelo número "192“;
• Central de Regulação das Urgências;
(médicos, telefonistas auxiliares de regulação
médica e rádio-operadores)
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO AS URGÊNCIAS

SAMU 192
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO AS URGÊNCIAS

UPA 24 HORAS

• UPA 24h - estabelecimento de saúde de complexidade


intermediária, articulado com a Atenção Básica, o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192, a Atenção
Domiciliar e a Atenção Hospitalar
• UPA 24h Nova - UPA 24h construída com recursos de
investimento federal.
• UPA 24h Ampliada – construída com o acréscimo de área dos
estabelecimentos de saúde denominados Policlínica;
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO AS URGÊNCIAS

UPA 24 HORAS
ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE
RISCO

O atendimento é baseada nos sinais e sintomas,


ou seja, conforme a gravidade o paciente é
definido por cores.

Resolução do COREN 423/2012 – Define a


exclusividade do profissional enfermeiro para
realização da classificação de risco.

Protocolo de MANCHESTER e classificação


pelo ministério da saúde.
Protocolo de MANCHESTER X Classificação de risco.

Ferramenta que, além de organizar a fila de espera e propor outra


ordem de atendimento que não a ordem de chegada.
Objetivos:
• Garantir o atendimento imediato do usuário com grau de risco
elevado;
• Informar o paciente que não corre risco imediato o tempo
provável de espera;
• Dar melhores condições de trabalho para os profissionais;
• Aumentar a satisfação dos usuários;
• Possibilitar e instigar a pactuação e a construção de redes internas
e externas de atendimento.
Protocolo de MANCHESTER X Classificação de risco.
Protocolo de MANCHESTER X Classificação de risco.

• O protocolo estadual (BA) foi elaborado com base no Protocolo de


Manchester®.
• Apresentando-se em uma versão adaptada para 04 (quatro)
cores: azul, verde, amarelo e vermelho.
• Para a criação dos descritores de classificação de risco foi
realizado um mapeamento embasado no perfil epidemiológico do
Estado da Bahia.
• Consta também de uma ficha de anamnese, identificada como
ficha de classificação de risco, Escala de Coma de Glasgow,
parâmetros de SSVV, área de extensão de queimaduras,
mecanismos do trauma, escala de dor.
Protocolo de MANCHESTER X Classificação de risco

Glicemia – para paciente idosos e portadores de DM.


Temperatura – quando o paciente relata febre ou é criança.
ECG – dores torácicas e fatores relacionados a doenças cardiovascular.
SSVV – Sinais e sintomas
• Pressão arterial (PA)
• Saturação (SaPo2)
• Temperatura (T)
• Dor (Escala de dor)
• Frequência respiratoria (FR)
• Frequência cardíaco (FC)
TÉCNICO DE ENFERMAGEM

-Atender ao usuário de forma cordial, acolhedora e educada,


-Responsabilizar-se em responder de forma imediatas dos usuários
com a possibilidade de ofertas do serviço;
-Ficar na recepção para o acolhimento e identificação de possíveis
situações de urgência, realizando os sinais vitais, observando o
paciente e liberando-o para a sala de classificação de risco, quando
julgar prioridade;
-Encaminhar ao enfermeiro as informações obtidas para que este
possa classificar o risco de acordo com o Protocolo Estadual de
Classificação de Risco;
TÉCNICO DE ENFERMAGEM

- Procurar relacionar-se de forma harmônica com seus colegas de


trabalho e com toda a equipe do acolhimento;
- Participar de reuniões e colegiado da unidade, estimulando o
envolvimento dos demais colegas na gestão e do processo de
trabalho.
PROTOCOLO DO ESTADO ACCR
MÉTODO START
MÉTODO CRAMP
OBJETIVOS DO ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA

• Manter a vida;
• Iniciar os cuidados precoces rápidos;
• Estabelecer funções vitais;
• Transportar com segurança;
• Prevenir complicações.
CARACTERÍSTICAS DO EMERGENCISTA

• Atitude calma, evitando o pânico;


• Manter o equilíbrio psicológico;
• Respeitar aspectos éticos e legais;
• Ser responsável pelo cliente da admissão na unidade emergência
até a internação em unidade hospitalar;
• Identificar os cuidados que o cliente precisa no local ou durante o
transporte.
ESPAÇO FÍSICO

• Entrada e Recepção;
• Sala de triagem; Sala medica;
• Espaço para guardar macas e cadeiras de rodas;
• Sala vermelha
• Sala azul ou de medicação;
• Expurgo;
• Sala de observação;
• Posto de enfermagem;
• Sala de ECG;
• Sala de sutura;
• Sala de Isolamento.
ESPAÇO FÍSICO

- Recepção: É o espaço reservado aos usuários que não se encontram


em situações de urgência e que deverão ser acolhidos.
- Sala Vermelha: Corresponde à sala de emergência, destinada ao
atendimento imediato dos pacientes com risco de morte,
funcionando também como sala de procedimentos invasivos.
- Sala Amarela: Deverá funcionar como uma sala de retaguarda para
pacientes estáveis ou estabilizados que ainda requerem cuidados.
- Sala Verde: Corresponde à sala de observação destinada a pacientes
estáveis que foram assistidos, medicados ou nebulizados que estão
aguardando melhora clínica.
ESPAÇO FÍSICO

- Sala de Classificação de Risco: Deverá ser o espaço destinado à


realização do acolhimento e da avaliação da gravidade.

- Sala de Acolhimento Social: É o espaço que se destina ao


acolhimento do usuário e seus familiares para escuta qualificada de
questões sociais, além de ser o local onde se fará o atendimento
social dos pacientes classificados na cor azul. Deverá dispor de
mobiliários como mesas, cadeiras para a assistente social e o
usuário, além de telefone, aparelho de fax e computador.
ASPECTOS ÉTICOS NO ATENDIMENTO NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA

 Negligência – Desleixo, descuido, desatenção em realizar


determinado procedimento.

 Imprudência – Falta de cautela, de cuidado, é mais que falta de


atenção, ou seja, deveria prever e não previu.

 Imperícia – Falta de técnica necessária para realização de certa


atividade.
ASPECTOS ÉTICOS NO ATENDIMENTO NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA

• Atendimento com responsabilidade ética, cuidado focado na


humanização, dignidade e autonomia.

• O termo de consentimento para o paciente ou para a família.

• Fidelidade, confidencialidade e veracidade das informações


prestadas são as principais responsabilidades do paciente.

• O atendimento de urgência é uma obrigação do Estado, sendo igual


ao direito à vida, à educação, ao trabalho etc.
ASPECTOS ÉTICOS NO ATENDIMENTO NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA

• A ordem é que deverão ser atendidos prioritariamente os mais


graves mas todos devem ser atendidos.

• Levar em consideração sempre as questões ética, culturais e


religiosas do paciente.
ATENDIMENTO EFICAZ NA EMERGÊNCIA

• Realização de uma triagem efetiva;


• Ter um carro de emergência;
• Ter conhecimento amplo das situações;
• Saber realizar medidas de reanimação;
• Dar atenção ao cliente;
• Realizar os registros de informações;
• Manter a unidade arrumada,
• provida de materiais e equipamentos;
• Ter uma equipe pronta.
SAE NA EMERGÊNCIA

• É nesse âmbito que a atuação do enfermeiro torna-se fundamental


junto à equipe multidisciplinar.

• A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é como uma


importante ferramenta de gerenciamento do cuidado.

• Embora bem definida e respaldada por aspectos legais e


científicos, a SAE ainda é pouco presente nesse tipo de serviço de
saúde.
SAE NA EMERGÊNCIA

• Sabe-se que apesar das dificuldades, a importância da SAE na


garantia de uma assistência de qualidade em qualquer ambiente.

• A resolução COFEN 358/2009 consolida a SAE como organização


do trabalho da equipe de enfermagem.

• Etapas: histórico, diagnóstico, planejamento, implementação e


avaliação.
CARRINHO DE PARADA

1° GAVETA:
Medicações e diluentes em ordem alfabética.
2° GAVETA:
Matérias necessários para intubação e
traqueostomia.
3° GAVETA:
Matérias para acesso venoso, sondagem e
aspiração.
4° GAVETA:
Soro fisiológico, soro glicosado, ringer
lactado.
MEDICAMENTOS UNIDADE DE EMERGÊNCIA

ina
alina
rona
mida
nalina
pam
mina
mina
tisona
bida
aína
o de sódio
olan
rolol
VÍDEO

Carrinho de parada: https://youtu.be/WR5n0V3jP4g

Como funciona UPA: https://youtu.be/cBm3ho7JUrQ

Método START: https://youtu.be/Mw5rQURqFnk

Método START - Escola Técnica Sequencial:


https://www.youtube.com/watch?v=mCi_5KayWfY
REFERÊNCIAS

Revista AMRIGS, Porto Alegre, 48 (3): 190-194, jul.-set. 2004

ANDRADE, Joseilze Santos de. et al. Sistematização da assistencia


de enfermagem em uma unidade de urgência e emergência:
autonomia e visibilidade da equipe de enfermagem.

BRASIL. Secretaria do estado da Bahia. Protocolo estadual


classificação de risco. 2014.

Você também pode gostar