Você está na página 1de 321

Técnicas de Socorrismo

UFCD 3459
Técnicas de Socorrismo

Conteúdos:
• Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM)
 Fases
 Intervenientes
 Organização
 Subsistemas
• Situações de risco
 Conceito e definições
 Principais situações associadas à animação em turismo equestre

2
Técnicas de Socorrismo

Conteúdos:
• Regras de higiene e segurança
• Abordagem à vítima
 Exame à vítima
 Exame primário
 Exame Secundário
 Análise de lesões e situações de doença

3
Técnicas de Socorrismo

Conteúdos:
• Princípios associados à reanimação cardiopulmonar em adultos (RCP)
 Ventilação artificial
 Circulação artificial
 A RCP
 Problemas de execução da RPC
 Decisão de continuar ou parar a RCP
• O choque
 Causas
 Sinais e sintomas
4
Técnicas de Socorrismo

Conteúdos:
• Hemorragias
 Classificação de hemorragias quanto à origem, sinais e sintomas
• Noções de traumatologia
 Lesões dos tecidos moles
 Ortotraumatologia
 Neurotraumatologia

5
Técnicas de Socorrismo
Conteúdos:

• Formas e tratamento
 Feridas e queimaduras
 Esmagamento e traumatismo
 Fraturas, luxações e entorses
 Picadas e mordeduras
 Hemorragias
 Estado de choque

6
Técnicas de Socorrismo

Conteúdos:

• O transporte de socorro e a utilização de macas


• A mala de primeiros socorros - composição

7
Técnicas de Socorrismo

Objetivos:
No final da ação, os/as formandos/as deverão ser capazes de:
• Caracterizar o Sistema Integrado de Emergência Médica.
• Caracterizar e enumerar situações de risco.
• Dominar e aplicar as regras básicas de higiene e segurança nas atividades
de
animação em turismo equestre.
• Aplicar os conhecimentos básicos de sobrevivência e administrar as
técnicas
de socorrismo e primeiros socorros.
8
Socorrismo

• Primeiro socorro é o tratamento inicial e temporário


aplicado a vítimas de acidente ou doença súbita, num
esforço de preservar a vida, diminuir a incapacidade e
minorar o sofrimento.

• É a resposta rápida e inicial a uma emergência médica,


através da aplicação de técnicas simples e eficazes.

• É a primeira ajuda a prestar a uma pessoa para impedir o


agravamento do seu estado de saúde antes de poder
receber cuidados especializados.
9
Socorrismo

• O primeiro socorro consiste, conforme a situação:

 Na protecção de feridas,
 Imobilização de fracturas,
 Controlo de hemorragias externas,
 Desobstrução das vias respiratórias
 Realização de manobras de Suporte Básico de Vida.

10
Socorrismo

• Qualquer pessoa pode e deve ter formação em primeiros


socorros.

• A implementação de primeiros socorros não substitui nem


deve atrasar a ativação dos serviços de emergência médica,
mas impede ações intempestivas, alerta e ajuda, evitando o
agravamento da situação.

11
Socorrismo

Objetivo dos primeiros socorros:

• Preservar a vida

• Evitar o agravamento do estado da vítima

• Promover o seu restabelecimento

12
Atuação em primeiros socorros

Características de um bom socorrista:

• Ser bom observador


• Ser perseverante
• Possuir capacidade técnica
• Ser solidário
• Ser calmo
• Ser consciente

13
Atuação em primeiros socorros
Ser bom observador

O socorrista deve observar com atenção e pormenor o


local do acidente e a vítima, de modo a colher elementos
que ajudem a concluir sobre a causa do acidente e
possíveis lesões.

Estas informações facilitam o diagnóstico médico e um


tratamento adequado e atempado

14
Atuação em primeiros socorros
Ser perseverante

Com perseverança em muitas situações consideradas


irreversíveis ou mesmo mortais consegue-se uma evolução
favorável.

Possuir capacidade técnica


O socorrista deve ter bons conhecimentos de primeiros
socorros e fazer atualizações frequentemente de modo a
obter um nível de capacidade que lhe permita ter segurança
na realização das manobras e intervenções.

15
Atuação em primeiros socorros

Ser solidário

A vítima está numa posição desfavorável dado estar perante uma


situação de dor, lesão e sofrimento. Cabe ao socorrista o papel
de dar uma palavra de conforto a estas pessoas.
Nas crianças e idosos estas questões são ainda mais exacerbadas
pois ficam aterrorizadas pelo afastamento de familiares e
amigos.

16
Atuação em primeiros socorros

Ser calmo

O socorrista deve agir com serenidade e delicadeza de modo a


transmitir confiança à vítima e mais facilmente obter
colaboração da mesma.
Cabe ao socorrista manter um ambiente calmo no local do
socorro, controlando as pessoas que possam estar à volta da
vítima
17
Atuação em primeiros socorros
Ser consciente

• O socorrista deve agir respeitando os princípios éticos.


• Agir independentemente de aspetos raciais, religiosos,
socioeconómicos e culturais.
• Respeitar o sigilo, dignidade e privacidade da vítima
• Recolher apenas as informações necessárias para ajudar no
diagnóstico e tratamento a ser efetuado em meio
hospitalar, fazendo-o de forma discreta.

18
Atuação em primeiros socorros

Qualidades do socorrista

• Autocontrolo e sentido de responsabilidade.


• Capacidade de organização e liderança.
• Capacidade de comunicação.
• Capacidade para tomar decisões.
• Compreensão e respeito pelo outro.
• Consciência das suas limitações

19
Sistema Integrado de Emergência Médica – SIEM

Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) é o


conjunto de meios e ações extra-hospitalares, hospitalares e
inter-hospitalares, com a intervenção ativa dos vários
componentes de uma comunidade, programados de modo a
possibilitar uma ação rápida, eficaz e com economia de meios, em
situações de doença súbita, acidentes e catástrofes, nas quais a
demora de medidas adequadas, diagnóstico e terapêutica,
possam acarretar graves riscos ou prejuízos ao doente.

20
Sistema Integrado de Emergência Médica – SIEM
O conceito de SIEM tem vários conceitos implícitos.
•Sistema que diz respeito a um conjunto de partes interligadas e
coordenadas com o intuito de alcançar os objetivos com a máxima
economia de recursos.
•Integrado que pressupõe que todos os intervenientes se articulam
e complementam de modo a atingir um fim comum,
•Emergência que pressupõe algo súbito e com uma gravidade
excecional.
•Médica que se prende com o fato dos cuidados necessários serem
relacionados com a área da saúde.
21
Sistema Integrado de Emergência Médica – SIEM
Pressupõe 6 fases:

22
Sistema Integrado de Emergência Médica – SIEM

1- Deteção
• Corresponde ao momento em que alguém identifica uma situação que
necessita de cuidados imediatos no sentido de evitar agravamento.

2- Alerta
• Fase em que se acionam os meios de socorro, através do número
europeu de emergência 112
• É uma obrigação legal.

23
Sistema Integrado de Emergência Médica – SIEM

Alerta

É uma obrigação
legal definida pelo
artigo 200 do
código penal

24
Sistema Integrado de Emergência Médica – SIEM

3- Pré-socorro
• Fase em que se prestam alguns cuidados até à chegada dos meios de
socorro com pessoal especializado.
4 - Socorro
• Ocorre quando os meios de socorro chegam ao local e iniciam um
conjunto de manobras com o objetivo de estabilizar a vítima até reunir
condições para ser transportada para o hospital.

25
Sistema Integrado de Emergência Médica – SIEM

5 - Transporte

• Consiste no transporte assistido da vítima numa ambulância com


características, tripulação e carga bem definidas, desde o local da
ocorrência até à unidade de saúde adequada, garantindo a continuidade
dos cuidados de emergência necessários

26
Sistema Integrado de Emergência Médica – SIEM

6 - Tratamento
• Corresponde ao tratamento no serviço de saúde mais adequado ao
estado clínico da vítima.
• Em alguns casos excecionais, pode ser necessária a intervenção inicial de
um estabelecimento de saúde onde são prestados cuidados
imprescindíveis para a estabilização da vítima, com o objetivo de garantir
um transporte mais seguro para um hospital mais diferenciado e mais
adequado à situação.

27
Sistema Integrado de Emergência Médica – SIEM

Pressupõe vários intervenientes:


• Público,
• Operador da central de emergência,
• Operador do centro de orientação de doentes urgentes (CODU),
• Agentes de autoridade (PSP e GNR),
• Bombeiros,tripulantes de ambulância, médicos e enfermeiros (pré-
hospitalar e hospitalares)
• Pessoal técnico hospitalar.

28
Instituto nacional de emergência médica (INEM)

• É o organismo do Ministério da Saúde responsável por coordenar o


funcionamento, no território nacional continental, do (SIEM), de modo a
garantir às vítimas de acidente ou doença súbita a pronta e correta
prestação de cuidados de saúde

• É responsável pelo socorro à vítima no local do acidente, transporte


assistido da vítima para o hospital e articulação entre os vários
intervenientes do SIEM

29
Instituto nacional de emergência médica (INEM)

• Dispõe de vários meios para responder com eficácia, a qualquer hora, a


situações de emergência médica.

30
Instituto nacional de emergência médica (INEM)

Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU)

• Os Centros de Orientação de Doentes Urgentes são Centrais de


Emergência Médica responsáveis pela medicalização do Número Europeu
de Emergência – 112.
• Os pedidos de socorro efetuados através do 112, que digam respeito a
situações de urgência ou emergência médica, são transferidos para os
CODU.

31
Instituto nacional de emergência médica (INEM)

Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU)


• Compete aos CODU atender e avaliar no mais curto espaço de tempo os
pedidos de socorro recebidos, com o objetivo de determinar os recursos
necessários e adequados a cada caso.
• Funciona 24 horas por dia, por equipas de profissionais qualificados
(Médicos e Técnicos) com formação específica para efetuar o
atendimento, triagem, aconselhamento, seleção e envio de meios de
socorro.
• Dispõem de um conjunto de equipamentos na área das
telecomunicações e informática que permitem coordenar e rentabilizar
os meios humanos e recursos técnicos existentes.
32
Instituto nacional de emergência médica (INEM)

Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU)

• Os CODU coordenam e gerem um conjunto de meios de socorro (motas,


ambulâncias de socorro, viaturas médicas e helicópteros).
• Os meios são selecionados de acordo com:
 Situação clínica das vítimas
 Proximidade do local da ocorrência
 Acessibilidade ao local da ocorrência

33
Instituto nacional de emergência médica (INEM)

Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU)

• Este serviço assegura o acompanhamento das equipas de socorro no


terreno através de informações clínicas recebidas.
• Selecionar e preparar a receção hospitalar dos doentes, com base em
critérios clínicos, geográficos e de recursos da unidade de saúde de
destino

34
Instituto nacional de emergência médica (INEM)

Linha de emergência 112

É atendida na central de emergência da PSP


Encaminha
Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM

Avalia no mais curto espaço de tempo possível os pedidos de


socorro recebidos e determina os recursos necessários e adequados
a cada caso.

28
Linha de emergência 112

Quem contata o 112 deve saber:


• Localização exata da ocorrência e pontos de referência próximos do
local,
• Número de telefone de contato,
• Saber o que aconteceu (acidente, falta de ar, hemorragia, parto...),
• Saber o número de pessoas que precisam de ajuda,
• Saber condições em que se encontra a vítima e saber se já foi feito ou
está a ser feito algum tipo de socorro.

36
Centro de Informação Anti venenos –CIAV

• Criado em 16 de Junho de 1982 pelo INEM


• Teve a sua origem no SOS – Centro Informativo de Intoxicações – serviço
privado fundado em 1963 pelo médico Filipe Vaz, o qual mais tarde viria
a ceder toda a documentação deste Centro ao INEM.
• Centro médico de consulta telefónica na área da toxicologia, responsável
pela prestação, em tempo útil, das informações necessárias e adequadas
a profissionais de saúde ou ao público em geral, visando uma abordagem
correta e eficaz a vítimas de intoxicação.

37
Centro de Informação Anti venenos –CIAV

• Presta informações toxicológicas sobre todos os produtos existentes,


 Domésticos (detergentes, lixívias, medicamentos)
 Industriais (produtos químicos diversos)
 Produtos naturais
 Plantas (plantas venenosas ou irritantes)
 Animais (picadas de insetos)

38
Centro de Informação Anti venenos –CIAV

• Funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, abrangendo todo o


território nacional
• O atendimento é assegurado por pessoal médico especializado,
disponível através de uma linha telefónica exclusiva.

800 250 250

39
Centro de Informação Anti venenos –CIAV

• Presta todo o tipo de informações referentes a intoxicações agudas ou


crónicas, relativas ao diagnóstico, quadro clínico, terapêutica e
prognóstico da exposição a tóxicos.
• Colabora em ações de formação, desenvolve medidas de prevenção e
presta apoio na elaboração de estudos, trabalhos de investigação ou
análise estatística da incidência dos mais variados produtos no panorama
das intoxicações em Portugal

40
Situações de risco

• O risco está sempre presente em qualquer atividade do dia a dia.


• Quanto se trata de atividades desportivas ou recreativas, em
ambientes natural, rural ou urbano, é frequente uso dos termos Risco,
Perigo e Segurança
• O que se pretende é um equilíbrio entre Risco e o Desafio da
Aventura.

Redução do risco
Gestão da segurança
41
Situações de risco

• A noção de risco costuma ser usada como sinónimo de perigo.


• O conceito de ameaça também surge associado ao risco.

Risco Perigo

Vulnerabilidade à ocorrência • Está associado à possibilidade


de um dano. de um prejuízo ou de um
dano.
• É uma causa do risco.
42
Situações de risco

Ameaça

• Dito ou feito que antecipa um dano.


• Algo pode ser considerado como uma ameaça
quando existe pelo menos um incidente
específico no qual a ameaça tenha tido lugar.

43
Riscos associados ao turismo equestre

• A taxa de lesões nas atividades equestres é de 1 a cada 350 horas


(superior ao da motocicleta que é de 1/7.000 horas).
• Os acidentes podem ocorrer ao cavalgar, no estábulo ou quando se
prestam cuidados aos animais.
• Ocorrem por distúrbios de comportamento dos equinos, como a
agressividade, consequência de manuseamento inadequado, stress
ou deficiência nutricional.
• No hipismo as lesões dos membros superiores – punhos, cotovelos
e ombros – são as mais comuns.

44
Riscos associados ao turismo equestre

Lesões frequentes em turismo equestre:


• Queimaduras de contato
• Hematomas,
• Torções,
• Distensões musculares.
• Fraturas,
• Luxações e concussões.
• Traumatismo craneoencefálico e vertebral.

45
Riscos associados ao turismo equestre

Atenção aos riscos:


Evitar:
• Cavalgar em terreno perigoso ou desconhecido.
• Procedimentos repentinos, como queda de chapéu, casaco ou
objeto, que podem assustar o cavalo.
• Descer do cavalo, prematuramente, no disparo.
• Coice do cavalo.
• Andar nas cocheiras.
• Ficar para trás e correr para alcançar o grupo.

46
Riscos associados ao turismo equestre

Atenção aos riscos:


Evitar:
• Usar roupas soltas ou largas.
• Puxar as rédeas ou guias em hora imprópria.
• Cavalgar com outros cavalos soltos.
• Grupos muito grandes para um só instrutor ou líder.

47
Riscos associados ao turismo equestre

Dicas de Prevenção:

• Usar um capacete de segurança


• Estabelecer uma correspondência entre cavalo e cavaleiro
• Reapertar a barrigueira após alguns minutos de cavalgada
• Evitar cavalgar com sobrepeso e fora de forma
• Verificar a qualificação dos lideres ou instrutores
• Montar e desmontar corretamente
• Verificar a altura dos estribos

48
Riscos associados ao turismo equestre

Dicas de Prevenção:

• Utilizar botas adequadas


• Verificar se o tamanho do estribo é proporcional ao da bota.
• Amarrar o cavalo solto
• Usar um colete de segurança
• Usar luvas anti-derrapantes
• Adquirir uma postura preventiva.

49
Exame à vítima

● Permite:
 Identificar e corrigir situações que coloquem a vítima em risco
imediato de vida;
 Identificar situações que embora não representem perigo
imediato de vida possam agravar a situação geral se não forem
controladas;
 Avaliar e registar os sinais vitais.

50
Exame à vítima

● O exame deve seguir uma sequência,


● Quando detetado um problema ele deve ser corrigido antes de se
avançar no exame à vítima.
● Começa pelo exame primário e só depois deste concluído inicia o
exame secundário.

51
Exame à vítima

Antes de iniciar o exame à vítima reunir condições de segurança:


● Avaliar os fatores de risco para a equipa de socorro, identificar e
corrigir situações que coloquem a vítima em perigo imediato de
vida.
● Não avançar para o exame à vítima sem ter corrigido as situações
de maior gravidade e sem fazer a proteção da vítima e do
socorrista
● Certificar-nos que os meios disponíveis no local são suficientes e
adequados

52
Exame à vítima

Exame primário Exame secundário

• Avalia a existência de • Consiste em pesquisar a


alterações das funções vitais existência de lesões que
que possam pôr em risco não pondo em risco
imediato a vida da vítima. imediato a vida da vítima
• Deve ser realizado rápida e devem ser cuidadas e
minuciosamente de modo a estabilizadas.
avaliar 53
Exame primário
1º Avaliação do Estado de Consciência

O socorrista posiciona-se
lateralmente em relação à
vítima, com esta em decúbito
dorsal, abanar com cuidado os
ombros da vítima e perguntar
em voz alta: “está-me a
ouvir?” “sente-se bem?”
Exame primário
1 º Avaliar o estado de consciência

Avaliar estado de consciência


Vítima responde
(movendo-se ou falando) Vítima não responder

• Avaliar a situação em
causa e potenciais Chamar ajuda
riscos.
• Ligar 112
• Reavaliar a vítima
frequentemente 55
Exame primário
2º Permeabilizar a via aérea
• Desapertar a roupa à volta do pescoço da vítima e expor o tórax.
• Não perder tempo a verificar se há corpos estranhos na boca, a
menos que quando executar uma insuflação, esta não faça o tórax
elevar-se.
• Nessa situação, verificar se há corpos estranhos soltos dentro da
boca tais como comida, próteses dentárias soltas, secreções e
removê-los.
• Fazer extensão da cabeça da vítima ou protusão da mandíbula
(situações de trauma)
56
Exame primário
3º Avaliação da Função Ventilatória

Mantendo extensão da cabeça, realizar o VOS durante 10 segundos.

Vítima respira Vítima não respira

Avaliar
SBV
● Frequência respiratória,
● Amplitude (superficial ou
profunda)
● Ritmo (regular ou irregular)
Exame primário
4º Avaliação da Função Circulatória

Modo de atuar:
• Pesquisar pulso utilizado os dedos indicador e médio,
• Não comprimir excessivamente a artéria para não suprimir o pulso.

Vítima
Palpar pulso radial
consciente
Quando Palpar pulso carotídeo
Vítima do lado mais próximo
inconsciente do socorrista.
Exame primário
4º Avaliação da Função Circulatória

• Se a vítima apresenta pulso, avaliar:


 Frequência, (fazer a contagem durante 60 segundos)
 Amplitude (forte ou fraco)
 Ritmo (regular ou irregular)
• Procurar a existência de hemorragias externas graves
• Procurar sinais de choque

59
Exame secundário
1º Observação da Pele

A pele deverá ser avaliada quanto à:


• Temperatura,
• Coloração
• Humidade.

60
Exame secundário
1º Observação da Pele

Temperatura
• Pode ser avaliada com um termómetro, se disponível, ou na sua
ausência através do toque.
• Pode estar:
 Normal (entre os 35ºC e os 37,5ºC)
 Elevada - Hipertermia (valores superiores a 37,5ºC)
 Baixa - Hipotermia (valores inferiores a 35ºC.)

61
Exame secundário
1º Observação da Pele
Temperatura
Quanto à temperatura da pele podemos ter:

Hipertermia Hipotermia

Efetuar arrefecimento periférico, Aquecer a vítima com


através da remoção de alguma cobertor ou manta térmica.
roupa da vítima.
62
Exame secundário
1º Observação da Pele

Humidade:

• Quanto à humidade a pele pode ser:


 Normal
 Seca
 Húmida

63
Exame secundário
1º Observação da Pele

Humidade:

• A avaliação da humidade da pele faz-se através da observação das


zonas expostas (face e mãos)
• Uma pele fria e húmida pode ser sinónimo de traumatismo ou
hemorragia;
• Pele fria e seca pode resultar de hipertermia ou insolação.

64
Exame secundário

1º Observação da Pele

Coloração:

Quanto à coloração a pele pode ser:


• Normal,
• Pálida,
• Cianosada
• Ruborizada

65
Exame secundário
1º Observação da Pele

Coloração:

• A avaliação da coloração da pele faz-se através da observação das


zonas expostas (face e mãos)
• Pele pálida significa circulação insuficiente,
• Pele azulada é sinónimo de insuficiência cardíaca ou obstrução da
via aérea
• Pele vermelha pode surgir em situações de envenenamento ou
insolação.
66
Exame secundário
2º Observação das pupilas

As pupilas devem ser avaliadas quanto ao:


• Diâmetro
• Simetria
• Reação à luz

67
Exame secundário
2º Observação das pupilas
Diâmetro:
Quanto ao diâmetro as pupilas
podem ser:
• Normais
• Dilatadas - midríase
• Contraídas- miose

68
Exame secundário
2º Observação das pupilas
Simetria:
Quanto à simetria as pupilas podem ser:
• Simétricas - ambas as pupilas têm o
mesmo diâmetro.
• Assimétricas - o diâmetro é
diferente no olho direito e
esquerdo.

69
Exame secundário

2º Observação das pupilas


Reação à luz:
Quanto à reação à luz as pupilas podem ser:
• Reativas - alteram o diâmetro quando incide sobre elas uma luz
• Não reativas. – não alteram o diâmetro quando incide sobre elas uma luz

Qualquer alteração a nível das pupilas significa comprometimento do


sistema nervoso central.

70
Exame secundário

3º Observação do corpo
• Ocorre pela observação e palpação do corpo no sentido Céfalo – caudal
• Permite detetar:
 Feridas
 Fraturas
 Luxações
 Queimaduras
 Outros traumatismos.

71
Exame secundário

4º Interrogatório à vítima e possíveis testemunhas

• A vítima é questionada quanto a:


 Alergias,
 Medicação habitual,
 Antecedentes pessoais,
 Líquidos e alimentos ingeridos,
• É também importante observar o local no sentido de tentar perceber o
que aconteceu e como aconteceu.

72
Exame à vítima

https://www.youtube.com/watch?v=k_VffoxPTEE&t=3s
73
Cadeia de sobrevivência

• Resume a sequência de atitudes necessárias para salvar vítimas


em paragem cardiorespiratória;
• Composta por quatro elos, em que o funcionamento adequado
de cada elo e a articulação eficaz entre os vários elos é vital
para que o resultado final possa ser uma vida salva.
• Cada elo articula o procedimento anterior com o seguinte.
• A cadeia de sobrevivência tem apenas a força que tiver o seu
elo mais fraco, pelo que, idealmente, todos os elos deveriam
ser igualmente fortes/ resistentes.

74
Cadeia de sobrevivência

Existem quatro elos na cadeia de sobrevivência


1- Acesso precoce ao Sistema Integrado de Emergência Médica (112)
2- Início precoce de (SBV) Suporte Básico de Vida
3- Desfibrilhação precoce
4- Suporte Avançado de Vida (SAV) precoce

75
Cadeia de sobrevivência

76
Cadeia de sobrevivência
1º Elo

Acesso Precoce ao Sistema Integrado de Emergência Médica – 112

• Quem presencia uma ocorrência deve ser capaz de


reconhecer a gravidade da situação e ativar o SIEM

Ligar 112

77
Cadeia de sobrevivência
1º Elo
Acesso Precoce ao Sistema Integrado de Emergência Médica – 112
Informações a fornecer:
• Localização exata da ocorrência e pontos de referência próximos do local,
• Número de telefone de contato,
• Descrever o que aconteceu
• Número de pessoas que precisam de ajuda
• Condições em que se encontra a vítima
• Saber se já foi feito ou está a ser feito algum tipo de socorro.
78
Cadeia de sobrevivência
1º Elo
Acesso Precoce ao Sistema Integrado de Emergência Médica – 112

• É fundamental que o socorrista seja capaz de identificar a dor torácica de


origem cardíaca e ativar os serviços de emergência antes do colapso da
vítima, de modo a que as equipas de emergência cheguem o mais
precocemente antes de a PCR ter ocorrido, melhorando assim a
sobrevivência da vítima.
• O rápido acesso ao sistema de emergência médica assegura o início da
cadeia de sobrevivência, e só assim se poderá prevenir a PCR.
• Cada minuto sem chamar socorro reduz as probabilidades de sobrevivência
da vítima.
79
Cadeia de sobrevivência

Início precoce de (SBV) Suporte Básico de Vida 2º Elo

• Deve ser iniciada o mais precocemente possível,


• Efetuado no local,
• Consiste na realização de compressões torácicas externas e ventilações.
• Permite manter manter algum grau de circulação com sangue
minimamente oxigenado, para preservação da viabilidade do coração e
cérebro

80
Cadeia de sobrevivência

2º Elo

Início precoce de (SBV) Suporte Básico de Vida

• Tem como função ganhar tempo até à chegada do desfibrilhador e da


equipa de SAV.
• Em situações de PCR testemunhada, o início imediato de SBV aumenta
para o quádruplo a probabilidade de recuperação e de sobrevivência.

81
Cadeia de sobrevivência
Desfibrilhação Precoce 3º Elo

• Na PCR em meio extra-hospitalar, o grande objetivo é conseguir


desfibrilhar (se estiver indicado) nos 3 minutos após a ativação dos serviços
de emergência.
• Na maioria dos locais, isto implica continuar a apostar em programas de
desfibrilhação usando Desfibrilhadores Automáticos Externos (DAE).
• O acesso à desfibrilhação por elementos não médicos (tripulantes de
ambulância, enfermeiros e outros profissionais de saúde) bem como os
programas de DAE de acesso público, têm permitido a desfibrilhação eficaz
e segura cada vez mais precoce.

82
Cadeia de sobrevivência
3º Elo
Desfibrilhação Precoce

• Efetuar SBV até o desfibrilhador estar conectado e durante a aquisição de


carga melhora significativamente a probabilidade de sobrevivência.
• Iniciar de imediato as manobras de SBV e desfibrilhar até 3 a 5 minutos
após a PCR pode aumentar a sobrevida até 50-70%.
• Cada minuto de atraso na desfibrilhação reduz a probabilidade de
sobrevivência á alta hospitalar em 10-12%.

83
Cadeia de sobrevivência

3º Elo
Desfibrilhação Precoce

• Consiste na aplicação de uma corrente elétrica numa vítima em paragem


cardio respiratória através de um desfibrilhador automático externo (DAE)
• Tem como objetivo reverter a paragem cardio respiratória permitindo que
o coração volte a contrair e bombear o sangue.
• A desfibrilhação logo no 1º minuto em que se instala a fibrilhação
ventricular (FV) pode ter uma taxa de sucesso próxima dos 100%, mas ao
fim de 8-10 minutos a probabilidade de sucesso é quase nula.

84
Cadeia de sobrevivência

Desfibrilhação Precoce
3º Elo

• Choque elétrico a nível do tórax


• Desfibrilhador automático externo (DAE)

Identifica o ritmo cardíaco e as


condições cardíacas através de pás
adesivas em contato com o tórax da
vítima.
85
Cadeia de sobrevivência
3º Elo
Desfibrilhação Precoce

• Pode ser realizada por pessoas que não sejam profissionais de saúde mas
que possuam curso de primeiros socorros.

86
Cadeia de sobrevivência

3º Elo

Desfibrilhação Precoce

A partir de 8 de agosto de 2012 (de acordo com o Decreto-Lei 184/2012 que


veio alterar o decreto lei 188/2009 de 12 de agosto) tornou-se obrigatória a
instalação de equipamentos de DAE em determinados locais de acesso
público, nomeadamente nos estabelecimentos comerciais de dimensão
relevante, aeroportos, portos comerciais, estações e recintos desportivos.

87
Cadeia de sobrevivência
3º Elo
Desfibrilhação Precoce

A instalação de DAE passa assim a ser obrigatória nos seguintes locais:


• Estabelecimentos de comércio a retalho, isoladamente considerados ou
inseridos em conjuntos comerciais, que tenham uma área de venda igual
ou superior a 2000 m2;
• Conjuntos comerciais que tenham uma área bruta locável igual ou
superior a 8000 m2;
• Aeroportos e Portos Comerciais;
• Estações ferroviárias, de metro e de camionagem, com fluxo médio diário
superior a 10 000 passageiros;
• Recintos desportivos, de lazer e de recreio, com lotação superior a 5000
pessoas. 88
Cadeia de sobrevivência
4º Elo
Suporte Avançado de Vida (SAV) precoce

• Em muitas situações, apesar de ser possível o retorno da circulação


espontânea com a desfibrilhação e com o SBV, estes não são
suficientes, sendo necessárias manobras de suporte adicionais – SAV
• Diz respeito ao conjunto de salvamento e habilidades que estendem o
suporte básico de vida para apoiar ainda mais a circulação e fornecer
uma via aérea aberta e ventilação adequada.

89
Cadeia de sobrevivência
4º Elo
Suporte Avançado de Vida (SAV) precoce

• O SAV permite conseguir uma ventilação mais eficaz (pela entubação


endotraqueal) e uma circulação também mais eficaz (através da
administração de fármacos).
• Idealmente o SAV deverá ser iniciado ainda na fase pré-hospitalar e
continuado no hospital, permitindo a estabilização da vítima recuperada
de PCR
• O seu início precoce visa melhorar a taxa de sobrevida (alta hospitalar após
PCR).
90
Suporte básico de vida – SBV

• Conjunto de procedimentos que tem como objetivo a recuperação da


vida de uma vítima de paragem cardiorrespiratória (PCR), até à chegada
de ajuda especializada.
• Faz parte da cadeia de sobrevivência e consiste em duas ações:
 Compressões torácicas (para fazer o sangue circular)
 Ventilações (para dar oxigénio aos pulmões)
• Pode prevenir lesões dos órgãos vitais, como o cérebro e coração,
aumentando a probabilidade de sobrevivência com qualidade de vida.

91
Suporte básico de vida – SBV

• As manobras de SBV devem ser executadas com a vítima em decúbito


dorsal sobre um plano duro.
• O reanimador deve posicionar-se junto da vítima para que, se for
necessário, possa fazer insuflações e compressões sem ter que fazer
grandes deslocações.
• O SBV deve ser efetuado sequencialmente, seguindo uma ordem de
ações cujo sucesso da próxima depende da eficácia da anterior

92
Suporte básico de vida – SBV
Reunir condições de segurança
• Antes de iniciar o socorro à vítima é importante que sejam reunidas as
condições de segurança para que se consiga proceder à reanimação sem
que haja riscos quer para a vítima quer para o socorrista ou terceiros
presentes no local.
• Ao aproximar-se da vítima o socorrista deve procurar pistas sobre o que
potencialmente possa ter causado a emergência.
• Possíveis riscos
• Biológicos
• Risco Toxicológicos
• Risco Infecciosos
93
Suporte básico de vida – SBV
Reunir condições de segurança

Risco Biológico

Riscos de derrocada, acidente de viação, explosão, choque elétrico

• Retirar a vítima para um local isento destes


riscos

• Sinalizar o local

94
Suporte básico de vida – SBV
Reunir condições de segurança/Risco Biológico

Exemplo acidente de viação


• Posicionar o seu veículo de modo a que este o proteja
(funcionando como escudo),
• Sinalizar o local com triângulo de sinalização à distância adequada,
• Utilizar colete refletor ou roupa clara,
• Ligar as luzes de presença ou emergência,
• Desligar o motor a fim de diminuir a probabilidade de incêndio.

95
Suporte básico de vida – SBV

Reunir condições de segurança

Risco toxicológico

Exposição a produtos tóxicos, fumo, gás, produtos corrosivos

• Utilizar Equipamento de proteção individual


adequado
• Retirar a vítima do local ou arejar o local
96
Suporte básico de vida – SBV
Reunir condições de segurança

Risco infeccioso
Risco de contrair uma doença/infeção por contato com uma vítima
infetada (tuberculose, SIDA e hepatites, meningite, herpes)

• Utilizar Equipamento de proteção individual


adequado
• Evitar o contato com sangue e outros fluidos
corporais (saliva, secreções, sémen, suor,
vómito).
97
Suporte básico de vida – SBV
Reunir condições de segurança
Risco infeccioso
Para minimizar o risco de infeção devemos:
• Utilizar Equipamento de proteção individual
adequado (luvas, bata de proteção, óculos,
máscara, touca...)
• Evitar o contato com sangue e outros fluidos
corporais (saliva, secreções, sémen, suor,
vómito).

98
Suporte básico de vida – SBV
Reunir condições de segurança

Risco infeccioso
Para minimizar o risco de infeção devemos (continuação):
• Na realização de insuflações no SBV utilizar máscaras com filtro ou insuflador
manual.

99
Suporte básico de vida – SBV
Reunir condições de segurança

(309) Lição 1 - O que fazer em caso de emergência? - YouTube 100


Suporte básico de vida – SBV

1. Avaliar o estado de consciência


2. Chamar ajuda
3. Permeabilizar a via aérea
4. Avaliar a ventilação/respiração
5. Ligar 112
6. Iniciar Compressões Torácicas
7. Iniciar Insuflações
8. MANTER SBV

101
Suporte básico de vida – SBV

1 - Avaliar o estado de consciência

O socorrista posiciona-se
lateralmente em relação à vítima,
com esta em decúbito dorsal,
abanar com cuidado os ombros da
vítima e perguntar em voz alta:
“está-me a ouvir?” “sente-se bem?”

102
Suporte básico de vida - SBV
1 º Avaliar o estado de consciência

Avaliar estado de consciência


Vítima responde
(movendo-se ou falando) Vítima não responder

• Avaliar a situação em
causa e potenciais Chamar ajuda
riscos.
• Ligar 112
• Reavaliar a vítima
frequentemente 103
Suporte básico de vida – SBV
2 - Chamar ajuda
Chamar ajuda

Se alguém por perto Se ninguém no local

Pedir para ficar junto Gritar alto por ajuda


de nós para caso seja sem abandonar a
necessário alguma vítima
coisa.
104
Suporte básico de vida – SBV

3 - Permeabilizar a via aérea

• Numa vítima inconsciente, o relaxamento do palato mole e da epiglote,


bem como a própria língua, podem causar obstrução da via aérea.
• O socorrista tem de permeabilização da via aérea.

Extensão da Não há suspeita de trauma


cabeça
Permeabilizar
a via aérea Protusão da
Há suspeita de trauma
mandíbula
105
Suporte básico de vida – SBV

3 - Permeabilizar a via aérea

Extensão da cabeça
Modo de atuação:

• Posicione a vítima em decúbito dorsal;


• Posicione-se ao lado da vítima
• Coloque a palma de uma mão na testa da
vítima e incline-lhe cuidadosamente a
cabeça para trás;
106
Suporte básico de vida – SBV

3 - Permeabilizar a via aérea

Extensão da cabeça
Modo de atuação (continuação):

• Com a outra mão eleve o queixo da vítima,


colocando os dedos indicador e médio no
bordo do maxilar inferior.
• Não pressionar os tecidos moles abaixo do
queixo, pois pode causar obstrução da via
aérea
107
Suporte básico de vida – SBV

3 - Permeabilizar a via aérea

Protusão da mandíbula
Modo de atuação:

• Posicione-se atrás da cabeça da vítima


• Apoie os cotovelos na superfície em que a vítima está deitada
• Coloque dois ou três dedos de cada mão debaixo dos ângulos da
mandíbula, elevando-a (empurrando para a frente), com os polegares
apoiados nos malares.
108
Suporte básico de vida – SBV
Permeabilizar a via aérea/Extensão da cabeça/Protusão da mandíbula

(309) [ANESTESIOLOGIA] Reanimação Cardio Pulmonar: Abertura da Via Aérea - YouTube 109
Suporte básico de vida – SBV

4 - Avaliar a ventilação/respiração

Modo de atuação:
• O reanimador posiciona-se ao lado da vítima, aproxima o ouvido da boca
da mesma, com a sua cabeça voltada para o tórax da vítima.
• Mantendo a via aérea permeavel realiza o VOS durante 10 segundos
 Ver se a vítima têm movimentos torácicos;
 Ouvir se há sons respiratórios saídos da boca/ nariz;
 Sentir o ar expirado na face do reanimador
110
Suporte básico de vida – SBV

4 - Avaliar a ventilação/respiração

Nos primeiros minutos após a PCR a vítima pode ainda apresentar respiração
lenta, ruidosa e irregular. A respiração com estas caraterísticas não deve ser
confundida com respiração normal.

Caso exista dúvidas quanto à “normalidade” da respiração deve atuar-se


como se a respiração estivesse ausente

111
Suporte básico de vida – SBV

4 - Avaliar a ventilação/respiração

Respiração

Vítima respira normalmente Vítima não respira


normalmente
• PLS (se não há suspeita de
trauma)
• Ligar 112
• Reavaliar periodicamente se Ativar o SIEM através do
mantém ventilação 112. 112
Suporte básico de vida – SBV
4 - Avaliar a ventilação/respiração

Lição 2 - Abordagem à vítima que não respira - YouTube 113


Suporte básico de vida – SBV
5 - Ligar 112
Ligar 112

Se reanimador acompanhado Se reanimador sozinho

Pedir a essa pessoa que ligue O desejável é que não abandone nem
112, enquanto inicia SBV atrase o auxílio à vítima, podendo
utilizar o sistema de alta voz de um
telemóvel para interagir com os
operadores do CODU, enquanto
executa o SBV
114
Suporte básico de vida – SBV
5 - Ligar 112

• Nas situações em que o reanimador está sozinho mas não possui


condições para efetuar o contato com o SIEM junto da vítima, deve
abandonar a vítima temporariamente para ligar 112. terminada a
chamada regressa para junto da vítima e inicia manobras de SBV.

Exceções:
• Vítimas de afogamentos
Só se liga 112 após 1 minuto de SBV
• Crianças.

115
Suporte básico de vida – SBV

6 - Iniciar Compressões Torácicas

• Vai permitir que o sangue oxigenado que se encontra retido nos


pulmões e sistema arterial seja bombeado para o coração, cérebro e
outros órgãos vitais
• Fazer 30 compressões a uma velocidade de pelo menos 100 por
minuto e não mais que 120 por minuto (30 compressões em 15 a 18
segundos.)
• Em cada compressão deprimir o esterno cerca de 5-6 cm.

116
Suporte básico de vida – SBV

6 - Iniciar Compressões Torácicas

• Como proceder:

 Posicionar-se ao lado da vítima;


 Certificar-se que a vítima está deitada
em decúbito dorsal, sobre uma
superfície firme e plana;
 Afastar/remover as roupas que
cobrem o tórax da vítima;

117
Suporte básico de vida – SBV

6 - Iniciar Compressões Torácicas

• Como proceder (continuação):

 Posicionar-se verticalmente acima do


tórax da vítima;
 Posiciona a região hipotenar de uma
mão no centro do tórax, sobre o
esterno na linha mamilar (cerca de
dois dedos acima do apêndice xifóide)

118
Suporte básico de vida – SBV

6 - Iniciar Compressões Torácicas

• Como proceder (continuação):

 Entrelaçar os dedos da outra mão na


primeira de modo a levantar os
dedos, para não comprimir as
costelas;
 Os cotovelos têm de estar esticados
fazendo rotação para a frente, para
garantir a força a aplicar;

119
Suporte básico de vida – SBV

6 - Iniciar Compressões Torácicas

• Como proceder (continuação):

 Os ombros devem ficar alinhados com


as mãos.
 Aplicar pressão sobre o esterno,
deprimindo-o 5-6 cm a cada
compressão;

120
Suporte básico de vida – SBV

6 - Iniciar Compressões Torácicas

• Como proceder (continuação):

 Aplicar 30 compressões de forma


rítmica a uma frequência de pelo
menos 100 por minuto, mas não mais
do que 120 por minuto;

121
Suporte básico de vida – SBV

6 - Iniciar Compressões Torácicas

• Como proceder (continuação):

 No final de cada compressão garantir


a descompressão total do tórax sem
remover as mãos;
 Nunca interromper as compressões
mais do que 10 segundos

122
Suporte básico de vida – SBV

6 - Iniciar Compressões Torácicas

Compressões na Prática | SBV | IBRAPH - YouTube 123


Suporte básico de vida – SBV

7 - Iniciar Insuflações

• Após 30 compressões efetuar 2 insuflações.


• A insuflação quando eficaz provoca elevação do tórax (semelhante à
respiração normal), devendo ter a duração de apenas 1 segundo;
• Evitar insuflações rápidas e forçadas;
• A vítima tem de ter a via aérea permeável durante a insuflação.

124
Suporte básico de vida – SBV

7 - Iniciar Insuflações

• O ar exalado pelo reanimador contém aproximadamente 17% de


oxigénio e 4% de dióxido de carbono o que é suficiente para suprir as
necessidades da vítima.
• Pode ser realizada com máscara de bolso, insuflador manual ou
“boca a boca”.

125
Suporte básico de vida – SBV
7 - Iniciar Insuflações/Insuflações boca a boca

Como proceder:
• O reanimador posiciona-se ao lado da
vítima.
• Permeabilizar a Via Aérea por extensão da
cabeça ou protusão da mandíbula
• Comprime as narinas da vítima com os
dedos indicador e polegar da mão que
colocou na testa e com a outra mão abre a
boca da vítima mantendo a elevação do
queixo.
126
Suporte básico de vida – SBV

7 - Iniciar Insuflações/Insuflações boca a boca

Como proceder (continuação):


• Inspira e coloca os seus lábios em torno da
boca da vítima, certificando-se que não há
fugas e sopra a uma velocidade regular e
controlada para a boca da vítima
enquanto observa a elevação do tórax.

127
Suporte básico de vida – SBV

7 - Iniciar Insuflações/Insuflações boca a boca

Como proceder (continuação):


• Afasta-se da boca da vítima, mantendo a
extensão da cabeça e observa o tórax a
baixar enquanto o ar sai.
• Repete o procedimento para a segunda
insuflação.
128
Suporte básico de vida – SBV

7 - Iniciar Insuflações/Insuflações com máscara de bolso


Como proceder:
• A máscara de bolso adapta-se à face
da vítima, sobre o nariz e boca, e
possui uma válvula unidirecional que
desvia do reanimador o ar expirado
da vítima.
• O reanimador deve posicionar-se ao
lado da vítima;
• Permeabilizar a via aérea;
129
Suporte básico de vida – SBV

7 - Iniciar Insuflações/Insuflações com máscara de bolso

Como proceder (continuação):


• Aplicar 2 insuflações na vítima,
mantendo a via aérea permeável:
• Colocar a máscara sobre o nariz e
boca da vítima (a parte mais estreita
da máscara de bolso deverá ficar
sobre o dorso do nariz e a parte mais
larga da máscara deverá ficar sobre a
boca);
130
Suporte básico de vida – SBV

7 - Iniciar Insuflações/Insuflações com máscara de bolso

Como proceder (continuação):


• Colocar o polegar e o indicador na
parte mais estreita da máscara;
• Colocar o polegar da outra mão na
parte mais larga da máscara e usar os
outros dedos para elevar o queixo da
vítima, criando uma selagem
hermética;
131
Suporte básico de vida – SBV

7 - Iniciar Insuflações/Insuflações com máscara de bolso

Como proceder (continuação):


• Soprar suavemente, pela válvula
unidirecional, durante cerca de 1
segundo (por cada insuflação), por
forma a que o tórax da vítima se
eleve;
• Retirar a boca da válvula da máscara
após insuflar
132
Suporte básico de vida – SBV

7 - Iniciar Insuflações

• Se tiver dificuldade em conseguir insuflações


 Rever a via aérea,
 Garantir que há boa selagem antes de tentar a próxima insuflação.
 Ponderar a possibilidade de obstrução da via aérea (OVA) (Abrir a
boca da vítima e procurar objetos visíveis e se existirem removê-
los)
 Se necessário utilizar outro método de permeabilizar a via aérea
(exemplo: Protusão da mandíbula);
133
Suporte básico de vida – SBV

7 - Iniciar Insuflações

O socorrista pode preferir não realizar insuflações por


incapacidade, por receio de ser contagiado com alguma doença,
ou por se sentir desconfortável. Nestas situações deve-se fazer
apenas compressões torácicas. Cerca de 100 - 120 por minuto sem
pausas.

134
Suporte básico de vida – SBV

8 - Manter SBV

O esquema de 30 compressões para 2 insuflações deve ser mantido até:


• Chegar ajuda mais diferenciada,
• Exaustão do reanimador,
• Vítima retomar sinais de vida
 Mexer uma parte do corpo
 Abrir os olhos
 Respirar normalmente.

135
Suporte básico de vida – SBV

(309) Como fazer Suporte Básico de Vida (SBV) - YouTube


136
Desfibrilhação com DAE

• A desfibrilhação deve ser iniciada o mais precocemente possível.


• A probabilidade de uma desfibrilhação ser bem-sucedida diminui
rapidamente com o passar do tempo.
• O Desfibrilhador Automático Externo (DAE) é um dispositivo
computadorizado que é conectado por eletrodos adesivos ao tórax da
vítima (que não responde e não respira normalmente) e que após
análise da atividade elétrica cardíaca recomenda, se necessário, a
aplicação de um choque potencialmente capaz de reverter a situação.

137
Desfibrilhação com DAE

• Junto do DAE devem existir os seguintes acessórios:


 Pequena toalha/lenços/compressas;
 Lâmina de barbear;
 Máscara de reanimação;
 Luvas de proteção.

138
Desfibrilhação com DAE

Como utilizar DAE

• Ligar o DAE carregando no botão de On/Off (alguns equipamentos


ligam automaticamente ao abrir a tampa) e siga as instruções
visuais e sonoras do DAE.
• Remover a roupa da vítima de modo a expor o seu tórax;

139
Desfibrilhação com DAE
Como utilizar DAE
• Preparar o tórax da vítima para a aplicação das pás adesivas:
 Remova pelos em excesso
 Secar a pele caso se encontre molhada
 Remover medicamentos de absorção transdérmica
 Afastar as pás do DAE pelo menos 8 cm de Pacemaker e/ou
CDI (Cardioversor Desfibrilhador Implantado).
 Removendo todas as peças de metal que possam entrar em
contato com os eletrodos do DAE.

140
Desfibrilhação com DAE
Como utilizar DAE

• Colar os eletrodos adesivos sobre a pele do tórax da vítima de


acordo com as indicações do fabricante, colocando um eletrodo
na região infraclavicular direita, e o outro na região infra-axilar
esquerda.

141
Desfibrilhação com DAE

Como utilizar DAE

• Conectar os eletrodos ao equipamento (caso não estejam pré


conectados).
• O DAE iniciará automaticamente o período de análise da atividade
elétrica cardíaca.
• Assegurar-se que ninguém toca na vítima durante a análise do
ritmo cardíaco pelo desfibrilhador automático externo;

142
Desfibrilhação com DAE

Como utilizar DAE

• Seguir as instruções emitidas pelo desfibrilhador automático externo:


 Se o choque está indicado
 Administrar o choque
 Recomeçar de imediato as compressões e insuflações
 Se o choque não está indicado
 Recomeçar de imediato as compressões e insuflações
143
Desfibrilhação com DAE

Como utilizar DAE

• Continuar com o esquema de compressões e insuflações durante 2


minutos. Decorrido esse tempo o desfibrilhador irá recomeçar uma
nova análise de ritmo;
• Quando acompanhado, trocar a posição de compressões com a outra
pessoa após cada análise (2 minutos), para evitar ficar exausto.

144
Desfibrilhação com DAE

Como utilizar DAE

• O socorrista deve garantir as condições de segurança durante o


socorro:
 Assegurar-se que ninguém está em contacto com a vítima;
 Assegurar que, nas situações em que a vítima está a receber
oxigenoterapia, a fonte de oxigénio está afastada pelo menos
um metro da área de desfibrilhação;
 Carregar no botão de choque verificando que todos estão
afastados (olhar em redor para garantir que ninguém se
aproxima da vítima no momento do choque);

145
Desfibrilhação com DAE

Quando interromper a desfibrilhação

• Indicação de um profissional de saúde,

• Vítima recuperar

• Exaustão do reanimador.

146
Desfibrilhação com DAE

PASSO A PASSO PARA USO DO DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO (DEA) - YouTube


147
Suporte básico de vida – SBV + DAE

[AULA PRÁTICA] SBV no adulto + Uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA) - WORKSHOP VERSÃO 2021 - YouTube
148
SBV em crianças

• O conceito de Suporte Básico de Vida Pediátrico pressupõe um conjunto


de procedimentos encadeados com o objetivo de fornecer oxigénio ao
cérebro e coração, sem recurso a equipamentos diferenciados, até que o
suporte avançado de vida possa ser instituído
• A criança tem particularidades anatómicas e fisiológicas que
condicionam a etiologia da paragem cardiorrespiratória, pelo que é
necessário adaptar os procedimentos de Suporte Básico de Vida (SBV) a
essas características.
• As estruturas anatómicas são mais frágeis, pelo que todas as manobras
têm que ser feitas com maior suavidade, para não causar traumatismos.
149
SBV em crianças

• A principal causa de PCR na idade pediátrica é a hipóxia, como resultado


final de um processo de deterioração progressiva da função respiratória
e, posteriormente, circulatória. Raramente é um evento súbito, mas
antes um processo progressivo refletindo o limite da capacidade do
organismo compensar uma lesão ou doença subjacente.

A prioridade é a permeabilização da via aérea e a oxigenação, antes de


ligar 112.

150
SBV em crianças

As causas primárias de PCR de origem cardíaca em crianças, são raras,


embora possam ocorrer. Se esta situação se revelar como muito provável,
(ex. situação de colapso súbito numa criança com patologia cardíaca), o
prognóstico poderá estar dependente de uma desfibrilação precoce.

A prioridade é a ativação do Sistema Integrado de Emergência Médica


(SIEM), através da chamada para o 112

151
SBV em crianças

Cadeia de sobrevivência pediátrica

• Representa, simbolicamente, o conjunto de procedimentos que


permitem salvar vítimas de paragem cardiorrespiratória.

152
SBV em crianças

Cadeia de sobrevivência pediátrica

• É composta por 4 elos


 Reconhecimento precoce da gravidade da situação e pedido de
ajuda (para prevenir a PCR)
 Suporte Básico de Vida (SBV) (para otimizar a oxigenação)
 Ligar 112 (para pedir ajuda diferenciada)
 Suporte Avançado de Vida/Desfibrilhação/ Cuidados pós-
reanimação (para estabilizar a vítima).
• Cada elo da cadeia sucede-se de uma forma encadeada em que cada elo
se articula o procedimento anterior e com o seguinte.

153
SBV em crianças

• A principal causa de PCR na idade pediátrica é a hipóxia, pelo que nas


crianças a prioridade é otimizar a oxigenação (com insuflações iniciais e
SBV).
• A arritmia mais frequente é a bradicardia que evolui para assistolia, pelo
que a prioridade é o SBV e não o rápido acesso a um desfibrilhador.

1. Iniciar SBV de imediato e mantê-lo durante um minuto


2. Ativar o Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM)

Se mais que um reanimador, um liga de imediato 112 enquanto outro inicia


SBV.
154
SBV em crianças

• As manobras de SBV devem ser executadas com a vítima em decúbito


dorsal sobre um plano duro.
• O reanimador deve posicionar-se junto da vítima para que, se for
necessário, possa fazer insuflações e compressões sem ter que fazer
grandes deslocações.
• O SBV deve ser efetuado sequencialmente, seguindo uma ordem de
ações cujo sucesso da próxima depende da eficácia da anterior

155
156
SBV em crianças

Avaliação das condições de segurança

• Antes de iniciar o socorro à vítima é importante que sejam reunidas


as condições de segurança para que se consiga proceder à
reanimação sem que haja riscos quer para a vítima quer para o
socorrista ou terceiros presentes no local.
• Ao aproximar-se da criança o socorrista deve procurar pistas sobre
o que potencialmente possa ter causado a emergência.

157
SBV em crianças

Avaliar estado de consciência

• O socorrista avalia a reatividade da criança.

Modo de atuação:

• Aproxime-se da criança e avalie se esta responde, perguntando em voz


alta “Estás bem, sentes-te bem? “, enquanto a estimula batendo
suavemente nos ombros.
• Em crianças pequenas estimulá-la mexendo-lhe nas mãos ou pés ao
mesmo tempo que a chama em voz alta.

Não abanar a criança


158
SBV em crianças

Avaliar estado de consciência

Criança responde Criança não responder


(movendo-se, falando ou
chorando)

Pedir ajuda
• Avaliar a situação em
causa e potenciais riscos.
• Ligar 112
• Reavaliar a vítima
frequentemente
159
SBV em crianças

Pedir ajuda

• Se estiver sozinho gritar em voz alta “Preciso de ajuda! Está aqui uma
criança inconsciente”
• Nunca abandonar a criança para ir pedir ajuda
• Se houver uma segunda pessoa presente, pedir-lhe que ative o SIEM,
ligando 112, enquanto prossegue com o algoritmo.

160
SBV em crianças

Permeabilizar a via aérea


• Numa criança inconsciente, o relaxamento do palato mole e da epiglote,
bem como a própria língua, podem causar obstrução da via aérea.
• O socorrista tem de permeabilização da via aérea.

Extensão da cabeça Não há suspeita de trauma


Permeabilizar
a via aérea
Protusão da mandíbula Há suspeita de trauma

161
SBV em crianças

Permeabilizar a via aérea/ Extensão da cabeça

Modo de atuação:

• Posicione a criança em decúbito dorsal (de


barriga para cima);
• Posicione-se ao lado da criança
• Coloque a palma de uma mão na testa da
criança e incline-lhe cuidadosamente a
cabeça para trás;

162
SBV em crianças

Permeabilizar a via aérea/ Extensão da


cabeça
Modo de atuação (continuação):

• Com a outra mão eleve o queixo da criança,


colocando os dedos indicador e médio no
bordo do maxilar inferior.
• Não pressionar os tecidos moles abaixo do
queixo, pois pode causar obstrução da via
aérea.

163
SBV em crianças

Permeabilizar a via aérea/Extensão da cabeça

Modo de atuação (continuação):

• O lactente quando posicionado em decúbito


dorsal fica com a cabeça fletida em relação
ao pescoço.

Colocar uma elevação (toalha ou lençol) ao nível


dos ombros/costas do bebé, para conseguir que
a cabeça fique em posição neutra
164
SBV em crianças

Permeabilizar a via aérea/Protusão da mandíbula

Modo de atuação:

• Posicione-se atrás da cabeça da criança


• Apoie os cotovelos na superfície em que a criança está deitada
• Coloque dois ou três dedos de cada mão debaixo dos ângulos da
mandíbula, elevando-a (empurrando para a frente), com os
polegares apoiados nos malares.

165
Permeabilizar a via aérea/Extensão da cabeça/Protusão da mandíbula

https://www.youtube.com/watch?v=YhUkFcKjQAE&t=29s 166
SBV em crianças

Ventilação
• Avaliar se a criança respira normalmente.

Modo de atuação:
• O reanimador posiciona-se ao lado da criança, aproxima o ouvido
da boca da mesma, com a sua cabeça voltada para o tórax da
criança.

167
SBV em crianças

Ventilação

Modo de atuação:
• Mantendo a via aérea permeavel realiza o VOS durante 10
segundos
 Ver se a vítima têm movimentos torácicos;
 Ouvir se há sons respiratórios saídos da boca/ nariz;
 Sentir o ar expirado na face do reanimador

168
SBV em crianças

Respiração

Criança respira normalmente Criança não respira normalmente

• PLS (se não há suspeita de • Manter a permeabilidade da via


trauma) aérea,
• Ligar 112 • Remova cuidadosamente
• Reavaliar periodicamente qualquer obstrução óbvia
se mantém ventilação • Inicie a ventilação com ar
expirado, efetuando 5 insuflações.
169
SBV em crianças
Técnicas de Ventilação

Técnica de ventilação Técnica de ventilação


boca a boca-nariz boca a boca

Recomendada para Recomendado para


lactentes crianças

Não é a idade que determina a decisão de efetuar a ventilação boca a


boca-nariz ou boca a boca, mas efetivamente o tamanho da vítima.
170
SBV em crianças

Técnicas de Ventilação/Ventilação boca a boca-nariz

Modo de atuação:

• Manter a permeabilidade da via aérea, assegurando que a cabeça


está em posição neutra;
• Encher o “peito de ar”;
• Adaptar a boca à volta da boca e do nariz do lactente e insuflar
lentamente durante 1 segundo.

171
SBV em crianças

Técnicas de Ventilação/Ventilação boca a boca

Modo de atuação:

• Manter a permeabilidade da via aérea, assegurando que a cabeça da


criança está em extensão;
• Comprimir as narinas da vítima com os dedos indicador e polegar da mão
que colocou na testa e com a outra mão abrir a boca da vítima mantendo a
elevação do queixo.
• Encher o “peito de ar”;
• Adaptar a boca à boca da criança, garantindo uma boa selagem e insuflar
lentamente durante um segundo.
172
SBV em crianças

Técnicas de Ventilação/Ventilação boca a boca

Modo de atuação:

• Se tiver dificuldade em conseguir insuflações


 Rever a via aérea,
 Garantir que há boa selagem antes de tentar a próxima insuflação.
 Ponderar a possibilidade de obstrução da via aérea (OVA) (Abrir a
boca da vítima e procurar objetos visíveis e se existirem removê-los)
 Se necessário utilizar outro método (exemplo: Protusão da
mandíbula);
• Fazer somente até cinco tentativas.
173
SBV em crianças

Circulação
• Consiste em determinar se a
criança tem circulação
espontânea.
• Palpar pulso
 Lactente – pulso braquial (na
face interna do braço
 Criança – Pulso carotídeo

174
SBV em crianças

Circulação
Criança tem pulso
mas não ventila Criança sem pulso

• Manter insuflações numa frequência • Iniciar de imediato


de 12 a 20 ciclos por minuto; compressões torácicas no
• Ligar 112 esquema 15 compressões
• Reavaliar periodicamente pulso para 2 insuflações.
• Mantenha insuflações até respiração
normal ou chegue a ajuda.

175
SBV em crianças

Circulação/Compressões torácicas

• Exercem pressão sobre a parede anterior do tórax permitindo um fluxo


sanguíneo capaz de manter viáveis os órgãos vitais, até ao retorno da
circulação espontânea.
• Efetuadas sobre a metade inferior do esterno, um dedo acima do apêndice
xifóide.
• Devem deprimir o tórax em cerca de 1/3 (4 cm no lactente e 5 cm na
criança),
• 100 a 120 compressões por minuto.
• No final de cada compressão garantir a descompressão total do tórax sem
retirar as mãos ou dedos, antes de iniciar a compressão seguinte.
176
SBV em crianças

Circulação/Compressões torácicas

• Em pediatria existem diferentes técnicas de realizar compressões torácicas


 Técnica dos dois dedos – utilizada em lactentes
 Técnica do abraço – utilizada em lactentes
 Técnica de uma mão – utilizada em crianças
 Técnica de duas mãos – Utilizar em jovens
• Não deve ser apenas a idade da criança a determinar a técnica de
compressões a aplicar.
• Nas crianças maiores poderá ser necessário usar o mesmo método do
adulto.
177
SBV em crianças

Circulação/Compressões torácicas
Técnica dos dois dedos

Modo de atuação:
• Colocar a ponta de dois dedos sobre a
metade inferior do esterno do lactente
• Comprimir o tórax na vertical provocando
uma depressão de cerca de 4 cm
• Depois de cada compressão, aliviar a
pressão de forma a permitir que o tórax
retome a sua forma.

178
SBV em crianças

Circulação/Compressões torácicas
Técnica dos dois dedos

Modo de atuação (continuação):


• Após cada série de 15 compressões
efetuar 2 insuflações eficazes
• Manter o esquema de 15
compressões para 2 insuflações.

179
SBV em crianças

Circulação/Compressões torácicas

Técnica do abraço
• Indicada quando estão presentes dois
reanimadores e a estrutura física da
criança o permite.
• Um reanimador efetua compressões e
o outro efetua insuflações

180
SBV em crianças

Circulação/Compressões torácicas
Técnica do abraço

Modo de atuação:
• Posicionar-se aos pés ou ao seu lado
do lactente.
• Colocar os dois polegares lado a lado
(ou sobrepostos caso a criança seja
muito pequena), apontados para a
face da criança, sobre a metade
inferior do esterno.

181
SBV em crianças

Circulação/Compressões torácicas
Técnica do abraço

Modo de atuação:
• Envolver o tórax do lactente com as
mãos e apoiar o dorso;
• Pressionar o tórax causando uma
depressão de cerca 4cm
• Depois de cada compressão, aliviar a
pressão de forma a permitir que o
tórax retome a sua forma.

182
SBV em crianças

Circulação/Compressões torácicas
Técnica com uma mão

Modo de atuação:
• Posicionar-se ao lado da criança
• Coloca a base de uma mão na metade
inferior do esterno (um dedo acima do
apêndice xifóide)
• Levantar os dedos de forma a que só a
base da mão faça pressão, para não
comprimir as costelas.
183
SBV em crianças

Circulação/Compressões torácicas
Técnica com uma mão

Modo de atuação (continuação):


• Mantendo o braço esticado, sem fletir o cotovelo, e de forma que
o ombro fique perpendicular ao ponto de apoio da mão,
pressionar o tórax cerca de 5 cm usando o peso do seu corpo.
• Garantir a total descompressão entre cada compressão
• Após cada 15 compressões efetua duas insuflações, mantendo
esse esquema.
184
SBV em crianças

Circulação/Compressões torácicas
Técnica das dua mãos

Modo de atuação:
• Posicionar-se de joelhos ao lado da vítima
• Posicionar a região hipotenar de uma mão no
centro do tórax, sobre o esterno na linha
mamilar (cerca de dois dedos acima do
apêndice xifóide)
• Entrelaçar os dedos da outra mão na primeira
de modo a levantar os dedos, para não
comprimir as costelas.
185
SBV em crianças
Circulação/Compressões torácicas
Técnica das dua mãos

Modo de atuação (continuação):


• Os cotovelos têm de estar esticados fazendo
rotação para a frente, para garantir a força a
aplicar
• Os ombros devem ficar alinhados com as
mãos.
• No final de cada compressão garantir a
descompressão total do tórax sem retirar as
mãos, antes de iniciar a compressão seguinte
• Realizar 15 compressões alternadas com 2
insuflações.
186
SBV em crianças
Ligar 112
Quando temos apenas um reanimador

Realizar um minuto de SBV (5 ciclos de 15 compressões para 2


insuflações)

Só depois ligar 112.

Retomar SBV
187
SBV em crianças

Ligar 112

A única exceção em que não se realiza um minuto de SBV antes de pedir


ajuda é quando se suspeita de paragem por causa cardíaca (paragem
súbita presenciada pelo reanimador) . Nesta situação a criança necessita
de desfibrilhação o mais precocemente possível

188
SBV em crianças

• Interromper SBV apenas quando:


 Chegar ajuda diferenciada
 A criança recuperar sinais de vida (respiração, choro,
movimentos, abertura dos olhos)
 Exaustão do reanimador.

189
O Choque
• Surge quando a quantidade de oxigênio no corpo é muito baixa
levando à acumulação de toxinas que podem causar lesões em vários
órgãos e colocar a vida em risco.
• A vítima deve ser socorrida o mais rapidamente possível, para evitar
complicações graves.
• O estado de choque pode surgir por diversas causas e, para cada caso,
o choque tem uma definição específica:
 Choque anafilático,
 Choque séptico,
 Choque hipovolémico,
 Choque cardiogénico
 Choque neurogénico.
O Choque

Choque séptico
Também conhecido como septicemia, ocorre quando uma infecção
localizada, chega ao sangue e se espalha por todo o corpo, afetando vários
órgãos. É mais frequente em pessoas com o sistema imunitário debilitado,
crianças, idosos

Choque anafilático
Acontece em situações de alergia muito grave a alguma substância
(alimentos, picada de abelha, pelos de animais), em que ocorre uma
resposta exagerada do sistema imunitário, conduzindo à inflamação do
sistema respiratório.
O Choque

Choque hipovolémico
Não há volume de sangue suficiente para levar o oxigênio até aos
órgãos mais importantes como o coração e cérebro. Normalmente, ocorre
associado a uma hemorragia grave.

Choque cardiogénico
O coração deixa de ser capaz de bombear o sangue pelo corpo, com
consequente diminuição da oxigenação dos tecidos. É frequente após
enfartes, intoxicações por medicamentos ou infecções generalizadas, bem
como em casos de arritmias, insuficiência cardíaca ou doença coronária.
O Choque

Choque neurogénico

Quando existe uma falha de comunicação entre o cérebro e o corpo,


fazendo com que os vasos sanguíneos percam o seu tônus e dilatem,
dificultando a circulação do sangue pelo corpo e diminuindo a tensão
arterial. Quando isso acontece, os órgãos deixam de receber o oxigênio
necessário e entram em falência.
Este tipo de choque é frequente em acidentes de viação e quedas, por
lesão da espinal medula. Pode também estar associado a problemas
cerebrais.
O Choque
• Surge quando o fornecimento de sangue e oxigénio aos tecidos fica
comprometido.
• As principais causas de choque são:
 Lesões do coração (deficiênte bombeamento de sangue para os
tecidos),
 Hemorragias (choque hipovolémico)
 Desidratação por vómitos, diarreia ou febres altas persistentes
(diminui o volume de líquidos e consequentemente o volume de
sangue)
 Vasodilatação generalizada (faz com que a pressão do sangue
nos vasos diminua e o sangue tenha mais dificuldade em chegar
aos tecidos).
O Choque

Sinais e sintomas:

• Alteração do estado de consciência (desorientação, agitação, apatia,


perda de consciência);
• Dificuldade ventilatória (respiração acelerada, superficial e irregular);
• Pulso rápido e fraco (palpável apenas nas artérias de maior calibre);
• Alteração da pele (pele pálida sobretudo nas extremidades, fria e
viscosa);
• Suores frios;
• Náuseas ou vómitos.
O Choque

Modo de atuação:

• Controlar possíveis hemorragias, imobilizar fraturas, aliviar a dor nas


queimaduras e proteger todas as feridas;
• Desapertar a roupa;
• Manter a permeabilidade da via aérea;
• Posicionar a vítima deitada de costas com elevação dos membros
inferiores a cerca de 30º ( se vítima consciente) ou em PLS (se a vítima
estiver inconsciente);
O Choque

Modo de atuação:

● Aquecer a vítima com um cobertor;


● Não dar nada de beber à vítima mesmo que esta refira sede.

Humedecer-se os lábios com uma compressa humedecida.


O Choque

Choque Hipovolêmico - Primeiros Socorros / Video-aula. - YouTube


Hemorragias
• Perda de sangue devido a ruptura de vasos sanguíneos

Hemorragia

Interna Externa

 A hemorragia acontece a nível interno,  Há perda de sangue para


não há perda de sangue para o o exterior do corpo.
exterior.  Mais fácil de detetar
 Mais difícil de detetar podendo não ser
percebidas 199
Hemorragias
Sinais e sintomas:

• Sede;
• Sensação de frio (arrepios) e tremores;
• Pulso rápido e fraco;
• Palidez;
• Arrefecimento, sobretudo das extremidades;
• Zumbidos;
• Alteração do estado de consciência.
200
Hemorragias

Epistaxis

• Hemorragia nasal por rutura de vasos a nível da mucosa do nariz.


• Muito frequente nas crianças.
• Principais causas:
 Traumatismo local
 Presença de corpos estranhos
 Infeções
 Inalação de ar seco

201
Hemorragias

Epistaxis

Sinais e sintomas:
• Saída de sangue pelo nariz, por vezes abundante e persistente.
• Em hemorragias grandes, o sangue pode sair também pela boca.

Modo de atuação:
• Calçar luvas descartáveis,
• Sentar a vítima com a cabeça direita no alinhamento do corpo
• Aplicar pressão direta durante 5 a 20 minutos.

202
Hemorragias

Epistaxis

Modo de atuação (continuação):


• Aplicar gelo
• Inclinar a cabeça para a frente (diminui risco de náuseas e de OVA)
• Aplicar tamponamento hemostático (Spongostan ou compressa)
• Se não resolver ligar 112
• Após o controlo da hemorragia aconselhar a criança a não assoar o
nariz nas 2 horas seguintes.

203
Hemorragias/epistaxis

https://www.youtube.com/watch?v=sOfB-E0II2Y 204
Hemorragias

Hemorragia interna:

Modo de atuação:

• Acalmar a vítima e manter a calma;


• Manter a vítima acordada;
• Desapertar-lhe a roupa;
• Aquecer a vítima;

205
Hemorragias

Hemorragia interna:

Modo de atuação (continuação):

• Não dar nada de comer ou beber à vítima;


• Colocar vítima em PLS se inconsciente.
• Ligar 112 (é um situação grave que exige transporte rápido para o
hospital)

206
Hemorragias

Hemorragia externa:

Modo de atuação:

• Deitar a vítima;
• Aplicar uma compressa esterilizada sobre a ferida ou, na sua falta,
um pano lavado, exercendo uma pressão firme, conforme o local e
a extensão do ferimento;
• Se as compressas ficarem cheias de sangue, colocar outras por
cima, sem nunca retirar as primeiras;
207
Hemorragias

Hemorragia externa:

Modo de atuação (continuação):

• Fazer durar a compressão até a hemorragia parar (pelo menos 10


minutos);
• Se a hemorragia parar, aplicar um penso compressivo sobre a
ferida;
• Elevar o membro.

208
Hemorragias

https://www.youtube.com/watch?v=2IEJyLwoxpw 209
Hemorragias

Hemorragia grave:

• Num quadro clínico de hemorragia grave o doente apresenta sinais e


sintomas de choque hipovolémico. Pelo que devemos atuar como
numa situação de choque.

Modo de atuação
• Controlar possíveis hemorragias, imobilizar fraturas, aliviar a dor
nas queimaduras e proteger todas as feridas;
• Desapertar a roupa;

210
Hemorragias

Hemorragia grave:

Modo de atuação (continuação):


• Manter a permeabilidade da via aérea;
• Posicionar a vítima deitada de costas com elevação dos membros
inferiores a cerca de 30º ( se vítima consciente) ou em PLS (se a
vítima estiver inconsciente);
• Aquecer a vítima com um cobertor;
• Não dar nada de beber à vítima mesmo que esta refira sede.

211
Vítimas de trauma

• Vítimas de acidentes de viação, quedas em altura, choque eletrico


de alta tensão são possíveis vítimas de trauma

Risco de lesão dos tecidos moles


Risco de ortotrauma
Risco de neurotrauma

212
Vítimas de trauma

Cuidados:

• Acalmar a vítima
• Ligar 112.
• Impedir que ela se mexa ou que alguém a mova.
• Se possível, imobilizar a cabeça da vítima.
• Manter esta imobilização até à chegada dos meios de socorro.
• Aguardar a chegada dos meios de emergência, conversando e
acalmando a vítima.

213
Vítimas de trauma

https://www.youtube.com/watch?v=bTbca866m5g&feature=youtu.be 214
Vítimas de trauma

04. Remoção do capacete - YouTube 215


Vítimas de trauma

(980) 05. Maca de levantamento - YouTube 216


Vítimas de trauma

(980) 09. Rolamento a três elementos - YouTube


217
Feridas

• Solução de continuidade da pele, quase sempre de origem


traumática, que além da pele (ferida superficial) pode atingir o tecido
celular subcutâneo e muscular (ferida profunda).
• Podem ser classificadas como:
 Escoriações
 Feridas incisas
 Feridas contusas
 Feridas perfurantes
 Feridas inciso perfurantes

218
Feridas
Escoriações

• Lesões superficiais (“arranhões“


ou “esfoladelas”) que resultam do
atrito da pele contra superfícies
rugosas.
• São lesões que sangram pouco,
mas extremamente dolorosas.
• Na maioria das vezes são lesões
conspurcadas.

219
Ferida

Feridas incisas

• São soluções de continuidade da pele,


regulares, que podem ou não
envolver os tecidos adjacentes.
• Designadas habitualmente por
“golpes” ou “cortes” ,
• Apresentam os bordos regulares

220
Feridas

Feridas incisas

• Quando unidos, os bordos encerram


perfeitamente a ferida,
• Normalmente são provocadas por objetos
cortantes

221
Feridas
Feridas contusas

• São soluções de continuidade da pele com


bordos irregulares.
• Implicam normalmente falta de tecido.
• Unindo os bordos não se consegue um
encerramento completo da ferida.
• São provocadas por objetos rombos.

222
Feridas

Feridas perfurantes
• São produzidas por instrumentos que
atuam em profundidade, dissociando
um ou mais planos de tecidos.

• Os instrumentos perfurantes, lesam os


tecidos por deslocamento e corte lateral
das fibras que os constituem.

223
Feridas
Feridas perfurantes
Exemplos de instrumentos perfurantes:
• Agulhas,
• Estiletes,
• Picador de gelo,
• Pregos,
• Paus aguçados,
• Esquírolas (fragmentos de osso)
• Balas.
224
Feridas
Feridas perfurantes

• Quando o instrumento perfurante tem a superfície lisa e um diâmetro


muito reduzido as fibras retomam a posição inicial, devido à sua própria
elasticidade, fazendo desaparecer o orifício de entrada e o trajeto, quase
na sua totalidade.
• Nos ferimentos por arma de fogo deve-se procurar sempre um orifício de
saída do projétil, normalmente maior que o orifício de entrada. Neste tipo
de traumatismos, podem existir fraturas e lesões dos órgãos vitais que se
encontravam no trajeto do projétil.

225
Feridas
Feridas inciso-perfurantes:
• Reúnem simultaneamente, as particularidades das feridas cortantes e das
feridas perfurantes.
• É o caso de lesões provocadas por facas de cozinha, punhais e espadas.
• Tal como nos ferimentos perfurantes, temos que distinguir o orifício de
entrada, o canal de penetração e, por vezes, o orifício de saída.

Cuidado
Nunca retirar o objeto corto-perfurante, este deve ser imobilizado.

226
Feridas
Modo de atuação:

• Lavar as mãos e calçar luvas descartáveis.


• Proteger provisoriamente a ferida com uma compressa esterilizada.
• Limpar a pele à volta da ferida com água e sabão ou soro fisiológico. (lavar
do centro para os bordos da ferida)
• Secar a ferida com uma compressa através de pequenos toques, para não
destruir qualquer coágulo de sangue.
• Desinfectar com anti-séptico, por ex. Betadine em solução dérmica.
• Fazer penso com compressas e adesivo ou ligadura.

227
Feridas

O que não fazer:

• Tocar nas feridas sangrantes sem luvas.


• Utilizar o material (luvas, compressas, etc.) em mais de uma pessoa.
• Soprar, tossir ou espirrar para cima da ferida.

228
Feridas
Modo de atuação em escoriações

(309) COMO TRATAR ESCORIAÇÃO - YouTube


229
Feridas
Modo de atuação em Feridas incisas

230
Primeiros Socorros Para Cortes / Cortes Profundos e Superficiais - YouTube
Feridas
Modo de atuação em feridas perfurantes

(309) Objetos Encravados, o Que Fazer? (Primeiros Socorros) - YouTube 231


Feridas

Feridas sangrantes:
Modo de atuação:

• Em feridas sangrantes fazer compressão manual direta.


• Sem retirar a primeira compressa, efetuar penso compressivo.

O penso vai permitir controlar a hemorragia, proteger a ferida de mais


traumatismos e evitar a entrada de microrganismos na ferida.
232
Queimaduras

• Lesões da pele com possíveis envolvimentos dos tecidos subjacentes que


resultam do contato com:
 Calor,
 Frio,
 Substâncias químicas,
 Eletricidade
 Radiações.

233
Queimaduras

• A maioria das queimaduras são pequenas lesões sem grandes


complicações associadas.
• Algumas podem ser fatais ou potencialmente fatais, pelo que exigem um
tratamento adequado e o mais precoce possível.
• A gravidade da queimadura vai depender

 Da zona atingida pela queimadura.


 Da extensão da pele queimada.
 Da profundidade da queimadura.

234
Queimaduras

Classificação das queimaduras

Extensão Etiologia Profundidade

• Regra dos nove • Térmicas,


• Medida da palma da • Químicas, • 1º Grau
mão • 2º Grau
• Por
• 3º Grau
radiação
• Elétricas 235
Queimaduras

Extensão

• Pode ser avaliada de duas formas:


 Regra dos nove
 Regra da palma da mão

236
Queimaduras
Extensão/regra dos nove

• Permite quantificar a superfície corporal atingida.


• Com base no cálculo da regra dos nove, cada
parte do corpo representa uma certa
percentagem da área total da superfície
corporal.
• É chamada de regra dos nove porque cada parte
do corpo é 9% ou um fator de 9. Os valores
variam consoante a idade.

237
Queimaduras

Extensão/regra da palma da mão

• Em alternativa à regra dos nove pode considerar-se a medida da


palma da mão, em que cada palmo representa 1% da superfície
corporal

238
Queimaduras

Profundidade

1º Grau
• São as queimaduras menos graves.
• Envolvem apenas a epiderme.
• Cicatrizam em 3 a 6 dias sem deixar
marca

239
Queimaduras

Profundidade

1º Grau
Sinais e sintomas:

• Rubor (pele vermelha)

• Calor

• Dor.

240
Queimaduras

Profundidade

2º Grau
• Envolvem a primeira e segunda camadas
da pele (epiderme e derme).

• Localmente é possível visualizar pequenas


bolhas com líquido (flictenas) situadas à
superfície da pele.

• Cicatrizam entre 7 a 21 dias podendo


deixar cicatriz 241
Queimaduras

Profundidade

2º Grau
Sinais e sintomas:

• Dor intensa

• Flictenas.

242
Queimaduras
Profundidade

3º Grau
• Envolvem toda a epiderme e derme e
atingem tecidos subcutâneos, com
destruição total de nervos, folículos
pilosos, glândulas sudoríparas e capilares
sanguíneos, podendo inclusive atingir
músculos e estruturas ósseas

• Necessitam frequentemente de cirurgia


para enxertos de pele e habitualmente
deixam cicatriz . 243
Queimaduras
Profundidade

3º Grau
Sinais e sintomas:

• Rubor intenso,
• Zonas esbranquiçadas (não é pele são
tecidos mais profundos)
• Dormência local,
• Choque.
• Ausência de dor quando nervos afetados. 244
Queimaduras

Etiologia

Queimaduras térmicas

• São as provocadas por ação do calor ou


frio (fogo, sol, gelo, líquido fervente, entre
outras)

245
Queimaduras

Etiologia

Queimaduras por radiação

• São provocadas por ação das radiações


(Raios X e as Radiações Nucleares)

246
Queimaduras

Etiologia
Queimaduras químicas

• São provocadas por ação de ácidos e


bases,

• Normalmente ocorrem em indústrias ou


no domicílio, por contato com substâncias
capazes de provocar lesão nos tecidos
orgânicos.

247
Queimaduras

Etiologia
Queimaduras elétricas

• São provocadas por choques elétricos.


• Podem surgir fraturas ósseas, pois a carga
elétrica pode provocar uma contração muscular
para além da resistência do osso.
• Podem interferir com o normal funcionamento
do sistema nervoso provocando paragem
respiratória, ou interferir com o ritmo elétrico
do coração com consequente paragem cardíaca.
248
Queimaduras

Etiologia
Queimaduras elétricas

• Neste tipo de queimaduras é importante ter em conta:


 Porta de entrada (ponto de contacto com o corpo),
 Trajeto
 Porta de saída (local de saída da carga elétrica do organismo).

• A identificação do local de entrada da corrente no organismo e do local de


saída permite prever o seu trajeto e suspeitar de outras lesões.
249
Queimaduras

Etiologia
Queimaduras elétricas

Sinais e sintomas:

• Obstrução parcial ou total das vias aéreas, por contractura muscular ou


queda da língua;

• Paralisia dos membros, por lesão do sistema nervoso ou lesão traumática;

• Queimaduras locais, ao nível da porta de entrada e saída da eletricidade;

250
Queimaduras

Etiologia
Queimaduras elétricas

Sinais e sintomas:

• Convulsões (originadas por alterações elétricas no cérebro ou por


traumatismo crânio-encefálico associado);

• Dificuldade respiratória;

• Alteração do ritmo cardíaco;

251
Queimaduras

Etiologia
Queimaduras elétricas
Sinais e sintomas:
• Paragem cardiorespiratória;
• Inconsciência;
• Alteração da visão;
• Lesões da coluna e fraturas
 Por contração muscular violenta causada pela corrente elétrica
 Por projeção da vítima à distância.

252
Queimaduras
Modo de atuação:
• A primeira coisa a fazer em caso de queimadura é afastar a vítima do
agente que provoca a queimadura.
• O restante procedimento dependerá do agente causador da queimadura

 Em casos de incêndio
 Ter o cuidado de não se aproximar demasiado da vítima se esta estiver
consciente pois a vítima terá tendência a agarrar o socorrista,
 Deitar a vítima a fim de reduzir a inalação de fumo,
 Apagar as chamas com um cobertor, água ou rolando a vítima no chão.

253
Queimaduras
Modo de atuação:

 Em queimaduras químicas
 Remover a roupa contaminada,
 Limpar a pele com compressas secas para remover a maioria do
produto químico.
 Irrigar com grandes quantidades de água ou soro. A lavagem deve ser
de pelo menos 30 minutos e manter-se durante o transporte para o
hospital.
 Irrigar a zona afetada de modo a não escorrer para zonas não afetadas.
254
Queimaduras
Modo de atuação:

 Em queimaduras elétricas
 Desligar a corrente elétrica e só depois observar a vítima.
 Nos acidentes com corrente de alta tensão, não se deve aproximar da
vítima sem indicação do pessoal especializado no assunto (ex.
companhia da eletricidade, caminhos de ferro).

255
Queimaduras
Modo de atuação:
• Permeabilizar a via aérea com controlo da coluna cervical;

• Ventilação se vítima com compromisso ventilatório;

• Controlar hemorragias;
• Controlar a temperatura tapando a vítima com cobertor ou manta térmica
(risco de hipotermia)

• Imobilizar a cabeça em posição neutra com colar cervical na suspeita de


traumatismo crânio-encefálico ou vertebro-medular (quando há explosão
ou projeção do corpo)
256
Queimaduras
Modo de atuação:

• Avaliar e registar sinais vitais;


• Despistar sinais de choque;
• Recolher o máximo de informação sobre o mecanismo do trauma e sobre a
vítima;
• Efetuar a observação sistematizada de modo a detetar eventuais lesões
associadas
• Não remover a roupa que se encontra aderente para não agravar as lesões;

257
Queimaduras
Modo de atuação:

• Não remover a roupa que se encontra aderente para não agravar as lesões;
• Irrigar a região queimada com água à temperatura ambiente ou soro
fisiológico durante cerca de 10 minutos;
• Cobrir lesões
 Com compressas humedecidas em soro fisiológico, se área corporal
queimada < 10%;
 Com compressas secas ou lençol esterilizado, se a área corporal
queimada > 10%.
258
Queimaduras
O que não fazer:

• Retirar roupa aderente ou substâncias em chamas


• Usar gelo ou água gelada para arrefecer a queimadura,
• Romper flictenas (bolhas) ou cortar a pele das que rebentaram,
• Aplicar loções, pomadas ou cremes,
• Aplicar manteiga, pasta de dentes e fórmulas caseiras.
• Arrefecer a queimadura por períodos superiores a 10 minutos,
especialmente quando ocupa áreas superiores a 20% do corpo.

259
Queimaduras
• O tratamento das queimaduras deve ser feito no Hospital, sempre que
houver dúvidas sobre a gravidade, extensão e tratamento a realizar.

• A vítima deve ser transportada imediatamente para o Hospital quando:

 Tiver queimaduras de 2.º ou 3.º graus.

 A zona queimada for superior a 10%.

 Afectar zonas sensíveis (mãos, pés, genitais, rosto ou couro cabeludo).

 Tiver sido provocada por fogo, eletricidade ou substância química.

 A queimadura parece estar infectada (com pus, inchada ou vermelha).


260
Queimaduras

(385) Queimadura grave | Primeiros socorros - YouTube 261


Queimaduras

QUEIMADURAS PRIMEIROS SOCORROS - O QUE FAZER? - YouTube 262


Esmagamento e Traumatismo

Amputações

• Nas amputações ocorre secção (por corte, arrancamento ou outro tipo de


traumatismo) de um membro ou de um segmento de um membro.
• Podem provocar hemorragias graves e levar à perda irreversível da parte
amputada.
• As prioridades são:
 Controlar a hemorragia,
 Prevenção de infeção (através da realização de penso)
 Preservação do membro amputado.

263
Esmagamento e Traumatismo
Amputações

Modo de atuação
• Controlar rapidamente a hemorragia associada.
 Colocar compressas no coto de amputação e efetuar compressão
manual direta (a limpeza prévia do coto apenas deverá ser feita se a
hemorragia não for grande)
 A utilização de garrote está indicada apenas em situações em que o
acesso ao coto de amputação não é possível;
• Sem remover as primeiras compressas, cobrir o coto com numerosas
compressas e fazer penso compressivo.
• Se o penso repassar rapidamente, não o levantar, colocar mais compressas
e aplicar novamente ligadura compressiva;
264
Esmagamento e Traumatismo
Amputações

(959) Técnica de realização de torniquete (hemorragia externa grave/exsanguinante) - YouTube 265


Esmagamento e Traumatismo
Amputações

Modo de atuação
• Avaliar e registar sinais vitais;
• Despistar sinais de choque;
• Recolher o máximo de informação sobre o mecanismo do trauma e sobre
a vítima;
• Não dar nada de beber ou comer à vítima;
• Manter a temperatura corporal;
• Transportar para a unidade de saúde adequada mantendo vigilância
apertada dos sinais vitais.
266
Esmagamento e Traumatismo
Amputações

Modo de atuação
• A parte amputada deve acompanhar sempre a vítima ao hospital.
Cuidados com o membro amputado:
• Recolher o membro amputado;
• Lavar a ferida/esfacelo com SF ou água destilada;
• Envolver o membro em compressas humedecidas com SF e colocá-lo
dentro de um saco.
• Proteger cuidadosamente topos ósseos afiados com compressas;
• Colocar o saco dentro de outro saco com gelo e transportá-lo sempre com
a vítima.
267
Esmagamento e Traumatismo
Esfacelos

• São lesões graves dos tecidos moles em que existe perda de tecidos.
• Resultam habitualmente do esmagamento dos membros originando lesão
não só cutânea mas também a nível músculo-esquelético e neurovascular.
• Podem conduzir a hemorragias graves e a amputação do membro afetado.
• As prioridades são:
 Controlar a hemorragia.
 Prevenir infecções.

268
Esmagamento e Traumatismo
Esfacelos

Modo de atuação
• Identificar e controlar eventuais hemorragias associadas;
• Em esfacelos extensos pode ser necessário garrotar o membro (se
exequível);
• Lavar rapidamente a lesão (para remover corpos estranhos);
• Cobrir o esfacelo com numerosas compressas e fazer penso compressivo;
• Se este penso “repassar” rapidamente não o levantar, confirmar eficácia
do garrote (se aplicado), colocar mais compressas e aplicar novamente
ligadura compressiva;
• Avaliar repetidamente a perfusão do membro distalmente ao esfacelo.
269
Entorses

• A entorse é uma lesão nos tecidos


moles (cápsula articular e/ou
ligamentos) de uma articulação
• Ocorre durante um movimento
brusco
• O tornozelo é a região do corpo
mais afetada por entorses.

270
Entorses

Sinais e sintomas:
• Dor na articulação, pode ser imediata ou gradual
• Edema da articulação.
• Incapacidade para mexer a articulação.

Modo de atuação:
• Imobilizar o membro
• Elevar o membro lesionado.
• Aplicar gelo ou deixar correr água fria sobre a articulação.
• Consultar posteriormente o médico.

271
Luxações

• Deslocamento repentino e
duradouro de um ou mais ossos
de uma articulação.
• Ocorrem por traumatismo que
pode resultar de uma queda ou
pancada forte.

272
Luxações
Sinais e sintomas:
• Dor
• Deformidade
• Limitação funcional
• Edema
• Hematoma

Modo de atuação:
• Não forçar o membro afetado
• Imobilizar a zona afetada
• Elevar o membro
• Aplicar gelo
273
Fraturas

• Fratura surge quando há alteração da continuidade de um osso.


• Pode resultar de traumatismos diretos ou indiretos.
• Pode ser total ou parcial
• Embora de um modo geral não coloquem em perigo a vida, podem
quando abordadas de forma incorreta aumentar a morbilidade e
tempo de internamento.

274
Fraturas

Há comunicação do
Expostas foco de fratura com o
exterior

Fraturas
Não há comunicação do
Fechadas foco de fratura com o
exterior

275
Fraturas

Sinais e sintomas:
• Dor que diminui com a tração e imobilização;
• Impotência funcional;
• Deformidade, resultante da angulação dos topos ósseos ou do
encurtamento do membro;
• Crepitação;
• Edema;
• Equimose ou hematoma;
• Exposição dos topos ósseos.

276
Fraturas

Modo de atuação:

• Expor a zona da lesão (desapertar ou cortar a roupa).


• Controlar hemorragia quando existente
• Em fraturas expostas lavar a ferida com soro antes de imobilizar.
• Imobilizar as articulações que se encontram antes e depois da fratura,
utilizando talas apropriadas ou, na sua falta, improvisadas
• Avaliar repetidamente a perfusão do membro imobilizado.

277
Fraturas

O que não fazer:

• Tentar fazer redução da fratura, isto é, tentar encaixar as extremidades


do osso partido.
• Provocar apertos ou compressões que dificultem a circulação do
sangue.
• Procurar, numa fractura exposta, empurrar para dentro as partes dos
ossos que estejam visíveis.

278
Fraturas
Fratura exposta

Fratura Exposta - Saiba como tratar um fratura exposta - YouTube 279


Imobilização de fraturas

• A imobilização faz-se com auxílio de talas e ligaduras ou panos


• As talas devem ser previamente almofadadas e bastante sólidas
• Quando improvisadas, podem ser feitas com barras de metal ou varas
de madeira.
• Se se utilizarem talas insufláveis, estas devem ser desinsufladas de 15
em 15 minutos para aliviar a pressão que pode dificultar a circulação
do sangue.
• Deixar a extremidade do membro livre de modo a ser possível avaliar
a perfusão periférica.

280
Imobilização de fraturas

Importância da imobilização:

• Reduzir a dor
• Prevenir e minimizar danos a nível dos nervos, músculos e vasos
sanguíneo ao redor da lesão
• Manter a perfusão

281
Imobilização de fraturas
Imobilização e extensão da clavícula

• Dobre dois lenços em gravata


• Ate entre si as pontas dos lenços que rodeiam os ombros, atando-as
depois com as do lado oposto.
282
Imobilização de fraturas
Imobilização e extensão da clavícula (continuação)

• Entre os nós formados e a pele, coloque uma almofada de proteção e duas


outras de cada lado das axilas, para evitar a compressão das artérias que
irrigam os membros superiores.
• Coloque um pequeno pau entre os dois nós, rodando-o à volta de um eixo
transversal, que irá enrolar as pontas dos lenços, encurtando-os e puxando
consequentemente os ombros para trás, fazendo a extensão das clavículas.
283
Imobilização de fraturas
Imobilização e extensão da clavícula

284
https://www.youtube.com/watch?v=Bys4dZ2vKW8
Imobilização de fraturas
Imobilização do braço
• Utilize dois lenços e um jornal ou revista e proceda como nas imagens

285
Imobilização de fraturas
Imobilização do braço (continuação)

286
Imobilização de fraturas
Imobilização do braço (continuação)

https://www.youtube.com/watch?v=7CIdnpxaVD0 287
Imobilização de fraturas
Imobilização da mão e do antebraço

288
Imobilização de fraturas
Imobilização do antebraço

289
(385) Imobilização do antebraço - YouTube
Imobilização de fraturas
Imobilização da mão

https://www.youtube.com/watch?v=pgSM4c8tglo 290
Imobilização de fraturas
Imobilização da coxa
• Se a fratura for no fémur (coxa), as talas devem ser colocadas, do lado de
fora, desde a axila até à planta do pé e do lado de dentro desde a virilha
até à planta do pé.

291
Imobilização de fraturas
Imobilização da coxa

Imobilização de femur - parte 1 - YouTube 292


Imobilização de fraturas
Imobilização da perna
• Se a fratura for nos ossos da perna – tíbia e/ou perónio – as talas devem
ser colocadas desde a anca até à planta do pé.

293
Imobilização de fraturas
Imobilização do tornozelo

• Se a fratura for no tornozelo, as talas devem ser colocadas desde a parte


de cima do joelho até à planta do pé.

294
Imobilização de fraturas
Imobilização do pé

295
Imobilização de fraturas

Imobilização do maxilar

296
Imobilização de fraturas
Imobilização do maxilar

https://www.youtube.com/watch?v=tfSeQfslQtw&feature=emb_logo
297
Imobilização de fraturas

Imobilização de fraturas
Sinais de alerta após imobilização:
• Agravamento da dor
• Edema dos dedos
• Palidez ou cianose dos dedos
• Dedos frios
• Formigueiro ou alteração da sensibilidade
• Dificuldade de movimentar os dedos ou dedos muito
dobrados.

298
Imobilização de fraturas
Imobilização de fraturas

https://www.youtube.com/watch?v=Du9uzsrQRcM 299
Picadas e mordeduras

• Estão entre os tipos mais comuns de traumatismos aos quais o


homem está exposto.
• Duas vezes mais frequentes em crianças do que em adultos.

300
Picadas e mordeduras

Mordedura de cão

Modo de atuação:
• Desinfectar o local da mordedura,
• Informar-se se o cão está corretamente vacinado.
• Encaminhar para o Hospital.

301
Picadas e mordeduras

Mordedura de gatos/ratos/porcos/equídeos

Modo de atuação:
• Desinfectar o local da mordedura
• Transportar sempre a vítima ao Hospital.

302
Picadas e mordeduras

Mordedura de cobra

Modo de atuação:
• Manter a vítima imóvel e tranquila.
• Lavar e desinfetar o local da mordedura
• Aplicar frio/gelo
• Imobilizar a zona (se for nos membros)
• Contatar o CIAV
• Manter a vítima em vigilância

303
Picadas e mordeduras

Mordedura de cobra

O que não fazer:


• Chupar a ferida.
• Garrotar o membro
• Tentar golpear a zona mordida.

304
Picadas e mordeduras

Picadas de abelhas e vespas

Modo de atuação
• Imobilizar a zona atingida
• Retirar o ferrão com uma pinça.
• Desinfectar com anti-séptico (Betadine dérmico).
• Aplicar gelo localmente.

305
Picadas e mordeduras

Picadas de abelhas e vespas

Modo de atuação (continuação)


• Transporte urgente para o Hospital quando:
 Picadas múltiplas (enxame).
 Pessoas alérgicas.
 Picadas na boca ou na garganta (pelo risco de asfixia).

306
Picadas e mordeduras

Picada por peixe-aranha

Modo de atuação:
• Imobilizar a zona atingida
• Aplicar calor
• Contatar o CIAV

307
Transporte de socorro e utilização de macas

• O transporte deve ser efetuado para uma Unidade de Saúde


adequada às necessidades da vítima
• O transporte deve ocorrer o mais precocemente possível
• Deve ser realizado por pessoal especializado.

O transporte realizado de forma inadequada pode agravar as


lesões da vítima, podendo mesmo levar a sequelas irreversíveis

308
Transporte de socorro e utilização de macas

• Durante o transporte para a unidade de saúde a vítima deve ser


mantida em vigilância
• Uma ambulância apenas pode transportar uma vítima.
• O transporte só dever ser realizado depois da vítima estar
estabilizada (manter respiração e circulação, controlar
hemorragias, imobilizar fraturas...)
• O transporte é feito conforme o tipo e circunstâncias gerais do
acidente ou ocorrência.
• Nas vítimas de amputação o membro amputado deve
acompanhar a vítima)
309
Transporte de socorro e utilização de macas

• A forma mais adequada de efetuar o transporte é de maca.


• A colocação da vítima na maca deve ser realizada tendo em
conta a situação da vítima.

Uma vítima de trauma deve ser sempre movimentada em bloco.

310
Transporte de socorro e utilização de macas

311
(980) Como colocar vítima na maca rígida - YouTube
Material de primeiros socorros

• Deve ser guardado numa caixa ou local protegido do calor e humidade


• O local deve estar devidamente sinalizado e ser de fácil acesso
• Os funcionários da instituição/empresa devem ter conhecimento da sua
existência e local onde se encontra
• Deve existir um local próprio onde efetuar os primeiros socorros e este
deve estar devidamente higienizado

312
Material de primeiros socorros

• Além do armário de primeiros socorros deve existir uma mala


transportável de modo a poder ser levada ao local da ocorrência
naquelas situações em que a vítima não reúne condições para ir ao
espaço destinado aos primeiros socorros.
• Preferencialmente deverão existir junto da mala/caixa/armário de
primeiros socorros protocolos de atuação nas situações de acidente mais
comuns.
• O conteúdo da mala/caixa/armário de primeiros socorros é da
responsabilidade dos profissionais da Equipa de segurança no trabalho,
devendo estar devidamente listado e ser revisto periodicamente, com
especial atenção para as datas de validade de alguns componentes.

313
Material de primeiros socorros

Um armário de primeiros socorros deve conter:


• Luvas de látex descartáveis.
• Tesoura.
• Pinça.
• Compressas esterilizadas.
• Rolos de adesivos de 1 cm e 5 cm.
• Sabão (líquido de preferência).
• Antissépticos para desinfecção de pele e mucosas (Betadine ou
similar e Clorhexidina).

314
Material de primeiros socorros

Um armário de primeiros socorros deve conter (continuação):


• Embalagem grande de esponjas de “Spongostan”.
• Gaze vaselinada
• Película aderente.
• Termómetro digital.
• Solução de glicose e pacotes de açúcar.
• Ligaduras.
• Pensos rápidos.

315
Material de primeiros socorros

Deverá existir também um conjunto de material de proteção e limpeza da


área onde se prestam os primeiros socorros
• Clorhexidina 4%.
• Lixívia comercial – hipoclorito de sódio a 5-10% (atenção à validade).
• Toalhetes descartáveis para as mãos.
• Balde com tampa e pedal.
• Aventais descartáveis.
• Sacos de plástico apropriados para produtos eventualmente
contaminados, se possível de parede dupla.

316
Material de primeiros socorros
A mala transportavel de primeiros socorros deve conter:
• Luvas de látex descartáveis (2 pares).
• Compressas esterilizadas (5 pacotes).
• Ligaduras (3 unidades).
• Adesivos (1 rolo).
• Pensos rápidos (1 caixa).
• Solução de iodopovidona dérmica (Betadine) (unidades individuais).
• Soro fisiológico (1 frasco pequeno ou unidades individuais).
• Termómetro digital (1).
• Paracetamol 500 mg (1 caixa).
• Anti-inflamatório ( um xarope ou caixa) – Ibuprofeno
317
Material de primeiros socorros

A mala transportavel de primeiros socorros deve conter (continuação):


• Protetor solar
• Gel/pomada para queimaduras (1)- Fenistil, biafine
• 4 pacotes de açúcar ou solução de glicose.
• Esfigmomanómetro (1).
• Gaze vaselinada (5 pacotes).
• Tesoura (1).
• Pinça pequena (1).
• “Spongostan”.
• Película aderente.
318
Material de primeiros socorros

• Depois de prestado o socorro o material deverá ser higienizado e as


superfícies descontaminadas
• Quem higieniza e descontamina o local e materiais deve manter sempre
as mãos protegidas com luvas de borracha.
• O material descartável utilizado, deve ser removido para o saco de
plástico de parede dupla que se atará firmemente.
• O restante material (pinças, tesouras, etc), logo depois de utilizado, deve
ser lavado com água e sabão e depois mergulhado em lixívia comercial
durante 30 minutos

319
Material de primeiros socorros

• As superfícies e locais conspurcados devem ser cuidadosamente limpos e


descontaminados
 Utilizar lixívia pura (se possível a 10%) deixando atuar durante 10
minutos.
 Remover tudo para saco de plástico adequado e fechá-lo com
segurança.
 Lavar toda a superfície contaminada com água.

320
Bibliografia
• Gutierrez PR, Oberdiek HI. Concepções sobre a saúde e a doença. In: Andrade SM, Soares DA,
Cordoni Junior L, organizadores. Bases da Saúde Coletiva. Londrina: UEL; 2001
• Scliar, M. História do conceito de saúde. Physis. Rev. Saúde Coletiva.[Online]. 2007; 17(1) 29-41.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/physis/v17n1/v17n1a03.pdf.
• Blane, D.; Brunner,E.; Wilkinson, R. (Eds.). Health and Social Organization. London: Routledge, 1996
• Public Health Agency of Canada. (15 de Janeiro de 2013). Key Elements of a Population Health
Approach. Obtido de http://www.phac-aspc.gc.ca:
http://www.phacaspc.gc.ca/ph-sp/approach-approche/appr-eng.php#key_element
• Ana Catarina Meireles. Excerto da dissertação "Níveis de prevenção: conceito e contributo do
médico de saúde pública", efectuada na Administração Regional de Saúde do Norte, IP, no âmbito
do Internato Médico de Saúde Pública. Catarina Meireles © Portal de Saúde Pública, 2008

321

Você também pode gostar