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NR 23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

INTRODUÇÃO

A vigésima terceira norma regulamentadora, cujo título é "Proteção Contra Incêndios",


estabelece as medidas de proteção contra incêndios de que devem dispor os locais de
trabalho, visando à prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores.

COMENTÁRIOS DA NR 23

A seguir serão apresentados os comentários da NR 23 indicando os itens e subitens do


texto legal. Os comentários foram escritos baseados nas normas técnicas da ABNT,
Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Rio de Janeiro (COSCIP-RJ)
e IN CBSP 22/03 do Estado de São Paulo.

Referências - Item 23.1 I Subitem 23.1.1 - Disposição Gerais


 Os comentários desta NR se baseiam nas normas técnicas da ABNT e códigos
aplicáveis, de modo a despertar a importância e a necessidade da regulamentação
e dos requisitos técnicos normativos. A Norma ABNT 14.276 define "prevenção de
incêndio" como uma série de medidas destinadas a evitar o aparecimento de um
princípio de incêndio ou, no caso de ele ocorrer, permitir combatê-Io prontamente
para evitar sua propagação.

 As normas internacionais, como a NFPA - National Fire Protections Association


(EUA), são importantes para aprimorar o conhecimento e a tecnologia disponíveis
no campo da prevenção e combate a incêndios.
 Fogo e incêndio apresentam a mesma definição lingüística. Sob o ponto de vista
químico, são definidos como uma reação química exotérmica, isto é, libera energia.
Esta reação, normalmente denominada de combustão, envolve a oxidação rápida
de um combustível resultando em sub-produtos e calor.
 As diferenças entre fogo e incêndio é que o primeiro ocorre de forma pré-ordenada,
objetivando, normalmente, o benefício do próprio homem, e o segundo tem sua
ocorrência fora do controle e com prejuízos para o homem.

 Esta NR não trata dos parâmetros de projeto de um sistema completo de combate a


incêndio, tampouco dos aspectos administrativos envolvendo o licenciamento. Para
isso, devem ser consultados as normas técnicas da ABNT e os documentos
técnicos do Corpo de Bombeiros de cada Estado. A fiscalização na aplicação desta
norma, bem como as demais NR, é de responsabilidade do MTE.
 Vale ressaltar que a aplicação, na íntegra, da NR 23 não isenta a organização da
obrigatoriedade de requerer o licenciamento junto ao Corpo de Bombeiros, segundo
os critérios técnicos estabelecidos. Ressaltamos que cada Estado possui legislação
específica tratando dos mecanismos, requisitos e prazos de validade envolvendo o
licenciamento. Nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Distrito
Federal, por exemplo, o licenciamento é obrigatório.
 Destacamos, também, a importância das inspeções das seguradoras, lembrando
que a NR 23, Corpo de Bombeiros e o IRB possuem critérios técnicos de avaliação
específicos que precisam ser debatidos para fins de aplicação.
 Os princípios da prevenção e combate a incêndios apresentados pela NR 23 visam
a orientar as pessoas responsáveis pelo treinamento e adequação técnica,
destacando a necessidade de priorizar a prevenção e, desta forma, minimizar a
possibilidade de ocorrência de eventos indesejáveis que resultem em danos às
pessoas e à propriedade.
 Independentemente da necessidade de licenciamento, é uma boa prática preventiva
manter uma planta indicando os locais de acesso e abandono em caso de
emergência (saídas) e identificando os locais dos extintores, hidrantes, sprinklers
elou aspersores, detectores de fumaça, iluminação de emergência, biruta (quando
existir estocagem de produtos químicos tóxicos elou inflamáveis), proteção
respiratória, entre outros recursos previstos no plano de emergência.

 A planta de localização fará parte do plano de emergência e será postada em locais


estratégicos da empresa, devendo ser utilizada para reuniões informativas com
novos funcionários e visitantes, durante a apresentação da unidade.
 O sistema de prevenção de incêndio a ser instalado deve corresponder a um
memorial, constando cálculos, dimensionamentos e perspectiva isométrica da
tubulação (sem escala, com cotas e hidrantes numerados). O Corpo de Bombeiros
pode solicitar documentos relativos ao sistema em caso de necessidade.
 O item 23.1.1 toma obrigatória a proteção contra incêndio em todas as suas formas:
saídas em número suficiente, equipamentos preventivos e pessoas treinadas na
utilização correta dos equipamentos preventivos.
 Pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos de que trata o item 23.1.1
quer dizer Curso de Brigada de Incêndio com conteúdos programático teórico e
prático sugeridos pela Norma ABNT 14.276.

Referências - Item 23.2 I Subltens 23.2.1 a 23.2.9 - Saídas

 É importante guardar alguns números desta NR. Por exemplo, a largura mínima das
aberturas de saída (não se fala em porta) deverá ser de 1,20 m. As circulações
internas, ou corredores de acessos, devem possuir largura mínima de 1,20 m. Estas
vias de saída, incluindo as vias de acesso ou corredores, estarão sempre
desobstruídas, iluminadas e sinalizadas.
 Atenção para as distâncias que devem ser percorridas entre qualquer local de
trabalho e as saídas: se considerado risco grande (pode-se usar o mapa de risco
como referência), não maior que 15m (quinze metros); se for de risco médio ou
pequeno, 30m (trinta metros).
 Há uma exceção importante que é a alteração das distâncias, a critério da
autoridade competente em segurança do trabalho, se houver instalações de
chuveiros sprinklers automáticos e segundo a natureza do risco.
 A Norma ABNT 14.276 define população fixa como aquela que permanece
regularmente na edificação, considerando-se os turnos de trabalho e a natureza
ocupação, bem como os terceiros nestas condições. Já população flutuante é
aquela que não se enquadra no item de população fixa, considerada pelo pico.
 A norma técnica ABNT NBR 9.077 regulamenta os aspectos importantes sobre
saída de emergência em edifícios.

Referências -Item 23.31 Subitens 23.3.1 a 23.3.7.1 - Portas

 Chamamos a atenção para o sentido de abertura das portas de saída, que devem
abrir no sentido da saída e de tal forma que não impeçam as vias de passagem
Devem ser visíveis e é, terminantemente, proibido qualquer obstáculo, mesmo
ocasional, que entrave seu acesso ou sua vista.

 As portas devem dispor de elementos mecânicos que as mantenham fechadas com


o trinco, mas não trancadas com chaves.
Referências - Item 23.4 I Subitem 23.4.1 - Escadas

 As escadas merecem cuidados especiais, pois poderão ocasionar graves acidentes


e, por isso, devem ser submetidas às inspeções periódicas constantes. Especial
atenção será dada aos degraus, que devem ser conservados limpos.
 Não é permitida a instalação de extintores de incêndio nas escadas, nem permitir
que portas de emergência sejam mantidas trancadas impedindo a entrada de
bombeiros nos andares. Nas edificações, será proibida a armazenagem de materiais
que impeçam a livre saída das pessoas em caso de emergência.

Referências - Item 23.5 e 23.6 I Subitens 23.5.1 e 23.6.1 - Ascensores

 A ABNT publicou a especificação NBR 11.742 (Porta corta-fogo para saída de


emergência) que tem como objetivo fixar as condições exigíveis de construção,
instalação e funcionamento de porta corta-fogo de abertura com eixo vertical para
saída de emergência.
 Deve ser disposta uma planta geral da usina identificando os equipamentos
preventivos, pontos de encontro e saídas de emergência.

Referências -Item 23.7/ Subitens 23.7.1 - Combate ao Fogo

Nas plantas em que houver mais de um pavimento, setor, bloco ou edificação, deve
ser estabelecido previamente um sistema de comunicação entre os brigadistas com
o fim de facilitar as operações durante a ocorrência de uma situação real ou
simulado de emergência.
 Essa comunicação pode ser feita através de telefones, quadros sinópticos,
interfones, sistemas de alarme, rádios, alto-falantes, sistemas de som interno, entre
outros.
 Caso seja necessária a comunicação com meios externos (Corpo de Bombeiros ou
Plano de Auxílio Mútuo), a telefonista ou o operador de rádio é a(o) responsável por
ela. Para tanto, faz-se necessário que essa pessoa seja devidamente treinada e que
esteja instalada em local seguro e estratégico para o abandono.
 O responsável máximo da brigada de incêndio (coordenador geral, chefe da brigada
ou líder, conforme o caso) determina o início do abandono, priorizando o(s) local(is)
sinistrado(s), o(s) pavimento(s) superior(es) a este(s), o(s) setor(es) próximo(s) e
o(s) locais(is) de maior risco.
 Devem ser previstos um ou mais pontos de encontro dos brigadistas, para
distribuição das tarefas da brigada de incêndio.
 O grupo de apoio é formado com a participação da segurança patrimonial, de
eletricistas, encanadores, telefonistas e técnicos especializados na natureza da
ocupação.

 Incluir no programa de introdução de novos funcionários (próprios e terceiros) e


visitantes a orientação sobre a existência de alarmes de emergência setoriais bem
como o que fazer em caso de emergência. Para os visitantes e trabalhadores
terceiros, são elaborados filmes instrutivos com informações básicas sobre o plano
de emergência.
Referências - Subitens 23.7.2 e 23.7.3. Combate ao Fogo

 A Norma ABNT 14.276 define Combate a incêndio como um conjunto de ações


táticas, destinadas a extinguir ou isolar o incêndio com uso de equipamentos
manuais ou automáticos. "Emergência" é um sinistro ou risco iminente que requeira
ação imediata.
 Não está determinada a ordem prioritária para o combate ao fogo, porém, na
prática, observamos ser a seguinte ordem a mais adequada para as pessoas que
estão treinadas e aptas para o combate ao fogo:

a) Acionar o sistema de alarme e/ou solicitar a alguém que chame o Corpo de


Bombeiros;
b) Combater o fogo com extintores ou outros meios adequados; e
c) Percebendo dificuldade na sua extinção, sair do local, desligando máquinas e
equipamentos elétricos (quando a operação não envolver riscos adicionais).

 Com a chegada do órgão oficial competente, a brigada deve ficar à sua disposição.

Referências - Item 23.8 I Subitem 23.8.1 - Exercício de Alerta

 Os exercícios de alerta, a que se refere o item 23.8, dizem respeito aos chamados
"simulados" ou "exercícios práticos". Estes exercícios de alerta devem fazer parte do
plano de emergência e englobar todas as áreas e atividades de risco da empresa.
 O Plano de Atendimento a Emergência (PAE) irá prever simulado baseado nos
cenários identificados nos estudos de riscos e estudos de vulnerabilidade
(modelagem) desenvolvidos para as unidades operacionais.

 O Plano de Contingência envolverá o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e outras


instituições externas consideradas importantes neste processo, de forma a garantir
a eficácia do sistema de comunicação e atendimento emergência para os eventos
que possam sair fora de controle da unidade e atingir comunidades.
 A coordenação do PAE deve ser revisada entre diversos gerentes operacionais, de
forma a garantir que mais pessoas ligadas à alta administração sejam capazes de
coordenar situações de emergência.

 A Análise Preliminar de Riscos (APR) é a ferramenta mais adequada e usual para


identificar cenários de acidentes possíveis de ocorrer nos processos. Os cenários
primários a serem identificados são: explosões, incêndio, vazamentos, implosões,
decomposição, entre outros. Normalmente, estes eventos envolvem produtos
perigosos explosivos, inflamáveis e reativos, cujos requisitos de segurança para o
manuseio e transporte estão previstos na Resolução ANTT 420/2004 e documentos
complementares.
 A Norma ABNT 14.276 sugere que devam ser realizados exercícios simulados
parciais e completos no estabelecimento ou local de trabalho com a participação de
toda a população, no período máximo de três meses para simulados parciais e seis
meses para simulados completos.
 Imediatamente após o simulado, será realizada uma reunião para avaliar e corrigir
as falhas ocorridas. Deve ser elaborada ata na qual constem:
a) Horário do evento;
b) Tempo gasto no abandono;
c) Tempo gasto no retorno;
d) Tempo gasto no atendimento de primeiros socorros;
e) Atuação da brigada;
f) Comportamento da população;
g) Participação do Corpo de Bombeiros e tempo gasto para sua chegada; h) Ajuda
externa (PAM - Plano de Auxílio Mútuo);
i) Falhas de equipamentos;
j) Falhas operacionais;
k) Demais problemas levantados na reunião.

 A Norma ABNT define "exercício simulado" como exercício prático realizado


periodicamente para manter a brigada e os ocupantes das edificações em condições
de enfrentar uma situação real de emergência. "Exercício simulado parcial" é o
exercício simulado abrangendo apenas uma parte da planta, respeitando-se os
turnos de trabalho.
 Nas indústrias que armazenam, manuseiam e/ou transportam produtos perigosos,
devem ser feitos simulados para emergência química. Destacamos que uma
emergência com fogo não é a mesma coisa que lidar com uma emergência química
envolvendo vazamento de gases e vapores tóxicos.
 Para atuar em uma emergência química, será necessário aprofundar alguns
conceitos adicionais envolvendo "contenção" e "confinamento". Embora pareça
apenas uma questão lingüística, existem algumas diferenças importantes que
poderão direcionar os trabalhos da equipe:
a) Contenção: Ação ofensiva para manter o que resta do produto dentro do próprio
recipiente. A NFPA apresenta a seguinte definição: "Ações tomadas para
manter um material dentro de seu recipiente". Por razões de ordem prática, a
prioridade inicial é tentar impedir que o vazamento continue.
b) Confinar: Ação defensiva para isolar o produto que já escapou, na tentativa de
mantê-Io dentro da área já impactada, impedindo que alcance outros locais. A
partir do confinamento, é que serão tomadas outras ações para recolher o
produto e descontaminar o local e as pessoas.
 Para o combate ao fogo, devem ser levadas em consideração três fases: a
preparação, a tática e a técnica. A preparação é levada a efeito antes do fogo se
manifestar e compreende a verificação de todos os meios e dispositivos de
prevenção, existentes no local contra o incêndio.
 A tática compreende o estudo do emprego adequado, no momento da
emergência, dos meios previstos na fase de preparação, conjugando-os de modo
a se obter a máxima eficiência e seu emprego no menor tempo possível. A
técnica compreende a maneira como são usados, adequadamente, todos os
meios possíveis.
 Os exercícios de combate ao fogo devem ser efetuados, periodicamente, para
que os requisitos preventivos sejam verificados. Vale ressaltar que os simulados
servem para testar não apenas o comportamento das pessoas, mas, também, a
condição de operação dos equipamentos preventivos.
 Por isso, os profissionais de segurança devem tomar cuidado para evitar
acidentes durante os exercícios simulados, principalmente envolvendo resgate
de pessoas em edificações, navios e plataformas. Sugerimos que estes
treinamentos sejam conduzidos através de convênio com o Corpo de Bombeiros
e que, em uma primeira etapa, sejam utilizados pesos no lugar de pessoas para
garantir a operacionalidade dos equipamentos.
 Esta NR não menciona carga horária do treinamento e nem quem deve aplicá-Io.
Normalmente, é uma atividade à cargo do SESMT. É uma boa idéia criar uma
equipe de avaliação para discussão dos pontos fracos para fins de melhoria.
Referências - Subitem 23.8.2 . Exercício de Alerta

 Mesmo os profissionais do SESMT devem passar por treinamentos específicos para


que sejam capazes de conduzir, com segurança, os simulados envolvendo
situações de fogo. Existem diversas entidades que organizam estes cursos, como,
exemplo, o curso "Cama leão" da Marinha no Rio de Janeiro.
 No caso de simulados para emergência química, os profissionais do SESMT
deverão ter treinamento específico para reconhecer e atuar em uma emergência
química. Isso requer horas de treinamento, experiência e vivência profissional.
 A Norma ABNT 14.276 define "profissional habilitado" aquele com formação em
Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho, devidamente registrado nos Conselhos
Regionais competentes ou no Ministério do Trabalho e os militares das Forças
Armadas, das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, com o Ensino
Médio completo e que possua especialização em Prevenção e Combate a Incêndio
(carga horária mínima: 60 h) ou Técnicas de Emergência Médica (carga horária
mínima: 40 h), conforme sua área de especialização.
 Sugerimos a leitura dos livros Segurança na Armazenagem, Manuseio e Transporte
de Produtos Perigosos e Regulamentação do Transporte Terrestre de Produtos
Perigosos, para mais informações sobre emergência química.
 Sinalizar as áreas de produção definindo rotas de fuga, pontos de encontro,
localização extintores, macas de primeiros socorros, visando a garantir que
trabalhadores próprios, terceirizados e visitantes estejam familiarizados com o
sistema d comunicação de emergência e recursos existentes na usina.

Referências - Subitem 23.8.3 . Exercício de Alerta

 A Norma ABNT 14.276 define "plano de segurança contra incêndio" como um


conjunto de ações e recursos internos e externos ao local, que permite controlar a
situação de incêndio. A mesma Norma define que "Planta" é o local onde estão
situadas em uma única ou mais empresas, com uma única ou mais edificações.
 A Norma ABNT 14.276 sugere que, para dar início aos procedimentos básicos de
emergência, devem ser utilizados os recursos disponíveis abaixo:

a) Alerta: Identificada uma situação de emergência, qualquer pessoa pode


alertar, através dos meios de comunicação disponíveis, os ocupantes, os
brigadistas e apoio externo, inclusive o Corpo de Bombeiros;
b) Análise da situação: Após o alerta, a brigada deve analisar a situação, desde
o início até o final do sinistro, e desencadear os procedimentos necessários
que podem ser priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo com,
número de brigadistas e os recursos disponíveis no local;
c) Primeiros socorros: Prestar primeiros socorros às possíveis vítimas,
mantendo ou restabelecendo suas funções vitais com SBV (suporte básico
da vida) e RCP (reanimação cardiopulmonar) até que se obtenha o socorro
especializado;
d) Corte de energia: Cortar, quando possível ou necessário, a energia elétrica
dos equipamentos, da área ou geral;
e) Abandono de área: Proceder ao abandono da área parcial ou total, quando
necessário, conforme comunicação preestabelecida, removendo para loca
seguro, a uma distância mínima de 100 m do local do sinistro,
permanecendo até a definição final;
f) Confinamento do sinistro: Evitar a propagação do sinistro e suas
conseqüências;
g) Isolamento da área: Isolar fisicamente a área sinistrada, de modo a garantir
os trabalhos de emergência e evitar que pessoas não autorizadas entrem no
local;
h) Extinção: Eliminar o sinistro, restabelecendo a normalidade;
i) Investigação: Levantar as possíveis causas do sinistro e suas conseqüências
e emitir relatório para discussão nas reuniões extraordinárias, com o objetivo
de propor medidas corretivas para evitar a repetição da ocorrência.
 Devem ser realizadas reuniões mensais com os membros da brigada, com registro
em ata, discutindo-se os seguintes assuntos:

a) Funções de cada membro da brigada dentro do plano;


b) Condições de uso dos equipamentos de combate a incêndio;
c) Apresentação de problemas relacionados à prevenção de incêndios encontrados
nas inspeções para que sejam feitas propostas corretivas;
d) Atualização das técnicas e táticas de combate a incêndio;
e) Alterações ou mudanças do efetivo da brigada entre outros assuntos de interesse.

 A Norma ABNT 14.276 complementa que, após a ocorrência de um sinistro ou


quando identificada uma situação de risco iminente, será necessário fazer uma
reunião extraordinária para discutir as providências a serem tomadas. As decisões
serão registradas em ata e enviadas às áreas competentes para as providências
pertinentes.

Referências - Subitem 23.8.4 . Exercício de Alerta

 A Norma ABNT 14.276 separa os bombeiros nas seguintes categorias:


a) Bombeiro profissional civil: Pessoa que presta serviços de atendimento de
emergência a uma empresa.
b) Bombeiro público (militar ou civil): Pessoa pertencente a uma corporação de
atendimento a emergências públicas.
c) Bombeiro voluntário: Pessoa pertencente a uma organização não
governamental que presta serviços de atendimento a emergências públicas.

 Em caso de simulado ou incêndio, adotar os seguintes procedimentos:


a) Manter a calma;
b) Caminhar em ordem sem atropelos;
c) Não correr e não empurrar;
d) Não gritar e não fazer algazarras;
e) Não ficar na frente de pessoas em pânico. Se não puder acalmá-Ias, evite-
as. Se possível, avisar um brigadista;
f) Todos os empregados, independentemente do cargo que ocupam na
empresa, devem seguir rigorosamente as instruções do brigadista;
g) Nunca voltar para apanhar objetos;
h) Ao sair de um lugar, fechar as portas e janelas sem trancá-Ias;
i) i) Não se afastar dos outros e não parar nos andares;
j) Levar consigo os visitantes que estiverem em seu local de trabalho;
k) k) Sapatos de salto alto devem ser retirados;
l) Não acender ou apagar luzes, principalmente se sentir cheiro de gás;
m) Deixar a rua e as entradas livres para a ação dos bombeiros e do pessoal
de socorro médico;
n) Ver como seguro o local pré-determinado pela brigada e aguardar novas
instruções.
 Em locais com mais de um pavimento:

a) Nunca utilizar o elevador;


b) Não subir, procurando sempre descer;
c) Ao utilizar as escadas de emergência, descer sempre pelo lado direito da
escada.

 Em situações extremas:

a) Nunca retirar as roupas. Procurar molhá-las, a fim de proteger a pele da


temperatura elevada (exceto em simulados), é o melhor a se fazer;
b) Se houver necessidade de atravessar uma barreira de fogo, molhar todo corpo,
roupas, sapatos e cabelo. Proteger também a respiração com um lenço
molhado junto à boca e o nariz, mantendo-se sempre o mais próximo o chão, já
que é o local com menor concentração de fumaça;
c) Sempre que precisar abrir uma porta, verificar se ela não está quente, e mesmo
assim só abrir vagarosamente;
d) Se ficar preso em algum ambiente, procurar inundar o local com água, sempre
se mantendo molhado;
e) Não saltar, mesmo que esteja com queimaduras ou intoxicações.

Referências - Subitem 23.8.5 . Exercício de Alerta

 A Norma ABNT 14.276 define "brigada de incêndio" como um grupo organizado de


pessoas as voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção
abandono e combate a um princípio de incêndio e prestar os primeiros socorros
dentro de uma área pré-estabelecida.
A Norma ABNT 14.276 sugere que brigada de incêndio deva ser organizada
funcionalmente como segue:
a) Brigadistas: membros da brigada que executam as atribuições descritas no item
4.2.5;
b) Líder: responsável pela coordenação e execução das ações de emergência em
sua área de atuação (pavimento/compartimento). É escolhido entre os brigadistas
aprovados no processo seletivo;
c) Chefe da brigada: responsável por uma edificação com mais de um pavimento,
compartimento. É escolhido entre os brigadistas aprovados no processo seletivo;
d) Coordenador geral: responsável geral por todas as edificações que compõem
uma planta. É escolhido entre os brigadistas que tenham sido aprovados no
processo seletivo.
 O coordenador geral da emergência é a autoridade máxima na empresa, portanto,
um gerente ou alguém de cargo equivalente. O coordenador da brigada deve ser
uma pessoa da área operacional ou profissional do SESMT, responsável por
comandar as ações para a extinção de incêndios.
 A Norma ABNT 14.276 sugere que as empresas devam possuir o seguinte nível de
organização da brigada, dependendo da quantidade de pavimentos:
a) Aquelas que possuem somente uma edificação com apenas um pavimento/
compartimento devem ter um líder que deve coordenar a brigada;
b) Aquelas que possuem somente uma edificação com mais de um pavimento/
compartimento devem ter um líder para cada pavimento/compartimento, que
é coordenado pelo chefe da brigada dessa edificação;
c) Aquelas que possuem mais de uma edificação com mais de um pavimento/
compartimento devem ter um líder por pavimento/compartimento e um chefe
da brigada para cada edificação, que devem ser coordenados pelo
coordenador geral da brigada.
 A Norma ABNT 14.276 sugere que os candidatos a brigadista freqüentem o curso
com carga horária mínima de 16 h, sendo a parte prática de, no mínimo, 8 h,
conforme anexo A. A exceção é para a classe residencial 1-2 e os estacionamentos
X-I, cuja carga horária total deve ser de 4 h, enfocando apenas a parte de
prevenção e combate a incêndio. Para a subclasse 1-1, não há necessidade de
treinamento. O curso deve enfocar principalmente os riscos inerentes à classe de
ocupação.
 A Norma ABNT sugere que a periodicidade do treinamento deve ser de, no máximo,
12 meses ou quando houver alteração de 50% dos membros. Aos componentes da
brigada que já possuírem curso, será facultada a parte teórica, desde que o
brigadista seja aprovado em pré-avaliação com 70% de aproveitamento.
 Aqueles que concluírem o curso com aproveitamento mínimo de 70% na avaliação
teórica e prática receberão certificado de brigadista, expedido por profissional
habilitado, com validade de um ano. No certificado, deve constar:
a) Nome completo do treinando com Registro Geral (RG);
b) Carga horária;
c) Período de treinamento;
d) Nome, habilitação e registro do instrutor;
e) Citar que o certificado está em conformidade com esta Norma.

 A avaliação teórica é realizada na forma escrita, preferencialmente dissertativa, e a


avaliação prática é realizada de acordo com o desempenho do aluno nos exercícios
realizados. Sugerimos a leitura dos Anexos da Norma ABNT 14.276.
 As atribuições da brigada de incêndio são as seguintes:
a) Ações de prevenção:
- Avaliação dos riscos existentes;
- Inspeção geral dos equipamentos de combate incêndio;
- Inspeção geral das rotas de fuga;
- Elaboração de relatório das irregularidades encontradas;
- Encaminhamento do relatório aos setores competentes;
- Orientação à população fixa e flutuante;
- Exercícios simulados.
b) Ações de emergência:
-Identificação da situação; Alarme/abandono de área;
- Corte de energia;
- Acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa;
- Primeiros socorros;
- Combate ao principio de incêndio;
- Recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros;
- Preenchimento do formulário de registro de trabalho dos bombeiros;
- Encaminhamento do formulário ao Corpo de Bombeiros para atualização
de dados estatísticos.

 A Norma ABNT 14.276 sugere que devem ser distribuídos, em locais visíveis e de
grande circulação, quadros de aviso ou similar, sinalizando a existência da brigada
de incêndio e indicando seus integrantes com suas respectivas localizações.
 O brigadista deve utilizar constantemente em lugar visível um botton ou crachá que
o identifique como membro da brigada. No caso de uma situação real ou simulada
de emergência, o brigadista usará, além do botton ou crachá, um colete ou capacete
para facilitar sua identificação e auxiliar em sua atuação.
 Foi aprovado pelo Conselho Nacional de Defesa Civil, Resolução 3 (01/07/99), o
Manual para Decretação de Situação de Emergência ou Calamidade Pública -
Volumes I e I!. Consultar na internet www.in.gov.br ou enviar email: in@in.gov.br.
 Recentemente, foi aprovado o Decreto 4.085/02 que promulgou a Convenção OIT
174 - Prevenção de Acidentes Industriais Maiores. Sugerimos sua leitura - Parte 3.

Referências - Item 23.9 I Subitens 23.9.1 e 23.9.2 - Classes de Fogo

 Ultimamente, os fabricantes de extintores têm referenciado a Classe de Incêndio K


para fogo em óleo e gordura em cozinhas. Os agentes extintores Classe K
controlam rapidamente o fogo, formando uma camada protetora na superfície em
chamas. Possuem um efeito de resfriamento por vapor d'água e de inertização
resultante da formação do vapor. Estes agentes extinguem o fogo, interrompendo a
reação química e combustão.

Referências -Item 23.101 Subitens 23.10.1 a 23.10.5.1 - Extinção por Meio de Água

 A Portaria MTE 24/01 alterou os itens 23.10.4, 23.10.5, 23.10.5.1, já modificado no


texto do Volume 1 - Legislação de Segurança e Saúde Ocupacional.
 A água é o principal agente extintor a ser utilizado em função de sua Disponibilidade
e compatibilidade com os produtos envolvidos no incêndio. Uma das razões técnica!
de sua utilização diz respeito ao volume de vapor gerado, que aumenta em torno de
1.700 vezes, quando ocorre sua vaporização. Esta transformação proporciona um
grande deslocamento do ar ambiente, impedindo que o oxigênio entre contato com
os materiais e inibindo o processo de combustão.
 Por esta razão, a utilização da água na forma de neblina é mais eficiente no
combate ao incêndio, pois torna mais rápido o processo de vaporização e
abafamento impedindo a entrada de oxigênio para alimentar a combustão.

./ Muita atenção deve ser dada aos aspectos restritivos da utilização da água' come
agente extintor. Um dos riscos é a possibilidade de choque elétrico, devido à sua alta
condutividade elétrica. As distâncias mínimas para o combate a incêndio em
condutores são apresentadas pela AIA (American Insurance Association) e pela NFPA
(National Fire Protection Association), merecendo um estudo especial sobre os
procedimentos adequados para cada caso.
 O uso da água para incêndios em edificações deverá ser acompanhado do cuidado
inicial de desligar toda a corrente elétrica.' Este é o primeiro procedimento a sei
seguido pelos bombeiros, quando chegarem no local do sinistro. Nos incêndios em
navios e plataformas de petróleo, onde existe o contato do homem com o elemento
metálico da construção, o risco do choque elétrico é muito alto.

 A reserva de água deve ser própria para extinguir princípio de incêndio Classe A e é
obrigatória para estabelecimentos industriais com 50 ou mais empregados. Não se
fixam distâncias ao ponto de captação, porém este deverá ser facilmente acessível
e situado ou protegido de maneira que não possa ser danificado.
 Os chuveiros automáticos (sprinklers) são um sistema de proteção que utiliza o
agente extintor água e é constituído por uma rede de tubulação fixa na qual são
distribuídos os bicos, ligados de forma permanente a um ou mais abastecimentos de
água de maneira a possibilitar, no caso de um incêndio, a aplicação automática
diretamente no foco e em quantidade suficiente do agente extintor, com
acionamento simultâneo de dispositivos de alarme mecânicos ou elétricos.
 Os sistemas de chuveiros automáticos são considerados como os mais completos
meios de proteção contra incêndio. Por este motivo, os prédios equipados com
estes sistemas, internacionalmente, recebem os maiores descontos nos prêmios de
seguro-incêndio, o que funciona como um verdadeiro incentivo à sua adoção.

 A água utilizada como agente extintor possui quatro mecanismos de extinção:


resfriamento, abafamento, emulsificação e diluição, sendo os dois primeiros os mais
importantes e os que atuam, na maioria das vezes, em conjunto.
a) Resfriamento: Na maioria dos casos, a superfície do material em combustão é
resfriada abaixo do seu ponto de combustão (aplicável, também, para os
sólidos), isto é, da temperatura na qual ele libera vapores suficientes para
manter o processo de combustão. Este processo não se apresenta eficiente
quando o combustível é gasoso ou líquido, com ponto de fulgor abaixo
temperatura da água utilizada. Desta forma, este processo mostra-se ineficiente
para líquidos e gases com ponto de fulgor abaixo de 38°C.
b) Abafamento: Quando a água evapora, o vapor d'água gerado desloca o ar da
superfície do material em chamas. Este processo pode ser e é, eficazmente utilizado
em líquidos com ponto de fulgor menor que 38°C, não solúveis em água, com
densidade específica não maior que 1,1 g/cm3.
c) Emulsificação: Este processo ocorre quando líquidos não miscíveis (que não se
misturam) são agitados e dispersados entre si. A extinção é obtida quando a água é
aplicada em certos líquidos viscosos, uma vez que a superfície destes líquidos é
resfriada, reduzindo a liberação de vapores.
d) Diluição: Nos incêndios envolvendo materiais miscíveis (solúveis) em água como,
por exemplo, os álcoois em geral, a quantidade de água necessária para a diluição
varia em função da quantidade do produto envolvido. Deve-se tomar cuidado com
este processo, pois existe o risco de trasbordamento do líquido inflamável em
questão, tirando de controle o incêndio.

 Sugerimos a consulta das Normas ABNT NBR 6.125 (Chuveiros automáticos para
extinção de incêndio) e NBR 10.897 (Proteção contra incêndio por chuveiro
automático).

Referências - Item 23.11/ Subitem 23.11.1 - Extintores

 Os extintores são qualificados conforme o agente extintor que contém indicado para
uma ou mais classes de incêndio. Para uma eficiente utilização do extintor,
necessário observar a classe de incêndio e a capacidade extintora. Todo extintor
deve possuir o selo de certificação do organismo credenciado pelo Inmetro. O selo
pode variar entre os extintores.
 Recentemente, o INMETRO estabeleceu através da Portaria 111/99, a
obrigatoriedade da certificação de extintores nacionais e importados, no âmbito do
Sistema Brasileiro de Certificação (SBC), conforme os requisitos estabelecidos na
regra Específica ( Certificação de Extintores de Incêndio.
 Ficou determinado, a partir de 31/03/2000, que as empresas, hoje certificadas
atendam a todos os requisitos desta Regra Específica, independentemente de sua
transcrição. Ficou estabelecido que, a partir de 31/12/99, todas empresas que não
obtiverem o certificado de conformidade estarão excluídas do SBC.
 As empresas que executam serviços de manutenção em extintores de incêndio
comercializados no Brasil devem ser obrigatoriamente certificadas pelo SBCI
conforme os requisitos estabelecidos pela regra Específica de Empresa de
manutenção de Extintores de Incêndio, aprovada pelo INMETRO.
 O não cumprimento da Portaria MTE 111/99 acarretará as penalidades previstas na
Lei 8.078/90, podendo ser concomitante com as do Art. 9° da Lei 5.966/73.
 A fiscalização do cumprimento de todos os requisitos, referentes à certificação de
empresas destinadas à comercialização e manutenção de extintores de incêndio
está a cargo do INMETRO, e das entidades de direito público com ele conveniadas
em todo o território nacional.
 O Auditor Fiscal do Trabalho poderá notificar à empresa que compra extintores para
sua utilização esclarecimentos sobre os requisitos técnicos e lega i estabelecidos
pelo INMETRO e que garantem a confiabilidade do equipamento preventivo de
incêndio.

Referências - Item 23.12/ Subitem 23.12.1 - Extintores Portáteis

 Normalmente, os treinamentos de incêndio falam no triângulo do fogo. Porém, as


abordagens mais modernas tratam o fogo como uma reação de oxidação ocorrendo
no princípio do tetraedro do fogo, isto é: combustível, comburente, energia e a
reação em cadeia. A reação em cadeia ocorre quando o fogo se auto-alimenta.
 Como princípio de funcionamento, todos os extintores contêm uma substância,
agente extintor, que, dependendo do tipo, pode agir pelo efeito de cobertura
(abafamento), resfriamento ou quebra de cadeia. Confinada no recipiente,
substância extintora deve ser expelida, com vazão e pressão suficientes, para
assegurar o combate ao foco com segurança para quem o manuseia.
 Embora não citados nesta NR, extintores à base de compostos halogenados (Halon)
são aqueles que possuem substâncias como cloro, flúor e bromo, na sua
composição substituindo o hidrogênio em uma estrutura molecular proveniente de
um hidrocarboneto.
 Os extintores halogenados foram muito utilizados, principalmente em ambientes de
informática, devido à alta eficiência de sua ação extintora. Vários tipos foram
fabricados: Halon 1.301, 1.211 e o 2.402. Descobriu-se que os mesmos têm alto
poder destrutivo da camada de ozônio, motivo pelo qual foi decretado o acordo de
Montreal (1988) que determinou a redução gradativa destes produtos.
 De forma geral, o melhor extintor é aquele que funciona. Porém, os extintores fora
projetados para combater o princípio de incêndio, isto é, os primeiros minutos
iniciais tornando-se ineficiente quando o fogo se propaga em grandes proporções. A
eficácia dos extintores depende dos seguintes aspectos:

a) Estar dimensionado ao risco existente no local;


b) Possuir condições operacionais de uso;
c) Ser apropriado para a classe de incêndio presente no local;
d) Estar estrategicamente localizado;
e) Possuir pessoas treinadas no manuseio do extintor.

Referências - Item 23.13/ Subitem 23.13.1 - Tipos de Extintores Portáteis

 O agente extintor, como o próprio nome menciona, é a espuma, só que; neste caso
se trata de espuma mecânica e não química. A ABNT publicou a norma brasileira
NBR 11.751 (Extintores de incêndio com carga para espuma mecânica).

 A partir da publicação da Portaria INMETRO 111/99, está proibida a aposição do


selo de identificação da certificação, no âmbito do SBC, nos extintores de incêndio
de espuma química.
Referências - Subltem 23.13.2. Tipos de Extintores Portáteis

 O agente extintor, dióxido de carbono, é mantido no cilindro, no estado líquido sob


pressão de 50 a 60 bar à temperatura ambiente. Quando o extintor é utilizado, o
dióxido de carbono expande-se, formando uma nuvem de gás que abafa e resfria.
 Devido à sua capacidade não condutora, o dióxido de carbono é muito indicado a
cobertura de riscos onde existam equipamentos elétricos. O alcance do jato varia de
1 a 2,5 metros, dependendo da capacidade dos extintores.
 O sistema de incêndio com acionamento automático localizado dentro de salas com
chance de acúmulo de gases pode ocasionar asfixia das pessoas envolvidas
combate ao princípio de incêndio. Estes locais devem possuir sinalização do tipo
"Cuidado - Sistema de Combate a Incêndio com CO2 - Risco de Asfixia".
 Sugerimos a consulta da Norma ABNT NBR 11.716 (Extintores de incêndio com
carga de gás carbônico).

Referências - Subltem 23.13.3. Tipos de Extintores Portáteis

 Os extintores carregados com compostos químicos utilizam os agentes estintores


bicarbonato de sódio (o mais utilizado), bicarbonato de potássio e cloreto de
potássio, sendo tratados com um estearato, a fim de torná-Ios anti-higroscópicos e
de fácil descarga.

 O agente propulsor mais empregado nos extintores portáteis é o dióxido de carbono,


sendo o nitrogênio indicado para os extintores do tipo pressurizados e sobre rodas.

 Um produto denominado Monnex (nome de fantasia) vem sendo utilizado,


atualmente com alta eficiência de extinção.

 O pó químico chamado de "Especial" foi desenvolvido para a utilização em


incêndios de materiais pirofóricos.

 A troca da carga do extintor à base de pó deve ser realizada sempre que ocorre pelo
menos, uma das seguintes hipóteses: vencimento do prazo de validade do produto;
extintor parcial ou totalmente descarregado; ausência de inspeções anuais, segundo
à NBR 12.962; ou comprovação da origem do agente extintor.
 É importante certificar-se da idoneidade da empresa responsável pela manutenção
e recarga dos extintores, que devem possuir certificação do INMETRO. Por isso, é
fundamental implementar um sistema de avaliação de fornecedores sem esquecer
de incluir uma visita à empresa para que seja possível verificar instalações são
adequadas para um serviço com qualidade e segurança.
 Sugerimos a consulta da Norma ABNT NBR 10.721 (Extintores de incêndio com
carga de pó químico) que especifica as características e ensaios a que deve
satisfazer os extintores de incêndio com carga de pó químico.

Referências - Subltens 23.13.4. Tipos de Extintores Portáteis

 Os extintores de água pressurizada são aqueles que possuem apenas um recipiente


para água e o gás propelente. A carga é mantida sob pressão permanente.

 Os extintores de água-gás ou com cilindros para gás propelente são aqueles que
possuem um recipiente para a água e outro constituído de um pequeno cilindro de
alta pressão contendo o gás propelente, que pode ser gás carbônico ou nitrogênio.
A pressurização se dará, somente, no momento da operação.
Referências - Subitens 23.13.5 a 23.13.7 - Tipos de Extintores Portáteis

 É importante conhecer os tipos de extintores e classes de fogo. Veja o quadro:

TIPO CLASSE DE FOGO


Espuma AeB
Dióxido de Carbono (CO2) B, C e A, no seu início
Químico seco ou pó químico BeC
Químico seco especial para cada material D
Água pressurizada ou água -gás A
Abafamento por meio de areia (balde de areia) BeD
Abafamento por meio de limalha de ferro fundido
D
(usado como variante)

Referências - Item 23.14/ Subitens 23.14.1 a 23.14.6 - Inspeção dos Extintores

 A inspeção é uma verificação sistemática dos extintores. no próprio local de


sua permanência. A inspeção deve ser feita com o objetivo de verificar se os
aparelhos estão em perfeitas condições operacionais, isto é, se estão
carregados, desobstruídos, adequados aos riscos, manômetros dos extintores
de pó e água, indicando carga e se estão de fácil acesso ao uso.
 A periodicidade das inspeções reside na freqüência, regularidade e técnica
com que são conduzidas. Apesar da NR indicar inspeções visuais mensais,
esta freqüência pode variar de acordo com a necessidade da cada instalação,
riscos existentes, condição de trabalho, entre outros.

 Dependendo das condições, as inspeções podem ser realizadas


semanalmente no caso da existência de risco elevado de incêndio e/ou,
possibilidade de furto ou vandalismo com os extintores, exposição do extintor a
um meio ambiente agressivo ou intempéries, entre outros.

 As fichas dos extintores são utilizadas para se registrar as inspeções ou


manutenções sofridas pelo extintor. As fichas são o certificado de garantia
quanto ao funcionamento do extintor. Normalmente, elas permitem identificar a
data da inspeção mensal e o responsável.

 As empresas de manutenção, a partir da publicação da Portaria INMETRO


111/ 99, deverão manter registros que garantam a rastreabilidade de todos os
componentes utilizados em substituição aos defeituosos durante a execução
de manutenção em cada extintor.

 Extintores de incêndio são cilindros normalmente pesados, principalmente os


de dióxido de carbono. Por isso, em escritórios. é recomendável que os
mesmos estejam localizados dentro de um suporte adequado no chão.

Referências - Item 23.15 e 23.16/ Subitens 23.15.1 e 23.15.1.1 - Quantidade de Extintores

 Para saber um pouco mais sobre a eficiência dos extintores, recomendamos a


leitura da norma ABNT NBR 9.444 que prescreve o método de avaliação e
determinação do desempenho, durante o ensaio de fogo em líquido inflamável, do
extintor previsto para o uso no combate a fogo classe B.
 A capacidade extintora é definida em função do tamanho e classe de incêndio.
Extintores com alta capacidade extintora são capazes de combater o fogo de
maiores proporções, usando menos quantidade de agente extintor.
 Existem cilindros de extintores fabricados com materiais especiais, que não sejam
o aço, resultando em um peso menor que facilita seu manuseio.

Referências - Item 23.17 1 Subitens 23.17.1 a 23.17.7 - Localização e Sinalização dos


Extintores

 A sinalização do local do extintor deverá ser por círculos vermelhos ou seta em


vermelho com bordas amarelas. Embaixo de cada extintor, deverá existir uma
larga área do piso, com, no mínimo, 1 m x 1 m, pintada de vermelho, que não
poderá ser obstruída de forma alguma.
 A adequação da quantidade de extintores, hidrantes e outros equipamentos
preventivos deve atender aos requisitos do. Corpo de Bombeiros de cada Estado.

Referências - Item 23.18/ Subitens 23.18.1 a 23.18.5 - Sistema de Alarme

 Os sistemas de alarme, bem como os detetores que acionam o alarme devem ser
testados mensalmente. As condições do painel de controle serão verificadas
periodicamente. Nos sistemas que utilizam baterias, devem ser verificadas as
condições de uso e carga. Caso os testes sejam executados por terceiros, verifique
a validade dos mesmos. Os alarmes e avisos podem ser óticos e/ou acústicos.
 O número, o tipo e a localização dos alarmes devem ser em número suficiente para
que todas as pessoas nos locais sejam mobilizadas para o abandono do local e/ou
atendimento à emergência. Recomenda-se a utilização da Norma ABNT NBR
9.441 (Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio).

 Lembramos ao leitor que existem divergências entre a NR 23 e alguns Códigos de


Prevenção de Incêndio Estaduais. Para obter o licenciamento junto ao Corpo de
Bombeiros, a empresa deverá elaborar um projeto de incêndio e submetê-Io à
aprovação desta entidade.
 Recomendamos aos profissionais de segurança que as obras de adequação e/ou
aquisição dos equipamentos preventivos sejam executadas somente após a
aprovação do projeto. Em caso contrário, poderão ocorrer custos desnecessários
devido às exigências durante o processo de análise.
 A elaboração de um projeto de incêndio deve ser executada por profissionais
habilitados. Alguns Estados exigem um cadastro destes profissionais e suas
respectivas empresas junto ao Corpo de Bombeiros local.

 Ao se adequar aos requisitos do Código Estadual de Proteção Contra Incêndio, a


empresa poderá requisitar descontos junto à seguradora, de modo a diminuir os
custos com sua apólice.
Anexo I
Comentários Especiais Referentes a Sistemas de Hidrantes e
Mangotinhos para Combate a Incêndio (IN CBM.SP 22/03)

As definições e requisitos apresentados abaixo foram estabelecidos pelo Corpo de


Bombeiros do Estado de São Paulo, servindo de referência para o entendimento do leitor
das principais definições e cuidados a serem tomados em um projeto de sistema de
incêndio.
1. Abrigo: As mangueiras de incêndio devem ser acondicionadas dentro dos abrigos
em ziguezague ou aduchadas, conforme especificado na NBR 12779/92, sendo
que as mangueiras de incêndio semi-rígidas podem ser acondicionadas enroladas,
com ou sem o uso de carretéis axiais ou em forma de oito, permitindo sua
utilização com facilidade e rapidez.
2. Alcance dos esguichos Gato sólido): O alcance do jato compacto produzido por
qualquer sistema adotado, conforme tabela 2, não deve ser inferior a 8 m, medido
da salda do esguicho ao ponto de queda do jato, com o jato paralelo ao solo.
3. Alcance dos esguichos (regulável): O alcance do jato para esguicho regulável
produzido por qualquer sistema adotado, conforme tabela 2, não deve ser inferior
a 8 m, medido da saída do esguicho ao ponto de queda do jato, com o jato
paralelo ao solo com o esguicho regulado para jato compacto.

4. Alcance das mangueiras e/ou mangotinhos: A utilização do sistema não deve


comprometer a fuga dos ocupantes da edificação. Portanto, deve ser projetado de
tal forma que dê proteção em toda a edificação, sem que haja a necessidade de
adentrar as escadas, antecâmaras ou outros locais determinados exclusivamente
para servirem de rota de fuga dos ocupantes.
5. Bombas de incêndio: A bomba de incêndio deve ser do tipo centrífuga e acionada
por motor elétrico ou combustão. No caso de ocupações mistas com uma bomba
de incêndio principal, deve ser feito o dimensionamento de vazão da bomba e de
reservatório para o maior risco, e os esguichos e mangueiras podem ser previstos
de acordo com os riscos específicos. A altura manométrica total da bomba será
calculada para o hidrante mais desfavorável do sistema.
6. Componentes das instalações: Os componentes das instalações devem ser
previstos em normas, conforme aquelas descritas no item 3 - referências
normativas, ou em especificações reconhecidas e aceitas pelos órgãos oficiais.
Caso não satisfaçam às especificações, devem ser submetidos a ensaios e
verificações a fim de obterem aceitação formal da utilização nas condições
específicas da instalação expedida pelos órgãos competentes.
7. Comprimento das mangueiras: O comprimento total das mangueiras que servem
cada saída a um ponto de hidrante ou mangotinho deve ser suficiente para vencer
todos os desvios e obstáculos que existem, considerando, também, toda a
influência que a ocupação final é capaz de exercer, não excedendo os
comprimentos máximos estabelecidos pelo Corpo de Bombeiros. Para sistemas
de hidrantes, deve-se preferencialmente utilizar lances de mangueiras de 15m.
8. Captação de águas: As águas provenientes de fontes naturais, tais como: lagos,
rios, açudes etc. devem ser captadas conforme requisitos técnicos estabelecidos
pelo Corpo de Bombeiros. Não é permitida a utilização da reserva de incêndio pelo
emprego conjugado de reservatórios subterrâneos e elevados. Os reservatórios
devem ser dotados de meios que assegurem uma reserva efetiva e ofereçam
condições seguras para inspeção.
9. Cores da tubulação: As tubulações aparentes do sistema devem ser em cor
vermelha. Os trechos das tubulações do sistema, que passam em dutos verticais
ou horizontais e que sejam visíveis através da porta de inspeção, também devem
ser em cor vermelha.

10. Dimensionamento do sistema: O dimensionamento deve consistir na determinação


do caminhamento das tubulações, dos diâmetros dos acessórios e dos suportes
necessários e suficientes para garantir o funcionamento dos sistemas previstos
nesta Instrução Técnica.
11. Distribuição dos Hidrantes e/ou Mangotinhos: Os pontos de tomada de água
devem ser posicionados nas proximidades das portas externas, escadas e/ou
acesso principal a ser protegido, a não mais de 5m em posições centrais nas
áreas protegidas, fora das escadas ou antecâmaras de fumaça e com altura
variando de 1,0 a 1,5 m do piso.
12. Ensaio de estanqueidade de válvulas: As válvulas devem satisfazer aos ensaios
de estanqueidade pertinentes, especificados em BS 5041-Parte1.
13. Esguichos: Os esguichos são dispositivos hidráulicos para lançamento de água
através de mangueiras de incêndio, possibilitando a emissão do jato compacto
quando não reguláveis, ou sendo reguláveis, possibilitando a emissão de jato
compacto ou neblina.
14. Especificação de mangueiras: Recomenda-se que sejam utilizadas mangueiras de
incêndio de 65 mm de diâmetro para redução da perda de carga e o último lance
de 40 mm para facilitar seu manuseio. Neste caso, deve haver uma redução de
mangueira de 2 1/2 pol para 11/2 pol.
15. Guarda das mangueiras e acessórios: As mangueiras de incêndio, a tomada de
água e a botoeira de acionamento da bomba de incêndio podem ser instaladas
dentro do abrigo, desde que não impeçam a manobra ou a substituição de
qualquer peça.

16. Instrumentos do sistema: Os instrumentos devem ser adequados ao trabalho a


que se destinam pelas suas características e localização no sistema, sendo
especificados pelo projetista. Os manômetros devem ser conforme a NBR
14105/98.

17. Localização dos Abrigos: 5.4.6 Os abrigos dos sistemas de hidrantes ou de


mangotinhos não devem ser instalados a mais de 5 m da expedição da tubulação,
estando em local visível e de fácil acesso. A porta do abrigo não pode ser
trancada.

18. Mangueira de incêndio: A mangueira de incêndio para uso de hidrante deve


atender às condições da NBR 11861/98. A mangueira de incêndio semi-rígida
para uso de mangotinho atenderá às condições da EN 694/96 para o sistema tipo
1.
19. Posicionamento de Hidrantes e/ou Mangotinhos: No caso de projetos utilizando
hidrantes externos, deverá atender ao afastamento mínimo de uma vez e meia a
altura da parede externa da edificação a ser protegida. Podem ser utilizados até
60 m de mangueira de incêndio (preferencialmente em lances de 15 m), desde
que devidamente dimensionados por cálculo hidráulico.
20. Posicionamento das tubulações: As tubulações destinadas à alimentação dos
hidrantes e de mangotinhos não podem passar pelos poços de elevadores e l ou
dutos de ventilação.
21. Pressostatos: A pressão de acionamento a que podem estar submetidos os
pressostatos corresponde a, no máximo, 70% da sua maior pressão de
funcionamento.
22. Recalque: Todos os sistemas devem ser dotados de dispositivos de recalque,
consistindo em um prolongamento de diâmetro, no mínimo, igual ao da tubulação
principal, cujos engates devem ser compatíveis com junta de união tipo "engate
rápido" de DN 65mm.

23. Resistência ao calor e impactos: Todo e qualquer material previsto ou instalado


deve ser capaz de resistir ao efeito do calor e esforços mecânicos, mantendo seu
funcionamento normal.

24. Reserva de Incêndio: A reserva de incêndio deve ser prevista para permitir o
primeiro combate durante determinado tempo. O volume de água da reserva de
incêndio será aquele determinado pela legislação do Corpo de Bombeiro de cada
Estado.
25. Reservatório de Incêndio: O reservatório que, também, acumula água para
consumo normal da edificação deve ser adequado para preservar a qualidade da
água, conforme a NBR 5626/98. O reservatório pode ser subdividido, desde que
todas unidades estejam ligadas diretamente à tubulação de sucção da bomba de
incêndio.

26. Sistemas de combate a incêndio: Estão classificados em sistema de mangotinho


(tipo 1) e sistemas de hidrantes (tipos 2, 3, 4 e 5), conforme especificado na tabela
2.
27. Tipos de Abrigo: Podem ser construídos de materiais metálicos, de madeira, de
fibra ou de vidro, podendo ser pintados em qualquer cor, preferencialmente
vermelhos, desde que sinalizados. Os abrigos devem possuir apoio ou fixação
própria, independente da tubulação que abastece o hidrante ou mangotinho.

28. Tubulações e conexões: A tubulação do sistema não deve ter diâmetro nominal
inferior a DN65 (2 % "). Para sistemas tipo 1 ou 2, pode ser utilizada tubulação
com diâmetro nominal DN50 (2"), desde que comprovado tecnicamente o
desempenho hidráulico dos componentes e do sistema, através de Laudo de
laboratório oficial competente. Os drenos, recursos para simulação e ensaios,
escorvas e outros dispositivos devem ser dimensionados conforme a aplicação.

29. Uniões / Engates: As uniões de engate rápido entre mangueiras de incêndio


devem ser conforme a NBR 14349/99. As dimensões e os materiais para a
confecção dos adaptadores tipo engate rápido devem atender à NBR 14349.
30. Válvulas de bloqueio: É recomendada a instalação de válvulas de bloqueio,
adequadamente, posicionadas com o objetivo de proporcionar manutenção em
trechos da tubulação sem a necessidade de desativar o sistema. As válvulas que
comprometem o abastecimento de água, quando estiverem em posição fechada,
devem ser do tipo indicadoras. Recomendam-se dispositivos de travamento para
manter as válvulas na posição aberta.
31. Válvulas e roscas: Na ausência de normas brasileiras aplicáveis às válvulas, é
recomendável que atendam aos requisitos da BS 5041, parte 1/87. As roscas de
entrada das válvulas estarão de acordo com a NBR 6414 ou NBR 12912. As
roscas de saída das válvulas para acoplamento do engate rápido devem ser
conforme a NBR 5667/80 ou ANSI/ASME B1.20.7 NH/98.
Anexo 11

Incêndio de Nuvem de PÓ

Provavelmente, o leitor já leu ou ouviu relatos sobre explosões de poeiras e sabe que
muitas poeiras podem explodir se houver condições propícias para tal. Como qualquer
um de nós pode passar por uma situação como esta, falaremos sobre isso.
As poeiras de qualquer substância que possa ser mantida queimando quando
você coloca fogo explodirão sob as circunstâncias certas. Duas coisas são necessárias
para esta explosão: a poeira deve ser fina o suficiente e estar misturada à uma
quantidade certa de ar.

As poeiras não explodirão quando estiver no chão ou depositadas nos locais,


porém elas poderão ficar em suspensão no ar se forem movimentadas, até mesmo em
uma limpeza com vassouras, propiciando uma condição explosiva. Adicione uma centelha
ou uma chama a esta condição e ela poderá explodir. Para explodir, a poeira tem que ser
fina o suficiente para pegar fogo facilmente. As poeiras de madeira, por exemplo, não
precisam ser tão finas quanto a poeira de carvão para dar início ao processo de
combustão.
As partículas de poeira têm que estar próximas o bastante para que se obtenha a
quantidade certa de oxigênio para queimar. As poeiras metálicas podem ser explosivas se
forem finas o suficiente para passar através de uma tela de 500 mesh. Estas poeiras são
explosivas da mesma forma que a madeira e o carvão. São exemplos de poeiras
metálicas perigosas: magnésio, alumínio e bronze.

Sempre que uma poeira explosiva é lançada no ar, a mistura certa com o ar,
provavelmente, ocorrerá em algum ponto da nuvem formada - durante um segundo ou
dois pelo menos. Nestes casos, você terá o necessário para a ocorrência de um incêndio
ou explosão. Se houver muita poeira no local, você terá duas explosões e um incêndio. A
primeira explosão geralmente é pequena, mas lança mais poeira no ar. Aí, acontece a
explosão maior e mais perigosa.

As poeiras em áreas abertas poderão resultar uma grande labareda. Em espaços


fechados, como em uma mina de carvão, a poeira poderia produzir pressões que nenhum
bloco de concreto suportaria.
Os edifícios novos, que alojam processos e que apresentam este risco, assim
como moinhos, elevadores de cereais e oficinas de usinagem de metais são projetados
com seções de paredes ou teto que se abrem e deixam a pressão sair antes que atinja
um nível muito alto. As explosões de poeira podem ser evitadas se os três princípios
abaixo forem aplicados:

a) Manter a poeira separada do ar o máximo possível;

b) Não deixar a poeira se acumular, limpando-a sempre;

c) Manter as fontes de ignição afastadas;


d) Não usar vassoura de fibra macia, aspirador de pó ou vassoura ou espanador
do tipo doméstico.

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