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E-BOOK: ABNT NBR 16384-2020 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS

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Sumário

INTRODUÇÃO ................................................................. 4

O ESCOPO DO TEXTO NORMATIVO ............................... 8

EXPLICANDO CADA SEÇÃO ............................................ 9

CONCLUSÃO ................................................................. 16

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INTRODUÇÃO

No dia 18/03/2020 foi publicada, após quase 10 anos de um trabalho árduo, capitaneado pela
ABRACOPEL, a norma técnica ABNT NBR 16384–2020: Segurança em Eletricidade -
recomendações e orientações para trabalho seguro em serviços com eletricidade.

Desde o final de 2010, esta norma veio sendo discutida por inúmeros profissionais que
apresentaram suas contribuições e trouxeram suas experiências para que este texto pudesse
ser disponibilizado como um documento de auxílio a todos os profissionais que trabalham, ou

Apesar de haver um regulamento (NR-10) que versa sobre o tema e que deve ser
aplicado em serviços com eletricidade, esta norma é o resultado dos anseios da
Abracopel, e de toda a sociedade, para que sejam aplicadas corretamente as
boas práticas de segurança e que ela possa oferecer recomendações e
orientações mais aprofundadas na decisão sobre a melhor forma de garantir a
segurança de pessoas e animais.

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que elaboram procedimentos para trabalho em circuitos energizados ou desenergizados, com
tensões acima de 50Vac ou 120Vdc.

Desde o início, o objetivo da norma era claro em fornecer

orientações e recomendações “adicionais” para
operação, realização de serviços em instalações
elétricas ou em suas proximidades, com o objetivo de
garantir a segurança das pessoas e trabalhadores, isto
significa que sempre tivemos como foco os trabalhadores
das empresas, mas também os profissionais autônomos. O
texto também traz informações que permitem elaborar um
programa eficiente de segurança em eletricidade para
execução de serviços, bem como, organizar os aspectos
humanos na intervenção destas instalações por meio de um
sistema de gerenciamento.

Isto significa que a norma auxilia os profissionais na hora de elaborar os procedimentos e

controlar as ações visando a segurança de quem trabalha com eletricidade.

O texto inclui, também, informações para profissionais que atuem em serviços “não elétricos”
na zona livre, ou em instalações totalmente desenergizadas, de forma que estes serviços
(limpeza, reparos em infraestrutura civil etc.), sejam realizados com segurança e que haja

Desde o início, o objetivo da norma era claro em fornecer orientações e

recomendações “adicionais” para operação, realização de serviços em
instalações elétricas ou em suas proximidades, com o objetivo de
garantir a segurança das pessoas e trabalhadores.
Edson Martinho, Coordenador da NBR 16384-20

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garantia de que o sistema não seja reenergizado durante a operação, portanto se mantenham
seguros.

Dois pontos específicos podemos citar com relação a

esta norma também. Ela fornece informações para
elaboração de:

• Memorial descritivo do projeto e das intervenções;

• Procedimentos de serviços de operação e manutenção,
reparo e substituições;
• Requisitos de qualificação e experiência na aprovação
dos serviços com risco e técnicas de análise de risco
nas operações, e;
• Procedimentos para intervenção nas instalações
elétricas.

E, apresenta a preocupação e orientação para que as técnicas de investigação de acidentes

utilizadas pelos profissionais de segurança do trabalho possam levar em consideração:

• Fatores físicos – falha nos equipamentos, componentes ou instalação.

• Fatores humanos – falha nas ações ou intervenções humanas por falta de conhecimento
ou despreparo dos profissionais envolvidos no acidente.

• Fatores sistêmicos ou gerenciais – falha da gestão dos fatores físicos e humanos.

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 • Fatores ambientais – são os que podem influenciar nos fatores físicos, caso não seja
objeto de planejamento como iluminação, sol, chuva e animais, peçonhentos ou não.

Observa-se que normalmente, a investigação de um acidente

usa somente a avaliação técnica quanto aos fatores físicos.

Por outro lado, a norma não traz requisitos técnicos para

instalação ou fabricação de equipamentos, pois já existem
normas específicas para tal, como por exemplo a ABNT NBR
5410 – Instalações Elétricas em Baixa tensão, ABNT NBR 5419
– Proteção contra descarga atmosférica, ABNT NBR 14039 –
Instalações elétricas em média tensão, entre outros.

Estas normas devem fazer parte do conjunto de normas consultadas para elaboração de um
procedimento específico.

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O ESCOPO DO TEXTO NORMATIVO
O texto publicado, é dividido em 9 seções e 5 anexos, sendo:
1 Escopo
2 Referências Normativas
3 Termos e definições
4 Princípios gerais
5 Procedimento padrão
6 Procedimento de serviço
7 Procedimento de segurança de manutenção
8 Planejamento e atendimento à emergência e resgate
9 Serviços em áreas classificadas
Anexo A - Orientações sobre distâncias no ar (isolação) para os procedimentos de trabalho
elétrico seguro
Anexo B - Orientações complementares para o trabalho elétrico seguro
Anexo C - Orientação para procedimento de trabalho seguro para atmosferas explosivas de
gás
Anexo D - Orientação para campanhas de segurança em serviços de eletricidade
Anexo E - Orientações para aplicação de vestimentas de proteção contra os efeitos térmicos
de um arco elétrico
Bibliografia

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EXPLICANDO CADA SEÇÃO

Dentro de cada seção existem divisões que são descritas suscintamente abaixo:

PRINCÍPIOS GERAIS

A seção PRINCIPIOS GERAIS (4) é dividida em sete outras começando por Segurança na
operação, que versa sobre a necessidade de avaliar os riscos que podem ser gerados pela
instalação elétrica, usando ferramentas de análise de risco de acordo com a complexidade da
instalação.

Na seção Pessoal, há a preocupação com os profissionais que irão realizar o serviço

envolvendo eletricidade. Primeiro, sobre a capacitação e, principalmente, a autorização, que
deve estar consignada em sua ficha funcional junto com os treinamentos e demonstrações de
conhecimentos e experiências, e o texto sugere uma série de avaliações para conceder esta
autorização. Também se preocupa com o recebimento das instruções referentes aos requisitos
de segurança para aquele determinado serviço, bem como, a compreensão destas
informações.

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 O texto também observa que se o serviço for de
longa duração e envolver diversas equipes, as
informações devem ser repetidas de tempos em
tempos.

Outra seção é a Organização. Nela existem sugestões quanto a compreensão da instalação

elétrica, principalmente quando duas ou mais instalações sejam compartilhadas. Há a
preocupação com o conhecimento pleno do conjunto de manobras, medidas de segurança etc.
O texto sugere que seja criado um conjunto de acordos ou protocolos, assim como a
elaboração de padrões, ou procedimentos, incluindo o controle de acesso a locais de
exposição ao risco elétrico. Ainda versa sobre a designação de um responsável para cada
serviço e o responsável pela instalação, e que ambos estejam em contato permanente para
avaliar os riscos e tomar providências.

A seção Comunicação (transmissão da informação), que tem a função de definir algumas

regras para transmitir a informação, como o uso de técnicas verbais, escritas, sinalização por
display, luzes etc. Também traz sugestões para a garantia da transmissão e compreensão entre
os envolvidos, desde o responsável pelo serviço e pela instalação elétrica, até os profissionais
que executarão o trabalho.

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 Seguindo, temos a seção Locais de trabalho, que versa
sobre a preparação do ambiente de trabalho que não pode
ter obstruções, esteja delimitado e que possua condições
ergonômicas para a realização do serviço.

Além dos cuidados necessários, ainda nesta mesma seção,

temos a seção Ferramentas, equipamentos e
dispositivos, que trata de equipamentos e ferramentas,
incluindo os EPI e EPC, informando que estes precisam
atender integralmente aos requisitos das normas
específicas, possuir os certificados e ensaios, e serem
usados de acordo com o que foi projetado e programado.
Também traz recomendações sobre a manutenção da
integridade deles.

E, para finalizar esta seção, temos Documentos, desenhos e registros, que faz recomendação
para que os documentos devem ser mantidos disponíveis e atualizados, e traz uma lista de
itens recomendados como mínimo para a elaboração do prontuário, assim como alguns
estudos específicos que devem ser realizados e sinalizações e advertências com a identificação
dos riscos.

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PROCEDIMENTO PADRÃO

Na seção PROCEDIMENTO PADRÃO (5), recomenda-se que

antes de cada serviço seja realizada uma avaliação prévia dos
serviços por todos e que cada um exponha sua percepção de
risco de forma a garantir a uniformidade da informação. Cita
também algumas técnicas de análise de risco como WHAT IF,
FMEA, HAZOP e FTA, siglas originais, dos nomes em inglês.
Esta seção é dividida em mais 4 outras seções, além do geral.

A primeira é Riscos com eletricidade a serem considerados, que traz a lista dos riscos que
devem ser considerados na análise de risco. Além do choque elétrico; incêndio e arco elétrico,
o texto traz também explosões, eletrostática, continuidade elétrica, campo eletromagnético e
barreira de isolamento.

Em Procedimentos administrativos, a norma traz uma lista de documentos recomendáveis

que sejam os mínimos, que componham os procedimentos elétricos das empresas.

Ainda em Procedimentos de segurança para operação do sistema elétrico, mais uma vez
a norma se preocupa com procedimentos, dividindo a operação em dois tipos, a operação com
finalidade de alterar ou modificar o estado elétrico de um sistema, ou a operação de
desconectar ou reconectar a instalação e discorre sobre como lidar com as situações.

A última divisão do procedimento padrão é a Verificações de funcionamento, que recomenda

que o profissional que for realizar medições seja qualificado e autorizado, bem como, utilize
instrumentos de medição apropriados para a grandeza, de acordo com as proteções contra
transientes, curtos-circuitos e sobretensões. Também versa sobre os EPI que devem ser
usados.

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PROCEDIMENTO DE SERVIÇO

A seção PROCEDIMENTO DE SERVIÇO traz em suas

generalidades, três situações distintas para o serviço:
instalações desenergizadas, instalações energizadas e nas
proximidades de elementos energizados, que são
devidamente descritos nos itens 6.2 – Serviços em instalações
desenergizadas (zona livre), 6.3 – Serviços em instalações
energizadas (zona de risco) e 6.4 – Serviço em proximidades
de partes energizadas (zona controlada), respectivamente

Também traz as necessidades de ter profissionais capacitados e autorizados para

realizar as atividades. Esta seção ainda traz algumas definições de segurança com

relação à serviços de reparo, substituição, interrupção temporária e término do

serviço de manutenção como subitens.

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PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA DE MANUTENÇÃO

A seção PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA DE

MANUTENÇÃO, traz em suas Generalidades, descrições
da finalidade da manutenção, dividindo-a em preditiva ou
preventiva e cita a necessidade de avaliar criteriosamente
cada risco envolvido em cada um dos tipos de
manutenção, na divisão Pessoal, aparece a figura do PH –
Profissional Habilitado, que também deve ser autorizado e
que, normalmente, é o responsável pela instalação.

PLANEJAMENTO E ATENDIMENTO ÀS SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA E RESGATE

Ainda seguindo as seções da norma, temos o PLANEJAMENTO E ATENDIMENTO ÀS

SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA E RESGATE, que traz a necessidade da empresa de possuir
um plano de emergência documentado e equipes preparadas e treinadas para prestar
primeiros socorros e resgate imediato.

Alguns itens são recomendados para serem contemplados no plano de contingência como
treinamento RCP, primeiros socorros para queimadura por arco elétrico, resgate de vítimas de
choque elétrico com uso de bastão de salvamento e manta de abafamento, dentre outros.

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SERVIÇOS EM ÁREAS CLASSIFICADAS

A última seção oferece recomendações para SERVIÇOS EM

ÁREAS CLASSIFICADAS, versando sobre a necessidade de
ter estudo de classificação de área, disponibilizado no
prontuário elétrico da instalação e recomenda que esteja
disponível aos trabalhadores, recomendando também, que a
empresa elabore procedimentos específicos para realização
de serviços nas áreas classificadas.

A norma conta ainda com os anexos:

• Orientações sobre distâncias no ar (isolação) para os procedimentos de trabalho elétrico

seguro,
• Orientações complementares para o trabalho elétrico seguro,
• Orientação para procedimentos de trabalho seguro em áreas classificadas livres de gás,
• Orientação para campanha de segurança em serviços de eletricidade,
• Orientação para aplicação de vestimentas de proteção contra os efeitos térmicos de um
arco elétrico

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CONCLUSÃO

Como podemos ver, esta norma traz uma série de requisitos para que sejam ampliadas a

compreensão e a aplicação de boas práticas sobre a segurança com a eletricidade.

Durante todo o processo, a norma contou com vários colaboradores de diversos segmentos

industriais, petroquímicos, distribuição, transmissão e geração de energia, assim como de

profissionais de projeto e execução de serviços e da área de SST – Saúde e Segurança do

Trabalho. Esperamos que lhes seja útil.

Equipe Abracopel

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ABRACOPEL
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA OS PERIGOS DA ELETRICIDADE

11-94114-9559

www.abracopel.org.br

abracopel@abracopel.org.br

@abracopel

/abracopel

@abracopel

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