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LAUDO DE INSPEÇÃO EM SPDA

E ANÁLISE DE RISCO DA EDIFICAÇÃO


E RELATÓRIO TÉCNICO

OBJETO: SERVIÇOS DE INSPEÇÃO, MEDIÇÃO E ELABORAÇÃO DE LAUDO


TÉCNICO QUANTO AO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS SPDA, DE ACORDO COM A NBR 5419-2015 e NBR
15749:2009.

Dados do Cliente:
CLIENTE: RESIDENCIAL PARQUE DOS TRIGOS BLOCO A3
LOCAL: CAMINHO DO GUARAMAR 199. VILA ANTÁRTICA
MUNICÍPIO: PRAIA GRANDE – SP
CNPJ: 07.650.753./0001-91
RAMO DE ATIVIDADE: Edificação para uso residencial
PERÍODO DE AVALIAÇÃO: 29/05/2021.
1. INTRODUÇÃO

1.1. LAUDO

Este LAUDO de inspeção tem como objetivo fazer uma avaliação sucinta do SPDA
(Sistema de proteção contra descargas atmosféricas) existente na edificação do
Residencial Parque dos Trigos Bloco A3, verificar o estado de conservação das
peças e acessórios, e checar a sua conformidade com a norma técnica
NBR 5419/2015 da ABNT em vigência.

1.2. A AVALIAÇÃO

A avaliação apresentada neste laudo tem como base as inspeções e medições


efetuadas nas instalações de SPDA e centro de medição do referido bloco,
Todas as informações prescritas neste documento estão em acordo com as boas
praticas da engenharia e instruções da NBR 5419 / 2015 e NBR 5410.

1.3. FUNÇÃO DE UM SPDA (PARA RAIOS)

Segundo a ABNT NBR 5419-1:2015, Proteção contra descargas atmosféricas –


Parte 1: Princípios Gerais, item 8.4.1.2, as funções do SPDA externo são:
a) interceptar uma descarga atmosférica para a estrutura (com um subsistema de
captação);
b) conduzir a corrente da descarga atmosférica seguramente para a terra (com um
subsistema de descida)
c) dispersar esta corrente na terra (com um subsistema de aterramento)
segundo a ABNT NBR 5419 – 4:2015 no item 3.4 PDA (Proteção contra descargas
atmosféricas). É o sistema completo para proteção de estruturas contra as
descargas atmosféricas, incluindo seus sistemas internos e conteúdo, assim como
as pessoas, em geral consistindo em um SPDA e MPS (Medidas de proteção contra
surtos). Em resumo que isto quer dizer que além de um SPDA, é necessário também
as MPS, para que a edificação tenha uma eficiência melhor e que é o sistema esteja
completo.

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1.4. LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES

As inspeções anuais de um sistema SPDA (área litorânea) a princípio, devem ser


efetuadas por análise dos projetos, laudos e relatórios fornecidos pelo prédio, na
seguinte ordem:

A) Análise do projeto;
B) Relatório de inspeção de SPDA e Caixas de Inspeção de Hastes de Aterramento;
C) Relatório de Inspeção de Medição de Continuidade de Malha de Aterramento;
D) Relatório de Inspeção de Medição de Continuidade das Descidas;
E) Relatório de Inspeção de Pontos de aterramento;
F) Avaliação Geral do Sistema de proteção contra Descargas Atmosféricas das
unidades operacionais conforme plano de manutenção;
G) Relatório de inspeção do Sistema de proteção contra descarga atmosférica e
laudo.

1.5. INFORMAÇÕES FORNECIDAS

Não nos foram fornecidas as informações do item 1.4 de “A” a “G”.


O laudo se alicerça por visita técnica no local, onde foram apontados dados
coletados por instrumentos de medição e informações visuais!

DICIONÁRIO E ABREVIATURAS USADAS NESTE DOCUMENTO

1.6. EXPOSIÇÃO EXTREMA

Local com muita incidência de Raios e vulnerável aos efeitos secundários dos raios
que caiem na vizinhança;

1.7. BLINDAGEM ELETROSTÁTICA

Proteção contra as ondas eletromagnéticas provocadas pelos raios que viajam pelo
ar;

1.8. NBR5419/2015

Norma Brasileira que regulamenta o projeto e instalação de Para-raios;

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1.9. ABNT

Associação Brasileira de Normas Técnicas;

1.10. PDA

sistema completo para proteção de estruturas contra as descargas atmosféricas,


incluindo seus sistemas externos, internos e conteúdo, assim como as pessoas, em
geral consistindo em um SPDA e MPS

1.11. SPDA

Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (Para-raios);

1.12. MPS

Medidas de proteção contra surtos

1.13. “AS BUILT”

Projeto final da instalação com as modificações ocorridas durante a instalação (como


executado; como construído);

1.14. ART

– Anotação de Responsabilidade Técnica emitida no CREA, (responsabilidade pela


execução);

1.15. CREA

Conselho Regional de Engenharia e Agronomia.

2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS

As informações a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.


Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências
não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo
emendas).
ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão;
ABNT NBR 5419-1:2015, Proteção contra descargas atmosféricas – Parte 1:
Princípios Gerais;
ABNT NBR 5419-2:2015, Proteção contra descargas atmosféricas – Parte 2:
Gerenciamento de risco;

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ABNT NBR 5419-3:2015, Proteção contra descargas atmosféricas – Parte 3: Danos
físicos a estruturas e perigos à vida;
ABNT NBR 5419-4:2015, Proteção contra descargas atmosféricas – Parte 4:
Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura;
ABNT NBR 6323, Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido –
Especificação;
ABNT NBR 13571, Haste de aterramento aço-cobreado e acessórios;
ABNT NBR 15749: 2009, Medição de resistência de aterramento e de potenciais na
superfície do solo em sistemas de aterramento.

3. CONJUNTO RESIDÊNCIAL PARQUE DOS TRIGOS BLOCO A3

3.1. CARACTERÍSTICAS DO LOCAL

A edificação é formada por 4 pavimentos sendo em cada pavimento 4 apartamentos,


para o gerenciamento de risco, utilizaremos uma média de 4 pessoas por
apartamento totalizando 64 pessoas na edificação, a edificação fica em uma área
suburbana a mesma possui em sua adjacência edifícios de mesma altura, e mais
baixos. Outro fator importante é que a edificação fica em uma área litorânea, fator
muito importante, pois todos os subsistemas ficam expostos a ação da maresia e
corrosão severa por causa do sal, abaixo vemos uma foto superior da edificação.

Figura 1 – Imagem do Google Earth, vista superior da edificação

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3.2. CARACTERÍSTICAS DA EDIFICAÇÃO

A edificação é de uso residencial com presença de pessoas em um período de 24


horas e 356 dias do ano, o empreendimento é composto por 4 (Quatro) pavimentos,
e com 4 (Quatro) apartamentos por andar, a edificação não possui elevadores, e
para que os moradores tenham acesso aos andares superiores usam escadas, a
edificação possui medidas de proteção contra incêndio, como sinalização de rota de
fuga e extintores contra chamas. A edificação possui vários equipamentos
eletrônicos, sistema de interfones e antena coletiva, entre outros equipamentos
eletrônicos instalados nas residências, todos suscetíveis a queima devido aos surtos
de um raio, ou oscilação da rede elétrica. A edificação está localizada numa área
suburbana e litorânea de MÉDIA EXPOSIÇÃO a descargas atmosféricas e seus
efeitos diretos e indiretos.

4. DADOS TÉCNICOS DA EDIFICAÇÃO

4.1. NÍVEL DO SPDA

Edificação enquadrada na norma NBR 5419/2015 da ABNT, como Nível IV de


proteção. Nível calculado através de gerenciamento de risco que será apresentado
posteriormente neste laudo.

4.2. TIPO DE SPDA

O SPDA é externo e o projeto não possui SPDA interno, e no que se refere à


edificação, a mesma possui 4 apartamentos por andar sendo um total de 16
unidades. Estimando em cada unidade uma média de 4 pessoas por unidade temos
um total de 64 pessoas. Vale salientar que esse valor é uma estimativa mais
conservadora e que deve ser feita para que se possa fazer a análise de risco do
empreendimento em condições onde se tenta modelar a realidade mais próxima.
A estrutura possui 2 (dois) captores Franklin em seu topo localizado na cumeeira da
edificação, possui também fitas chatas de alumínio no telhado que forma a malha de
captação e que se interligam aos captores e as decidas, sendo este seu subsistema
de captação, as fitas se interligam a 4 (quatro) descidas. As descidas se interligam a
4 (quatro) caixas de inspeções na vertical e se ligam a 4 cordoalhas de cobre que se
interligam a 4 caixas de inspeções ao solo, contendo em cada uma das caixas (solo)
uma haste de aterramento. O conjunto dos captores Franklin mais a fita chata de

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alumínio, mais as descidas, mais as caixas de inspeções, neste contexto entregue,
formam o sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) do bloco A3,
conhecido popularmente como para-raios.

VISTORIA “IN LOCO” DO SPDA EXISTENTE

Foram efetuadas medidas de continuidade elétrica. Foi utilizado o miliohmímetro que


é um instrumento portátil, utiliza o método dos 4 terminais (método de Kelvin) para
evitar erros na medição provocados pelos cabos de prova e suas resistências de
contato. Neste teste avaliamos a integridade do sistema de maneira mais confiável.
Foram verificadas as condições das malhas de captação quanto a fixação e corrosão
foi verificada as condições das cordoalhas de cobre, quanto a tensionamento e
corrosão e foram verificadas as condições das hastes e caixas de inspeções.

4.3. CAPTOR

Figura 2 – Fotos do mastro de capitação

Os mastros encontram-se em bom estado, vale salientar que a cordoalha não está
tensionada, o cabo precisa estar tensionado para suportar esforços mecânicos, em
outras palavras precisa estar tencionado para suportar uma descarga atmosférica e
assim não se romper e provocar centelhamentos perigos caso do sistema ser

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atingido por uma descarga. A seção transversal da cordoalha deve atender a seção
mínima exigida pela norma.
Veja abaixo a tabela do item 5.6.2 - Dimensões da NBR 5419-3 2015 que fala das
seções mínimas,

Figura 3 – Imagem da Tabela 6 NBR 5419-3 2015

O condutor de captação que está instalado na cobertura é de cobre nu, com


diâmetro de 6.51mm, ou seja, tem um raio de 3.25mm e uma seção de
aproximadamente 33,28mm2
𝑆 = 𝜋𝑟 2
𝑆 = 3,1416 ∗ (3,25)2
𝑆 = 33,28𝑚𝑚2
Conforme demostrado no cálculo acima a seção do condutor de captação é inferior a
seção mínima exigida pela norma, mas está dentro da margem tolerada de ± 5%

4.4. MALHA DE CAPTAÇÃO

A malha de capitação e formada pelas fitas que se interligam aos captores que se
interligam as fitas de alumínio que formam as descidas, a seção das fitas está
correta e atendem a norma, mas houve um erro na construção da malha. Como foi
usado no projeto 2 captores os mesmos deveriam estar interligados aumentando
assim a equipotencialização da malha de captação para em caso de descargas a
corrente tivesse não apenas 2 caminhos mais sim 4 caminhos, ou seja, uma corrente
muito menor iria chegar em cada ponto ao eletrodo de aterramento,

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Outro ponto que pode ser melhorado é sobre o posicionamento da malha na
cobertura, veja o que diz norma
A.3 Posicionamento do subsistema de captação utilizando o método das malhas
Uma malha de condutores pode ser considerada como um bom método de captação
para proteger superfícies planas. Para tanto devem ser cumpridos os seguintes
requisitos:
a) condutores captores devem ser instalados:
—— na periferia da cobertura da estrutura;
—— nas saliências da cobertura da estrutura;
—— nas cumeeiras dos telhados, se o declive deste exceder 1/10 (um de desnível
por dez de comprimento);
NOTA 1 O método das malhas é apropriado para telhados horizontais e inclinados
sem curvatura.
NOTA 2 O método das malhas é apropriado para proteger superfícies laterais
planas contra descargas
atmosféricas laterais.
NOTA 3 Se o declive do telhado exceder 1/10, condutores paralelos, em vez de em
malha, podem ser usados, adotando a distância entre os condutores não maior que
a largura de malha exigida.
b) as dimensões de malha não podem ser maiores que os valores encontrados na
Tabela 2;
c) o conjunto de condutores do subsistema de captação deve ser construído de tal
modo
que a corrente elétrica da descarga atmosférica sempre encontre pelo menos duas
rotas condutoras distintas para o subsistema de aterramento;
d) Nenhuma instalação metálica, que por suas características não possa assumir a
condição de elemento captor, ultrapasse para fora o volume protegido pela malha
do subsistema de captação.
e) os condutores da malha devem seguir o caminho mais curto e retilíneo possível
da instalação. (NBR 5419-3:2015 Item A.3)

Ou seja, a malha de captação deve estar na periferia superior da estrutura e nas


saliências da cobertura. É recomendado como boa prática a instalação de mini
captores nestes pontos, é uma solução simples e de baixo custo que aumenta e
muito a segurança da cobertura contra centelhamentos perigosos, veja abaixo
imagens tirados do local.

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Figura 4 – Imagem da malha de capitação

Mais um ponto com problema é quanto à fixação da malha de capitação construída


com as barras de alumínio, a distância que a norma indica é que a cada 1 metro na
horizontal (sobre o telhado), seja feita uma fixação na chapa em alumínio, e a
fixação na vertical deve seguir o espaçamento de 1.5 metros. Quanto à fixação, é
evidente que não foram respeitadas as sobreposições das duas chapas (10 cm), e
não se fez respeitado a fixação por 2 pontos (furos) possibilitando a aplicação dos
parafusos com seus acessórios adequados ao projeto, garantindo a necessária
condutibilidade que se deve atender entre as duas barras, sendo assim, a fixação
encontrada se apresenta em inconformidade com a boa prática de engenharia, veja
fotos abaixo.

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Figura 5 – Fixação de barra de alumínio

Por imposição de norma regulamentadora, onde existe a necessidade de emendas


em barras de alumínio, as extremidades das barras devem se posicionar de forma a
se sobrepor uma a outra com espaço mínimo de 10 cm, as emendadas devem ser
atendidas através de 2 parafusos de alumínio ou inox, as referidas chapas
condutoras, devem ser fixadas as telhas, respeitando o distanciamento de fixação a
cada 1 metro, respeitando o torque estabelecido, podendo se utilizar como fixador,
parafusos de aço inoxidável rosca soberba, rebites ou suporte de colagem.

Figura 6 – Imagem de fixação correta da barra de alumínio

Figura 7 – Imagem malha de capitação, fixação indevida

Como podemos ver nas imagens acima, não existiu a preocupação em fixar de
forma correta as barras de alumínio, tanto a fixação quanto ao respeito à devida
sobreposição (10 cm) de uma barra com a outra para garantir a continuidade, tanto à
adequada fixação das barras ao telhado para que as mesmas estivessem bem
presas para suportarem esforços mecânicos.

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4.5. DESCIDAS

As descidas da edificação foram feitas com barras chatas de alumínio com seção
transversal de 70mm2, e esta seção atende as especificações técnicas da norma,
foram adotadas quatro descidas, e em cada descida foram instaladas duas caixas de
inspeções, uma a altura de 1,5 metros do solo e a 2ª já se posiciona no solo a fim se
manter a condição de inspeção na conexão da haste de aterramento. Em cada uma
das quatro descidas, a barra de alumínio desce até a primeira caixa de inspeção (a
1,5 metros) já posicionada na fachada do prédio, e se conecta a uma cordoalha de
cobre e a cordoalha de cobre desce até a caixa de inspeção do solo, conectando-se
a uma haste de aterramento. Foram evidenciados dois problemas aqui, um dos,
trata-se da fixação das barras em alumínio que constituem a descida do subsistema,
neste trecho, não foi considerado a determinação da norma quanto à adequada
fixação a cada 1.5 metros em linha vertical (quando em descida na fachada do
prédio) assim como se desprezou os procedimentos de sobreposição das barras e o
uso de materiais adequados para a correta fixação das mesmas, como já foi dito
antes no item 5.5.2 Fixação.
Elementos captores e condutores de descidas devem ser firmemente fixados de
forma que as forças
eletrodinâmicas ou mecânicas acidentais (por exemplo, vibrações, expansão
térmica etc.) não causem
afrouxamento ou quebra de condutores.
A fixação dos condutores do SPDA deve ser realizada em distância máxima assim
compreendida:
a) até 1,0 m para condutores flexíveis (cabos e cordoalhas) na horizontal;
b) até 1,5 m para condutores flexíveis (cabos e cordoalhas) na vertical ou inclinado;
c) até 1,0 m para condutores rígidos (fitas e barras) na horizontal;
d) até 1,5 m para condutores rígidos (fitas e barras) na vertical ou inclinado.
NOTA Para estruturas de pequenas dimensões, recomenda-se garantir o número
mínimo de fixações de modo a impedir que esforços eletrodinâmicos, ou esforços
mecânicos acidentais (por exemplo, vibração) possam causar a ruptura ou
desconexão do sistema (NBR 5419 – 3:2015).

O outro problema é quanto à seção transversal da cordoalha que foi instalada entre
a 1ª caixa e a 2ª caixa de inspeção, a mesma possui seção de 33mm2 e 29 mm2.
A NBR 5419/2015 diz que as chapas em alumínio (chapas interligadas ao captor
Franckin, barra condutora que desce em direção à caixa de inspeção a 1,5 metros,
deve se conectar a uma cordoalha cuja seção mínima permitida, deve ser de
50mm2). Valores que podem ser encontrados na NBR5419/2015 tabela 6 da parte 3.

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Abaixo imagens tiradas na inspeção.

Figura 8 – Descida em cordoalha ligada a haste de aterramento

Figura 9 – Imagem de descida estrutural

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Figura 10 – Imagem de descida lateral e caixa de inspeção

Figura 11 – Imagem das espessuras da barra de alumínio

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Figura 12 – Imagens das caixas de inspeções

4.6. CONEXÕES DE ENSAIOS


A norma diz que nas junções entre cabos de descida e eletrodos de aterramento,
uma conexão de ensaio deve ser fixada em cada condutor de descida, exceto no caso
de condutores de descidas naturais combinados com os eletrodos de aterramento
natural (pela fundação).
No primeiro caso, com o objetivo de ensaio, o elemento de conexão deve ser capaz
de ser aberto apenas com o auxílio de ferramenta. Em uso normal ele deve
permanecer fechado e não pode manter
contato com o solo. (NBR 5419-3:2015 pag. 27)

Em vistoria no local encontramos quatro descidas na edificação com uma caixa de


inspeção em cada descida a uma altura aproximada de 1,5m e uma caixa de
inspeção para cada descida, posicionada no solo. Neste ponto fizemos medições de
continuidade e não encontramos valores satisfatórios!

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4.7. PONTOS DE MEDIÇÕES

4.7.1. Descida 04

Figura 13 – Imagens da medição da descia 04

Local Externo
Ponto de Inspeção Descida
ID do Ponto 04
Data da verificação 29/05/2021
Temperatura ambiente 25°
Umidade Relativa do ar 85%
Descida em barra chata de alumínio conectada a
cordoalha de cobre em caixa de inspeção a 1,5m de
Características do ponto
altura. Que se conecta a caixa de inspeção no solo com
haste de aterramento.

Avaliação segundo premissas da NBR 5419:2015


Medições de Continuidade
O miliohmímetro é um instrumento portátil, utiliza o método dos 4 terminais (método
de Kelvin) para evitar erros na medição provocados pelos cabos de prova e suas
resistências de contato. Neste teste avaliamos a integridade do sistema de maneira
mais confiável.
Instrumento de Medição: MILIHOMIMETRO HMMD-1 Marca: HIGHMED
Corrente Aplicada: 1,2 Amperes Corrente Aplicada: Corrente
DC

Certificado de Calibração: 32807/2021 Valor Encontrado: 1802 mΩ


Não Conformidades
Continuidade elétrica acima do permitido pela norma, o valor máximo

permitido pela norma é de 200 mΩ. Esta foi a única descida que encontramos
continuidade.

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4.7.2. Descida 01

Figura 14 – Imagens da medição da descia 01

Local Externo
Ponto de Inspeção Descida
ID do Ponto 01
Data da verificação 29/05/2021
Temperatura ambiente 25°
Umidade Relativa do ar 85%
Descida em barra chata de alumínio conectada a
cordoalha de cobre em caixa de inspeção a 1,5m de
Características do ponto
altura. Que se conecta a caixa de inspeção no solo com
haste de aterramento.

Avaliação segundo premissas da NBR 5419:2015


Medições de Continuidade
O miliohmímetro é um instrumento portátil, utiliza o método dos 4 terminais (método
de Kelvin) para evitar erros na medição provocados pelos cabos de prova e suas
resistências de contato. Neste teste avaliamos a integridade do sistema de maneira
mais confiável.
Instrumento de Medição: MILIHOMIMETRO HMMD-1 Marca: HIGHMED
Corrente Aplicada: 1,2 Amperes Corrente Aplicada: Corrente
DC

Certificado de Calibração: 32807/2021 Valor Encontrado: >> 1 Ω


Não Conformidades
Continuidade elétrica muito acima do permitido pela norma, quando o valor
mostrado no painel é 1 (um) isso indica que ou não existe continuidade ou o
valor de resistência de continuidade é muito alto, o valor máximo permitido

pela norma é de 200 mΩ.

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4.7.3. Descida 02

Figura 15 – Imagens da medição da descia 02

Local Externo
Ponto de Inspeção Descida
ID do Ponto 02
Data da verificação 29/05/2021
Temperatura ambiente 25°
Umidade Relativa do ar 85%
Descida em barra chata de alumínio conectada a
cordoalha de cobre em caixa de inspeção a 1,5m de
Características do ponto
altura. Que se conecta a caixa de inspeção no solo com
haste de aterramento.

Avaliação segundo premissas da NBR 5419:2015


Medições de Continuidade
O miliohmímetro é um instrumento portátil, utiliza o método dos 4 terminais (método
de Kelvin) para evitar erros na medição provocados pelos cabos de prova e suas
resistências de contato. Neste teste avaliamos a integridade do sistema de maneira
mais confiável.
Instrumento de Medição: MILIHOMIMETRO HMMD-1 Marca: HIGHMED
Corrente Aplicada: 1,2 Amperes Corrente Aplicada: Corrente
DC

Certificado de Calibração: 32807/2021 Valor Encontrado: >> 1 Ω


Não Conformidades
Continuidade elétrica muito acima do permitido pela norma, quando o valor
mostrado no painel é 1 (um) isso indica que ou não existe continuidade ou o
valor de resistência de continuidade é muito alto, o valor máximo permitido

pela norma é de 200 mΩ.

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Descida 03

Figura 16 – Imagens da medição da descia 03

Local Externo
Ponto de Inspeção Descida
ID do Ponto 03
Data da verificação 29/05/2021
Temperatura ambiente 25°
Umidade Relativa do ar 85%
Descida em barra chata de alumínio conectada a
cordoalha de cobre em caixa de inspeção a 1,5m de
Características do ponto
altura. Que se conecta a caixa de inspeção no solo com
haste de aterramento.

Avaliação segundo premissas da NBR 5419:2015


Medições de Continuidade
O miliohmímetro é um instrumento portátil, utiliza o método dos 4 terminais (método
de Kelvin) para evitar erros na medição provocados pelos cabos de prova e suas
resistências de contato. Neste teste avaliamos a integridade do sistema de maneira
mais confiável.
Instrumento de Medição: MILIHOMIMETRO HMMD-1 Marca: HIGHMED
Corrente Aplicada: 1,2 Amperes Corrente Aplicada: Corrente
DC

Certificado de Calibração: 32807/2021 Valor Encontrado: >> 1 Ω


Não Conformidades
Continuidade elétrica muito acima do permitido pela norma, quando o valor
mostrado no painel é 1 (um), isso indica que ou não existe continuidade ou o
valor de resistência de continuidade é muito alto, o valor máximo permitido

pela norma é de 200 mΩ.

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5. INSPEÇÃO, MANUTENÇÃO E DOCUMENTAÇÃO.

Por se tratar de uma parte muito importante vou citar a parte 7 da norma (NBR 5419
– 3 de 2015) de forma direta para que fique bem claro a necessidade de tudo que
será mostrado.
7 Manutenção, inspeção e documentação de um SPDA

7.1 Geral

A eficácia de qualquer SPDA depende da sua instalação, manutenção e métodos de


ensaio utilizados. Inspeções, ensaios e manutenção não podem ser realizados
durante a ameaça de tempestades.

7.2 Aplicação das inspeções


O objetivo das inspeções é assegurar que:
a) o SPDA esteja de acordo com projeto baseado nesta Norma;
b) todos os componentes do SPDA estão em boas condições e são capazes de
cumprir suas funções; que não apresentem corrosão, e atendam às suas respectivas
normas;
c) qualquer nova construção ou reforma que altere as condições iniciais previstas
em projeto além de novas tubulações metálicas, linhas de energia e sinal que
adentrem a estrutura e que estejam incorporados ao SPDA externo e interno se
enquadrem nesta Norma.

7.3 Ordem das inspeções

7.3.1 Inspeções devem ser feitas de acordo com 7.2, como a seguir:
a) durante a construção da estrutura;
b) após a instalação do SPDA, no momento da emissão do documento “as built”;
c) após alterações ou reparos, ou quando houver suspeita de que a estrutura foi
atingida por uma descarga atmosférica;
d) inspeção visual semestral apontando eventuais pontos deteriorados no sistema;
e) periodicamente, realizada por profissional habilitado e capacitado a exercer esta
atividade, com emissão de documentação pertinente, em intervalos determinados,
assim relacionados:
—— um ano, para estruturas contendo munição ou explosivos, ou em locais
expostos à corrosão atmosférica severa (regiões litorâneas, ambientes industriais
com atmosfera agressiva etc.), ou ainda estruturas pertencentes a fornecedores de
serviços considerados essenciais
(energia, água, sinais etc.)
—— três anos, para as demais estruturas.

7.3.2 Durante as inspeções periódicas, é particularmente importante checar os


seguintes itens:
a) deterioração e corrosão dos captores, condutores de descida e conexões;
b) condição das equipotencializações;
c) corrosão dos eletrodos de aterramento;
d) verificação da integridade física dos condutores do eletrodo de aterramento para
os subsistemas de aterramento não naturais.
Por analogia, parte do procedimento do ensaio para medição de continuidade
elétrica das armaduras pode ser aplicada aos condutores do subsistema de
aterramento do SPDA a fim de comprovar a continuidade
elétrica dos trechos sob ensaio, o que fornece parâmetros para determinação da
integridade física do eletrodo de aterramento e suas conexões. Neste caso, os
valores de validação devem ser compatíveis com parâmetros relacionados ao tipo

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de material usado (resistividade do condutor relacionada ao comprimento do trecho
ensaiado).

NOTA Na medição de continuidade elétrica, é desejável a utilização de


equipamentos que tenham sua construção baseada em esquemas a quatro fios (dois
para injeção de corrente e dois para medir a diferença de potencial), tipo ponte, por
exemplo, micro ohmímetros. Não podem ser utilizados multímetros na função de
ohmímetro.

7.4 Manutenção

7.4.1 A regularidade das inspeções é condição fundamental para a confiabilidade


de um SPDA. O responsável pela estrutura deve ser informado de todas as
irregularidades observadas por meio de relatório técnico emitido após cada
inspeção periódica. Cabe ao profissional emitente da documentação recomendar,
baseado nos danos encontrados, o prazo de manutenção no sistema, que pode
variar desde “imediato” a “item de manutenção preventiva”.

7.5 Documentação

7.5.1 A seguinte documentação técnica deve ser mantida no local, ou em poder dos
responsáveis pela manutenção do SPDA:
a) verificação da necessidade do SPDA (externo e interno), além da seleção do
respectivo nível de proteção para a estrutura, por meio de um relatório de uma
análise de risco;
b) desenhos em escala mostrando as dimensões, os materiais e as posições de todos
os componentes do SPDA externo e interno;
c) quando aplicável, os dados sobre a natureza e a resistividade do solo; constando
detalhes relativos à estratificação do solo, ou seja, o número de camadas, a
espessura e o valor da resistividade de cada uma;
d) registro de ensaios realizados no eletrodo de aterramento e outras medidas
tomadas em relação a prevenção contra as tensões de toque e passo. Verificação da
integridade física do eletrodo (continuidade elétrica dos condutores) e se o emprego
de medidas adicionais no local foi necessário para mitigar tais fenômenos
(acréscimo de materiais isolantes, afastamento do local etc.), descrevendo-o. (NBR
5419-3:2015 pag. 27 a 29).

6. SUBSISTEMA DE ATERRAMENTO

6.1. CAIXAS DE INSPEÇÃO

Foi utilizado como sistema de aterramento do SPDA, 4 (quatro) caixas de inspeções


contendo dentro de cada 1(uma), uma haste de aterramento Copperweld, esta
haste foi ligada ao subsistema de descida (chapa em alumínio) através de uma
cordoalha em cobre.

Pág. 21
6.2. ELETRODO DE ATERRAMENTO

Foram efetuados testes de continuidades entres as hastes de aterramento das 4


descidas e ficou caracterizado uma negligência que fere as instruções da a NBR
5419, anulando a eficácia do projeto de SPDA. Em acordo com as inspeções in
loco, não foi encontrado o anel de aterramento, uma cordoalha em cobre nu,
de seção 50 mm², que deveria estar soterrada a uma profundidade mínima de
50 centímetros, circundando todo o prédio a uma distância mínima de 1,0
metro da fachada e devidamente conectada as 4 (quatro) haste de aterramento
Copperweld, hastes estas, encontradas nas caixas de inspeção locadas no
solo. Todos os testes de continuidade entre as 4 hastes, estouraram o valor da
escala do miliohmímetro, neste ponto o SPDA tem um erro grave de construção e
está completamente em desacordo com a norma, veja o que diz o item 5.4.2
Para subsistemas de aterramento, na impossibilidade do aproveitamento das
armaduras das fundações, o arranjo a ser utilizado consiste em condutor em anel,
externo à estrutura a ser protegida, em contato com o solo por pelo menos 80 % do
seu comprimento total, ou elemento condutor interligando as armaduras
descontínuas da fundação (sapatas). Estes eletrodos de aterramento podem também
ser do tipo malha de aterramento. Devem ser consideradas medidas preventivas
para evitar eventuais situações que envolvam tensões superficiais perigosas (ver
Seção 8).

Embora 20 % do eletrodo convencional possa não estar em contato direto com o


solo, a continuidade elétrica do anel deve ser garantida ao longo de todo o seu
comprimento (ver 7.3) Para o eletrodo de aterramento em anel ou interligando a
fundação descontínua, o raio médio 𝒓𝒆 da área abrangida pelos eletrodos não pode
ser inferior ao valor 𝒍𝟏 :
𝒓𝒆 ≥ 𝒍𝟏 (1)
onde l1 é representado na Figura 3 de acordo com o SPDA classe I, II, III e IV.
(NBR 5419 – 3:2015 pag. 17 a 19)

7. GERAL

7.1. MPS (MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS)

Para complemento do SPDA – SISTEMA DE DESCARGA ATMOSFÉRICA, existe a


necessidade de serem implementadas na edificação algumas MPS, com DPS
coordenados, Barramentos de EP, EL. A NBR 5419 – 3, descreve em vária páginas
a necessidade de um sistema de equipotencialização bem feito e a necessidade de
um sistema coordenado de DPS. Não foi encontrado na estrutura, ligação de
equipotencialização apesar da edificação possuir o BEP (barramento de
equipotencialização principal em acordo com a NBR 5410).

Pág. 22
Nota: Em desconformidade com a norma técnica, se fez negligenciado na execução,
a ligação entre o subsistema de aterramento e o BEP, foram executados todos os
testes demandados pela boa prática, porém, contudo, os testes executados não
apresentaram continuidade nos sistemas. Abaixo podemos ver fotos do BEP.

Figura 17 – Imagem do BEP e barramento de neutro

Pág. 23
8. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

8.1. RESISTÊNCIA POR CONTATO

A resistência por contato nada mais é que uma resistência que surge no subsistema
de descida, nas malhas, e no aterramento por falta de uma boa conexão e uma boa
fixação dos mesmos. Abaixo veremos uma foto que mostra de forma clara a
imperícia na montagem do sistema de SPDA, conforme acima explicado.

Figura 18 – Imagem de erro de conexão

Fica evidenciado que a conexão não está contemplando um bom projeto,


acarretando dois problemas graves, um de resistência de contato, assim
prejudicando a continuidade elétrica (não permitindo o escoamento da grandeza que
pode se estabelecer de 100 a 200 mil amperes), outra inconformidade é que, sob a
incidência de uma descarga atmosférica, a malha de captação pode não suportar os
efeitos mecânicos e vir a se romper ou provocar centelhamentos perigosos a
construção, conforme diz a norma no item 5.5.2 da parte 3.

8.2. HASTES

As hastes do aterramento fixadas ao solo precisam atender as normatizações, e,


além disto, ser instaladas de forma correta para garantir que em caso de descarga
atmosférica, o projeto e a execução deve estabelecer no sistema um bom

Pág. 24
escoamento da corrente elétrica ao solo. Entretanto, foi constato em campo, que a
haste da descida 02 (descida dois) não atende os critérios das normas.

Em acordo com as instruções de engenharia, a haste deve ter no mínimo um


comprimento de 2,4 metros, e encontramos em campo, uma haste com o
comprimento de no máximo 1,0 m. Esta inconformidade caracteriza no mínimo, a
imperícia técnica e ou negligência técnica. A possibilidade de uma pessoa adulta ou
criança estar passando no local e as barras de descidas, receberem uma descarga
atmosférica no momento da passagem, é real, em se ocorrendo este incidente, estas
pessoas estarão passíveis de sofrerem uma descarga de corrente, um choque
elétrico, devido às tensões de passo, podendo até mesmo, causar danos à
integridade física.
Este subsistema negligencia a NBR5419:2015. Abaixo foto tirada no local.

Figura 19 – Imagem de haste de aterramento fora de conformidade

8.3. CORDOALHA INSTALADA NO MASTRO QUE SUPORTA O CAPTOR

A cordoalha de cobre que faz parte do subsistema de capitação deve estar em bom
estado de conservação, demanda-se que esta cordoalha, deva estar bem esticada
para suportar efeitos mecânicos, abaixo fotos do subsistema de captação
encontrados na edificação.

Pág. 25
Figura 20 – Imagem de subsistema de captação, cordoalha quase rompida e sem tensionamento

Conforme já dito no capitulo 5, a seção transversal da malha atende as


especificações da norma, mas como podemos ver na foto acima, a referida
cordoalha esta visivelmente saturada, e tem um ponto cujas espiras do cabo estão
próximas de se romperem, percebe-se a visível oxidação da malha, que se
considerarmos o tempo de aplicação ao sistema, não deveria esta cordoalha se
apresentar com esta proporção de desgaste, a condição apresentada pode causar
danos a estrutura em caso do SPDA ser atingido por uma descarga, entre outros
fatores, vale lembrar que o presente Laudo está sendo feito após 12 meses da
entrega da execução, da construção do sistema, vale lembrar que em tão pouco
tempo a situação acima não poderia existir.

8.4. BARRA CHATA DE ALUMÍNIO

Conforme já especificado acima (item 4.4), além da sustentação e fixação entre a


barra chata de alumínio não ter sido executada de forma correta. Sem a
sobreposição das extremidades, sem os dois parafusos entre os dois furos de
fixação, pratica adotada para garantir a continuidade elétrica, nos pontos de fixação,
torna-se clara a aplicação de arruela em aço carbono (material inadequado por
provocar à pilha eletrolítica, sujeito a eletrólise, onde se faz visto o efeito da corrosão
de material) o uso de arruelas adequados (em inox e ou alumínio), garantiria o

Pág. 26
mínimo, tal qual o prolongamento de vida útil do material, um torque adequado,
evitando que as peças se soltem sobre o telhado. veja fotos abaixo da fixação das
barras.

Figura 21 – Imagem de fixação da barra chata de alumínio

9. GERENCIAMENTO DE RISCO

9.1. TUPÃ E PROTEC SPDA

Segundo a NBR 5419: 2015 – 2 é necessário fazer um gerenciamento de risco para


que vejamos se existe ou não a necessidade de a edificação possuir um SPDA.
Usamos para realizar os cálculos os programas Tupã e Protec SPDA. Conforme
veremos abaixo os cálculos feitos no Tupã, a edificação tem necessidade de um
sistema de SPDA, os cálculos foram feitos como se a edificação não possuísse nem
um tipo de proteção externa e interna, só assim podemos saber a necessidade ou
não de proteção.

Pág. 27
9.2. CÁLCULOS DO TUPÃ

Gerenciamento de
Projeto:
risco

Dimensões da estrutura
Zona: Edificação
Área de exposição equivalente AD [m2] 6614

Influências ambientais
Estrutura cercada por
Localização (cD): objetos de mesma
altura ou mais baixos
Frequência de descarga para terra NG [1/km2/ano]: 7,980977687
Tipo de solo: Mármore, cerâmico
Locais onde falhas de
sistemas internos não
Tipo de estrutura:
causam perdas de
vidas humanas
Incêndio Baixo ou
Risco de incêndio (rf): explosão (zonas
2,22)
Baixo nível de pânico
(ex.: prédio com até 2
Perigo especial (hz): andares e quantidade
pessoas limitadas a
100)
Número de pessoas na zona: 64
Serviços conectados:
Largura da blindagem ou distância entre as descidas w1 [m] 8,3333
Largura da blindagem ou distância entre as descidas w2 [m] 8,3333

Medidas de proteção
Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
sem SPDA
(SPDA):
Meios para restringir as consequências de incêndio (r p): Sem proteção
Nenhuma medida de
Contra tensão de toque ou passo na estrutura (PTA):
proteção

Pág. 28
Nenhuma medida de
Contra tensão de toque ou passo na linha (PTA):
proteção

Atributos da linha conectada:


Linha de energia
Fator ambiental da linha: Suburbano
Não blindado- sem
Fiação interna: precaução para evitar
laços
Tensão suportável de impulso atmosférico no sistema [kV] 2,5kV
Sem proteção
Dispositivo de proteção contra Surto DPS (PSPD):
coordenada com DPS
Modo de instalação da linha (Cl): Aéreo
Linha de telecomunicação
Fator ambiental da linha: Suburbano
Não blindado- sem
Fiação interna: precaução para evitar
laços
Tensão suportável de impulso atmosférico no sistema [kV] 1,5kV
Sem proteção
Dispositivo de proteção contra Surto DPS (PSPD):
coordenada com DPS
Modo de instalação da linha (Cl): Aéreo

Resultado
Perda de vida humana R1 7,5276E-05
Avaliação de risco: intolerável
Perda de serviço público R2 6,1977E-03
Avaliação de risco: intolerável
Perda de herança cultural R3 0,0000E+00
Avaliação de risco: tolerável
Perda econômica R4 0,0000E+00
Avaliação de risco: tolerável

Projeto avaliado por: Eng. Jemerson Vital


Data da avaliação: 03/06/2021

Total:
Perda de vida humana r1 7,5276e-05
Perda de serviço público r2 6,1977E-03
Perda de herança cultural r3 0,0000E+00

Pág. 29
Perda econômica r4 0,0000E+00

Conforme visto nos resultados acima, a edificação necessita de um sistema de


proteção, os valores obtidos são 7,5 vezes o valor tolerável pela norma que tem que
ser menor que 𝟏𝒙𝟏𝟎−𝟓 . Vale lembra que os riscos R2, R2, R4 não estão sendo
analisados devido às características da edificação.

9.3. CÁLCULOS DO SPDA PROTEC

Neste ponto foi feita uma simulação no SPDA PROTEC, inserindo melhorias na
proteção para chegássemos a um nível de proteção tolerável pela norma, abaixo
veremos os resultados.

9.4. MEMORIAL DE CÁLCULO

O presente documento tem por finalidade descrever o Gerenciamento de Risco de


um Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA), elaborado de
acordo com a norma NBR 5419/2015 com revisão em 2018.

Dados do Cliente:

Obra/Cliente: Cond. Parque dos Trigos Ano de Construção: 2001

Cidade/Estado: Praia Grande - SP


Endereço: Caminho do Guaramar 199
CNPJ/CPF: 07.650.753/0001-91
Atividade: Habitação Multifamiliar

Dados da Avaliação:
Nome da Análise: Gerenciamento de Risco
Data da Análise: 29/05/2021
Resp. Técnico:Eng. Jemerson Vital
Credenciamento: 5069065748
Nome da Empresa: SOS Para Raios
CNPJ/CPF:

Pág. 30
9.5. CARACTERÍSTICAS DA ESTRUTURA:

Dados da Edificação:

Comprimento (m) Largura (m) Altura (m)


16,30 15,50 12,00

Tipo de Estudo da Estrutura:

9.6. ESTUDO COM FORMATO PRISMÁTICO SIMPLES - QUADRADO OU


RETÂNGULO

A área de exposição equivalente (Ad) corresponde à área do plano da estrutura


prolongada em todas as direções, de modo a levar em conta sua altura. Os limites
da área de exposição equivalente estão afastados do perímetro da estrutura por uma
distância correspondente à altura da estrutura no ponto considerado.

Ad = 6.613,75 m²

9.7. INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS:

a) Localização da estrutura:

Estrutura cercada por objetos da mesma altura ou mais baixos


CD= 0,50

b) Densidade e descargas atmosféricas para a terra (Ng) (1/km²/ano

𝑁𝑔 = 7,98

9.8. MEDIDAS DE PROTEÇÃO DA ESTRUTURA:

a) Nível de Proteção do SPDA (NP):

Estrutura protegida por SPDA IV

𝑃𝑏 = 0,2

b) Número de Pessoas em Toda Edificação:

Pág. 31
64 pessoas

9.9. ATRIBUTOS DA LINHA DE ENERGIA CONECTADA:

9.9.1. Estrutura Principal:

a) Possui linha de energia entrando na edificação?

SIM - Tem esta linha de Potência ou sinal conectada à estrutura

b) Como a linha de energia adentra a edificação [Fator Cl]:

Aéreo CI/p = 1
c) Comprimento da linha em metros:

LL/p = 1.000,00

d) Fator tipo da linha:

Linha de energia BT ou sinal CT/p = 1,00

e) Fator Ambiental:

Suburbano CE = 0,5
f) Blindagem da linha:

Não blindada ou com a blindagem não interligada ao mesmo barramento


RS/p = -

g) Condições de Blindagem, aterramento, isolação:

Linha aérea não blindada Indefinida


CLD/p = 1,0 CLI/p = 1

9.10. ESTRUTURA ADJACENTE:

a) Possui estrutura adjacente?

Pág. 32
Contem Estrutura Adjacente a Linha

b) Dimensões da estrutura Adjacente:

Comprimento (m) Largura (m) Altura (m)


10,00 20,00 5,00

c) Fator de localização da estrutura adjacente:

Estrutura cercada por objetos da mesma altura ou mais baixos CDJ/p = 0,50

d) Tensão suportável do sistema interno (kV):


Tensão suportável UW - 2,5 kV
UW/p= 2,50

e) Tipo de Linha da estrutura Adjacente:

Linhas de energia PLI/p= 0,30


Parâmetros resultantes
KS4/p= 0,40
Este valor muda em função da Blindagem da Linha e Tensão suportável
PLD/p= 1,00

9.11. ATRIBUTOS DA LINHA DE SINAL CONECTADA:

9.11.1. Estrutura Principal:


a) Possui linha de energia entrando na edificação?

SIM - Tem esta linha de Potência ou sinal conectada à estrutura

b) Como a linha de energia adentra a edificação [Fator Cl]:

Aéreo CI/t = 1
c) Comprimento da linha em metros:

LL/t = 1.000,00

Pág. 33
d) Fator tipo da linha:

Linha de energia BT ou sinal CT/t = 1,00

e) Fator Ambiental:

Suburbano CE = 0,5
f) Blindagem da linha:

Não blindada ou com a blindagem não interligada ao mesmo barramento


RS/t = -

g) Condições de Blindagem, aterramento, isolação:

Linha aérea não blindada Indefinida # Indefinida


CLD/t = 1,0
CLI/t = 1,0

9.12. ESTRUTURA ADJACENTE:

a) Possui estrutura adjacente?

Contem Estrutura Adjacente a Linha

b) Dimensões da estrutura Adjacente:

Comprimento (m) Largura (m) Altura (m)


10,00 10,00 5,00

c) Fator de localização da estrutura adjacente:

Estrutura cercada por objetos da mesma altura ou mais baixos CDJ/t = 0,50

d) Tensão suportável do sistema interno (kV):

Pág. 34
Tensão suportável UW - 1,5 kV UW/t=0,50

e) Tipo de Linha da estrutura Adjacente:

Linhas de sinais
PLI/t= 0,00

Parâmetros resultantes
KS4/t= 0,00

Este valor muda em função da Blindagem da Linha e Tensão suportável


PLD/t= 0,00

9.13. ÁREAS DE EXPOSIÇÃO EQUIVALENTE DA ESTRUTURA E LINHAS NA


EDIFICAÇÃO:

Estrutura:

Equação Resultado (m²)


AD = L × W + 2 × (3 × H) × (L + W) + π × (3 × H)2
6.613,75
AM = 2 × 500 × (L + W) + π × 5002
817.198,16
Linha de Energia:

Equação Resultado (m²)


AL/P = 40 × LL
40.000,00
AL/P = 4 000 × LL
4.000.000,00
AD = LJ/p × WJ/p + 2 × (3 × HJ/p) × (LJ/p + WJ/p) + π × (3 × HJ/p)2
1806,85
Linha de Sinal:

Equação Resultado (m²)


AL/T = 40 × LL
40.000,00
AL/T = 4 000 × LL
4.000.000,00
AD = LJ/t × WJ/t + 2 × (3 × HJ/t) × (LJ/t + WJ/t) + π × (3 × HJ/t)2
1806,85

Pág. 35
9.14. NÚMERO ESPERADO ANUAL DE EVENTOS PERIGOSOS NA
EDIFICAÇÃO

Estrutura:

Equação Resultado 1/ ano


ND = NG × AD × CD × 10^–6 2,64E-02
NM = NG × AM × 10^-6 6,52E+00
Linha de Energia:

Equação Resultado 1/ ano


NL/P = NG × AL/P × CI/P × CE/P × CT/P × 10^–6 1,60E-01
NI/P = NG × AI/P × CI/P × CE/P × CT/P × 10^–6 1,60E+01
NDJ/P = NG × ADJ/P × CDJ/P × CT/P ×10^–6 1,65E-03
Linha de Sinal:

Equação Resultado 1/ ano


NL/T = NG × AL/T × CI/T × CE/T × CT/T × 10^–6 1,60E-01
NI/T = NG × AI/T × CI/T × CE/T × CT/T ×10^–6 1,60E+01
NDJ/T = NG × ADJ/T × CDJ/T × CT/T ×10^–6 4,12E-03

9.15. RESUMO DAS PROTEÇÕES

9.15.1. Características das Zonas


As medidas de proteção como SPDA, condutores de blindagem, blindagens
magnéticas e DPS determinam as zonas de proteção contra descargas atmosféricas
“raio” (ZPR).

Como regra geral de proteção, a estrutura a ser protegida deve estar em uma ZPR
cujas características eletromagnéticas sejam compatíveis com sua capacidade de
suportar solicitações que, de outra forma, causariam danos (dano físico ou falha de
sistemas elétricos e eletrônicos devido à sobretensões).

Quantas Zonas estão sendo utilizadas:

Pág. 36
1 zona está sendo avaliada nesse Gerenciamento de Risco. As zonas foram
especificadas e escolhidas para determinar a melhor solução em "custo benefício",
buscando escolher as Medidas de Proteção adequadas para cada necessidade.

b) Quais zonas estão sendo avaliadas?

Abaixo estão as zonas que foram escolhidas de acordo com análise técnica do local.

Descrição das Zonas Avaliadas:


Nº da Está sendo
N° Pessoas na Zona Nome da Zona
Zona utilizada?
Zona 64 Edificação SIM
01
Zona 0 Zona não avaliada NÃO
02
Zona 0 Zona não avaliada NÃO
03
Zona 0 Zona não avaliada NÃO
04
Zona 0 Zona não avaliada NÃO
05
Zona 0 Zona não avaliada NÃO
06

9.16. ANÁLISES DAS COMPONENTES DE RISCOS

9.16.1. Componentes de risco para uma estrutura devido às descargas


atmosféricas na estrutura
RA: componente relativo a ferimentos aos seres vivos causados por choque elétrico
devido às tensões de toque e passo dentro da estrutura e fora nas zonas até 3 m ao
redor dos condutores de descidas. Perda de tipo L1 e, no caso de estruturas
contendo animais vivos, as perdas do tipo L4 com possíveis perdas de animais
podem também aumentar;
RB: componente relativo a danos físicos causados por centelhamentos perigosos
dentro da estrutura iniciando incêndio ou explosão, os quais podem também colocar
em perigo o meio ambiente. Todos os tipos de perdas (L1, L2, L3 e L4) podem
aumentar;
RC: componente relativo a falhas de sistemas internos causados por LEMP. Perdas
do tipo L2 e L4 podem ocorrer em todos os casos junto com o tipo L1, nos casos de

Pág. 37
estruturas com risco de explosão, e hospitais ou outras estruturas onde falhas de
sistemas internos possam imediatamente colocar em perigo a vida humana.

9.16.2. Componentes de risco para uma estrutura devido às descargas


atmosféricas perto da estrutura
RM: componente relativo a falhas de sistemas internos causados por LEMP. Perdas
do tipo L2 e L4 podem ocorrer em todos os casos junto com o tipo L1, nos casos de
estruturas com risco de explosão, e hospitais ou outras estruturas onde falhas de
sistemas internos possam imediatamente colocar em perigo a vida humana.

9.16.3. Componentes de risco para uma estrutura devido às descargas


atmosféricas a uma linha conectada à estrutura

RU: componente relativo a ferimentos aos seres vivos causados por choque elétrico
devido às tensões de toque e passo dentro da estrutura. Perda do tipo L1 e, no caso
de propriedades agrícolas, perdas do tipo L4 com possíveis perdas de animais
podem também ocorrer;

RV: componente relativo a danos físicos (incêndio ou explosão iniciados por


centelhamentos perigosos entre instalações externas e partes metálicas geralmente
no ponto de entrada da linha na estrutura) devido à corrente da descarga
atmosférica transmitida ou ao longo das linhas. Todos os tipos de perdas (L1, L2, L3
e L4) podem ocorrer;

RW: componente relativo a falhas de sistemas internos causados por sobretensões


induzidas nas linhas que entram na estrutura e transmitidas a esta. Perdas do tipo
L2 e L4 podem ocorrer em todos os casos, junto com o tipo L1, nos casos de
estruturas com risco de explosão, e hospitais ou outras estruturas onde falhas de
sistemas internos possam imediatamente colocar em perigo a vida humana.

9.16.4. Componentes de risco para uma estrutura devido às descargas


atmosféricas perto de uma linha conectada à estrutura
RZ: componente relativo a falhas de sistemas internos causados por sobretensões
induzidas nas linhas que entram na estrutura e transmitidas a esta. Perdas do tipo

Pág. 38
L2 e L4 podem ocorrer em todos os casos, junto com o tipo L1, nos casos de
estruturas com risco de explosão, e hospitais ou outras estruturas onde falhas de
sistemas internos possam imediatamente colocar em perigo a vida humana.

9.17. COMPOSIÇÃO DOS COMPONENTES DE RISCO

Os componentes de risco a serem considerados para cada tipo de perda na


estrutura são listados a seguir:

a) R1: Risco de perda de vida humana:

R1 = RA1 + RB1 + RC1 + RM1 + RU1 + RV1 + RW1 + RZ1

b) R2: Risco de perdas de serviço ao público:

R2 = RB2 + RC2 + RM2 + RV2 + RW2 + RZ2

c) R3: Risco de perdas de patrimônio cultural:

R3 = RB3 + RV3

d) R4: Risco de perdas de valor econômico:

R4 = RA4 + RB4 + RC4 + RM4 + RU4 + RV4 + RW4 + RZ4

9.18. RESULTADO DAS COMPONENTES DE RISCO

Abaixo é apresentado o resumo do Resultado Global dos Riscos de Perdas


Avaliados nesse Gerenciamento de Risco:

Pág. 39
9.19. RESULTADO GLOBAL FINAL

RESULTADO GLOBAL FINAL

R2 = Risco de R3 = Risco de perda de


R1 = Risco de perda Patrimônio Cultural
R4 = Risco de
de vida humana perda de serviço perda de valores
ao público econômicos.

R1= 3,02E-06 R2= 0,00E+00 R3= 0,00E+00 R4= 0,00E+00


ATENDENDO! R1
NÃO ESTÁ
global menor que NÃO ESTÁ SENDO NÃO ESTÁ SENDO
SENDO
R1 tolerável AVALIADA AVALIADA
AVALIADA

a) R1: Risco de perda de Vida Humana:


R1 = RA1 + RB1 + RC1 + RM1 + RU1 + RV1 + RW1 + RZ1

Abaixo segue a análise das Componentes de Riscos para R1 Total, e a


representação em % das zonas especificadas:

Pág. 40
Análisedas Componentes de Risco
- R1
DISTRIBUIÇÃO DAS COMPONENTES DE RISCO COMPARAÇÃOR1 x R.tolerável REPRESENTAÇÃO DORISCO R1
POR ZONA EM %

RZ Acima de RT=
1,00 E-05 Zona 06 0,0%
RW
RV R1 Zona 05 0,0%
RU
Zona 04 0,0%
RM R1= 3,02E-06 0,0%
RC Zona 03
RB *Se o R1 se aproximar do
RA 5,28E-07 amarelo, tente melhorar Zona 02 70,8%
5,28E-08
as Medidas de Proteção
Risco Total R1
3,02E-06 Zona 01
29,2%

Segue os valores Globais das Componentes de Risco relacionadas a Perda de Vida


Humano:

R1 - Valores Somados das Zonas Avaliadas

RA 5,28E-08
S1 - Estruturas RB 5,28E-07
RC 0,00E+00
S2 -Perto da Estrutura RM 0,00E+00
RU 2,22E-07
S3 - Na Linha RV 2,22E-06
RW 0,00E+00
S4 -Perto da Linha RZ 0,00E+00
R1 total: R1t 3,02E-06

Pág. 41
10. INCONFORMIDADES

✓ Não foi apresentado projeto do SPDA


✓ Não foi apresentado relatório de inspeção de SPDA e Caixas de Inspeção de
Hastes de Aterramento;
✓ Não foi apresentado relatório de Inspeção de Medição de Continuidade de
Malha de Aterramento;
✓ Não foi apresentado relatório de Inspeção de Medição de Continuidade das
Descidas;
✓ Não foi apresentado relatório de Inspeção de Pontos de aterramento;
✓ Avaliação Geral do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas das
Unidades Operacionais conforme plano de manutenção;
✓ Não foi apresentado relatório de inspeção do Sistema de Proteção contra
Descargas Atmosféricas e Laudo.
✓ Cordoalha dos mastros não atende seção mínima exigida pela norma
✓ Malha de captação fixada de forma errada, não se respeitou as distancias de
fixação na vertical e na horizontal
✓ Conexão entre as barras chatas de alumínio errada, gerando assim
resistência de contato, das 4 descidas existentes só uma apresentou
continuidade do mastro até a caixa de inspeção no solo e mesmo assim valor
superior ao permitido.
✓ Cordoalha que interliga caixa de inspeção a caixa de inspeção no solo, com
seção transversal que não atende seção mínima exigida pela norma
✓ Haste de aterramento da descida 02 em descordo com as normas
✓ Não foi contemplada nenhuma MPS, não há DPS instalado
✓ Falta de sinalização nas descidas indicando que; em caso de chuva ou raios,
as pessoas mantenham distância maior que 3 m, evitando assim acidentes
graves por tensões de toque ou passo.
✓ Não existe anel de aterramento item obrigatório da norma!

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11. RECOMENDAÇÕES

11.1. PROJETO

Recomenda se a elaboração de um projeto, segundo o item 7.5 da NBR 5419:3 e


necessário uma documentação no local ou na posse do responsável da edificação
que contenha as informações básicas, como gerenciamento de risco, medições,
laudos da execução ou posteriores, ART, de um engenheiro atestando realmente a
eficácia do SPDA. Conforme já foi mencionado na citação direta da norma neste
laudo no capítulo 6

11.2. MASTRO

Recomenda-se a troca da cordoalha de interligação do captor – Franckin as chapas


de alumínio, conforme mostrado neste laudo, se fez visto que a malha existente
encontra-se com elevado teor de saturação, e em um dos pontos, se encontra
praticamente rompida e a seção transversal da mesma está em desacordo com a
norma.

11.3. DESCIDAS

Recomenda se a fixação correta das barras chatas de alumínio tanto sobre o telhado
como nas fachadas do prédio, para que assim se possa garantir a continuidade
elétrica e que as mesmas suportem esforços mecânicos.

11.4. MALHA DE DESCIDA

Recomenda se a fixação correta das barras chatas de alumínio, e a troca da


cordoalha da caixa de inspeção vertical até a caixa de inspeção no solo, a seção
não atende o mínimo exigido pela norma.

11.5. DPS – DISPOSITIVO PROTETOR DE SURTO

Recomenda o atendimento a norma pontuando a instalação de DPS coordenados,


no centro de medição do prédio.

11.6. EQUIPOTENCIALIZAÇÃO

Recomenda se a equipotencialização do sistema de SPDA ao sistema de


aterramento da edificação para que em caso de descarga elétrica os riscos de
acidente com pessoas originando danos a integridade física ou queima de
equipamentos sejam minimizados.

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12. CONCLUSÃO FINAL DESTE RELATÓRIO

Através de tudo que foi descrito neste relatório, fica evidenciado que o SPDA da
edificação não atende as recomendações mínimas da NBR 5419 – 2015. Existe a
necessidade urgente de adequação. Vale salientar que o SPDA da edificação
sofreu uma reforma no ano de 2020 e o sistema construído não contemplou em
nada a norma vigente.
É importantíssimo que se levante o atual projeto do SPDA e os laudos de quem
executou e verifiquem o que foi emitido.
Do início ao fim o SPDA está em desacordo com a norma, do subsistema de
captação ao subsistema de aterramento foram encontradas anomalias endógenas e
exógenas. O gerenciamento de risco mostrou que o risco é 7,5 vezes maior que o
tolerado pela norma. Outro ponto importante é que em caso de sinistro, o prédio sem
estes documentos, se encontrará sem respaldo legal para fazer frente ao
recebimento da apólice do seguro, o prédio irá arcar com o ônus ocasionado pelos
danos, ou em caso de vistoria por parte do Corpo de bombeiros - AVCB, o prédio
ficará desguarnecido, já que o SPDA sofreu alterações de projeto e está em
desacordo com a NBR5419/2015.

RECOMENDA SE, elaboração de novo projeto e adequação do SPDA.

Por fim, concluo que o sistema por completo está em desacordo com a norma
vigente, e que a edificação não está protegida. Este é meu parecer sob a ART de
número 28027230210767286.

Praia Grande, 07 de junho de 2021.

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Jemerson Vital
Eng. Eletricista – CREA 5069065789

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