Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ENFERMAGEM EM
EMERGÊNCIA E
TRAUMAS
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar as principais características do atendi-
mento pré-hospitalar (APH), diferenciar as situações de urgência e emer-
gência, bem como tomar conhecimento sobre os tipos de ambulância
utilizados em transporte pré-hospitalar e a legislação que regulamenta
a central de atendimento de urgência e emergência.
O APH foi reconhecido em sua essência no período pós-guerra, no
século XVIII. Com o passar dos séculos, houve a evolução do processo
de capacitação das equipes especializadas em atendimento a vítimas.
Considera-se de extrema importância o APH, pois é por intermédio dele
que é possível minimizar os impactos das lesões causadas no sinistro, dimi-
nuindo os índices de morbimortalidade de pacientes vítimas de trauma. É
importante que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados
e treinados para realizar a avaliação primária de forma assertiva, garantindo,
assim, o reconhecimento das lesões para posterior controle/tratamento.
De acordo com o perfil das vítimas, com base na descrição da
ocorrência, será previamente definido, pela central de regulação, qual
melhor recurso despender para o atendimento da ocorrência. Para me-
lhor controle e regulação dos serviços, faz-se necessária uma legislação
regulamentadora que norteie as diretrizes de funcionamento das bases
operacionais (SATO, 2017).
2 Atendimento ao trauma no pré-hospitalar
Recebimento da chamada
Receber e anotar o chamado.
Atentar para a ordem de transmissão dada pela central reguladora, com
as seguintes informações: endereço da ocorrência, nome do solicitante
e das vítimas e outras informações cabíveis.
Para agilizar a chegada ao local, enquanto o registro da informação é
feito, o condutor deve realizar a busca pelo endereço no guia/GPS para
garantir a chegada o quanto antes no destino.
Na cena do atendimento
Garantir a segurança da equipe envolvida no atendimento, tanto pelo
uso de EPIs (equipamentos de proteção individual) adequados quanto
pelo controle dos riscos ambientais.
Identificar uma possível necessidade de reforço e acioná-lo se necessário.
Identificar as vítimas, sempre que possível.
Iniciar o atendimento das vítimas de acordo com a identificação de
prioridades (ver protocolo de atendimento a múltiplas vítimas).
No atendimento inicial de cada vítima, o profissional deve se utilizar da
sigla ABCDE (airway, breathing, circulation, disability, exposition) do
trauma (Quadro 1) para definir as etapas do processo de atendimento.
Nessa avaliação, em cada etapa que houver uma situação de emergência,
as ações para a estabilização devem ocorrer imediatamente (p.ex., uma
vítima com obstrução de via aérea deve receber atendimento para deso-
bstrução dessa via aérea antes mesmo de passar para as demais etapas).
Remover a vítima do local somente depois de ela ser estabilizada de todas
as situações que coloquem sua vida em risco imediato (emergência).
Realizar contato com a central reguladora, fornecendo as informações
completas, seguindo as orientações de transferências para a instituição
indicada.
4 Atendimento ao trauma no pré-hospitalar
B C E
A (airway) D (disability)
(breathing) (circulation) (exposition)
No hospital
Repassar à equipe do hospital as informações sobre o tipo de ocorrência,
os dados pessoais da vítima, a situação na chegada e os atendimentos
realizados na cena e no transporte.
Anotar os pertences da vítima e entregar na unidade de destino.
Organizar a equipe e a unidade móvel de atendimento e comunicar a
central reguladora quando a equipe e o meio de transporte estiverem
prontos para dar sequência ao atendimento de um novo chamado.
Atendimento ao trauma no pré-hospitalar 5
https://qrgo.page.link/VJtrv
ANVISA. Protocolo de referência nº. 07: adequação dos veículos utilizados no transporte
de viajantes enfermos ou suspeitos. Brasília, DF: ANVISA, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria no. 2.048, de 5 de novem-
bro de 2002. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 nov. 2002. Disponível em: http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt2048_05_11_2002.html. Acesso em:
28 maio 2019.
CORUMBÁ recebe ambulância de suporte avançado do Samu-192. Prefeitura de Corumbá,
Corumbá, 23 dez. 2010. Disponível em: http://www.corumba.ms.gov.br/noticias/
corumba-recebe-ambulancia-de-suporte-avancado-do-samu-192/9244/. Acesso em:
28 maio 2019.
OLIVEIRA, A. C. (org.); SILVA, E. S.; MARTUCHI, S. D. Manual do socorrista. São Paulo:
Martinari, 2013.
SATO, E. I. (coord.). Atualização terapêutica de Prado, Ramos e Valle: diagnóstico e trata-
mento. 26. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2017.