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Professor: Diocleciano Tomé Dada

CENTEP – Centro Tecnológico e Formação Profissional

ÍNDICE

PRIMEIROS SOCORROS ____________________________________________________________________ 02

O SOCORRISTA____________________________________________________________________________ 03

RISCOS DE CONTAMINAÇÃO_______________________________________________________________ 04

OS 10 MANDAMENTOS DO SOCORRISTA_____________________________________________________ 05

O ESQUELETO DO CORPO HUMANO_________________________________________________________ 06

SINAIS VITAIS_____________________________________________________________________________ 07

PRIORIDADES NO ATENDIMENTO___________________________________________________________ 08

ANÁLISE PRIMÁRIA DA VÍTIMA____________________________________________________________ 08

ANÁLISE SEGUNDÁRIA____________________________________________________________________ 09

OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA_______________________________________________________________ 13

PARADA RESPIRATÓRIA___________________________________________________________________ 14

PARADA CARDIORESPIRATÓRIA___________________________________________________________ 15

HEMORRAGIAS___________________________________________________________________________ 17

TÉCNICAS DE ESTANCAR SANGRAMENTOS_________________________________________________ 19

FERIMENTOS _____________________________________________________________________________ 20

FRATURAS________________________________________________________________________________ 21

LUXAÇÃO, ENTORSE E CONTUSÃO _________________________________________________________ 23

ESTIRAMENTO OU DISTENÇÃO_____________________________________________________________ 23

TRAUMA CRANIIOENCEFÁLICO____________________________________________________________ 23

QUEIMADURAS___________________________________________________________________________ 25

ESTADO DE CHOQUE______________________________________________________________________ 26

DESMAIO, PROBLEMAS COM CALOR E INTERMAÇÃO________________________________________ 26

CÃIMBRA_________________________________________________________________________________ 28

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO__________________________________________________________ 28

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (DERRAME)______________________________________________ 28

COMA____________________________________________________________________________________ 29

CONVULSÃO______________________________________________________________________________ 29

ANIMAIS PEÇONHENTOS___________________________________________________________________ 30

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TRANSPORTE DE ACIDENTADOS___________________________________________________________ 32

CORPOS ESTRANHOS______________________________________________________________________ 35

ENVENENAMENTOS_______________________________________________________________________ 36

BIBLIOGRAFIA____________________________________________________________________________ 37

PRIMEIROS SOCORROS

Primeiros Socorros: É o atendimento imediato e provisório, prestado ao indivíduo no local do


acidente, tendo como objetivo manter a vítima com vida, diminuir o sofrimento e evitar complicações, até
a chegada do socorro especializado. O socorrista faz a diferença em salvar vidas e reduzir seqüelas, não
devemos causar danos adicionais.

Omissão de socorro
Código penal brasileiro art. 135 omissão de socorro “Deixar de prestar assistência, quando
possível fazê-lo, sem risco pessoal, à criança abandonada, ou a pessoa inválida ou ferida, ao desamparo
ou em grave e eminente de perigo...”.
Pedir ajuda por telefone é prestar primeiro socorro.

Como chamar o resgate:


Se identifique e fale o número do telefone de onde está falando.
Fale detalhando referências para se chegar ao local.
Conte o que você esta vendo, mecanismo do trauma, número de vítimas e situações especiais (vítimas
inconscientes, grandes sangramentos, situações de risco, etc.).

Telefones úteis SAMU/Resgate – 192 - Bombeiros - 193


CEMIG (Cia de Energia de Minas Gerais) (031) – 196
Centro de Intoxicações de B. Hte. (031) 3239-9308 – 3239-9223
Policia Militar – 190

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O SOCORRISTA
Chama-se de socorrista, a pessoa, com noções básicas de atendimento de primeiros socorros. Essa
pessoa deve aprender:
 o que deve procurar;

 o que fazer (e o que não deve fazer);

 como deve fazer;


Para tanto, ele deve:

 agir com calma e confiança;

 ser rápido, porém não precipitado;

 usar o bom senso, sabendo reconhecer as suas limitações como leigo e depois dos primeiros
cuidados aguardar a assistência qualificada;

 quando necessário, usar a criatividade para improvisar;

 demonstrar tranqüilidade, dando ao acidentado a segurança de que tanto necessita;

 Manter a vítima calma;

 Solicitar o auxílio da vítima, quando possível.

Primeiramente ele deve assumir a situação, evitando o pânico e obtendo a colaboração de outras
pessoas, dando ordens claras e objetivas.
Além disso, ele deve proteger o acidentado, verificando rapidamente se há perigo para o acidentado e
o socorrista, como fios elétricos ou objetos que podem causar lesões.
Depois disso, o socorrista deve examinar o acidentado, buscando estabelecer prioridades no
atendimento, verificando:

 O nível de consciência;

 Respiração;

 Sangramento intenso;

 Fraturas;

 Deformidades ou afundamento em partes do corpo;

 Se há outros ferimentos, com o cuidado de não movimentar muito a vítima.


Após estabelecimento das prioridades e aplicação dos primeiros cuidados à vítima, o socorrista deve
providenciar auxílio de pessoas qualificadas, tranqüilizando o acidentado e aliviando-lhe a dor, enquanto
aguarda a assistência especializada.
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RISCO DE CONTAMINAÇÃO

O risco de contaminação é mínimo, mas existe. A substância de maior risco é o sangue, Também
podem transmitir doenças, saliva, contato respiratório (gotículas de saliva no ar contaminada) e outras
substâncias sabidamente contaminadas como águas poluídas (esgoto, águas de enchentes com urina de
ratos), terra, fezes, etc.
Deve-se também ter cuidados com materiais perfuro cortantes, como caco de vidros, galhos, latas,
etc. A pele íntegra, as vacinas contra tétano, difteria e hepatite B são garantia de maior proteção ao
socorrista.
O socorrista para fazer qualquer procedimento deve usar Equipamento de Proteção Individual –
EPI, que são: luvas de látex, óculos, respirador e máscara para ventilação boca/máscara.
No caso de contato com sangue e ou outras substâncias, deve-se lavar com água e sabão abundantemente
o local do contato e procurar um serviço médico da empresa ou infectologista para registro do acidente de
contaminação.

AVALIAÇÃO DO CENÁRIO

Os três sons de “S”


 Segurança
 Cena
 Situação

1. Procurar por perigos que coloque em risco a vida do socorrista e de outras pessoas presentes no local
e da própria vítima, tais como: desabamentos, explosões, incêndios, fios de alta tensão, substâncias
tóxicas etc. O socorrista deve ter segurança para entrar na cena do acidente, somente após detectar que
não há perigo o mesmo entra no cenário.
2. Reconhecer o mecanismo do trauma – observar o que e como aconteceu. Queda de altura? Colisão?
Atropelamento? Espancamento? Mal súbito? Agressão por arma branca? Agressão por arma de fogo?
Dentre outras.
3. Saber o número de vítimas e situações especiais. COLOCAR SINALIZAÇÃO
Obs: As vítimas devem receber estabilização da coluna no local do acidente antes de serem
movimentadas. Somente no caso do local oferecer perigo iminente de vida à vítima ou ao socorrista é
que a mesma deverá ser removida sem imobilização completa, mantendo sempre o eixo
cabeça/pescoço/tronco o mais alinhado possível.

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OS 10 MANDAMENTOS DO SOCORRISTA
1. Mantenha a calma.

2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando socorro:

· PRIMEIRO EU (o socorrista)

· DEPOIS MINHA EQUIPE (Incluindo os transeuntes)

· E POR ÚLTIMO A VÍTIMA

Isto parece ser contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar novas vítimas.
3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospitalar de imediato ao chegar ao local
do acidente.

Podemos por exemplo discar: 193 (Corpo de Bombeiros) ou 192 SAMU (Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência).

4. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no acidente.

5. Ser criativo, com grande capacidade de improvisação;

6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.

7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar lhe ajudarão e se sentirão mais úteis.

8. Evite manobras impensadas (realizadas de forma imprudente, com pressa), só agir se tiver certeza do
que está fazendo.

9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maiores risco de morte como, por
exemplo, vítimas inconscientes ou que estejam com sangramento intenso.

10. Seja socorrista e não_ herói (lembre-se do 2o mandamento).

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O ESQUELETO DO CORPO HUMANO

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SINAIS VITAIS

Temperatura – Pulso – Respiração – Pressão arterial

A) Temperatura:
Temperatura do corpo: 36,0 a 37,2 °C

Temperatura elevada: Estado febril 37,5 a 37,9 °C


Febre 38,0 a 38,9 °C
B) Respiração:
Adulto - 10 a 20 MRPM (movimento respiratório por minuto)
Criança - 20 a 30 MRPM (movimento respiratório por minuto)
Lactentes - 30 a 40 MRPM (movimento respiratório por minuto)

C) Pulso:
Adulto 60 a 100 BPM (batimentos por minuto)
Criança 100 a 120 BPM (batimentos por minuto)
Lactentes 120 a 140 BPM (batimentos por minuto)

D) Pressão Arterial:

É a pressão que o sangue exerce na parede das artérias.

Pressão sistólica: é a pressão máxima - 110 a 140 mmHg.


Pressão diastólica: é a pressão mínima – 60 a 90 mmHg

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PRIORIDADES NO ATENDIMENTO

Em caso de várias vítimas de prioridade ao atendimento de vítimas inconscientes, parada


cardiorespiratória, parada respiratória, obstrução respiratória, trauma crânio encefálico, trauma de tórax,
trauma de abdome e grandes hemorragias, pois exigem o socorro imediato.
Uma vítima que responde verbalmente significa que tem vias aéreas pérveas, se responde apenas
com sinais pode estar com vias aéreas parcialmente obstruídas, porém as duas respostas indicam sinais de
consciência. O nível de consciência deve ser monitorado durante todo atendimento.
A vítima que não responde, nem a estímulos dolorosos, esta inconsciente e é grave!
É precisa pedir ajuda chamar resgate e fazer com que seja atendida por médico.

ANÁLISE PRIMÁRIA DA VÍTIMA

Você nessa análise vai verificar respiração, circulação e nível de consciência da vítima. (VRC)

Verifique o nível de consciência.


Oi, tudo bem, Meu nome
Chegue próximo da vítima e pergunte: é:.......... Pronto socorrista,
posso te ajudar?

Vias aéreas

Um dos métodos mais comuns de abertura das vias aéreas, consiste em colocar uma das mãos na
testa da vítima, e outro no seu queixo fazendo uma inclinação da cabeça para trás (fig. A). Esse método só
pode ser usado, quando se tem certeza que a vítima não tem lesão na coluna.
A abertura das vias aéreas em vítimas inconscientes, ou com suspeita de lesão na coluna, deve ser
feito usando o método que não agrave a lesão. Um dos métodos mais usados é conhecido como tríplice
manobra (fig. B).

(A) (B)

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Verifique a respiração: (Ver, ouvir e sentir).

Ajoelhe próximo a vítima, e coloque seu ouvido próximo a boca e nariz


da vítima, observando o movimento do tórax .

Verifique Circulação
Verifique se a vítima tem pulso. Em casos de adultos e crianças pressione levemente a artéria carótida, em
bebês a artéria braquial. Controle as hemorragias.

ANÁLISE SECUNDÁRIA

Essa etapa consiste em realizar um exame do corpo da vítima, exame da cabeça aos pés, comparando um
lado com outro, procurando possíveis deformidades ou outro sinal anormal.

Faça a imobilização da cabeça

Examine as pupilas

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Anisocoria - Pupilas desiguais – Sinal de TCE (traumatismo crânio encefálico), ou derrame cerebral.

MIDRIÁTICA NORMAL

Verifique a saída de liquor e/ou sangue pelo nariz e/ou ouvidos.

Verifique a presença de objetos estranhos e/ou


secreções na boca, retire-os.

Apalpe a cabeça
da vítima, procurando por ferimentos ou deformidades.

Faça o exame do pescoço, observando o alinhamento da traquéia e da coluna, verificando também a


existência de ferimentos.

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Após o exame da região do pescoço, coloque o colar cervical.

Examine o tórax verificando a existência de ferimentos,


deformidades ou qualquer anormalidade, observe os
movimentos e expansão do tórax.

Apalpe o abdômen, procurando por áreas mais enrijecidas, com


hematomas, ferimentos e deformidades.

Realize o exame da bacia, verificando a existência de dor, crepitação


ou rangido, fazendo uma leve compressão sobre o ilíaco.

Examine os membros inferiores, procurando por ferimentos, deformidades e por fraturas.

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Verifique a perfusão capilar.

Se a vítima estiver consciente, verifique a sensibilidade e a resposta


motora.

Faça o exame dos membros superiores, procurando por ferimentos,


deformidades e por fraturas. Verifique pulso e perfusão capilar. Se a
vítima estiver consciente, verifique a sensibilidade e resposta
motora.

Ao fazer o rolamento da vítima para a prancha longa,


observe possíveis deformidades e hematomas na coluna.

Monitore os sinais vitais.

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OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA
Ao iniciar a manobra de respiração artificial, o socorrista pode se deparar com uma resistência ao
tentar ventilar. Isso significa que, por qualquer problema, o ar insuflado não está conseguindo chegar aos
pulmões da vítima.
Não adianta prosseguir na análise primária, sem antes corrigir e eliminar a obstrução.

CAUSAS DE OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA


Há muitos fatores que podem causar obstrução das vias aéreas, total ou parcialmente. No nível do suporte
básico da vida, nós podemos atuar e corrigir as mais comuns, que são:
 Obstrução causada pela língua;
 Obstrução causada por corpos estranhos.

SINAIS DE OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA


Uma vítima está tendo obstrução parcial das vias aéreas quando:
 Sua respiração é muito dificultosa, com ruídos incomuns (roncos);
 Embora respire, a cor da sua pele está azulada (cianótica), principalmente ao redor dos lábios,
leito das unhas, lóbulo das orelhas e língua;
 Está tossindo.

Nestes casos, a vítima estará consciente e você apenas irá


encorajá-la a tossir, aguardando que o corpo estranho que vem
causando a obstrução seja expelido. Se isso não resolver,
posicione atrás da vítima e inicie a manobra de Heimlich. Faça
repetidas compressões no abdômen até a desobstrução ou
chegada de socorro adequado.

VÍTIMA INCOSCIENTE

Faça a abertura das vias aéreas e verifique a respiração.

Se não houver respiração efetue duas insuflações boca-a-boca ou


boca-máscara.
Caso o tórax não se eleve, repita a liberação das vias aéreas e as
ventilações.
Não ocorrendo a passagem do ar, faça 05 (cinco) compressões no
abdômen (manobra de Heimlich) e verifique se o objeto estranho
aparece na boca da vítima e retire-o.

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Após estes procedimentos se a vítima, ainda, não respira reinicie as


compressões até a desobstrução ou chegada de socorro especializado.

PARADA RESPIRATÓRIA
Respirar é essencial. Se esse processo básico cessar, todas as outras funções vitais também serão
paralisadas.

CAUSAS: Pode ser causado por choque elétrico, afogamento, envenenamento, soterramento,
traumatismos violentos, etc..

MANIFESTAÇÕES: Ausência de movimentos respiratórios, inconsciência, lábios e unhas azul-


arroxeadas (cianose).

PROCEDIMENTOS:
 Manter as vias aéreas liberadas, retirando objetos e secreções da boca;
 Colocar a palma de uma das mãos na testa ao mesmo tempo em que, com o indicador e o
polegar, você realiza completamente o fechamento do nariz da vítima;
 Cobrir a boca da vítima com sua própria boca ou com a máscara;

 Ventilar a vítima, observando ao mesmo tempo a expansão do tórax.


 Se a primeira tentativa de ventilação falhar, reposicionar a cabeça da vítima e tente outra vez;
 Afastar a boca da boca da vítima e observar a exalação do ar;
 Repetir a ventilação;
 Se a vítima não iniciar a ventilação espontânea, checar o pulso carotídeo para ver se não será
necessário a RCP (ressuscitação cardio-pulmonar);

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NÚMERO DE INSUFLAÇÕES:

ADULTO: 01 insuflação – a cada 05 segundos – 10 ciclos.


CRIANÇA E BEBÊ: 01 insuflação – a cada 03 segundos – 20 ciclos

BOCA-NARIZ

Lesões na boca ou na mandíbula podem inviabilizar a respiração artificial pelo método boca a
boca. Neste caso, o socorrista deve optar pela manobra conhecida como boca-nariz, que consiste em:
 Manter as vias aéreas da vítima aberta, exercendo pressão na testa dela com uma das mãos, e
com a outra, pressionando o maxilar inferior, de forma a fechar-lhe a boca;
 Cobrir com a boca o nariz do paciente;
 Ventilar durante um a um segundo e meio;
 Abrir a boca para auxiliar na exalação

BOCA - MÁSCARA
Protege o socorrista do contato com os fluidos da vitima. A mascara deve cobrir toda a área da boca e
nariz da vitima sem escape, use os dedos polegares e indicadores para fixar a máscara e os outros dedos
para elevar a mandíbula, posicione se atrás da cabeça da vitima.

PARADA CARDIORESPIRATÓRIA

Quando o coração para de bombear sangue para o organismo, as células deixam de receber
oxigênio. Existem órgãos que resistem até algumas horas sem oxigênio, porém, os neurônios do sistema
nervoso central (SNC) não suportam mais do que seis minutos e entram em processo de necrose. Desta
forma, a identificação e a recuperação cardíaca devem ser feitas de imediato. Caso haja demora na
recuperação cardíaca, o SNC pode sofrer lesões graves e irreversíveis, e o paciente pode morrer.

CAUSAS : Pode ser causada por choque elétrico, afogamento, asfixia, envenenamento, soterramento,
traumatismos violentos, infarto, etc..
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MANIFESTAÇÕES: Inconsciência, ausência de pulso e movimentos respiratórios, dilatação das


pupilas, palidez excessiva.

PROCEDIMENTOS:
 Verificar inconsciência;
 Fazer a abertura das vias aéreas;
 Verificar a respiração (ver, ouvir, sentir).
 Verificar a circulação; Se não tem pulso em grandes artérias, então é uma quadro de parada
cardiorespiratória.
Deve ser iniciado imediatamente as manobras de ressuscitacão.

O local da massagem
cardíaca externa (osso
esterno) é encontrado
colocando dois dedos
acima da apêndice
xifóide.

Coloque as mãos sobrepostas,


com os dedos entrelaçados, e somente
uma das mãos deve entrar em contato Comprima e descomprima o tórax,
com o osso esterno. mantendo as mãos na posição inicial;

As compressões fazem com o que o sangue circule, substituindo assim o trabalho que seria feito pelo
coração.

O protocolo seguido mundialmente é o preconizado pela American Heart Association. O protocolo


mudou em outubro de 2005. De lá para cá, o que vale é esse abaixo:
RCP em adultos (de 8 anos em diante) - 1 ou 2 socorristas: 2 ventilações X 30 massagens cardíacas
RCP em crianças (de 1 até 8 anos) - 1 socorrista: 2 ventilações X 30 massagens cardíacas - 2 socorristas:
2 ventilações X 15 massagens cardíacas
RCP em lactentes (até 1 ano) - 1 socorrista: 2 ventilações X 30 massagens cardíacas
Verificando o pulso a cada 10 ciclos.
Observação: Nas crianças fazer a massagem cardíaca somente com uma mão.
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HEMORRAGIAS

Hemorragia é a ruptura de vasos sangüíneos, com perda de sangue. A gravidade da hemorragia se


mede pelo volume e a rapidez da qual o sangue é perdido. A perda de sangue pode ocasionar o estado de
choque e levar a vítima à morte.
A hemorragia divide-se em interna e externa.

HEMORRAGIA INTERNA
As hemorragias internas são mais difíceis de serem reconhecidas porque o sangue se acumula nas
partes ocas do corpo, tais como: estômago, pulmões, bexiga, cavidade craniana, cavidade torácica,
cavidade abdominal etc.

A VÍTIMA QUEIXA-SE DE:


 Fraqueza;
 Sede;
 Frio;
 E aparenta ansiedade ou indiferença.

SINAIS DE:
 A alteração do nível de consciência ou inconsciência;
 Agressividade ou passividade;
 Tremores e arrepios no corpo;
 Pulso rápido e fraco;
 Respiração rápida e artificial;
 Pele pálida, fria e úmida;
 Sudorese;
 Pupilas dilatadas.

IDENTIFICAÇÃO:
Além dos sinais e sintomas clínicos, suspeita-se que haja hemorragia interna quando:
 Houver acidente por desaceleração (acidente automobilístico);
 Houver ferimento por projétil de arma de fogo, faca ou estilete, principalmente no tórax ou abdome;
 Houver acidente em que o corpo suportou grande pressão (soterramento, queda);
 Se houver perda de sangue pela boca, nariz e ouvido, existe suspeita de uma hemorragia no cérebro.
 Se a vítima apresentar escarros sanguinolentos, provavelmente a hemorragia será no pulmão; se
vomitar sangue será no estômago; se evacuar sangue, será nos intestinos (úlceras profundas); e se
houver perda de sangue pela vagina, poderá estar ocorrendo um processo abortivo.

TRATAMENTO DE HEMORRAGIA INTERNA

Nos casos de hemorragias internas, pouco se pode fazer como primeiros socorros, além de:
 Deitar o acidentado e elevar os membros inferiores;
 Prevenir o estado de choque;
 Providenciar transporte urgente, pois só em hospital se pode estancar a hemorragia interna.

HEMORRAGIA EXTERNA
As hemorragias externas dividem-se em: arterial, venosa e capilar.

Nas hemorragias arteriais, o sangue é vermelho vivo, rico em oxigênio, e sai em golfadas. Esse
tipo de hemorragia é particularmente grave pela rapidez com que a perda de sangue se processa.

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As hemorragias venosas são reconhecidas pelo sangue vermelho escuro, pobre em oxigênio, e a
perda é de forma contínua e com pouca pressão. São menos graves que as hemorragias arteriais, porém, a
demora no tratamento pode ocasionar sérias complicações.

As hemorragias capilares são as pequenas perdas de sangue, em vasos de pequeno calibre que
recobrem a superfície do corpo.

MÉTODOS PARA DETENÇÃO DE HEMORRAGIAS


· Elevação da região acidentada: pequenas hemorragias nos membros e outras partes do corpo podem
ser diminuídas, ou mesmo estancadas,
elevando-se a parte atingida e,
consequentemente, dificultando a chegada
do fluxo sangüíneo.
Não elevar o segmento ferido se isto
produzir dor ou se houver suspeita de lesões
internas.

· Tamponamento: pequenas, médias e


grandes hemorragias podem ser estancadas
pela obstrução do fluxo sangüíneo com as
mãos ou, preferencialmente, com um pano
limpo ou gaze esterilizada, fazendo um
curativo compressivo. É o melhor método
de estancar uma hemorragia.

· Compressão arterial: se os métodos anteriores não forem suficientes para estancar a hemorragia, ou se
não for possível comprimir diretamente o ferimento, deve-se comprimir as grandes artérias para diminuir
o fluxo sangüíneo.

TRATAMENTO DE HEMORRAGIA EXTERNA:


 Deitar a vítima; o repouso da parte ferida ajuda na formação de um coágulo;
 Se o ferimento estiver coberto de roupa, descobri-lo (evitar, porém, o resfriamento do acidentado);
 Deter a hemorragia;
 Evitar o estado de choque.
Obs.: Procure um médico.

HEMORRAGIA NASAL
É a perda de sangue pelo nariz.

PROCEDIMENTOS:
 Sentar a vítima com a cabeça para frente.
 Apertar a narina que sangra durante 5 minutos.
 Aplicar compressa gelada ou saco de gelo sobre o nariz.
 Se o sangramento não cessar procure o hospital mais próximo.

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HEMORRAGIA DO PULMÃO
MANIFESTAÇÕES: Ataque de tosse, eliminação pela boca em golfadas de sangue vermelho brilhante e
espumoso.

PROCEDIMENTOS:
 Colocar a vítima em repouso e encostada.
 Acalme-a, não a deixe falar.
 Procurar o socorro especializado imediatamente.

TÉCNICAS PARA ESTANCAR SANGRAMENTO

Socorrista deve usar a luvas de látex como barreira de proteção


Ferimentos superficiais devem ser lavados com água e sabão, evitando infecção.
Estancando hemorragia externa:
Coloque compressa ou pedaços de panos limpos cobrindo todo o ferimento.
Faça pressão direta sobre o ferimento, se necessário coloque mais compressas, porém nunca retire a
compressa inicial, pois este ato pode reiniciar o sangramento.
Eleve o membro caso não haja fratura.
Faça pressão sobre o ponto de pressão que é comprimir a artéria acima do ferimento.

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FERIMENTOS

É a lesão da pele causada por um agente externo.

FERIMENTOS NA CABEÇA

Não limpar o ferimento, há perigo de aumentar a hemorragia;


Não fazer compressão com os dedos;
Controle o sangramento com curativo limpo e pouca pressão;

FERIMENTOS NOS OLHOS

 Não remover objetos da córnea;


 Não fazer curativo compressivo;
 Não remover objetos empalados, estabilize-o;
 Curativo deve ser frouxo e nas duas vistas;
Em queimaduras químicas, envolva a área dos olhos com uma compressa úmida .

FERIMENTO NO PESCOÇO

 Manter a vitima calma, pedindo a ela para respirar devagar;


 Não esquecer da possibilidade de trauma de coluna;
 Fazer curativo fechado com uma compressa, devendo ser coberto com plástico estéril ou papel
alumínio;
 Perigo de embolia traumática pelo ar;
 Não aplicar pressão sobre os dois lados ao mesmo tempo.

FERIMENTO NO TÓRAX

 Manter a vítima deitada sobre o lado da lesão;


 Colocar curativo fechado em três lados;
 Transportar sobre o lado ferido.
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 Aguardar socorro adequado.

FERIMENTOS NO ABDÔMEN

 Manter a vítima deitada;


 Monitorar os sinais vitais;
 Ficar alerta para vômito;
 Não tocar e nem recolocar no lugar as
vísceras;
 Cobrir as vísceras com curativo fechado
embebido em soro fisiológico, cobrindo-
o com plástico estéril ou papel alumínio;
 Não remover objetos empalados;
 Aguardar socorro adequado.

OBSERVAÇÃO:
Em caso de mutilação, o pedaço amputado
deverá ser colocado dentro de saco plástico,
sem nada dentro, devendo este saco ser colocado dentro do gelo.

FRATURA

É a quebra de um osso causada por uma pancada muito forte, queda ou esmagamento.

FRATURA FECHADA
Quando o osso quebrado não perfura a pele.

MANIFESTAÇÕES: Dor, inchaço, dificuldade de movimento, sensação de atrito no local da fratura,


posição anormal da região atingida.

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PROCEDIMENTOS:
 Manter a vítima em repouso;
 Proteger a região lesada com pano ou algodão, para evitar danos à pele;
 Imobilizar de modo que a tala atinja as duas articulações próxima à fratura.
 Utilizar tábua, papelão, tiras de pano para imobilização;
 Amarrar as talas com ataduras ou tiras de pano com firmeza sem apertar.

FRATURA EXPOSTA
O osso quebra e rompe a pele.

PROCEDIMENTOS:
 Manter a vítima em repouso;
 Controlar a hemorragia;
 Proteger o ferimento usando gaze, lenço ou pano
limpo;
 Imobilizar a região fraturada;

FRATURA DA COLUNA VERTEBAL


A coluna vertebral é feita de vários ossos pequenos (vértebras), dispostos uns sobre dos outros. Em
um canal interno passam os nervos (medula) que levam e trazem mensagens do cérebro para as diversas
partes do organismo, permitindo a realização de todas as atividades do corpo humano (respiração,
movimentação, etc.). Uma fratura da coluna vertebral pode causar lesões na medula, levando a danos
irreversíveis a saúde da pessoa (exemplo: paralisia das pernas).
SINAIS E SINTOMAS
Dor nas costas ou pescoço; Formigamento; Dificuldade ou impossibilidade de movimento, ou de
sentir alguma parte do corpo (geralmente as pernas).
PROCEDIMENTO:

 Não deixar a vítima movimentar, ou tentar remover a pessoa do local sem ajuda.

 Imobilizar a pessoa de tal forma que não haja movimento da coluna ou da cabeça.

 Transportar em prancha longa.

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MECANISMO DO TRAUMA
Qual a localização da vitima antes do evento, se era motorista ou passageiro?
Qual a posição da vitima após a colisão, dentro ou fora do carro?
Usava cinto de segurança?
O veículo estava danificado interno e externamente?
Se houve queda, qual a altura e em que posição a vitima atingiu o solo?
Ocorreram explosões?
Qual o tempo decorrido entre o acidente e o primeiro atendimento?
Houve sangramento na cena do acidente?

IMOBILIZAÇÕES
Dispositivos para imobilização
Rígidos – não são moldáveis, o corpo deve ser fixado sobre este dispositivo.
Flexíveis – são moldáveis para acomodar a extremidade lesada.
Dispositivo de tração – manter alinhamento por tração mecânica

LUXAÇÃO
É quando os ossos de uma articulação ou junta saem do lugar.

MANIFESTAÇÕES: Dor intensa, deformação local, impossibilidade de movimentação.

PROCEDIMENTOS:
 Colocar o braço em uma tipóia, se a luxação for no ombro, cotovelo ou punho.
 Proceder como se fosse uma fratura fechada.

ENTORSE
Há rompimento total ou parcial dos ligamentos.

CONTUSÃO
Pancada no músculo pode haver rompimento na rede vascular, causando hematoma e equimose.

ESTIRAMENTO OU DISTENSÃO
O músculo é acionado além da sua capacidade normal, pode causar rompimento parcial ou total das fibras
musculares.

PROCEDIMENTO:
Entorse, distensão e contusão podem ser tratadas com repouso, gelo, compressões e elevações.
O gelo deve ser aplicado por três vezes ao dia por 20’, nunca diretamente sobre a pele.
Comprimir com bandagem constritiva sempre observando pulso distal e perfusão capilar
Se não houver melhora em até 48 horas procure médico para avaliação

TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO

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Ferimentos no couro cabeludo sangram muito por serem bastante vascularizado. Por haver pouco tecido
entre o crânio e o couro cabeludo a contusão (impacto) produz ferimentos, os hematomas extracranianos
(galos), também ferimentos abertos nos quais não devem ser comprimidos por haver risco de ter
fragmentos ósseos que ao serem comprimidos podem perfurar o cérebro. Lesões cerebrais serão
observadas pelos sinais e sintomas que demonstrarão distúrbio funcional ou anatômico. A fratura de

crânio pode ser aberta ou fechada. Considere sempre lesão de coluna quando houver ferimento na cabeça.
Sinais e Sintomas
A alteração do nível de consciência é o indicador – a escala de AVDI.
Dor e deformidade no local
Vazamento de líquor (fluido cérebro espinhal) de cor transparente que é verificado pelo processo
chamado halo (anel rosado)
Descoloração ao redor dos olhos, cor arroxeado, “olhos de raposas” ou “sinal de guaxinim”.
Mancha roxa atrás da orelha “sinal de batle”
Pupilas desiguais ou não reagentes a luz
Cefaléia intensa
Exposição craniana e tecido cerebral

PROCEDIMENTO:
Avaliar nível de consciência – AVDI
Monitorizar ABC – manter vias aéreas pérveas, fazendo proteção da coluna cervical
Cobrir ferimentos com gazes secas e atadura sem exercer pressão
Imobilizar com colar cervical e prancha longa
Manter calor corporal
Transportar para atendimento médico
Perda de Consciência:
Tempo Classificação Conduta
Momentânea leve Manter fora das atividades
até exame médico
< 5 min moderada Manter a vítima em repouso
retornando somente após
liberação médica
> 5 min grave Avaliação imediata
Sinais e sintomas que devem ser observados após lesão na cabeça que foram considerados simples e
não houve atendimento médico.
Dor de cabeça - se persistir por mais de um ou dois dias, procure médico.
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Náusea e vômito – se durar mais de 2 horas ou se vomitar um ou duas vezes após a lesão é considerado
comum principalmente em crianças, porem se parar e depois recomeçar deve procurar médico.
Sonolência – pode dormir, mas deve ser acordado a cada 2 horas para ser avaliado o nível de consciência
(verificar se a vitima parece confusa, desorientada, se sabe informar coisa básicas como idade, nome dos
pais, etc.) por haver o risco da vitima passar do sono ao coma sem que seja percebido.
Problemas visuais – se a vitima esta enxergando em dobro, ver estrelas, olhos não movem juntos.
Mobilidade – dificuldade da coordenação para andar e pegar.
Falar com dificuldade
Convulsão – contratura muscular
Estas observações devem ser feitas em 24 horas, em caso de apresentar um ou mais, encaminhar para um
neurologista.
QUEIMADURAS

È a lesão dos tecidos pela ação do calor.

CAUSAS: Contato com fogo, líquidos ferventes ou vapor, substâncias químicas, radiações, eletricidade,
etc.

CLASSIFICAÇÃO:

1º grau – Lesão superficial da pele, vermelhidão, dor local suportável. Ex. raios solares.

2º grau – Lesão das camadas mais profundas da pele, vermelhidão, formação de bolhas, dor e ardência
variável.

3º grau – Lesão de todas as camadas da pele, comprometimento de tecidos mais profundos até o osso.

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A GRAVIDADE DA QUEIMADURA ESTÁ NA EXTENSÃO ATINGIDA E NÃO NO GRAU DE


QUEIMADURA, QUANTO MAIOR A ÁREA QUEIMADA, MAIS GRAVE O CASO!

PROCEDIMENTOS:
Deitar a vítima e colocar a cabeça e o tórax em plano inferior ao
resto do corpo;
 Lavar a área atingida com água, de modo lento e contínuo;
 Colocar papel alumínio ou plástico esterilizado, sobre a
superfície queimada;
 Em queimadura por agentes químicos, aplique jatos de água e
retire as roupas da vítima.

IMPORTANTE, NÃO:
 Aplicar misturas, graxas e outras substâncias;
 Retirar corpos estranhos das lesões;
 Furar as bolhas existentes. Tocar com as mãos a área queimada.

QUEIMADURAS NOS OLHOS


 Lavar os olhos com bastante água, sem tocá-los com os dedos,
sempre do centro para o olho lesionado.
 Cobrir com gaze ou pano limpo.
 Procurar o médico imediatamente.

ESTADO DE CHOQUE

É uma complicação decorrente de uma lesão ou doença, onde ocorre a falência do sistema circulatório.

MANIFESTAÇÕES: Pele fria e pegajosa, suor abundante, palidez, visão nublada, tremores,
inconsciência, pulso fraco e rápido, respiração curta.

PROCEDIMENTOS:
 Colocar a vítima deitada de costas;
 Afrouxar as vestes;
 Desobstruir a boca, retirando dentadura, corpos estranhos e secreção;
 Virar a cabeça para o lado, caso ocorra vômito;
 Levantar as pernas, caso não haja fratura, mantendo a cabeça mais baixa que o corpo.
 Manter a vítima agasalhada, usando cobertores, camisas etc.
 Remover imediatamente para o hospital.

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NÃO DÊ LÍQUIDOS PARA:


Pessoas inconscientes ou torporosas.
Vítimas com suspeita de lesão abdominal.

DESMAIO

É a perda momentânea da consciência.

CAUSAS: Emoções súbitas, fadigas, choque, local mal ventilado, fome, etc..

MANIFESTAÇÕES: Palidez, transpiração abundante, visão nublada, tonteira, pulso fraco.

PROCEDIMENTOS:

 Deitar a vítima de costas, pernas elevadas e cabeça baixa;


 Afrouxar as vestes;
 Aplicar panos frios no rosto e na testa;
Procurar o médico se o desmaio durar mais de 5 minutos.

PREVINA-SE DO DESMAIO:

 Abaixe imediatamente a cabeça, ou sente-se numa cadeira;


 Curve-se para a frente com a cabeça entre as pernas, mais baixa que os joelhos, e respire
profundamente;
 Peça para alguém segurar a cabeça da vítima forçando-a levemente para baixo, enquanto a vítima faz
força em direção contrária.

PROBLEMAS COM CALOR EXAUSTÃO OU DESIDRATAÇÃO


Pode ocorrer quando o indivíduo fica exposto a temperatura acima de 26°C, combinada com alta umidade
relativa do ar.
A exaustão acontece pelo resultado da sudorese excessiva e inadequada reposição de água perdida pelo
suor.
SINAIS E SINTOMAS:
Pressão arterial baixa
Pulso rápido e fino
Fraqueza
Temperatura corporal é normal
Tontura e náusea
Sudorese, pele fria e úmida.

PROCEDIMENTO:
Levar vitima para local fresco
Remova o excesso de roupa
Dê água ou solução isotônica para beber
Abane, molhe a vitima com água fria.
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Elevar pernas 30 cm
Procure médico se não houver melhora em até 30’

INTERMAÇÃO
A intermação ocorre quando o corpo se expõe a temperatura alta, que vão muito além da capacidade de
controle do sistema térmico corporal.
A temperatura corporal sobe a ponto de causar lesão térmica em nível celular.
A exposição prolongada ao calor intenso do sol é uma forma de causar intermação principalmente aos
idosos, pessoas com doenças crônicas e debilitadas.
A outra forma é a intermação por exercícios em ambiente extremamente quente e úmido, ocorre em
indivíduos saudáveis durante esporte ou trabalho, pode levar a morte.
SINAIS E SINTOMAS:
Pele seca e quente, ausência de suor.
Distúrbio do sistema nervoso central – confusão delírio, comportamento esquisito, coma.
Temperatura corporal maior que 40°C

PROCEDIMENTO:
Esfriar temperatura da vitima
Leva-la para local fresco
Retire as roupas (deixe as íntimas)
Coloque compressas de gelo nas axilas e virilhas se unidade maior 75%
Abane, pulverize com água fria, envolva em panos molhados se umidade menor que 75%.
Se vítima consciente – administre água ou solução isotônica (fria) para beber.
Procure atendimento médico imediato.

CÃIBRA

Cãibra é uma contração involuntária e dolorosa de um músculo ou conjunto de músculos.

SINAIS E SINTOMAS:
Surge uma dor muito forte na zona afetada, sensação de rigidez ou espasmo no(s) músculo(s) afetado(s) e
incapacidade no relaxamento muscular.

Quando o músculo é distendido e a zona massageada, geralmente a situação melhora.

PROCEDIMENTO:
Nos músculos da coxa: Estique o joelho e levante a perna. Coloque a mão no calcanhar e com a outra
pressione o joelho. Na região anterior deve dobrar o joelho.

Na barriga da perna: Estique o joelho e puxe o pé da vítima para cima, em direção à canela. Os músculos
devem ser massageados nesta posição.

Músculos dos pés: Endireite os dedos e coloque a vítima apoiada na ponta dos pés. Massageie nesta
posição, suavemente.

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Músculos das mãos: Estique os dedos e massageie suavemente a zona.

INFARTO AGUDO DO MIORCÁRDIO

Decorrente da obstrução de uma artéria do músculo cardíaco.

SINAIS E SINTOMAS:
 Dor súbita e de duração prolongada na região do peito;
 Não é aliviada;
 Dor pode irradiar para áreas adjacentes ao coração;
 Mal estar (náuseas, vômitos, palidez, sudorese e choque).

PROCEDIMENTOS:
 Colocar a vítima em repouso;
 Afrouxar as vestes;
 Transportar na posição semi sentado;
 Realizar a reanimação cardio-pulmonar se necessário.

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (DERRAME)

Lesão cerebral pode ser definida por interrupção do fluxo sangüíneo a uma determinada área do sistema
nervoso central.

SINAIS E SINTOMAS:
 Tontura;
 Dor de cabeça;
 Paralisia de um dos lados do corpo;
 Às vezes, sangramentos.

PROCEDIMENTOS:
 Monitorar sinais vitais;
 Transportar a vítima.

COMA

Alteração do nível da consciência.

SINAIS E SINTOMAS:
Qualquer reação que comprove mudança no nível de consciência.

PROCEDIMENTOS:
 Monitorar sinais vitais;
 Reanimação Cardio-pulmonar, se necessário;
 Afrouxar as vestes;
 Transportar na posição de coma; (Lateralizar a maca e vítima).

CONVULSÃO

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Contração involuntária da musculatura, provocando movimentos desordenados e geralmente perda


da consciência. Pode ocorrer salivação abundante, eliminação de fezes e urina (às vezes), movimentos
desordenados.
As causas podem ser relacionadas à epilepsia, verminose, intoxicação, traumatismos na cabeça,
febre alta, etc.

PROCEDIMENTOS:
 Proteger a cabeça da vítima e afrouxar as roupas;
 Colocar um pedaço de pano entre os dentes, evitando a mordedura da língua;
 Segurar a cabeça para não causar trauma;
 Manter a vítima em repouso após a crise;
 Colocar a cabeça lateralmente;
 Transportar para o hospital.

ANIMAIS PEÇONHENTOS

LACRAIAS, ESCORPIÃO, ARANHA VIÚVA NEGRA.

PROCEDIMENTOS:
 Manter a vítima em repouso;
 Lavar o local com água e sabão;
 Procurar assistência médica imediatamente (Hospital João XXIII).

ANIMAIS RAIVOSOS

PROCEDIMENTOS:
 Lavar o ferimento com água e sabão e aplique um anti-séptico no local;
 Encaminhar a vítima a um serviço médico especializado, ou posto de saúde mais próximo.

As COBRAS: Podem ser divididas em venenosas e não venenosas.

VENENOSAS NÃO VENENOSAS


Cabeça triangular Cabeça arredondada

Olhos pequenos, pupila em fenda com Olhos grandes, pupila circular sem fosseta
fosseta lacrimal. lacrimal.

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Escamas com desenhos irregulares Escamas com desenhos regulares.

Cauda curta, afinada bruscamente Cauda longa, afinando-se gradualmente.

Picada com uma ou duas marcas Orifícios pequenos mais ou menos iguais.
profundas

OBSERVAÇÃO:
A cobra coral, apesar de venenosa, é uma exceção. A cabeça não é triangular e não tem fosseta lacrimal.

PROCEDIMENTOS:
 Procurar identificar o animal agressor (não perca tempo em fazer isto), se o capturar, leve-o morto
para o hospital.
 Deitar a vítima o mais rápido possível; tranqüilize-a, mantendo o repouso. Não deixar que o
acidentado se movimente, pois o esforço físico acelera a circulação e espalha o veneno com maior
rapidez.
 Lavar bem o ferimento com água e sabão.
 Em nenhuma hipótese colocar garrote ou fazer um torniquete, o veneno provoca inchaço e pode levar
à gangrena da parte picada.
 Não dê cachaça, alho ou qualquer outra substância à vítima. Caso exista dor intensa, ou demora em
chegar ao hospital, dê apenas, um analgésico.
 Encaminhar imediatamente o acidentado ao hospital.

TRANSPORTE DE ACIDENTADOS

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O transporte de acidentados dever ser feito com o máximo de cuidado para não haver complicações:

ANTES DA REMOÇÃO:
 Controlar a hemorragia
 Manter a respiração
 Imobilizar as fraturas
 Evitar o estado de choque

Exemplo de transporte de vítimas consciente ou inconsciente com fraturas ou lesões graves em prancha
longa.

Equipamentos de imobilização
É necessário que uma vítima, tenha sua coluna vertebral toda imobilizada para ser movimentada e
transportada.

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Material de Transporte
Colar cervical – colocado por 2 socorristas, impede apenas movimentos de flexão, sendo necessário outro
dispositivo para impedir os movimentos laterais, chamado de bachal, que são coxins colocados
lateralmente à cabeça e fixados por tiras, parte do bachal é fixado na prancha longa.
O socorrista 1 faz estabilização manual da coluna cervical e cabeça
O socorrista 2 coloca o colar em volta do pescoço.
O socorrista 1 mantém a imobilização da cabeça até que seja colocado o bachal.

Rolamento 90° graus


O ideal é que faça com 3 socorristas, mas pode ser feita por 2.
Usada para vitima encontrada em decúbito dorsal (costas).
O socorrista 1 posiciona atrás da cabeça da vitima fazendo imobilização da coluna cervical e cabeça.
O socorrista 2 coloca o colar cervical.
Faça alinhamento dos MMSS e MMII.
Os socorristas 2 e 3 posicionam do mesmo lado da vitima.
O socorrista 1 (o que posicionou na cabeça) é o líder para comando dos movimentos que vão acontecer na
contagem de 1, 2 e 3, o rolamento da vitima acontecerá no 3, de forma sincronizada.
A prancha longa é colocada lateralmente a vitima
O socorrista 2 segura a vitima pelo ombro e quadril.
O socorrista 3 segura a vitima pelo quadril e as pernas próximas aos pés (se estiver de calça comprida,
firme nas bocas da calça).
Sob o comando do líder(no 3), role a vitima em bloco, para o lado onde estão os socorristas, deixando de
lado.
A prancha é deslizada até encostar-se a vitima (por uma outra pessoa).
Sob outro comando (no 3) a vitima é colocada sobre a prancha, em bloco.
Caso seja necessário centralizar a vitima na prancha, faça-o deslizando a vítima em bloco, mantendo
estabilização manual da cabeça.
Socorristas 2 e 3 promovem a imobilização da cabeça no bachal e fixação da vitima com os tirantes.

Rolamento 180° graus


Usado para vitima encontrada em decúbito ventral (barriga para baixo).
O socorrista 1 posiciona atrás da cabeça da vitima fazendo imobilização manual, cervical e da cabeça.
A prancha é colocada paralelamente a vitima para o lado o qual a vitima será rolada a uma distância de
um palmo.

Alinhar os MMSS e MMII


Os socorristas 2 e 3 ajoelham sobre a prancha.
O socorrista 2 segura no ombro e quadril.
O socorrista 3 segura no quadril e pernas próximos aos pés.
Sob comando do líder (socorrista da cabeça) copiar o rolamento 90° graus.
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Sob o comando (no três) rola a vitima em bloco para o lado dos socorristas, ficando em decúbito lateral.
Os socorristas 2 e 3 saem de cima da prancha, mantendo estabilização da vitima.
Sob o novo comando (no 3) faça novo rolamento da vitima colocando a sobre a prancha.
Socorristas 2 e 3 promova colocação do bachal e fixação dos tirantes.
Elevação A Cavaleiro
Usada para vitima encontradas em local estreito.
O socorrista 1 posicione atrás da cabeça da vitima estabilizando manualmente a coluna cervical e cabeça.
O socorrista 2 coloca ao colar cervical.
O socorrista 2 posiciona a cavaleiro segurando os ombros da vitima.
O socorrista 3 posiciona a cavaleiro segurando o quadril.
O socorrista 4 posiciona a cavaleiro segurando as pernas.
Sob o comando do líder (socorrista que esta na cabeça) a vitima é elevada em bloco 20 cm do solo,
elevação sincronizada.
A prancha será deslizada por baixo da vitima no sentido pés/cabeça, por outra pessoa.
Sob novo comando do líder, a vitima será colocada na prancha e promovido à fixação com bachal e
tirantes.
Poderá haver uma modificação quanto à prancha nesta técnica:
Os socorristas 2,3 e 4 se posicionam a cavaleiro com as pernas abertas um pé ao lado da vitima e outro do
lado da prancha.
Sob o comando do líder, a vitima é elevada do solo e levada e colocada sobre a prancha, em um
movimento sincronizado.
Promovendo as fixações do bachal e tirantes.

Imobilização com a vitima em pé


O socorrista 1 faz a estabilização manual da cabeça e coluna cervical, outro socorrista coloca o colar
cervical.
Encosta-se a prancha longa nas costas da vítima (se a vitima estiver sentada, um prancha curta).
O socorrista 1 e 2 posiciona um em cada lado da vítima.
Cada socorrista passa o braço pôr baixo da axila da vítima segurando com a mão na primeira abertura da
prancha, e com a outra mão faz a estabilização da cabeça.
Inclina-se a prancha devagar ate ficar sobre o solo, a mesma é sustentada pelos socorristas.

CORPOS ESTRANHOS

Uma situação muito freqüente, especialmente em crianças, prende-se com a presença de corpos estranhos
nas diversas cavidades do organismo. Manter a calma e atuar sistematicamente poderão ser dois
princípios que em muito facilitarão o sucesso terapêutico.

Olhos:
Os mais freqüentes são, grãos de areia/poeira, insetos ou limalhas.

SINAIS E SINTOMAS:

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Pode sentir-se no olho afetado dor e/ou picada, lacrimejo e dificuldade em manter o olho aberto.

Procedimento:
- Abrir o olho afetado com muito cuidado,
- Fazer correr soro fisiológico (ou água) sobre o olho, do lado de dentro junto ao nariz, para fora,
- Repetir duas ou três vezes,
- Se não for eficaz, recorrer ao Hospital.

a. Lavagem do Olho
Nunca se deve esfregar o olho ou tentar remover o corpo estranho com lenços, papel, algodão ou
qualquer outro objeto.

Ouvidos:
Os corpos estranhos mais freqüentes são os insetos.

SINAIS E SINTOMAS:
Pode sentir-se dor, surdez ou zumbido, sobretudo se o inseto ainda estiver vivo.

Procedimento:
- Se se tratar de um inseto, deitar uma gota de azeite e recorrer ao hospital
- Se se tratar de outro objeto recorrer ao hospital
Nunca se deve tentar remover o objeto com cotonetes ou outros objetos, nem usar água ou outros líquidos
para o efeito.

Vias Respiratórias:
Os alimentos, os líquidos e um objeto estranho inalado ou engolido podem provocar a asfixia. Nas
crianças é geralmente provocado por um pedaço de alimento, como por exemplo, pipocas ou amendoim.
Se a pessoa que se engasgou consegue falar, tossir ou respirar, o bloqueio da passagem de ar é parcial.
Nesta situação não se deve interferir, a expulsão do objeto com a tosse será o suficiente.
Se a pessoa não estiver a respirar, nem tão pouco conseguir falar, é provável que se tenha verificado um
bloqueio total da passagem de ar. Esta situação requer uma atuação tão rápida quanto possível.

Vítima consciente
- Colocar-se por detrás da pessoa e abraçá-la em volta da cintura. Colocar o punho com o polegar para
dentro contra o estômago da pessoa, acima do umbigo e por baixo do esterno e costelas.

- Segurar o punho com a outra mão e fazer quatro impulsos para cima e para dentro, com toda a força.
Não comprimir as costelas com os braços, utilizar apenas o punho.
- Pode ser necessário repetir o movimento seis a dez vezes; deve-se continuar até a pessoa expelir o
objeto com a tosse.

Vitima inconsciente
- Com a vítima deitada, assentar a palma da mão sobre o estômago, ligeiramente acima do umbigo e

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abaixo das costelas, e colocar sobre ela a outra mão. Endireitar os braços e fazer quatro impulsos rápidos
e com força em direção à cabeça.

- Repetir as vezes necessárias até desalojar o objeto ou até à chegada de primeiros socorros.
Em qualquer dos casos, chamar emergência médica se os procedimentos não forem eficazes.
ENVENENAMENTOS

Um tóxico é uma substância que, ao entrar no organismo, provoca no indivíduo alterações do seu
estado, de forma a poder colocá-lo em risco de vida.

As vias de entrada destes tóxicos no organismo podem ser várias:

- através da boca: comer ou beber


- através dos pulmões: inalação
- através da injeção na pele: picadas de animais ou agulhas
- através da absorção da pele

Os sintomas variam de acordo com o tóxico, a sua quantidade e a via de entrada no organismo. Outros
fatores como a idade da vítima, o peso, medicação que se encontra a tomar, entre outros, também poderão
influenciar a sintomatologia.
Muitas vezes, as vítimas utilizam vários em conjunto, o que dificulta a sua identificação e o tratamento
imediato.

Venenos comumente utilizados:


- Venenos caseiros (produtos de limpeza, medicamentos, pesticidas)
- Plantas venenosas (cogumelos, codesso-bastardo)
- Drogas como heroína, cocaína, anfetaminas, alucinógenos
- Álcool
- Venenos industriais (monóxido de carbono, cianeto de hidrogênio)

Se suspeitar de envenenamento, inicie a colheita de informações relativas ao acidente:


- Tóxico (nome, cor, cheiro, quantidade, local da intoxicação)
- Intoxicado (idade, peso, sexo, gravidez, antecedentes pessoais, estilo de vida, medicação que toma
regularmente)
- Condições da intoxicação (via de contacto, quantidade de tóxico, hora, se um se vários tóxicos, motivo
que o levou a intoxicar-se)
Deve procurar picadas de agulhas nos membros, as roupas, a existência de vômito, terra ou outros nas
roupas.

Lembre-se que se a vítima se encontra consciente poderá deixar de estar a qualquer momento, daí que as
informações que conseguir colher são valiosas.

NÃO dê de beber ou comer e NÃO provoque o vomito sem antes saber se poderá atuar desta forma.
Se a via de intoxicação foi a via cutânea, deverá proteger-se com luvas e máscara e deverá lavar com
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abundância a zona afetada, pois desta forma dilui o veneno e lava a superfície da pele, impedindo a
absorção.
Se a via de administração foi a sanguínea, poderá colocar gelo no local da injeção (reduz o calibre dos
vasos, diminuindo a circulação do veneno) e, ainda, colocar um garrote improvisado, também para
diminuir a circulação do veneno.
Recorde que este garrote não poderá ser colocado durante mais de 15 minutos consecutivos, deve ser
aliviado durante 30 segundos a dois minutos, a cada 15 minutos.

BIBLIOGRAFIA

 Apostila Conhecer Treinamentos (Curso de Formação de Brigada De Emergência)


 Manual Básico de Socorro E Resgate (Cruz Vermelha – MG)
 Patologia do Trabalho – Rene Mendes
 Manual de Primeiros Socorros - Golden Cross
 NBR – 14276 – Programa de Brigada de Incêndio – ABNT
 Suporte Básico de Vida – Dra. Lúcia Maria Castro/Enfa.Érika Rodrigues

 Bruni/ Suddarth – Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica


 Suzanne C. Smeltzer E Brenda G. Bare
 Editora Guanabara - Koogan

 Manual De Emergências
 Sergio Diniz Guerra
 Marco Victor Hermeto
 Anselmo Dornas Moura
 Flávio Lopes Ferreira
 Editora Folium

 Trauma – Pré-Hospitalar E Hospitalar Adulto E Criança
 Jorge Luiz Bastos Cazarim
 Luiz Fernando Guillon Ribeiro
 Claudia Nogueira Faria
 Editora Medsi

 Toxicologia Na Pratica Clínica
 Adebal De Andrade Filho
 Délio Campolina
 Mariana Borges Dias
 Editora Folium

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