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Apostila
Formação de Brigada de Incêndio
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Introdução..................................................................................................................3
Normalização e Legislação........................................................................................4
Prevenção de Incêndios.............................................................................................5
Métodos de Extinção...............................................................................................12
Introdução
Deve-se, portanto, conhecer dois aspectos básicos de proteção contra incêndio, para
nossa própria segurança.
a) características do fogo;
b) propriedades de riscos dos materiais;
c) causas de incêndios;
d) estudo dos combustíveis.
Prevenção de incêndios
Combate ao incêndio.
Normalização e Legislação
O capítulo V da CLT, conforme redação aprovada pela Lei 6.514 de dezembro de 1977,
estabelece as condições mínimas exigidas para a execução de atividades produtivas.
a) saídas
b) portas
c) escadas
d) ascensores
e) portas corta-fogo
f) combate ao fogo
g) exercícios de alerta
h) classes de fogo
i) extinção por meio de água
j) extintores (tipo, inspeção, quantidade, localização, sinalização),
k) sistemas de alarme
Prevenção de Incêndios
Para que se tenha noção do que significa exatamente "Prevenção de Incêndios" devem
ser analisadas "a priori" quais as condições que possibilitam o surgimento de um foco de
incêndio, pois prevenir nada mais e que impedir que haja fogo ou que ele fuja do
controle do homem.
Para que ocorra essa reação química, dever-se-a ter no mínimo dois reagentes que, a
partir da existência de uma circunstância favorável, poderão combinar-se. Os elementos
essenciais do fogo são:
combustível
comburente
fonte de calor
1º - Combustível
2º - Comburente
- 21% de oxigênio.
- 78% de nitrogênio
- 01% de outros gazes
3º - Calor
a) elevação da temperatura
b) aumento de volume dos corpos
c) mudança no estado físico das substâncias
4º - Condições propicias
É importante notar que, parar inicio da combustão, além dos elementos essenciais do
fogo, há a necessidade de que as condições em que esses elementos se apresentam
sejam propicias para o inicio do fogo.
Se aproximar uma folha de papel da lâmpada quando esta estiver acesa, haverá o
aquecimento do papel e este começara a liberar vapores que, em contato com a fonte
de calor (lâmpada), se combinará com o oxigênio e entrará em combustão.
Portanto, somente quando o combustível se apresenta sob a forma de vapor ou gás ele
poderá entrar em ignição, ou seja, se ele se apresentar no estado solido ou liquido,
haverá a necessidade de que seja aquecido, para que comece a liberar vapores ou
gases.
5º - Triângulo do fogo
1 - Combustíveis
Todo material possui certas propriedades que o diferem de outros, em relação ao nível
de combustibilidade, Por exemplo, pode-se incendiar a gasolina com a chama de um
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isqueiro, não ocorrendo o mesmo em relação ao carvão coque. Isso porque o calor
gerado pela chama do isqueiro não seria suficiente para levar o carvão coque à
temperatura necessária para que ele liberasse vapores combustíveis.
a) ponto de fulgor;
b) ponto de combustão;
c) temperatura de ignição,
a) Ponto de fulgor
Aumentando-se a temperatura, num certo ponto, começarão a sair gases pela boca do
tubo.
b) Ponto de combustão
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desprende gases que em contato com fonte externa de calor se incendeiam, mantendo-
se as chamas. No ponto de combustão, portanto, acontece um fato diferente, ou seja, as
chamas continuam.
c) Temperatura de ignição
Uma substancia só queima quando atinge pelo menos o ponto de combustão. Quando
ela alcança a temperatura de ignição bastará que seus gases entrem em contato com o
oxigênio para pegar fogo, não havendo necessidade de chama ou outra fonte de calor
para provocar as chamas. Convém lembrar que, mesmo que o combustível esteja no
ponto de combustão, se não houver chama ou outra fonte de calor, não se verificará o
fogo.
Grande parte dos materiais sólidos orgânicos, líquidos e gases combustíveis contém
grandes quantidades de carbono, e/ou de hidrogênio. Citamos como exemplo o gás
propano, cujas porcentagens em peso são aproximadamente 82% de Carbono e 18% de
Hidrogênio. O Tetracloreto de carbono, considerado não combustível, tem
aproximadamente, em peso 8% de Carbono e 92% de Cloro.
2 - Comburente
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Outras substancias podem funcionar como comburentes, por exemplo, uma atmosfera
com cloro, tais casos são mais esporádicos e seu estudo envolveria uma
complementação de conhecimentos.
3 - Fontes de calor
a chama de um fósforo;
a brasa de um cigarro aceso;
uma lâmpada;
a chama de um maçarico, etc.
O calor pode atingir uma determinada área por condução, convecção ou radiação.
a) Condução
b) Convecção
pois através de aberturas, como janelas, poços de elevadores, vão de escadas, podem
ser atingidos andares superiores
C) Radiação
Todo corpo quente emite radiações que vão atingir os corpos frios. O calor do sol é
transmitido por este processo. São radiações de calor as que são sentidas quando as
pessoas se aproximam de um forno quente.
Para que haja uma combustão, é essencial a presença dos três elementos do triângulo
do fogo, o combustível, o comburente, a fonte de calor. Não existindo um desses
elementos, não se processara o fogo.
superfícies aquecidas = 7%
chamas abertas = 5%
solda e corte = 4%
a) Armazenagem de material
É fato comum nas empresas usar, movimentar material inflamável. Exemplos: seção de
pintura, seção de corte e oxi-corte, trabalhos com solventes, depósitos de papel,
madeira, etc.
b) Manutenção adequada
Fios expostos ou descascados podem ocasionar curtos circuitos, que serão origem de
focos de incêndio se encontrarem condições favoráveis à formação de chamas.
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Poderão provocar aquecimento nos fios e podem ser origem de incêndios. Exemplo
trágico tivemos em São Paulo, em sinistro que roubou mais de uma centena de vidas
preciosas. A carga excessiva em circuitos elétricos pode e deve ser evitada.
Pisos antí-faisca
Em locais onde há estoque de líquidos ou gases inflamáveis, os pisos devem ser antí-
faisca, porque, um simples prego no sapato poderá ocasionar um incêndio. Pela mesma
razão, chaves elétricas a óleo oferecem maior proteção que chaves de faca.
Instalação mecânica
c) Ordem e limpeza
Os corredores, com papeis e estopas sujos de óleo, graxa pelo chão, são lugares onde
o fogo pode começar e se propagar rapidamente, sendo mais difícil a sua extinção. Isto
é especialmente importante no caso de escadas, porque ai as conseqüências podem ser
mais graves.
d) Instalação de pára-raios
Os Incêndios causados pelos raios são muito comuns. Daí, a instalação de pára-raios
ser uma proteção importantíssima.
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Métodos de Extinção
A palavra oxidação significa também queima. A oxidação pode ser lenta como no caso
da ferrugem.
De tudo isso concluí-se que, impedindo a ligação dos pontos do triângulo, ou seja, dos
elementos essenciais, indispensáveis para o fogo, este não surgirá ou deixará de existir
se já tiver começado.
Quando num poço de petróleo que está em chamas, o que se deseja e afastar,
momentaneamente, é o oxigênio e/ou comburente, um dos elementos do triângulo de
fogo, para que o incêndio acabe, se extinga.
Quando num lugar onde existe material combustível e oxigênio se lê um aviso em que
se proíbe fumar, o que se pretende é evitar que se forme o triângulo do fogo, isto é
combustível, comburente e calor. O calor, neste caso, é a brasa do cigarro. Sem este
calor, o combustível e o comburente não poderão transformar-se em fogo.
Os incêndios, em seu inicio, são muito mais fáceis de controlar e de extinguir. Quanto
mais rápido o ataque às chamas, maiores serão as possibilidades de reduzi-las e
elimina-las. É a principal preocupação no ataque consiste em desfazer, romper o
triângulo do fogo. Mas, que tipo de ataque se faz ao fogo em seu inicio? Qual a solução
que deve ser tentada? Como os incêndios são de diversos tipos, as soluções serão
diferentes e os equipamentos de combate também.
É preciso conhecer, identificar bem o incêndio que se vai combater, para escolher o
equipamento correto. Um erro na escolha de um extintor pode tornar inútil o esforço de
combater as chamas ou pode piorar a situação aumentando as chamas, espalhando-as
ou criando novas causas de fogo (curtos-circuitos).
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A retirada do material combustível (o que está queimando ou que esteja próximo) evita a
propagação do incêndio sem criar a necessidade de um agente extintor.
A água é o agente de uso mais comum e tem sido utilizada há séculos, por causa de
suas propriedades de resfriamento, abafamento, diluição e emulsionamento. Este
capítulo trata da extinção do fogo com água e de suas limitações como agente extintor,
em suas três aplicações básicas: jato plano, neblina e vapor.
A extinção só pode ocorrer quando o agente extintor atinge o ponto onde existe a
combustão. O método convencional de extinção e aplicar, na base do fogo, jato pleno,
mediante linhas de mangueiras, ou com extintores do tipo de carga de água.
Além disto, em certos casos específicos , a água pode ser aplicada em forma de vapor.
Em certas situações, é necessário aplicar água de tal forma que se consiga o máximo
efeito resfriador. Isto significa que a água aplicada, absorvendo o calor da combustão,
deve ser aquecida a 100º C, convertendo-se em vapor (eventualmente superaquecido).
Tal resultado pode ser obtido mais rapidamente se a água for aplicada em forma de
neblina em vez de Jato pleno.
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A partícula da neblina (gota) deve ser bastante grande para que alcance o ponto de
combustão (vencendo a resistência do ar, a força da gravidade e as correntes
ascendentes do ar aquecido). O diâmetro ótimo da gota é da ordem de 0,35 mm, porém
os diâmetros entre 0,1 mm e 1,0 mm são satisfatórios para a maioria dos casos.
A condensação que ocorre acima da zona de combustão não tem efeito resfriador algum
sobre o material incendiado.
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O vapor pode ser utilizado com vantagens no combate a incêndio em equipamentos que
contém líquidos inflamáveis ou combustíveis e que trabalham com altas temperaturas.
A aguda pode ser também usada como agente abafador, particularmente no combate a
incêndios em líquidos mais pesados (por exemplo, bissulfureto de carbono) ,ou
insolúveis. A água deve ser aplicada levemente na superfície do liquido. A fim obter-se o
efeito abafador.
Por exemplo, num incêndio que envolva um derrame de álcool etílico ou metílico, a
técnica de diluição pode ser usada com êxito quando e possível obter uma mistura
adequada dos dois líquidos.
Tensão superficial
Em geral, a água não deve ser aplicada em materiais como carbonatos, peróxidos,
sódio metálico, pó de magnésio, etc., os quais reagem violentamente.
Condutividade elétrica
A água, em seu estado natural, contém impurezas que a tornam boa condutora de
eletricidade. Portanto, não deve ser aplicada em incêndios que envolvam equipamentos
elétricos energizados.
Em certas circunstâncias, a corrente não pode ser cortada, porque isto pararia
equipamentos necessários para o combate a incêndio (por exemplo, bombas etc.). Em
tal caso, somente agentes extintores não condutores devem ser usados (agentes
químicos secos, pó ou gás carbônico)
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Viscosidade
A água tem baixa viscosidade e, quando aplicada a uma massa incendiada, escoa
rapidamente. A baixa viscosidade também limita a sua capacidade de cobrir o fogo.
Opacidade e reflexividade
Testes realizados demonstram que a neblina de água, aplicada de forma a criar uma
fina camada na superfície de uma chapa metálica, mantinha esta chapa a temperatura,
suficiente para se proteger contra os danos devidos à exposição de um incêndio em
gasolina. Porém, quando a neblina foi aplicada como simples cortina de água entre o
metal e o fogo, sem molhar a superfície da chapa metálica, o grau de proteção foi muito
menor. Neste ultimo caso, a temperatura da chapa metálica foi três até quatro vezes
mais alta que na primeira experiência, na qual a água molhava levemente a superfície
metálica protegida.
Os testes indicaram que, provavelmente por causa da falta de opacidade, a água tem
pouca capacidade de prevenir a passagem do calor de radiação.
c) Limitações do vapor
Embora muitos incêndios tenham sido extintos com vapor, seu uso foi freqüentemente
ineficaz por falta de conhecimento das suas limitações. Exceto para aplicações
especiais, o vapor não e dai para frente utilizado modernamente como agente extintor.
Deve também ser levado em conta o risco de queimadura; a nuvem visível do vapor
condensado, normalmente conhecida como "Vapor", não oferece proteção.
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O óleo combustível pesado, óleo lubrificante e outros produtos de petróleo, de alto ponto
de fulgor, não produzem vapores em volume razoável, antes de serem aquecidos.
Entretanto ,uma vez incendiados, o calor do fogo causa vaporização suficiente para que
a combustão continue. Caso seja aplicada neblina na superfície do líquido incendiado, o
resfriamento reduzirá a taxa de vaporização de maneira suficiente a se extinguir o
incêndio.
A água tem a sua capacidade extintora limita da em líquidos inflamáveis de baixo ponto
de fulgor, tais como os que estão incluídos na classe A-B-C, da norma ABNT-P-NB- 98-
1961. Qualquer volume de água atingindo a superfície dum liquido de baixo ponto de
fulgor, incendiado, não ferverá, mas provavelmente descerá ao fundo.
Caso o liquido esteja num tanque, a água poderá causar trasbordamento. Em caso de
incêndio em líquido derramado, a água provavelmente espalhará as chamas. Portanto,
em incêndios deste tipo a espuma é o agente mais indicado.
controla vazamentos;
dirige, quando convenientemente aplicada, o fluxo do liquido, de forma a prevenir
sua ignição, ou remover o fogo para uma área onde cause menos prejuízos;
(1) Extraído da matéria "Proteção contra Incêndios" elaborada por João Bidim para
"Curso de Engenheiros de Segurança do Trabalho" - FUNDACENTRO.
A espuma mecânica (de ar) é formada por meios puramente mecânicos, sendo gerada
por turbulência física que incorpora ar numa solução de água, contendo uma pequena
proporção de extrato.
bolhas que se desfazem mais rapidamente, dando uma taxa alta de decomposição. A
temperatura dos líquidos geradores de espuma, e de água, não afeta as características
de espuma gerada.
b) Espuma química
A espuma química é produzida mediante uma reação química que gera bolhas de gás
carbônico em solução de água, contendo um composto emulsionador.
Em adição aos dois tipos de espuma mencionadas, existem líquidos especiais para a
geração de espumas mecânicas, a fim de atenderem a riscos específicos.
Uma vez que os líquidos geradores de espuma têm diferenças químicas básicas, o
concentrado de um tipo deve ser misturado com o concentrado de outro tipo. A mistura
de tipos pode produzir precipitação dos componentes ativas, entupindo a equipamento e
tornando a mistura inoperante. Quando a precipitação não ocorrer imediatamente, pode
haver uma redução considerável das propriedades espumígenas da mistura e suas
características de extinção podem ser destruídas completamente.
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A espuma pode ser também usada para proteger estruturas e equipamentos contra a
radiação térmica. Devido à sua opacidade quando aplicada à superfícies sólidas, a
espuma reflete calor sendo que a lenta evaporação do seu conteúdo de água exerce
efeito resfriador.
A espuma pode ser também usada para cobrir áreas expostas com inflamáveis e
prevenir, assim, o desprendimento de vapores que poderiam incendiar-se. Os riscos de
derrames são rapidamente controlados, mediante a aplicação da espuma.
Grandes áreas expostas com gasolina inflamada, como, por exemplo, no caso de
desastres de aviação, na decolagem ou no pouso, exigem a aplicação de grandes
volumes de espuma, afim de extinguir o incêndio ou, ainda, possibilitar os trabalhos de
salvamento. A espuma é também usada, ocasionalmente, nas pistas dos aeroportos,
para reduzir o risco de centelhas geradas por atrito, quando uma aeronave necessita
pousar com as partes metálicas inferiores da fuselagem.
f) Limitações da espuma
A espuma não é considerada agente adequado para incêndios que envolvam gases
liqüefeitos de petróleo (GPL) , como por exemplo, butano, propano, butadieno, etc.,.
Senso comum deve ser usado quando se aplica espuma em recipientes contendo
produtos quentes, cuja temperatura esta acima do ponto de ebulição da água, seja por
circunstâncias normais, ou devido à exposição ao fogo.
A espuma é condutora de eletricidade; portanto; Jatos plenos deste agente extintor não
devem ser usados contra incêndios em equipamentos elétricos energizados.
Enquanto que são necessários 160 1itros de solução (água + líquido gerador) para
produzir 1m3 de espuma comum, o mesmo resultado atualmente é obtido com 1 litro de
solução com novo agente (água + 15 cc do líquido gerador).
Nos geradores, cuja potência depende da força motriz empregada, o agente espumante
é aspirado do mesmo modo nos equipamentos comuns de espuma; a mistura atravessa
uma tela e a seguir é lançada por meio de um ventilador, que se liga a um tubo de tecido
leve (nylon), cujo diâmetro pode ultrapassar 1 metro.
O problema do surgimento de água pode ser resolvido por meio deste procedimento,
devido a pequena quantidade que é necessária para produzir a espuma; deve ser
também destacada a fato, multo importante, de que os estragos causados pela água são
reduzidos ao mínimo.
Tendo em vista o aumento dos riscos de incêndios, devido ao uso crescente de novos
combustíveis nas industrias não há duvida de que este tipo de espuma constitui um
meio de extinção de grande eficácia, sendo de destacar que não apresenta nenhum
risco à saúde, não ataca metais, não é caustica, nem corrosiva.
Imaginemos que uma casa comum, ou um local com um espaço de 500 m³, sejam
cheios de espuma; a quantidade de água empregada é de 500 litros. Esta quantidade
está, porém, espalhada em todo o espaço, inclusive no mobiliário ou na carga.
Pode-se, então, supor que a dispersão da água é tal que os resultados ficam dentro dos
limites aceitáveis e não será necessário leva-los em consideração.
No caso de grandes áreas incendiadas por líquidos inflamáveis, após ter sido aplicado o
pó, a espuma evitará a reignição. Sendo compatível com o pó, oferece uma proteção
eficaz contra a radiação do calor, isolando, abafando, resfriando e extinguindo o fogo
completamente.
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O gás carbônico é eficaz como agente de extinção, em primeiro lugar, porque reduz o
conteúdo do oxigênio no ar a um ponto em que este deixa de apoiar a combustão. Em
condições adequadas de controle e aplicação, obtém-se também certo efeito resfriador.
O gás carbônico como agente extintor tem relativamente poucas limitações, as quais
podem ser resumidas no seguinte: toxicidade, superfícies quentes e brasa, materiais
contendo oxigênio e metais pirofóricos.
Toxicidade
Embora o gás carbônico não seja toxico, pode causar desmaios, e até a morte, quando
está presente em concentrações necessárias para a extinção de incêndios. Isto se deve
a asfixia e não ao efeito toxico.
Em geral, o risco não é grande, porque uma pessoa não desmaia aspirando
concentrações fortes, apenas durante o tempo necessário para se retirar da área.
Porém, o risco pode ser mais grave em caso de recintos maiores e quando o gás
carbônico entra em áreas como poços, valas, etc.
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Incêndios aparentemente extintos com o uso do gás carbônico podem reiniciar-se após
a dissipação da atmosfera abafadora, caso permaneçam no local brasa ou superfícies
metálicas aquecidas. Nestas circunstancias, poderá ser necessária reduzir o conteúdo
de oxigênio para, aproximadamente, 6% e manter esta concentração durante um
período de tempo prolongado, até que a brasa e/ou superfícies quentes se resfriem
abaixo da temperatura de ignição do combustível. Em alguns casos, o resfriamento do
material poderá exigir horas e até dias, período durante o qual deverá ser conservada a
concentração da gás carbônico.
Metais pirofóricos
Incêndios em metais pirofóricos, tais como sódio, potássio, magnésio, titânio e zircônio,
não podem ser extinto com gás carbônico. Estes metais decompõem o CO2.
a) Propriedades extintoras
Ao ser aplicado diretamente na área do incêndio, o agente químico seco faz com que as
chamas se apaguem completamente, no momento. Não são conhecidos definitivamente
o mecanismo exato e o principio químico da ação extintora. Abafamento, resfriamento e
isolamento contra a radiação contribuem para a eficácia extintora do agente, porém
estudos recentes parecem indicar que uma reação desagregadora em cadeia, na
chama, pode ser a causa principal da extinção.
Ação abafadora
Tem sido opinião geral, desde há anos, que propriedades extintoras das agentes
químicos secos baseiam-se principalmente na ação abafadora do gás carbônico,
liberado quando o bicarbonato de sódio é aquecido pelas chamas. O gás carbônico, sem
duvida, contribui para a eficácia do agente químico seco, da mesma forma como o
volume do vapor de água, liberado quando se aquece a agente químico seco, porem, os
testes, em geral, contradizem a opinião de que estes gases são fatores de maior
importância. Por exemplo, foi demonstrado que 2 Kg de agente químico seco são tão
eficazes como 4,5 Kg de gás carbônico. Considerando o fato de que, mesmo se todo o
agente químico se decomponha e uma determinada quantidade produza apenas 26%
(peso) de gás carbônico, é evidente que o agente químico seco não extingue
primariamente devido aos efeitos abafadores. Como prova adicional contra a teoria da
ação abafadora, foi apontado o fato de que certos sais pulverizados que não liberam gás
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carbônico, vapor de água, ou outros gases, quando os sais são aquecidos (por exemplo,
carbonato de sódio), são agentes eficazes de extinção.
Ação resfriadora
A ação resfriadora do agente químico seco não pode ser apontada como um fator
importante na extinção rápida de incêndios. Uma tese, elaborada por C.S.McCamy, H.
Shoub, e T.C.Lee, e baseado em estudos das capacidades térmicas de vários pós,
testados quanto à eficácia da extinção, contém estimativas da quantidade necessária de
calor, a fim de aumentar a temperatura de quantidades de igual peso, de vários
materiais, de 18º C para 300º C. Dois agentes extintores que os autores verificaram ser
iguais quanto a eficácia extintora - um agente químico seco contendo 95%, ou mais, de
bicarbonato de sódio e bórax com 2% de estearato de zinco - absorvem 259 e 463
calorias por grama, respectivamente. O bicarbonato de sódio, que foi só levemente
inferior na eficiência da extinção, absorveu, de acordo com uma estimativa, 79 calorias
por grama, ao ser aquecido de 18º C para 300º C. A tese em que este trabalho é
relatado tem o título de "Fire Extinguishment by Means of Dry Powder", (Extinção de
Incêndio com Pó Seco) e foi publicada pela Reinhold Publishing Company, 430 Park
Avenue, New York 22, N.Y. ,numa coleção de teses apresentadas no Sexto Simpósio
sobre a combustão.
Isolamento da radiação
b) Uso
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O agente químico seco tem sido apreciado pela sua eficácia na extinção de incêndio em
liquido inflamáveis. Recomenda-se também para uso em incêndios que envolvam alguns
tipos de equipamento elétrico, tendo ainda certa aplicação, limitada, na extinção
superficial de incêndios de combustíveis comuns.
O agente químico seco não produz atmosfera inerte permanente acima da superfície
dos líquidos inflamáveis. Portanto, não extingue o incêndio permanentemente, caso
existam no local fontes de reignição, como, por exemplo, superfícies metálicas quentes.
Não deve ser usado em locais onde estão situados relês e contatos elétricos delicados,
como, por exemplo, em centrais telefonias, porque neste tipo de instalações as
propriedades isolantes do agente poderiam tornar inoperante o equipamento.
O tetracloreto de Carbono foi o primeiro agente extintor deste grupo a ser usado.
Entretanto, por serem seus gases venenosos, o seu emprego torna-se cada vez mais
restrito. Pelo mesmo motivo, o uso de Brometo de Metila ficou também reduzido.
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a) Aplicação
b) Toxicidade
c) Fatores de corrosão
Os agentes contendo flúor são mais estáveis. Entretanto, atacam de certo modo o
bronze, especialmente na presença de umidade; o alumínio é afetado menos do que o
aço. O método de operação dos extintores carregados com agentes halogenados é
similar ao manuseio dos extintores carregados com água.
Agentes Extintores
Classes de Água Espuma CO2 Pó Químico
incêndios
Papel
Tecidos NÃO NÃO
A SIM SIM
Madeira ** ***
Fibras
Óleo
Gasolina
NÃO
B Graxa SIM SIM SIM
*
Tinta
G.L.P
Equipamento
C s elétricos NÃO NÃO SIM SIM
energizados
D Magnésio NÃO NÃO NÃO SIM
Zircônio Pó químico
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Titânio especial
NOTA: Variante para Classe "D": Usar método de limalha de ferro fundido.
* Não é utilizada em jato pleno, porém pode ser usada sob a forma de neblina.
** Pode ser usado em seu inicio.
*** Há pós químicos especiais (Monec, ABC) que são eficientes nesta classe de
incêndio.
Extintores
Hidrantes
Chuveiros automáticos ou outros.
1 - Extintores
Quando foram estudadas as classes de fogo, foi apresentada uma tabela que indicava,
de acordo com a classe de incêndio, o tipo de agente extintor a ser utilizado. É preciso
conhecer muito bem cada tipo de extintor.
Extintor de espuma
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No comercio são vendidos extintores de 10 litros ou carretas de 50, 75, 100 e 150 litros.
Embora simples o extintor de espuma necessita de uma serie de cuidados para que,
quando houver necessidade, ele possa ser usado eficazmente:
É um extintor relativamente barato e dá uma boa cobertura, evitando que, num fogo já
dominado, recomece a ignição, ou seja, que voltem as chamas.
b) Extintor de água
Pressurizado
É um cilindro com água sob pressão (Figura 1). O gás que dá a pressão, que impulsiona
a água, geralmente é gás carbônico ou nitrogênio. Existem alguns a ar. O manuseio é
simples. O operador deve se aproximar até uma distância conveniente, retirar o pino de
segurança, e dirigir o jato de água para a base do fogo.
A pressurizar
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Há uma ampola de gás e, uma vez retirado o pino de segurança, o gás é liberado e
pressiona a água. A ampola pode ser interna (Figura 2), ou externa ao cilindro que
contem a água.
Sua manutenção é mais simples que a do anterior, porém, devem ser tomados os
seguintes cuidados:
O gás é encerrado num tubo com uma pressão de 6l atmosferas. Ao ser acionado o
gatilho, o gás passa por uma válvula num forte jato.
Como há possibilidade de vazamentos, este extintor deverá ser pesado a cada 3(três)
meses e, toda a vez que houver perda de mais de 10% (dez por cento) no peso, deverá
ser descarregado e recarregado novamente.
Como não deixa resíduos, e o ideal para equipamentos delicados. São fornecidos
extintores portáteis, desde 1 kg, até carretas de 45 kg ou mais.
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Seu controle é feito pelo manômetro e, quando a pressão baixa; deve ser
recarregado.
São semelhantes no aspecto aos extintores da água.
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e) Outros tipos
Há outros tipos de extintores de pó químico seco que podem ser utilizados com
eficiência nos incendias classe A. São chamados extintores de Pó tipo ABC (ver quadro
1 - item 4.1) ou Monex.
Observação
O local dos extintores deve ser sinalizado por um círculo ou seta pintada
internamente de vermelho e borda de amarelo.
A área livre para os extintores deve ser pintada vermelho, como mostram
as figuras acima.
X = 1 metro, H = 1,60 metro (máximo)
2 - Hidrantes
Devem ser distribuídos de forma a proteger toda a área da empresa por dois jatos
simultâneos, dentro de um raio de 40 metros (30 m. das mangueiras e 10 m. do jato).
Além da tubulação (1 1/2" ou 2 1/2"), dos registros das mangueiras (30 m ou 15 m.) ,
deve-se escolher requintes que possibilitem a utilização da água em jato pleno ou sob a
forma de neblina (requinte tipo universal).
Ao elaborar uma planificação que possibilite um eficaz combate a incêndios, três pontos
básicos devem ser observados, com a criação de grupos responsáveis pelo combate às
chamas, pelo abandono de local e pelo atendimento de primeiros socorros.
1 - Brigadas de incêndio
Seus integrantes tem como função prioritária eliminar princípios de incêndio, bem como
verificar condições inseguras, com risco de incêndio ou explosão. Deve haver
esquematizado um sistema de controle que proporcione rápida comunicação e
correspondente tomada de providências.
isolamento de areais
uso de extintores
uso do sistema de hidrantes,
controle do sistema de "sprinklers",
conhecimento das instalações e diferentes tipos de risco.
Desse modo, nos casos de emergência que requeiram saída imediata e ordeira do
ambiente de trabalho, o alarme será encarado normalmente, desenvolvendo-se o
abandono do local segundo as normas pré-estabelecidas.
Categorias
Regras básicas
Tempo de evacuação:
Todo setor da fabrica deverá possuir caixa de primeiros socorros com material
adequado, e pessoal convenientemente treinado.
Não existem regras definitivas e que resolvem tudo. Mas, existem as regras básicas
para o treinamento.
Treinamento
Este treinamento poderá ser feito na própria área da fábrica, quando possível e, para
efeito de economia, pode-se utilizar os próprios extintores com carga vencida.
Uma vez que o pessoal esteja plenamente adestrado, será conveniente, vez por outra,
fazer exercícios mais reais, isto é, provocando-se e extinguindo-se focos de incêndio, a
fim de que, no caso de um sinistro a brigada saiba agir automaticamente.
Deve-se sempre recordar que os primeiros cinco minutos, no combate ao incêndio, são
os mais importantes e deles pode depender todo o êxito ou fracasso da missão.
Brigadas de Incêndio