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UNEMAT – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO


TRABALHO

PROF. ENG. ESP. ALEXANDRE VOLKMANN ULTRAMARI

PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS E EXPLOSÕES

SINOP – MT

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INTRODUÇÃO

Apresentação

Aqui estão desenvolvidas uma coletânea de informações teóricas da tecnologia e prevenção à


incêndios e explosões que podem, e devem, ser aplicadas em situações normais, para a segurança de qualquer
tipo de instalação, tanto residencial, industrial, como comercial.
Contudo não se atenham somente no contido neste compendio, pois no estudo é que se consegue ser o
melhor, pois no mercado de trabalho não há vaga para regulares nem tampouco péssimos profissionais.

Introdução

Todo incêndio tem origem em pequenos focos. Por isso que é importante que todo e qualquer princípio
de fogo seja detectado e sempre controlado. De modo eficiente e o mais rápido possível.
Para tanto, não basta existir equipamentos detectores e extintores por todo canto da área a ser
protegida. É necessário que hajam pessoas capacitadas e que possam preveni-los ou a qualquer momento,
fazer uso de seus conhecimentos, e evitar dessa forma que um simples princípio de incêndio atinja proporções
incontroláveis.
Entretanto, mais importante que tudo isso é se encarar o curso em que agora faremos juntos e evitar
todo e qualquer tipo de incêndio antes que aconteça, protegendo-se vidas e bens.

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UNIDADE 1
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO FOGO

Para nossa própria segurança, deve-se conhecer os dois aspectos fundamentais da proteção contra
incêndio.
O primeiro aspecto é o da prevenção de incêndios, isso é, evitar que ocorra o fogo, utilizando certas
medidas básicas, as quais envolvem a necessidade de se conhecerem, entre outros itens:

 as características do fogo;
 as propriedades de risco dos materiais;
 as causas de incêndios;
 o estudo dos combustíveis.

Quando, apesar da prevenção, ocorre um princípio de incêndio, é importante que ele seja combatido de
forma eficiente, para que sejam minimizadas suas conseqüências. A fim de que esse combate seja eficaz,
deve-se, ainda:

 conhecer os agentes extintores;


 saber utilizar os equipamentos de combate a incêndios;
 saber avaliar as características do incêndio, o que determinará a melhor atitude a ser tomada.

Pode-se definir o fogo como sendo a conseqüência de uma reação química denominada combustão,
que produz calor e luz.
Para que ocorra esta reação química, dever-se-á ter, no mínimo, dois reagentes que, a partir da
existência de uma circunstância favorável, poderão combinar-se.

Triangulo do fogo

Como vimos, para haver fogo, é necessária a presença de quatro elementos essenciais:

A COMBUSTÍVEL;
B OXIGÊNIO (COMBURENTE);
C CALOR;
D REAÇÃO EM CADEIA.

Para facilitar a compreensão, representamos os três elementos essenciais do fogo como sendo os lados
de um triângulo eqüilátero.
A falta de qualquer um dos três elementos não haverá fogo.

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A - combustível

Em síntese, combustível e todo material, toda substância que possui a propriedade de queimar, de
entrar em combustão.
Os combustíveis podem se apresentar em 3 estados físicos:
+ sólido;
+ líquido;
+ gasoso.

B - comburente

Normalmente, combina-se com o material combustível, dando início à combustão.


O ar atmosférico contém, na sua composição, cerca de 21% de oxigênio.
Geralmente o comburente é definido como sendo uma mistura gasosa que contém o oxidante em
concentração suficiente para que em seu meio se desenvolva a reação de combustão.

C - calor

É o elemento que fornece a energia da ativação necessária para iniciar a reação entre o combustível e o
comburente, mantendo e propagando a combustão, como a chama de um palito de fósforos.

Note-se que o calor proporciona:


a. elevação da temperatura;
b. aumento do volume dos corpos;
c. mudança no estado físico das substâncias.

Há casos de materiais em que a própria temperatura ambiente já serve como fonte de calor, como o
magnésio, por exemplo.

D - reação em cadeia

Toda reação química envolve troca de energia. Na combustão, parte da energia desprendida é dissipada
no ambiente, provocando efeitos térmicos derivados do incêndio; o restante continua a aquecer o combustível,
fornecendo a energia, (fonte de calor) necessária para que o processo continue.
Didaticamente, representa-se a reação química da seguinte forma:
COMBUSTÍVEL+COMBURENTE FONTE DE IGNIÇÃO LUZ+CALOR+ GASE (VAPOR)
Essa reação vai Ter uma velocidade de propagação relacionada com diversos fatores, tais como
temperatura, umidade do ar, características inerentes ao material combustível, forma física desse material
(sólido bruto ou particulado (partículas), líquido, etc.), condições de ventilação.

Anotações Importantes:

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UNIDADE 2
FENÔMENOS FÍSICO-QUÍMICOS DA COMBUSTÃO

Combustão

Quimicamente, a combustão consiste na reação entre um elemento e o oxigênio, sempre com produção
de calor e nem com produção de chamas.
O fogo pode ser caracterizado por um sinal luminoso visível, resultante de uma reação química entre
um combustível e o oxigênio (comburente). Nesta reação, os materiais combustíveis se formam, havendo
produção de calor e geralmente chamas.
Chamam-se combustíveis, todos os materiais passíveis de entrar em combustão, que alimentam o
fogo, e com pequenas exceções, compreendem todos os materiais que possamos imaginar, como: madeira,
papel, tecidos, derivados do petróleo, etc..
O ar que respiramos tem as seguintes composições: 21% de Oxigênio, 78% de Nitrogênio e 01% de
Outros gases.
Para haver combustão com chamas, será necessário que o oxigênio contido no ambiente esteja na
concentração mínima de 16%.
Com 21% de oxigênio chamamos Combustão viva;
Com 16% de oxigênio chamamos Combustão lenta;
Com oxigênio menos que 13% de concentração, Não há combustão.

Características físico-químicas da combustão

a) Reações exotérmicas e endotérmicas


b) Reações exotérmicas - São as reações que liberam calor.
Ex.: Queima da madeira.
c) Reações endotérmicas - São as reações que absorvem calor.
Ex.: A reação química entre o carbono e o enxofre; absorve calor e produz sulfeto de carbono.
d) Reações oxidantes - São as reações que ocorrem na presença do oxigênio.
e) Reação química da combustão - A combinação dos elementos do tetraedro do fogo sob condições
propícias permitem a ignição das reações químicas, que se classificam em:

a) oxidação lenta;
b) combustão simples;
c) deflagração;
d) detonação;
e) explosão.

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Oxidação lenta, a energia dispensada na reação, é dissipada no meio ambiente sem criar um aumento
de temperatura na área atingida. Não ocorre a reação em cadeia.
Ex.: oxidação do ferro, papel quando fica amarelecido.
Combustão Simples, há a percepção visual da do deslocamento da frente de reação, porém a
velocidade de propagação é inferior a 1.00m/s. Ex.: combustão de madeira, papel, algodão, etc..
Deflagração, a velocidade de propagação é superior a 1.00m/s, mas inferior a 400.00m/s.
Surge o fenômeno de elevação da pressão com valores limitados entre 1 e 10 vezes a pressão inicial.
Ex.: ocorrem com a deflagração com a pólvora, misturas de pós-combustíveis e vapores de líquidos
inflamáveis.
Detonação, a velocidade de propagação é superior a 400.00m/s. Pela descontinuidade das ondas de
pressão geradas, cria-se uma onda de choque que pode atingir até 100 vezes a pressão inicial.
Ex.: ocorre com explosivos industriais, como a nitroglicerina, e, em circunstâncias especiais, com
mistura de gases e vapores em espaços confinados.
Explosão, o termo pode ser aplicado genericamente aos fenômenos onde o surgimento de ondas de
pressão produzem efeitos destrutivos.
A velocidade de propagação, parâmetro empregado para classificar as combustões, é a velocidade de
deslocamento da frente de reação, ou a velocidade de deslocamento entre a área já queimada e a área ainda
não atingida pela reação.

Fatores que alteram a velocidade da combustão

a) Natureza do material combustível;


b) Relação entre superfície e massa de material combustível;
c) Concentração e aumento do calor;
d) Concentração;
e) Catalisadores;
f) Inibidores;
g) Contaminantes.

Natureza do material combustível - caracteriza-se pela qualidade de queima do combustível (pontos


de combustão);
Relação entre superfície e massa de material combustível - quanto maior a superfície de contato
entre o combustível e o comburente, maior a velocidade da combustão.
Ex.: A reação entre um tronco de madeira e uma quantidade de serragem de mesma massa;
Concentração e aumento do calor - quanto maior a quantidade de calor no ambiente, ou na massa do
combustível, maior será a velocidade da reação;
Concentração - quanto mais adequada e maior a concentração entre o combustível e o comburente,
maior a velocidade da reação;
Catalisadores - são substâncias cuja presença, incrementam a velocidade de uma reação, sem contudo,
formar parte desta;
Inibidores - também chamados de estabilizadores, são produtos químicos que podem ser agregados a
uma matéria instável, evitando uma reação vigorosa;
Contaminantes - são materiais estranhos à substância. Podem agir como catalisadores ou Inibidores
da reação.

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Combustão completa e incompleta

COMBUSTÃO COMPLETA - se produz quando todo combustível é oxidado pelo oxigênio contido
no ar;
COMBUSTÃO INCONPLETA - é aquela na qual se tem uma quantidade insuficiente de oxigênio
para a oxidação total do combustível como o CO e queda do calor de combustão e a produção de fuligem.

Calor de combustão

É a energia química latente apresentada pelo combustível (material ou substância) que é liberada
durante o processo da combustão na forma de calor.

Lei aproximada de Welter

“O calor de combustão é proporcional ao oxigênio consumido”.

Temperatura de combustão

Todo material combustível produz calor na sua combustão. Conforme a velocidade com que o calor de
combustão é liberado, corresponde a uma temperatura mais alta ou mais baixa.

Temperatura teórica

Dá-se esse nome à temperatura que seria atingida pelos gases da combustão caso os mesmos não
cedessem calor nos corpos que os rodeiam.
Tanto a temperatura de combustão como a temperatura teórica, dependem das condições em que se
verificam as mesmas, destacando:

 O poder calorífico;
 A velocidade de combustão do material;
 A natureza do material combustível.

Marcha da combustão

É o caminho percorrido pelo incêndio no sentido da aeração, isto é, no sentido de encontrar o


comburente (oxigênio) que alimentará a existência da combustão.

Comportamento do combustível

Face os efeitos possíveis de uma combustão em função da velocidade de propagação, para que se possa
calcular os riscos oriundos de determinada mistura combustível/comburente.

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Estado físico do combustível

Para avaliação do risco de incêndio, estuda-se o estado físico do combustível dividindo-se em:

a) Combustível Sólido - em condições normais, o aquecimento de um combustível sólido provoca


inicialmente a vaporização da umidade, obtendo-se um resíduo sólido (carbono fixo);
posteriormente, pela ação do calor, são liberados compostos gasosos que reagirão com o oxigênio
em presença do calor, até que seja consumida toda a matéria combustível.
b) Combustível líquido - a combustão acontece nas partículas em suspensão, decorrente do
aquecimento do combustível.

Temperatura

Todo material possui certas propriedades que o diferenciam de outros, em relação ao nível de
combustibilidade.
Para se atingir a combustão será necessário que os materiais expostos a uma fonte de calor,
desprendam vapores. Portanto, o que entra em combustão não é o corpo em si, mas sim os vapores que
emanam do combustível.
Cada material, dependendo da temperatura a que estiver submetido, liberará maior ou menor
quantidade de vapores. Para melhor compreensão do fenômeno, definem-se algumas variáveis, denominadas:
a) ponto de fulgor;
b) ponto de inflamação ou combustão;
c) ponto de ignição.

Ponto de fulgor

É a menor temperatura em que os corpos combustíveis, em contato com uma fonte externa de calor,
começam a desprender vapores capazes de provocar a combustão, sem, no entanto, mantê-la, em razão da
insuficiência de vapores.

Ponto de inflamação ou de combustão

É a menor temperatura em que os corpos combustíveis, em contato com a fonte externa de calor,
desprendem vapores em quantidade suficiente para sustentar a sua queima em presença de uma chama, assim
permanecendo enquanto houver combustível e oxigênio.

Ponto de ignição

É a menor temperatura na qual os gases desprendidos pelos corpos combustíveis iniciam a combustão
pelo contato com o oxigênio do ar.

Transmissão de calor

O conhecimento das formas pelas quais o calor se transmite é da mais alta importância, porque é
através delas que os focos de incêndios se propagam ou iniciam.

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A transmissão do calor ocorre pelas seguintes formas:

Condução
O calor se propaga de um corpo para outro por contato direto ou através de um meio condutor do calor
intermediário.
Convecção
O calor se propaga através de um meio circulante, líquido ou gasoso, a partir da fonte.
Irradiação
O calor se propaga por meio de ondas caloríficas irradiadas por um corpo em combustão.

UNIDADE 3
CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS

Classes de incêndio

Cada corpo combustível entra em combustão com característica própria. Para facilitar os estudos de
prevenção e combate a incêndios, adota-se a existência de quatro classes gerais:

CLASSE "A" - são os incêndio em papel, madeira, fibras, etc., que


quando queimam deixam brasas e cinzas. Desenvolvem se em superfície e
profundidade, e necessitam, para sua extinção, do efeito de resfriamento,
isto é, a água ou as soluções que a contenham em grande porcentagem.

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CLASSE "B"- são os incêndios que se manifestam em líquidos
inflamáveis, notadamente nos derivados de petróleo, como gasolina, graxa,
óleos, tintas e etc., os quais, quando queimam, não deixam brasas e
queimam unicamente em razão da superfície. Exigem, para sua extinção, o
abafamento.

CLASSE "C"- são os incêndios que se manifestam em


equipamento e circuitos energizados. Sua extinção dá-se por abafamento,
utilizando-se apenas agentes extintores não condutores de eletricidade. O
desligamento do circuito ou equipamento transforma-os em incêndio da
classe "A".

CLASSE “D” - são os incêndios que se manifestam em metais


pirofóricos (magnésio, potássio, alumínio em pó, zinco, titânio, sódio,
zircônio, etc.), que exigem, para sua extinção, agentes extintores especiais
que se fundem em contato com o metal combustível, formado por capa que
os isola do ar atmosférico.

Métodos de extinção

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Conhecido o triângulo do fogo, concluímos que a continuidade da combustão depende da continuidade
dos três elementos essenciais. Portanto, para a extinção, basta desfazer o triângulo, isto é, retirar um de seus
lados; logo, existem três possibilidades básicas:

1- RESFRIAMENTO;
2- ABAFAMENTO;
3- CORTE OU RETENÇÃO DO SUPRIMENTO DE COMBUSTÍVEL.

RESFRIAMENTO - Consiste na retirada de calor do material em combustão até um ponto


determinado, abaixo do qual ele não queima ou não emite vapores necessários à combustão.

ABAFAMENTO - Consiste na eliminação ou redução do oxigênio (comburente) nas proximidades


imediatas do combustível incendiado.

CORTE OU RETENÇÃO DO SUPRIMENTO DE COMBUSTÍVEL - Consiste na interrupção de


alimentação do combustível ou na sua redução ao máximo, permitindo-se a extinção do fogo ao acabar o
combustível incendiado.

Agentes extintores

Por agentes extintores entenden-se certas substancias (sólidas, líquidas e gasosas) que são utilizadas na
extinção do incêndio, quer abafando-o, resfriando-o, ou ainda utilizando conjuntamente esses dois processos.
Os agentes extintores devem ser empregados conforme a classe de incêndios inadequadamente.
Os principais agentes extintores são:
 Água;
 Espuma;
 Gás Carbônico;
 Pó Químico;
 Areia.

Aparelhos extintores

Aproveitando-se das propriedades dos agentes extintores, construíram-se aparelhos capazes de aplica-
los de maneira a obter bom rendimento na extinção de princípios de incêndios com segurança para o
operador.
Existem aparelhos extintores portáteis, isto é, de peso e dimensões que permitem seu transporte
normalmente, e aparelhos maiores, cujo transporte é feito por carretas.
EXTINTIRES PORTÁTEIS - há uma grande variedade de aparelhos extintores, de acordo com a
finalidade a que se destinam. Os mais conhecidos são os de:
 ÁGUA: É indicado para classes de incêndio tipo “A”. Dentro do cilindro existe gás junto com
água sobre pressão, quando acionado o gatilho, a água é expelida resfriando o material, tornando
a temperatura inferior ao ponto de ignição.

* Não deve ser utilizado em classes de incêndio tipo “C”, pois pode acarretar choque elétrico.

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 GÁS CARBÔNICO; É indicado para classes de incêndio tipo “C” mas pode também ser
utilizado em incêndio tipo “B”. Dentro do cilindro contem dióxido de carbono, um agente
extintor não tóxico, não condutor de eletricidade, de baixíssima temperatura, que recobre o fogo
em forma de uma camada gasosa, isolando o oxigênio indispensável à combustão, extinguindo o
fogo por abafamento.
 PÓ QUÍMICO SECO: É indicado para classe de incêndio tipo “B” mas pode ser utilizado em
incêndio tipo “C”. Dentro do cilindro existe um composto químico em pó, normalmente
Bicarbonato de Sódio, com um gás propulsor, normalmente Dióxido de Carbono ou Nitrogênio.
Ao entrar em contato com as chamas, o pó se decompõe, isolando rapidamente o oxigênio
indispensável à combustão e extinguindo o fogo por abafamento.
 CARGA LÍQUIDA;
 ESPUMA: A espuma para combate a incêndio é um agregado de bolhas cheias de gás, geradas
de soluções aquosas. Sua densidade é menor do que a dos líquidos inflamáveis e combustíveis. É
utilizada principalmente, para formar uma capa flutuante de cobertura. Extingue o incêndio neste
líquido, cobrindo e resfriando o combustível, de forma a interromper a evolução dos vapores e
impedir o acesso do oxigênio.

EXTINTIRES SOBRE RODAS – devem possuir acesso livre a todas as áreas


de serviço

Classes de Água
Gás Carbônico Pó Seco
Incêndio Pressurizada

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Sim Sim Sim
Com ótimo resultado Sem grande eficiência Sem grande eficiência

De superfície e
profundidade: panos, lixos,
fibras, papeis, madeira

Não Sim Sim


Contra indicado Com bom resultado Com ótimo resultado

De superfície: querosene,
gasolina, óleos, tintas,
graxas, gases

Não Sim
Sim
Perigoso, conduz Pode causar danos no
Com ótimo resultado
eletricidade equipamento

Equipamentos elétricos
Como opera-lo: 1 - Leve o extintor ao 1 - Levar o extintor ao 1 - Levar o extintor
local do fogo; local do fogo, ao local do fogo,
2 - Colocar-se a uma 2 - Retire o grampo, 2 - Empunhar o
distância segura; 3 - Retire o difusor, e esguicho e retirar o
3 - Retire o grampo; segurando o punho, grampo,
4 - Atacar o fogo 4 - Atacar o fogo, 3 - Atacar o fogo,
erigindo o jato para a dirigindo o jato para a acionando o
base do fogo. base do fogo, dispositivo de
movimentar o difusor. descarga, procurando
cobrir toda a área
atingida com
movimentação da
mão.
Abafamento e
Efeito Resfriamento Abafamento
Resfriamento

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Cuidados com o equipamento

Verifique a situação do seu manômetro


Pressurização (importante) Cuidados Gerais com o equipamento

Manômetro
Tipo Situação O que fazer?
Ponteiro na Faixa Vermelha
Extintor descarregado ou sem pressão. Pressurizá-lo
/ou carregá-lo
Não tem utilidade.

Ponteiro na Faixa Verde


Extintor corretamente pressurizado. Verificar
mensalmente
Ok para funcionamento.

Ponteiro na Faixa Amarela


Extintor com excesso de pressão ou Verificar
manômetro descalibrado. mensalmente
Funcionamento Alterado.

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Pressurização
ESCLARECIMENTOS:

1) Extintores que possuem indicador de pressão (manômetro):


O indicador de pressão do extintor de incêndio (ponteiro do manômetro) posicionado junto à
zona identificada pela cor alaranjada ou vermelha, indica que o extintor está
DESPRESSURIZADO.

2) Extintores de Dióxido de Carbono (CO²): Afere-se sua condição de pressurização e


necessidade de carga, através de sua pesagem. Tais necessidades ficam caracterizadas sempre
que for constatada perda de peso superior a 10% da carga nominal registrada junto à válvula
do próprio extintor.

3) Exemplificando: Um extintor de CO² possui os seguintes registros juntos á válvula: Pc


(peso cheio) 14,1 kg e Pv (peso vazio) 10.1 kg, cuja diferença, 4,0 kg, constitui-se no peso da
carga nominal que é a peso da quantidade de agente extintor (CO²) que está contido no
recipiente. Dez por cento (10%) de 4,0 kg corresponde a 400 g. Subtraindo-se 400 g do peso
cheio (Pc) que neste caso é 14,1 kg, chega-se ao valor de 13,7 kg. Se na pesagem desse
extintor, for constatado peso inferior a 13,7 kg, deverá ser o mesmo declarado como
despressurizado.
Em casos de Despressurização,
Recarregue imediatamente o seu extintor...

Cuidados Gerais
Tendo um extintor, você tem que ter cuidados com ele para ele não falhar na hora do
uso ou para não levar uma multa.
PÓ para Extinção de Incêndio

Inspecionar o Extintor a cada 1 ano e a cada 5 anos realizar o teste do cilindro.


-
Para o Extintor estar em condições de Uso, o Ponteiro do Manômetro deve estar
- na faixa Verde e o lacre Intacto.

Faixa de Temperatura da Operação: (-10º A 60ºC).


-

Recarregar após o Uso.


-

DIÓXIDO DE CARBONO - (CO²)


Verificar o peso do extintor completo a cada seis meses.
- O extintor tem o peso gravado na válvula.

Recarregar em caso de perda de peso maior que 10% da carga nominal.


-
Inspecionar o Extintor a cada 1 ano e a cada 5 anos realizar o teste do cilindro.

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-

Recarregar imediatamente após o uso e em casos de vazamentos.


-

Faixa de Temperatura da Operação: (0º A 45ºC).


-

Água Pressurizada

Inspecionar o extintor a cada 1 ano e a cada 5 anos realizar o teste do cilindro.


-
Para o Extintor estar em condições de Uso, o Ponteiro do Manômetro deve estar
-na faixa Verde e o lacre Intacto.

Recarregar imediatamente após o uso.


-

Recarregar imediatamente após o uso e em casos de vazamentos.


-

Faixa de Temperatura de Operação: (4º a 45ºC).


-

Espuma Mecânica

Inspecionar o Extintor a cada 1 ano e a cada 5 anos realizar o teste do cilindro.


-
Para o Extintor estar em condições de Uso, o Ponteiro do Manômetro deve estar
-na faixa Verde e o lacre Intacto.

Recarregar imediatamente após o uso.


-

Faixa de Temperatura de Operação: (1º a 49ºC).


-

Lembrando sempre que todo extintor deve passar por


manutenção mesmo que não tenha sido usado.

Anotações Importantes:

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UNIDADE 4
SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS

Sistemas de hidrantes

Hidrante é uma tomada de água, onde se conectam mangueiras para combate ao fogo. São no mínimo
duas tomadas d’água por hidrante na bitola de 21/2 polegadas.
Em cada caixa de mangueiras deve haver dois lances de 15m de mangueira de 2 1/2 polegadas, duas
chaves de conexão, uma chave para válvula, dois esguichos de jato pleno ou sólido, podendo ser também
esguicho tipo neblina. No caso de se usar mangueiras de 11/2 deverá haver um adaptador de bitolas.
O abastecimento de água poderá ser por gravidade ou através de bombas que sugam
água de cisternas ou de lagos.

Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas

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Definições do sistema

 Descarga atmosférica: descarga elétrica entre uma nuvem e a terra, consistindo em um ou


mais impulsos de vários quiloampéres.
 Captor: Ponta metálica que por sua situação elevada intercepta as descargas atmosféricas.
 Mastro: Suporte metálico galvanizado a fogo que sustenta o captor.
 Descida de aterramento: Condutor de cobre “nu” que liga o sistema de captação e os
eletrodos de terra.
 Eletrodo de terra: Elemento ou conjunto de elementos que assegura o contato elétrico com o
solo e dispensa a corrente de descarga atmosférica da terra.
 Anel Captor: Sistema de captação constituído por cabo de cobre “nu” interligado ao captor e
descidas de aterramento.
 Terminais aéreos: Mini captores ou pontos de impacto contra descargas elétricas laterais.
 Sistema de aterramento: Parte do sistema destinada a conduzir e dispensar a corrente de
descarga atmosférica.

Iluminação de emergência

Sistema de Iluminação de Emergência


Decreto nº 38.069, 14 de Dezembro de 1993
Capítulo XII
Para fins de instalação do sistema de iluminação de emergência, deverá ser adotada a norma técnica
brasileira. Serão, ainda indicados no projeto: posição das luminárias ou pontos: posição da central do sistema;
posição da fonte de alimentação; legenda do sistema. Os pontos de iluminação de emergência deverão estar
distribuídos nas áreas de risco, escadas, antecâmaras, acessos locais de circulação, etc. Os tipos das
luminárias, bem como das respectivas potências mínimas deverão seguir os critérios das normas vigentes.
Poderão ser aceitos os sistemas de iluminação de emergência alimentados por grupo gerador automatizado.

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As fontes de alimentação do sistema de iluminação de emergência deverão ser seladas e garantir autonomia
mínima de uma hora.
O sistema deverá ser conservado permanentemente em condições de imediato funcionamento,
carregar-se ou ter a partida automaticamente.
Serviços: projeto, instalação, revisão, manutenção.

Alarme de incêndio

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Instalação / Manutenção

Painel de Comando:

Possui dispositivo carregador automático que mantém as baterias sempre carregadas.


Painel de controle sinóptico, com indicadores ópticos que permite a rápida identificação do ponto onde
foi acionado o alarme.
Dispositivo automático para bloqueio da perda de carga das baterias, que evita a descarga total das
mesmas, na falta de energia, o que causaria sua danificação.
Chave para teste do sistema.

Sirenes

Sirene eletrônica bitonal - alcance: 105 dB - injetada em ABS e poliestireno na cor preta.

Acionadores quebre o vidro


Deverão ser em aço, com pintura eletrostática em vermelho.
Deverá possuir micro chave e conector para ligação dos fios.
Deverá possuir led indicando o funcionamento do sistema.
Deverá possuir martelo cromado com corrente

Sinalização

Deverá ser feita a instalação de setas indicativas em P.V.C., alumínio, aço, acrílico, conforme
decreto nº 38.069/93. (ver figuras)

Dizeres:

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Extintor, Hidrante, Luz de Emergência, Saída de Emergência, Não use o elevador em caso e incêndio,
Não fume, alarme de Incêndio, Bomba de Incêndio, Botoeiras, etc.
Sinalização de piso: Pintura do piso com esmalte sintético (vermelho/amarelo), abaixo dos Extintores
e Hidrantes, quando o piso não é acabado (cimentado).
Portas corta fogo

Instalação e Manutenção

Folha da porta: Confeccionada em chapa de aço galvanizado, fixado por três dobradiças de aço,
sendo seu núcleo fabricado com material de alta resistência ao fogo.
Isolante da Folha: Núcleo de Placa verticulitá agregados uma a uma.
Batente: Confeccionado em chapa de aço galvanizado, dobrado em perfil especial para o encaixe da
folha, chumbadores para fixação em alvenaria e reforços especiais para instalação das dobradiças.
Dobradiças: Confeccionada em aço tipo helicoidal possibilitando abertura por elevação e fechamento
automático.
Fechaduras: Confeccionadas especialmente para Portas Forta-Fogo com sistema de abertura para
cima ou para baixo, em casos especiais com chave.
Importante: Toda Porta Corta-Fogo deverá possuir o selo de Conformidade à Associação Brasileira
de Normas Técnicas.

Corrimão

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Instalação e Manutenção
Materiais: Ferro chato, alumínio, ferro tubular.
A fabricação e instalação atenderão integralmente as especificações contidas na Orientação Normativa
007/84 do CONTRU e item 17.C.4. do decreto 32.329/92..
As extremidades serão voltadas para as paredes em ângulo de 90°.
O corrimão será contínuo, não sendo obstruído em seu percurso nem mesmo nos patamares das
escadarias.
Deverá atender às exigências do CONTRU quanto às dimensões e resistência mecânica.

Anotações Importantes:

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UNIDADE 5
FATORES PREVENTIVOS DE INCÊNDIOS

Prevenção

A prevenção é o conjunto de medidas que visam evitar que os sinistros surjam, mas não havendo essa
possibilidade, que sejam mantidos sob controle, evitando a propagação e facilitando o combate. Ela pode ser
alcançada por diversas formas:

 atividades educativas como palestras e cursos nas escolas, empresas, prédios residenciais;
 divulgação pelos meios de comunicação;
 elaboração de normas e leis que obriguem a aprovação de projetos de proteção contra incêndios,
instalação dos equipamentos, testes e manutenção adequados;
 formação, treinamento e exercícios práticos de brigadas de incêndio.

Combate

O combate inicia-se quando não foi possível evitar o surgimento do incêndio, preferencialmente sendo
adotadas medidas na seguinte ordem:

 salvamento de vidas;
 isolamento;
 confinamento;
 extinção, e
 rescaldo.
 (*) as operações de proteção de salvados e ventilação podem ocorrer em qualquer fase.

Normas relativas a prevenção de incêndios

 NBR 10897 - Proteção contra Incêndio por Chuveiro Automático;


 NBR 10898 - Sistemas de Iluminação de Emergência;
 NBR 11742 - Porta Corta-fogo para Saída de Emergência;
 NBR 12615 - Sistema de Combate a Incêndio por Espuma.
 NBR 12692 - Inspeção, Manutenção e Recarga em Extintores de Incêndio;
 NBR 12693 - Sistemas de Proteção por Extintores de Incêndio;
 NBR 13434: Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico - Formas, Dimensões e cores;
 NBR 13435: Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico;
 NBR 13437: Símbolos Gráficos para Sinalização contra Incêndio e Pânicos;
 NBR 13523 - Instalações Prediais de Gás Liquefeito de Petróleo;
 NBR 13714 - Instalação Hidráulica Contra Incêndio, sob comando.

23
 NBR 13714: Instalações Hidráulicas contra Incêndio, sob comando, por Hidrantes e
Mangotinhos;
 NBR 13932- Instalações Internas de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - Projeto e Execução;
 NBR 14039 - Instalações Elétricas de Alta Tensão
 NBR 14276: Programa de brigada de incêndio;
 NBR 14349: União para mangueira de incêndio - Requisitos e métodos de ensaio
 NBR 5410 - Sistema Elétrico.
 NBR 5419 - Proteção Contra Descargas Elétricas Atmosféricas;
 NBR 5419 - Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (Pára-raios.)
 NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edificações;
 NBR 9441 - Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio;
 NR 23, da Portaria 3214 do Ministério do Trabalho: Proteção Contra Incêndio para Locais de
Trabalho;
 NR 23, da Portaria 3214 do Ministério do Trabalho: Proteção Contra Incêndio para Locais de
Trabalho.

Decreto estadual – 857/84

Projeto de prevenção de incêndios

O projeto de proteção contra incêndios deve nascer juntamente com o projeto de arquitetura, levando
em conta as distâncias para serem alcançadas as saídas, as escadas (largura, dimensionamento dos degraus,
controle de fumaça, corrimãos, resistência ao fogo etc), a combustibilidade e a resistência ao fogo das
estruturas e materiais de acabamento, a vedação de aberturas entre pavimentos adjacentes, as barreiras para
evitar propagação de um compartimento a outro, o controle da carga incêndio e a localização dos demais
sistemas contra incêndios.
O primeiro passo a ser dado é a classificação das ocupações. Ele determina os tipos de sistemas e
equipamentos a serem executados na edificação; a partir daí devem ser pesquisadas as Normas Técnicas
Brasileiras Oficiais para complemento do referido Decreto. É importante, também a consulta à Prefeitura
Municipal, pois podem existir exigências locais.
Os riscos considerados são chamados de “A”, “B” e “C”, ou seja leve, médio e pesado que são
determinados com base na “Tarifa Seguros Incêndio” do Instituto de Resseguros do Brasil. Existe um índice
de ocupações que indicam uma rubrica e sub rubrica, de acordo com a rubrica é determinado o risco: até 2
risco “A”, 3 a 6 risco “B”, 7 a 13 risco “C”.

Erros de projeto mais freqüentes

Um projeto de proteção contra incêndio deve iniciar-se juntamente com o projeto de arquitetura e
perfeitamente integrado com o de estrutura, hidráulico, elétrico, etc.
Um bom projeto deve contar com proteção passiva (contenção da propagação vertical e horizontal),
ativa (equipamentos de combate), sistemas de alarme, pessoal treinado e principalmente saídas de emergência
com iluminação de segurança adequada. É muito importe a limitação da carga de materiais combustíveis no
interior da edificação.

 Sistema de iluminação de emergência - NBR 10898:

24
1. o dificuldade de diferenciação entre aclaramento e balizamento. A primeira é a
luminosidade mínima para observação de objetos e obstruções à passagem; a segunda é a indicação
clara e precisa da saídas e do sentido de fuga até local seguro;
2. o não previsão de pontos de luz nas mudanças de direção, patamares intermediários de
escadas e acima das saídas;
3. o quando adotado gerador, deve manter condições idênticas aos sistemas alimentados
por baterias (tempo de autonomia, localização dos pontos de luz, altura, potência, funcionamento
automatizado aceitando-se partida até 15 segundos - no conjunto por baterias admite-se até 5
segundos);

 Sistema de alarme - NBR 9441:

1. localização do painel central em locais como depósitos, sob escadas onde não há
pessoas freqüentemente ou isolados, de forma que não possam notar o aviso desencadeado dos
acionadores destacados e tomar as providências necessárias imediatamente; ideal seria que
houvesse até telefone com linha externa nas proximidades para acionamento imediato do Corpo de
Bombeiros;
2. falta de acionadores manuais onde há detecção automática (uma pessoa pode observar
o surgimento de um foco de incêndio e não pode ficar esperando o sistema automático entrar em
funcionamento, mas acionar o ponto manual imediatamente);

 Sistema de hidrantes:

1. localização de registro de recalque dentro do pátio interno de empresas, sendo que


deveria estar no passeio público próximo à portaria;
2. falta de tubulação de retorno de 6 mm de diâmetro da expedição da bomba à sua
introdução, para evitar superaquecimento quando funcionar sem vazão - é exigida somente para
vazões superiores a 600 l/min;
3. falta de botoeira liga-desliga alternativa quando for projetado sistema automatizado de
acionamento das bombas;
4. o acionamento nesse caso é automático, mas a parada da bomba principal dever ser
exclusivamente manual - tal procedimento visa evitar que uma pessoa que possa estar combatendo
um incêndio seja prejudicada pelo desligamento acidental;
5. não consideração de cotas altimétricas no dimensionamento da bomba de incêndio;
6. não localização de hidrantes próximos às portas, sendo que em alguns casos teria uma
pessoa que passar pelo incêndio para chegar até um hidrante que se supôs utilizar para combater o
mesmo.

 Saídas de emergência - NBR 9077/93:

1. inexistência de captação de ar externo para o duto de entrada de ar - erroneamente sai


diretamente do térreo, na laje e em local fechado. Deve haver prolongamento na mesma área ou
maior até o exterior do prédio de forma a aspirar ar puro que possa subir até os locais desejados;
2. falta de corrimãos em ambos os lados das escadas;
3. arco de abertura da porta corta-fogo secando a curvatura da escada, sendo que no
máximo pode tangenciar a mesma;
4. a descarga de todos os pavimentos no pavimento térreo deve ser isolada da descida até
os pavimentos mais baixos a fim de evitar a descida até eles e permitir que mais rapidamente se
alcance local seguro;

25
5. todas as portas de acesso às escadas de segurança devem ser do tipo corta-fogo, que
devem abrir no sentido da saída dos ocupantes;
6. projeto de passagem de instalações elétricas, hidráulicas, dutos de lixo, gás combustível
nas paredes da escada ou até mesmo dentro delas; as únicas permitidas são as instalações elétricas
da própria escada;
7. falta de barras antipânico nas portas de emergência de locais de reunião como cinemas,
teatros, casas de espetáculos, salões de baile, danceterias, “karaoke” etc;
8. falta de dimensionamento da largura e caminhamento para as portas de saída de acordo
com o cálculo da população máxima possível do local.

 Extintores portáteis e sobre-rodas (NBR 12692, 12693):

1. não previsão para riscos especiais como caldeiras, cabinas elétricas, casas de máquinas
de elevadores, depósitos de gás combustível que deverão possuir aparelhos adequados e exclusivos
para eles;
2. não previsão de tipos diferentes em um mesmo piso, de forma a atender princípios de
incêndio em materiais diversos;
3. normalmente quando é exigido o extintor sobre-rodas (carretas) instala-se apenas um;
sendo que deverão ser projetados atendendo à classe de material que vai queimar, caminhamento,
área de cobertura e atendimento exclusivamente no piso em que se encontram.

Irregularidades mais freqüentes na execução de uma edificação

 Pára-raios

PÁRA-RAIOS – Equipamento condutor de descargas elétricas

1. A não existência, por retirada;


2. Pára-raios tipo radioativo (uso proscrito);
3. Pára-raios sem aterramento;
4. Pára-raios que não cobre a área a ser protegida;
5. Falta lâmpada “pilot”; e
6. Lâmpada “pilot” em altura indevida a mais ou a menos.

 Reserva Técnica de Incêndio (RTI)

Reserva de Incêndio – Quantidade de água reservada especialmente para combate a incêndios.


Reservatório – Local destinado a armazenamento de água que irá alimentar a instalação hidráulica
de proteção contra incêndio.

1. Não foi possível observar a RTI;


2. Não possui a RTI; e
3. Fora retirada a RTI.

 Barrilete do Preventivo de Incêndio

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Barrilete de Incêndio – Canalização com a função de conduzir a água do reservatório de incêndio à
prumada de incêndio.
1. Canalização construída em PVC;
2. Canalização sem pintura;
3. Registros e válvulas pintadas em vermelho;
4. Registros mantidos fechados; e
5. Registros empenados.

 Bomba de Incêndio

Bomba de Incêndio – Aparelho hidráulico especial, destinado a recalcar água no sistema de


hidrantes.

1. Não instalada a sirene;


2. Bomba com potência inferior a prevista no projeto;
3. Bomba não instalada;
4. Bomba com saída de 36mm
5. Não instalado o retorno para a caixa para o teste da Bomba conforme fora projetado;
6. Não possui By-Pass;
7. Não possui válvula de retenção;
8. Válvula de fluxo em pane;
9. Botoeira de ativação da bomba instalada apenas no corpo da bomba;
10. Chave de ativação ( botoeira ) indevida; e
11. Botoeira de ativação em números de hidrantes inferior ao projetado.

 Hidrantes de Parede ( HP )

Hidrante – Ponto de tomada de água provido de dispositivo de manobra (registro) e união de engate
rápido.

1. Faltam:

 Registro de ângulo;
 Mangueira;
 Esguicho;
 Porta;
 Maçaneta;
 Indicação; e
 Vidro.

1. Obstruídos:

 Com materiais inservíveis em seu interior;

27
2. Junta Storz do Registro de Ângulo (RA) sem retentor;
3. Junta Storz do RA amassada;
4. Mangueira sem Junta Storz;
5. Junta Storz da mangueira amassada;
6. Junta Storz sem retentor;
7. Mangueiras com lances de 30m;
8. Mangueiras com lances aquém;
9. Mangueiras ressecadas;
10. Esguicho sem acessórios;
11. Porta do HP emperrada;
12. Porta do HP empenada;
13. Porta do HP pintada em cor não regulamentada;
14. Visor do HP sem vidro; e
15. Visor do HP com vidro tipo não regulamentado.

 Prumada de Incêndio

Prumada de Incêndio – Canalização em que leva a água da Reserva de incêndio aos Hidrantes
1. Não possui prumada de incêndio;
2. Prumada executada em canalização de esgoto (PVC); e
3. Prumada com vazamento nas juntas.

 Extintores

Extintores – Equipamento utilizado para combater princípios de incêndios

Instalados fora do local projetado;

1. Descarregados;
2. Não instalados;
3. Carga não condizente com o risco;
4. Sem o selo da INMETRO;
5. Carga vencida;
6. Instalados em altura não prevista em projeto ou fora da altura média do pavimento;
7. Acesso obstruído; e
8. Unidade extintora aquém do previsto.

 Porta Corta-Fogo (PCF)

Porta Corta-Fogo (PCF) – Portas com isolantes térmicos utilizadas para isolar ambientes facilitando
a fuga.
1. Fora da especificação projetada;
2. Obstruída;
3. Emperrada;

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4. Não se mantém fechada;
5. Com trava, tranca ou cadeado;
6. Com sentido de abertura invertida;

 Sinalizações

Sinalização – Meios utilizados para indicar aos ocupantes de uma edificação, as rotas de fuga e a
posição dos equipamentos, de combate a incêndios.

1. Falta sinalizações; e
2. Sinalização indevida.

 Escada

Escada – Equipamento utilizado para sair da edificação em caso de sinistro.


Construída em material não especificado;

1. Construída em largura inferior;


2. Sem corrimão;
3. Com corrimão em apenas um dos lados;
4. Com corrimão fora da especificação com relação ao afastamento de parede acabada e
extremidades oferecendo risco;
5. Com o coeficiente de atrito do piso menor que o regulamentar;
6. Sem iluminação natural contrariando o projeto;
7. Veneziana de iluminação natural fora da especificação quanto ao:

 Vidro, altura e localização.

 Iluminação de Emergência

Iluminação de Emergência – Aquela que tem finalidade de auxiliar a evacuação da edificação sempre
que necessário, devendo entrar em funcionamento automático, sempre que houver interrupção do suprimento
de energia elétrica.

1. Fora da especificada em projeto;


2. fora de funcionamento;
3. Instalada em altura indevida;
4. Com fator de claridade variável, devido aos lanços; e
5. Faltando lâmpadas.

29
Alarme

Alarme – Dispositivo sonoro para indicar anormalidades.

1. Em pane;
2. Desligado; e
3. Fora da especificação projetada.

 Antecâmara

Antecâmara – Dispositivo utilizado para isolamento da escada da fumaça nos pavimentos.

1. Sem veneziana de proteção;


2. Com veneziana instalada invertida; e
3. Abaixo do alinhamento do forro.

 Duto de Ventilação

Duto de Ventilação – Fosso instalado para fazer a exaustão da ante câmara.

1. Usado também como fosso de prumada elétrica e/ou hidro-sanitária;


2. Com seu terminal obstruído.

 Hidrante de Passeio

1. Fora das dimensões;


2. Sem dreno;
3. Com o tampão abrindo em sentido invertido;
4. Sem Junta Storz;
5. Com entulho;
6. Com vazamento em sua parte hidráulica;
7. Com tampão emperrado; e
8. Não sinalizado.

 Central de GLP

1. Instalada fora do que prescreve o projeto;


2. Não possui central;
3. Galeria de águas pluviais instaladas fora dos padrões quanto ao afastamento;
4. Lâmpadas fora do padrão de segurança;
5. Agentes que emitem faíscas instalados fora dos da distância regulamentar;
6. Central utilizada como depósito de materiais;

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7. Central com outro material combustível se não o especificado;
8. Sem placas de sinalização;
9. Construída na projeção do prédio;
10. Sem os afastamentos devidos.

Anotações Importantes:

31
UNIDADE 6
FATORES DE CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS

Equipamentos

Classificam-se os sistemas e equipamentos como:

 Proteção Estrutural:
 compartimentação horizontal;
 compartimentação vertical;

 Meios de Fuga:
 escada de segurança;
 iluminação de emergência;
 elevador de segurança.

 Meios de Alerta:
 detecção automática;
 alarme manual contra incêndios;
 sinalização.

Meios de combate a incêndios:

 extintores portáteis;
 extintores sobre rodas (ou carretas); instalações fixas, semifixas, portáteis,
automáticas e/ou sob comando, compreendendo:
 hidrantes;
 chuveiros automáticos (sprinklers);
 espuma mecânica;
 nebulizadores, canhões monitores e/ou esguichos reguláveis;
 sistema fixo de gases.

Exigências complementares possíveis

 pessoal treinado no uso dos equipamentos;


 instalação de hidrantes públicos de coluna em loteamentos;
 análise de locais de diversões públicas e reuniões públicas;
 credenciamento pelo Corpo de Bombeiros para empresas do ramo de fabricação, inspeção e
recarga de extintores de incêndio;
 atribui Poder de Polícia ao Corpo de Bombeiros para fiscalização das edificações;

32
 “Comissão Executiva de Segurança” para examinar, aprovar, vistoriar e interditar prédios antigos,
com vistas à proteção contra incêndios.

Estruturas metálicas

Em 1994 foi publicada uma Instrução Técnica (IT) que trata do revestimento de estruturas metálicas
para retardar a elevação de temperatura de forma a não atingir por volta de 550 graus Centígrados, quando
perdem por volta de 50% da resistência mecânica.
Isto causou uma revolução no sistema e houve grande movimentação nacional porque para melhorar a
segurança foi necessário elevar os custos.
Em 1999, a IT foi revisados, alterado o nome e a destinação a todas as estruturas, independentemente
do tipo de material, como concreto armado, protendido, alvenaria estrutural, metálica e madeira, isto é,
qualquer edificação abrangida pelo regulamento deve possuir um tempo mínimo de resistência ao calor,
conforme o tipo de ocupação, área ou altura.
Instalações de Armazenamento de Gás Liquefeito de Petróleo
Está sendo adotada a Portaria 27, de 16 de setembro de 1996 do Departamento Nacional de
Combustíveis
Ela estabelece condições mínimas de segurança das instalações de armazenamento de recipientes
transportáveis de gás liquefeito de petróleo destinados à comercialização.
Para instalações de armazenamento em tanques estacionários, deve servir de base o Decreto Estadual
38069/93 e a NBR 13523.
Para tanque industriais, o CB-9 : Comitê Brasileiro de Combustíveis, da ABNT está preparando norma
específica. Pode ser seguida a NFPA 58.
Para instalações internas prediais foi publicada recentemente a NBR 13932 de Projeto e Instalação de
Gás Liquefeito de Petróleo.

Manutenção de equipamentos

Os materiais utilizados nas instalações deverão ser testados, aprovados e instalados conforme ABNT,
INMETRO, IPT ou demais organismos capacitados para certificação.
Na falta das normas deverão ser atendidas as recomendações dos fabricantes.

Profissionais habilitados

Os projetos de proteção contra incêndios deverão ser elaboradas e assinadas por profissionais
habilitados e com registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura.
A Resolução Federal No. 218 de 29 de junho de 1973 especifica as competências para cada
profissional envolvido para a elaboração do projeto e para a sua execução.

Causas comuns de incêndios

33
Natural

Combustão espontânea - é todo processo pelo qual os corpos se inflamam sem o concurso de chama
ou agente ígneo, e ocorrem por processos químicos e físicos.
Processos químicos - ocorrem pela absorção de oxigênio e a decomposição orgânica;
Processos físicos - ocorrem pela acumulação de calor de forma a ultrapassar o grau de ignição do
corpo.

Agentes externos naturais

Ocorrem sem a influencia humana.


Ex.: raio, as erupções vulcânicas, as enchentes, os terremotos, a luz solar, o frio intenso (como o
causador de explosões de dinamite), infiltrações de águas ou às vezes de arenitos.

Agentes externos acidentais

Ocorrem com a influencia humana.


Os maiores causadores são: as colisões, os acidentes de laboratórios, o atrito, os acidentes elétricos.

Acidental culposa

CULPOSA POR IMPERÍCIA - podemos citar os incêndios causados por falta de habilidade,
desconhecimento de causas na sua execução;
CULPOSA POR IMPRUDÊNCIA - podemos citar os incêndios causados por falta de cuidado no
desempenho da função ou serviço;
CULPOSA POR NEGLIGÊNCIA - são os incêndios causados por omissão, desleixo, desmazelo e
descuido no cumprimento das obrigações e deveres de segurança;

Proposital - dolosa

DOLOSA POR AÇÃO CRIMINOSA - são os incêndios causados por pessoas visando lucros, ou
para encobrir outros crimes ou ainda por ações de vingança.
DOLOSA POR AÇÃO MORBIDA - são os incêndios causados por pessoas com desvios emocionais
(incendiários).

34
Causas mais comuns de incêndios

1. Sobrecarga nas instalações elétricas;


2. Falta de conservação dos motores elétricos;
3. Falta de atenção com os aparelhos elétricos,
4. Improvisação nas instalações elétricas (gambiarras ou tomadas sobrepostas como benjamins ou
tez);
5. Superaquecimento de aquecedores elétricos;
6. Vazamento de gás (na botija, no fogão ou nos aquecedores);
7. Excesso de fuligens nas chaminés e incinerados de lixo;
8. Fagulhas de diversas origens;
9. Fósforos acesos atirado a esmo;
10. Pontas de cigarros atirado a esmo;
11. Balões de festas juninas;
12. Fogos de artifícios;
13. Extravasamentos de líquidos inflamáveis;
14. Mancais superaquecidos por falta de manutenção;
15. Tubos de vapores (condutores) avariados por falta de conservação;
16. Lâmpadas de iluminação de santos;
17. Velas de parafinas para iluminação de quadros e outros fins;
18. Explosões de lampiões por reversão de chamas;
19. Colisão de veículos, pelas conseqüências causadas às instalações elétricas e ao combustível;
20. Cera para assoalho quando dissolvida;
21. Trapos embevecidos em óleos ou graxas abandonados em locais indevidos;
22. Materiais diversos amontoados em local inadequado;
23. Armazenamento indevido de materiais.

Anotações Importantes:

35
UNIDADE 7
CONTROLE DE PÂNICO

Plano de escape

 Conceito
 Objetivo
 Brigadas de Incêndio
 Como elaborar um Plano de Escape (P.E.)
 Como planejar o Treinamento do Plano de Escape (P.E.)
 Execução do Plano de Escape (P.E.)

Conceito

Tem o objetivo de traçar um comportamento padrão para organização da evacuação de prédios, com
medidas preliminares de planejamento e execução.

Objetivo

Conscientizar os ocupantes de um prédio no sentido de possuírem conhecimentos básicos de escape,


iniciativas ordenadas e preestabelecidas.

Brigadas de incêndio

Seus integrantes tem como função prioritária eliminar princípios de incêndios, bem como verificar
condições inseguras, com risco de incêndio ou explosão. Deve haver esquematizado um sistema de controle
que proporcione rápida comunicação e correspondente tomada de providência.
O grupo deverá ser constituído de elementos dos diversos setores, particularmente da área de
manutenção e de supervisão. Não se recomenda a participação de vigias ou porteiros nesses grupos, embora o
treinamento siga os mesmos princípios.

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Esse treinamento engloba o isolamento de área, uso de extintores, uso do sistema de hidrantes e
sprinklers, conhecimentos das instalações e diferentes tipos de riscos.
As diferentes áreas da Edificação devem possuir grupos especialmente formados, com diversos
níveis de autoridade plenamente conhecidos pelos integrantes, ficando a tomada de decisões em caso de
ausência de algum elemento.
O desconhecimento dos encaminhamentos de saída existentes é a causa principal do surgimento de
pânico quando do aviso de incêndio. Portanto, é imprescindível que se estabeleça um programa de abandono
das instalações, com elementos convenientemente escolhido que supervisionarão os treinamentos periódicos.
Desse modo, nos casos emergênciais que requeiram saída imediata e ordeira do ambiente de trabalho,
o alarme será encarado normalmente, desenvolvendo-se o abandono do local seguindo as normas pré-
estabelecidas.
Todo setor da fábrica deverá possuir caixa de primeiros socorros com material adequado, e pessoal
convenientemente treinado.
Um treinamento constante deverá ser dado a todo o elemento da empresa, ensinado-o a:

a) Saber localizar, de imediato, o equipamento de combate ao fogo;


b) Se utilizar um aparelho extintor;
c) Engatar mangueiras;
d) Fechar uma rede de “sprinklers”.

Para se prevenir os incêndios:

 Evitar fumar 30 minutos antes do final do trabalho.


 Não use cestos de lixo como cinzeiros.
 Não jogue pontas de cigarro pela janela, nem as deixe sobre armários, mesas, prateleiras, etc.
 Respeite as proibições de fumar e acender fósforos em locais sinalizados.
 Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados.
 Coloque os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados.
 Mantenha desobstruídas as áreas de escape e não deixe, mesmo que provisoriamente, materiais
nas escadas e nos corredores.
 Não deixe os equipamentos elétricos ligados após sua utilização, desconecte-os da tomada.
 Não cubra fios elétricos com o tapete.
 Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades mínimas, armazenando-os sempre na
posição vertical e na embalagem original.
 Não utilize chama ou aparelho de solda perto de materiais inflamáveis.
 Não improvise instalações elétricas, nem efetue consertos em tomadas e interruptores sem que
esteja familiarizado com isso.
 Não sobrecarregue as instalações elétricas com a utilização do plugue T (benjamim).
 Verifique, antes de sair do trabalho, se os equipamentos elétricos estão desligados.
 Observe as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou explosivos.
 Mantenha os materiais inflamáveis em locais resguardados e à prova de fogo.
 Portas corta-fogo

Devem fechar completamente.

37
 Não devem estar trancadas ou obstruídas.
 Não devem ter calços para impedir seu fechamento.

Em caso de incêndio:

 O abandono do edifício deve ser feito pelas escadas de Saída de Emergência, com calma,
sem afobamentos.
 Nunca use o elevador para sair de um prédio onde há um incêndio.
 Se um incêndio ocorrer em seu escritório ou apartamento, saia imediatamente. Muitas pessoas
morrem por não acreditarem que um incêndio pode se alastrar com rapidez.
 Se você ficar preso em meio à fumaça, respire pelo nariz, em rápidas inalações. Se possível,
molhe um lenço e utilize-o como máscara improvisada. Procure rastejar para a saída, pois o ar
é sempre melhor junto ao chão.
 Use as escadas - nunca o elevador. Um incêndio razoável pode determinar o corte de energia
para os elevadores. Feche todas as portas que ficarem atrás de você, assim retardará a
propagação do fogo.
 Se você ficar preso em uma sala cheia de fumaça, fique junto ao piso, onde o ar é sempre
melhor. Se possível, fique perto de uma janela, de onde poderá chamar por socorro.
 Toque a porta com sua mão. Se estiver quente, não abra. Se estiver fria, faça este teste: abra
vagarosamente e fique atrás da porta. Se sentir calor ou pressão vindo através da abertura,
mantenha-a fechada.
 Se você não puder sair, mantenha-se atrás de uma porta fechada. Qualquer porta serve como
couraça. Procure um lugar perto de janelas, e abra-as em cima e embaixo. Calor e fumaça
devem sair por cima. Você poderá respirar pela abertura inferior.
 Procure conhecer o equipamento de combate a incêndio para utilizá-lo com eficiência em caso
de emergência.
 Um prédio pode lhe dar várias opções de salvamento. Conheça-as previamente. NÃO salte do
prédio. Muitas pessoas morrem sem imaginar que o socorro pode chegar em poucos minutos.
 Se houver pânico na saída principal, mantenha-se afastado da multidão. Procure outra saída.
Uma vez que você tenha conseguido escapar, NÃO RETORNE. Chame o Corpo de Bombeiros
imediatamente.

Ao constatar um princípio de incêndio, ligue imediatamente para a Equipe de Emergência para


Combate a Incêndios e Controle de Pânico (ECICP).
Os exercícios podem ser realizados em empresas com população fixa, semifixa, flutuante e especiais.

Formula para se calcular o tempo médio da evacuação:

 Unidade de largura - 0.60m.


 Velocidade de circulação - MESMO NÍVEL - 0.60m/seg.
 Velocidade de circulação - ESCADA - 0.45m/seg.
 Coeficiente de circulação - 1.3 pessoas/m.seg.

O tempo de evacuação pode ser calculado a partir da seguinte fórmula:

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Tev = P : (LE . CE) + CH : V

Onde:

P = Nº de pessoas no edifício;
LE = Largura de saídas e escadas (metros);
V = Velocidade de circulação;
CH = Comprimento horizontal das passagens;
CE = Coeficiente de circulação;.
Como elaborar um plano de escape (P.E.)

Ao fazer um levantamento 'In loco' de todos compartimentos que consta do seguinte:

1. Verificar o número de ocupantes de cada sala;


2. Calcular a distância a ser percorrida por uma pessoa situada no local mais distante, em relação à via
de escape;
3. O tempo médio de deslocamento da pessoa, andando a passos largos;
4. Número de deficientes físicos;
5. Tempo para conduzir os deficientes físicos;
6. Sentido das saídas;
7. Tempo gasto para toda a evacuação;
8. Tipos de saídas;
9. Sinalização de saídas;
10. Alarme de incêndio;
11. Alcance dos equipamentos de resgate do CBMMT.

Como planejar o treinamento do plano de escape (P.E.)

1. Após os levantamentos dos cômodos, deverá ser feita a divisão das tarefa, tanto em caráter
individual, como coletiva;
2. O chefe da brigada deverá reproduzir o plano em gráficos ou murais;
3. Deverá ainda prever, no mínimo, duas situações de incêndios simulados:

 Um incêndio na área mais distante da via de escape;


 Um incêndio na área mais próxima da via de escape;

4. Incluir no plano situações que dificultem o escape.


5. Reunir os ocupantes dos cômodos para expor a forma de como será desenvolvida a operação;
6. Orientar os ocupantes de como deverão deslocar-se;
7. Orientar os ocupantes para se comportarem como se a situação fosse real.

Execução do plano de escape (P.E.)

Podemos distinguir, para que haja uma boa prevenção, dois aspectos fundamentais:

39
1.Um plano de combate a incêndio;

Ao elaborar uma planificação que possibilite um eficaz combate a incêndios três pontos básicos devem
ser observados:

 A criação de grupos responsáveis pelo combate às chamas;


 A criação de grupos responsáveis pelo abandono de local em condições seguras;
 A criação de grupos responsáveis pelo atendimento de primeiros socorros.

2.Um plano de evasão de pessoas (escape).

A brigada de combate a incêndio deverá assegurar-se de que os setores conheçam:

 O alarme de evasão;
 A saída principal e possíveis alternativas;
 Os possíveis caminhos para fuga; e
 Oque fazer durante e após a evasão.
A evasão deve ser rápida e ordenada e as pessoas devem prosseguir andando a passos rápidos e
nunca correndo.

Anotações Importantes:

40
41
UNIDADE 8
FORMAÇÃO DA BRIGADA DE INCÊNDIO

1. OBJETIVO

Esta norma estabelece as condições mínimas para a elaboração de um programa de brigada de incêndio,
visando proteger a vida e o patrimônio, bem como reduzir as conseqüências sociais do sinistro e dos danos
ao meio ambiente.

2. DEFINIÇÕES

Para efeito desta norma aplicam-se as seguintes definições:

2.1. Bombeiro Profissional Civil: Pessoa que presta serviço de atendimento de emergência para
uma empresa.

2.2. Brigada de Incêndio: Grupo organizado de pessoas voluntárias ou não, treinadas e capacitadas
para atuar na prevenção, abandono e combate à um princípio de incêndio e prestar os primeiros socorros
dentro de uma área preestabelecida.

2.3. Combate a Incêndio: Conjunto de ações táticas destinadas a extinguir ou isolar o incêndio com
o uso de equipamentos manuais ou automáticos.

2.4. Emergência: Sinistro ou risco iminente que requeira ações imediatas.

2.5. Exercício Simulado: Exercício prático realizado periodicamente para manter a brigada e os
ocupantes das edificações em condições de enfrentar uma situação real de emergência.

2.6. Exercício Simulado Parcial: Exercício simulado abrangendo apenas uma parte da planta,
respeitando-se os turnos de trabalho.

2.7. Plano de Segurança Contra Incêndio: Conjunto de ações e recursos internos e externos, no
local, que permite controlar a situação de incêndio.

2.8. População Fixa: Aquela que permanece regularmente na edificação, considerando-se os turnos
de trabalho e a natureza da ocupação, bem como os terceiros nesta condição.

2.9. População Flutuante: Aquela que não se enquadra no item de população fixa. Será sempre
considerada pelo pico.

2.10. Prevenção de Incêndio: Uma série de medidas destinadas a evitar o aparecimento de um


princípio de incêndio ou, no caso dele ocorrer, permitir combatê-lo prontamente para evitar sua
propagação.

2.11. Risco: Possibilidade de perda material ou humana.

2.12. Risco Iminente: Risco com ameaça de ocorrer brevemente e que requer ação imediata.

42
2.13. Profissional Habilitado: Profissional com formação em Higiene, Segurança e Medicina do
Trabalho, devidamente registrado nos Conselhos Regionais competentes ou no Ministério do Trabalho,
os Militares das Forças Armadas, das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, com o 2 O
grau completo e que possuam especialização em Prevenção e Combate à Incêndios (carga mínima de 60
hs) ou Técnicas de Emergências Medica (carga mínima de 40 hs), conforme a sua área de
especialização.

2.14. Sinistro: Ocorrência de prejuízo ou dano, causado por incêndio ou acidente em algum bem.

3. PRINCÍPIOS BÁSICOS

3.1. Composição da brigada

3.1.1. A brigada de incêndio deve ser composta levando-se em conta a população fixa e o
percentual de cálculo que é obtido tomando-se por base a classe e a subclasse da planta, conforme a
NBR 14276:

UNIDADE SINOP

(10 X 50%) + {(NO da população fixa – 10) X 7%}

Exemplo:

(10 X 50%) +{ (250 – 10) X 7%} = 5 + {240 X 7%} = 5 + 16,8 = 21,8 = 22 Brigadistas

UNIDADE SORRISO

(10 X 50%) + {(NO da população fixa – 10) X 20%}

Exemplo:

(10 X 50%) +{ (90 – 10) X 20%} = 5 + {80 X 20%} = 5 + 16 = 21 Brigadistas

3.1.2. A composição da brigada de incêndio deve levar em conta a participação de pessoas de


todos os setores.

3.1.3. No caso da segurança patrimonial, estes devem participar como colaboradores, no programa
de brigada de incêndio, porém não podem ser computados para efeito do cálculo da composição da
brigada, devido às suas funções específicas.

3.2. Critérios Básicos para Seleção de Candidatos a Brigadistas

Os candidatos a brigadistas devem atender os seguintes critérios básicos:

a- permanecer na unidade

b- possuir experiência anterior como brigadista

c- possuir robustez física e boa saúde

d- ter responsabilidade legal

43
e- ser alfabetizado

3.3. Organização

3.3.1. Brigada de Incêndio

a- Coordenador de Emergências
Responsável geral por todas as equipes de brigadistas e pelas edificações que componham a planta da
unidade.

b- Chefe de Brigada
Responsável por uma edificação com mais de um pavimento/compartimento. É escolhido entre os
brigadistas

c- Líder
Responsável pela coordenação, execução das ações de emergência em sua área de atuação,
pavimento/compartimentação. É escolhido entre os brigadistas.

d- Brigadista
Membro da brigada que executa as atribuições

3.3.2. Organograma da Brigada de Incêndio

C o o rd e nad o r de E m erg ên cia

C he f e de B riga d a Ch ef e d e Brig ad a

L íd er d e B rig a da Lí de r d e Brig ad a L íd e r de B riga d a L íd er d e B rig a da

B riga d is ta s B rig a dis ta s B rig ad ista s B riga d ista s B riga d ista s B riga dis ta s

3.4. Programa do Curso de Formação de Brigada de Incêndio

3.4.1. O curso de formação da brigada de incêndio deverá possuir carga horária mínima de 16 hs.
O curso deverá enfocar principalmente os riscos inerentes à classe de ocupação da unidade.

3.4.2. A periodicidade do treinamento deve ser de no máximo 12 meses, ou quando houver


alteração de 50% dos membros.

3.4.3. Aos componentes da brigada que já tiverem freqüentado curso anterior, num período
inferior a um ano, será facultada a parte teórica, desde que o brigadista seja aprovado em pré avaliação
com 70% (setenta por cento) de aproveitamento.

3.4.4. Aqueles que concluírem o curso com aproveitamento mínimo de 70% (setenta por cento) na
avaliação teórica e prática, receberão o Certificado de Brigadista, expedido por profissional habilitado,
com validade de um ano.

Nos certificados dos brigadistas devem constar os seguintes dados:

44
a- Nome completo do treinando com Registro Geral (RG);
b- Carga horária;
c- Período de treinamento;
d- Nome, habilitação e registro do instrutor;
e- Citar que o certificado esta em conformidade com a NBR 14276

3.5. Atribuições da Brigada de Incêndio

3.5.1. Ações de Prevenção


a- Avaliação dos riscos existentes
b- Inspeção geral dos equipamentos de combate a incêndios
c- Inspeção geral das rotas de fuga
d- Elaboração de relatórios de irregularidades encontradas
e- Encaminhamento do relatório aos setores competentes
f- Orientação à população fixa e flutuante.
g- Exercícios simulados

3.5.2. Ações de Emergência


a- Identificação da situação
b- Alarme/abandono de área
c- Corte de energia
d- Acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa
e- Primeiros socorros
f- Combate a princípios de incêndio
g- Recepção e orientação do Corpo de Bombeiros.

3.6. Procedimentos Básicos de Emergência

3.6.1. Alerta
Identificada uma situação de emergência, qualquer pessoa pode alertar através dos meios de
comunicações existentes na unidade, os brigadistas, a segurança do trabalho e a segurança patrimonial.

3.6.2. Análise da Situação


Após o alerta a brigada deve analisar a situação desde o início até o final do sinistro e desencadear os
procedimentos necessários que podem ser priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo com o
número de brigadistas e os recursos disponíveis no local.

3.6.3. Primeiros Socorros


Prestar os primeiros socorros às possíveis vítimas, mantendo ou restabelecendo suas funções vitais
com SBV (Suporte Básico da Vida) ou RCP (Ressuscitação Cardio Pulmonar), até que se obtenha
socorro especializado.

3.6.4. Corte de Energia


Cortar, quando possível ou necessário, a energia elétrica dos equipamentos da área em geral.

3.6.5. Abandono de Área


Proceder ao abandono da área, parcial ou total, quando necessário, conforme comunicação pré
estabelecida, removendo para local seguro, à uma distância de no mínimo 100 (cem) metros do local
do sinistro, permanecendo até a definição geral.

3.6.6. Confinamento do Sinistro


Evitar a propagação do sinistro e suas conseqüências.

3.6.7. Isolamento da Área

45
Isolar fisicamente a área sinistrada, de modo a garantir os trabalhos de emergência e evitar que pessoas
não autorizadas adentrem ao local.

3.6.8. Extinção
Eliminar o sinistro restabelecendo a normalidade.

3.6.9. Investigação
Levantar as possíveis causas do sinistro e suas conseqüências e emitir relatório para discussão em
reunião extraordinária, com o objetivo de propor medidas corretivas para se evitar a repetição da
ocorrência.

NOTA: Com a chegada do órgão oficial competente a brigada de incêndio deve ficar à sua
disposição.

3.7. Controle do Programa de Brigada de Incêndio

3.7.1. Reuniões Ordinárias


Devem ser reuniões bimestrais, com registro em ata, onde serão discutidos os seguintes assuntos:

a) funções de cada membro da brigada dentro do plano;


b) condições de uso dos equipamentos de combate a incêndio
c) apresentação de problemas relacionados a prevenção de incêndios encontrados nas
inspeções para que sejam feitas propostas corretivas;
d) atualização das técnicas e táticas de combate a incêndios;
e) alteração ou mudança do efetivo da abrigada;
f) outros assuntos de interesse.

3.7.2. Reuniões Extraordinárias


Após a ocorrência de um sinistro ou quando identificada uma situação de risco iminente, deverá ser
realizada uma reunião extraordinária para discussão e adoção de providências à serem tomadas.
As decisões tomadas serão registradas em ata e enviadas às áreas competentes para as devidas
providências.

3.7.3. Exercícios Simulados


Devem ser realizados exercícios simulados, parciais e completos, na planta geral ou local de trabalho
com a participação de toda a população, no período máximo de três meses para exercícios parciais e seis
meses para simulados completos.
Imediatamente após o simulado, deverá ser realizada uma reunião extraordinária para avaliação e
correção das falhas ocorridas.
Deve ser elaborada ata na qual conste:
a) Horário do evento;
b) Tempo gasto no abandono;
c) Tempo gasto no retorno;
d) Tempo gasto no atendimento de primeiros socorros;
e) Atuação da brigada;
f) Comportamento da população;
g) Falhas de equipamentos;
h) Falhas operacionais;

4. PROCEDIMENTOS COMPLEMENTARES

4.1. Identificação da Brigada

46
4.1.1. Deve ser afixado em local visível e de grande circulação, quadro de aviso ou similar,
assinalando a existência da brigada de incêndio e indicando seus integrantes, com suas respectivas
localizações

4.1.2. O brigadista deve utilizar constantemente em lugar visível um botton ou crachá, que o
identifique como membro da brigada.

4.1.3. No caso de uma situação real ou simulado de emergência, o brigadista deverá usar, além do
botton ou crachá, um colete ou capacete para facilitar a sua identificação e auxiliar na sua atuação.

4.2. Comunicação Interna e Externa

4.2.1. Nas plantas em que houver mais de um pavimento, setor, bloco ou edificação, deve ser
estabelecido previamente um sistema de comunicação entre os brigadistas, a fim de facilitar as
operações durante a ocorrência de uma situação real ou simulado de emergência.

4.2.2. Esta comunicação poderá ser feita através de telefone, quadros sinópticos, interfones,
sistema de alarme, rádios, alto falantes, sistema de som interno, etc..

4.2.3. Caso seja necessário a comunicação com meios externos (Corpo de Bombeiros ou Plano de
Auxílio Mútuo), a telefonista ou operador de rádio é a(o) responsável por ela. Para tanto faz-se
necessário que essa pessoa seja devidamente treinada e que esteja instalada em local seguro e estratégico
para o abandono.

4.3. Ordem de abandono

O responsável máximo da brigada de incêndio (Coordenador de Emergência, Chefe da Brigada ou Líder),


conforme o caso, determina o início do abandono, devendo priorizar o(s) local(is) sinistrado(s), o(s)
pavimento(s) superior(es) a este(s), o(s) setor(es) próximo(s) e o(s) local(is) de maior risco.

4.4. Ponto de Encontro


Deve ser previsto um ou mais pontos de encontro dos brigadistas, para distribuição das tarefas.

4.5. Grupo de Apoio


O grupo de apoio será formado com o pessoal da segurança patrimonial, de eletricistas, de encanadores,
telefonista e técnicos especializados na natureza da ocupação.

47
ANEXO 1
MODELO DE MEMORIAL DESCRITIVO

MEMORIAL
DESCRITIVO

Projeto de Combate a Incêndio

48
O presente projeto refere-se à obra Comercial, cujo proprietário, localizado na Avenida XXXX, SINOP - MT.

A área é constituída por 04 (quatro) Blocos, fazendo-se a consideração de compartimentaçao:


Bloco 01: Com compartimentaçao interna por paredes Corta-Fogo e Porta Corta-Fogo, resistentes à no
mínimo 06 horas, que dividem o Bloco em duas e grandes partes, uma que é a Cura dos Blocos de
Espuma (1590.41m²), e Outra onde se faz o processo de Corte e Montagem dos blocos de Espuma
(2402.07m²), alem deste contemplam neste bloco a Expedição (821,41m²) e Colchoaria (714,43m²).
Dentro dessas duas áreas, ainda temos outras duas que também são compartimentadas e separadas por
paredes e portas Corta-Fogo, que são a Espumação (232,56m²), e a Área das Maquinas Bordadeiras
(218,18m²).
Bloco 02: Área destinada a setor de administração e Contabilidades (204,60m²).
Bloco 03: Área de Recepção e de Show Room (120,05m²).
Bloco 04: Área que possui uma parte da linha de produção dos colchões, como a preparação de colchões de
mola e colchões de núcleo de madeira (2.843,54m²).
Área a ser contruida: Escritório e Recepção (267,30m²)

Totalizando um total de 10.599,78m² de área construída.

49
CAPÍTULO I - MEMORIAL DESCRITIVO DA CONSTRUÇÃO

0l - LOCAL

Avenida xxxxx, Bairro: XXXXXXX - Várzea Grande – MT

02 - PROPRIETÁRIO

Nome: XXXXXXXXXXXX
CPF. 000.000.000-00 RG 5555555 SSP-MT

03 - AUTOR DO PROJETO DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

Nome: XXXXXXXXXXXXXXXXXX
Endereço: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.

04 - CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO

Indústria de Colchões

05 - CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO E TIPO DE MATERIAIS EMPREGADOS

Estrutura: Vigas e pilares em concreto armado, e Alguns Pilares em Estrutura Metálica.


N.° de pavimentos : 01 (Um)
Divisões internas: Alvenaria e Divisórias de Resíduos de Madeira
Cobertura: Metálica.
Pisos: Cerâmico no escritório e cimentado nos demais
Esquadrias: Metálicas.
Sistema de aquecimento central: inexistente
Distribuição de energia: Rede
Instalações elétricas: Embutidas em eletrodutos.

50
Tabela – Quadro resumo dos componentes do sistema, alarme e controle de incêndio.

Sistema de combate a incêndio Obra: XXXXXXXXXXXXXXXXX Data: 03/10/05


Quadro-resumo da instalação Local: XXXXXXXXXXXXXXXXXXX Folha:01
Pavimento Nº de Dependências Área Extintores Hidrantes Alarme Observação
circuitos m² 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 Bloco 01 5 4 6 20 1 15 1 20 4
1 Bloco 02. - 1 - 1 - - - 1 -
1 Bloco 03 - - - 1 - - - 1 -
Bloco 04 2 - - 8 - 4 1 7 1
1 Área à Ampliar - - - 1 - - - 1 -
TOTAL 7 5 6 31 1 19 2 30 5

LEGENDA
NÚMERO DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO
1 Extintor Manual de Água – 10 L
2 Extintor Manual de CO2 – 6 Kg
3 Extintor Manual de PQS – 12 Kg
4 Extintor Manual de PQS – 06 Kg
5 Hidrante de Passeio
6 Hidrante
7 Central de Alarme
8 Acionador manual de alarme do tipo “QUEBRE O VIDRO”
9 Sirene de alarme

51
CAPÍTULO II – DESCRIÇÃO DO AMBIENTE

Fabrica
LOCAL
ÁREA 10.599,78m2
DESCRIÇÃO Estrutura em pilares de concreto, divisórias de alvenaria.
TSIB1 Colchões – Fabrica, 131-10
CLASSIFICAÇÃO DOS Risco de Classe “C”
RISCOS
CLASSIFICAÇÃO DA 4.1.2. – Edificações com área de construção superior a 3.000m².
EDIFICAÇÃO2
CLASSIFICAÇÃO DE 4.2.2. – Edificações destinadas ao uso industrial, incluindo todas as ocupações com
OCUPAÇÃO3 processo industrial.
MATERIAIS ESPECIFICAÇÃO QUANTIDADE
UTILIZADOS Extintor Manual de Água – 10 L 07
Extintor Manual de PQS – 06 Kg 05
Extintor Manual de PQS – 12 Kg 06
Extintor Manual de CO2 – 6,0 Kg 31
Iluminação de balizamento “SAÍDA DE EMERGÊNCIA” 09
Iluminação de Aclaramento 09
Central de Alarme 02
Acionador manual de alarme do tipo “QUEBRE O VIDRO” 30
Sirene de alarme 05
Hidrante de Passeio 01
Hidrante 19

1
TSIB – Tarifa Seguro Incêndio do Brasil, do Instituto de Resseguro do Brasil (IRB)
2
Em acordo com o Decreto 857, do Corpo de Bombeiros do Estado de Mato Grosso
3
Em acordo com o Decreto 857, do Corpo de Bombeiros do Estado de Mato Grosso

52
CAPÍTULO III – SISTEMA DE HIDRANTES
3.1 – CONSIDERÁÇÕES GERAIS

3.1.1 - Os hidrantes estão distribuídos de tal forma que em qualquer ponto da área protegida possa ser
alcançada com mangueira de 30 metros (02 lances de 15 metros) mais 10 metros do esguicho.

3.1.2 - As vazões necessárias foram calculadas em função do diâmetro dos esguichos empregados de 19mm.

3.1.3 - Os abrigos terão forma paralepipedal em caixa metálica com inscrição da palavra "INCÊNDIO" em
letra vermelha fosforescente, registro angular 63 mm (2 1/2" ).

3.1.4 - O sistema de hidrantes será constituído de 19 (dezenove) pontos, alimentados por uma rede central e
um, no passeio, que servirá como registro de recalque.

3.1 - RESERVATÓRIO

O sistema de hidrantes será abastecido por um reservatório com capacidade de 24.000 L (24 m3), já existente,
capaz de abastecer 04 (quatro) hidrantes com vazão de 200l/min, simultaneamente, por um período de 30
(trinta) minutos. Funcionando com auxílio de uma bomba de 07 cv

3.1.1 – BASE DE CÁLCULOS

3.1.1.1 – CAPACIDADE DO RESERVATÓRIO

V=Qxtxn

Onde:
V = Volume do reservatório, em litros (l) t = tempo necessário
Q = Vazão em l/min n = número de hidrantes simultâneo

logo:

V = 200 x 30 x 4 = 24.000 L (24m3) Mínimo

3.2 - HIDRANTES

Serão utilizados 19 pontos de hidrantes, todos acima da superfície do terreno, sendo utilizadas caixas
metálicas de 0,70m x 0,50m, apoiadas em base de concreto/alvenaria (ver detalhe em planta). As saídas da
tubulação (encaixe com mangotes) deverão estar situados 1,00m acima da superfície do terreno.
Cada ponto de hidrante deverá conter:
- registro de gaveta de 21/2”
- junta de 21/2” para poder ser adaptada à mangueira dos bombeiros
- redução de 21/2” para 11/2” para ser adaptado o mangote de 11/2” a ser manejado pelos usuários
- mangote de 30m de 11/2” , com juntas e esguicho e requinte de 11/2”.
A tubulação será toda em ferro fundido, com diâmetros de 63mm de maneira a assegurar as pressões, vazões
e velocidades exigidas em norma.

53
3.2.1 – CÁLCULO DAS PERDAS DE CARGA (ponto mais desfavorável)

MEMORIAL DE CÁLCULO PARA O SISTEMA DE HIDRANTES


1- HIDRANTES MAIS DESFAVORÁVEIS

Pressão necessária no requinte: H1 =15 m.c.a


Vazão no requinte c/ a pressão necessária: Q = 0,003333 m3/s
Q = 200 L/min

2- PERDAS DE CARGA

A)No hidrante mais desfavorável


Compr. Compr. Compr. Perda Perda
Diâm. Vazão
Trecho Real Equiv. Total Unit. Total OBS
(mm) (L/min)
(m) (m) (m) (m/m) (m.c.a.)

Até HDes 63 200 123,24 43,4 166,64 0,04 6,66

B) Até o ponto mais desfavorável


TABELA MANGUEIRA BOCAL TOTAL
Até HR J = 6,66 J = 12 J = 0,37 J = 19.03

3- DIMENSIONAMENTO DA BOMBA E/OU ALTURA DO RESERVATÓRIO

PERDA DE CARGA 19.03


Hman 15
BOMBA 7 Cv

4- PRESSÕES E VAZÕES FINAIS

a) No Hidrante mais desfavorável – HDes

Pressão residual HD=15,9 m.c.a


Vazão real no requinte: Q = 0,0036 m3/s
Q = 213,5 L/min

FÓRMULAS
1- VAZÃO EM BOCAIS CÔNICOS (AGULHETA)
Q = CdS  2gh (J.M. Azevedo Neto)

2- PERDA DE CARGA EM BOCAIS CÔNICOS


Hf =( 1 – 1 ) V²

54
(Cv)² 2g (J.M. Azevedo Neto)

3- PERDA DE CARGA EM MANGUEIRA


Hf = 0,002478 Q² - para mangueira de 38 mm
D⁵

Hf = 0,0021063 Q² - para mangueira de 63 mm


D⁵

Onde:
V = 0,355 C.D. J.,
C- Para aço galvanizado = 125
C- Para ferro fundido = 130
D- Em metros
g = 9,8 m/s² (aceleração da gravidade)
Cv = 0,98 para esguichos agulheta

Considerando-se as características do terreno e das instalações, considerar-se-á o ponto mais desfavorável o


ponto de hidrante denominado como ponto HDes.

3.3 – BOMBA DE RECALQUE

Deverá ser utilizada uma bomba de recalque com capacidade de 7,0 Cv de potência ou imediatamente
superior.
O controle da bomba deverá ser automático e deverá ser regulada para uma pressão de ligação quando
qualquer mangueira é acionada e a pressão decai e o seu desligamento deverá ser manual.
A alimentação do motor da bomba deverá ser feita antes da chave geral do prédio, a fim de que, quando
houver desligamento de energia por ocasião do incêndio, esta continue com tensão da rede elétrica.

3.3.1 – CÁLCULO DA POTÊNCIA DA BOMBA

Considerando-se a necessidade mínima de pressão de 15 m.c.a. na ponta do esguicho e as perdas de carga da


ordem de 19,03 m.c.a., utilizar-se-á, como base de cálculo, a necessidade de pressão de 34,03 m.c.a..
Considerando-se ainda, a necessidade de garantia de pressão mínima, no ponto mais desfavorável de 02
hidrantes funcionando simultaneamente.
Para fins de cálculo, admitiu-se o rendimento do conjunto bomba-motor da ordem de 50%.

3.3.1.1 – BASE DE CÁLCULO

P = 1000 x H x Q
75 x n
onde:

55
P = Potência da bomba em Cv
H = Altura manométrica total, em m.c.a.
Q = vazão em m3/s
n = rendimento da bomba

logo:

P = 1000 x 34,03 X 24 = 6,05 Cv ~ 7,0 Cv


75 x 0,5 x 3600

CAPÍTULO IV – ALARME
As instalações serão dotadas de pontos de detecção de alarme acionados manualmente, utilizando-se de
abrigos, locados, todos, a altura de 1,20m do nível do piso, sendo todos ligados a Central controladora,
localizada no escritório e responsável pelo acionamento do indicador sonoro.
Todas as tubulações e fiações deverão ser subterrâneas ou aéreas, de maneira que sejam impedidas possíveis
impactos mecânicos ou destruição pelo fogo.
Todos os sistemas de alarme deverão ser inclusos dentro do projeto elétrico das
instalações referidas.

4.1. Projeto de Detecção e Alarme

4.1.1.Central de Alarme de Incêndio:

 Deverá estar localizada em lugar de fácil acesso (vide projeto), o local escolhido foi à recepção, a 1,5 m
do piso acabado, e o escritório do Técnico de segurança responsável.
 Tensão e alimentação: 220/127/ vca , em emergência, com transferência automática. Na falta das tensões
externas, o sistema é mantido por bateria interna.
 Freqüência: 60 Hz
 Consumo máximo: 75 w
 Tensão de operação: 24 vcc
 Bateria interna: 24 vcc, chumbo ácido, níquel-cádmio ou similar.
 Face frontal deverá ter as leituras de todas as indicações visuais existentes na mesma.
 Deve possuir meios de indicação dos circuitos de detecção e indicação da respectiva área ou local
afetado.
 Ter quantidade de circuitos de detecção, alarme auxiliares, inclusive previsão de ampliação.
 Deve possuir borne adequado para o aterramento e este deve ser aterrado na estrutura do prédio.

Especificações da Central de Alarme:


As Centrais de Alarme, deverão ser sistemas de indicação, de incêndio que apresentam as
seguintes características:
»» Supervisão de linha na botoeira “QVS” Possui luzes-piloto (leds), correspondentes
aos pavimentos ou setores.
»» Led indicador da condição da bateria.

56
»» Led indicador de “Sirene Desativada”
»» Funcionam na falta ou queda de energia.
»» Utilizam baterias comuns ou livres de manutenção
Funcionamento:
O acionamento de botoeiras ou detectores provocam o disparo da sirene e do “Led”
correspondente ao ponto ou laço.
Para estabelecer o funcionamento normal, deve ser substituído o vidro da botoeira ou inibir
(Reset) o detector que causou o disparo.
CARACTERÍSTICAS:
Mecânicas :
Caixa de ferro tratada, com pintura eletrostática em epóxi na cor cinza.

Dimensões :
Central com até 24 pontos
Comprimento : 205mm
Largura : 134mm
Altura : 205mm
Peso: 5Kg
Controles :
Desativa/Sirene : Uma vez acionado, inibe somente a saída para a sirene, mantendo a
sinalização visual disponível.
Chave Pânico : Aciona a sirene em qualquer condição do sistema
Elétricas :

Baterias : Comuns ou livres de manutenção.


- CSIS 12 - (1 x 12V x 40 Ah)
Tensão de entrada - 110 ou 220V (chave de seleção interna)
Freqüência - 50/60Hz
Consumo máximo - 55W (bateria em carga)
Baixo consumo (bateria em flutuação)

Autonomia da bateria:

Regime de supervisão: 24 horas


Regime de fogo: 2 horas
Proteções :

Fusíveis : Rede : Tipo 20AG (Vidro)


Fusíveis : Bateria : Tipo 3 AG (Vidro)

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Sinalização :

- Led indicador da condição da bateria (carga / flutuação ou uso).


- Led indicador da sirene desativada.
- Led’s correspondentes aos pavimentos ou setores.

Deve facilitar :
A) Utilização de indicadores sonoros e visuais, além de comandos auxiliares.
B) A instalação de tipos diferentes de indicações sonoras, sendo uma para incêndio e
outra para defeito.
C) A instalação de dispositivo de inibição dos indicadores sonoros. '
D) O desligamento do circuito de detecção por meio adequado
deve ser sinalizado.
E) A instalação de dispositivos destinados ao acionamento de toda a indicação sonora,
independente da indicação de fogo ou defeito na central.

Quanto aos instrumentos dispositivos e equipamentos que deve possuir:


A) Indicação sonora e visual de "FOGO" .
B) Indicação sonora e visual de "DEFEITO" para cada circuito de detecção.
C) Indicação sonora e visual de "DEFEITO GERAL" para cada circuito de detecção.
D) Indicação sonora e visual geral de "FUGA A TERRA". '
E) Indicação de inibição do indicador sonoro central.
F) Dispositivos de testes de funcionamento da central.
G) Meios destinados à supervisão de tensão em corrente alternada e contínua.

Quanto à filosofia de funcionamento:


A) As indicações de "incêndio" devem ser prioridade sobre as indicações de "defeito".
B) As indicações visuais de "incêndio" devem ser memorizadas, contudo, deve ser possível silenciar
manualmente a indicação sonora desse evento nesse circuito.
C) Os circuitos de detecção devem ser supervisionados contra interrupção de linha e curto circuito. Esse
evento deve ser sinalizado como "Defeito"

4.1.2 - Acionador Manual:


- Deve ser alojado em carcaça rígida.
- Deve conter instruções de operação em português.
- Deve ser de acionamento tipo travante.
- Devem ser instalados em locais de maior circulação de pessoas
- Deve ser instalado a uma altura de 1.20m do piso acabado
- Deverão dispor de dispositivo auxiliar para quebrar o vidro do tipo “MARTELO”

Especificações:
Botoeira (quebra vidro) - Caixa Plástica (10 x 10 x 4)mm, auto extinguível na cor vermelha, chassi em ferro
com pintura eletrostática na cor branca composta de “Led” vermelho sistema ativado e verde, sistema em
supervisão, botão tipo “push botton NF” e vidro na parte frontal.

Distâncias (vide projeto):


Máxima distância entre os acionadores: 30,0m (trinta metros) (NBR 9441 -1998, 5.2.5.3)
Máxima distância a ser percorrida: 16,0m (dezesseis metros)

4.1.3 - Avisador sonoro (Sirene):


- Será instalado conforme projeto
- Será do tipo externo,

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Especificações:
QUANTIDADE 02 (VIDE PROJETO)
PRESSÃO SONORA 120 Db (+/- 5dB)*
CORRENTE MÉDIA DE CONSUMO 200 mA
DIMENSÕES ALTURA 89,00 mm
PROFUNDIDADE 79,00 mm
*Audível em todo Pavimento

4.1.4 - Fiação:
- Será do tipo flexível de 0,75 mm2 /330 v passando por tubulação de ferro.

4.1.5 - Condutos:
- Será do tipo metálico, fixados por braçadeiras, de tal forma que mantenham a estética da linha de
dutos e pintados na cor vermelha, conforme NBR - 7195.
- As caixas de passagem também serão pintadas na cor vermelha.

4.1.6 – Funcionamento e descrição do sistema:


O sistema de alarme contra funcionará através de acionadores manuais do tipo “QUEBRE O VIDRO” que ao
serem acionados ativam a central de alarme que por sua vez aciona, automaticamente, os avisadores sonoros
(sirenes).

4.1.7 – Detectores de fumaça e/ou calor:

- Detector Convencional Iônico de Fumaça

O detector iônico de fumaça é ativado ante a presença de produtos de combustão visíveis ou invisíveis. O
princípio de funcionamento se baseia na detecção iônica. Possuem duas câmeras, uma de referência e outra de
análise. É indicado para ambientes com atmosferas limpas e para cobrir grandes riscos.

Na Industria de Colchões Ortobom, não usamos em nenhum dos Ambientes estes detectores, uma vez que em
todo seu processo de fabricação temos uma grande quantidade de material em suspensão no ar, seja na cura
dos blocos (onde o ar está sempre com partículas químicas da espuma), ou no corte, colchoaria, e expedição,
que tem espuma sendo cortada e tecidos sendo transportado, levantando assim uma grande quantidade de
resíduos no ar, podendo provocar o acionamento dos detectores incorretamente, causando pânico
desnecessário.

Diante do exposto, o proprietário assume toda a responsabilidade pela não instalação dos mesmos.

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CAPÍTULO V – ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

A Edificação possui um grupo Gerador, que em caso de falta de Energia por parte da Concessionária
Local, atenderá a necessidade para fins de Iluminação de Emergência e Funcionamento do Sistema de Alarme.

CAPÍTULO VI – EXTINTORES DE INCÊNDIO


Sistema de Proteção por Extintores

Os extintores a serem utilizados serão do tipo Pó Químico Seco (PQS) de 06Kg e 12 Kg, e Água Pressurizada
10L, e CO2 com 12Kg, respectivamente; e foram colocados na planta em locais com menor probabilidade de
fogo bloquear os mesmos, estão visíveis para que todos os usuários fiquem familiarizados com sua localização e
protegidos contra golpes. Os extintores deverão ser instalados com a parte superior a 1,6m em relação ao piso
acabado.

CAPÍTULO VII – SPDA (SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA


DESCARGAS ATMOSFÉRICAS)
SPDA
De acordo com o disposto na NBR 5419-2001, não se faz necessário à instalação de SPDA.

Justificativa

Valores Absolutos
Td 80
L 100
W 100
H 6,5

Cálculos
Ae 12732,73
Ng 9,57
Nd 0,1218

Ng - número de raios por quilômetro quadrado por ano


Td - número de dias de trovoada por ano
Nd - número provável de raios que anualmente atingem uma estrutura
L - Comprimento da edificação
W - Largura da edificação
H - Altura da edificação

Levando-se em consideração os fatores de ponderação para o valor de Nd previstos no item B.4.1, constantes nas
Tabelas B.1, B.2, B.3, B.4 e B.5 da referida norma, e considerando-se também:
FATOR COEFICIENTE
A 1,0
B 0,8
C 0,8
D 0,4
E 0,3

Considerando esses valores o valor de Nd é igual a 0,005464, logo:


Em acordo com a alínea, b) do Anexo B, da NBR 5419-2001, que diz:

“se 10-3 > Nd > 10-6, a conveniência de um SPDA deve ser decidida por acordo entre
projetista e usuário”.
CAPÍTULO VII – SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
Em acordo com o disposto na NBR 9077-1993, em seu Anexo, segue-se a seguinte caracterização das
instalações:

TABELA TIPO CÓDIGO


1 Ocupação
I-2
2 Altura K
3 Área do maior α-Q
pavimento
4 Características Z
construtivas

Cálculo da população:

De acordo com a tabela 5, da referida Norma deverá ser considerada uma pessoa para cada 10 m 2 de área
construída, logo, considerar uma população de 1060,0 (P) pessoas e a capacidade da Unidade de passagem igual
a 100 (C).
De acordo com o item 4.4.1.2:

N = P/C

N = 1060/100 = 10,6 ~ 11

Obs: Atendendo o disposto no item 4.4.2, a largura mínima será de 1,10 m (um metro e dez centímetros),
considerando-se 2 Unidades de Passagem.

Foram consideradas os seguintes itens para determinação das rotas de Fuga e Saídas de Emergência:
- 04 saída de emergência.
- As portas encontradas nesta pavimento têm mais de 2,50 metros de largura. E as áreas possuem ligação
direta com o Pátio, facilitando a fuga em caso de emergência.
- Distancia máxima a ser Percorrida é igual a 40metros.
- A edificação apresenta a redução de risco pela facilidade de saídas térreas, e com fácil acesso a área de Ar
livre (pátio)
- Não há saliências e nem diferença de níveis neste ambiente.
- Encontram-se no bloco 01, paredes corta fogo (resistentes a 6 horas de fogo), que não permitem que o fogo
se alastre para outras áreas da fabrica. Isolando áreas de maior risco.

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MEMORIAL DESCRITIVO DE PROTEÇÃO

CONTRA INCÊNDIO (FOLHA RESUMO)

OBRA: XXXXXXXXXXXXXX
ENDEREÇO: XXXXXXXXXXXXXX
PROPRIETÁRIO: XXXXXXXXXXXXXX
ENG. RESPONSÁVEL: XXXXXXXXXXXXXX CREA: XXXXXXXXXXXXXX

ÁREA A CONSTRUIR: 267,30 m2 EXISTENTE: 10332,48m2 TOTAL: 10599,78m2


CARACTERISTICA DA IMPLANTAÇÃO
DISCRIMINAÇÃO DO ÁREA CONSTRUIDA Nº DE PÉ UTILIZAÇÃO
PAVIMENTO OU SETOR m2 PISOS DIEITO
(m)
Fabrica e
Fabrica 10332,48 01 6,0
deposito
OCUPAÇÃO: Fabrica CENTRAL DE GLP: Não
RISCOS
PAVIMENTO DISCRIMINAÇÃO RÚBRICA CLASSE DE CLASSE ÁREA
SUB-RÚBRICA OCUPAÇÃO DE RISCO CONSTRUIDA
FABRICA DE Colchões -
01 131-10 C 10332,48
COLCHÕES Fabrica

Proteção por extintores PARA USO DO CORPO DE


BOMBEIROS
Tipos Capacidade Quanti PROC. N.º
dade.
PQS 6,0 Kg e 12,0 Kg 38 RUBRICA: (TSIB)
Água 10 Kg 7 RISCO PREDOMINANTE:
CO2 6,0 Kg 4 PARECER
OFICIAL EXAMINADOR
TOTAL DE EXTINTORES: 49 DIRETOR DO DST:
TOTAL DE UNIDADES 54
EXTINTORAS:
OUTROS SISTEMAS: ALARME CONTRA INCÊNDIO

Sendo o que se apresentava para o momento encerramos este Memorial Descritivo do projeto de combate
a incêndio da empresa em referência.

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01. ____NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATIOS. Fire protection handbook. 14. Ed.Boston, 1977. 1v.
02. ____National fire codes; a compilation of NFPA codes standards, recommended pratices, and manuals. Boston,
1982. 16v. e Supl.
03. ____. NFPA inspecion manual. 3.ed.Boston, 1981.346p.
04. ____ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TÉCNICOS GRÁFICOS, Manual de segurança; proteção contra
incêndio. São Paulo, 1966, 55p.
05. ____SECO, Orlando. Manual de prevenção e combate a incêndio. São Paulo, 1970. 352p.
06.____RIBEIRO FILHO, Leonídio Francísco. Proteção contra incêndio. São Paulo, FUNDACENTRO,1973.186p.
07.____GABRIEL,Luis Carlos. Prevenção e combate a incêndio. São Paulo, SENAI, 1974, 32p.
08.____REIS, Jorge dos Santos, Manual básico de proteção contra incêndios. São Paulo. FUNDACENTRO,1987. 57p.

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