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APOSTILA DE EQUIPAMENTOS E COMBATE A INCÊNDIO
INTRODUÇÃO:
Até meados de maio de 2011, a Norma Regulamentadora (NR) 231 do TEM era o principal documento
normativo em termos de proteção contra incêndios no Brasil. Interessante destacar que, além de
regulamentar, determinar e criar obrigações até aquela data, essa norma também nos trouxe
significativos ensinamentos quanto aos procedimentos que devemos seguir ao tratar do sinistro mais
terrível, cruel e traiçoeiro: o Incêndio. Apesar de ter diversos itens excluídos, a maioria de seus
fundamentos técnicos prevalece até os dias de hoje. Vejamos essa norma na integra:
23.1 Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com
a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis.
23.1.1 O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre:
a) Utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;
b) Procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança;
c) Dispositivos de alarme existentes.
23.2 Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo que
aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de
emergência.
23.3 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou
sinais luminosos, indicando direção da saída.
23.4 Nenhumas saída de emergência deverão ser fechadas à chave ou presa durante a jornada de
trabalho.
23.5 As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento que permitam fácil
abertura do interior do estabelecimento.
b) Combustão Viva: Ocorre quando a reação química de oxidação libera energia luminosa e
calor sem aumento significativo de pressão no ambiente.
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c) Combustão Muito Viva: Ocorre quando a reação química de oxidação libera energia e calor numa
velocidade muito rápida com elevado aumento de pressão no ambiente.
Ex: Explosões de gás de cozinha, Dinamite, etc. Para fins didáticos, nesse curso, adotar-se-á o
triângulo do fogo como elemento de estudo da combustão, atribuindo-se, a cada lado, um dos
elementos essenciais à combustão.
O Triângulo do Fogo é uma forma didática, criada para melhor ilustrar a reação química da
combustão onde cada ponta do triângulo representa um elemento participante desta reação. Para
que exista Fogo, 3 elementos são necessários: o combustível, o comburente (Oxigênio) e a Fonte de
Calor (Temperatura de Ignição).
O Combustível: pode ser definido como qualquer substância capaz de produzir calor por meio de
reação química. Ou seja, o combustível é tudo aquilo que queima abaixa de 1000º. E ele pode ser
sólido, liquido e gasoso.
➢ Sólidos Ex: Madeira, Tecido, Papel, Mato, etc. (Combustíveis que queimam e deixam resíduos)
➢ Líquidos: chamados de líquidos inflamáveis - Ex: Gasolina, Álcool Etílico, Acetona, etc. (Combustíveis
que queimam e não deixam resíduos)
➢ Gasosos: Os gases não têm volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o recipiente em
que está contido - Ex: Acetileno, GLP, Hidrogênio, etc.
O Comburente: é a substância que alimenta a reação química, que lhe dá vida, como o oxigênio. O ar
atmosférico (aquele que respiramos) tem a seguinte composição:
• 78% de nitrogênio;
• 21% de oxigênio;
• 1% de outros gases (hidrogênio, argônio, Helio, e outros).
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Para que exista combustão, é necessário que o comburente (oxigênio) contido na atmosfera esteja em
concentração mínima de 13%, ou melhor:
• Não haverá combustão: 0 a 8% de oxigênio;
• Haverá combustão lenta: 9 a 13% de oxigênio;
• Haverá combustão viva: de 13 a 21% de oxigênio.
O Calor: pode ser definido como uma forma de energia (temperatura), necessária para que
determinado combustível consiga desprender vapores suficientes para combustão. é uma forma de
energia que eleva a temperatura, gerada da transformação de outra energia, através de processo físico
ou químico.
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PONTO DE TEMPERATURA
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inflamáveis, mas não se sustentam. Porém aumentando mais e mais a temperatura, ela se sustenta.
Basta dizer que o carvão/madeira continua pegando fogo sem necessidade de calor, pois os gases
quentes, em contato com o oxigênio alimentam o combustível.
FASES DO INCÊNDIO
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1. Resfriamento: é o mais comum. A expressão jogar água que apaga é para resfriar,
abaixar a temperatura do calor. Os equipamentos para isso vão desde uma mangueira improvisada até
os profissionais do ramos como: Bombeiro Militar (caminhão do Corpo de bombeiro), Bombeiro Civil
em seu ambiente de trabalhos utilizando a canalização preventiva, brigada voluntária e outros.
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3. Abafamento: impedir ou retirar o oxigênio dos outros elementos do fogo.
Novamente, recorremos às brincadeiras de criança: quando mamãe acendia a vela a criança, por
curiosidade, pegava um copo e devagar colocava sobre a vela, o que acontecia?
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5. Isolamento: retirar ou reduzir a quantidade de combustível possível que está sendo
queimado. Esse método é o mais fácil, mas pode também ser bastante perigoso. Um exemplo disso são
as pessoas que tentam afastar objetos e líquidos em chamas da maior área de fogo e sofrem acidentes
graves.
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EXTINTORES PORTÁTEIS
O extintor é equipamento manual com pressão, que pode ser portátil ou sobre rodas, e que serve para
apagar princípios de incêndio e não incêndios.
A inspeção técnica e a manutenção, conforme previsto nas portarias vigentes deve ser no prazo 12
meses para extintores de água, tipo espuma e pó, o extintor tipo CO2 deverá ser recarregado
semestralmente.
Existem vários tipos e modelos que são comercializados, ajustados à necessidade de cada cliente. Os
mais comuns são:
Capacidade: 4, 6, 8, 10 e 12 quilogramas
Capacidade: 4, 6 e 8 quilogramas
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7) Manômetro
8) Esguicho Aerador
Outros tipos de extintores portáteis só serão admitidos com a prévia autorização da autoridade
competente em matéria de segurança do trabalho.
• Método de abafamento por meio de areia (balde de areia) poderá ser usado como
variante nos fogos de Classe B e D.
• Método de abafamento por meio de limalha de ferro fundido poderá ser usado como
variante nos fogos de Classe D.
• Além desses modelos, temos os extintores de halon, os extintores para extinção de óleo
e gordura em cozinhas e outros para metais pirofóricos. A tecnologia dos extintores tem se
desenvolvido bastante, e já existem no mercado modelos que são improváveis, como um extintor
denominado “Water Mist”, que possibilita a extinção de incêndios das Classes A e C.
•
Classe A = Água pressurizada e água e gás (AP e AG).
Classe AB = Espuma química e espuma mecânica.
Classe BC = Pó (à base de bicarbonato de sódio) PQS e CO2 (dióxido de carbono).
Classe ABC = Pó (à base de mono fosfato de amônia).
MANGUEIRAS DE INCÊNDIO
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APLICAÇÃO
A escolha do tipo da mangueira é função do local onde será utilizada, a sua pressão de trabalho e sua
resistência à abrasão.
a) Mangueira tipo 1: destina-se a edifícios de ocupação residencial.
b) Mangueira tipo 2: destina-se a edifícios comercias, industrial e Bombeiro.
c) Mangueira tipo 3: destina-se a área naval, industrial e Corpo de Bombeiro, onde é desejável
uma maior resistência a abrasão.
d) Mangueira tipo 4: destina-se á área industrial, onde é desejável uma maior resistência a abrasão
e a superfícies quentes.
e) Mangueira tipo 5: destina-se a área industrial, onde é desejável uma alta resistência a abrasão e
a superfícies quentes.
IDENTIFICAÇÃO
A mangueira de incêndio deve ser identificada nas duas extremidades com:
• Nome ou marca do fabricante;
• Número da norma de fabrica (NBR 11861);
• Tipo de mangueira;
• Mês e ano de fabrica.
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ACONDICIONAMENTO
Segundo a ABNT-NBR 12779 regulamento que a freqüência de inspeção e manutenção para todas
as mangueiras de incêndio instaladas deve ser de 6 (seis) e 12 (doze) meses respectivamente.
Segundo a ABNT-NBR 12779, existem várias formas de acondicionar as mangueiras de incêndio,
entretanto no Estado do Rio de Janeiro as mangueiras deverão se enroladas na forma aduchada
conforme orientação do CBMERJ.
Nos pontos instalados, ainda é normal encontrarmos mangueiras em mau estado de conservação, sem
fazer os testes anuais, com improvisações nas empatações que podem colocar em risco a vida dos
usuários.
PORTA CORTA-FOGO
As portas corta-fogo estão nos edifícios residenciais, comerciais e industriais, porém passam quase
despercebidas à maioria da população.
São portas e batentes fabricados com materiais e isolamento interno que garantem a alta resistência ao
fogo, impedindo a passagem do fogo, facilitando a fuga das pessoas em casos de sinistros. A maior
parte delas fica próxima às saídas de emergências. É importante lembrar que, da mesma forma que
com os extintores e mangueiras, é necessário fazer manutenção e lubrificação periódica na porta corta-
fogo.
HIDRANTES
Hidrante Público: são hidrantes instalados na rede distribuição pública, possibilitando a captação de
grande quantidade de água pelos Bombeiros, para combater a incêndios. Os hidrantes públicos podem
ser de coluna ou subterrâneos.
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b) Hidrantes subterrâneos: são aqueles situados abaixo do nível do solo, com suas partes
(expedições e válvula de paragem) colocadas dentro de uma caixa de alvenaria, fechada por tampa
metálica.
c) Hidrantes de Recalque: são aqueles instalados no logradouro público, sendo interligados aos
sistemas preventivos fixos da edificação (rede de hidrantes ou de sprinkler). Sua função principal
é permitir o recalque de água para o interior da edificação através das viaturas do Corpo de
Bombeiros e, secundariamente, podem servir como fonte de captação de água.
“O bom professor não dá aula para fazer o aluno aprender. Ele dá aula para fazer o aluno entender a
matéria e, principalmente, para fazê-lo gostar do que está sendo apresentado. Na realidade, o único
professor capaz de fazer um aluno aprender... é o próprio aluno! Lembre-se: ninguém aprende coisa
alguma se não for autodidata, ou seja, professor de si mesmo”. Pierluigi piazzi, ou Professor Pier.
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EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO
Comandante Bombeiro
Zailton Correia Santana
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