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DE COMBATE A
INCÊNDIOS E
PRIMEIROS
2023
MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS E PRIMEIROS SOCORROS
Indice
INTRODUÇÃO3
Propriedades combustíveis5
PONTO DE FULGOR 5
PONTO DE COMBUSTÃO 5
PONTO DE IGNIÇÃO 5
propagação de incêndio5
IRRADIAÇÃO5
CONDUÇÃO 5
CONVECÇÃO 5
classes de incêndio5
CLASSE A 5
CLASSE B 5
CLASSE C 5
CLASSE D OU K 5
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MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS E PRIMEIROS SOCORROS
Indice
métodos de extinção de incêndio4
RESFRIAMENTO
ABAFAMENTO
RETIRADA DO COMBUSTÍVEL
RETIRADA DO COMBUSTÍVEL QUE ESTÁ QUEIMANDO
RETIRADA DO COMBUSTÍVEL QUE AINDA NÃO QUEIMOU
Medidas de prevenção
INFLAMÁVEIS
FUSÍVEL
ELETRICIDADE
CIGARROS
HIDRANTES, EXTINTORES, SAÍDAS E ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA
GÁS
Recomendações Úteis
Capítulo ii - Introdução
Primeiros Socorros
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MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS E PRIMEIROS SOCORROS
introdução
Um dos grandes marcos da história da civilização humana foi o domínio do fogo homem.
A partir daí foi possível aquecer e cozer os ahmentos, fundir metais para a fabricação de utensílios e
máquinas, que possibilitam o desenvolvimento do presente.
Mas esse mesmo fogo que tanto constrói pode destruir muito. E quando ele nos ameaça, a reaçao do
Homem de hoJe e igual a do Homem primitivo: ele FOGE.
O homem primitivo fugia por desconhecer a natureza do fogo e a forma de combatê-lo. Hoje, o
homem não precisa fugir mais pois conhece o fogo como um fenômeno químico e a partir daí dabe
como lutar contra ele através de métodos e equipamentos adequados.
As brigadas de incêndio têm um papel fundamental, pois através da sua atuação teremos ações
rápidas de combate ao princípio de incêndio e salva guarda das pessoas.
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CAPÍTULO I
PREVENÇÃO E
COMBATE A INCÊNDIOS
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MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS E PRIMEIROS SOCORROS
01
A prevenção contra incêndio consiste numa série de medidas
que visam principalmente:
• Impedir o aparecimento de um princípio de incêndio;
• Dificultar seu desenvolvimento;
• Proporcionar sua extinção.
– FORMAÇÃO DAS
BRIGADAS DE
INCÊNDIO
As Brigadas de Incêndio estão divididas em
3 grupos:
– ELEMENTOS QUE
COMPÕEM O FOGO
Para que haja fogo, é necessário existir um
combustível que, atingindo seus pontos de ful
gor e combustão, gera gases inflamáveis, os
quais misturados com um comburente (geral
mente o oxigênio contido no ar), precisam ape
nas de uma fonte de calor (uma faísca elétrica,
uma chama ou um superaquecimento) para in-
flamar e começar a reação em cadeia.
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• O combustível = cera que envolve o pavio; sprenderá mais luz e gerará maior quantidade
• O oxigênio = presente no ar; de calor.
• O calor = que, nesse caso, é fornecido por
meio de um palito de fós-foro aceso. O comburente mais comum é o oxigênio, con-
E para que o fogo continue, deve ocorrer a rea- tido no ar atmosférico numa porcentagem de
ção em cadeia (quarto elemento). 21 %; portanto, é o elemento do fogo que está
contido em quase todos os ambientes.
Combustível: elemento que alimenta o fogo e Quando o oxigênio estiver numa porcentagem
que serve como campo para sua propagação. próxima de 13%, não haverá chama, somente
Onde houver combustível, o fogo caminhará brasa.
por ele, aumentando ou diminuindo sua faixa
de ação. Sem o comburente não poderá haver fogo.
Os combustíveis podem ser sólidos, líquidos Ex.: Se colocarmos uma campânula sobre uma
e gasosos, sendo necessário que os sólidos e vela acesa, de forma a impedir a entrada do oxi-
líquidos sejam primeiramente transformados gênio, observaremos que a chama vai diminuin-
em gases pela ação do calor, a fim de se com- do gradativamente, até se apagar. O fenômeno
binarem com o comburente e formarem dessa ocorre devido à insuficiência de oxigênio no in-
maneira uma substância inflamável. terior da campânula, isto é, ao colocá-la sobre
a vela, impedimos que o ar entre para fornecer
Ex.: Se apagarmos uma vela com cuidado, e oxigênio suficiente.
posteriormente quisermos reacendê-la, para
conseguirmos uma nova combustão, será sufi- Existem combustíveis que já possuem oxigênio
ciente colocar um fósforo aceso à distância de
5 ou 6cm do pavio, na direção da coluna gasosa
formada imediatamente após a vela ser apaga-
da, porque o próprio pavio ainda se encontra
quente e desprendendo vapores inflamáveis.
5 ou 6 cm
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PROPRIEDADES COMBUSTÍVEIS
Ponto de Fulgor
É a temperatura mínima na qual o combustível libera vapores inflamáveis, que em contato com
uma fonte de calor externa inflama-se, porém não consegue manter essa chama (flash).
Ponto de Combustão
É a temperatura mínima na qual O combustível libera vapores inflamáveis, que em contato com
uma fonte de calor externa inflama-se e não se extingue mesmo após a retirada da fonte de calor.
Ponto de Ignição
É a temperatura mínima na qual os vapores inflamáveis são aquecidos e mesmo sem uma fonte
de calor externa inflama-se na presença do comburente.
PROPAGAÇÃO DE INCÊNDIO
São três as formas de transmissão do calor:
Irradiação
01. É a transmissão do calor por meio de ondas e raios. Ela se
processa através do espaço vazio, não necessitando conti
nuidade molecular entre a fonte e o corpo que recebe
calor.
Pode-se citar como exemplo o calor que nos é irradiado do
sol. É comum acontecerem inícios de fogo em prédios vizi
nhos a um incêndio.
Condução
02. É a transmissão de calor que ocorre de
molécula para molécula, não havendo intervalo
entre os corpos.
Ex.: Se aquecermos uma barra de ferro em
uma das suas extremidades e na outra existir
material combustível, este poderá se incendiar.
Convecção
03. A convecção ocorre pela formação de correntes de ar
ascendentes (quentes) e descendentes (frias). As massas
gasosas quentes tendem a subir e a acumularem-se em
lugares altos, enquanto que as frias tendem a ocupar locais
mais baixos. As massas de ar que se deslocam do local
do fogo levam o calor suficiente para incendiar corpos
combustíveis com os quais entram em contato.
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Classes de incêndios
– CLASSE A
É o fogo que ocorre em materiais sólidos ou fibrosos comuns, LIXO
tais como: papel, madeira, tecido etc. Esses materiais ao queimar,
deixam resíduos.
– CLASSE B
E o fogo que envolve materiais líquidos inflamáveis, tais como:
gasolina, querosene, cera, tinta, álcool etc. Esses materiais ao se
queimarem não deixam resíduos.
– CLASSE C
É o fogo que envolve equipamentos elétricos energizados, tais
como: máquinas, motores, painéis elétricos etc. Quando a rede
elétrica é desligada o incêndio torna-se classe A ou B.
– CLASSE D OU K
É o fogo que ocorre em materiais pirofóricos, tais como:
magnésio, potássio, alumínio em pó, zinco etc. Estes materiais
exigem o método especial de aplicação do agente extintor.
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Métodos de extinção
de incêndio
Resfriamento
Consiste em retirar o calor do material que
Como já foi visto, as condições
está queimando. O agente mais comwm para
imprescindíveis para haver fogo são:
o resfriamento é a água.
combustível, comburente (oxigênio) e
calor. A extinção de um incêndio se faz,
portanto, pela eliminação de um desses
elementos. Por isso, os processos de
extinção baseiam-se em três métodos
Abafamento básicos: Resfriamento, Abafamento e
Consiste na retirada do oxigênio ou
Retirada do Material Combustível.
substituição por outro gás inerte. O agente
mais comum para o abafamento é o pó
químico ou gás carbônico CO2.
Retirada do Combustível
Esse processo é difícil em incêndios de grande proporção; em alguns casos torna-se
muito importante. Divide-se em duas partes:
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EQUIPAMENTOS DE
COMBATE A INCÊNDIO Para cada tipo de incêndio existe um
tipo mais adequado para seu combate.
— REDE DE HIDRANTES
Os hidrantes são equipados com mangueiras e esguichos. Sua ação exclusiva é de resfriamento e é
apropriado para incêndios classe A. Não deve ser utilizado em incêndios de Classe B, a não ser em
forma de neblina e nunca em incêndios Classe C (equipamentos energizados) pois oferece grande risco
ao operador.
Os hidrantes são facilmente identificáveis pela porta vermelha ou de aço inoxidável com um visor no
centro onde se lê a palavra hidrante.
Nos edifícios localizam-se em cada andar próximos aos elevadores. A abrangência é determinada pelo
comprimento da mangueira, de 1 O a 30 metros a partir do ponto de instalação.
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Manômetro
— EXTINTORES
Extintores de água:
O extintor de água mais comum é o do tipo pressurizado, isto é, o gás e a água encontram-se
num só recipiente. Esse extintor é apropriado para incêndio de Classe A e age por resfriamento.
Extintores de água:
O extintor de água mais comum é o do tipo pressurizado, isto é, o gás e a água encontram-se num
VÁLVULA
só recipiente. Esse extintor é apropriado para incêndio de Classe A e age por resfriamento.
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1. Transportar o extintor até as 2. Retirar a trava do aparelho. 3. Acionar o gatilho e dirigir o jato 4. Nunca dirigir o jato diretamente
chamas, observando sempre a para as chamas para o líquido inflamável.
posição do vento.
Extintor de Água
Pressurizada
A Sólidos, Madeira, papel,
tecido, cereais etc.
Água Age por resfriamento
Hidrantes
C Equipamentos elétricos
energizados
Dióxido de Carbono Extintor de CO2 Age por abafamento
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Equipamentos lgelétricos
C ligados, transformadores,
motores, subestações etc.
Não, condutor elétrico Sim, excelente Sim, excelente Danifica o equipamento
Metais combustíveis,
magnésio, [mtitânio,
D etc. Gases sob pressão e
Não, provoca explosão Não, provoca explosão Sim, excelente Sim, excelente
Carbureto.
Efeito Molha e resfria Abafa e Resfria Abafa Abafa
Abrir o registro da
Abrir o registro da
Funcionamento dos Tirar a trava e apertar o ampola e apertar o
ampola, tirar a trava e Tirar a tampa e aplicar
extintores manuais gatilho gatilho/tirar aplicar a
apertar o gatilho
trava e apertar o gatilho
12 a 14 metros 1 a 3 metros 3 a 6 metros
Alcance do jato -
Jato Intermitente Jato intermitente Jato intermitente
Recarga Após o uso Após o uso Após o uso Após o uso
Peso da ampola pelo Por peso a cada 06 Peso da ampola pelo Cada 06 meses verificar
Controle
manômetro meses manômetro ausência de umidade
Para incêndios de Carretas de 75-150 Carretas de 25-50-100 Carretas de 25-50-100 Carretas de 25-50-100
maiores proporções litros sobre rodas quilos sobre rodas quilos sobre rodas quilos sobre rodas
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PROCEDIMENTOS
GERAIS EM CASO
DE INCÊNDIO
– TENHA CALMA
– DESLIGUE AS MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
– FECHE AS JANELAS E PORTAS
– NÃO TENTE SALVAR OBJETOS
– DIRIJA-SE IMEDIATAMENTE PARA A SAÍDA
– NÃO USE OS ELEVADORES
– DESÇA PELO LADO DIREITO DA ESCADA,
DEIXANDO O LADO ESQUERDO LIVRE
– NÃO INTERROMPA O FLUXO DO PESSOAL
NA ESCADA
– MANTENHA-SE VESTIDO, EXCETO COM
ROUPAS SINT ÉTICAS
– DISPERSE-SE AO SAIR DO PRÉDIO
RECOMENDAÇÕES ÚTEIS:
• Em caso de incêndio, desligue todos os equi- • Transmita ao pessoal da brigada de incêndio tes do incêndio.
pamentos elétricos sob sua responsabilidade informações úteis, tais como focos de incêndio • Quando confinado em um pavimento, procu-
• Não corra. ou falta de um colega. re observar a direção que se move a fumaça e
• Não grite nem faça brincadeiras, pois cada • Siga as orientações dos brigadistas. procure ficar próximo a uma janela no sentido
pessoa tem um procedimento pessoal quando • Nas escadas, utilize o corrimão. oposto a movimentação desta.
submetido a uma situação estressante. • Mantenha distândia de cerca de 60 centímetros • Procure obter informações sobre a utilização
• Procure seguir o itinerário previamente deter- da pessoa que está a sua frente, dando principal dos equipamentos de incêndio. Os elementos
minado no plano de abandono. atenção quando transitando pelas escadas. da Brigada de Incêndio terão o maior prazer
• Auxilie as pessoas que apresentarem sinais • Procure sempre descer para o pavimento tér- em orientá-lo.
de pânico e nervosismo excessivo. reo e somente suba quando não houver opção. • Feche todas as portas após atravessá-las, a
• Dê preferência ao auxílio às pessoas com • Mantenha-se abaixado próximo ao solo, onde fim de dificultar a propagação do fogo.
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deficiência fisíca. há menor concentração dos gases provenien- • Mantenha a calma acima de tudo.
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Medidas de prevenção
Inflamáveis:
Muitos acidentes têm sido provocados pelo uso indevido de líquidos inflamáveis.
Atente para isso: tais líquidos evaporam rapidamente quando seu recipiente fica
aberto por algum tempo. Tenha muito cuidado ao lidar com eles. Devem ser ar-
mazenados em pequenas quantidades para o consumo em armários de aço.
Fusível:
Eletrecidade:
Evite ligar dois ou mais aparelhos numa só tomada. Isso sobrecarrega o sistema
elétrico, provocando superaquecimento. No fim do expediente desligue a tomada
de todas as máquinas e aparelhos elétricos.
Cigarros:
Gás Gás
Vazamento sem fogo: Vazamento com fogo:
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CAPÍTULO II
PRimeiros
socorros
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INTRODUÇÃO
02
Omissão de socorro! Socorro inadequado! Excesso de imperícia!
Antes que você aplique os conhecimentos práticos deste manual, reflita sobre a quantidade de
pessoas que não foram beneficiadas por um socorro adequado e não resistiram à gravidade de
suas lesões. Aqueles que ficaram com sequelas podem considerar que houve boa vontade de
quem os transportou, mas eles podem confirmar que o transporte rápido não é sinônimo de
Primeiros Socorros.
No Código Penal Brasileiro, artigo 135, o crime de "omissão de socorro" prevê que o indivíduo
que não socorrer nem pedir ajuda, poderá ser condenado à pena de 1 a 6 meses de detenção ou
até 1 ano e meio se resultar na morte da vítima.
Nos casos em que a remoção da vítima possa agravar suas lesões, deve-se tentar a estabilização
da vítima sem sua remoção. Ajuda muito quem telefona por socorro, checa sinais vitais, contém
hemorragias e mantém a vítima confiante. O leigo que remove a vítima de forma errada ou
executa procedimentos para os quais não é habilitado, incorrerá em crime e deverá reparar os
danos causados a vítima ou a seus familiares.
As técnicas a seguir poderão salvar vidas, basta o socorrista agir com calma dentro dos limites
do conceito de Primeiros Socorros, que é o conjunto de procedimentos básicos e imediatos
prestados a uma vítima de acidente ou mal súbito, até que receba cuidados médicos.
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– ACIONAMENTO DE SOCORRO
E A CADEIA DA SOBREVIVÊNCIA
Avaliação da cena (ou do local da ocorrência)
O socorrista deve reconhecer os riscos aos quais está exposto ao socorrer uma pessoa seguindo os
passos básicos para uma avaliação correta e segura da cena, além de ter o habito de utilizar itens de
proteção individual antes de iniciar o atendimento propriamente dito.
É fundamental evitar contato direto com substâncias que possam transmitir doenças infecciosas como
sangue, urina, fezes, vomito, saliva e etc. No entanto, não são apenas as doenças infecciosas que re-
presentam perigo ao socorrista. É necessário evitar ou eliminar os prováveis agentes causadores de
lesões ou agravos a saúde como fogo, explosão, eletricidade, fumaça, água, gás tóxico, tráfego (colisão
ou atropelamento), queda de estruturas, ferragens cortantes, materiais perigosos, etc.
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O atendimento
A Corrente da Sobrevivência é um conjunto de ações interligadas levadas a efeito com objetivo de re-
cuperar a Vítima em parada cardiorrespiratória, estabelecida pela Associação Americana do Coração.
Reconhecimento
imediato da PCR (Parada
Cardio Respiratória) e
acionamento do serviço Cuidados pós-PCR
de emergência/urgência. Rápida desfribilação integrados.
Infelizmente na realidade brasileira essa corrente está quebrada a maioria dos casos. o primeiro
elo mostra a necessidade do reconhecimento rápido do problema e acionamento do socorro espe
cializado. O segundo elo se traduz no início precoce da reanimação cardiopulmonar. Em função de
não termos a cultura do aprendizado e treinamento em primeiros socorros, o que se percebe é um
retardo na reabilitação dessas duas primeiras etapas, fato que pode comprometer a sobrevivência
da vitima. Em torno de 80% dos casos ocorrem dentro dos domicílios e, infelizmente, na chegada do
socorro, a maioria das vítimas já faleceu.
Nesse caso, os dois próximos elos (desfibrilação precoce e atendimento médico hospitalar) ficam com-
pletamente comprometidos, pois eles dependem inteiramente do sucesso dos dois primeiros elos.
Em vítimas inconscientes até a chegada do DEA (desfibrilador Externo Automático) ou socorro espe
cializado você deve auxiliar na manutenção do fluxo sanguíneo oxigenado para o cérebro e coração.
Verifique o nível de consciência da vítima, tocando-a gentilmen- 1 te e chamando-a em voz alta.
Caso a resposta seja negativa, acione o serviço médico de emergência o quanto antes informando que
você está com uma vítima inconsciente , Passe o endereço, uma referência do local, seu número de te-
lefone, número de vítimas, enfim, tudo o que for perguntado por quem estiver do outro lado da linha.
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• 192 - SAMU
• 193 - Resgate Corpo de Bombeiros
• Número do ambulatório local
• Convênio médico da vítima
• Número de emergência estipulado
no local de ocorrência (em empresas,
geralmente, existe um número interno
que aciona toda a equipe de emergência).
– O SUPORTE CIRCULATÓRIO
Durante muitos anos, a verificação do pulso foi o principal ítem deste tópico. Porém, evidências de-
monstraram que, principalmente para os leigos, sua avaliação tem sido demorada e imprecisa.
Sinais como respiração normal, movimento do corpo ou tosse foram levantados como "substitutos"
do pulso visando agilizar e simplificar o atendimento para os leigos. Contudo, verificou-se que ocorre
atraso no início das compressões torácicas e tais sinais não eram precisamente avaliados.
Após vários estudos de especialistas do mundo todo, determinou-se que o pulso seria avaliado so-
mente por profissionais da área da saúde e os leigos não checariam nenhum sinal após as 02 ventila-
ções de resgate partindo imediatamente para as compressões torácicas.
192
Enquanto fazemos a reanimação, o cérebro está sendo mantido vivo artificialmente e só devemos
parar quando a vítima tiver seus sinais restabelecidos ou quando entregamos para os cuidados da
equipe médica.
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Acione o
serviço de Pegue o desfribilador
emergência
Inicie a RCP
Compri
Verifique o ritmo/choque
ma
caso indicado.
c
om
or
ça Repita a cada 2 minutos.
f
- Co z
m pr de
ima com rapi
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Inconsciente Sem
respiração ou sem • RCP de Alta Qualidade
respiração normal • No mínimo 100 compressões por minuto
(arfando) • No mínimo 5cm de compressão
• Retorno completo do tórax ao final da
compressão
• Mínimo de interrupções durante as
• compressões torácicas
• Evite ventilações excessivas
Comece o ciclo de 30
compressões e
2 ventilações
IMPORTANTE:
• Lembre-se de fazer compressões fortes e
rápidas, no mínimo 100 por minuto.
• Permita o retorno completo do tórax
após cada compressão.
• Profundidade da compressão mínima de
Desfibrilador Externo
Automático chega 5cm em adultos e de no mínimo, um terço
do diâmetro anteroposterior do tórax, em
bebês e crianças.
Chocável
Não-Chocável
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OBSTRUÇÃO
RESPIRATÓRIA
A obstrução respiratória é causada por corpo estranho tais como alimentos, próte-
ses dentárias, brinquedos e outros. As vítimas de obstrução parcial, ou seja, quando
pode tossir e emitir sons, devem ser encaminhadas ao PS em constante observação
se perdurar o problema, mas geralmente são sanadas em segundos ou minutos.
Bebê obstruído: posicione o bebê em seu braço com a boca para baixo e efetue 5 pancadas entre as
escápulas, vire o bebê no seu braço e efetue 5 compressões no esterno, visualize o interior da boca (não
ponha o dedo) e não encontrando o corpo estranho, tente duas ventilações e recomece a seqüência até
a saida do corpo estranho, encaminhando ao pronto socorro.
HEMORRAGIAS
As hemorragias podem ser internas ou externas, venosas, arteriais ou capilares. O adulto possui cerca de
6 litros de sangue e este volume deve ser mantido para uma circulação normal. A maior causa de morte
em acidentes traumáticos são as hemorragias, pois levam a vítima ao estado de choque. O socorrista de-
verá se proteger sempre do contato com sangue, prevenindo doenças contagiosas.
Hemorragias externas: As escoriações devem ser lavadas com água e sabão e protegidas de contami-
nações, com gaze e ataduras.
Nas pequenas hemorragias deve ser feito tamponamento com gaze, pano limpo etc. Nas hemorraGias
maiores deve ser feita a compressão fixa com uso de compressas e ataduras. Um método eficaz de con-
tenção é a elevação da área atingida. Persistindo o sangramento, devemos aumentar a pressão sobre a
lesão e comprimir pontos arteriais entre a lesão e o coração. O torniquete só será usado se for extrema-
mente necessário (amputações traumáticas e esmagamentos), não sendo mais afrouxado até o hospital.
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— HEMORRAGIAS INTERNAS
Serão detectadas pela saída de sangue dos orifícios naturais como boca,
ânus, vagina, ouvido, nariz e uretra, ou ainda pela presença de hematomas na
pele, fraturas ou suspeitando-se do mecanismo da lesão (forma que ocorreu
o trauma). Outra forma de detecção se dá pelos sinais e sintomas do estado
de choque, tais como pele pálida, fria e úmida, pulso rápido e fino, respiração
irregular, náuseas e vômitos, sede, tremores, perfusão capilar lenta, tontura e
até inconsciência. O tratamento de hemorragias internas consiste em aqueci-
mento corporal, fornecimento de oxigênio, afrouxamento de vestes, manuten-
ção da consciência, transporte rápido e monitoramento dos sinais vitais.
— EPISTAXE
Nos casos de sangramento nasal, mantenha a vítima sentada com a cabeça
abaixada fora do sol. Ponha sobre o nariz uma compressa fria e mantenha a
vítima em repouso. Caso o sangramento persista, encaminhe ao hospital com
os mesmos cuidados.
ESTADO DE CHOQUE
É a falência do sistema circulatório que pode até levar a morte. Pode ser reconhecido pela pele úmida e
pálida, pulso rápido e fino, preenchimento capilar lento, respiração curta e rápida, tontura e desmaio, sede
e tremor. O socorrista deve procurar e eliminar as causas do estado de choque, afrouxar as vestes, melho-
rar as condições de ventilação do local, afastar pessoas que inutilmente estejam muito próximo da vítima,
aquecimento corporal com blusas ou cobertores e o transporte rápido, mantendo a vítima consciente,
deitada com os pés elevados (cerca de 30 40cm) e monitorando sinais vitais até o hospital.
LESÃO ESQUELÉTICA
— FRATURAS
São lesões músculo-esqueléticas causadas num acidente traumático por agente geralmente contundente
que geram secção óssea parcial ou total. O reconhecimento é feito pela dor local, perda de sensibilidade,
deformidade aparente, inchaço ou hematomas na região, exposição óssea ou crepitação óssea (ruídos). As
fraturas podem ser fechadas ou expostas, alinhadas ou desalinhadas.
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- mantenha a vítima imóvel e calma para que a lesão não se agrave; - nas fraturas
expostas controle as hemorragias existentes;
- usar talas próprias ou improvisadas, imobilizando articulação acima e abaixo;
cheque a perfusão local antes e depois, e tam-bém o pulso distal à lesão;
- não tente alinhar a fratura, imobilize como encontrou;
- fraturas nas articulações devem ser imobilizadas na posiçãoencontrada
- imobilize a articulação atingindo osso abaixo e acima;
- improvise bandagem triangular para lesões na clavícula, cabe-ça de úmero e
escápula;
- trauma de crânio: aqueça a vítima, aspire secreções, não obstrua a saída de Tipóia feita com Imobilização de bacia
bandagem triangular (pelve) e membro
sangue e líquido dos ouvidos e nariz, não comprima o tecido cerebral e não eleve para imobilizar braço e inferior com o uso de
as pernas, levando rapidamente para o hospital controlando sinais vitais; antebraço tals e bandagens.
— CONTUSÕES
Lesão muscular que gera dor e inchaço, causada por agente contundente. O tratament consiste em manter a vítima em
repouso com aplicação de compressa fria sob o local. Ex: "pancada na perna"
— ENTORSES
Lesão músculo-esquelética que gera dor , inchaço, perda funcional e da mobilidade da articulação, Ocorre quando a
articulação sofre deslocamento além de sua amplitude normal (geralmente no tornozelo). Devemos manter a vítima em
repouso e imóvel até imobilizar a área.
— LUXAÇÕES
Lesão músculo-esquelética que gera dor, inchaço, perda funcional e da mobilidade. Ocorre com o deslocamento da
extremidade de um osso da sua cavidade natural (geralmente ombro , e joelho). Devemos manter a vítima imóvel, calma
e imobilizar com bandagens ou ataduras (fazer tipóia ou fixação) e aplicar compressas frias.
— TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
Pequenos ferimentos em que não haja suspeita de lesões de coluna. Havendo suspeita de trauma de coluna, devere-
mos aplicar o colar cervical ou improvisar meios de fortuna como bonés, papelão e blusas de forma a manter a cabeça
imóvel e alinhada com a coluna. Nesses casos o uso de prancha longa e rígida é obrigatório, mesmo que improvisada.
Para casos específicos serão usados a cadeira de rodas, cadeiras domésticas ou apoio manual dos socorristas. Nos
casos de local inseguro com risco a vida, é admitida a retirada rápida da vítima.
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QUEIMADURAS
E CHOQUE ELÉTRICO
— ACIDENTES POR ELETRICIDADE
Podem ser leves, graves ou fatais, como nos casos de corrente contínua e alta tensão. Geralmente
as queimaduras não são o mais grave. Pode ocorrer arritmia ou parada cardíaca, parada respirató-
ria, paralisia de membros, fraturas, lesões em órgãos internos e danos ao Sistema Nervoso Central.
Certifique-se sempre de que o local esteja seguro antes de fazer o salvamento.
Caso a energia elétrica não puder ser desligada, afaste a vítima da fonte com um cabo plástico (iso
lante) e faça avaliação. As queimaduras poderão ser tratadas como as térmicas.
— QUEIMADURAS
São lesões deformativas que podem ocorrer pôr agentes térmicos (calor, frio, eletricidade) produtos
químicos, radiação etc. Conforme a profundidade que atinge as camadas da pele (figuras abaixo) são
classificadas em:
1º grau - Atinge a epiderme e se caracteriza pela vermelhidão, dor com ou sem inchaço;
2º grau - Atinge até a derme gerando bolhas, vermelhidão, dor e inchaço;
3° grau - Atinge toda a camada, gerando, carbonização, infecção, com ou sem dor.
São consideradas queimaduras graves e têm prioridade no atendimento aquelas causadas por ele
tricidade, por radioatividade, com profundidade de 3° grau, com mais de 10% de área, que atinjam
face, vias aéreas ou região genital.
Conduta:
- Retirar anéis e braceletes (poderá haver inchaço);
- No caso de 1 ° e 2° graus, resfriar a superfície atingida com água fria ou soro fisiológico, indepen-
dente do grau;
- Cobrir a região queimada com compressas de gaze embebidas em água ou soro fisiológico;
- Nunca furar as bolhas e não arrancar roupas aderidas;
- Para queimaduras nos olhos usar gaze embebida em água ou soro fisiológico;
- Não usar produtos caseiros como pasta de dente e cremes (evitar infecções);
- Transportar ao hospital adequado fazendo a prevenção do estado de choque.
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— QUEIMADURAS QUÍMICAS
Deve-se retirar a roupa impregnada pela substância, lavar com água ou soro sem pressão e identifi-
car o agente químico. Se for ácido, lavar por 5 minutos e se for alcalino (base) lavar por 15 minutos
Caso o produto seja em pó, devemos retirar com pano seco.
EMERGÊNCIAS
CLÍNICAS
São emergências em que a vítima é acometida de um mal súbito relacionado às condições ambien-
tais, doenças, falência ou lesões de órgãos e sistemas, microorganismos, desequilíbrio fisiológico ou
até fatores externos como toxinas.
— ANGINA DO PEITO
O reconhecimento se dá pela dor intensa como um aperto no tórax, sudorese e falta de ar, porém, ao
contrário do infarto, passa com repouso. O socorro consiste em manter a vítima em repouso para aliviar
a dor, oriente para usar o remédio prescrito pelo seu médico, afrouxar vestes e encaminhá-la ao PS;
— INFARTO
Reconheça pela dor opressiva de longa duração no tórax e que vai para os membros, pescoço e abdo-
me, ansiedade, nervosismo, vômitos, palidez e pulso sem ritmo. A conduta do socorrista consiste em:
- Manter as vias aéreas liberadas e manter a vítima em repouso;
- Fornecer à vítima o medicamento prescrito pelo médico, afrouxar suas vestes, monitorar a pressão ar-
terial, freqüência respiratória e cardíaca e nível de consciência a cada 5 minutos (esteja preparado para
fazer RCP);
- Transportar com urgência para hospital adequado na posição semi-sentado.
Dano causado ao tecido cerebral por falha na irrigação sangüínea, pode ser Hemorrágico ou lsquêmico
(trombose cerebral). Os sinais e sintomas mais comuns são a forte dor e pressão na cabeça, alteração
do nível de consciência, sensação de formigamento e paralisia na face e extremidades, dificuldade de
falar, ver ou ouvir, pupilas desiguais (anisocoria), perda do controle urinário e intestinal, vômitos etc.
A conduta do socorrista consiste em:
- Liberar vias aéreas e efetuar manobras de reanimação se necessário;
- Ventilar o ambiente, manter a vítima em repouso;
- Colocar a vítima na posição semi-sentado e havendo vômitos, em decúbito lateral;
- Dar suporte emocional e não dar líquidos para beber;
- Monitorar os sinais vitais até a chegada no hospital;
- Afrouxar as vestes e prevenir o estado de choque.
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— DESMAIO E VERTIGENS
Causados por má alimentação, pressão baixa, pouca ventilação no ambiente, lugares altos ou mo
vimentos1bruscos e giratórios. Os sinais e sintomas são tontura, mal estar, pele pálida, fria e úmida,
bradicardia e inconsciência.
O socorro consiste em:
- Fazer análise completa da vítima procurando por distúrbios mais grave;
- Ventilar o local, manter a vítima deitada.
— CRISES CONVULSIVAS
São causadas por epilepsia, febre alta, uso de drogas, trauma de crânio e outros. Leva à inconsciên-
cia, espasmos musculares, salivação, relaxamento da língua, vômitos e confusão mental.
As medidas de urgência são:
- Afastar objetos perigosos da vítima e proteger sua cabeça de lesões;
- Manter vias aéreas liberadas e controlar sinais vitais;
- Colocar a vítima na posição de coma (decúbito lateral) no caso de vômitos;
- Após a fase crítica ventilar o local;
- Conversar calmamente com a vítima;
- Verificar se ela toma medicamento devidamente receitado e encaminhar ao PS; se for necessário
retirar um objeto de dentro da boca, faça com cuidado e usando um lenço como segurança.
- Não os dedos ou puxe a língua da vítima.
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DE COMBATE A
INCÊNDIOS E
PRIMEIROS
2023