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NR 23 – BRIGADA DE INCÊNDIO

APOSTILA BRIGADA DE INCÊNDIO

BRIGADA DE INCÊNDIO
A brigada de incêndio é um grupo de trabalhadores
treinados e capacitados para atuarem no atendimento a
emergências. Responsáveis pela prevenção e combate a
eventuais sinistros ou desastres ocorridos dentro de sua
empresa ou setor de atuação.
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EXIGÊNCIA LEGAL
A NR 23, que trata da proteção contra incêndio, estabelece:
1.DISPOSIÇÕES GERAIS
1. Todas as empresas deverão possuir:
a)Proteção contra incêndios:
b)Saídas suficientes;
c)Equipamentos suficientes para combate ao fogo;
d)Pessoas treinadas no uso correto desses equipamentos;

Normas do Corpo de Bombeiros (NTP)


NBR Nº 14.276 / 99 (ABNT)
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COMPORTAMENTO DO FOGO
DEFINIÇÃO DE FOGO
Fogo é um processo químico de
transformação, também chamado de
combustão.
Podemos defini-lo, ainda como, o resultado de uma
reação química que desprende luz e calor devido à
combustão de materiais diversos.
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ELEMENTOS QUE COMPÕEM O FOGO


Para que haja fogo, necessitamos reunir os três
elementos essenciais:
•Combustível
• Calor
• Comburente
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O Combustível em contato com uma fonte de Calor e em presença de


um Comburente (geralmente o oxigênio contido no ar) começará
inflamar gerando a Reação em cadeia.

Podemos imaginar o fogo como um quebra-cabeça de três


peças:
-Combustível, comburente (oxigênio) e calor.
- Se retirarmos qualquer uma destas peças
desmontamos o quebra-cabeça, ou seja extinguimos o fogo.
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COMBUSTÍVEL
É o elemento que alimenta o fogo e serve de
campo para sua propagação. Os combustíveis
podem ser sólido, líquido ou gasoso, e a grande
maioria precisa
passar pelo estado gasoso para, então,
combinar com o oxigênio.
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Combustíveis Sólidos: A maioria dos combustíveis sólidos


transforma-se em vapores e, então, reagem com o oxigênio. Outros
(ferro, parafina, cobre, bronze) primeiro transformam-se em líquidos e
posteriormente em gases. Esse tipo de combustível queima em
superfície e profundidade. Quanto maior for a superfície exposta,
mais rápido será o aquecimento do material e consequentemente o
processo de combustão.
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Combustíveis Líquidos: O líquido inflamável


tem propriedades que dificultam a extinção do
calor, pois ele assume a forma do recipiente e se
derramado tomam a forma do piso, e assim se
espalham escorrendo nas partes mais baixas. Esse
tipo de combustível queima somente em
superfície.
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Combustíveis Gasosos: Os gases não tem


volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar
todo o recipiente em que estão contidos. Mas para
que haja combustão há necessidade de que esteja
em uma mistura ideal com o ar atmosférico.
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COMBURENTE
O elemento que possibilita a vida às chamas e intensifica a combustão. O
mais
comum é que o oxigênio desempenhe esse papel. A atmosfera é composta
por 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1º de outros gases, nesta
condição normal a queima ocorre com velocidade e completa; Contudo a
combustão consome o oxigênio do ar num processo contínuo, e se a
porcentagem de oxigênio for caindo a velocidade da queima diminui,
quando chegar a 8% não haverá combustão.
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REAÇÃO EM CADEIA
A reação em cadeia torna a queima autossustentável. O
combustível, após iniciar a
combustão, gera mais calor, este por sua vez provocará o
desprendimento de mais gases ou vapores combustíveis,
desenvolvendo uma transformação em cadeia. É o produto de
uma transformação, gerando outra transformação.
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COMBUSTÃO
Combustão é uma reação química, na qual uma
substância combustível reage com
o oxigênio, ativada pelo calor (elevação de
temperatura), emitindo energia luminosa (fogo), mais
calor e outros produtos.
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FUMAÇA
É uma mescla de gases, partículas
sólidas e vapores de água. A cor da
fumaça, serve de orientação prática,
indica o tipo do material que está sendo
decomposto na
combustão.
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Fumaça branca ou cinza


clara: nos indica que é uma
queima de combustível comum.
Ex. madeira, tecido, papel,
capim, etc.
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Fumaça negra ou cinza escura: é


originária de combustão incompletas,
geralmente produtos derivados de
petróleo. Ex. graxas, óleos, pneus,
plásticos, etc.
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Fumaça amarela ou vermelha:


nos indica que está queimando um
combustível em que seus gases são
altamente tóxicos. Ex. produtos
químicos, etc.
APOSTILA BRIGADA DE INCÊNDIO Meios de Propagação do incêndio: O
INCÊNDIO pode se propagar de três diferentes
maneiras: convecção, condução e radiação.

 Convecção:
Transferência de
 Condução: calor pelo
Transferência de movimento
calor através de um ascendente de
corpo sólido de massas de gases.
molécula em
 Radiação:
molécula.
Transferência de
calor por ondas de
energia calorífica que
deslocam através do
espaço.
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MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO


A extinção do fogo baseia-se na
retirada de um dos quatro elementos
essenciais que provocam o fogo.
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Retirada de material: É a forma mais simples de se


extinguir um incêndio. Baseia-se na retirada do material
combustível, ainda não atingido, da área de propagação
do fogo, interrompendo a alimentação da combustão.
Método também denominado corte ou remoção do
suprimento do combustível. Ex.: fechamento de válvula
ou interrupção de vazamento de combustível líquido ou
gasoso, retirada de materiais combustíveis do ambiente
em chamas, realização de aceiro, etc.
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Resfriamento: É o método mais utilizado. Consiste em diminuir a


temperatura
do material combustível que está queimando, diminuindo,
consequentemente, a liberação de gases ou vapores inflamáveis. A
água é o agente extintor mais usado, por ter grande capacidade de
absorver calor e ser facilmente encontrada na natureza. É inútil
porem usar esse método com combustíveis com baixo ponto de
combustão (menos de 20ºC), pois a água resfria até a temperatura
ambiente. Ex.: Uso de Sprinkler e hidrantes em forma de neblina
para combate incêndio.
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Abafamento: Consiste em diminuir ou impedir o contato


do oxigênio com o
material combustível. Não havendo comburente para
reagir com o combustível, não haverá fogo. A diminuição
do oxigênio em contato com o combustível vai tornando a
combustão mais lenta, até a concentração de oxigênio
chegar próxima de 8%, onde não haverá mais combustão.
Ex.: Uso de uma tampa de panela para apagar uma
chama na frigideira ou “bater” com a vassoura sobre a
chama.
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EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO

Extintor de Incêndio: Requerem uma ação rápida é para


pequenos focos, visto o seu rápido esvaziamento. Trata-se de
certas substâncias sólidas, líquidas ou gasosas que são utilizadas
na extinção de um incêndio, que agem de acordo com as classes
de incêndio. Os principais e mais conhecidos são:
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EXTINTORES PORTÁTEIS
São aparelhos destinados a combater princípios de incêndios,
bastando uma única pessoa para sua operação. A legislação do Corpo
de Bombeiro determina que
os extintores portáteis devem estar:
Visíveis (bem localizado);
 Desobstruídos (livres de qualquer obstáculo que possa dificultar o
acesso até eles);
 Instalados entre 20 cm e 1,60 m de altura, medindo do piso à
parte superior do aparelho;
 Não devendo o usuário percorrer mais do que 15 ou 20m para
pegar um extintor.
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Extintor de Água Pressurizada: É indicado para


incêndio classe A, age por resfriamento e/ou abafamento
(na forma de jato compacto, chuveiro, neblina ou vapor).
Tem a desvantagem, em alguns casos, de danificar o
materialque atinge. Age por pressão interna que expele o
jato quando o gatilho é acionado. NÃO PODE SER
UTILIZADO EM LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS E
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS.
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Extintor de Pó Químico: Age pela quebra de reação


em cadeia e por abafamento. Sua ação consiste na
formação de uma nuvem sobre a superfície em
chamas. O pó, sob pressão, é expelido quando o
gatilho é acionado. É mais eficiente nas classes B e
C.
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Extintor de CO2 (Gás Carbônico): O gás Dióxido de Carbono


(CO2) é inodoro, incolor e não conduz eletricidade. É
especialmente indicado nos incêndios das Classes “B” e “C”.
Tem a vantagem de nunca danificar o material que atinge,
podendo ser empregado em aparelhos delicados (filamentos,
centrais telefônicas, computadores e outros). Age por
abafamento como ação principal e resfriamento
secundariamente.
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EXTINTORES SOBRE RODAS


São aparelhos com maior quantidade de agente extintor, montados sobre
rodas para
serem conduzidos com facilidade. As carretas recebem o nome do agente
extintor que transportam, como os extintores portáteis. Devido ao seu tamanho
e a sua capacidade de carga, a operação destes aparelhos obriga o emprego
de pelo menos dois operadores. As carretas podem ser:
de água;
de pó químico seco;
de gás carbônico.
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CUIDADOS COM OS EXTINTORES


Instalar o extintor em local visível e sinalizado;
O extintor não deverá ser instalado em escadas, portas e rotas de fuga;
O extintor deverá ser instalado na parede ou colocado em suportes de piso;
O lacre não poderá estar rompido;
O manômetro deverá indicar a carga.
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Equipamentos Hidráulicos
A água tem sido considerada o melhor e mais abundante agente extintor
encontrado
na natureza. Quando bem utilizada é eficiente para os incêndios de classe
A e B (em forma de chuveiro ou neblina). Os equipamentos hidráulicos são
dispositivos que permitem a captação de água durante o combate a
incêndio e permitem sua utilização pelos brigadistas. Existem 2 tipos:
Coluna e Parede.
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MANGUEIRAS: Conduto flexível de lona, fibras sintéticas, cânhamo ou algodão, revestido


internamente com borracha, utilizado para conduzir a água, sob pressão, da fonte de
suprimento ao lugar onde deva ser lançada.

As mangueiras encontra-se guardadas


dentro de abrigos e são acondicionadas
em forma “aduchadas” ou em “zig-zag”.

PREPARAÇÃO: Estender
amangueira no solo
sem torções. Nas extremidades,
dobra-se a empatação por sobre
a mangueira.
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ADUCHAMENTO: A partir de um ponto 50 cm fora do centro e


mais próximo à extremidade dobrada, enrolar a mangueira na
direção da outra ponta. Enrolar até que a empatação da
extremidade dobrada esteja fora do chão (no topo do rolo). A
partir daí, deitar o rolo no solo e completar a volta da
extremidade estendida, sem torcê-la.
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TRANSPORTE DE MANGUEIRA ADUCHADA: Deve ser


transportada sobre o ombro ou sob o braço, junto ao corpo. Para
transportar sobre o ombro, o brigadista deve posicionar o rolo em
pé com a junta de união externa voltada para si e para cima.
Abaixado, toma o rolo com as mãos e o coloca sobre o ombro, de
maneira que a junta de união externa fique por baixo e
ligeiramente caída para a frente, firmando o rolo com a mão
correspondente ao ombro. No transporte sob o braço, o rolo deve
ser posicionado de pé com a junta de união voltada para frente e
para baixo, mantendo o rolo junto ao corpo e sob o braço.
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Recomendações gerais sobre a


conservação das mangueiras
•Conservá-las seca e em local ventilado;
•Mantê-las desligadas dos hidrantes;
•Examiná-las visualmente quanto a
rupturas ou abrasões;
•Secá-las completamente após o uso.
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ESGUICHOS
Esguicho – Agulheta: Peça que tem formato
cônico e produz apenas jato sólido ou
compacto, é o mais encontrado nas
edificações, mas é o mais limitado quanto às
opções de uso.
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Esguicho – Regulável: Peça cilíndrica, com rosca


interna e anteparo na ponta que irá produzir jato plano
e neblina. É o mais eficiente, pelas alternativas de
tipos de jatos que produz.
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ALARME E ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Alarme de Incêndio: Em caso de emergência, procure a botoeira mais


próxima e acione o alarme quebrando o vidro com o martelo anexado a
caixa da botoeira. O acionamento do alarme garantirá que todos sejam
avisados quanto a situação de emergência.
Iluminação de Emergência: Caso seja feito o corte de energia, a
iluminação
garantirá que a evacuação seja feita de forma segura mantendo a
visibilidade local.
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LEGISLAÇÃO
NPT 017 - BRIGADA DE INCÊNDIO
3.Organização da brigada
1.Brigada de incêndio
A brigada de incêndio deve ser organizada funcionalmente, como
segue:
a)Brigadistas: membros da brigada que executam as atribuições
previstas em 5.5;
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b)Líder: responsável pela coordenação e execução


das ações de emergência de
um determinado setor/pavimento/compartimento. É
escolhido dentre os brigadistas aprovados no processo
seletivo;
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c)Chefe da edificação ou do turno: brigadista


responsável pela coordenação e execução das
ações de emergência de uma determinada
edificação da planta. É escolhido dentre os
brigadistas aprovados no processo seletivo;
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d)Coordenador geral: brigadista responsável pela coordenação e


execução das
ações de emergência de todas as edificações que compõem uma planta,
independentemente do número de turnos. É escolhido dentre os brigadistas
que tenham sido aprovados no processo seletivo, devendo ser uma pessoa
com capacidade de liderança, com respaldo da direção da empresa ou
que faça parte dela. Na ausência do coordenador geral, deve estar previsto
no plano de emergência da edificação um substituto treinado e capacitado,
sem que ocorra o acúmulo de funções.
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Organograma da brigada de incêndio


O organograma da brigada de incêndio
da planta varia de acordo com o número
de
edificações, o número de pavimentos em
cada edificação e o número de
empregados em cada pavimento,
compartimento, setor ou turno.
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Ações de prevenção:
a)Análise dos riscos existentes durante as reuniões da
brigada de incêndio;
b)Notificação ao setor competente da empresa ou da
edificação das eventuais irregularidades encontradas
no tocante a prevenção e proteção contra incêndios;
c)Orientação à população fixa e flutuante;
d)Participação nos exercícios simulados;
e)Conhecer o plano de emergência da edificação.

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Ações de emergência:
a)Identificação da situação;
b)Alarme/abandono de área;
c)Acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda
externa;
d)Corte de energia;
e)Primeiros socorros;
f)Combate ao princípio de incêndio;
g)Recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros.

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7.Controle do programa de brigada de incêndio


1. Reuniões ordinárias
Devem ser realizadas reuniões mensais com os membros da brigada, com
registro em ata, onde são discutidos os seguintes assuntos:
a)Funções de cada membro da brigada dentro do plano;
b)Condições de uso dos equipamentos de combate a incêndio;
c)Apresentação de problemas relacionados à prevenção de incêndios
encontrados nas inspeções para que sejam feitas propostas corretivas;
d)Atualização das técnicas e táticas de combate a incêndio;
e)Alterações ou mudanças do efetivo da brigada;
f)Outros assuntos de interesse.

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5.7.2 Reuniões extraordinárias


Após a ocorrência de um sinistro, ou quando identificada uma
situação de risco
iminente, fazer uma reunião extraordinária para discussão e
providências a serem tomadas. As decisões tomadas são
registradas em ata e enviadas às áreas competentes para as
providências pertinentes.

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Exercícios simulados
Deve ser realizado, no mínimo a cada 6 meses, um exercício simulado no
estabelecimento ou local de trabalho com participação de toda a população. Imediatamente após o simulado
deve ser realizada uma reunião extraordinária para avaliação e correção das falhas ocorridas. Deve ser
elaborada ata na qual conste:
a)Horário do evento;
b)Tempo gasto no abandono;
c)Tempo gasto no retorno;
d)Tempo gasto no atendimento de primeiros socorros;
e)Atuação da brigada;
f)Comportamento da população;
g)Participação do Corpo de Bombeiros e tempo gasto para sua chegada;
h)Ajuda externa (Ex: PAM - Plano de Auxílio Mútuo);
i)Falhas de equipamentos;
j)Falhas operacionais;
k)Demais problemas levantados na reunião.

Procedimentos complementares
5.8.1 Identificação da brigada
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1.Devem ser distribuídos em locais visíveis e de


grande circulação quadros de aviso ou similar,
sinalizando a existência da brigada de incêndio e
indicando seus integrantes com suas
respectivas localizações.

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2. O brigadista deve utilizar constantemente em lugar


visível uma identificação que o reconheçam como
membro da brigada.
No caso de uma situação real ou simulado de
emergência, o brigadista deve
usar braçadeira, colete ou capacete para facilitar sua
identificação e auxiliar na sua atuação.

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3.Ordem de abandono
O responsável máximo da brigada de incêndio
(coordenador-geral, chefe da brigada
ou líder, conforme o caso) determina o início do
abandono, devendo priorizar os locais sinistrados, os
pavimentos superiores a esses, os setores próximos e
os locais de maior risco.

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4.Ponto de encontro
Devem ser previstos um ou mais pontos de
encontro dos brigadistas, para distribuição das
tarefas, conforme item 5.6.

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5.Grupo de apoio
O grupo de apoio é formado com a participação da
Segurança Patrimonial, de
eletricistas, encanadores, telefonistas e técnicos
especializados na natureza da ocupação.

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ATRIBUIÇÕES DA BRIGADA

 Exercer prevenção, combater princípios de incêndio e efetuar salvamento;

 Conhecer e avaliar os riscos de incêndio existentes;

 Recepcionar e orientar o Corpo de Bombeiros;

 Participar das inspeções regulares e periódicas;

 Conhecer as vias de escape;


 Conhecer os locais onde estão instalados os equipamentos de proteção contra incêndio (extintores,
hidrantes, detectores, alarme)

 Conhecer todos os setores e instalações da empresa;


 Conhecer o princípio de funcionamento de todos os equipamentos de proteção contra incêndio;
 Estar sempre atento e atender imediatamente a qualquer chamado de emergência;

 Agir de maneira rápida e enérgica em situações de emergência;


 Inspecionar os setores ao término do expediente, verificando se todos os equipamentos foram
desligados, luzes apagadas e lixeiras esvaziadas;

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Primeiro Socorros

 Coluna vertebral
A coluna vertebral (ráquis) é
Constituída pela superposição de uma
série de ossos isolados denominados
vértebras. Superiormente, se articula com o
osso occipital (crânio); inferiormente,
articula-se com o osso do quadril (ilíaco).
A coluna vertebral é dividida em quatro
regiões:
Cervical, Torácica, Lombar e Sacro-
Coccígea.
Divisão: São 7 vértebras cervicais, 12
torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca
de 4 coccígeas.
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Medula Espinhal
Em toda vítima de trauma, suspeite de lesão na coluna vertebral,
esta abriga no seu interior a medula espinhal e, portanto,
também pode estar lesionada. A medula faz
conexão entre os impulsos nervosos do cérebro para as
extremidades, quando atingida pode comprometer várias
funções.

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Sinais Vitais
Pulso: É a onda provocada pressão do sangue
contra a parede arterial em cada batida cardíaca.
Índices normais:
oAdulto = 60 a 100 bpm
oCriança = 80 a 120 bpm
oBebês = 100 a 160 bpm

Bradicardia: Diminuição da frequência do pulso ( < 60 bpm).

Taquicardia: Aumento da frequência do pulso ( > 100 bpm).


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Frequência Respiratória: É a entrada de oxigênio na


inspiração e eliminação de dióxido de carbono pela expiração.
A finalidade é a troca gasosa entre sangue e ar dos pulmões.
Índices normais:
oAdulto = 12 a 20 mrpm
oCriança = 20 a 30 mrpm
oBebês = 30 a 60 mrpm

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Avaliação inclui:
oFrequência – movimentos respiratórios por minutos.
oCaráter – Superficial ou profundo.
oRitmo – regular ou irregular.

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Pressão Arterial: É uma função da força exercida


pelo sangue contra as paredes da artéria.
Índices normais:
oCrianças com 4 anos = 85/60 mmHg
oCrianças com 6 anos = 95/62 mmHg
oCrianças com 12 anos = 108/67 mmHg
oAdultos = 120/80 mmHg
o Idosos = 140-160/90-100 mmHg

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Sistólica: é o maior valor verificado


durante a aferição de pressão arterial.
Diastólica: é o menor valor verificado
durante a aferição de pressão arterial.

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Temperatura: A temperatura corporal reflete o grau


de calor mantido pelo corpo.
Índices normais:
oPara muitas pessoas, em média 37 ºC

Pode ser causas de aumento da temperatura:


oInfecções
oTraumas
oAnsiedade
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Desmaio
São a perda da consciência ou sentidos devido
a falta de pressão sanguínea e oxigenação do
cérebro. Podem ser causados por emoções
fortes, fraqueza, fome,
ferimentos graves, nervosismo, pancadas, medo,
etc...

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Se perceber que a pessoa irá desmaiar, baixe


sua cabeça ou tente sentá-la para frente, com a
cabeça entre as pernas, em um plano abaixo dos
joelhos, fazendo-o respirar profundamente.

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Após o desmaio como proceder:


Deitar a vítima de costas com a cabeça baixa;
Afrouxe suas roupas;
Verificar os sinais vitais;
Tente manter contato com a vítima;
Providenciar socorro.

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Manobra de Heimlich
Uma técnica de emergência para desobstrução das
vias aéreas superiores evitar o sufocamento/asfixia.
Inicialmente reconhecida pela Cruz Vermelha, foi
adotada e
difundida mundialmente como uma manobra salvadora
de vidas. É uma tosse “artificial” ou “auxiliada”, com o
intuito de expelir o objeto ou alimento da traquéia da
vítima evitando uma possível asfixia. Essa manobra
foi descrita pela primeira vez pelo médico americano
Henry Heimlich em 1974 e induz uma tosse artificial,
que
deve expelir o objeto da traquéia da vítima.
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A asfixia é uma causa comum de morte após


engasgo com alimentos. É comum em crianças e
adultos.
Provocada por uma súbita queda de oxigenação,
pode levar à morte em poucos minutos, se não
solucionada rapidamente.
Balas, doces, bombons e alimentos diversos
podem ser responsáveis por este evento.
Ao ser deglutido de forma inadequada, o alimento pode
bloquear as vias respiratórias e a passagem de ar para os
pulmões, ao impactar na garganta.

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Certifique-se que a pessoa esteja realmente com dificuldades para


respirar.

Alguns sinais são característicos: ela tenta falar e a voz


não sai. Começa a ficar agitada e confusa, levando as mãos
para a garganta, a pele pode mudar de cor, passando a ficar
azulada o que indica baixa oxigenação do sangue.

Inicie abraçando a pessoa pela cintura firmando os punhos


entre as costelas e o abdome. Puxe a pessoa para cima e em
sua direção, rápida e vigorosamente.

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Fazendo a manobra usa as mãos para fazer


pressão sobre final do diafragma. Isso
comprimirá os pulmões e fará pressão negativa
sobre qualquer objeto estranho nas vias aéreas.

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Parada respiratória
É a ausência dos movimentos respiratórios e do fluxo
de ar nos pulmões, seja pelo colapso dos pulmões,
paralisia do diafragma ou outras causas. Geralmente
coincide,
é precedida ou leva a Parada Cardíaca (por hipoxemia)

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Sintomas:
Inconsciência, lábios, língua e unhas
azuladas (cianose); ausência de
movimentos do peito (movimentos
respiratórios)
.

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Reversibilidade:
o05 minutos = Neurológico normal
o10 minutos = Déficit neurológico
o15 minutos = Estado vegetativo
o20 minutos = Morte encefálica

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Reanimação Cardiopulmonar - RCP


São manobras terapêuticas que objetivam
manter a circulação e respiração artificial e
restaurá-las ao normal o mais breve
possível, minimizando a lesão cerebral.

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o Manterrelação de
30 compressões/2
ventilação, tanto para
adultos como crianças
maiores de 10 anos;

o A relação 30/2
é empregada para 1
ou 2 socorristas.

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Hemorragia
É o extravasamento de sangue dos
vasos sanguíneos através da
ruptura nas paredes.

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Tipos de Hemorragias
o Hemorragia Interna: Sangramento
que extravasa para o interior do próprio
corpo.
o Hemorragia Externa: Sangramento que
extravasa para o meio ambiente.

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Sangramentos
o Arterial: Vermelho claro – em jato – rápido – difícil
controle.
oVenoso: Vermelho intenso – contínuo – grave se as
veias forem de grosso calibre.
oCapilar: Flui de diminutos vasos da ferida – fácil
controle.

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Controle de hemorragia externa


oMétodo de pressão direta
oElevação da área traumatizada
o Pressão digital sobre o ponto de pulso
o Aplicação de gelo no local
oEm último caso torniquete

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Procedimentos no atendimento
• Procure ficar calmo, principalmente se você for o
líder da equipe de emergência;
• Segurança no local;
• Mecanismo de injuria;
• Solicite ajuda;
• Acalme a vítima;
• Realizar Abordagem Primaria

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Abordagem Primaria

C – Circulação e controle de hemorragias;


A – Controle Cervical e vias aéreas
permeáveis;
B – Respiração;
D – Estado Neurológico;
E – Exposição da vitima;
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APOSTILA BRIGADA DE INCÊNDIO

Transporte de acidentados
• O transporte de acidentados deve ser feito por
equipe especializada em resgate (Corpo de
Bombeiros, outros).
• O transporte realizado de forma imprópria poderá
agravar as lesões,
provocando sequelas irreversíveis ao acidentado.
• A vítima somente deverá ser transportada com
técnicas e meios próprios, nos casos onde não é
possível contar com equipes especializadas em
resgate.
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