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29/01/2017

Teoria Básica do Fogo

Ivan Ricardo Fernandes, Eng. Civil, Me.


ivan.r@pucpr.br

OBJETIVOS GERAIS
Apresentar os conceitos da origem e evolução do
Fogo.
Conceituar os elementos que constituem o Fogo.
Apresentar os conceitos de Combustão e Reação em
Cadeia.
Conceituar as Fases, Classes e Desenvolvimento do
Incêndio.
Conceituar Elementos Associados ao Fogo.
Calcular variáveis relativas à propagação do Fogo.

ORIGEM DO FOGO
O nosso planeta já foi uma massa incandescente, que
passou por um processo de resfriamento, até chegar à
formação que conhecemos.
Na sua evolução, o homem primitivo
passou a utilizar o fogo como parte
integrante da sua vida.
No século XVIII, um célebre
cientista francês, Antoine Lawrence
Lavoisier, descobriu as bases
científicas do fogo.
“Na natureza nada se cria, nada se perde,
tudo se transforma”.
Lei de Lavoisier

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FOGO
O fogo é um processo rápido e autosustentável de oxidação,
acompanhado de calor e luz com variações de intensidades.
NBR 13860: fogo é o
processo de combustão
caracterizado pela emissão
de calor e luz.
BS 4422:Part 1: fogo é
o processo de combustão
caracterizado pela emissão
de calor acompanhado
por fumaça, chama ou ambos.
NFPA: fogo é a oxidação rápida
auto-sustentada acompanhada
de evolução variada da intensidade
de calor e de luz.
EL

CO
TÍV

MB
US

UR
MB

EN
CO

TE

CALOR

COMBUSTÍVEL
É toda a substância capaz de queimar e alimentar a
combustão. É o elemento que serve de campo de propagação
ao fogo.
Os combustíveis podem ser sólidos, líquidos ou gasosos, e a
grande maioria precisa passar pelo estado gasoso para,
então, produzir vapores inflamáveis capazes de se combinar
com o oxigênio.
Outros sólidos (ferro, parafina, cobre, bronze) primeiro
transformam-se em líquidos, e, posteriormente, em gases,
para então se queimarem.
A velocidade da queima de um combustível depende de sua
capacidade de combinar com oxigênio sob a ação do calor e
da sua fragmentação (área de contato com o oxigênio).

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Combustível Sólido
Quanto maior a superfície exposta, mais rápido será o
aquecimento do material e, consequentemente, o processo de
combustão.
Combustível Líquido
Os líquidos assumem a forma do recipiente que os contêm.
Se derramados, os líquidos tomam a forma do piso, fluem e
se acumulam nas partes mais baixas.
Os líquidos derivados do petróleo (hidrocarbonetos), têm
pouca solubilidade, ao passo que líquidos como álcool,
acetona (solventes polares), têm grande solubilidade, isto é,
podem ser diluídos até um ponto em que a mistura (solvente
polar + água) não seja inflamável.
Quanto à volatilidade os líquidos podem ser classificados em
líquidos inflamáveis, aqueles que têm ponto de fulgor abaixo
dos 37,8oC (gasolina, álcool, acetona), e líquidos
combustíveis, aqueles que têm ponto de fulgor acima dos
37,8oC (óleos lubrificantes e vegetais, glicerina).

Combustível Gasoso
Os gases não têm volume definido, tendendo, rapidamente, a
ocupar todo o recipiente em que estão contidos.
Se o peso do gás é menor que o
do ar (no caso do GN), o gás
tende a subir e dissipar-se.
Mas, se o peso do gás é maior
que o do ar (no caso do GLP),
o gás permanece próximo ao
solo e caminha na direção
do vento, obedecendo aos
contornos do terreno.

Combustível Gasoso

GN
H H H H H H
H-C-H H-C-C-H H-C-C-C-H D = 0,63
H H H H H H
Metano (90%) Etano (6%) Propano (2%)

GLP
H H H H H H H
H-C-C-C-H H-C-C-C-C-H D = 1,8
H H H H H H H
Propano (50%) Butano (50%)

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LIMITES DE INFLAMABILIDADE

COMBURENTE
É o elemento que reage com o combustível, participando da
reação química da combustão, possibilitando assim vida às
chamas e intensidade a combustão.
Como exemplo de comburente podemos citar o gás cloro e o
gás flúor, porém o comburente mais comum é o oxigênio,
que é encontrado na quantidade de aproximadamente 21% na
atmosfera.
A quantidade de oxigênio ditará o ritmo da combustão, sendo
plena na concentração de 21% e não existindo abaixo dos 4%.

CALOR
Calor é uma forma de energia que eleva a temperatura, gerada
da transformação de outra energia, através de processo físico
ou químico.
Pode ser descrito como uma condição da matéria em
movimento, isto é, movimentação ou vibração das moléculas
que compõem a matéria.

Origem nuclear. Ex.: Fissão nuclear


Origem química. Ex.: Reação química (oxidação)
Origem elétrica. Ex.: Resistência(aquecedor elétrico)
Origem mecânica. Ex.: Atrito

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CONDUÇÃO

Transmissão de calor
através de um corpo
para outro em
contato direto.

IRRADIAÇÃO
Ondas caloríficas que atingem
os objetos próximos,
aquecendo-os.

CONVECÇÃO
Movimentação de
massas gasosas
aquecidas, para cima e
horizontalmente nos
andares.

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COMBUSTÃO
Combustão é uma reação química autosustentável
com liberação de energia e/ou produtos que
causam outras reações de mesmo tipo e/ou com
liberação de luz, calor, fumaça e gases. É uma
reação química exotérmica.

Energia de Ignição Combustível


Fornecida GÁS METANO
Inicialmente

Resultado da Combustão
H2O Combustível decomposto em
Todos derivados de Radicais Livres
petróleo pela ação do Calor
(hidrocarbonetos) na
11,2% H
QUEIMA AUTO-SUSTENTÁVEL
combustão liberam 88,8% O2
CO2 e H2O Combinação dos Radicais Livres com o
Comburente

C + O2 = CO2 + 92,2 Kcal/Mol.

COMBUSTÃO
Combustão Lenta: Ocorre quando a oxidação de uma
determinada substância não provoca liberação de energia
luminosa nem aumento de temperatura.
Ex: ferrugem, respiração, etc.
Combustão Viva: Ocorre quando a reação química de
oxidação libera energia luminosa e calor sem aumento
significativo de pressão no ambiente.
Ex: Queima de materiais comuns diversos.
Combustão Muito Viva: Ocorre quando a reação química de
oxidação libera energia e calor numa velocidade muito rápida
com elevado aumento de pressão no ambiente.
Ex: Explosões de gás de cozinha, Dinamite, etc.

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PONTOS DA COMBUSTÃO
Ponto de Fulgor (Flash Point)
É a temperatura mínima, na qual o corpo combustível começa
a desprender vapores, que se incendeiam em contato com
uma chama ou centelha (agente ígneo), entretanto a chama
não se mantém devido a insuficiência da quantidade de
vapores.

PONTOS DA COMBUSTÃO
Ponto de Combustão ou Inflamação (Fire Point)
É a temperatura mínima, na qual o corpo combustível começa
a desprender vapores, que se incendeiam em contato com
uma chama ou centelha (agente ígneo), e mantém-se
queimando, mesmo com a retirada do agente ígneo.

PONTOS DA COMBUSTÃO
Ponto de Ignição
É a temperatura, na qual os gases desprendidos do
combustível entram em combustão apenas pelo contato
com o oxigênio do ar, independente de qualquer outra
chama ou centelha (agente ígneo).

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PRODUTOS RESULTANTES DA COMBUSTÃO

Dependendo do combustível poderemos ter vários produtos,


inclusive tóxicos ou irritantes, tais como Gás Carbônico (CO2),
Monóxido de Carbono (CO), Fuligem, Cinzas, Vapor d’água,
mais Calor e Energia Luminosa.
Exemplos:
PVC ............................................. CO e Ácido Clorídrico (HCI)
Isopor e Outros Plásticos.............. CO
Poliuretano .................................. CO e Gás Cianídrico (HCN)

PRODUTOS RESULTANTES DA COMBUSTÃO


Fumaça é uma mescla de gases, partículas sólidas e vapores
d´água.
- Fumaça Branca ou Cinza Clara: indica que é uma queima de
combustível comum. Ex: madeira, papel etc.
- Fumaça Preta ou Cinza Escura: originária de combustão
incompleta, geralmente de produtos derivados de petróleo,
tais como: graxa, óleos, pneus, gasolina, plásticos etc.
- Fumaça Amarela, Vermelha: indica que está queimando um
combustível tóxico.

Calor: É a energia liberada de forma constante desde o início


de uma combustão, que a mantém e incentiva sua
propagação.
C + O2 = CO2 + 92,2 Kcal/Mol.

PRODUTOS RESULTANTES DA COMBUSTÃO

Gases são encontrados na fumaça e variam de acordo com o


material que queima. Um dos elementos constituintes dos
combustíveis mais comumente encontrados é o carbono “C”.
Gás Carbônico ou Dióxido de Carbono (CO2): é um gás
imperceptível e inodoro quando misturado com o ar, mas é
ligeiramente picante. Não é combustível nem comburente,
não é tóxico, porém, não serve para a respiração.
Monóxido de Carbono ou Óxido de Carbono (CO): é um gás
incolor, inodoro e insípido. É um dos primeiros gases que
aparecem em combustão comum.
Um incêndio em compartimento fechado, isto é, sem
ventilação, quando demorado produz o “CO”, que não se
denuncia facilmente. É explosivo e altamente tóxico.
Se respirado, mesmo em baixas concentrações, impede a
entrada do oxigênio no sangue, podendo levar o indivíduo à
morte. A uma concentração de 2%, mata em uma hora e a
10% mata instantaneamente.

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PRODUTOS RESULTANTES DA COMBUSTÃO

O monóxido de carbono, quando misturado com o ar


atmosférico, em determinadas proporções (12,5 a 75%),
forma uma mistura explosiva.
O ácido cianídrico (HCN), proveniente de fibras acrílicas como
as de carpetes, poliuretanos ou nylon, é letal a 0,3% no
ambiente.
O ácido sulfídrico (H2S) proveniente da madeira e materiais
orgânicos que contenham enxofre, danifica o sistema nervoso
e paralisa o sistema respiratório, sendo letal acima de 0,07%
em 30 min.

INCÊNDIO
Fogo que foge ao controle do homem (NBR 13860)

CLASSES DE INCÊNDIO
Classe A:
São incêndios que envolvem combustíveis sólidos
comuns (geralmente de natureza orgânica), e
ainda, tem como características queimar em razão
do seu volume (queimam em superfície e
profundidade) e deixar resíduos fibrosos (cinzas).

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CLASSES DE INCÊNDIO
Classe B:
São incêndios envolvendo líquidos inflamáveis,
graxas e gases combustíveis. É caracterizado por
não deixar resíduos e queimar apenas na superfície
exposta (queimam só em superfície ).

CLASSES DE INCÊNDIO
Classe C:
Qualquer incêndio envolvendo combustíveis
energizados. Alguns combustíveis energizados
(aqueles que não possuem algum tipo de
armazenador de energia) podem se tornar classe A
ou B, se for desligado da rede elétrica.

CLASSES DE INCÊNDIO
Classe D:
Incêndios resultantes da combustão de metais
pirofóricos, são ainda caracterizado pela queima
em altas temperaturas e reagirem com alguns
agentes extintores (principalmente a água).

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DESENVOLVIMENTO DO INCÊNDIO
Fase Inicial (ou ignição)
Queima livre (ou crescimento)
Inflamação generalizada (ou flashover)
Incêndio desenvolvido e extinção (ou decaimento).

DESENVOLVIMENTO DO INCÊNDIO
Fase Inicial (ou ignição)
O oxigênio contido no ar não está significativamente reduzido
e o fogo está produzindo vapor d’água (H20), dióxido de
carbono (CO2), monóxido de carbono (CO) e outros gases.
Grande parte do calor
está sendo consumido no
aquecimento dos combustíveis,
e a temperatura do ambiente,
está pouco acima do normal.
O calor está sendo gerado
e evoluirá com o aumento
do fogo.

DESENVOLVIMENTO DO INCÊNDIO
Queima livre (ou crescimento)
O ar, rico em oxigênio, é arrastado para dentro do ambiente
pelo efeito da convecção, isto é, o ar quente “sobe” e sai do
ambiente. Isto força a entrada de ar fresco pelas aberturas
nos pontos mais baixos do ambiente.
Neste momento, a temperatura nas regiões superiores (nível
do teto) pode exceder 700 º C.

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DESENVOLVIMENTO DO INCÊNDIO
Inflamação generalizada (ou flashover)
Na fase da queima livre, o fogo aquece gradualmente todos os
combustíveis do ambiente.
O aquecimento acontece de forma generalizada, até que os
gases combustíveis liberados pelos materiais atingem seu
ponto de ignição simultaneamente, neste momento, haverá a
queima instantânea desses gases, com grande liberação de
calor, ficando toda a área envolvida pelas chamas.
A partir desse momento a temperatura no local é uniforme e a
radiação sobre as paredes atinge o seu valor máximo.

DESENVOLVIMENTO DO INCÊNDIO
Flashover pobre ou Lean Flashover: é a ignição dos fumos sob
o teto, ocorrente quando a relação entre gases combustíveis e
ar encontra-se ainda no limite inferior de inflamabilidade.
É caracterizado pelo caminhamento lento das chamas pela
coluna de fumaça, em pequenas "línguas-de-fogo", atingindo
o teto de forma intermitente, podendo atingir ou não a
totalidade da extensão do teto.
Flashover rico ou Rich Flashover: é observado quando a
ignição dos gases inflamáveis se der no momento em que a
mistura gasosa encontrar-se próxima dos limites superiores
de inflamabilidade.
É comum nos compartimentos onde o fogo diminuiu sua
intensidade por déficit de oxigênio, não se confundindo com
o “backdraft”, pois ocorrem em fases diferentes do incêndio.

DESENVOLVIMENTO DO INCÊNDIO
Flashover atrasado ou Delayed Flashover: ocorre quando a
camada mais fria da fumaça entra em contato com a
atmosfera externa do compartimento de origem.
As consequências do “flashover” atrasado são imprevisíveis, e
ocorrendo a ignição em condições ideais de mistura, o
resultado pode ser uma explosão violenta dos gases.
Flashover rico e quente ou Hot Rich Flashover: ocorre quando
a fumaça aquecida está enriquecida com gases inflamáveis,
numa mistura acima do limite superior de inflamabilidade,
bem como em temperatura acima da "temperatura de
ignição".
Ao deixar o compartimento do incêndio, a fumaça se dilui
rapidamente, ocorrendo a ignição espontânea.

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DESENVOLVIMENTO DO INCÊNDIO
Incêndio desenvolvido e extinção (ou decaimento)
Nessa fase as temperaturas do ambiente poderão atingir
valores acima de 1.1000C e todos os materiais combustíveis do
ambiente estarão em combustão.
O incêndio irá se propagar por meio das aberturas internas,
fachadas e coberturas da edificação.
No decaimento o incêndio irá diminuir de intensidade e de
severidade na proporção que vai se exaurindo os materiais
combustíveis.

CONCEITOS DO DESENVOLVIMENTO DO INCÊNDIO


Flameover ou Rollover
É uma condição onde chamas se movem através dos gases
quentes e inflamáveis que estão acumulados na parte
superior de um ambiente confinado.
O flameover é distinguido do flashover pela inflamação
somente dos gases inflamáveis e aquecidos e não das
superfícies dos demais combustíveis do compartimento.

CONCEITOS DO DESENVOLVIMENTO DO INCÊNDIO


Queima Lenta
O fogo é reduzido a brasas, o ambiente torna-se
completamente ocupado por fumaça densa e os gases se
expandem.
Devido à pressão interna ser
maior que a externa, os gases
saem por todas as fendas em
forma de lufadas, que podem
ser observadas em todos os
pontos do ambiente.
O calor intenso reduz os combustíveis a seus componentes
básicos, liberando, assim, vapores combustíveis prontos para
se inflamarem quando alimentados com oxigênio.

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CONCEITOS DO DESENVOLVIMENTO DO INCÊNDIO


Backdraft
Na fase de queima lenta a combustão é incompleta porque
não há oxigênio suficiente para sustentar o fogo.
Contudo, o calor da queima livre permanece, e as partículas
de carbono não queimadas (bem como outros gases
inflamáveis, produtos da combustão) estão prontas para
incendiar-se rapidamente assim que o oxigênio for
suficiente.

CONCEITOS ASSOCIADOS AO INCÊNDIO


BLEVE (Boiling liquid expanding vapor explosion – explosão do vapor de
líquido)
É o rompimento dos vasos de armazenamento de liquefeitos,
por elevação da temperatura do líquido que se encontra no
interior do vaso que já havia passado por um processo de
vaporização.
O liquefeito se vaporizará em sua totalidade com grande
deslocamento de massa gasosa, projetando fragmentos do
vaso a grandes distâncias e com alta velocidade, além de uma
rápida combinação com o oxigênio presente no ar, resultando
numa grande bola de fogo, com grande desprendimento de
energia calorífica.

VARIÁVEIS DAS FASES DO INCÊNDIO


(BS 3974 Application of fire safety engineering principles to the
design of buildings – Code of practice)
Fase Inicial (ou ignição)
Queima livre (ou crescimento)
Inflamação generalizada (ou flashover)
Incêndio desenvolvido e extinção (ou decaimento).

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VARIÁVEIS DAS FASES DO INCÊNDIO


Fase Inicial (ou ignição)
Q = α(t - ti)²
Q = razão de liberação de calor no crescimento do incêndio - (kW)
t = tempo do incêndio - (s)
ti = tempo de início da ignição (considerado como zero) - (s)
α = parâmetro de desenvolvimento do incêndio - (kJ/s³)

VARIÁVEIS DAS FASES DO INCÊNDIO


Queima livre (ou crescimento)

θ=6,85.(Q²/Av.hv1/2.h.A)1/3

θ = elevação da temperatura junto ao teto – (oC)


Q = razão da elevação do calor – (kW)
Av= área da abertura de ventilação – (m2)
hv= altura da abertura de ventilação – (m)
h= coeficiente de transferência efetiva de calor – (kW/m2K)
A= área total do compartimento – (m2).

Valores do coeficiente de transferência efetiva de calor

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VARIÁVEIS DAS FASES DO INCÊNDIO


Queima livre (ou crescimento) – para atingir o Flashover

Qf=7,8.A + 378.Av.hv

Qf = razão de desenvolvimento do calor – (kW)


A= área total do compartimento – (m2)
Av= área da abertura de ventilação – (m2)
hv= altura da abertura de ventilação – (m)

VARIÁVEIS DAS FASES DO INCÊNDIO


Queima livre (ou crescimento) – sob efeito dos materiais de
revestimento

Qf=750.(h.A.Av.hv1/2)1/2

Qf = razão de desenvolvimento do calor – (kW)


h= coeficiente de transferência efetiva de calor – (kW/m2K)
A= área total do compartimento – (m2)
Av= área da abertura de ventilação – (m2)
hv= altura da abertura de ventilação – (m)

VARIÁVEIS DAS FASES DO INCÊNDIO


Inflamação generalizada (ou flashover)

Qf = mf .H
Qf = razão de desenvolvimento do calor em regime permanente (kW)
mf = razão de queima em massa do material – (kg/s)
H = poder calorífico efetivo da carga de incêndio – (kJ/kg)

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VARIÁVEIS DAS FASES DO INCÊNDIO


Inflamação generalizada (ou flashover) – sob efeito da ventilação

mf = 0,02 • (A r.(w/d).Av.hv1/2)1/2

mf = razão de queima em massa – (kg/s)


Ar = diferença entre a área total do compartimento e a área de
ventilação – (m²)
w = largura da parede que contém a abertura de ventilação – (m)
d = distância frente-fundo do compartimento – (m)
Av = área da abertura de ventilação – (m²)
hv = altura da abertura de ventilação – (m)

VARIÁVEIS DAS FASES DO INCÊNDIO


Incêndio desenvolvido e extinção (ou decaimento)

dT/dt = 600/£

£ = L/mf

dT/dt = razão de mudança da temperatura – (°C)


T = temperatura interna do compartimento – (°C)
L = carga de incêndio equivalente em madeira – (kg)
mf = razão de queima, em massa, do combustível – (kg/s)

CONSUMO DE ÁGUA EM SITUAÇÕES DE INCÊNDIO

Q = m.c.Δt
Q = Quantidade de Calor (cal)
m = massa (g)
c = calor específico (cal/g.°C)
Δt = variação de temperatura (°C)

Q = m.L
Q = Quantidade de Calor (cal)
m = massa (g)
L = calor latente de vaporização (cal/g)

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