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OBJETIVOS GERAIS
Apresentar os conceitos da origem e evolução do
Fogo.
Conceituar os elementos que constituem o Fogo.
Apresentar os conceitos de Combustão e Reação em
Cadeia.
Conceituar as Fases, Classes e Desenvolvimento do
Incêndio.
Conceituar Elementos Associados ao Fogo.
Calcular variáveis relativas à propagação do Fogo.
ORIGEM DO FOGO
O nosso planeta já foi uma massa incandescente, que
passou por um processo de resfriamento, até chegar à
formação que conhecemos.
Na sua evolução, o homem primitivo
passou a utilizar o fogo como parte
integrante da sua vida.
No século XVIII, um célebre
cientista francês, Antoine Lawrence
Lavoisier, descobriu as bases
científicas do fogo.
“Na natureza nada se cria, nada se perde,
tudo se transforma”.
Lei de Lavoisier
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FOGO
O fogo é um processo rápido e autosustentável de oxidação,
acompanhado de calor e luz com variações de intensidades.
NBR 13860: fogo é o
processo de combustão
caracterizado pela emissão
de calor e luz.
BS 4422:Part 1: fogo é
o processo de combustão
caracterizado pela emissão
de calor acompanhado
por fumaça, chama ou ambos.
NFPA: fogo é a oxidação rápida
auto-sustentada acompanhada
de evolução variada da intensidade
de calor e de luz.
EL
CO
TÍV
MB
US
UR
MB
EN
CO
TE
CALOR
COMBUSTÍVEL
É toda a substância capaz de queimar e alimentar a
combustão. É o elemento que serve de campo de propagação
ao fogo.
Os combustíveis podem ser sólidos, líquidos ou gasosos, e a
grande maioria precisa passar pelo estado gasoso para,
então, produzir vapores inflamáveis capazes de se combinar
com o oxigênio.
Outros sólidos (ferro, parafina, cobre, bronze) primeiro
transformam-se em líquidos, e, posteriormente, em gases,
para então se queimarem.
A velocidade da queima de um combustível depende de sua
capacidade de combinar com oxigênio sob a ação do calor e
da sua fragmentação (área de contato com o oxigênio).
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Combustível Sólido
Quanto maior a superfície exposta, mais rápido será o
aquecimento do material e, consequentemente, o processo de
combustão.
Combustível Líquido
Os líquidos assumem a forma do recipiente que os contêm.
Se derramados, os líquidos tomam a forma do piso, fluem e
se acumulam nas partes mais baixas.
Os líquidos derivados do petróleo (hidrocarbonetos), têm
pouca solubilidade, ao passo que líquidos como álcool,
acetona (solventes polares), têm grande solubilidade, isto é,
podem ser diluídos até um ponto em que a mistura (solvente
polar + água) não seja inflamável.
Quanto à volatilidade os líquidos podem ser classificados em
líquidos inflamáveis, aqueles que têm ponto de fulgor abaixo
dos 37,8oC (gasolina, álcool, acetona), e líquidos
combustíveis, aqueles que têm ponto de fulgor acima dos
37,8oC (óleos lubrificantes e vegetais, glicerina).
Combustível Gasoso
Os gases não têm volume definido, tendendo, rapidamente, a
ocupar todo o recipiente em que estão contidos.
Se o peso do gás é menor que o
do ar (no caso do GN), o gás
tende a subir e dissipar-se.
Mas, se o peso do gás é maior
que o do ar (no caso do GLP),
o gás permanece próximo ao
solo e caminha na direção
do vento, obedecendo aos
contornos do terreno.
Combustível Gasoso
GN
H H H H H H
H-C-H H-C-C-H H-C-C-C-H D = 0,63
H H H H H H
Metano (90%) Etano (6%) Propano (2%)
GLP
H H H H H H H
H-C-C-C-H H-C-C-C-C-H D = 1,8
H H H H H H H
Propano (50%) Butano (50%)
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LIMITES DE INFLAMABILIDADE
COMBURENTE
É o elemento que reage com o combustível, participando da
reação química da combustão, possibilitando assim vida às
chamas e intensidade a combustão.
Como exemplo de comburente podemos citar o gás cloro e o
gás flúor, porém o comburente mais comum é o oxigênio,
que é encontrado na quantidade de aproximadamente 21% na
atmosfera.
A quantidade de oxigênio ditará o ritmo da combustão, sendo
plena na concentração de 21% e não existindo abaixo dos 4%.
CALOR
Calor é uma forma de energia que eleva a temperatura, gerada
da transformação de outra energia, através de processo físico
ou químico.
Pode ser descrito como uma condição da matéria em
movimento, isto é, movimentação ou vibração das moléculas
que compõem a matéria.
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CONDUÇÃO
Transmissão de calor
através de um corpo
para outro em
contato direto.
IRRADIAÇÃO
Ondas caloríficas que atingem
os objetos próximos,
aquecendo-os.
CONVECÇÃO
Movimentação de
massas gasosas
aquecidas, para cima e
horizontalmente nos
andares.
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COMBUSTÃO
Combustão é uma reação química autosustentável
com liberação de energia e/ou produtos que
causam outras reações de mesmo tipo e/ou com
liberação de luz, calor, fumaça e gases. É uma
reação química exotérmica.
Resultado da Combustão
H2O Combustível decomposto em
Todos derivados de Radicais Livres
petróleo pela ação do Calor
(hidrocarbonetos) na
11,2% H
QUEIMA AUTO-SUSTENTÁVEL
combustão liberam 88,8% O2
CO2 e H2O Combinação dos Radicais Livres com o
Comburente
COMBUSTÃO
Combustão Lenta: Ocorre quando a oxidação de uma
determinada substância não provoca liberação de energia
luminosa nem aumento de temperatura.
Ex: ferrugem, respiração, etc.
Combustão Viva: Ocorre quando a reação química de
oxidação libera energia luminosa e calor sem aumento
significativo de pressão no ambiente.
Ex: Queima de materiais comuns diversos.
Combustão Muito Viva: Ocorre quando a reação química de
oxidação libera energia e calor numa velocidade muito rápida
com elevado aumento de pressão no ambiente.
Ex: Explosões de gás de cozinha, Dinamite, etc.
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PONTOS DA COMBUSTÃO
Ponto de Fulgor (Flash Point)
É a temperatura mínima, na qual o corpo combustível começa
a desprender vapores, que se incendeiam em contato com
uma chama ou centelha (agente ígneo), entretanto a chama
não se mantém devido a insuficiência da quantidade de
vapores.
PONTOS DA COMBUSTÃO
Ponto de Combustão ou Inflamação (Fire Point)
É a temperatura mínima, na qual o corpo combustível começa
a desprender vapores, que se incendeiam em contato com
uma chama ou centelha (agente ígneo), e mantém-se
queimando, mesmo com a retirada do agente ígneo.
PONTOS DA COMBUSTÃO
Ponto de Ignição
É a temperatura, na qual os gases desprendidos do
combustível entram em combustão apenas pelo contato
com o oxigênio do ar, independente de qualquer outra
chama ou centelha (agente ígneo).
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INCÊNDIO
Fogo que foge ao controle do homem (NBR 13860)
CLASSES DE INCÊNDIO
Classe A:
São incêndios que envolvem combustíveis sólidos
comuns (geralmente de natureza orgânica), e
ainda, tem como características queimar em razão
do seu volume (queimam em superfície e
profundidade) e deixar resíduos fibrosos (cinzas).
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CLASSES DE INCÊNDIO
Classe B:
São incêndios envolvendo líquidos inflamáveis,
graxas e gases combustíveis. É caracterizado por
não deixar resíduos e queimar apenas na superfície
exposta (queimam só em superfície ).
CLASSES DE INCÊNDIO
Classe C:
Qualquer incêndio envolvendo combustíveis
energizados. Alguns combustíveis energizados
(aqueles que não possuem algum tipo de
armazenador de energia) podem se tornar classe A
ou B, se for desligado da rede elétrica.
CLASSES DE INCÊNDIO
Classe D:
Incêndios resultantes da combustão de metais
pirofóricos, são ainda caracterizado pela queima
em altas temperaturas e reagirem com alguns
agentes extintores (principalmente a água).
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DESENVOLVIMENTO DO INCÊNDIO
Fase Inicial (ou ignição)
Queima livre (ou crescimento)
Inflamação generalizada (ou flashover)
Incêndio desenvolvido e extinção (ou decaimento).
DESENVOLVIMENTO DO INCÊNDIO
Fase Inicial (ou ignição)
O oxigênio contido no ar não está significativamente reduzido
e o fogo está produzindo vapor d’água (H20), dióxido de
carbono (CO2), monóxido de carbono (CO) e outros gases.
Grande parte do calor
está sendo consumido no
aquecimento dos combustíveis,
e a temperatura do ambiente,
está pouco acima do normal.
O calor está sendo gerado
e evoluirá com o aumento
do fogo.
DESENVOLVIMENTO DO INCÊNDIO
Queima livre (ou crescimento)
O ar, rico em oxigênio, é arrastado para dentro do ambiente
pelo efeito da convecção, isto é, o ar quente “sobe” e sai do
ambiente. Isto força a entrada de ar fresco pelas aberturas
nos pontos mais baixos do ambiente.
Neste momento, a temperatura nas regiões superiores (nível
do teto) pode exceder 700 º C.
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DESENVOLVIMENTO DO INCÊNDIO
Inflamação generalizada (ou flashover)
Na fase da queima livre, o fogo aquece gradualmente todos os
combustíveis do ambiente.
O aquecimento acontece de forma generalizada, até que os
gases combustíveis liberados pelos materiais atingem seu
ponto de ignição simultaneamente, neste momento, haverá a
queima instantânea desses gases, com grande liberação de
calor, ficando toda a área envolvida pelas chamas.
A partir desse momento a temperatura no local é uniforme e a
radiação sobre as paredes atinge o seu valor máximo.
DESENVOLVIMENTO DO INCÊNDIO
Flashover pobre ou Lean Flashover: é a ignição dos fumos sob
o teto, ocorrente quando a relação entre gases combustíveis e
ar encontra-se ainda no limite inferior de inflamabilidade.
É caracterizado pelo caminhamento lento das chamas pela
coluna de fumaça, em pequenas "línguas-de-fogo", atingindo
o teto de forma intermitente, podendo atingir ou não a
totalidade da extensão do teto.
Flashover rico ou Rich Flashover: é observado quando a
ignição dos gases inflamáveis se der no momento em que a
mistura gasosa encontrar-se próxima dos limites superiores
de inflamabilidade.
É comum nos compartimentos onde o fogo diminuiu sua
intensidade por déficit de oxigênio, não se confundindo com
o “backdraft”, pois ocorrem em fases diferentes do incêndio.
DESENVOLVIMENTO DO INCÊNDIO
Flashover atrasado ou Delayed Flashover: ocorre quando a
camada mais fria da fumaça entra em contato com a
atmosfera externa do compartimento de origem.
As consequências do “flashover” atrasado são imprevisíveis, e
ocorrendo a ignição em condições ideais de mistura, o
resultado pode ser uma explosão violenta dos gases.
Flashover rico e quente ou Hot Rich Flashover: ocorre quando
a fumaça aquecida está enriquecida com gases inflamáveis,
numa mistura acima do limite superior de inflamabilidade,
bem como em temperatura acima da "temperatura de
ignição".
Ao deixar o compartimento do incêndio, a fumaça se dilui
rapidamente, ocorrendo a ignição espontânea.
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DESENVOLVIMENTO DO INCÊNDIO
Incêndio desenvolvido e extinção (ou decaimento)
Nessa fase as temperaturas do ambiente poderão atingir
valores acima de 1.1000C e todos os materiais combustíveis do
ambiente estarão em combustão.
O incêndio irá se propagar por meio das aberturas internas,
fachadas e coberturas da edificação.
No decaimento o incêndio irá diminuir de intensidade e de
severidade na proporção que vai se exaurindo os materiais
combustíveis.
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θ=6,85.(Q²/Av.hv1/2.h.A)1/3
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Qf=7,8.A + 378.Av.hv
Qf=750.(h.A.Av.hv1/2)1/2
Qf = mf .H
Qf = razão de desenvolvimento do calor em regime permanente (kW)
mf = razão de queima em massa do material – (kg/s)
H = poder calorífico efetivo da carga de incêndio – (kJ/kg)
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mf = 0,02 • (A r.(w/d).Av.hv1/2)1/2
dT/dt = 600/£
£ = L/mf
Q = m.c.Δt
Q = Quantidade de Calor (cal)
m = massa (g)
c = calor específico (cal/g.°C)
Δt = variação de temperatura (°C)
Q = m.L
Q = Quantidade de Calor (cal)
m = massa (g)
L = calor latente de vaporização (cal/g)
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ivan.r@pucpr.br
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