Você está na página 1de 23

RESUMÃO DE CBINC

CAPÍTULO I

1- A combustão: É uma reação química de oxidação/ uma substância combustível


reage com o comburente, ativada pelo calor (temperatura de ignição) com
desprendimento de energia luminosa, calor e gases combustíveis.
2- Considerada a afinidade química entre o combustível e o comburente como
mais uma condição para a existência do fenômeno da combustão, o triângulo
do fogo evolui para o tetraedro do fogo, que representa a união dos quatro
elementos essenciais do fogo, o Combustível, o Comburente, a temperatura de
ignição e a Reação Química em Cadeia.
3- O combustível pode ser classificado: Quanto ao estado físico / Quanto à
volatilidade / Quanto à presença do comburente. (É o elemento que serve de
campo de propagação ao fogo).
4- O comburente É todo elemento que, associando-se quimicamente ao
combustível, é capaz de fazê-lo entrar em combustão.
5- Normalmente, não ocorre chama quando a concentração de oxigênio no ar é
inferior a 16%. (combustão incompleta).
6- Temperatura de Ignição: É a temperatura necessária para que a reação química
ocorra entre o combustível e o comburente, produzindo gases capazes de entrarem
em combustão. (atenção: a maioria dos combustíveis sólidos para queimar
transforma-se em gases, com exceção do ferro, parafina, cobre bronze que
primeiro transforma-se em líquidos e posteriormente em gases). Ponto de Fulgor -
é a temperatura mínima na qual um combustível desprende gases suficientes para
serem inflamados por uma fonte externa de calor, mas não em quantidade
suficiente para manter a combustão. Ponto de Combustão - é a temperatura do
combustível, acima da qual, ele desprende gases em quantidade suficiente para
serem inflamados por uma fonte externa de calor e continuarem queimando,
mesmo quando retirada esta fonte. Ponto de Ignição - é a temperatura necessária
para inflamar os gases que estejam se desprendendo de um combustível, só com a
presença do comburente.

7- Quanto maior a superfície exposta, mais rápida será o aquecimento do material


e, conseqüentemente, o processo de combustão Assim sendo, quanto maior a
fragmentação do material, maior será a velocidade da combustão. (isso não faz
vocês lembrarem-se da intensidade da combustão? que tem como fatores que a
influenciam área superficial, quantidade de combustível e concentração de
comburente (oxigênio).
8- A volatilidade é a facilidade com que os líquidos liberam vapores, e tem grande
importância, porque quanto mais volátil for o líquido, maior a possibilidade de
haver fogo, ou mesmo explosão. Chamamos de voláteis os líquidos que liberam
vapores a temperaturas menores que 20° C.
9- Para O gás queimar, há necessidade de que esteja em uma mistura ideal com o ar
atmosférico, e, portanto, se estiver numa concentração fora de determinados
limites, não queimará. Chama de mistura ideal, ou limites de inflamabilidade; isto
é, ou a concentração deste vapor é inferior ou é superior aos limites de
inflamabilidade.

LIMITES DE INFLAMABILIDADE
Concentração
Combustíveis
Limite inferior Limite superior
Metano 1,4% 7,6%
Propano 5% 17%
Hidrogênio 4% 75%
Acetileno 2% 85%
10- Formas de combustão:

Combustão completa: É aquela em que a queima produz calor e chamas e se


processa em ambiente rico em oxigênio

Combustão incompleta: É aquela em que a queima produz calor e pouca ou


nenhuma chama, e se processa em ambiente pobre em oxigênio

Combustão espontânea: Certos materiais orgânicos, em determinadas


circunstâncias, podem, por si só, entrar em Combustão. Alguns materiais entram em
combustão sem fonte externa de calor (materiais com baixo ponto de ignição);
outros entram em combustão à temperatura ambiente (20 °c), como o fósforo
branco Ocorre também na mistura de determinadas substâncias químicas, quando
a combinação gera calor e libera gases em quantidade suficiente para iniciar
combustão.

11- Explosão: É a queima de gases (ou partículas sólidas), em altíssima velocidade,


em locais confinados, com grande liberação de energia e deslocamento de ar.
Combustíveis líquidos, acima da temperatura de fulgor, liberam gases que podem
explodir (num ambiente fechado) na presença de uma fonte de calor.

Produtos da combustão: normalmente são: Gás Carbônico (CO2, Monóxido de


Carbono (CO), fuligem, cinzas, vapor d'água, mais calor e energia luminosa.
12- Dependendo do combustível poderemos ter vários outros produtos, inclusive
tóxicos ou Irritantes.
Exemplos: - PVC ........................................... CO e Ácido Cloridrico (HCI)
- Isopor e outros plásticos ........... CO
- Poliuretano ................................ CO e Gás Cianídrico (HCN)

13- MÉTODOS DE TRANSMISSÃO DE CALOR


Irradiação É a transmissão de calor que se processa sem a necessidade de
continuidade molecular entre a fonte calorifica e o corpo que recebe
calor. É a transmissão de calor que acompanha geralmente a emissão
de luz.

Condução É a transmissão de calor que se faz de molécula para molécula,


através de um movimento vibratório que as anima e permite a
comunicação de uma para outra.( As anteparas e pisos que limitam os
compartimentos incendiados atingem temperaturas que ultrapassam a

de ignição da maioria dos materiais encontrados a bordo.

Convecção É o método de transmissão de calor característico dos líquidos e gases.


Consiste na formação de correntes ascendentes no seio da massa fluida,
devido ao fenômeno da dilatação e conseqüente perda de densidade da
porção de fluido mais próximo da fonte calorífica
14- ELETRICIDADE ESTÁTICA: Eletricidade estática é o acúmulo de potencial
elétrico de um corpo em relação a outro, geralmente em relação à terra. Forma-se,
na grande maioria dos casos, por atrito.

ATENÇÃO PARA ESSA TABELA!!!!!! ADSUMUS!!!!!!!!!! VENCEREMOS


ESSA LUTA!!!!!

PIRÓLISE
Temperatura Reação
200 ºC Produção de vapor d’água, dióxido de carbono e ácidos acético e
fórmico * (1º passo)
200 ºC - 280 ºC Ausência de vapor d’água – pouca quantidade de monóxido de
carbono – a reação ainda está absorvendo calor.* (2º passo)
280 ºC - 500 ºC A reação passa a liberar calor, gases inflamáveis e partículas; há a
carbonização dos materiais (o que também liberará calor).
* (3º passo)
Acima de 500 ºC Na presença do carvão, os combustíveis sólidos são
decompostos, quimicamente, com maior velocidade.* (4º passo)
*SEQUENCIA PARA GRAVAR
CAPÍTULO 2
15- Fogo - Desenvolvimento simultâneo de calor e luz, que é produto da combustão de
matérias inflamáveis, como, por ex., a madeira, o carvão, o gás.
Incêndio - Fogo que lavra com intensidade, destruindo e, às vezes, causando
prejuízos.
16- A DINÂMICA DO INCÊNDIO: Os incêndios podem ser separados em quatro
diferentes estágios: Fase inicial; Fase de desenvolvimento; Incêndio desenvolvido
e Fase de queda de intensidade.
17- Fase Inicial: fogo está localizado próximo ao foco do incêndio.
Fase de Desenvolvimento: É a fase de transição entre a fase inicial e a do
incêndio totalmente desenvolvido. Pode ser considerado um evento do incêndio.
Trata-se do momento no qual a temperatura da camada superior de fumaça atinge
600ºC. Caso não ocorra a extinção do incêndio poderá ocorrer o “roolover” que é
o fenômeno no qual os gases da combustão não queimados no incêndio misturam-
se ao ar e se inflamam na parte superior do compartimento devido à alta
temperatura naquela área. A característica principal desta fase é o repentino
espalhamento das chamas a todo o material combustível existente no
compartimento. Este fenômeno é conhecido pelo nome de "flashover"
18- Incêndio Desenvolvido: Todo o material do compartimento está em combustão,
sendo a taxa de queima limitada pela quantidade de oxigênio remanescente. O
acesso a esse incêndio é praticamente impossível, sendo necessário um ataque
indireto ao mesmo.
19- Fase de Queda de Intensidade: Quase todo o material combustível já foi
consumido e o incêndio começa a se extinguir. Após a extinção do incêndio, em
casos específicos, pode ocorrer o fenômeno do reaparecimento. Quando ar fresco é
admitido nessa atmosfera rica em vapores combustíveis / gases explosivos e com
temperatura próxima à de ignição, os três elementos do triângulo do fogo estarão
novamente presentes e pode ocorrer uma explosão, fenômeno também conhecido
por “Backdraft”

20- MÉTODOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIO


21- Abafamento O primeiro método básico de extinção de incêndios é o
abafamento, que consiste em reduzir a quantidade de oxigênio para abaixo do
limite de 16%. Conforme já vimos anteriormente, a diminuição do oxigênio em
contato com o combustível vai tornando a combustão mais lenta, até a
concentração de oxigênio chegar próxima de 8%, onde não haverá mais
combustão.
22- Resfriamento É o método mais antigo de se apagar incêndios, sendo seu agente
universal a água. Consiste em reduzirmos a temperatura de um combustível abaixo
da temperatura de ignição, ou da região onde seus gases estão concentrados,
extinguindo o fogo.
23- Quebra da reação em cadeia
24- Processo de extinção de incêndios, em que determinadas substâncias são
introduzidas na reação química da combustão com o propósito de inibi-la. Neste
caso não há abafamento ou resfriamento.
25- MEDIDAS PREVENTIVAS: 1-Eliminação do material inflamável, 2-
Especificação do material de bordo, 3- Armazenamento e proteção do material
combustível, 4- Limitação da quantidade de materiais inflamáveis ao mínimo
necessário à operação em vista, 5- Manutenção do navio nas suas melhores
condições de resistência ao fogo

CAPÍTULO 3

26- PRINCIPAIS AGENTES EXTINTORES


Agente extintor é qualquer material empregado para resfriar, abafar as chamas ou
quebrar a reação em cadeia, oriundas de uma combustão, proporcionando sua
extinção.
27- ÁGUA - É o agente extintor de uso mais comum.
28- É o meio por excelência para a extinção de incêndios classe “A”
29- As neblinas podem ser utilizadas para auxiliar a extinção de incêndios classe “A”,
reduzindo as chamas superficiais e permitindo que as equipes se aproximem mais
do foco do incêndio, o que facilitará sua extinção definitiva com jato sólido. As
neblinas, na ausência de espuma, são altamente eficientes na extinção de incêndios
classe “B”.
30- ESPUMA É um agente extintor aplicado preferencialmente em incêndios para
classe "B", podendo ser também utilizada em incêndios classe “A”. Pode ser
química ou mecânica conforme seu processo de formação.
31- VAPOR de água pode ser utilizado como agente extintor, por abafamento. Evi-
dentemente, por sua temperatura normalmente elevada, não tem nenhuma ação de
resfriamento.
32- GASES INERTES É todo gás que não alimenta uma combustão, agindo na
redução do comburente (oxigênio) a níveis abaixo de 16%. O CO2 é o agente

extintor por excelência para extintores portáteis, sendo empregado em


incêndios das classes “B” e “C”. Argônio internacionalmente identificado como
extintor IG-01 esta relacionado para uso em espaços ocupados. Argonito
Proporciona segurança para uso em uma gama extensiva de aplicações sensíveis
onde as pessoas estão presentes e eletronicamente é não condutor.
33- Compostos halogenados Os compostos halogenados são utilizados atualmente
apenas em sistemas fixos. O Protocolo de Montreal (16/09/87) identificou o Halon
como uma das numerosas combinações que requerem limitações. O BCF (Halon
1211) é o agente ideal para a extinção de incêndios em módulos de motores e
turbinas. O BCF é mais tóxico que o Halon 1301, não podendo ser usado em um
compartimento ainda guarnecido.

34- Compostos halocarbonado Heptafluoropropano (designação - Hfc227ea (FM-


200) e fórmula - CF3CHFCF3)
É considerado o substituto mais eficiente do Halon 1301, Trifluorometano
(designação - HFC-23 (FE-13) e fórmula - CHF3), Pentafluoretano - (designação -
HFC-125 (FE-25 ou ECARO-25TM)
ECARO-25TM e fórmula - CHF2CF3), Hexafluoropropano
(designação - HFC-236fa (FE-36) e fórmula - CF3CH2CF3), NAF-SIII, NAF-
S125, NovecTM 1230.
MACETES: HEPTA 27 ( Substituto mais eficiente do halon 1301).
TRIO 23
PENTA 25
HEXA 36
NAF-SIII
NAF- S125
NovecTM 1230
35- AGENTES EM PÓ: Purple-K (PKP) – É um agente extintor à base de
bicarbonato de potássio, muito eficiente na extinção de incêndios em líquidos
inflamáveis em forma pulverizada e em gases inflamáveis, atacando a reação
em cadeia necessária para sustentar a combustão. a substância química seca é
codificada com a cor violeta, com o propósito de identificação e é capaz de
extinguir incêndios da classe B e é obrigatório para a classe C.
36- PLUS FIFTY® O bicarbonato de sódio é ligeiramente alcalino e pode ser
corrosivo em superfícies que são afetados por resíduo alcalino. A substância
química seca é codificada com a cor azul clara
37- Pó Químico ABC (FORAY) - Fosfato de monoamônia + sulfato de amônia,
a substância química seca é codificada com a cor amarela, com o propósito de
identificação e pode ser usado em alguns tipos de incêndios da classe A e B
obrigatório para a classe C.
38- Pó Químico Seco Especial – (MET-L-X) – É empregado exclusivamente no
combate a incêndios em metais combustíveis (classe “D”).
39- Solução aquosa de pó químico é usada a bordo de alguns navios para
extinguir incêndios em óleos comestíveis e gorduras em geral, nas fritadeiras,
ventilações da cozinha e dutos de extração. A técnica freqüentemente usada
no combate a fogo de gorduras líquidas, envolvendo óleos e banhas não-
saturadas de origem animal ou vegetal, é a aplicação de solução alcalina
como o APC, que em contato com a superfície em chamas, gera uma espuma
parecida com a do sabão, impedindo o contato do ar com a superfície em
chamas.

CAPÍTULO 4
40- Extintores são recipientes metálicos que contêm em seu interior agente
extintor para o combate imediato e rápido a princípios de incêndio. Podem
ser portáteis ou sobre rodas, conforme o tamanho e a operação.
41- Tipo pressão injetada O cilindro contém o pó químico, e o propelente (CO2)
é armazenado numa pequena ampola localizada na parte externa do extintor.
A descarga é controlada por uma válvula externa ao extintor.
42- Extintores a pó seco para metais combustíveis O pó mais comumente
empregado é o MET-L-X (cloreto de sódio com fosfato tricálcio, aditivo
termoplástico e metal estearato). O pó não é tóxico, não é combustível, não é
abrasivo e não conduz eletricidade. ( é de uso exclusivo para essa classe)
43- As carretas podem ser de água, espuma mecânica, espuma química, pó
químico seco e gás carbônico.
44- Os extintores de soda-ácida, carga líquida e espuma química, apesar de ainda
encontrados, não mais são fabricados.
45- Inspeções
Semanais: Verificar acesso, visibilidade e sinalização.
Mensais: Verificar se o bico ou a mangueira estão obstruídos. Observar a
pressão do manômetro (se houver), o lacre e o pino de segurança.
Semestrais: Verificar o peso do extintor de CO2 e do cilindro de gás
comprimido, quando houver. Se o peso do extintor estiver abaixo de 90% do
especificado, recarregar.
Anuais: Verificar se não há dano físico no extintor, avaria no pino de
segurança e no lacre. Recarregar o extintor.
Qüinqüenais: Fazer o teste hidrostático, que é a prova a que se submete o
extintor a cada 5 anos ou toda vez que o aparelho sofrer acidentes, tais como:
batidas, exposição a temperaturas altas, ataques químicos ou corrosão. Deve
ser efetuado por pessoal habilitado e com equipamentos especializados. Neste
teste, o aparelho é submetido a uma pressão de 2,5 vezes a pressão de
trabalho, isto é, se a pressão de trabalho é de 14 kgf/cm2, a pressão de prova
será de 35 kgf/cm2. Este teste é precedido por uma minuciosa observação do
aparelho, para verificar a existência de danos físicos.
46- IDENTIFICAÇÃO DOS EXTINTORES PORTÁTEIS
O local onde ficam instalados os extintores deve ser marcado com um sinal,
indicando a classe de incêndio para o qual aquele extintor é adequado.

Extintores utilizados em incêndios classe “A” são identificados por meio de um


triângulo verde contendo a letra A.
Extintores utilizados em incêndios classe “B” são identificados por meio de um
quadrado vermelho contendo a letra B.

Extintores utilizados em incêndios classe “C” são identificados por meio de um


círculo azul contendo a letra C.

Extintores utilizados em incêndios classe “D” são identificados por meio de uma
estrela amarela de cinco pontas contendo a letra D.

47- Os extintores portáteis devem ser selecionados e posicionados com base no


material combustível efetivamente existente na área a proteger.

Capítulo 5
48- A rede de incêndio consiste em um sistema de canalizações que alimentam
tomadas de incêndio e sistemas de borrifo, através de bombas que
constantemente as mantêm pressurizadas.

49- A pressão da rede de incêndio é da ordem de 150 libras/pol. 2, sendo que é

necessária uma pressão mínima de 70 libras/pol. 2 no terminal das mangueiras


para a operação de quase todos os equipamentos produtores de espuma.
As tomadas de incêndio são dispositivos colocados na rede de incêndio para a
captação da água para o combate a incêndio e a bordo são instaladas nas
canalizações horizontais ou nas extremidades das derivações verticais.
Nas instalações de terra essas tomadas são conhecidas como hidrantes e
podem ser públicos, quando pertencerem a rede de distribuição pública e
particulares quando instalados em edifícios residenciais, comerciais e
industriais.
50- A localização das tomadas de incêndio obedece aos seguintes critérios: navios
de grande e médio porte são posicionados de modo que qualquer ponto do
navio possa ser alcançado com duas mangueiras de 15,25 m (50 pés). Nos
navios de pequeno porte, são dispostas de modo que se possa alcançar
qualquer ponto do navio com uma mangueira de 15,25 m (50 pés) de
comprimento. As tomadas do convés principal ficam elevadas de 0,30 m do
piso e dispostas horizontalmente.
51- As válvulas normalmente instaladas na rede de incêndio são de interceptação,
redutora e de segurança.
52- E o equipamento de combate a incêndio, constituído de um duto flexível
dotado de juntas de união, destinado a conduzir água sob pressão. São as
mangueiras adotadas na Marinha do Brasil são as do tipo lona dupla e se
apresentam nos diâmetros de 1½" e 2½". As seções são de 15,25 m (50 pés)
de comprimento, com união macho em uma extremidade e fêmea na outra.
53- Acondicionamento São maneiras de dispor as mangueiras, em função do local
de guarda.
54- Aduchada é de fácil manuseio, tanto no combate a incêndio, como no
transporte.
55- O acondicionamento em ziguezague em pé pode ser feito com os gomos
colocados parcialmente sobrepostos, distribuindo-se paralelamente sobre o
estrado de para sua guarda.
56- A união dupla fêmea é utilizada especialmente para unir duas mangueiras
ligadas à tomada de incêndio (que têm rosca macho), para efeito de contorno
da rede.
57- O transporte da mangueira aduchada deverá ser com a parte metálica voltada
para trás e para baixo.
58- O esguicho universal possui uma válvula de 3 posições comandada por uma
alavanca e dois orifícios de descarga, existente nas dimensões de 1 1/2" e 2
1/2".
59- Para obtenção de neblina de baixa velocidade, retira-se o pulverizador de alta
velocidade, colocando-se em seu lugar um aplicador, onde existe um
pulverizador de baixa velocidade.
60- Os esguichos variáveis, denominação derivada do inglês “VARI –
NOZZLES” são equipamentos empregados para a proteção do pessoal e no
combate a incêndio.
61- Os primeiros modelos desse tipo apresentam um anel de controle de vazão
que pode ser regulado em 60, 95 ou 125 galões por minuto (gpm).
62- Os esguichos com anel regulador foram alterados e passaram a ser fornecidos
apenas com 95 gpm ou 125 gpm, ambos de 1½". O esguicho de 2½" é
fornecido somente em 250 gpm. Os esguichos de 95 gpm deverão ser
utilizados nas praças de máquinas, em mangueiras simples com misturador
entrelinha ou estação geradora, ou nos dispositivos de “duplo agente”. Os
esguichos de 125 gpm deverão ser utilizados nos convôo e hangares.
63- Em alguns navios, as tomadas de incêndio podem ter um ralo especial que
permite sua limpeza automática (ralo auto-limpável).
64- As uniões fêmeas possuem em seu interior um anel de borracha que é
responsável pela perfeita vedação.
65- O transporte da mangueira aduchada deverá ser com a parte metálica voltada
para trás e para baixo.
66- Comparando-se a neblina de alta velocidade com a de baixa, verifica-se que a
de baixa possui menor alcance e maior difusão das partículas de água
apresentando mais facilidade de absorção de calor. Em ambos os tipos de
neblina, porém, seus efeitos são, em maior ou menor grau, os de resfriamento
e abafamento.
67- O esguicho variável (de 1½" ou 2½") foi introduzido na Marinha com o
recebimento de novos navios provenientes da Marinha Norte-Americana.
Esse esguicho praticamente substituiu o esguicho universal naquela Marinha
e, como conseqüência, eliminou o uso do aplicador de neblina.

CAPÍTULO

68- A espuma é o agente indicado para extinção de incêndios classe “B”, em


especial os de grande vulto. Como já visto, a espuma extingue incêndios por
abafamento.
69- A camada de espuma efetivamente isola o oxigênio da superfície do
combustível; e
70- A água contida na espuma permite contornar obstáculos, dando mais
flexibilidade ao combate a incêndio.
71- A principal finalidade do uso de espuma em CBINC é a extinção de incêndios
em combustíveis ou na maioria dos líquidos inflamáveis, tendo excelentes
características de penetração além de ser superior à água na extinção de
incêndios da classe "B".
72- A espuma pode ser obtida de várias formas, dependendo do material
existente nas diversas classes de navios. Borrifo de porões, borrifo de teto ou
lançamento de espuma usando FB 5X/NPU, como adequado, também são
outras formas de utilizar a espuma, fazendo a selagem dos vapores
combustíveis e prevenindo o ressurgimento do incêndio.
73- A espuma, de um modo geral, é constituída, em peso, de cerca de 85% de
água e cerca de 90% em volume de ar ou CO2.

74- Misturador Entrelinhas Apresenta grande vantagem de poder ser instalado


fora do limite primário de fumaça, o que facilita o abastecimento contínuo de
líquido gerador, sem que os homens tenham a necessidade de usar
equipamento de proteção.
75- As estações fixas produtoras de espuma devem ser sempre guarnecidas em
postos de combate e de vôo, por no mínimo três homens.
CAPÍTULO 7
76- Os Sistemas Fixos de Combate, tem por objetivo distribuir o agente extintor
através de tubulações até o setor protegido, em quantidade suficiente para a
perfeita extinção do princípio de incêndio e podem ser empregados de duas
maneiras:
77- a) Inundação total - É o sistema instalado para proteção de grandes áreas
como, por exemplo, praças de máquinas, compartimentos de líquidos
inflamáveis, hangares e paióis de tinta.
78- b) aplicação local - É o sistema utilizado para proteção de equipamentos
como, por exemplo: geradores, turbinas, painéis e também computadores.
Este modo de instalação, também conhecido como modular, é diferenciado
dos demais pelo uso de um difusor para cada ampola.
79- SISTEMAS DE BORRIFO COM ÁGUA: Também denominado de sistema
de chuveiro automático. Destinam-se, genericamente, a proteger áreas contra
o fogo e, quando operando automaticamente, possuem a vantagem de atuar
logo no início do incêndio.
80- A bordo, o tipo mais antigo de sistema fixo de borrifo consiste em uma
derivação da rede de incêndio e se destina à proteção dos paióis de munição,
praças de municiamento, etc. Entre a rede de incêndio e os compartimentos
protegidos existe uma válvula de interceptação, normalmente aberta e travada
por um cadeado.
81- No caso dos hangares, as redes de borrifo são dispostas transversalmente, de
forma a facilitar a limitação da área incendiada.
82- Um sistema muito utilizado, tanto a bordo como em instalações de terra, é o
que utiliza os chuveiros automáticos. A rede de borrifo, nesse caso, é mantida
sob pressão no compartimento a proteger. Os chuveiros entram em ação
independentemente, quando sensibilizados pelo calor. Assim, somente entram
em operação aqueles pulverizadores próximos ao fogo.
83- A rede de borrifo é mantida carregada com água doce através de uma
mangueira flexível, procedente da rede de aguada, no propósito de reduzir os
problemas de corrosão.
84- Os sistemas fixos de CO2 são instalados a bordo com a finalidade de saturar,

com esse gás, a atmosfera no interior dos compartimentos que, normalmente,


apresentam maior risco de incêndio.
85- As instalações fixas de CO2 podem ser de dois tipos: o de mangueira em

sarilho e o de descarga direta à distância.


86- O halon é recomendado para proteção a Centros de Processamento de Dados
(CPD), painéis de controle automatizados e todas as fontes de incêndio classe
“C” que requeiram um agente “limpo” para extinção de incêndio.
87- Na Marinha do Brasil, o agente normalmente utilizado é o Halon 1301.
Encontra-se em desuso, porém ainda é utilizado em algumas classes de
navios.
88- O sistema de extinção por inundação total pode ser disposto a bordo de duas
maneiras:
89- Estação central de halon; e
90- Bancada local.
91- O dispositivo de duplo agente é união de um esguicho AFFF com um
esguicho de pó químico (PKP) presos por uma barra de ferro, que os mantém
afastados 8" um do outro.
92- O sistema fixo com gás inerte é projetado para espaço fechado onde o agente
extintor utilizado pode ser o nitrogênio, o argônio ou o Argonito.
CAPÍTULO 8
93- Todo o material que tem como propósito básico proteger o homem que
combate um incêndio, contra quaisquer fatores que coloquem em risco sua
integridade física, é conhecido como equipamento de proteção
94- Durante a fase de preparação para um combate a um incêndio, deve-se prover
três tipos básicos de proteção aos componentes do grupo.
95- Proteção contra queimaduras;
Proteção ao aparelho respiratório; e
Proteção contra choques na cabeça.
96- Na ausência de roupas especiais, o uso de vestimentas à base de algodão
oferece proteção significativa contra o calor irradiante de um incêndio. Por
esse motivo, adotou-se o macacão como vestimenta padrão a bordo dos
navios em viagem.
97- Os componentes dos reparos devem estar vestidos com uniforme de combate
completo, inclusive capacetes com lanterna, capuz e luva antiexposição ou
luvas para trabalhos pesados, com exceção dos homens da turma de incêndio,
que devem estar vestidos com roupas de aproximação tipo “Fearnought”
inglesa ou FFE-Firefighting Coverall americana (Fig. 8.2).
98- As roupas de penetração são usadas nas fainas de combate a incêndio, onde o
homem poderá ficar em contato direto com as chamas ou altas temperaturas.
99- É fundamental identificar os quatro riscos mais comuns encontrados em
incêndios com a exposição do aparelho respiratório:
Falta de oxigênio;
Temperaturas elevadas;
Fumaça; e
Gases tóxicos.
Os gases tóxicos em incêndio variam de acordo com quatro fatores:
Natureza do combustível
Taxa de aquecimento
Temperatura dos gases envolvidos
Concentração de oxigênio.
Determinados tipos de máscaras dotadas de filtros (normalmente de carvão)
permitem a respiração em atmosferas assim contaminadas, desde que essa
atmosfera disponha ainda de um percentual adequado de oxigênio.
100- As máscaras com tambor-gerador de oxigênio operam em circuito fechado,
sem qualquer comunicação com o ambiente exterior.
101- O fim da vida útil do tambor-gerador será notado pelo usuário por uma
resistência à expiração e pelo embaçamento dos visores durante a inspiração.
Máscaras com ampolas de ar comprimido, estas máscaras funcionam debitando
automaticamente a quantidade de ar necessária para cada inalação. Existem
vários fabricantes, porém todas as máscaras operam dentro de um mesmo
princípio de funcionamento.
102- Drager Lubeca PA 54 O cilindro trabalha com a pressão de 200 bar, que é
reduzida para a pressão média e constante de 5 bar. O seu volume é de 7 litros
de ar (a 200 Bar) que equivalem a 1400 litros de ar na pressão atmosférica
normal. Quando o cilindro atinge 50 bar, soa um alarme.
103- É possível se adaptar um dispositivo de comutação para respiração através de
mangueira de ar comprimido, abastecendo por longo tempo o usuário da
máscara.
104- A máscara Basca o cilindro trabalha com a pressão de 207 bar e possui a
capacidade de 1400 litros de ar no modelo padrão e 1210 litros de ar para a
versão não-magnética.
Quando o cilindro está totalmente carregado, no modelo padrão, dá uma
autonomia de 27 minutos até o disparo do apito-alarme, ou de 25 minutos na
versão não-magnética.
Após o alarme ainda permanecem sete minutos de ar para a utilização.
105- Máscaras autônomas MSA mod. 401 O cilindro trabalha com a pressão de
150 bar e possui capacidade de 1270 litros de ar. Quando totalmente
carregada dá uma autonomia de 30 minutos.
106- Os navios devem ter a bordo máscaras de escape de emergência. Entre as
máscara existentes podemos mencionar: ELSA (Emergency Life Support
Apparatus) e EEBD (Emergency Escape Breathing Device). Essas máscaras
foram concebidas apenas para o escape de pessoal de locais tomados por
fumaça espessa, e por isto, não podem ser empregadas em fainas de combate
a incêndio ou nas fainas de CAV.
107- As máscaras ELSA (Fig. 8.7) são recarregáveis. As máscaras EEBD são
descartáveis, tendo uma vida útil de quinze anos após sua fabricação.
108- CÂMERA DE IMAGEM TÉRMICA (TIC-THERMAL IMAGE CAMERA)
109- Esta câmera é um equipamento que capta a diferença da radiação
infravermelha de objetos com diferença de temperatura de pelo menos 4ºF,
permitindo detectar diferentes perfis de temperatura em um ambiente.
110- A TIC é utilizada pelo líder da turma de incêndio. A turma de ataque também
poderá utilizar a TIC, desde que guarnecida previamente.
111- Os “indicadores de vapores” de hidrocarbonetos usados a bordo dos navios
são conhecidos como explosímetros. Atualmente existem três tipos diferentes
desses indicadores que empregam filamentos de platina, associados com uma
resistência ou circuito elétrico.
112- É um detetor químico de gases composto, em síntese, por uma bomba de ar
manual e por tubos de reagentes químicos. Cada tipo de gás a ser pesquisado
requer um tubo com reagente próprio, o qual fica inutilizado após o uso.

CAPÍTULO 9
113- Técnica de combate a incêndio é a utilização correta dos meios disponíveis
para extinguir incêndios com maior segurança e com um mínimo de danos
durante o combate.
114- Ataque Direto - quando os homens conseguem entrar no compartimento e
atacar o foco do incêndio; e
115- Ataque Indireto - os homens podem ter acesso ao compartimento, mas não
alcançam a base do fogo devido à presença de obstáculos, ou as condições do
compartimento (fase de desenvolvimento) não permitem aos homens a
entrada no recinto, impossibilitando o ataque direto ao fogo.
116- A faina de descompressão compreende a abertura de algum acessório, ou
fazendo um furo na chapa, da parte superior do compartimento sinistrado,
permitindo a liberação desses gases quentes para a atmosfera. O
compartimento, portanto, deve estar imediatamente inferior a um convés
aberto, ou a um compartimento grande que seja adjacente a um convés aberto
(hangar de uma fragata ou contratorpedeiro, “well deck” nos navios-doca).
117- As fainas de combate a incêndio a bordo de navios têm como fator essencial a
rapidez da ação dos descobridores e da turma de ataque.
118- As fainas de combate a incêndio classe “A” podem se enquadrar em duas
situações distintas, bem definidas, cada qual com diferentes métodos de
ataque (todas consideram a utilização de roupa de aproximação para combate
a incêndio) :
119- A técnica a ser utilizada, por meio de um ataque direto, é simplesmente atacar
o foco do incêndio para sua extinção.
Ataque indireto com resfriamento dos gases da combustão É um tipo de
ataque indireto empregado na situação em que é possível o acesso ao
compartimento, mas ainda não se consegue atacar o incêndio diretamente
devido à alta temperatura, ou devido à existência de algum obstáculo. Esse
método é americano e é conhecido como FOG ATTACK.
120- O ataque, visando o controle do incêndio, deve ser efetuado empregando o
esguicho variável em cone de 600 (neblina de alta), o jato de neblina (600) é
orientado a 450 da horizontal em direção à camada de gases quentes, aplicado
por cerca de 2 ou 3 segundos e feito uma pausa, a fim de se avaliar a situação
e permitir que o vapor produzido se dissipe, não é recomendável empregá-lo
com esguicho universal;
121- Ataque indireto com posterior entrada no compartimento. Situação
vigente: As Altas temperaturas não permitem o acesso ao compartimento,
porém existe a possibilidade da aplicação direta de água sobre a base do
fogo com jato sólido desde o acesso ao compartimento.
122- Ataque direto com descompressão Situação vigente: Altas temperaturas não
permitem o acesso ao compartimento sinistrado, porém existe a possibilidade
de ser feito um furo no piso do compartimento imediatamente superior ao
mesmo, para que haja uma rápida redução da temperatura e posterior ataque
direto ao fogo.
123- Ataque indireto através de aberturas no teto e antepara
Situação vigente: Altas temperaturas não permitem o acesso ao
compartimento sinistrado, porém existe a possibilidade de ser feito um
furo no piso e antepara do compartimento imediatamente superior ao
mesmo, para que se faça o ataque indireto.
124- Ataque indireto com descompressão Situação vigente: Altas temperaturas
não permitem o acesso ao compartimento sinistrado, porém existe a
possibilidade de ser feito um furo no teto e na antepara do mesmo, para
que se faça o ataque indireto e possa descomprimir para a atmosfera
reduzindo a temperatura no compartimento.
Recomendações adicionais para o ataque indireto aplicar água continuamente
por cerca de 5 a 10 minutos no início do ataque;
O acessório através do qual a água está sendo lançada deve ser aberto apenas
o suficiente para a passagem do esguicho ou do jato de água;
Se for necessário fazer uma abertura (furo), deve ser cortado apenas o
suficiente para a passagem do esguicho ou aplicador;
125- O posicionamento dos homens (dos esguichos) vai depender da classe do
incêndio e do tipo de esguicho utilizado. Em um incêndio classe “B”, quando
empregando esguichos tipo FB5(X) ou NPU, essa linha de mangueira sempre
precisa de uma linha de proteção.
126- Reentrada em compartimentos sinistrados reentrada em compartimentos
sinistrados: estabelecer uma linha de proteção do navio ou linha de selagem
(neblina de água) no acesso a ser aberto. Essa linha permanece nessa posição
durante toda a faina, prevenindo ou reduzindo a passagem do calor e fumaça
para a área da reentrada. Essa linha corre pelo teto, fixada com ganchos tipo
“S”.
127- O ataque a incêndio deve ser feito, sempre que possível, em uma única
direção, coordenadamente, quer empregando extintores ou mangueiras;
128- Na impossibilidade de o ataque ser feito com duas linhas de mangueira, pode
ser utilizada apenas uma, estando uma segunda linha pronta para entrar em
ação, caso necessário, já devendo estar guarnecida e pressurizada antes da
entrada da primeira linha no compartimento;
CAPÍTULO 10
129- Os propósitos do CBINC são: proteção do pessoal contra os efeitos do fogo e
da fumaça; e
- limitação, controle e redução de danos materiais causados por incêndios a
bordo, em tempo de paz ou de guerra, utilizando os recursos disponíveis pelo
navio.
130-. É de responsabilidade do Encarregado do CAv, dos Encarregados de
Divisão, dos Fiéis de CAv de Divisão e do pessoal de serviço - fiéis de
CAv e patrulhas - a detecção e correção de irregularidades observadas que
venham a apresentar risco de incêndio a bordo.
131- As providências de prevenção e limitação de incêndios a bordo, no que diz
respeito ao material inflamável, abordadas nas diversas publicações já
existentes de Controle de Avarias, podem, então, ser abordadas sob cinco
aspectos práticos, a saber: Eliminação do material desnecessário à operação
militar do navio, Todo material introduzido a bordo deve ser relacionado e
informado ao ENCCAv da sua localização. Especificação do material de
bordo; Limitação da quantidade de materiais inflamáveis à operação em
vista; Armazenamento e proteção do material combustível; Manutenção do
navio nas suas melhores condições de resistência ao fogo: pela realização de
freqüentes inspeções, de modo a manter os riscos de incêndio reduzidos ao
mínimo possível; e pelo contínuo endoutrinamento da tripulação da
necessidade de manter o navio seguro. Pode ser feito através de
adestramento individual, por equipes e para os quartos de serviço e de notas
em Plano de Dia.
132- O completo isolamento do compartimento, exceto a iluminação, é necessário
para evitar o aumento do incêndio pela adição de inflamáveis (combustíveis)
e de oxigênio do ar (comburente), ou para evitar os perigos para os homens e
para as instalações elétricas.
133- O completo isolamento do compartimento, exceto a iluminação, é necessário
para evitar o aumento do incêndio pela adição de inflamáveis (combustíveis)
e de oxigênio do ar (comburente), ou para evitar os perigos para os homens e
para as instalações elétricas.
134- Qualquer barreira física pode ser um limite de incêndio.
Limites primários ideais para o fogo são as anteparas transversais, conveses,
pisos e tetos que o circundam. Os limites secundários são geralmente
estabelecidos nas zonas de fogo ou nas subdivisões estanques.
135- Esses limites primários devem ser, se possível, definidos por anteparas e
conveses estanques imediatamente adjacentes ao compartimento afetado e
que deverão ser, no mínimo, estanques à fumaça. Especial atenção deve ser
dada aos limites superiores de incêndio, pois experiências mostram que o
fogo se espalha verticalmente muito mais rápido do que lateralmente.
136- as contenções devem ser realizadas em todos os limites primários de um
incêndio
137- Limites de fumaça: Serão estabelecidos ao mesmo tempo em que os limites
do incêndio. Cortinas de fumaça e mesmo neblina de água podem reduzir o
espalhamento da fumaça.
138- Os limites primários de fumaça ideais são as anteparas estanques a gases que
envolvem a área de acesso ao compartimento afetado e ao incêndio.
139- O uso rápido e efetivo das cortinas/cobertores como limitadores de fumaça
dificulta sua propagação para além dos compartimentos afetados.
140- Os limites secundários de fumaça deverão ser estabelecidos em torno dos
limites primários, para monitorar o espalhamento da fumaça e permitir uma
área safa para o pessoal sem máscara.
150- Esses limites devem ser estabelecidos no primeiro minuto da faina.
151- Para incêndios classe “B” em Praças de Máquinas, essa zona que
compreende os limites primários e secundários recebe o nome de zona de
abafamento.
152- O EncRep decidirá, com assessoria do Líder da Cena de Ação e Investigador,
através da informação de onde há a presença de fumaça, onde estabelecer os
limites, informando essa decisão ao Líder da Cena de Ação, ao Investigador
e à ECCAv.
153- A ECCAv deve analisar a decisão do EncRep e alterar os limites se
necessário, informando ao EncRep.
154- O ENCCAv e o EncRep plotam os limites no Quadro de Avarias e
determinam o estabelecimento dos limites secundários, através de contato
com os outros reparos, se necessário.
155- O esgoto do compartimento já deve ter sido completado antes de se terminar
a faina de remoção da fumaça, pela possibilidade da existência de gases
diluídos na água.
156- Após o incêndio estar extinto, gases combustíveis podem estar presentes.
Para todas as classes de incêndio, o monóxido de carbono (CO) será o gás
predominante. Apesar de inflamável, quantidades grandes de CO devem ser
produzidas para se atingir a concentração explosiva (de 12,5% a 74%).
157- As fainas devem trocar pelo menos 95% do ar contaminado. Isso vai ser
obtido após a realização de quatro trocas desse ar contaminado por ar fresco,
o que pode ser conseguido após cerca de 15 minutos de ventilação forçada
usando ventilação positiva.
158- Quando o compartimento estiver ventilado, ou livre de fumaça, deve ser
parada a remoção da fumaça e conduzidos os testes de Oxigênio (O 2+), de
gases combustíveis (E-) e de gases tóxicos (GT-), nessa seqüência. O nível
de oxigênio deve estar no limite inferior de explosão, de 20% a 22%, e todos
os gases explosivos devem estar a menos de 10% do limite mínimo para a
explosão.
159- A bordo, o pessoal componente dos reparos de CAv deve ter conhecimento
sobre a condução desses testes, mas o pessoal obrigatoriamente qualificado
deve ser o seguinte:
- encarregado do CAv;
- fiel de CAv do navio ou de serviço;
- líderes dos Reparo; e
- Investigadores.
160- Salienta-se que as estatísticas das grandes marinhas mostram que cerca de
90% dos incêndios são extintos nos primeiros dois minutos, 5% nos
primeiros dez minutos, e os 5% restantes ultrapassam 5 a 10 horas, sendo
metade destes últimos ocorridos em Praças de Máquinas.
161- Devem ser criadas, em cada navio, listas de verificação que incluam cada
ação a ser tomada. Estas listas especificam o que deve ser feito em cada
estação e a seqüência em que as ações devem ser preferencialmente tomadas,
no mar ou no porto. As listas devem estar disponíveis na estação central de
CAV, centro / estação de controle da máquina, reparo das praças de
máquinas, estação Secundária de CAV, e de posse do líder da cena de ação.
162- Linha de proteção do navio é a linha utilizada com esguicho de mangueira
para produção de neblina de baixa velocidade, parede d’água ou cortina de
aproximação, que deve ser posicionada no ponto de acesso ao comparti-
mento.
163- A reentrada após possível fogo extinto Aguardar pelo menos 15 minutos para
a atuação do agente extintor. Isso permite o resfriamento parcial do local,
prevenindo o recrudescimento do incêndio quando o oxigênio entrar no
compartimento; Efetuar lançamento de espuma nos porões por 2 minutos ou
de acordo com o estabelecido para a classe do navio, antes da reentrada no
compartimento;

Você também pode gostar