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CAPÍTULO I
LIMITES DE INFLAMABILIDADE
Concentração
Combustíveis
Limite inferior Limite superior
Metano 1,4% 7,6%
Propano 5% 17%
Hidrogênio 4% 75%
Acetileno 2% 85%
10- Formas de combustão:
PIRÓLISE
Temperatura Reação
200 ºC Produção de vapor d’água, dióxido de carbono e ácidos acético e
fórmico * (1º passo)
200 ºC - 280 ºC Ausência de vapor d’água – pouca quantidade de monóxido de
carbono – a reação ainda está absorvendo calor.* (2º passo)
280 ºC - 500 ºC A reação passa a liberar calor, gases inflamáveis e partículas; há a
carbonização dos materiais (o que também liberará calor).
* (3º passo)
Acima de 500 ºC Na presença do carvão, os combustíveis sólidos são
decompostos, quimicamente, com maior velocidade.* (4º passo)
*SEQUENCIA PARA GRAVAR
CAPÍTULO 2
15- Fogo - Desenvolvimento simultâneo de calor e luz, que é produto da combustão de
matérias inflamáveis, como, por ex., a madeira, o carvão, o gás.
Incêndio - Fogo que lavra com intensidade, destruindo e, às vezes, causando
prejuízos.
16- A DINÂMICA DO INCÊNDIO: Os incêndios podem ser separados em quatro
diferentes estágios: Fase inicial; Fase de desenvolvimento; Incêndio desenvolvido
e Fase de queda de intensidade.
17- Fase Inicial: fogo está localizado próximo ao foco do incêndio.
Fase de Desenvolvimento: É a fase de transição entre a fase inicial e a do
incêndio totalmente desenvolvido. Pode ser considerado um evento do incêndio.
Trata-se do momento no qual a temperatura da camada superior de fumaça atinge
600ºC. Caso não ocorra a extinção do incêndio poderá ocorrer o “roolover” que é
o fenômeno no qual os gases da combustão não queimados no incêndio misturam-
se ao ar e se inflamam na parte superior do compartimento devido à alta
temperatura naquela área. A característica principal desta fase é o repentino
espalhamento das chamas a todo o material combustível existente no
compartimento. Este fenômeno é conhecido pelo nome de "flashover"
18- Incêndio Desenvolvido: Todo o material do compartimento está em combustão,
sendo a taxa de queima limitada pela quantidade de oxigênio remanescente. O
acesso a esse incêndio é praticamente impossível, sendo necessário um ataque
indireto ao mesmo.
19- Fase de Queda de Intensidade: Quase todo o material combustível já foi
consumido e o incêndio começa a se extinguir. Após a extinção do incêndio, em
casos específicos, pode ocorrer o fenômeno do reaparecimento. Quando ar fresco é
admitido nessa atmosfera rica em vapores combustíveis / gases explosivos e com
temperatura próxima à de ignição, os três elementos do triângulo do fogo estarão
novamente presentes e pode ocorrer uma explosão, fenômeno também conhecido
por “Backdraft”
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
40- Extintores são recipientes metálicos que contêm em seu interior agente
extintor para o combate imediato e rápido a princípios de incêndio. Podem
ser portáteis ou sobre rodas, conforme o tamanho e a operação.
41- Tipo pressão injetada O cilindro contém o pó químico, e o propelente (CO2)
é armazenado numa pequena ampola localizada na parte externa do extintor.
A descarga é controlada por uma válvula externa ao extintor.
42- Extintores a pó seco para metais combustíveis O pó mais comumente
empregado é o MET-L-X (cloreto de sódio com fosfato tricálcio, aditivo
termoplástico e metal estearato). O pó não é tóxico, não é combustível, não é
abrasivo e não conduz eletricidade. ( é de uso exclusivo para essa classe)
43- As carretas podem ser de água, espuma mecânica, espuma química, pó
químico seco e gás carbônico.
44- Os extintores de soda-ácida, carga líquida e espuma química, apesar de ainda
encontrados, não mais são fabricados.
45- Inspeções
Semanais: Verificar acesso, visibilidade e sinalização.
Mensais: Verificar se o bico ou a mangueira estão obstruídos. Observar a
pressão do manômetro (se houver), o lacre e o pino de segurança.
Semestrais: Verificar o peso do extintor de CO2 e do cilindro de gás
comprimido, quando houver. Se o peso do extintor estiver abaixo de 90% do
especificado, recarregar.
Anuais: Verificar se não há dano físico no extintor, avaria no pino de
segurança e no lacre. Recarregar o extintor.
Qüinqüenais: Fazer o teste hidrostático, que é a prova a que se submete o
extintor a cada 5 anos ou toda vez que o aparelho sofrer acidentes, tais como:
batidas, exposição a temperaturas altas, ataques químicos ou corrosão. Deve
ser efetuado por pessoal habilitado e com equipamentos especializados. Neste
teste, o aparelho é submetido a uma pressão de 2,5 vezes a pressão de
trabalho, isto é, se a pressão de trabalho é de 14 kgf/cm2, a pressão de prova
será de 35 kgf/cm2. Este teste é precedido por uma minuciosa observação do
aparelho, para verificar a existência de danos físicos.
46- IDENTIFICAÇÃO DOS EXTINTORES PORTÁTEIS
O local onde ficam instalados os extintores deve ser marcado com um sinal,
indicando a classe de incêndio para o qual aquele extintor é adequado.
Extintores utilizados em incêndios classe “D” são identificados por meio de uma
estrela amarela de cinco pontas contendo a letra D.
Capítulo 5
48- A rede de incêndio consiste em um sistema de canalizações que alimentam
tomadas de incêndio e sistemas de borrifo, através de bombas que
constantemente as mantêm pressurizadas.
CAPÍTULO
CAPÍTULO 9
113- Técnica de combate a incêndio é a utilização correta dos meios disponíveis
para extinguir incêndios com maior segurança e com um mínimo de danos
durante o combate.
114- Ataque Direto - quando os homens conseguem entrar no compartimento e
atacar o foco do incêndio; e
115- Ataque Indireto - os homens podem ter acesso ao compartimento, mas não
alcançam a base do fogo devido à presença de obstáculos, ou as condições do
compartimento (fase de desenvolvimento) não permitem aos homens a
entrada no recinto, impossibilitando o ataque direto ao fogo.
116- A faina de descompressão compreende a abertura de algum acessório, ou
fazendo um furo na chapa, da parte superior do compartimento sinistrado,
permitindo a liberação desses gases quentes para a atmosfera. O
compartimento, portanto, deve estar imediatamente inferior a um convés
aberto, ou a um compartimento grande que seja adjacente a um convés aberto
(hangar de uma fragata ou contratorpedeiro, “well deck” nos navios-doca).
117- As fainas de combate a incêndio a bordo de navios têm como fator essencial a
rapidez da ação dos descobridores e da turma de ataque.
118- As fainas de combate a incêndio classe “A” podem se enquadrar em duas
situações distintas, bem definidas, cada qual com diferentes métodos de
ataque (todas consideram a utilização de roupa de aproximação para combate
a incêndio) :
119- A técnica a ser utilizada, por meio de um ataque direto, é simplesmente atacar
o foco do incêndio para sua extinção.
Ataque indireto com resfriamento dos gases da combustão É um tipo de
ataque indireto empregado na situação em que é possível o acesso ao
compartimento, mas ainda não se consegue atacar o incêndio diretamente
devido à alta temperatura, ou devido à existência de algum obstáculo. Esse
método é americano e é conhecido como FOG ATTACK.
120- O ataque, visando o controle do incêndio, deve ser efetuado empregando o
esguicho variável em cone de 600 (neblina de alta), o jato de neblina (600) é
orientado a 450 da horizontal em direção à camada de gases quentes, aplicado
por cerca de 2 ou 3 segundos e feito uma pausa, a fim de se avaliar a situação
e permitir que o vapor produzido se dissipe, não é recomendável empregá-lo
com esguicho universal;
121- Ataque indireto com posterior entrada no compartimento. Situação
vigente: As Altas temperaturas não permitem o acesso ao compartimento,
porém existe a possibilidade da aplicação direta de água sobre a base do
fogo com jato sólido desde o acesso ao compartimento.
122- Ataque direto com descompressão Situação vigente: Altas temperaturas não
permitem o acesso ao compartimento sinistrado, porém existe a possibilidade
de ser feito um furo no piso do compartimento imediatamente superior ao
mesmo, para que haja uma rápida redução da temperatura e posterior ataque
direto ao fogo.
123- Ataque indireto através de aberturas no teto e antepara
Situação vigente: Altas temperaturas não permitem o acesso ao
compartimento sinistrado, porém existe a possibilidade de ser feito um
furo no piso e antepara do compartimento imediatamente superior ao
mesmo, para que se faça o ataque indireto.
124- Ataque indireto com descompressão Situação vigente: Altas temperaturas
não permitem o acesso ao compartimento sinistrado, porém existe a
possibilidade de ser feito um furo no teto e na antepara do mesmo, para
que se faça o ataque indireto e possa descomprimir para a atmosfera
reduzindo a temperatura no compartimento.
Recomendações adicionais para o ataque indireto aplicar água continuamente
por cerca de 5 a 10 minutos no início do ataque;
O acessório através do qual a água está sendo lançada deve ser aberto apenas
o suficiente para a passagem do esguicho ou do jato de água;
Se for necessário fazer uma abertura (furo), deve ser cortado apenas o
suficiente para a passagem do esguicho ou aplicador;
125- O posicionamento dos homens (dos esguichos) vai depender da classe do
incêndio e do tipo de esguicho utilizado. Em um incêndio classe “B”, quando
empregando esguichos tipo FB5(X) ou NPU, essa linha de mangueira sempre
precisa de uma linha de proteção.
126- Reentrada em compartimentos sinistrados reentrada em compartimentos
sinistrados: estabelecer uma linha de proteção do navio ou linha de selagem
(neblina de água) no acesso a ser aberto. Essa linha permanece nessa posição
durante toda a faina, prevenindo ou reduzindo a passagem do calor e fumaça
para a área da reentrada. Essa linha corre pelo teto, fixada com ganchos tipo
“S”.
127- O ataque a incêndio deve ser feito, sempre que possível, em uma única
direção, coordenadamente, quer empregando extintores ou mangueiras;
128- Na impossibilidade de o ataque ser feito com duas linhas de mangueira, pode
ser utilizada apenas uma, estando uma segunda linha pronta para entrar em
ação, caso necessário, já devendo estar guarnecida e pressurizada antes da
entrada da primeira linha no compartimento;
CAPÍTULO 10
129- Os propósitos do CBINC são: proteção do pessoal contra os efeitos do fogo e
da fumaça; e
- limitação, controle e redução de danos materiais causados por incêndios a
bordo, em tempo de paz ou de guerra, utilizando os recursos disponíveis pelo
navio.
130-. É de responsabilidade do Encarregado do CAv, dos Encarregados de
Divisão, dos Fiéis de CAv de Divisão e do pessoal de serviço - fiéis de
CAv e patrulhas - a detecção e correção de irregularidades observadas que
venham a apresentar risco de incêndio a bordo.
131- As providências de prevenção e limitação de incêndios a bordo, no que diz
respeito ao material inflamável, abordadas nas diversas publicações já
existentes de Controle de Avarias, podem, então, ser abordadas sob cinco
aspectos práticos, a saber: Eliminação do material desnecessário à operação
militar do navio, Todo material introduzido a bordo deve ser relacionado e
informado ao ENCCAv da sua localização. Especificação do material de
bordo; Limitação da quantidade de materiais inflamáveis à operação em
vista; Armazenamento e proteção do material combustível; Manutenção do
navio nas suas melhores condições de resistência ao fogo: pela realização de
freqüentes inspeções, de modo a manter os riscos de incêndio reduzidos ao
mínimo possível; e pelo contínuo endoutrinamento da tripulação da
necessidade de manter o navio seguro. Pode ser feito através de
adestramento individual, por equipes e para os quartos de serviço e de notas
em Plano de Dia.
132- O completo isolamento do compartimento, exceto a iluminação, é necessário
para evitar o aumento do incêndio pela adição de inflamáveis (combustíveis)
e de oxigênio do ar (comburente), ou para evitar os perigos para os homens e
para as instalações elétricas.
133- O completo isolamento do compartimento, exceto a iluminação, é necessário
para evitar o aumento do incêndio pela adição de inflamáveis (combustíveis)
e de oxigênio do ar (comburente), ou para evitar os perigos para os homens e
para as instalações elétricas.
134- Qualquer barreira física pode ser um limite de incêndio.
Limites primários ideais para o fogo são as anteparas transversais, conveses,
pisos e tetos que o circundam. Os limites secundários são geralmente
estabelecidos nas zonas de fogo ou nas subdivisões estanques.
135- Esses limites primários devem ser, se possível, definidos por anteparas e
conveses estanques imediatamente adjacentes ao compartimento afetado e
que deverão ser, no mínimo, estanques à fumaça. Especial atenção deve ser
dada aos limites superiores de incêndio, pois experiências mostram que o
fogo se espalha verticalmente muito mais rápido do que lateralmente.
136- as contenções devem ser realizadas em todos os limites primários de um
incêndio
137- Limites de fumaça: Serão estabelecidos ao mesmo tempo em que os limites
do incêndio. Cortinas de fumaça e mesmo neblina de água podem reduzir o
espalhamento da fumaça.
138- Os limites primários de fumaça ideais são as anteparas estanques a gases que
envolvem a área de acesso ao compartimento afetado e ao incêndio.
139- O uso rápido e efetivo das cortinas/cobertores como limitadores de fumaça
dificulta sua propagação para além dos compartimentos afetados.
140- Os limites secundários de fumaça deverão ser estabelecidos em torno dos
limites primários, para monitorar o espalhamento da fumaça e permitir uma
área safa para o pessoal sem máscara.
150- Esses limites devem ser estabelecidos no primeiro minuto da faina.
151- Para incêndios classe “B” em Praças de Máquinas, essa zona que
compreende os limites primários e secundários recebe o nome de zona de
abafamento.
152- O EncRep decidirá, com assessoria do Líder da Cena de Ação e Investigador,
através da informação de onde há a presença de fumaça, onde estabelecer os
limites, informando essa decisão ao Líder da Cena de Ação, ao Investigador
e à ECCAv.
153- A ECCAv deve analisar a decisão do EncRep e alterar os limites se
necessário, informando ao EncRep.
154- O ENCCAv e o EncRep plotam os limites no Quadro de Avarias e
determinam o estabelecimento dos limites secundários, através de contato
com os outros reparos, se necessário.
155- O esgoto do compartimento já deve ter sido completado antes de se terminar
a faina de remoção da fumaça, pela possibilidade da existência de gases
diluídos na água.
156- Após o incêndio estar extinto, gases combustíveis podem estar presentes.
Para todas as classes de incêndio, o monóxido de carbono (CO) será o gás
predominante. Apesar de inflamável, quantidades grandes de CO devem ser
produzidas para se atingir a concentração explosiva (de 12,5% a 74%).
157- As fainas devem trocar pelo menos 95% do ar contaminado. Isso vai ser
obtido após a realização de quatro trocas desse ar contaminado por ar fresco,
o que pode ser conseguido após cerca de 15 minutos de ventilação forçada
usando ventilação positiva.
158- Quando o compartimento estiver ventilado, ou livre de fumaça, deve ser
parada a remoção da fumaça e conduzidos os testes de Oxigênio (O 2+), de
gases combustíveis (E-) e de gases tóxicos (GT-), nessa seqüência. O nível
de oxigênio deve estar no limite inferior de explosão, de 20% a 22%, e todos
os gases explosivos devem estar a menos de 10% do limite mínimo para a
explosão.
159- A bordo, o pessoal componente dos reparos de CAv deve ter conhecimento
sobre a condução desses testes, mas o pessoal obrigatoriamente qualificado
deve ser o seguinte:
- encarregado do CAv;
- fiel de CAv do navio ou de serviço;
- líderes dos Reparo; e
- Investigadores.
160- Salienta-se que as estatísticas das grandes marinhas mostram que cerca de
90% dos incêndios são extintos nos primeiros dois minutos, 5% nos
primeiros dez minutos, e os 5% restantes ultrapassam 5 a 10 horas, sendo
metade destes últimos ocorridos em Praças de Máquinas.
161- Devem ser criadas, em cada navio, listas de verificação que incluam cada
ação a ser tomada. Estas listas especificam o que deve ser feito em cada
estação e a seqüência em que as ações devem ser preferencialmente tomadas,
no mar ou no porto. As listas devem estar disponíveis na estação central de
CAV, centro / estação de controle da máquina, reparo das praças de
máquinas, estação Secundária de CAV, e de posse do líder da cena de ação.
162- Linha de proteção do navio é a linha utilizada com esguicho de mangueira
para produção de neblina de baixa velocidade, parede d’água ou cortina de
aproximação, que deve ser posicionada no ponto de acesso ao comparti-
mento.
163- A reentrada após possível fogo extinto Aguardar pelo menos 15 minutos para
a atuação do agente extintor. Isso permite o resfriamento parcial do local,
prevenindo o recrudescimento do incêndio quando o oxigênio entrar no
compartimento; Efetuar lançamento de espuma nos porões por 2 minutos ou
de acordo com o estabelecido para a classe do navio, antes da reentrada no
compartimento;