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TREINAMENTO

INSTRUNÇÕES DE
PREVENÇÃO E
COMBANTE
INCÊNDIO
AGRÍCOLA
02
02
CONCEITO DO FOGO/CLASSES DE FOGO
CONCEITO DO FOGO
CONCEITO DO FOGO

TEORIA BÁSICA DO FOGO

Iniciando o estudo, é de fundamental importância conhecermos os elementos que compõem o fogo, para que
possamos entender as relações existentes quanto a formas de propagação e de extinção de incêndios.

CONCEITO DE FOGO
O fogo nada mais é do que uma reação química que libera luz e calor. Essa reação química decorre de uma mistura de
gases a altas temperaturas, que emite radiação geralmente visível. Diante disso, pode ser que alguém esteja se
perguntando nesse momento: “Gases!!?? Mas quando eu vou fazer churrasco eu coloco fogo na madeira e eu vejo ela
queimando!” A explicação para isso é simples. Basta entendermos que todo material quando aquecido a determinada
temperatura, libera gases e são esses gases que, de fato, pegam fogo.
CONCEITO DO FOGO

ELEMENTOS QUE COMPÕEM O FOGO


Sabendo que o fogo é uma reação química, devemos conhecer quais são os elementos que compõem
essa reação. A teoria nos diz que são 3 elementos básicos: combustível, comburente e calor. Esses três
elementos, reagindo em cadeia, dão origem ao fogo. A literatura denomina esses elementos, bem
como a relação entre eles, por triângulo do fogo ou tetraedro do fogo (este último mais recente,
considerando, também, a reação em cadeia)
CONCEITO DO FOGO

COMBUSTÍVEL
Muitas pessoas aliam o termo combustível aos postos de combustíveis e, consequentemente, à gasolina, ao etanol e
ao diesel, tendo esses líquidos como a única forma existente de combustível. Esse pensamento é errôneo. É
fundamental que se entenda que combustível é toda a substância capaz de queimar e alimentar a combustão. Sendo
assim, podemos ainda classificar combustível como líquidos, sólidos e gasosos, ao passo que existem substâncias nos
mais diferentes estados que atendem ao pressuposto inicial.

SÓLIDOS
Quanto maior a superfície exposta, mais rápido será o aquecimento do material e, consequentemente, o processo de
combustão. A madeira, o papel, os cereais e o algodão são exemplos de combustíveis sólidos.
CONCEITO DO FOGO

LÍQUIDOS
Os líquidos inflamáveis têm algumas propriedades físicas que podem dificultar a extinção do fogo, aumentando o perigo

a quem venha o combater. Uma propriedade a ser considerada é a solubilidade do líquido , ou seja, sua capacidade
de misturar-se com outros líquidos. É importante saber que a água e os líquidos derivados do petróleo
(hidrocarbonetos) têm pouca solubilidade, ao passo que líquidos como álcool e acetona (solventes polares), têm grande
solubilidade, isto é, podem ser diluídos até um ponto em que a mistura não seja inflamável. Outra propriedade é a

volatilidade, que é a facilidade com que os líquidos liberam vapores. Também é de grande importância, visto que
quanto mais volátil for o líquido, maior a possibilidade de haver fogo, ou mesmo explosão. Quanto à volatilidade, os
líquidos podem ser classificados em: líquidos inflamáveis - aqueles que têm ponto de fulgor abaixo dos 38°C (gasolina,
álcool, acetona), e líquidos combustíveis - aqueles que têm ponto de fulgor acima dos 38°C (óleos lubrificantes e
vegetais, glicerina). Geralmente os líquidos assumem a forma do recipiente que os contêm. Se derramados, os líquidos
tomam a forma do piso, fluem e se acumulam nas partes mais baixas. Tomando como base o peso da água, cujo litro
pesa 1 Kgf, classificamos os demais líquidos como mais leves ou mais pesados. É importante notar que a maioria dos
líquidos inflamáveis é mais leve que água e, portanto, flutuam sobre ela.
CONCEITO DO FOGO

GASOSOS
Os gases não têm volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o recipiente em que estão contidos. Se o
peso do gás é menor que o peso do ar (no caso do GN), o gás tende a subir e dissipar-se. Mas, se o peso do gás é maior
que o peso do ar (no caso do GLP - Gás Liquefeito de Petróleo), o gás permanece próximo ao solo e caminha na direção
do vento, obedecendo aos contornos do terreno.

COMBURENTE
É o elemento que ativa e dá vida à combustão, se combinado com os vapores inflamáveis dos combustíveis. O oxigênio
é o comburente comum à imensa maioria dos combustíveis. Dependendo da concentração que está no ar (inferior a
16%) fica incapaz de sustentar a combustão. Porém, além do oxigênio, há outros gases que podem se comportar como
comburentes para determinados combustíveis. Assim, o hidrogênio queima no meio do cloro, os metais leves (lítio,
sódio, potássio, magnésio etc.) queimam no meio do vapor de água e o cobre queima no meio de vapor de enxofre. O
magnésio e o titânio, em particular, e se finamente divididos, podem queimar ainda em atmosfera de gases
normalmente inertes, como o dióxido de carbono e o azoto
CONCEITO DO FOGO

CALOR
O calor é uma forma de energia. É o elemento que inicia o fogo e permite que ele se propague.
Verifica-se que algumas vezes até mesmo o aquecimento de uma máquina já é suficiente para prover calor necessário
para o início de uma combustão.

REAÇÃO EM CADEIA
Os elementos combustível, comburente e calor, isoladamente, não produzem fogo. Quando interagem entre si,
realizam a reação em cadeia, gerando a combustão e permitindo que ela se auto mantenha.
CONCEITO DO FOGO

FORMAS DE PROPAGAÇÃO DO FOGO


É de importância indiscutível nos trabalhos de extinção ou nos trabalhos de prevenção, o conhecimento das maneiras
que o calor poderá ser transmitido. As formas de transmissão de calor de um corpo para o outro ou para um meio,
são: condução, convecção e irradiação.
Cabe ressaltar que, em algumas situações, podemos ter mais de uma forma de propagação envolvida na transmissão
do fogo.

CONDUÇÃO
É a forma pela qual o Calor é transmitido de corpo para corpo ou em um mesmo corpo, de molécula para molécula.
Um bom exemplo é quando acendemos um fósforo e percebemos que o fogo vem consumindo a madeira do palito de
forma gradual, ou seja, molécula a molécula.
CONCEITO DO FOGO

CONVECÇÃO
Ocorre quando o calor é transmitido através de uma massa de ar aquecida, de um ambiente para o outro, por meio de
compartimentações.
Como exemplo temos algumas situações em que um ambiente de um edifício está em chamas e, em minutos, outro
edifício que não tem ligação direta, nem elemento físico os ligando, também começa a pegar fogo. Isso geralmente
ocorre pela transmissão de calor por massa de ar aquecida.

RADIAÇÃO
É a transmissão do calor por meio de ondas caloríficas através do espaço. Um bom
exemplo é a transmissão de calor do sol para a terra, através dos raios solares.
CONCEITO DO FOGO

PONTOS E TEMPERATURAS IMPORTANTES DO FOGO


Os combustíveis são transformados pelo calor, e a partir desta transformação é eles se combinam com o oxigênio,
resultando na combustão. Essa transformação desenvolve-se em temperaturas diferentes, à medida que o material vai
sendo aquecido.
Para melhor entendimento, será descrito como se decorre o processo:
Com o aquecimento de um combustível, chega-se a uma temperatura em que o material começa a liberar vapores, que se
incendeiam se houver uma fonte externa de calor. Neste ponto, chamado de “Ponto de Fulgor”, as chamas não se
mantêm, devido à pequena quantidade de vapores.
Prosseguindo no aquecimento, atinge-se uma temperatura em que os gases desprendidos do material, ao entrarem em
contato com uma fonte externa de calor, iniciam a combustão, e continuam a queimar sem o auxílio daquela fonte. Esse
ponto é chamado de “Ponto de Combustão”.
Continuando o aquecimento, atinge-se um ponto no qual o combustível, exposto ao ar, entra em combustão sem que haja
fonte externa de calor. Esse ponto é chamado de “Ponto de Ignição
CONCEITO DO FOGO

PONTO DE FULGOR
Ponto de fulgor – É a temperatura mínima em que um combustível começa a emanar vapores inflamáveis que
expostos a uma fonte de calor se inflamam.
Obs: A retirada da fonte de calor as chamas se extinguem
CONCEITO DO FOGO

PONTO DE COMBUSTÃO
Ponto de Combustão – é a temperatura mínima em que um combustível emana vapores inflamáveis em quantidade
suficiente capaz de manter a combustão.
Obs: O Combustível continua em combustão mesmo depois de retirar a fonte de calor que iniciou o processo.

PONTO DE IGNIÇÃO

Ponto de Ignição - É a temperatura mínima em que um combustível se inflama pelo simples


contato com o oxigênio.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO

MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO


Partindo do princípio de que, para haver fogo, são necessários o combustível, comburente e o calor, formando o
triângulo do fogo ou, mais modernamente, o quadrado ou tetraedro do fogo, quando já se admite a ocorrência
de uma reação em cadeia, para nós extinguirmos o fogo, basta retirar um desses elementos. Com a retirada de
um dos elementos do fogo, temos os seguintes métodos de extinção: extinção por retirada do material, por
abafamento, por resfriamento e extinção química.

EXTINÇÃO POR RESFRIAMENTO


Este método consiste na diminuição da temperatura e, consequentemente, na diminuição do calor. O objetivo é
fazer com que o combustível não gere mais gases e vapores e, finalmente, se apague.
O agente resfriador mais comum e mais utilizado é a água.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO

EXTINÇÃO POR ABAFAMENTO


Este método consiste em impedir que o COMBURENTE (geralmente o oxigênio), permaneça em contato com o
combustível, numa porcentagem ideal para a alimentação da combustão.
Para as combustões alimentadas pelo oxigênio, como já observado, no momento em que a quantidade deste gás no ar
atmosférico se encontrar abaixo da proporção de aproximadamente 16%, a combustão deixará de existir.
Para combater incêndios por abafamento podem ser usados os mais diversos materiais, desde que esse material
impeça a entrada de oxigênio no fogo e não sirva como combustível por um determinado tempo.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO

EXTINÇÃO ISOLAMENTO
O isolamento visa atuar na retirada do COMBUSTÍVEL da reação.
Existem duas técnicas que contemplam esse método:
Através da retirada do material que esta ́queimando;
Através da retirada do material que esta ́próximo ao fogo e que deverá entrar em combustão por meio de um dos

métodos de propagação.
Ex: fechamento de válvula ou interrupção de vazamento de combustível líquido ou gasoso, retirada de materiais
combustíveis do ambiente em chamas, realização de aceiro, etc.

EXTINÇÃO QUÍMICA
Certos agentes extintores, quando lançados sobre o fogo, sofrem ação do calor, reagindo sobre a área das
chamas, interrompendo assim a ―reação em cadeia‖ (extinção química). Isso ocorre porque o oxigênio
comburente deixa de reagir com os gases combustíveis.
CLASSES DE FOGO

CLASSES DE INCÊNDIO

Os incêndios são classificados de acordo com as características dos seus combustíveis. Somente com o
conhecimento da natureza do material que está se queimando, pode-se descobrir o melhor método
para uma extinção rápida e segura.

CLASSE A
• Caracteriza-se por fogo em materiais sólidos;
• Queimam em superfície e profundidade;
• Após a queima deixam resíduos, brasas e cinzas;
• Esse tipo de incêndio é extinto principalmente pelo método de resfriamento, e as vezes por
abafamento através de jato pulverizado.
CLASSES DE FOGO

CLASSE B

• Caracteriza-se por fogo em combustíveis líquidos inflamáveis;


• Queimam em superfície;
• Após a queima, não deixam resíduos;
• Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento.

CLASSE C

• Caracteriza–se por fogo em materiais/equipamentos energizados (geralmente equipamentos


elétricos);
• A extinção só pode ser realizada com agente extintor não-condutor de eletricidade, nunca com
extintores de água ou espuma;
• O primeiro passo num incêndio de classe C, é desligar o quadro de força, pois assim ele se tornará um
incêndio de classe A ou B.
CLASSES DE FOGO

CLASSE D
• Caracteriza-se por fogo em metais pirofóricos (aluminio, antimônio, magnésio, etc.)
• São difíceis de serem apagados;
• Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento;
• Nunca utilizar extintores de água ou espuma para extinção do fogo.

CLASSE K
• Incêndios que envolvem meios de cozinhar (banha, gordura e óleo);
• Estes incêndios não se parecem com os tradicionais incêndios em líquidos inflamáveis
que envolvem a gasolina, o óleo lubrificante, solvente de pintura ou solvente em geral.
• Os óleos de cozinha usados para fritura têm uma faixa ampla de temperaturas de auto
ignição, que pode ocorrer em qualquer intervalo de 288°C a 385°C (o teste de laboratórios
requer a auto ignição e/ou acima de 363°C). Para que esta auto-ignição possa ocorrer, a
massa total de óleo, se medido em gramas em uma panela pequena ou até 52 kg em uma
fritadeira industrial, deve ter sido aquecido além da temperatura de auto-ignição.
CLASSES DE FOGO
TIPOS DE AGENTES EXTINTORES

EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA


A água é o principal agente extintor utilizado para combate a incêndio. Isso se deve ao fato da água apresentar um
bom poder de resfriamento e o vapor formado auxiliar no deslocamento do oxigênio. Assim, a água é o agente
extintor mais utilizado para combater incêndio em materiais combustíveis. Extintores de água pressurizada são de
fácil utilização, manutenção e recarga. O jato de água apresenta um longo alcance e boa pressão, o que possibilita a
extinção do fogo mesmo em locais de difícil acesso. Extintores de água pressurizada não são recomendados para
apagar incêndios em óleos, graxas, equipamentos elétricos, metais como magnésio, alumínio em pó, zinco, sódio ou
potássio. Carga do extintor: 10 L (portátil) e 75 L e 150 L (carreta).

• Retirar o pino de segurança.


• Empunhar a mangueira e apertar o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo.
• Verificar direção do vento para melhor eficiência na aplicação
• Não usar em equipamento eléctrico.
CLASSES DE FOGO
TIPOS DE AGENTES EXTINTORES

EXTINTOR DE ESPUMA
A espuma é um agente extintor polivalente podendo ser usado em extintores portáteis, móveis e instalações físicas de
proteção. É uma solução aquosa de baixa densidade e de forma contínua, constituída por um aglomerado de bolhas de ar
ou de um gás inerte. Podemos ter dois tipos clássicos de espuma: Espuma Química e Espuma Mecânica. Espuma Química -
é resultante de uma reação química entre uma solução composta por "água, sulfato de alumínio e alcaçuz" ou composta
por "água e bicarbonato de sódio" (está entrando em desuso, por vários problemas técnicos). Espuma Mecânica - é
formada por uma mistura de água com uma pequena porcentagem (1% a 6%) de concentrado gerador de espuma e
entrada forçada de ar. Essa mistura, ao ser submetida a uma turbulência, produz um aumento de volume da solução (de
10 a 100 vezes) formando a Espuma. Como agente extintor a espuma age principalmente por abafamento, tendo uma
ação secundária de resfriamento, face a existência da água na sua composição. Existem vários tipos de espuma que
atendem a tipos diferentes de combustíveis em chamas. A Espuma apresenta excelente resultado no combate a incêndios
das Classes A e B, não podendo ser utilizado na Classe C, pois conduz corrente elétrica.. Carga do extintor: de 9 L até 20L
(portátil) e 75L e 125L (carreta).
• Retira-se o aparelho do suporte, conduzindo-o até as proximidades do
incêndio, mantendo-o sempre na posição vertical, procurando evitar
movimentos bruscos durante o seu transporte;
• Dirigir o jato sobre a superfície do combustível, procurando,
principalmente nos líquidos, espargir a carga de maneira a formar
uma camada em toda a superfície para o abafamento; Permanece-se
com o aparelho na posição invertida até terminar a carga
CLASSES DE FOGO
TIPOS DE AGENTES EXTINTORES

EXTINTOR DE DIÓXIDO DE CARBONO (CO2)

O extintor de dióxido de carbono consiste em um cilindro de alta pressão contendo dióxido de carbono liquefeito. A
pressão interna é de aproximadamente 58,6 bar (850 psi). O dióxido de carbono tem como principal função reduzir a
quantidade de oxigênio existente próxima ao fogo, além de contribuir com o resfriamento do produto até a extinção
completa das chamas. Ele é utilizado principalmente em incêndios envolvendo produtos inflamáveis ou equipamentos
elétricos. O extintor de dióxido de carbono não é recomendado para extinguir incêndios em retalhos, tecidos ou metais
como magnésio, alumínio em pó, zinco, sódio ou potássio. Nota: A expansão do gás, que pode gerar temperaturas
negativas de até –40 °C na proximidade do difusor, pode causar queimaduras nas pessoas que estão utilizando o
extintor e ainda pode causar asfixia quando utilizados em locais fechados. Carga do extintor: 4,0 kg a 6,0 kg (portátil) e
10,0 a 50,0 kg (carreta).

• Retire o aparelho do suporte e leve-o até o local onde será utilizado;


• Retire o grampo de segurança;
• Empunhe o difusor com firmeza;
• Aperte o gatilho;
• Dirija a nuvem de gás para a base da chama, fazendo movimentos
circulares com o difusor;
• Não encoste o difusor no equipamento.
CLASSES DE FOGO
TIPOS DE AGENTES EXTINTORES

EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO (PQS)


O pó químico seco (PQS) é eficiente na extinção de incêndios em materiais combustíveis, inflamáveis e equipamentos
elétricos*. O pó químico seco extingue o fogo pela combinação de várias características, como:
• Formação de uma barreira física através do pó;
• Interrupção da reação entre o vapor e o oxigênio;
• Diminuição do oxigênio;
• Absorção de calor pelas partículas sólidas finas.
O extintor de PQS deve ter uma manutenção cuidadosa porque a válvula do orifício de saída do pó químico pode ficar
obstruída pelas partículas do pó. A manutenção deve ser ainda mais rigorosa, após sua utilização. Existem 4 tipos de
agentes extintores de PQS diferentes: bicarbonato de sódio (NaHCO3), bicarbonato de potássio (KHCO3), cloreto de
potássio (KCl) ou fosfato de amônio (NH4N2OP4). Carga do extintor: 1,0 à 12,0 kg (portátil) e 20 à 100 kg (carreta).

• Retirar o pino de segurança.


• Empunhar a pistola difusora.
• Atacar o fogo acionando o gatilho.
• Pode ser usado em qualquer tipo de incêndio.
• Aperte o gatilho e direcione de forma a envolver as chamas por cima e movimente-o em forma de
"ziguezague" horizontal, a favor do vento.
*Utilizar o pó químico em materiais eletrônicos, somente em último caso.
CLASSES DE FOGO
TIPOS DE AGENTES EXTINTORES

EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO PARA METAIS


O agente extintor de pó químico para metais é composto, principalmente, por cloreto de sódio e aditivos, que
permitem a formação de uma crosta sobre o metal em chamas. Esse aditivos termoplásticos são adicionados ao agente
extintor para unir as partículas de cloreto de sódio, formando uma massa sólida quando ocorre o contato com o metal
que está sendo queimado. Este tipo de agente extintor é recomendado para extinção de um incêndio de pequenas
proporções em metais como magnésio, pó de alumínio, titânio, zinco, sódio e potássio. Não é recomendado para
qualquer outro tipo de material metálico. Uma outra forma de extinção de incêndio em metais é com a aplicação de
misturas de areia seca, limalha de ferro e outros componentes inertes ao metal que está sendo queimado. Carga do
extintor: 14 kg à 160 kg.
CLASSES DE FOGO
TIPOS DE AGENTES EXTINTORES

EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO UMEDECIDO


O extintor de pó químico umedecido consiste em uma solução de água com acetato de potássio, carbonato de
potássio, citrato de potássio ou uma combinação desses compostos. É recomendado para a extinção de
incêndios em óleos e gorduras, além de extinguir incêndios também em materiais combustíveis. A principal
função da água é ajudar no resfriamento do produto, permitindo que a temperatura permaneça abaixo do ponto
de auto-ignição. Enquanto isso os agentes extintores (C2H3KO2, NaHCO3, C6H5K3O7.H2O) reagem com o

produto (através de uma reação de saponificação ) formando uma camada superficial de espuma, que
impede o contato da gordura/óleo com o oxigênio do ar.
Durante muitos anos foi utilizado o extintor de bicarbonato de sódio/potássio no combate a incêndios de
óleos/gorduras, no entanto o extintor de pó químico umedecido oferece diversas vantagens em controlar
incêndios desse tipo, como:
• Formação de uma espuma proveniente da saponificação do óleo aquecido de cozinha (conversão do produto
em sabão);
• Resfriamento dos equipamentos da cozinha e do óleo aquecido;
• Oferece melhor visibilidade do fogo durante a sua extinção;
• Minimiza o risco de espalhar o óleo aquecido para outras áreas;
• Proporciona uma fácil limpeza em relação ao uso de extintor de pó químico seco.
Tamanhos mais comuns: 6 L e 10 L.
CLASSES DE FOGO
EXTINTORES
Etiqueta empresa Etiqueta INMETRO

Ultima recarga

Inspeção nível 3
Inspeção nível 2
CLASSES DE FOGO
LEGISLAÇÃO

ABNT NBR 12693:2010 iv


1 Objetivo
Sistemas de proteção por extintor de incêndio
Esta Norma estabelece os requisitos exigíveis para projeto, seleção e instalação de extintores de incêndio
portáteis e sobre rodas, em edificações e áreas de risco, para combate a princípio de incêndio.
Extintores de incêndio são utilizados como primeira linha de ataque contra incêndio de tamanho limitado.
Eles são necessários mesmo que o local esteja equipado com chuveiros automáticos, hidrantes e
mangueiras, ou outro sistema fixo de proteção.

ABNT NBR 12962


Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio
1 Objetivo
Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio .

NORMA TÉCNICA 21/2014


SISTEMA DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES DE INCÊNDIO
1. OBJETIVO
Esta Norma Técnica estabelece critérios para proteção contra incêndio em edificações e áreas de risco através de
extintores de incêndio (portáteis ou sobre rodas), atendendo o previsto no Código Estadual de Segurança Contra
Incêndio e Pânico (Lei n. 15802, de 11 de setembro de 2006).
CLASSES DE FOGO
TIPOS DE AGENTES EXTINTORES
03
EQUIPAMENTOS DE
COMBATE Á INCÊNDIO E
COMUNICAÇÃO
TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE COMBATE Á
INCÊNDIO

TERMO-HIGRO-
ANEMÔMETRO

1 APARELHO POR
FRENTE DE COLHEITA
SISTEMA DE ALARME E COMUNICAÇÃO

Unidade Faixas Operação Normal


Saúde - 9
UAE – UHF
Diversos- 8
AGRÍCOLA
CCT- 7/9

Unidade Ramais internos Em Emergência


Acionado em emergências
Emergência – 0800 646 8090 internas/externas
UAE Acionado em emergência
SSMA – 64 (52648323) Internas.
KIT DE COMBATE A INCÊNDIO PARA COLHEDORAS
DE CANA

INSPEÇÃO DIÁRIA DO KIT

Verificação por Turno (Operador):

• Painel: LED “SYSTEM OK” aceso.

• Lacres dos Ac. Manuais: intactos


• Manômetro do Cil.de Pó: pressão (verde)
• Manômetro do Cil.de Nitrogênio: pressão (verde)
FORMAS DE OPERAÇÃO D0 SISTEMA DE SUPRESSÃO

OPERAÇÃO AUTOMÁTICA
FORMAS DE OPERAÇÃO D0 SISTEMA DE SUPRESSÃO

Operação Manual Elétrica


FORMAS DE OPERAÇÃO D0 SISTEMA DE SUPRESSÃO
22
Operação Manual Pneumática

Bata com força


na botoeira do
Atuador Manual
Pneumático
KIT DE COMBATE A INCÊNDIO PARA COLHEDORAS DE CANA
INTERPRETAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES NO PAINEL DE CONTROLE

Alarmes de Falha

N° DE PULSOS CIRCUITO EM
POSSÍVEIS FALHAS AÇÕES PARA IDENTIFICAÇÃO DA FALHA
DO LED ALARME DE FALHA
Alimentação do Circuito desconectado / Cabo de alimentação Inspecionar : conectores , cabo de alimentação,
1 PULSO
Painel danificado / Fusível queimado. fusível , bateria e conexão com a mesma.
Circuito desconectado / Cabo de interligação
Circuito do Inspecionar: conectores, cabo de interligação, cabo
2 PULSOS danificado / cabo sensor danificado -atuado /
Cabo Sensor Linear sensor, módulo de interface e módulo fim de linha.
módulo de interface ou f. linha danificado .
Acionador Manual Circuito desconectado / Cabo de interligação Inspecionar: conectores, cabo de interligação,
3 PULSOS
Elétrico danificado / Falha no acionador ou resistor. acionador manual elétrico e resistor.
Circuito da Circuito desconectado / Cabo de interligação Inspecionar: conectores, cabo de interligação e
4 PULSOS
Solenoide danificado / solenoide desconectada ou já operada. solenoide.

Bateria interna
5 PULSOS Bateria desconectada, danificada ou descarregada. Inspecionar : bateria. Interna do Painel
do painel
KIT DE COMBATE A INCÊNDIO PARA COLHEDORAS DE CANA
Simulação Descarga Automática

Simulação da elevação de temperatura junto ao Cabo Sensor Linear,


visando a Operação Automática do Sistema de Combate a Incêndio Início do processo de descarga do agente extintor

Tempo de descarga : aproximadamente 4 segundos Tempo de descarga : aproximadamente 10segundos


KIT DE COMBATE A INCÊNDIO PARA COLHEDORAS DE CANA
Simulação Descarga Automática

Tempo de descarga : aproximadamente 15 segundos Tempo de descarga : aproximadamente 18 segundos


TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE COMBATE Á
INCÊNDIO

VIATURAS
01
EPI/EPC
ROTAS DE FUGA
EPI – EQUIP. DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

São equipamentos e/ou dispositivos de uso individual utilizado para proteção dos riscos suscetíveis
de ameaçar a segurança e a saúde.

CAPACETE
BALACLAVA

BOTA

PROTEÇÃO
AUTONOMA
LUVA
EPC – EQUIP. DE PROTEÇÃO COLETIVA

São todos equipamentos que visam a proteção da equipe e de pessoas não envolvidas diretamente na
atividade específica.
ROTA DE FUGA
04
Incêndio Florestal
Brigada de incêndio agrícola
01

INCÊNDIO FLORESTAL
1 – Subterrâneos: Quando a queima de combustível
ocorre abaixo do solo. Ex: Raízes, este tipo de
incêndio normalmente é de combustão lenta sem
chamas e de difícil extinção.

2 – Rasteiros ou de Superfície: Quando há queima


de combustíveis de baixa estatura .Ex: vegetação
rasteira, arbusto, folhas e troncos caídos. Incêndios
de maior frequência.

3 – Incêndio Aéreo ou de Copas: Quando há queima


de combustíveis que estão acima do solo. Ex: Galhos,
Folhas. Ocorre geralmente em dias de muito vento e
baixa umidade do ar.

4 – Incêndio Total: Quando temos todas as formas


de incêndios juntas.

Incendios ocorridos:
-Descarga atmosférica
-Vandalismos
-Forma desconhecidas
-Vizinhos fazendo queima de material
Brigada de incêndio agrícola

PARTES DO INCÊNDIO
1 – Perímetro: É a borda do fogo, é o comprimento total das margens da área que esta
queimando, esta sempre mudando até a extinção do fogo.
2 – Cabeça ou Fronte: Esta é a parte do incêndio que se propaga com maior rapidez, pois caminha
no sentido do vento. É onde o fogo queima com maior intensidade. Controla-la é questão chave
para o combate do fogo.
3 – Dedo: Faixa longa, estreita, que se propaga rapidamente a partir do foco principal. Quando
não controlado da origem a uma nova cabeça.
4 – Focus Secundários: Provocados por fagulhas que o vento leva além da cabeça ou por
materiais incandescentes que rolam em declives.
5- Costa do Fogo: Esta é a parte do incêndio que se propaga com menor rapidez, pois caminha ao
contrario do vento. É onde o fogo queima com menor intensidade
Brigada de incêndio agrícola

01
PARTES DO INCÊNDIO

Focos Cabeça/
secundários Fronte
dedo

Costa do fogo

perímetro
Brigada de incêndio agrícola

ÉPOCA CRÍTICA
De maior incidência ocorre entre os meses de julho à dezembro, provocada por situações meteorológicas adversas
(estiagem). Porém todas as ocorrências têm seus inícios em pequenas fontes.
Nenhuma frente pode iniciar suas atividades sem um caminhão pipa e seus integrantes habilitados.

COMBUSTÍVEIS
1 – Queima Lenta : Combustíveis lenhosos que apresentam dificuldades para iniciar a ignição e após incendiados
tornam-se difíceis de apagar.

2 – Queima Rápida : São os que queimam com maior facilidade permitindo uma propagação rápida do fogo. Ex. palha
seca, folhas mortas, gravetos.

3 – Combustíveis Verdes: É a vegetação em crescimento, não é de fácil combustão, porém grande volume de fogo
pode secá-la rápida e favoravelmente para entrada em combustão. Ex. Eucalipto, Pinheiro, Cedro.
Brigada de incêndio agrícola

MÉTODOS DE COMBATE

1 – Ataque Direto: Este método só é aplicável quando o brigadista pode se aproximar do fogo.
Neste caso usam-se equipamentos como: abafadores, bombas-costais, enxada, rastelo. E o
material inflamado deve ser jogado para o interior do incêndio.

2 – Ataque indireto: Este método é utilizado quando o fogo é de grande intensidade ou esta se
movendo rapidamente, neste caso faz-se o aceiro paralelo à linha do fogo com largura suficiente
para se fazer o fogo de encontro.

ACEIRO

1 – Área Raspada: É a área que é trabalhada arrancando-se toda a vegetação até que a terra viva seja
exposta. Os equipamentos utilizados para isso são: enxada, rastelo, trator de pá.

2 – Área Tombada: Consiste em derrubar toda a vegetação em direção ao fogo visando diminuir o
tamanho das chamas evitando que elas ultrapassem a área raspada. Utiliza-se equipamentos como:
foices, machados, motoserra, trator com aceirador.
Brigada de incêndio agrícola

FOGO DE ENCONTRO

Este método é utilizado após a execução do aceiro e a decisão para atear fogo de encontro deve
ser dada pelo Líder da Brigada, quando este perceber que o fogo é tão intenso que não permite o
ataque direto.

TOPOGRAFIA

1 – Aclive : O fogo queima para cima onde as chamas encontram maior quantidade de
combustíveis, aliada a convecção produzidas pelos gases quentes.

2 – Declive : O fogo é mais lento porque não encontra grande quantidade de combustível e nem
correntes de convecção na sua direção.
05
PREVENÇÕES
Brigada de incêndio agrícola

EXISTEM DOIS TIPOS DE PREVENÇÃO

Classificação: Prevenção Passiva: É o conjunto de medidas que visam evitar o alastramento do incêndio para além
do compartimento ou a área, talhão fazenda onde se originou ( corta fogo, aceiros, limpeza de carreadores etc...)
Prevenção Ativa: É o conjunto de sistemas que objetivam combater o incêndio já deflagrado (equipe de brigadistas,
caminhões bombeiros, abafadores, etc);

PREVENÇÃO:
Somatório de medidas que visam:
• Impedir o aparecimento de um princípio de incêndio;
• Dificultar sua propagação;
• Detectá-lo o mais rapidamente possível;
• Facilitar o seu combate, ainda na fase inicial
04
MONITORAMENTO
DE CLIMA
Brigada de incêndio agrícola

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

1 – Vento: Quanto mais forte for o vento, mais rápida será a propagação do incêndio, pois o vento traz consigo
um suprimento adicional de oxigênio, provocando novos focos.

2 – Temperatura: O sol resseca os combustíveis retirando sua umidade, acelerando a queima. Quando não existe
temperatura elevada a umidade do ar é maior, retardando a propagação.

3 – Umidade: A quantidade de umidade no combustível é que controla a progressão do fogo. A noite o fogo
caminha mais lento porque existe maior umidade no ar.
TRIÂNGULO DO FOGO
COMUNICAÇÃO SINAIS DE ALERTAS

MONITORAMENTO 3 VEZES POR TURNO

BRIGADA DE INCÊNDIO E FRENTE DE SERVIÇO


06
ORGANIZAÇÃO DA
BRIGADA
Brigada de incêndio agrícola

Organização da Brigada de incêndio

Brigadistas: Membros da brigada que executam as atribuições.


Líder de Brigada: Coordenar as ações da Brigada de Incêndio no campo, durante a ocorrência de incêndios agrícolas.
Coordenador de Emergências: Assumir a coordenação do combate aos incêndios agrícolas, a partir de uma área fria
dotada de toda a infraestrutura necessária para apoio estratégico às situações de emergência.

COORDENADOR DE
EMERGÊNCIA

LÍDER DE LÍDER DE LÍDER DE


BRIGADA BRIGADA BRIGADA

MOTORISTAS BRIGADISTAS MOTORISTAS BRIGADISTAS MOTORISTAS BRIGADISTAS


Brigada de incêndio agrícola

Atribuições da brigada de incêndio

Ações de prevenção:
Avaliação dos riscos existentes;
Inspeção geral dos equipamentos;
Inspeção geral das rotas de fuga;
Elaboração de relatório das irregularidades;
Encaminhamento do relatório aos setores competentes;
Orientação à população fixa e flutuante;
Executar e coordenar exercícios simulados

Ações de Emergências
• Combate à princípio de incêndio;
• Identificação da situação;
• Recepção e orientação ao corpo de Bombeiros.

• Alarme/abandono de área; • Preenchimento do formulário de registro de trabalho dos


• Acionamento do corpo bombeiros;
• de Bombeiro e/ou ajuda externa;
• Primeiros Socorros;
Brigada de incêndio agrícola

Procedimentos básicos de emergência

Incêndio nível I: Principio de incêndio sobre o qual se justifica uma ação visando sua extinção imediata pelo
integrante e ou parceiro presente na operação, com a utilização dos sistemas de extinção automática e ou manual
disponível nos equipamentos, e ou com a utilização dos extintores portáteis.

Incêndio nível II: Foco de incêndio que não pôde ser contido no nível I e justifica uma ação visando extinção pela
equipe de brigada presente na frente de trabalho, sob comando e liderança do líder de frente.

Incêndio nível III: Incêndio de maior proporção para o qual os recursos da frente já não são mais suficientes para o
controle e necessita da ação da Brigada, cujo líder é acionado e assume o comando da emergência.

Alerta: Identificada uma situação, qualquer pessoa pode alertar aos brigadistas e aos ocupantes;
Análise da situação: Após o alerta, a brigada deve analisar a situação e desencadear os procedimentos necessários;
Abandono de Área: Proceder o abandono total ou parcial, quando necessário, removendo para local seguro, onde
deverão permanecer até a definição final.
08
TREINAMENTOS
TREINAMENTOS

TREINAMENTO PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS

FORAM TREINADOS OS INTEGRANTES DA BRIGADA


COM CARGA HORÁRIA DE 24 HORAS CONFORME NT-17 DO CBMGO.
Lembre-se

“O maior patrimônio da empresa é


a vida, pois essa não tem
substituto”
Obrigado a todos
presentes!

SSMA

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