TEORIA

CONTRAINCÊNDIO
 OBJETIVOS
Explicar o processo da combustão conforme
a teoria do tetraedro do fogo (Cn).
Definir as fases do fogo, os métodos de
transferência de calor e os pontos críticos de
temperatura (Cn).
Conhecer os métodos de extinção e as
formas de combustão (Cn).
 SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CALOR
COMBUSTÍVEL
COMBURENTE
REAÇÃO EM CADEIA
FASES DO FOGO
FORMAS DE COMBUSTÃO
MÉTODOS DE EXTINÇÃO
CLASSES DE INCÊNDIO
 INTRODUÇÃO

Combustão
É uma reação química, auto-
sustentável, que se caracteriza pela
liberação de luz, calor e gases.
 Para melhor exemplificar e explicar a
combustão, adota-se o tetraedro (quatro faces),
atribuindo-se, a cada face, um dos elementos
essenciais da combustão, que são:
 Calor
 Combustível
 Comburente
 Reação Química em
Cadeia
 CALOR
É a forma de energia que eleva a
temperatura, gerada através de processo
físico ou químico.
Em um corpo,
quando aquecido, a
velocidade de suas
moléculas aumenta
assim como o calor
demonstrado pela
variação de sua
temperatura.
 O calor é gerado pela transformação de
outras formas de energia, como por exemplo:
Química: quando obtido pelo processo da
combustão.
Elétrica: quando resultado da passagem de
eletricidade.
Nuclear: quando
gerado pela quebra
ou fusão de átomos.
Mecânica: quando
gerado pelo atrito.
 EFEITOS DO CALOR
O calor é uma forma de energia que produz
efeitos físicos e químicos nos corpos e efeitos
fisiológicos nos seres vivos.
Em conseqüência do aumento da
intensidade do calor, os corpos apresentarão
sucessivas modificações, inicialmente físicas
e depois químicas.
Assim por exemplo, ao aquecermos um
pedaço de ferro, este, inicialmente, aumenta
sua temperatura e, a seguir, o seu volume.
Elevação da Temperatura
Este fenômeno se desenvolve com maior
rapidez nos corpos considerados bons
condutores de calor, como os metais; e,
mais vagarosamente, nos corpos tidos
como maus condutores de calor.

Exposição a uma fonte de calor provoca aumento na temperatura.

Aumento do Volume
Os corpos - sólidos, líquidos ou gasosos - se
dilatam ou se contraem conforme a
variação da temperatura. A atuação do
calor não se faz de maneira igual sobre
todos os materiais.
 ESTADO FÍSICO DA MATÉRIA
Com o aumento do calor, os corpos tendem
a mudar seu estado físico: alguns sólidos
transformam-se em líquidos (liquefação),
líquidos se transformam em gases
(gaseificação) e há sólidos que se
transformam diretamente em gases
(sublimação).
Isso se deve ao fato de que o calor faz com
que haja maior espaço entre as moléculas e
estas, separando-se, mudam o estado físico
da matéria.
 No gelo, as moléculas vibram pouco e estão
bem juntas; com o calor, elas adquirem
velocidade e maior espaçamento,
transformando um sólido (gelo) em um
líquido (água).

Mudança do estado físico de um corpo

 ESTADO QUÍMICO DA MATÉRIA
Mudança química é aquela em que ocorre a
transformação de uma substância em outra.
A madeira, quando aquecida, não libera
moléculas de madeira em forma de gases, e
sim outros gases, diferentes, em sua
composição, das moléculas originais de
madeira.
 Essas moléculas são menores e mais
simples, por isso tem grande capacidade de
combinar com outras moléculas, por exemplo
as de oxigênio.
Podem produzir também gases venenosos
ou explosões.

Transformação de uma
substância química em
outra pelo calor.
 EFEITOS FISIOLÓGICOS DO CALOR
O calor é causa direta da queima e de outras
formas de danos pessoais.
Danos causados pelo calor incluem
desidratação, insolação, fadiga e problemas
para o aparelho respiratório, além de
queimaduras (1º, 2º e 3º graus), que nos
casos mais graves podem levar até a morte.
 PROPAGAÇÃO DO CALOR
O calor pode se propagar de três maneiras
diferentes: condução, convecção e
irradiação.
Como tudo na natureza tende ao equilíbrio,
o calor é transferido de matérias com
temperaturas mais altas para aquelas com
temperaturas mais baixas.
O mais frio de dois objetos absorverá calor
até que esteja com a mesma quantidade de
energia do outro.
Condução
Condução é a transferência de calor através
de um corpo sólido de molécula a molécula.
Colocando-se, por exemplo, a extremidade de
uma barra de ferro próxima a uma fonte de
calor, as moléculas desta extremidade
absorverão calor.
Elas vibrarão mais vigorosamente e se
chocarão com as moléculas vizinhas,
transferindo-lhes calor.
Condução

Transferência de calor através de um corpo

Condução

Transferência de calor através de um corpo

Convecção
É a transferência de calor pelo movimento
ascendente de massas de gases ou de
líquidos dentro de si próprios.
Da mesma forma que o ar aquecido se
expande e tende a subir para as partes mais
altas do ambiente, o ar frio toma lugar nos
níveis mais baixos.
Convecção
Convecção
Em incêndio de
edifícios, essa é a
principal forma de
propagação de calor
para os andares
superiores, quando
os gases aquecidos
encontram
caminhos através
de escadas, poços
de elevadores, etc. Movimentação de massas gasosas
transporta o calor para cima e
horizontalmente nos andares
Irradiação
É a transmissão de calor por ondas de
energia calorífica que se deslocam através do
espaço.
As ondas de calor se propagam em todas as
direções, e a intensidade com que os corpos
são atingidos, aumenta ou diminui à medida
que estão mais próximos ou mais afastados
da fonte de calor.
Irradiação

Ondas caloríficas atingem os objetos, aquecendo-os.

Irradiação

Ondas caloríficas atingem os objetos, aquecendo-os.

 PROPAGAÇÃO DO CALOR

Convecção

Condução

Irradiação
 TEMPERATURAS CRÍTICAS
Os combustíveis são transformados pelo
calor, e a partir desta transformação,
combinando com o oxigênio, é que resultam
na combustão.
Essa transformação desenvolve-se em
temperaturas diferentes, à medida que o
material vai sendo aquecido.
Com aquecimento, chega-se a uma
temperatura em que o material começa a
liberar vapores, que se incendeiam se houver
uma fonte externa de calor.
 TEMPERATURAS CRÍTICAS
Esse ponto é conhecido por “PONTO DE
FULGOR”, porém as chamas não se mantém,
devido à pequena quantidade de vapores.
Prosseguindo no aquecimento, atinge-se
uma temperatura em que os gases
desprendidos do material, ao entrarem em
contato com uma fonte externa de calor,
iniciam a combustão, e continuam a queimar
mesmo sem o auxílio daquela fonte.
Esse momento é chamado de “PONTO DE
COMBUSTÃO”.
 TEMPERATURAS CRÍTICAS
Continuando o aquecimento, atinge-se um
ponto no qual o combustível, exposto ao ar,
entra em combustão sem que haja fonte
externa de calor.
Esse ponto é
chamado de
“PONTO DE
IGNIÇÃO”.
 Principais pontos e temperaturas de
alguns combustíveis ou inflamáveis
Combustíveis Temperatura
Ponto de Fulgor
Inflamáveis de Ignição

Álcool etílico 12,6°C 371,0°C

Gasolina -42,0°C 257,0°C
Querosene 38,0°C a 73,5°C 254,0°C
Parafina 199,0°C 245,0°C
 COMBUSTÍVEL
É toda a substância capaz de queimar e
alimentar a combustão.
É o elemento que serve de campo de
propagação ao fogo.
Os combustíveis podem ser sólidos,
líquidos ou gasosos, e a grande maioria
precisa passar pelo estado gasoso para,
então, combinar com o oxigênio.
 COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS
A maioria dos combustíveis sólidos
transformam-se em vapores e, então, reagem
com o oxigênio.
Outros sólidos
(ferro, parafina,
cobre, bronze)
transformam-se em
líquidos primeiro, e
em seguida gases,
para então se
queimarem.
 COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS
Os líquidos inflamáveis têm algumas
propriedades físicas que dificultam a
extinção da combustão, aumentando o perigo
para os bombeiros.
Esses líquidos assumem a forma do
recipiente que os contem. E se derramados,
os líquidos tomam a forma do piso, fluem e
se acumulam nas partes mais baixas.
 COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS
Algumas propriedades que devem ser
consideradas quanto a esses combustíveis:
 Solubilidade
Volatilidade

Líquidos combustíveis são

identificados como no recipiente.
 COMBUSTÍVEIS GASOSOS
Os gases não têm volume definido,
tendendo, rapidamente, a ocupar todo o
recipiente em que estão contidos.
Se o peso do gás (sua densidade) é menor
que o do ar, o gás tende a subir e dissipar-se.
Mas se o peso do gás é maior que o do ar, o
gás permanece próximo ao solo e caminha na
direção do vento, obedecendo os contornos
do terreno.
 COMBUSTÍVEIS GASOSOS

Os combustíveis gasosos são armazenados em recipientes, sob pressão.

 COMBUSTÍVEIS GASOSOS

Os combustíveis gasosos são armazenados em recipientes, sob pressão.

 COMBUSTÍVEIS GASOSOS
Para o gás queimar, é necessário que esteja
numa mistura ideal com o ar atmosférico.
Portanto, se estiver numa concentração
fora de determinados limites, não queimará.
Cada gás, ou vapor tem seus próprio limite.
LIMITES DE INFLAMABILIDADE
Concentração
Combustível limite inf. Limite sup.
METANO 1,4% 7,6%
PROPANO 5% 17%
HIDROGÊNIO 4% 75%
ACETILENO 2% 85%
 COMBURENTE
É o elemento que possibilita vida às
chamas e intensifica a combustão. Quem
mais desempenha esse papel é o oxigênio.
A atmosfera é composta por 21% de
oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de
outros gases.
Em ambientes com a composição normal
do ar, a queima desenvolve-se com
velocidade, e de maneira completa. Notam-se
chamas. Contudo, a combustão consome o
oxigênio num processo contínuo.
 Quando a porcentagem do O2 do ar do
ambiente passa de 21% para a faixa
compreendida entre 16% e 8%, a queima
torna-se mais lenta, notando-se brasas e não
mais chamas.
Quando o O2 contido
no ar do ambiente atinge
concentração menor que
8%, não há combustão.

O comburente
mais comum:
oxigênio
 REAÇÃO EM CADEIA
A reação em cadeia torna a queima auto
sustentável.
O calor irradiado das chamas atinge o
combustível e este é decomposto em
partículas menores, que se combinam com o
oxigênio e queimam, irradiando outra vez
calor para o combustível, formando um ciclo
constante.
 REAÇÃO EM CADEIA

O calor age em um corpo, decompondo-o em partes cada vez menores.

 FASES DO FOGO
Ocorrendo o incêndio em área ocupada por
pessoas, há grande chance de que o fogo seja
descoberto no início e a situação resolvida.
Mas se ocorrer com a edificação estiver
deserta e fechada, o fogo crescerá até atingir
grandes proporções.
 FASES DO FOGO
O incêndio pode ser melhor entendido se
estudarmos seus três estágios de
desenvolvimento, sendo:
 FASE INICIAL
 QUEIMA LIVRE
 QUEIMA LENTA
 FASE INICIAL
Nesta fase, o oxigênio contido no ar não
está significativamente reduzido e o fogo está
produzindo vapor d’água (H2O), dióxido de
carbono (CO2), monóxido de carbono (CO) e
outros gases.
Grande parte do calor está sendo
consumido no aquecimento dos combustíveis,
e a temperatura do ambiente, neste estágio,
está ainda pouco acima do normal. O calor
está sendo gerado e evoluirá com o aumento
do fogo.
 FASE INICIAL

Nesta fase não há alterações drásticas no ambiente, mas há calor, fumaça

e danos causados pelas chamas.
 QUEIMA LIVRE
Durante esta fase, o ar, rico em oxigênio, é
arrastado para dentro do ambiente pelo efeito
da convecção, isto é, o ar quente sobe e sai do
ambiente.
Isto força a entrada de ar fresco pelas
aberturas nos pontos mais baixos do
ambiente.
QUEIMA LIVRE

Na queima livre, o fogo aumenta rapidamente, usando

muito oxigênio, e eleva a quantidade de calor.
 QUEIMA LIVRE (FLASHOVER)
Na fase da queima livre, o fogo aquece
todos os combustíveis do ambiente.
Quando determinado combustível atinge
seu ponto de ignição, simultaneamente,
haverá uma queima instantânea e
concomitante desses produtos, o que poderá
provocar uma explosão no ambiente, ficando
toda área envolvida pelas chamas.
Esse fenômeno é conhecido como
“FLASHOVER”.
QUEIMA LIVRE (FLASHOVER)
 QUEIMA LENTA
Como nas fases anteriores, o fogo continua
a consumir oxigênio, até atingir um ponto
onde o comburente é insuficiente para
sustentar a combustão.
Nesta fase, as chamas podem deixar de
existir se não houver ar suficiente para
mantê-las.
O fogo é normalmente reduzido a brasas, o
ambiente torna-se completamente ocupado
por fumaça densa e os gases se expandem.
 QUEIMA LENTA
Devido a pressão interna ser maior que a
externa, os gases saem por todas as fendas em
forma de lufadas, que podem ser observadas
em todos os pontos do ambiente.
 QUEIMA LENTA (BACKDRAFT)
A combustão é definida como oxidação, que
é uma reação química que se combina com
outros elementos.
Nesta fase, a combustão é incompleta
porque não há oxigênio suficiente para
sustentar o fogo.
Com tudo, o calor da queima livre
permanece, e as partículas de carbono não
queimadas (bem como outros gases
inflamáveis, produtos da combustão) estão
prontas para incendiar-se rapidamente.
 QUEIMA LENTA (BACKDRAFT)
Na presença de oxigênio, esse ambiente
explodirá. A essa explosão chamamos de
“BACKDRAFT”.
 FORMAS DE COMBUSTÃO
As combustões podem ser classificadas
conforme a sua velocidade em: Completa,
Incompleta, Espontânea e Explosão.
Dois elementos são preponderantes na
velocidade da combustão: o comburente e o
combustível; o calor entra no processo para
decompor o combustível.
A velocidade da combustão variará de
acordo com a porcentagem de oxigênio no
ambiente e as características físicas e
químicas do combustível.
 COMBUSTÃO COMPLETA
É aquela em que a queima produz calor e
chamas e se processa em ambiente rico em
oxigênio.

Combustão completa ocorre onde há oxigênio abundante.

 COMBUSTÃO INCOMPLETA
É aquela em que a queima produz calor e
pouca ou nenhuma chama, e se processa em
ambiente pobre em oxigênio.

A produção de calor e poucas chamas caracterizam a combustão

incompleta.
 COMBUSTÃO ESPONTÂNEA
É o que ocorre, por exemplo, quando do
armazenamento de certos vegetais que, pela
ação de bactérias, fermentam.
A fermentação produz calor e libera gases
que podem incendiar.
Alguns materiais entram em combustão
sem fonte externa de calor (materiais com
ponto baixo de ignição); outros entram em
combustão à temperatura ambiente (20º),
como o fósforo branco.
COMBUSTÃO ESPONTÂNEA
 COMBUSTÃO ESPONTÂNEA
Ocorre também na mistura de
determinadas substâncias químicas.
Por exemplo: água + sódio (H2O + Na).

O contato da água com o sódio inicia o processo da combustão.

 COMBUSTÃO ESPONTÂNEA

Fósforo branco entra em Cereais mal armazenados

combustão se for exposto fermentam e se incendeiam
ao ar atmosférico. espontaneamente.
 EXPLOSÃO
É a queima de gases (ou partículas sólidas),
em altíssima velocidade, em locais
confinados, com grande liberação de energia
e deslocamento de ar.
Combustíveis líquidos, acima da
temperatura de fulgor, liberam gases
(volatilidade) que também podem explodir
(mesmo em um ambiente fechado) na
presença de calor.
EXPLOSÃO

Na explosão há grande liberação de energia e deslocamento de ar.

EXPLOSÃO

Na explosão há grande liberação de energia e deslocamento de ar.

 MÉTODOS DE EXTINÇÃO
Os métodos de extinção do fogo baseiam-se
na eliminação de um ou mais dos elementos
essenciais que provocam o fogo.
Retirada do Material
Resfriamento
Abafamento
Quebra da Reação em Cadeia
 RETIRADA DO MATERIAL
É a forma mais simples de se extinguir um
incêndio.
Baseia-se na retirada do material
combustível, ainda não atingido, da área de
propagação do fogo, interrompendo a
alimentação da combustão.
Método também denominado corte ou
remoção do suprimento de
combustível.
RETIRADA DO MATERIAL

Retirada do material é um dos métodos de extinção.

 RESFRIAMENTO
Consiste em diminuir a temperatura do
material combustível que está queimando,
diminuindo assim, a liberação de gases ou
vapores inflamáveis.
A água é o agente extintor mais usado, por
ter grande capacidade de absorver calor e ser
facilmente encontrado na natureza.
A redução da temperatura está ligada à
quantidade e a forma de aplicação da água, de
modo que ela absorva mais calor que o
incêndio é capaz de produzir.
RESFRIAMENTO

Resfriamento é o método de extinção mais utilizado.

 ABAFAMENTO
Consiste em diminuir ou impedir o contato
do oxigênio com o material combustível.
Não havendo comburente para reagir com o
combustível, não haverá fogo.
Com exceção estão os materiais que têm
oxigênio em sua composição e queimam sem
necessidade do oxigênio do ar, como os
peróxidos orgânicos e o fósforo branco.
ABAFAMENTO

As chamas estão vivas enquanto há oxigênio suficiente.

ABAFAMENTO

Abafamento é isolar o combustível em chamas do comburente.

ABAFAMENTO

Como resultado da falta de oxigênio, temos a extinção do fogo.

 QUEBRA DA REAÇÃO EM CADEIA
Certos agentes extintores, quando lançados
sobre o fogo, sofrem ação do calor, reagindo
sobre a área das chamas, interrompendo
assim a reação em cadeia (extinção química).
Isso ocorre porque o oxigênio comburente
deixa de reagir com os gases combustíveis.
Essa reação só ocorre quando há chamas
visíveis.
 QUEBRA DA REAÇÃO EM CADEIA

Quebra da reação em cadeia consiste em ligar, quimicamente, agentes

extintores aos radicais livres produzidos na combustão.
CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS
Os incêndios são classificados de acordo
com os materiais neles envolvidos, bem como
a situação em que se encontram.
Essa classificação é feita para determinar o
agente extintor adequado para o tipo de
incêndio.
Entendemos como agentes extintores todas
as substâncias capazes de eliminar um ou mais
elementos essenciais do fogo, cessando a
combustão.
 INCÊNDIO DA CLASSE “A”
Incêndio envolvendo combustíveis sólidos
comuns, como papel, madeira, pano,
borracha.
É caracterizado pelas cinzas e brasas que
deixam como resíduos e por queimar em
razão do seu volume, isto é, a queima se dá na
superfície e profundidade.
INCÊNDIO DA CLASSE “A”

Incêndio classe “A”, como o da madeira atinge em superfície e

profundidade.
Método de extinção de incêndio Classe A
Necessita de resfriamento para sua extinção,
isto é, do uso de água ou soluções que a
contenham em grande porcentagem, a fim de
reduzir a temperatura do material em
combustão abaixo do seu ponto de ignição.
Método de extinção de incêndio Classe A

Para extinguir incêndio da classe “A”, resfriar é a melhor opção.

 INCÊNDIO DA CLASSE “B”
Incêndios envolvendo líquidos inflamáveis,
graxas e gases combustíveis.
São caracterizados por não deixar resíduos
e queimar apenas na superfície exposta e não
em profundidade.
 INCÊNDIO DA CLASSE “B”

A queima de combustíveis líquidos ou gasosos é denominado incêndio da

classe “B”.
Método de extinção de incêndio Classe B
Necessita para a sua extinção do abafamento
ou da interrupção (quebra da reação em
cadeia).
No caso de líquidos muito aquecidos (ponto
de ignição), é necessário resfriamento.
Método de extinção de incêndio Classe B

O abafamento por espuma

destaca-se como o método
mais eficaz no combate ao
incêndio da classe “B”.
 INCÊNDIO DA CLASSE “C”
Incêndio envolvendo equipamentos
elétricos energizados.
É caracterizado pelo risco de morte que
oferece ao bombeiro.
 INCÊNDIO DA CLASSE “C”

Um motor elétrico queimando, ainda ligado, classifica o fogo como classe

“C”.
Método de extinção de incêndio Classe C
Para a sua extinção necessita de agente
extintor que não conduza a corrente elétrica e
utilize o princípio de abafamento ou da
interrupção (quebra) da reação em cadeia.
A classe de incêndio pode ser mudada para
“A”, se for interrompido o fluxo elétrico.
Deve-se ter cuidado com equipamentos
(televisores, por exemplo) que acumulam
energia elétrica, pois estes continuam
energizados mesmo após a interrupção da
corrente elétrica.
 Método de extinção de incêndio Classe C

Lançar um agente que não conduza eletricidade num incêndio classe “C”
(ex: CO2).
 INCÊNDIO DA CLASSE “D”
Incêndio envolvendo metais combustíveis
pirofóricos (magnésio, selênio, antimônio,
lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco,
titânio, sódio e zircônio).
É caracterizado pela queima em altas
temperaturas e por reagir com agentes
extintores comuns (principalmente os que
contenham água).
 INCÊNDIO DA CLASSE “D”

Lítio e Cádmio (em baterias) e magnésio (em motores) são exemplos de

metais combustíveis
Método de extinção de incêndio Classe D
Para a sua extinção, necessita de agentes
extintores especiais que se fundam em
contato com o metal combustível, formando
uma espécie de capa que o isola do ar
atmosférico, interrompendo a combustão
pelo princípio de abafamento.
Os pós especiais são compostos dos seguintes
materiais: cloreto de sódio, cloreto de bário,
monofosfato de amônia e grafite seco.
O princípio de retirada do material também é
aplicado com sucesso nesta classe.
 Método de extinção de incêndio Classe D

A utilização de pós químicos especiais é eficaz no combate ao fogo da classe

“D”
 ?
?
?
? ?
 ROTEIRO
INTRODUÇÃO
CALOR
COMBUSTÍVEL
COMBURENTE
REAÇÃO EM CADEIA
FASES DO FOGO
FORMAS DE COMBUSTÃO
MÉTODOS DE EXTINÇÃO
CLASSES DE INCÊNDIO
 OBJETIVOS
Explicar o processo da combustão conforme
a teoria do tetraedro do fogo (Cn).
Definir as fases do fogo, os métodos de
transferência de calor e os pontos críticos de
temperatura (Cn).
Conhecer os métodos de extinção e as
formas de combustão (Cn).