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Disciplina: Equipamentos de Combate a Incêndio e

Auxiliares

Instrutora: Karla Lins

João Pessoa, 16/09/2019


EMENTA

Aplicar conhecimento ao aluno de equipamentos utilizados no


combate a incêndio, rede de hidrantes, rede de chuveiros
automáticos, aparelhos extintores, tipos de mangueiras,
sinalização de segurança contra incêndio e pânico, tipos de
detectores, sistema de acionadores, sistemas automáticos de
supressão de incêndios à base de gases inertes, etc.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ABNT NBR 14.608:2007
• ABNT NBR 14.277
• ABNT NBR 15.219
• ABNT NBR 14.023:1999
• ABNT NBR 17.779:2004
• ABNT NBR 11.862:1992/1998
• Lei Federal 11.901 de 13/01/2009
• Lei Estadual 10.038 de 09/07/2013
• Lei Municipal 12.352 ded 09/02/2012
• Norma técnica 08, publicada no D.O.E de 03/04/2014
TEORIA DO FOGO

Para prevenir e combater incêndios de maneira eficaz, é necessário


entender o funcionamento do incêndio, bem como o fogo se comporta
e dominar as técnicas de combate e prevenção.
INCÊNDIO X FOGO

Incêndio não é sinônimo de fogo. Ou então, em cada churrasqueira


teríamos um incêndio.
INCÊNDIO X FOGO

Qual a diferença?
O que difere as chamas da churrasqueira das chamas de um incêndio é o
controle sobre elas. Na churrasqueira, o fogo está controlado; no
incêndio, não. Assim, podemos definir o incêndio como fogo fora de
controle.
INCÊNDIO X FOGO

Como definir fogo?


A combustão ou fogo é uma reação química:

CALOR
Material Combustível + Oxidante ENERGIA LUZ

Essa reação depende de uma energia de ativação para que se inicie.


Depois, prossegue de forma autossustentável.
REQUISITOS DA COMBUSTÃO

• Combustível;
• Comburente;
• Calor (energia).
A união desses três elementos forma o triângulo do fogo, uma forma
didática de representarmos os requisitos da combustão – o que é
necessário para ela iniciar.
TRIÂNGULO DO FOGO
NECESSIDADE DA ENERGIA DE
ATIVAÇÃO
Via de regra, os combustíveis não reagem automaticamente com o
oxigênio; entretanto, se aproximarmos da chama, a reação pode
começar rapidamente.
QUEBRA DE COMBUSTÍVEL

A quebra de combustível em partes menores pode ocorrer de duas


formas:
• Termólise: quebra pela temperatura;
• Pirólise: quebra pelo fogo.
QUEBRA DE COMBUSTÍVEL

Uma vez iniciada a combustão, a fonte inicial de energia pode ser retirada, pois
surge a reação em cadeia.
A queima de moléculas que se desprendem gera calor suficiente para quebrar
combustível e desprender mais moléculas em quantidade suficiente para continuar
a reagir com o oxigênio, gerando mais calor (AUTOSSUSTENTÁVEL).

QUEIMA DE MOLÉCULAS PRODUÇÃO DE CALOR REAÇÃO COM O OXIGÊNIO


TETRAEDRO DE FOGO

Além dos três requisitos do


triângulo do fogo, a reação em
cadeia deve ser acrescida como
elemento da combustão, surgindo
a representação através do
tetraedro de fogo.
TETRAEDRO DE FOGO

O tetraedro foi escolhido ao invés de um quadrilátero pelo fato de que,


no tetraedro, cada uma das faces está ligada a todas as outras, assim
como os elementos da combustão. O tetraedro representa os elementos
da combustão, enquanto o triângulo representa seus requisitos.
Para que a combustão se inicie, são necessários três
componentes (triângulo do fogo):

• Calor;
• Comburente;
• Combustível.

Quando inicia-se, podemos constatar a presença de 4


componentes: os três anteriores acrescidos da reação em cadeia
(tetraedro de fogo).
COMBUSTÃO X CHAMA

COMBUSTÃO OU FOGO CHAMA

Libera a energia na forma de calor, É a ionização dos gases em


retroalimentando uma reação; e na combustão pelo calor produzido,
forma de luz, que pode ser liberando parte da energia na
incandescência de material forma de luz.
(brasas).
CALOR
• Componente energético do tetraedro do fogo e será o alimento
responsável pelo início da combustão;
• Forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformação
de outra energia, através do processo físico ou químico;
• Condição da matéria em movimento, isto é, movimentação ou
vibração das moléculas que compõem a matéria.

CALOR Energia em trânsito, sinônimo de energia térmica.


O calor é gerado pela transformação de outras formas de energia:

• Energia química: quantidade de calor gerada pelo professo de


combustão;

• Energia elétrica: o calor é gerado pela passagem de eletricidade


através de um condutor, como fio elétrico ou eletrodoméstico;

• Energia mecânica: calor gerado pelo atrito entre dois corpos;


• Energia nuclear: o calor é gerado pela fissão (quebra) do núcleo do
átomo.
CALOR X CHAMA

CALOR CHAMA

Uma fonte de calor pode ser É a ionização dos gases em


qualquer elemento que faça com combustão pelo calor produzido,
que o combustível sólido ou liberando parte da energia na
líquido desprenda gases forma de luz.
combustíveis e venha a se
inflamar.
TEMPERATURA

É uma grandeza primitiva e, por esta razão, não pode ser definida.
Temperatura de um corpo: medida do grau de agitação das moléculas.
Esse grau pode ser medido em Celsius (°C), Kelvin (K), Fahrenheit (°F) e
Rankine (R).
EFEITOS DO CALOR

• O calor é uma forma de energia que produz efeitos físicos e químicos


nos corpos e efeitos fisiológicos nos seres vivos. Em consequência do
aumento da intensidade do calor, os corpos apresentarão sucessivas
modificações, inicialmente físicas e depois químicas.
ELEVAÇÃO DA TEMPERATURA

Se desenvolve com maior rapidez nos corpos considerados bons


condutores de calor, como os metais e mais vagarosamente no maus
condutores, como o amianto.

O conhecimento sobre a condutibilidade de calor dos diversos materiais


é de grande valia na prevenção de incêndio. Materiais combustíveis
nunca devem permanecer em contato com corpos bons condutores,
sujeitos a uma fonte de aquecimento.
AUMENTO DE VOLUME
• Todos os corpos – sólidos, líquidos, ou gasosos – se dilatam e se
contraem conforme aumento ou diminuição da temperatura. A
atuação do calor não se faz de maneira igual em todos os materiais.
Ex. Viga de concreto x ferro em seu interior.
• Os materiais não resistem a mudanças bruscas de temperatura. Ex.
Água no copo.
Mudanças bruscas de temperatura como as relatadas acima são causas
comuns de desabamento de estruturas.
A dilatação dos líquidos também pode produzir situações perigosas,
provocando transbordamento de vasilhames, rupturas de vasos
contendo produtos perigosos, etc.

A dilatação de gases provocadas por aquecimento acarreta o risco de


explosões físicas, pois ao serem aquecidos até 273°C, os gases duplicam
de volume; a 546°C, triplicam, e assim sucessivamente.

Os gases liquefeitos aumentam a pressão no interior dos recipientes; se


não houver dispositivos de segurança, ou diminuição da temperatura,
pode ocorrer explosão provocada pela ruptura das paredes do vaso. Os
vapores de líquidos, inflamáveis ou não, se comportam como os gases.
MUDANÇA NO ESTADO FÍSICO

• Com o aumento do calor, os corpos tendem a mudar seu estado físico:


alguns sólidos transformam-se em líquidos (liquefação), líquidos se
transformam em gases (gaseificação) e sólidos que se transformam
diretamente em gases (sublimação).
MUDANÇA NO ESTADO QUÍMICO

• Mudança química é aquela em que ocorre a transformação de uma


substância em outra.

Ex. Queima da madeira e preparo da carne.


EFEITOS FISIOLÓGICOS

•O calor é a causa direta da queima e de outras formas de danos


pessoais. Danos causados pelo calor incluem desidratação, intermação,
fadiga e problemas para o aparelho respiratório, além de queimaduras
(1º, 2º, 3º e até 4º grau) que nos casos mais graves pode levar à morte.
TRANSMISSÃO DE CALOR
Transferência de calor de objetos com maior temperatura para objetos
com temperatura mais baixa.

A transferência de calor de um corpo para outro ou entre áreas


diferentes de um mesmo corpo será influenciada por:

Pelo tipo de material combustível que está sendo aquecido;


Pela capacidade do material combustível de reter o calor;
Pela distância da fonte de calor até o material combustível.
O calor pode se propagar em três diferentes maneiras:

Condução
Convecção
Irradiação
• Condução Térmica: A energia calorífica é transmitida por meio de
corpos sólidos que aquecem, seja pelo calor do fogo, ou pelo contato
com outro mais quente. Assim, quando aquecemos um corpo sólido, a
energia cinética aumenta e consequentemente, a agitação das
moléculas.
• Convecção Térmica: esse tipo de transmissão de calor ocorre em
substâncias que estejam no estado líquido ou gasoso. Criam-se
correntes circulares chamadas de "correntes de convecção", as quais
são determinadas pela diferença de densidade entre o fluido mais
quente e o mais frio.
• Irradiação Térmica: por meio das ondas eletromagnéticas ou ondas
de calor de um corpo ocorre a transferência de energia térmica. Nesse
caso, as partículas elétricas de um objeto aumentam, da mesma forma
que sua energia cinética.
TIPOS DE PROPAGAÇÃO DO CALOR
EXEMPLOS DE PROPAGAÇÃO DE CALOR
Condução Térmica Convecção Térmica Irradiação Térmica
• Aquecimento de uma • Aquecimento de • Energia solar
barra de metal líquidos numa panela • Placas solares
• Aquecimento de uma • Geladeira e • Assar alimentos no
colher de metal congelador formo
pousada numa panela • Ar-condicionado
• Aquecimento do cabo • Aquecedores
• Fogo das lareiras
de metal de uma • Estufas das plantas
panela • Correntes de ar
atmosférico
COMBUSTÍVEIS
COMBUSTÍVEL

É toda substância capaz de queimar e


alimentar combustão, ou seja, capaz de reagir
com o oxigênio. É o elemento que serve de
campo de propagação do fogo.
MATERIAIS COMBUSTÍVEIS

• Maus condutores de calor (ex. madeira e papel) queimam com mais


facilidade; o calor se concentra em uma pequena zona, elevando a
temperatura mais rapidamente.

• Bons condutores de calor (ex. metais) queimam com mais dificuldade; o calor
é distribuído por todo o material fazendo com que a temperatura se eleve
mais lentamente.
ESTADO FÍSICO

• Sólido: madeira, papel, tecido, carvão, pólvora, etc.


• Líquido: gasolina, álcool, querosene, óleos, tintas, etc.
• Gasoso: metano, etileno, gás liquefeito de petróleo (GLP),
etc.
COMBUSTÍVEL
X
INFLAMÁVEL
Apesar de todo material inflamável ser combustível, nem
todo combustível é inflamável.

Combustível – capaz de reagir com o oxigênio diante de


uma quantidade de energia, o que faz com que a maioria
dos materiais seja considerada combustível.

Inflamável – capaz de, à temperatura ambiente (20°C) ,


liberar vapores em quantidade suficiente para sustentar uma
combustão.

Inflamáveis são os materiais que “pegam fogo”


facilmente e combustíveis são os que conseguem
queimar.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO
DO FOGO
Baseiam-se na eliminação de um ou mais
elementos essenciais que provocam o fogo
(elementos do Tetraedro do Fogo)
É importante ter em mente esses métodos,
pois é muito comum que se pense apenas
em “jogar água” como forma de extinguir o
fogo.
• Retiradado material – baseia-se na retirada do material
combustível ainda não atingido da área de propagação do fogo.
Método também denominado corte, isolamento ou remoção do
combustível.
• Resfriamento – consiste em diminuir a temperatura do material
que está queimando, diminuindo, consequentemente, a
liberação de gases ou vapores inflamáveis.
• Abafamento – consiste em diminuir ou impedir o contato
do oxigênio com o material combustível.
• Quebra da reação em cadeia (extinção
química) – consiste no uso de agentes que
interferem quimicamente na reação
diminuindo a capacidade de reação entre
comburente e combustível.
AGENTES EXTINTORES
Os Agentes Extintores se tratam de determinadas
substâncias utilizadas no combate à incêndios através de
métodos de resfriamento, abafamento e reações químicas.

Eles devem ser utilizados de forma criteriosa, observando sua


correta utilização e o tipo de classe de incêndio, tentando-se
sempre que possível, minimizar os efeitos danosos do próprio
agente extintor sobre materiais e equipamentos não atingidos
pelo incêndio.
• Água – conhecida como o agente extintor “universal”, é utilizada em
diversas classes de incêndio. A água age resfriando e abafando o
incêndio. Aplicada, preferencialmente, sob a forma de jato chuveiro ou
neblinado.

• Espuma – formado por uma solução aquosa, pode ser química ou


mecânica. A química é resultado de reação química entre água, sulfato
de alumínio e alcaçuz. A função da espuma é o abafamento, seguido
de resfriamento. Existem diferentes tipos de espumas, cada um
indicado para um tipo de combustível;
• Pó químico seco (PQS) – tem como característica ser
formado por finíssimas partículas sólidas. Apesar de não
serem tóxicas podem causar asfixia, se inalado em excesso.
Se espalha em todo o ambiente, contaminando-o (sujando
equipamentos, móveis, roupas etc). Pode danificar
equipamentos eletroeletrônicos.
Os pós químicos atuam por abafamento e são classificados em:
ABC – à base de fosfato – para incêndios de classes A, B, e C; BC
– à base de bicarbonato de sódio ou potássio – para incêndios
classes B e C; e D – com várias composições, pois os metais
pirofóricos necessitam de agente específico.
Gases Inertes
• CO2 – Gás Carbônico – mediante ser um gás não inflamável, sem cheiro e sem cor,
não tóxico, mas pode provocar asfixia se ingerido. Sua ação é por abafamento, em
incêndios classes B e C. Pode ser usado na corrente elétrica e não suja ou danifica
quaisquer equipamentos.
• Halon – Os halons são hidrocarbonetos halogenados. É um agente extintor que teve
grande sucesso no combate a incêndio dadas as suas propriedades enquanto gás
relativamente limpo e eficaz em fogos das classes A, B e C. Método de extinção por
extinção química (quebra da reação em cadeia).
• FE-36 - É um hidrofluorcarboneto (HFC), incolor, inodoro, eletricamente não condutível.
Indicado para a proteção de ambientes como Datacenters, Centrais de telecomunicações,
Museus, Laboratórios, Bibliotecas, Instalações de alto valor agregado, ou seja, ambientes
limpos que não podem ser contaminados pelo agente extintor. A extinção das chamas
ocorre por meio de absorção do calor e abafamento. Não causa queimaduras por
resfriamento como o CO2.
CLASSES DE INCÊNDIO
CLASSE A

• Determinada por incêndios em materiais sólidos


combustíveis, que queimam em profundidade e extensão,
deixando resíduos, como o papel, tecido, algodão, borracha
e a madeira, entre outros. Para combater esse tipo de fogo,
o agente extintor mais adequado é a água, que tem a
capacidade de penetrar e resfriar o ambiente. Para isso,
deve-se fazer uso dos extintores de incêndio portáteis
carregados com água.
CLASSE B
• Os fogos de classe “B” enquadram os materiais em líquidos
inflamáveis, que também queimam em extensão (somente em
superfícies), mas que, normalmente, não deixam resíduos. Fazem parte
desse grupo o óleo, a gasolina, o querosene, graxas, tintas e álcoois,
em geral. Nestes casos o incêndio pode ser combatido com extintores
de pó químico seco BC ou ABC, extintores de gás carbônico (CO2) e
ainda com extintores de espuma mecânica, caso o incêndio não seja
tridimensional (ex: liquido sob pressão, gás, derramamento em
gravidade, etc.).
CLASSE C

• Englobam incêndios em equipamentos elétricos


energizados, como máquinas elétricas, quadros de força,
transformadores, computadores ou qualquer que seja o
material de uso em aplicações de energia elétrica. Tanto o
extintor de pó químico seco a base de bicarbonato de sódio
ou potássio, (BC) ou fosfato monoatômico (ABC), quando o
extintor de CO2 são adequados para combater este tipo de
incêndio.
CLASSE D
• Constituído de metais pirofóricos, que inflamam facilmente,
quando fundidos, divididos ou em forma de lâminas, como o
potássio, o magnésio, o titânio, o lítio e o sódio, entre
outros, os fogos de classe “D” tendem a apresentar
comportamento diferente dos demais fogos, uma vez que os
materiais que os provocam formam uma espécie de reação
em cadeia durante a combustão, dificultando a sua extinção
por métodos convencionais. Para estes riscos devem ser
utilizados extintores especiais carregados com pó químico
classe D adequado para cada tipo de metal.
CLASSE K
Representam uma classificação recente de tipos de fogos, mas, nem por
isso, requerem menos atenção. Fazem menção aos incêndios em
cozinhas industriais e comerciais, que envolvem produtos e meios de
cozinhar, como banha gordura e óleo) e são uma das principais causas
de danos materiais e vítimas, fatais ou não, por serem um dos tipos mais
resistentes de fogos já registrados. Segundo o esquema europeu, classe
“E”.
Uma unidade extintora portátil de classe K, para combate a incêndios em
cozinhas industriais, é o equipamento mais indicado, nessas ocasiões ou
ainda um sistema fixo Veloz de agente saponificante.
APARELHOS EXTINTORES
DEFINIÇÕES
• Agente extintor – toda substância capaz de intervir na cadeia de
combustão quebrando-a, diminuindo a quantidade de comburente na
reação, interferindo no ponto de fulgor do combustível e/ou atuando por
redução na formação de radicais livres, impedindo que o fogo possa crescer
e se propagar, controlando ou extinguindo-o.

• Carga – quantidade de agente extintor contido no cilindro, medida em litro


ou quilograma.
• Capacidade extintora – Medida do poder de extinção
de fogo de um extintor, obtida em ensaio prático
normalizado. Deve ser indicada no rótulo do
produto.
• Extintorde incêndio – Aparelho de acionamento
manual, constituído de recipiente e acessórios,
contendo o agente extintor, destinado a combater
princípios de incêndio.
Extintor portátil – possui massa Extintor sobre rodas – Extintor
total (carga, recipiente e montado sobre rodas que possui
acessórios) de no máximo 20kg. massa total superior a 20kg.
FUNCIONAMENTO

• Geralmente um extintor possui dois tipos de produtos: o


agente extintor propriamente dito e um gás propulsor que
tem como função impulsionar o primeiro para fora do
extintor quando da sua utilização. Em alguns casos o agente
extintor, por ser um gás sobre pressão (ex. o CO²), tem
ambas as funções dispensando um agente propulsor.
CLASSIFICAÇÃO DOS
EXTINTORES QUANTO AO
TIPO DE AGENTE EXTINTOR
COMBATE A INCÊNDIO COM EXTINTORES

• Os extintores prestam-se a combater tão somente princípios


de incêndio;
• Devem estar adequadamente posicionados na edificação
conforme projeto aprovado pelo Corpo de Bombeiros;
• O acesso ao extintor deve estar desobstruído;
• Os ocupantes de uma edificação devem saber escolher o
extintor e usá-lo corretamente (formação de brigadas);
PASSOS QUE DEVEM SER SEGUIDOS
• Localizar o foco identificando o material que está
queimando;
• Escolher o extintor adequado à classe do material;
• Retirar o lacre e efetuar um teste ainda no local, pois se o
extintor não estiver funcionando, se perderá um tempo
precioso deslocando ao foco um extintor inútil;
• Usar o extintor adequadamente conforme seu tipo;
Uma recomendação no uso dos extintores
é que, em uma situação de incêndio,
depois de utilizado ou depois de testado e
constatada a falha, um extintor deve ser
deixado deitado para que outros não
percam tempo tentando usá-lo.
PARTICULARIDADES NA UTILIZAÇÃO DOS
DIVERSOS TIPOS DE EXTINTORES

• Extintor de espuma – Empunhar a mangueira e apertar o gatilho,


dirigindo o jato de forma que a espuma escorra cobrindo o líquido; se
o líquido estiver derramado, primeiro deve-se fazer um aglomerado de
espuma antes da poça e depois forçá-la com mais espuma sobre o
líquido.
• Extintor de CO2 – Sempre segurar a mangueira pelo punho, para evitar
queimaduras pelo resfriamento da mangueira. Age como abafamento,
o gatilho deve ser apertado constantemente ou em rápidas sucessões
para que se forme uma nuvem de gás sobre o combustível e as
chamas apaguem pela ausência de O2 É necessário resfriar o
material depois, para evitar reignição.
• Extintor de PQS – O jato não deve ser dirigido à base do
fogo. Devem ser aplicados jatos curtos de modo que a
nuvem formada pelo pó perca a velocidade e assente sobre
o foco. O jato seguinte deve esperar o assentamento da
nuvem anterior para não deslocá-la sobre o foco antes de
assentar.
• Extintor de água – Como o objetivo de usar a água é
conseguir um resfriamento do material, o extintor de água
deve ser usado buscando a máxima dispersão da água
possível. Para tanto, o operador deve colocar o dedo na
frente do requinte (como uma mangueira de jardim) e
acionar o gatilho incessantemente dirigindo o jato em
varredura sobre o combustível em chamas.
MANUTENÇÃO E CUIDADOS
• Para garantir o bom funcionamento dos extintores, é necessário que
sejam seguidas as seguintes manutenções:
• Semanal – verificar se o posicionamento está correto, bem como o
acesso e sinalização;
• Quinzenal – verificar o estado geral do extintor, com especial atenção
para sinais de impactos físicos e obstrução do requinte;
• Mensal – conferência da pressão dos extintores pela checagem dos
manômetros (o extintor de CO2 não possui manômetro). Caso a
pressão não esteja adequada, deve-se enviar o aparelho para recarga.
• Conferência do peso da ampola, no caso dos extintores de CO2 . Caso haja
perda de mais de 10% do peso do extintor quando recebido*, deve-se enviar
o aparelho para recarga.
*anotar no recebimento para essa conferência.
• Anual – o aparelho deve ser enviado para recarga e inspeção feita em
empresa especializada.
• Quinquenal (a cada cinco anos) – deve ser feito o teste hidrostático do
cilindro.
• Cuidados na conservação – o extintor não deve apresentar sinais de
ferrugem ou amassamento.
CUIDADOS NA INSPEÇÃO
Verificar sempre a pressão de carga

Ao receber o extintor após a manutenção, verificar se o anel foi trocado;


sempre solicitar a cada ano uma cor diferente.

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