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APOSTILA

PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIO

PROFESSOR: ANDERSON SACRAMENTO


INTRODUÇÃO

Tudo o que você puder fazer para evitar um incêndio, chamamos isso de prevenção. Quanto mais se
investe na prevenção, menos trabalho, prejuízo e risco haverá em caso de um princípio de incêndio.

A prevenção deve ser tarefa constante e responsabilidade de todos. A prevenção de incêndio na sua
ocorrência, deve ser detectada o mais rapidamente possível, dificultando a sua propagação e
facilitando o seu combate, isso ainda no início.

Pequenos focos de incêndio se transformam em desastres porque os dispositivos de prevenção e


combate ao fogo foram instalados e esquecidos, tornando-se inúteis no momento em que se
necessita deles.

A prevenção aborda tanto procedimentos simples (como a limpeza do local), como complexos (por
exemplo, a construção de compartimentações para proteção estrutural), incluindo a listagem de
equipamentos de combate a incêndio, os quais devem ser adequados aos riscos da edificação e às
condições do local.

Os meios de proteção e combate a incêndios devem atender à legislação própria em vigor. Quanto
mais perfeita for à prevenção, menor a possibilidade de surgir um incêndio e a necessidade de
combatê-lo.

PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO

Quem se preocupa com a prevenção deve adotar a seguinte regra básica: “todo material de
prevenção e combate a incêndio deve ser mantido em corretas quantidade, qualidade, condições de
uso e conservação, de modo a poder ser utilizado em um incêndio que ocorra agora”.

A melhor forma de combate ao fogo é que se faz antes que ele ocorra, através de medidas de
prevenção adotadas na fase de projeto das edificações.

Paredes resistentes ao fogo, enclausuramento de riscos, provisão de rotas de fuga, provisão de


canalizações, depósito de água para combate ao fogo e rede de hidrantes são algumas das formas de
prevenção na fase de projeto. São chamadas de instalações fixas.
TEORIA DO FOGO

Trata-se de uma reação química de oxidação ou exotérmica, denominada combustão que é


autossustentável, onde normalmente ocorre na presença de oxigênio, produzindo calor, liberação de
luz, fumaça e gases.

PROCESSO DA QUEIMA

Durante a combustão ocorre uma cadeia de reações. Existem substâncias que são capazes de
interferir nesta cadeia e interromper a combustão. Portanto, a representação gráfica atual dos
elementos essenciais do fogo deve ser feita por um tetraedro e não mais por um triângulo, sendo a
outra face representada pela reação em cadeia.

O início da combustão requer a conversão do combustível de um estado para outro, o que se dá por
aquecimento, desprendendo vapores e gases (esse processo chama-se PIRÓLISE). Por exemplo, um
combustível sólido é convertido para o estado gasoso quando sofre combustão. O combustível é
encontrado basicamente em três estados físicos: sólido, líquido e gasoso.

PIRÓLISE

É uma reação de análise ou decomposição química que ocorre pela ação de altas temperaturas.
Desprendendo gases, vapores e fumaça. Ocorre uma ruptura da estrutura molecular original de um
determinado composto pela ação do calor em um ambiente com pouco ou nenhum oxigênio.

Entretanto, em sentido amplo, conceitua-se como pirólise todo e qualquer processo de


decomposição ou de alteração da composição de um composto ou mistura pela ação de calor, nas
condições acima descritas, como por exemplo a carbonização.
ELEMENTOS DO FOGO

Conforme mencionado, adota-se o Tetraedro (quadrado) para se explicar a combustão, atribuindo-


se, a cada lado do quadrado, um dos elementos essenciais de combustão.

Os componentes do fogo são: combustível, comburente, calor e reação em cadeia.

COMBUSTÍVEL

É toda substância capaz de queimar e alimentar a combustão. É tudo que queima, servindo como
campo de ação das chamas. É o elemento que serve de campo de propagação ao fogo e compreende
todos os materiais que se possa imaginar.

Exemplo: madeira, gasolina, papel, tecidos, tintas, graxa, GLP e etc.

COMBUSTÃO

É a classificação do comportamento do combustível quando ele é aquecido, em se tratando da


emissão de vapores inflamáveis.

Apresentando-se em três estado físico:

 Sólidos: madeira, papel, plástico etc;


 Líquidos: gasolina, álcool, graxa etc;
 Gasosos: acetileno, butano, propano etc.
Combustíveis Sólidos

Para que haja queima, necessitam se transformar em vapores, através da ação do calor (pirólise) e,
então, reagem com o oxigênio.

Combustíveis Líquidos

Os líquidos inflamáveis assumem a forma dos recipientes que os contêm.

Tomando-se como base a água, cujo litro pesa aproximadamente 1 (um) quilograma, classificam-se
os demais líquidos como mais leves ou mais pesados.

Combustíveis Gasosos

Os gases não têm volume definido e ocupam todo o recipiente a que estão restritos. Se o peso do
gás é menor que o ar, o gás tente a subir, mas, se o peso do gás é maior que o do ar, o gás
permanece próximo ao solo e caminha na direção do vento. Por isso sempre se deve chamar um gás
pelo seu nome pois cada um apresenta características próprias.

Para o gás se queimar, há necessidade de que esteja em mistura ideal com o ar atmosférico (faixa de
inflamabilidade). Pode formar com o ar atmosférico misturas explosivas.

COMBURENTE (Oxigênio)

O comburente é o elemento que possibilita a vida às chamas e intensifica a combustão. O mais


comum é que o oxigênio desempenhe esse papel. Em ambiente onde não há oxigênio numa
proporção em torno de 8% a 16% o fogo não tem chamas (somente brasas) e a queima se torna mais
lenta. Quando o oxigênio contido no ar do ambiente atinge concentração menor que 8% não há
combustão.

O ar contém 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de gases nobres e impurezas. Com isso,
pode-se afirmar que o oxigênio é um elemento constante na vida do ser humano, e que está presente
em quase todos os incêndios.

É bom lembrar que existem combustíveis que já possuem oxigênio em sua composição como é o
caso de pólvora, do nitrato, entre outros, que podem queimar-se em qualquer lugar, com ou sem
presença de ar.
CALOR

Forma de energia que eleva a temperatura. É uma condição da matéria em movimento, isto é,
movimentação ou vibração das moléculas que compõem a matéria. Quando um corpo é aquecido, a
velocidade das moléculas aumenta e o calor também aumenta.

O calor é gerado pela transformação de outras formas de energia, tais como: energia química,
energia elétrica, energia mecânica e energia nuclear.

 Energia química: pela combustão (queima) propriamente dita;


 Energia elétrica: pela passagem de eletricidade através de um condutor, fio elétrico;
 Energia mecânica: atrito de dois corpos;
 Energia nuclear: quebra ou fusão de átomos.

O calor é transferido dos combustíveis de temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais
baixa, o que damos o nome de propagação de calor.

 Condução;
 Convecção;
 Irradiação;
 Contato;
 Deslocamento de copos inflamados;
 Corrente e/ou descarga elétrica.

REAÇÃO EM CADEIA

É a reação química ocorrida na combustão que se processa pela combinação do oxigênio com os
átomos e moléculas, resultantes da quebra molecular do material combustível pela ação do calor.
Cada material combustível possui uma estrutura molecular própria, o que faz com que sua
combinação com o oxigênio seja também variável e resulte em diferentes produtos. Na maioria das
vezes, as reações químicas da combustão resultarão em átomos e moléculas capazes de continuar
reagindo com o oxigênio, gerando assim um processo sustentável de queima, por isso o nome
reação em cadeia.

A reação em cadeia se resume no calor do fogo produzindo mais fogo, sem a necessidade de fonte
adicional de calor, tornando a queima autossustentável. Enquanto houver suprimento de
combustível (oxigênio) e material combustível para queimar.

São radicais livres do processo do combustão que, proporcionam a propagação da reação no seio da
massa da mistura: calor + combustível + comburente. Parte integrante do tetraedro do fogo, é o
processo que envolve os três outros elementos: combustível, comburente e fonte de calor.
PROCESSOS DE PROPAGAÇÃO DE CALOR

Para que aconteça a troca de calor é preciso que ele seja transferido de um objeto para outro e de
uma região para outra.

Existem três processos de propagação de calor: condução, convecção e irradiação.

Transmissão de Calor

Para que ocorra troca de calor, é necessário que ele seja transferido de uma região a outra através do
próprio corpo, ou de um corpo para outro.

Existem três processos de transparência de calor estudado na termologia, são eles: condução,
convecção e irradiação.

A irradiação é a propagação de ondas eletromagnéticas que não precisam de meio para se propagar,
enquanto que a condução e a convecção são processos de transferência que necessitam de um meio
material para se propagar.
Condução

A condução é o processo de propagação de calor que se dá por transferência de energia entre as


partículas, desse modo, ela necessita de um meio para ocorrer. Esse processo pode ser percebido
quando se aquece uma das extremidades de uma barra metálica. No início, ao tocar a extremidade
da barra que está distante da fonte de aquecimento, percebe-se que ela está fria, mas após certo
tempo, sente-se que ela também está aquecendo. Se a fonte de aquecimento de retirada, a barra tente
a alcançar o equilíbrio térmico. Assim, toda a barra tende a atingir uma mesma temperatura. A
explicação para esse fenômeno é dada pela transferência de energia entre as partículas da barra. As
moléculas mais próximas da fonte de aquecimento recebem energia e agitam-se com maior
intensidade. É devido à conclusão que a xícara fica aquecida quando contém um líquido quente e
que o cabo da panela esquenta quando ela é colocada no fogão aceso, por exemplo.

Quando dois corpos com temperaturas diferentes são colocados em contato, as moléculas do corpo
mais quente, colidindo com as moléculas do corpo mais frio, transferem energia para este. Esse
processo de condução de calor é denominado condução. No caso dos metais, além da transmissão
de energia de átomo para átomo, há transmissão de energia pelo elétrons livres, ou seja, são os
elétrons que estão mais afastados do núcleo e que são mais francamente ligados aos núcleos,
portanto, esse elétrons, colidindo entre si e com átomos, transferem energia com bastante facilidade.
Por esse motivo, o metal conduz calor de modo mais eficiente do que outros materiais. É a
transmissão de calor por intermédio do próprio corpo do material.

Convecção

A convecção térmica é o processo de transmissão de calor em que energia térmica se propaga


através do transporte de matéria, devido a uma diferença de densidade e a ação da gravidade. Da
mesma forma, acontece a convecção de gases. É a transmissão de calor através da circulação do ar
aquecido ou dos gases emanados existentes no local do fogo.

Da mesma forma que o metal, os líquidos e os gases são bons condutores de calor. No entanto, eles
transferem calor de uma forma diferente. Esta forma é denominada convecção. Esse é um processo
que consiste na movimentação de partes do fluído dentro do próprio fluído. Por exemplo, vamos
considerar uma vasilha que contenha água à temperatura de 4°C. Sabemos que a água acima de 4°C
se expande, então ao colocarmos essa vasilha sobre uma chama, a parte de baixo da água se
expandirá, tendo sua densidade diminuída e, assim, de acordo com Princípio de Arquimedes, subirá.
A parte mas fria e mais densa descerá, formando-se, então, as correntes de convecção. Como por
exemplo de convecção temos a geladeira, que tem seu congelador na parte de cima. O ar frio fica
mais denso e desce, o ar que está embaixo, mais quente, sobe.
Irradiação

A irradiação ou radiação é o processo mais importante de propagação de calor pois é através dele
que o calor do Sol chega até a Terra. A irradiação é o processo de transferência de calor através de
ondas eletromagnéticas, chamadas ondas de calor ou calor radiante. É a transmissão de calor por
meios de raios ou ondas. Dessa maneira é que se recebe o calor do Sol.

Podemos dizer que a irradiação térmica é o processo mais importante, pois sem ela seria
praticamente impossível haver vida na Terra. É por irradiação que o calor liberado pelo Sol chega
até a Terra. Outro fator importante é que todos os corpos emitem radiação, ou seja, emitem ondas
eletromagnéticas, cujas características e intensidade dependem do material de que é feito o corpo e
de sua temperatura. Portanto, o processo de emissão de ondas eletromagnéticas é chamado de
irradiação. A garrafa térmica é um bom exemplo de irradiação térmica. A parte interna é uma
garrafa de vidro com paredes duplas, havendo quase vácuo entre elas. Isso dificulta a transmissão
de calor por condução. As partes interna e externa da garrafa são espelhadas para evitar a
transmissão de calor por irradiação.
Contato

Quando dois ou mais corpos aquecidos estão em contato, a transmissão do calor ocorre como se
fossem um só corpo.

Deslocamento de Corpos Inflamados

Forma de transmissão que se dá pela queda ou lançamento da matéria que está queimando,
provocando novos focos de incêndio (fagulhas, levadas pelo vento, queda de árvores, animais que
fogem com o pêlo em chamas nos incêndios em coberturas vegetais).

Corrente e/ou descargas elétricas

É o caso dos incêndios provocados por curto-circuito nas instalações elétricas ou descargas elétricos
naturais (raios).

TEMPERATURA

É uma medida estatística do nível de agitação entre moléculas, relacionado com deslocamento da
energia cinética de um átomo ou molécula. Em física, a temperatura está relacionada com a energia
interna de um sistema termodinâmico.

Existem três escalas ou tipo de temperatura: Kelvin (K), Celsius (C) e Fahrenheit (F).

PONTOS DE TEMPERATURA

Ponto de Fulgor: Temperatura mínima onde os combustíveis começam a liberar vapores


inflamáveis, só que ainda em quantidades insuficiente para manter a queima ou as chamas.

Ponto de Combustão: Temperatura onde a quantidade de vapores já é suficiente para manter o


processo da queima.

Ponto de Ignição: Temperatura onde a quantidade de vapores inflamáveis já é tão intensa que pega
fogo só pelo contato com o oxigênio.
LIMITES DE INFLAMABILIDADE

Inflamabilidade é definida como a facilidade com que algo queima ou entra em ignição, causando
fogo ou combustão. O grau de dificuldade necessária para causar a combustão de uma substância é
quantificada de teste de chama.

Os limites de inflamabilidade são definidos como o intervalo da razão de equivalência ar-


combustível, em que uma substância inflamável pode produzir fogo ou explosão quando uma fonte
de ignição está presente. O metano, etano e propano apresentam limites de inflamabilidade
semelhantes.

O limite de inflamabilidade é a faixa de concentração, no ar, dos vapores de uma substância


inflamável. Por exemplo, o acetileno tem como limites 2,3% e 82%, embora se considere, por
segurança, o limite superior em 100%, onde há dissociação explosiva, mas não combustão.

PONTOS DE INFLAMABILIDADE

É a temperatura mais baixa que o vapor de um líquido aquecido pode imaginar continuamente
quando a combustão for suportada por uma fonte de ignição.

É a temperatura mais baixa que o vapor de um líquido aquecido pode imaginar continuamente
quando a combustão for suportada por uma fonte de ignição. Designa-se por ponto de inflamação
ou “flash point” a temperatura mínima à qual os vapores libertados se inflamam na presença de uma
chama, apagando-se de seguida, uma vez que existem quantidades de vapores insuficientes para
estimular a combustão.

Nos alcanos que possuem até nove átomos de carbono, como ocorre por exemplo na gasolina, o
ponto de inflamação encontra-se -55°C e -25°C.

A gasolina é, portanto, altamente explosiva à temperatura ambiente. Uma só faísca é suficiente para
que se dê a explosão da mistura de gás que se forma sobre a gasolina.

Pelo contrário, os alcanos com cadeiras de quinze a vinte átomos de carbono possuem um ponto de
inflamação entre 55°C e 100°C. A essas temperaturas formam-se, neste caso, vapores com uma
concentração tão elevada que podem explodir com uma faísca.
PONTOS DE INFLAMABILIDADE

 Gasolina: -55°C e -25°C.


 Álcool: -70°C.
 Óleo Diesel: -38°C.
 Óleo de Cozinha: 282,4°C.
 Líquidos: 60,5°C e 37,8°C.
 Acetona: -0,791°C e -20°C.
 Etanol: 13°C.
 Querosene: 72°C.

PONTOS DE INFLAMABILIDADE

Alcanos: São hidrocarbonetos de cadeia aberta que possuem somente ligação simples entre os seus
átomos de carbonos.

Os alcanos são hidrocarbonetos acíclicos e saturados, ou seja, são compostos formados apenas por
átomos de carbono e hidrogênio, de cadeia aberta com somente ligações simples entre seus
carbonos.

Os alcanos são responsáveis por formar o petróleo e o gás natural. Eles também são importantes
combustíveis como o gás de cozinha e a gasolina.

EXPLOSÕES

É a queima de gases ou partículas sólidas, numa velocidade acima da velocidade da luz, em locais
confinados, com grande liberação de energia e deslocamento de ar.

Para que haja uma explosão são necessárias as seguintes condições e situações:

 Espaço Confinado;
 Fonte de Ignição;
 Presença de Gases ou Partículas;
 Faixa de Inflamabilidade.

Prevenção para evitar explosões, deve-se realizar vistoria e manutenção em vasos de pressão de
acordo com as especificações técnicas e sempre realizadas por profissional habilitado.
FLASHOVER

É uma queima rápida dos produtos da combustão no ambiente sinistrado ou num outro próximo.
Durante o incêndio um ambiente confinado, o calor é absorvido pelo teto da edificação e pelas
partes altas das paredes e irradia-se para as partes mais baixas, aquecendo gradualmente os gases
combustíveis que estão no ambiente. Quando os combustíveis alcançam sua temperatura de ignição,
o fogo toma conta de todo ambiente instantaneamente.

O flashover ocorre próximo do final da fase inicial e início da fase da queima livre.

BACKDRAFT

É a explosão ambiental provocada pela baixa quantidade de oxigênio num ambiente fechado que
está repleto de produtos da combustão superaquecidos.

Quando uma porta ou janela é aberta bruscamente ocorre a entrada e o enriquecimento de oxigênio
no ambiente, produzindo a explosão.
INSPEÇÕES PERIÓDICAS

Riscos Comuns são aqueles que podem existir em qualquer edificação. Os riscos pessoais são
provavelmente os mais sérios de todos os riscos comuns.

O termo “riscos pessoais” abrange modos, hábitos e atitudes das pessoas que moram, trabalham ou
visitam a edificação.

São exemplos de riscos comuns:

 Instalação elétrica improvisada;


 Vários benjamins em uma única tomada;
 Fios desencapados;
 Fiação exposta, não protegida;
 Chão com óleo, graxas ou outros líquidos;
 Manutenção em máquinas ligadas (limpeza com gasolina);
 Estoque de materiais inflamáveis em local impróprio;
 Mangueiras e válvulas de GLP inadequadas (segundo normas da ABNT);
 Fumar em local impróprio;
 Extintores sem condição de uso;
 Hidrantes sem mangueiras ou com registro geral fechado;
 Bomba de incêndio inoperante;
 Saídas de emergência obstruídas, trancadas ou com o sentido de abertura contrário o fluxo
de abandono de área de pessoas;
 Brincadeiras de crianças com fogo;
 Soltar balões;
 Soltar fogos de artifício;
 Displicência ao cozinhar;
 Trabalhos de soldagem;
 Ações criminosas;
 Pisos de madeira ou tapumes;
 Divisórias de madeira, plástico ou tecido;
 Falta de iluminação de emergência;
 Equipamentos de proteção e combate a incêndios obstruídos ou faltando.
Risco Especial

Um risco especial de incêndio pode ser definido como um risco existente na ocupação que surge em
decorrência do processo, operação ou do material utilizado.

São exemplos de riscos especiais:

 Fábrica de tintas;
 Manipulação de ácidos (Indústria Química);
 Parque de inflamáveis;
 Fábrica de pós;
 Destilarias;
 Plataforma de carregamento;
 Usina nuclear.

Risco Específico

Um risco é considerado específico quando, em virtude de suas características, exige uma proteção
diferente da utilizada no restante da ocupação.

São exemplos de riscos específicos:

 Cabine de força;
 Casa de máquinas de elevadores;
 Caldeiras;
 Tanque de combustível;
 Incinerador;
 Casa de bombas;
 Galerias de transmissão;
 Esteiras ou escadas rolantes;
 Quadro de distribuição de luz e Transformadores;
 Depósitos de produtos de combustíveis.
Relatório

Após a inspeção, deve-se relatar o que foi observado. O valor dessas inspeções se perde
completamente se o relatório não oferecer uma visão clara e bem definida das condições
observadas, ou se dados técnicos forem emitidos.

INCÊNDIO

Um incêndio é uma ocorrência de fogo não controlado, que pode ser extremamente perigosa para os
seres vivos e as estruturas. A exposição a um incêndio pode produzir a morte, geralmente pela
inalação dos gases, ou pelo desmaio causado por eles, ou posteriormente pelas queimaduras graves.

É todo o fogo não controlado pelo homem que tenha a tendência de se alastras e de destruir.
Principais causas de incêndios

Eletricidade, Chama exposta, Centelha ou Faísca, Atrito, Combustão Espontânea, Vasilhames de


Líquidos Inflamáveis Abertos ou Mal Fechados, Gás de Cozinha, Convergência Luminosa.

Ao primeiro indício de incêndio, transmita o alarme geral e chame imediatamente o Corpo de


Bombeiros.

Desligue a chave elétrica geral, em caso de curto-circuito. Procure impedir a propagação do fogo
combatendo as chamas no estágio inicial.

O Combate a Incêndio é o termo utilizado para se referir as ações utilizadas enfrentar, conter e
extinguir um incêndio, preferencialmente na sua fase inicial, com intuito de reduzir e conter os
danos causados pelas suas chamas, calor ou gases.

A NR-23 é uma norma regulamentadora que dispõe informações e orientações acerca da proteção
e combate a incêndios. Apesar disso, a norma não traz necessariamente medidas de prevenção que
possam impedir a causa de um incêndio.
CLASSES DE INCÊNDIOS

Os incêndios são classificados de acordo com os materiais neles envolvidos, bem como a situação
em que se encontram. Como os incêndios são de diversos tipos, as soluções serão diferentes, e os
equipamentos de combate, também diversificados. É preciso identificar, conhecer bem o incêndio
que se vai combater, para escolher o equipamento correto.

Um erro de escolha de extintor pode tornar inútil o esforço de combate às chamas, aumentando-as,
espalhando-as ou criando novas causas de incêndios (curtos-circuitos), além de ocorrer o risco de
morte para o operador (uso de água em equipamento elétrico energizado, por exemplo)

Os incêndios são divididos em seis classes, de acordo com o combustível que está queimando.

Classe A

Compreende os fogos em combustíveis sólidos comuns, que depois de queimados deixam cinzas e
brasas, ardem em razão de seu volume, isto é, queima em superfície e em profundidade.

Necessitam de resfriamento para sua extinção (uso de água), a fim de reduzir a temperatura do
material em combustão abaixo de seu ponto de ignição, bem como extinguir o fogo em sua
superfície e profundidade.

Materiais sólidos que queimam em superfície, profundidade e extensão, deixando resíduos. Por
esses motivos temos que nos certificarmos para que não haja uma reativação da combustão após o
combate.

Exemplos: Papel, madeira, plástico, tecido, borracha etc.

Classe B

Compreendem os fogos em líquidos inflamáveis, substâncias pastosas e gases combustíveis, os


quais, depois de queimados, não deixem cinzas nem brasas, e ardem unicamente em razão de sua
superfície.

Para sua extinção, necessitam do abafamento. No caso de líquidos muito aquecidos (ponto de
ignição), é necessário resfriamento.

Os materiais em líquidos inflamáveis, que também queimam em extensão (somente em superfícies),


mas que, normalmente, não deixam resíduos.

Exemplos: Gasolina, álcool, graxas, thinner, acetona, GLP etc.


Classe C

São os ocorridos em equipamentos elétricos e energizados e que oferecem riscos ao operador, pois
bastam, em condições desfavoráveis, os 110 volts usados na iluminação doméstica para matar um
homem.

Retirada e isolada a corrente elétrica, os incêndios de classe “C” passam a ser incêndios
assemelhados aos da classe “A”, mas devem ser extintos por abafamento. Os fogos da classe “C”
têm sua origem principalmente por curto-circuito, sobrecarga, fusível ineficiente e/ou mau
isolamento.

São os ocorridos em equipamentos elétricos e energizados e que oferecem risco ao operador, pois
bastam, em condições desfavoráveis, os 110 volts usados na iluminação doméstica para matar um
homem.

Exemplos: Televisão, rádio, computador, transformadores, fio sob tensão etc.

Classe D

São incêndios envolvendo metais combustíveis pirofóricos (magnésio, selênio, antimônio, lítio,
potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio, zircônio). Caracterizam-se pela queima em
altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns (principalmente os que contêm
água).

Para sua extinção, necessitam de agentes extintores especiais que se fundem em contato com o
metal combustível, formando uma espécie de capa que o isola do ar atmosférico, interrompendo a
combustão pelo princípio de abafamento.

Os pós especiais indicados para combater esse tipo de incêndio são compostos dos seguintes
materiais: cloreto de sódio, cloreto de bário, monofosfato de amônia, grafite seco, bicarbonato de
potássio.

O princípio da retirada do material é aplicável com sucesso nessa classe de incêndio.

Constituído de metais pirofóricos, que inflamam facilmente, quando fundidos, divididos ou em


forma de lâminas.

Os fogos de classe “D” tendem a apresentar comportamento diferente dos demais fogos, uma vez
que os materiais que os provocam formam uma espécie de reação em cadeia durante a combustão,
dificultando a sua extinção por métodos convencionais.

Exemplos: Potássio, magnésio, titânio, lítio e o sódio, entre outros.

Classe E

Fogo em materiais radioativos e químicos, exemplo: setores de Raios-X, radioterapia e


quimioterapia.

Está classe de incêndio, tem seu estudo registrado pela NFPA - National Fire Protection
Association. Então, Classe E de incêndio esta sendo tratada como incêndio em materiais radioativos
e de grande risco a vida.
São incêndios nos quais incidem em materiais combustíveis químicos e radioativos, na maioria das
vezes em laboratórios especiais, usinas nucleares; com características de emissão de partículas,
fissão e fusão nuclear.

Exemplos: Materiais combustíveis químicos e radioativos.

Classe K

Esta classe aponta para o fogo em gorduras animais ou óleos vegetais. Ocorre geralmente em
cozinhas, principalmente as industriais. Neste caso, o extintor utilizado será o de agente
saponificante.

É necessário que os proprietários de edifícios conheçam as normas que regulamentam as medidas a


serem adotadas contra incêndios e as implementem em seu empreendimento. Isso evita notificações,
multas e até interdição do local.

Incêndios em óleos e gorduras, animais e vegetais. Utilizados comumente em cocção de


alimentos. Normalmente caracterizados por reagirem perigosamente com água.
Os incêndios de classe K representam uma classificação recente de tipos de fogos, mas, nem por
isso, requerem menos atenção. Fazem menção aos incêndios em cozinhas industriais e comerciais,
que envolvem produtos e meios de cozinhar.

Exemplos: Banha, gordura e óleo de origem vegetal (comestível).

MÉTODOS DE EXTINÇÃO

É a eliminação de um ou mais dos componentes do fogo.

Métodos de extinção do fogo são os processo racionais e seguros utilizados/praticados com o


objetivo de se se controlar ou extinguir um fogo não desejado, de forma a preservar a vida e os
bens materiais envolvidos.

Os métodos de extinção do fogo levam em consideração a teoria básica do fogo, onde concluímos
que, o fogo só existe quando estão presentes, em proporções ideais, o combustível, o comburente e
o calor, reagindo em cadeia.
Eliminação do Calor - Resfriamento

É o método mais usado. Consiste em retirar o calor do material incendiado, diminuindo,


consequentemente, a liberação de gases e vapores inflamáveis.

Esse processo é baseado na aplicação de água, agente extintor mais usado, devido ao fato de existir
em abundância na natureza, além de ter maior capacidade de absorver calor.

Eliminação do Calor - Resfriamento

Este métodos de extinção do fogo consiste na diminuição da temperatura e, consequentemente, na


diminuição do calor.

O objetivo é fazer com que o combustível não gere mais gases e vapores e, finalmente, se apague.

O agente resfriador mais comum e mais utilizado é a água.

Eliminação de Comburente - Abafamento

É o mais difícil método de extinção de um incêndio. Consiste em diminuir ou impedir o contato do


oxigênio do ar com o material combustível. Não havendo comburente (oxigênio), para reagir com o
combustível, não haverá fogo.

Numa porcentagem ideal para a alimentação da combustão.

Para as combustões alimentadas pelo oxigênio, no momento em que a quantidade deste gás no ar
atmosférico se encontrar abaixo da proporção de aproximadamente 16%, a combustão deixará de
existir.

Para combater incêndios por abafamento podem ser usados os mais diversos materiais, desde que
esse material impeça a entrada de oxigênio no fogo e não sirva como combustível por um
determinado tempo.

Eliminação do Combustível - Isolamento

É o método mais simples de se extinguir um incêndio, também denominado remoção ou isolamento.


Consiste na retirada ou controle do combustível.

O métodos de extinção do fogo por isolamento visa atuar na retirada do COMBUSTÍVEL da


reação.

Existem duas técnicas que contemplam esse método:

 Através da retirada do material que está queimando;


 Através da retirada do material que está próximo ao fogo e que deverá entrar em combustão
por meio de um dos métodos de propagação.
Quebra da Reação em Cadeia

Agentes extintores halogenados, se lançados sobre o fogo, sofrem ação do calor, reagem sobre as
chamas e interrompem a “reação em cadeia” (extinção química).

A extinção ocorre porque o oxigênio se une aos agentes halogenados e deixa de reagir com os gases
combustíveis. A extinção química só ocorre quando há chamas visíveis.

O processo da extinção química visa a combinação de um agente químico específico com a mistura
inflamável (vapores liberados do combustível e comburente), a fim de tornar essa mistura não
inflamável.

Logo, esse, método não atua diretamente num elemento do fogo, e sim na reação em cadeia como
um todo.
EXTINTORES

Os extintores são recipientes portáteis que contêm em seu interior agente extintor para o combate
imediato e rápido ao princípio de incêndio, não devendo substituir equipamentos mais complexos
de combate a incêndio. Os recipientes podem ser portáteis ou sobre rodas, conforme o tamanho e a
operação. Os extintores portáteis também conhecidos simplesmente por extintores, e os extintores
sobre rodas, por carretas.

Os extintores deverão ser colocados em locais:

 de fácil visualização;
 de fácil acesso;
 onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso.

Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60m (um metro e sessenta centímetros)
acima do piso.

É permitida a instalação de extintores sobre o piso acabado, desde que permaneçam apoiados em
suportes apropriados, com altura recomendada entre 0,10m e 0,20m do piso e o suporte.

A sinalização deve estar a uma altura mínima de 1,80m medida do piso acabado à base
da sinalização e imediatamente acima do equipamento sinalizado.

Os extintores não devem ser instalados em escadas.

Os extintores classificam-se conforme a classe de incêndio a que se destinam: A, B, C, D, E e K.


Para cada classe de incêndio há um ou mais extintores adequados.
Unidade Extintora

É a carga mínima de agente extintor que deve conter em um extintor de incêndio, chamada de
unidade extintora, e é especificada por normas.

Algumas normas especificas:

 12693: Sistema de Proteção por Extintores de Incêndio;


 12962: Inspeção, Manutenção e recarga de Extintores de Incêndio;
 15809: Extintores de Incêndio sobre Rodas;
 10721: Extintores de Incêndio com Carga de Pó;
 11762: Extintores de Incêndio Portáteis com Carga de Halogenados.

Capacidade Extintora

É o tamanho do fogo e a classe de incêndio que o extintor deve combater. Está indicada no rótulo
do produto. Extintores com alta capacidade extintora são capazes de combater fogo de maiores
proporções com menor quantidade de agente extintor.

Por exemplo:

 6-A: Tamanho do fogo de Classe A;


 80-B: Tamanho do fogo de Classe B;
 C: Adequado para apagar fogo Classe C.

Extintor de Água Pressurizada

O elemento extintor é a água que age através do resfriamento da área do material em combustão. O
agente propulsor é um gás (CO², Nitrogênio ou Ar Comprimido). Recomendado para incêndios da
Classe A.

Pode ser de dois tipos: Pressurizado e com Injeção de Pressão.

 Pressurizado: Dentro do recipiente do cilindro há água sob pressão de um gás propulsor,


sendo seu acionamento feito por uma válvula dotada de manômetro que permite o controle
de vazão, liberando o agente extintor.
 Com Injeção de Pressão: Características idênticas ao extintor de espuma mecânica.
No momento do manejo do extintor, é idêntico ao descrito no extintor de espuma mecânica,
contudo não é recomendado para incêndios em líquidos inflamáveis, pois a água em forma de jato
sólido, além de não apagar, pode fazer que o fogo transborde do recipiente.

Recomendações:

 Testar o aparelho com um leve acionamento do gatilho antes de se aproximar do fogo;


 Dirigir o jato para a base do fogo em incêndios da Classe A;
 Chacoalhar o extintor para confirmar pelo barulho que é mesmo água, sendo também uma
das formas de se diferenciar do extintor de Pó de 12 kg;
 Bater no recipiente para confirmar se o extintor é de água (apresentará um tinido).

Capacidade:

A capacidade dos extintores portáteis é de 10 litros, ao passo que as carretas têm capacidade de 75 a
150 litros.

O peso dos extintores portáteis é de aproximadamente 16 kg (carregado), sendo que seu jato atinge
uma distância de 8,5 a 11 metros, com o tempo de descarga de aproximadamente 55 segundos. As
carretas atingem uma distância de 13 metros com seu jato, com um tempo de duração de 180
segundos, aproximadamente.

Observações:

É restrito a incêndios em combustíveis comuns (Classe A), não devendo ser usado em
equipamentos elétricos energizados, pois, como o extintor de espuma, é condutor de corrente
elétrica. É ideal para ser utilizado em escritórios, arquivos mortos, depósitos em geral etc.

Deve-se pesar a ampola a cada 4 meses, além de verificar o manômetro mensalmente. Caso ocorra
perda de pressão, deve-se providenciar sua reinjeção.

Este aparelho não pode ser utilizado em incêndios da Classe C (aparelhos elétricos energizados),
por ser condutor de corrente elétrica.
Extintor de Espuma Mecânica

É indicado para incêndios em combustíveis comuns (Classe A) e líquidos inflamáveis (Classe B). É
encontrado nos modelos: pressurizados (manômetro) e com injeção de pressão (ampola externa).

O agente extintor é o AFFF, extrato sintético que forma uma película aquosa que diminui
sensivelmente a probabilidade de reignição.

Quanto a seu funcionamento, podem-se distinguir dois tipos:

 Pressurizado: o agente extintor (AFFF ou líquido gerador de espuma – LGE: ou extrato


formador de espuma – EFE) encontra-se pressurizado por meio de gás propulsor (Nitrogênio
ou CO²). No topo do cilindro, há uma válvula dotada com manômetro, pela qual é liberado o
agente extintor.
 Com Injeção de Pressão: Consta de dois cilindros, sendo que o agente propulsor
(Nitrogênio ou CO²) é confinado no cilindro menor, onde há uma válvula que, quando
acionada, submete o agente extintor (cilindro maior) a uma pressão de trabalho. Acionando-
se o gatilho, há a liberação do agente extintor.

Recomendações:

 Quebrar o lacre, soltar a trava do gatilho, rompendo o lacre, segurar a mangueira, dirigir a
mangueira para o fogo e apertar o gatilho, se o extintor for do tipo pressurizado;
 Quebrar o lacre, abrir o registro da ampola, segurar a mangueira, dirigir a mangueira para o
fogo e apertar o gatilho, se o aparelho for de injeção de pressão;
 Testar o aparelho com um leve acionamento do gatilho antes de se aproximar do fogo;
 Dirigir o jato para a base do fogo em incêndios da Classe A, ou nas bordas dos recipientes
nos incêndios da Classe B;
 Ficar de lado em relação ao fogo para diminuir a ação da irradiação do fogo;
 Inclinar o extintor para a frente e não ficar com a válvula existente no topo do cilindro
direcionada ao rosto;
 Se estiver ao ar livre, combater o fogo sempre com o vento pelas costas.

Capacidade:

Extintores portáteis têm capacidade de 9 litros, enquanto a capacidade das carretas fabricadas em
aço inox é de 50 litros.

O peso do extintor portátil é de aproximadamente de 16 kg (carregado), sendo que seu jato atinge
uma distância média de 5 metros com um tempo de descarga de 50 a 70 segundos, gerando,
aproximadamente, 112 litros de espuma.

Observações:

Seu funcionamento é prático. Sua desvantagem é seu preço alto, pois é fabricado em aço inox.

Esse aparelho não pode ser utilizado em incêndios de Classe C (aparelhos elétricos energizados),
por ser condutor de corrente elétrica.
Extintor de Pó Químico Seco

O agente extintor pode ser bicarbonato de sódio ou bicarbonato de potássio propulsionados por gás
CO² ou nitrogênio.

O agente extintor forma sobre a chama, inicialmente, uma nuvem de pó que visa à exclusão do
oxigênio. Posteriormente, são acrescidos às nuvens o CO² e o vapor da água devidos à queima do
pó.

Pode ser de dois tipos: Pressurizado e com Injeção de Pressão.

Quanto ao funcionamento, podem ser divididos em dois tipos:

 Pressurizados: o agente extintor (pó químico seco) encontra-se pressurizado através de um


gás propulsor (nitrogênio). No topo do cilindro, há uma válvula dotada com manômetro,
pela qual é liberado o agente extintor.
 Com Injeção de Pressão: consta de dois cilindros, o agente propulsor CO² é confinado no
cilindro menor, onde a válvula que, quando acionado, eleva o agente extintor (cilindro
maior) a uma pressão de trabalho. Pressionando-se a válvula na extremidade da mangueira,
há a liberação do agente extintor.

Capacidade

Os extintores portáteis pesam de 1 a 12 kg (conforme sua capacidade) e seu jato atinge uma
distância média de 5 a 7 metros, com tempo de duração de 10 a 24 segundos. As carretas atingem
de 8 a 11 metros com a duração de 30 a 150 segundos, conforme sua capacidade.

 Tipo Portátil: 1, 2, 4, 6, 8 e 12 kg;


 Tipo Carreta: 20, 30, 50, 70 e 100 kg.

Recomendações:

Quebrar o lacre, soltar a trava do gatilho, segurar a mangueira, dirigir o jato para o fogo e apertar o
gatilho, se o extintor for do tipo pressurizado, ou quebrar o lacre, abrir o registro da ampola, segurar
a mangueira, dirigir o jato para o fogo e apertar o gatilho, se o aparelho for de injeção de pressão.
Extintor de Pó Químico ABC

Trata-se de pó químico polivalente aplicado para as três classes de incêndio (também chamado de
Triclasse). A base, geralmente de fosfato monoamônico, funde-se a partir de 170°C, permitindo
uma cobertura sobre a superfície aplicada, sufocando o material Classe A em combustão.

Na Classe B, o produto reage quimicamente sobre as chamas, rompendo a reação em cadeia. Não é
condutor de eletricidade, pode ser usado em incêndios Classe C.

Recomendações:

 Levar o extintor ao local do fogo;


 Observar a direção do vento;
 Chacoalhar o extintor para revolucionar o pó, sendo também uma das formas de se
identificar o extintor de pó;
 Bater no recipiente para confirmar se o extintor é de pó (o PQS apresentara um som oco);
 Testar o aparelho com um leve aperto no gatilho antes de se aproximar do fogo;
 Apertar o gatilho, efetuando movimentos rápidos no sentido horizontal sobre as chamas, a
fim de isolar o fogo do contato com o oxigênio (abafamento);
 Ficar de lado em relação ao fogo para diminuir a ação da irradiação do fogo;
 Inclinar o extintor para a frente e não ficar com a válvula direcionada ao rosto;
 Se estiver ao ar livre, combater o fogo sempre com o vento pelas costas.

Capacidade:

Os extintores portáteis pesam de 1 a 12 kg (conforme sua capacidade) e seu jato atinge uma
distância média de 5 a 7 metros, com tempo de duração de 10 a 24 segundos. As carretas
atingem de 8 a 11 metros com a duração de 30 a 150 segundos, conforme sua capacidade.

 Tipo Portátil: 1, 2, 4, 6, 8 e 12 kg;


 Tipo Carreta: 20, 30, 50, 70 e 100 kg.

Observações:

O extintor de pó é mais eficiente que o de CO² ao ar livre, pois sofre menos influência das correntes
de ar, permitindo que o operador permaneça mais longe da chama.

O pó não conduz eletricidade, entretanto, seu uso não é recomendado onde haja circuitos com
componentes eletrônicos, pois ele é corrosivo.

Pode ser utilizado nas Classes A (para retardar a propagação das chamas), B e C, sendo mais eficaz
em incêndios de líquidos inflamáveis.

Para os incêndios da Classe D (metais pirofóricos), utiliza-se um pó químico seco especial, à base
de cloreto de sódio e grafite em pó. Não deve ser utilizado bicarbonato de sódio, pois reage com o
material pirofórico, produzindo água e, consequentemente, aumentando o incêndio.
Extintor de Gás Carbônico (CO²)

O gás carbônico é um material não condutor de corrente elétrica que age sobre o fogo com extinção
do oxigênio (abafamento), tendo também uma pequena ação de resfriamento.

O CO² é envasado no tubo onde permanece liquefeito e submetido a uma pressão de 61 atmosferas
em condições normais. Ao ser acionada a válvula do gatilho, graças a pressão a que se encontra,
passa por sifão situado na válvula e, posteriormente, pela mangueira e pelo difusor.

Recomendações:

 Levar o extintor ao local do fogo;


 Observar a direção do vento;
 Quebrar o lacre e puxar a trava do gatilho;
 Retirar o difusor;
 Testar o aparelho com um leve toque no gatilho antes de se aproximar do fogo;
 Atacar o fogo, dirigindo o jato para as chamas do fogo, movimentando o difusor,, sempre
segurando a mangueira pela empunhadura;
 Apertar o gatilho, efetuando movimentos rápidos no sentido horizontal sobre as chamas, a
fim de isolar o fogo do contato com o oxigênio (abafamento);
 Ficar de lado em relação ao fogo para diminuir a ação da irradiação do fogo;
 Inclinar o extintor para a frente e não ficar com a válvula direcionada ao rosto;
 Se estiver ao ar livre, combater o fogo sempre com o vento pelas costas.

Observações:

O CO² não é corrosivo, não deixa resíduos e não perde suas características com o passar do tempo.
É muito eficiente em incêndios de Classe C, pois não é condutor de corrente elétrica.

É pouco eficiente ao ar livre, pois se dissipa rapidamente na atmosfera. É de fácil identificação


devido ao seu formato (em forma de projétil de uma arma), ao fato de não possuir solda nem
emendas na carcaça, e de possuir difusor e empunhadura.
Extintor de Halogenados

Os halogenados são compostos químicos polivalentes aplicados para as três classes de incêndio
(também chamado de triclasse), formados por elementos halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo).
Atuam na quebra da reação em cadeia devido às suas propriedades específicas e, secundariamente,
por abafamento.

São ideais para o combate a incêndios em equipamentos elétricos e eletrônicos sensíveis, sendo
mais eficientes que o CO², pois:

 Não conduzem eletricidade;


 Têm baixo peso;
 Não provocam choque térmico;
 Não corrosivos;
 São de simples manuseio;
 Agora, são ambientalmente adequados.

O extintor com carga de halogenado é pressurizado permanentemente pela pressão de vapor do


agente extintor e, se necessário, com auxílio de gás expelente.

Não é permitido o uso de materiais plásticos quando em contato permanente com o agente extintor.

O extintor deve ser operável na faixa de temperatura compreendida entre -10°C e +50°C. O extintor
deve estar provido de meios que impeçam seu acionamento acidental.

Capacidade

 5-B, C: 2,3 kg;


 1-A, 10-B, C: 5,0 kg.

Extintor de Cloreto de Sódio

O extintor Classe D possui agente extintor a base de cloreto de sódio e geralmente é utilizado para
incêndios em metais como magnésio, titânio. Com o extintor Classe D, a contenção do incêndio é
realizada por meio do isolamento entre o metal, a atmosfera e o resfriamento.

Extintor com pó químico especial: indicado para incêndios de Classe D (metais inflamáveis). Age
por abafamento.
Com o extintor classe D, a contenção do incêndio é realizada por meio do isolamento entre o metal,
a atmosfera e o resfriamento. O extintor Classe D possui um aplicador longo, no qual o cloreto de
sódio é aplicado de forma controlada e lenta. O aplicador é de fácil desacoplamento e mantêm o
operador a uma distância segura do calor provocado e da inalação dos gases intoxicantes.

É muito importante que, ao se utilizar um extintor, verifique-se para qual tipo de incêndio ele é
destinado, pois dependendo da situação pode ser que se agravem os estragos já causados pelo fogo.

Por conta disso, a melhor forma de acabar com esse tipo de incêndio são os extintores
de incêndio de Classe D, que são capazes de depositar nas chamas agente extintor à base de sais
especiais, que são capazes de isolar o metal do oxigênio, levando ao resfriamento e,
consequentemente, a rápida extinção das chamas.

Extintor de incêndio Classe D destinado para combustíveis e metais pirofóricos. Possui agente
extintor a base de cloreto de sódio. O incêndio é extinto através do isolamento entre o metal e a
atmosfera e o resfriamento. O agente é depositado no metal em chamas através de um longo
aplicador, que promove um fluxo controlado e lento. O aplicador é de fácil desacoplamento e
mantêm o operador a uma distância segura do calor irradiado e da inalação dos gases queimados.

Extintores Classe D são reconhecidas pelas normas internacionais como NFPA e UL, classificam
esse tipo de incêndio Classe D. Para essa classe de incêndio foram consideradas as características
nos seguintes materiais: Sódio, Zinco, Magnésio, Potássio, Bário, Cálcio, Alumínio, Zircônio e
Titânio.

Este tipo de agente extintor é recomendado para extinção de um incêndio de pequenas proporções
em metais como magnésio, pó de alumínio, titânio, zinco, sódio e potássio. Não é recomendado
para qualquer outro tipo de material metálico.

Não deve ser usado para incêndio provocado por Lítio, por poder agravar o perigo.

O agente extintor de pó químico para metais é composto, principalmente, por cloreto de sódio e
aditivos, que permitem a formação de uma crosta sobre o metal em chamas. Esse aditivos
termoplásticos são adicionados ao agente extintor para unir as partículas de cloreto de sódio,
formando uma massa sólida quando ocorre o contato com o metal que está sendo queimado.

Uma outra forma de extinção de incêndio em metais é com a aplicação de misturas de areia seca,
limalha de ferro e outros componentes inertes ao metal que está sendo queimado.

Carga do extintor: 14 kg à 160 kg.


Extintor de Acetato de Potássio

A combinação de partículas de gorduras e condensados de óleos inflamáveis conduzidos pelo


sistema de exaustão de cozinhas, associada ao potencial de ignição dos equipamentos de cocção,
resultam em um risco maior de incêndios do que os normalmente encontrados em sistemas de
ventilação.

Incêndios que envolvem meios usados para cozinhar como óleo de cozinha, gordura e a banha, já
por algum tempo, têm sido o principal fator de danos materiais, tendo provocado vítimas fatais ou
não.

Com o tempo, a evolução e a alta eficiência dos equipamentos de cozinhas industriais e comerciais,
somadas ao uso de óleos não saturados e a altas temperaturas contribuíram para o aumento
significativo dos riscos de incêndios mais fortes, o que forçou à criação de uma nova classificação
para incêndios, como os desse tipo: a Classe K.

Agente úmido com solução líquida a base de Acetato de Potássio, indicado para a Classe K (óleos e
gorduras) em princípios de incêndio em cozinhas industriais com combustível proveniente de óleos
e gorduras de origem animal e vegetal.

Os extintores de Classe K ainda são reconhecidos como os mais eficientes para a proteção de
operações de cozinhas industriais, e são altamente recomendados por normas internacionais, como a
NFPA 10, desde de sua versão do ano de 1998.

Basicamente, um extintor Classe K é composto por um agente chamado base alcalina que, quando
entra em contato com algum nível de gordura saturada, aliado a altos níveis de temperatura,
imediatamente é causada uma reação chamada saponificação. É exatamente nesse processo que é
formado uma espuma, capaz de extinguir e conter a combustão, em outras palavras, com essa
saponificação o fogo passa por um processo de resfriamento e a espuma trabalha como um tipo de
asfixiante.

Normalmente, o extintor Classe K é fabricado em aço inoxidável e possui a função de assegurar


uma melhor visibilidade no momento de sua utilização, é fornecido também pintado em vermelho
para atendimento completo da portaria 05 do INMETRO. Os agentes desse extintor trabalham para
interromper a reação química do fogo, criando a chamada camada protetora na superfície que está
sendo afetada.

Por esse motivo se desenvolveu o agente saponificante de Classe K. Este agente, ao ser aplicado
com uma névoa fina, apresenta a vantagem de poder resfriar o meio de cozimento e, assim, abaixar
a temperatura, tornando-se o agente mais eficiente, para combater esse tipo de incêndio.

O extintor Classe K é utilizado em locais que se preparam alimentos, como em praças de


alimentação, restaurantes, cantinas, cafeterias, lojas de conveniência, dentre outros.
Especificamente, o extintor Classe K, possui alta eficiência em cozinhas industriais e isso se deve
porque esse tipo de extintor foi criado, especialmente, com a intenção de combater incidentes com
óleos, banhas e gorduras quentes, que são considerados perigosos e absolutamente difíceis de
apagar.
Este sistema, indicado para cozinhas profissionais, atua automaticamente através de detectores de
temperatura ou manualmente pelo operador. A proteção com este sistema, abrange tanto a coifa
quanto o duto, dispensando o uso do CO2 para esta aplicação. Este sistema é fornecido com
cilindros em aço inox carregados com 15 ou 23 litros de agente saponificante.

Com este sistema, é possível proteger desde uma simples grelha até uma cozinha inteira, sendo que
seu acionamento pode ser tanto automático como manual. Com a descarga do agente extintor sobre
os equipamentos de cocção e filtros, as superfícies são resfriadas e ocorre a sua reação com a
gordura quente (saponificação), formando uma camada isolante que priva a gordura do contato com
o ar, evitando-se, assim, a emissão de vapores inflamáveis.

Falando ainda em emergências com esta classe de incêndio, é de extrema importância que algumas
atitudes sejam adotadas de modo geral, para evitar incêndios na cozinha:

1 – O gás é um dos grandes vilões na cozinha. Verifique se estão bem ajustados o regulador de
pressão, a mangueira e a abraçadeira (peça que veda a mangueira e válvula de gás, para não haja
escape). A troca do equipamento deve ser realizada a cada cinco anos;
2 – Em caso de vazamento de gás, não acenda ou apague a luz e nem risque fósforo. Qualquer
faísca pode provocar incêndio;
3 – Para verificar se há vazamento no cilindro, passe uma esponja com detergente nas conexões, na
mangueira e no regulador. Se aparecer bolhas pode haver vazamento;
4 – Manuseie botijões de gás com cuidado. Os botijões devem ser armazenados em locais bem
limpos, ventilados, livres de óleo e graxa, protegidos contra chuva, sol e outras fontes de calor
5 – As roupas, utilizadas pelos profissionais da cozinha, devem ser justas e mangas apertadas;
6 – Não coloque materiais com fácil combustibilidade perto do fogão, como: papel toalha, alumínio
e líquidos inflamáveis;
7 – Para evitar aquecimentos e situações de curto-circuito, é importante utilizar sempre tomadas
com ligação terra;
8 – Verifique as instalações elétricas! Não ligue vários equipamentos em uma única tomada. Isso
pode causar sobrecarga no condutor elétrico e risco de curto-circuito. Fique atento aos fios não
encapados;
9 – Esteja sempre atento às panelas. Verifique se os cabos não estão para fora, para evitar quedas ou
queimaduras graves;
10 – Não deixe óleo aquecer por muito tempo;
11 – Caso se inicie um incêndio na panela, não jogue água!!! Este procedimento pode provocar um
choque térmico e gerar uma grande explosão. MOLHE um pano, torça-o, retirando o excesso de
água, para que este NÃO PINGUE, coloque o pano sobre a panela/frigideira e espere até que esfrie
(não saia mais vapor);
12 – Não fume dentro da cozinha;
13 – Em qualquer situação de emergência, acione imediatamente o Corpo de Bombeiros.
MANUTENÇÃO

O Inmetro é o órgão federal responsável por informar à sociedade sobre os detalhes referentes aos
diversos produtos disponíveis no mercado. A presença do selo do Inmetro atesta que o produto foi
fabricado de forma a respeitar e atender aos requisitos de uma norma ou regulamento técnico.

Para saber se a caneta ou produto está em conformidade com a lei e o selo original Inmetro, faça
uma consulta neste site http://registro.inmetro.gov.br/consulta e certifique-se de que não está
sendo enganado. Dessa forma, denuncie todo e qualquer tipo de irregularidade.

O Inmetro, Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia é um importante órgão


fiscalizador para o consumidor. Ele certifica, através de avaliação, todos os produtos fabricados no
Brasil, sejam produtos elétricos, eletrônicos, brinquedos, carros, eletrodomésticos, ferramentas,
utensílios etc.

Processo de Manutenção de Extintores de Incêndio – Normas do Inmetro

Conforme determinação das Portarias N.°005 de 05 de Janeiro de 2011 e 412 de 24 de Outubro de


2011 do Inmetro, a manutenção em extintores de incêndio é dividida em três níveis, conforme
explicação a seguir.

INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia .

Manutenção de Primeiro Nível

Manutenção de caráter corretivo, geralmente efetuada no ato da inspeção técnica, que pode ser
realizada no local onde o extintor de incêndio está instalado, não havendo necessidade de sua
remoção para a empresa registrada.

A manutenção de Primeiro Nível consiste em:

 Limpeza dos componentes aparentes;


 Reaperto de componentes roscados que não estejam submetidos a pressão;
 Colocação do quadro de instruções, quando necessário;
 Substituição ou colocação de componentes que não sejam submetidos a pressão.

Manutenção de Segundo Nível

Manutenção de caráter preventivo e corretivo que requer execução de serviços com equipamento e
local apropriados, isto é, na empresa registrada.

A manutenção de Segundo Nível consiste em:

 Desmontagem completa do extintor de incêndio;


 Verificação da necessidade de o recipiente ou cilindro de extintor de incêndio ser submetido
ao ensaio hidrostático;
 Limpeza de todos os componentes e desobstrução (limpeza interna) dos componentes
sujeitos a entupimento;
 Inspeção visual das roscas dos componentes removíveis e verificação dimensional para as
roscas cônicas dos cilindros para extintores de incêndio com carga de dióxido de carbono
(CO²) e cilindros para gases expelentes (ampolas);
 Inspeção das partes internas, utilizando o dispositivo de iluminação interna, e externas,
quanto à existência de danos ou corrosão;
 Repintura, quando necessário, que deve ser externamente na cor vermelha,
preferencialmente de acordo com o padrão Munsell 5R 4/14;
 Regulagem da válvula de alívio, para extintores de pressurização indireta;
 Regulagem estática do regulador de pressão pertencentes ao extintor de incêndio de
pressurização indireta, de forma que permita a pressurização do recipiente para o agente
extintor até atingir uma pressão estática de 1,4Mpa (14 kgf/cm²);
 Verificação do indicador de pressão, o qual não pode apresentar vazamento e deve indicar
marcação correta quanto à faixa de operação;
 Exame visual dos componentes de materiais plásticos, com auxílio de lupa, os quais não
podem apresentar rachaduras ou fissuras;
 Verificação do tubo sifão quanto ao cumprimento (estabelecido por meio de dispositivo que
meça a profundidade do cilindro ou recipiente do gargalo ao fundo interno), integridade da
rosca, existência de chanfro e demais características que possam otimizar o desempenho do
extintor de incêndio;
 Avaliação de todos os componentes do extintor de incêndio, realização dos ensaios
pneumáticos nos componentes definidos nesse RTQ, podendo acarretar na realização de
todos os ensaios e/ou na substituição dos componentes que não atendam às especificações
técnicas ou sejam reprovados nos ensaios;
 Verificação da condutividade elétrica da mangueira de descarga;
 Fixação dos componentes roscados com aperto adequado, para o bujão de segurança, deve
ser adotado o aperto especificado pelo fabricante da válvula;
 Substituição do quadro de instruções, o qual deve ser adequado ao tipo e modelo do extintor
de incêndios;
 Montagem do extintor de incêndio com os componentes compatíveis previamente
verificados e aprovados, ou com componentes substituídos novos que atendam às normas,
requisitos técnicos e Portarias do Inmetro aplicáveis;
 Execução de recarga e pressurização do extintor de incêndio;
 Colocação do anel de identificação da manutenção;
 Realização do ensaio de vazamento do extintor de incêndio;
 Colocação da trava e lacre;
 Fixação do Selo de Identificação da Conformidade;
 Fixação da etiqueta autoadesiva contendo declaração e condições da garantia.
Manutenção de Terceiro Nível

Manutenção na qual se aplica um processo de revisão total do extintor de incêndio, incluindo a


execução de ensaios hidrostáticos, na empresa registrada.

A manutenção de Terceiro Nível ou Vistoria consiste em:

 Identificação do ensaio hidrostático;


 Execução do ensaio hidrostático dos recipientes e cilindros destinados ao agente extintor e
ao gás expelente (quando houver);
 Remoção total ou parcial da pintura dos recipientes ou cilindros;
 Pintura do recipiente ou cilindro;
 Determinação da capacidade volumétrica;
 Substituição do conjunto de segurança da válvula de descarga dos extintores de incêndio de
CO² ou cilindros para o gás expelente (arruela, disco e bujão), posteriormente ao ensaio
hidrostático na válvula de descarga;
 Verificação da resistência à pressão da válvula de descarga;
 Verificação da resistência à pressão da mangueira de descarga.

CAUSAS DE INCÊNDIO

Um incêndio pode começar por inúmeros motivos e é muito importante saber a sua origem seja para
fins legais, estatísticos ou prevencionistas.

Primeiramente, é importante saber que as causas podem ser de dois tipos:

 Causas naturais: Neste caso, o incêndio é originado por meio dos fenômenos da natureza,
os quais agem por si só, totalmente independentes da vontade humana.

 Causas artificiais: Acontece quando o incêndio ocorre pela ação humana, ou pela
negligência ao tomar as devidas medidas de precaução:

 Acidental: Proveniente do descuido, embora não tenha sido intencional;


 Proposital: Origem criminosa, ou seja, ocorreu intencionalmente.
Principais Causas de Incêndios

Eletricidade

 Excesso de carga: Utilização de conexões múltiplas (“tê” ou “benjamim”) para alimentar


vários aparelhos elétricos, causando superaquecimento dos condutores que não foram
calculados para suportar cargas excessivas;
 Curto circuito: Instalação defeituosa, estabelecendo contato entre a fase positiva e a
negativa, gerando centelhas, altíssima temperatura e superaquecimento do condutor;
 Contato imperfeito (mau contato): Conexões imperfeitas com produção de centelhas ou
superaquecimento;
 Fusíveis e dijuntores: São dispositivos para proteger a instalação elétrica. Sua ausência ou
o seu dimensionamento incorreto podem acarretar incêndios;
 Superaquecimento: Aparelhos elétricos deixados em funcionamento, que atingindo
materiais de fácil combustão, provocam incêndio.

Chama exposta

 Trata-se do contato da chama com qualquer material, provocando aquecimento capaz de


gaseificar o combustível, iniciando a combustão. Aí se enquadram as pontas de cigarro,
velas, palitos de fósforos acesos, balões, fogos de artifícios etc.

Centelha ou Faísca

 Partícula que salta de uma substância candente ou em atrito com outro corpo; fenômeno
luminoso que acompanha uma descarga elétrica.

Atrito

 Transformação de energia mecânica em calor, por meio de fricção de dois materiais. Ocorre
em mancais, rolamentos, esteiras, polias etc, desde que não estejam suficientemente
lubrificados.
Combustão Espontânea

 As fibras de juta, resíduos de algodão, feno, carvão, panos ou estopas impregnados de óleo
vegetal, pólvora e certos produtos químicos estão sujeitos a inflamar-se sem o contato de
uma fonte externa de calor. Para reduzir os riscos, deve-se obedecer às normas de estocagem
e exercer fiscalização e controle.

Vasilhames de Líquidos Inflamáveis Abertos ou Mal Fechados

 Os vapores desprendidos podem se espalhar por uma grande área até atingir uma fonte de
ignição, causando explosão e/ou incêndio.

Gás de Cozinha

 Acidentes, normalmente causados por vazamentos em instalações irregulares ou


defeituosas, ou ainda por reparos feitos por pessoal não especializado.

Convergência Luminosa

 A luz e o calor solar incidente, em uma lente convergente, concentra-se em um só ponto,


podendo ser uma causa de incêndio.

Incêndios Florestais, por exemplo, podem ter origem em casos de vidro lançados na mata, que
funcionam como lentes convergentes ao sofrer ação da luz solar. A luz concentrada pode incidir
sobre a vegetação seca, irrompendo o incêndio.
PERIGOS DE INCÊNDIOS

De acordo com a Norma Regulamentadora nº 23, todas as empresas deverão possuir proteção
contra incêndio, além de saídas suficientes para retirada das pessoas em caso de incêndio. Devem
possuir também, equipamentos de combate ao fogo desde o princípio e pessoas que saibam usar de
forma correta esses equipamentos.

Incêndios podem causar diversos danos à família. Abalando a estrutura da casa e o psicológico de
quem o presencia, deixando não apenas danos financeiros.

Lidar com todas as despesas e procedimentos demandados por um incêndio é muito desgastante.

PRINCIPAIS CAUSAS DE INCÊNDIO EM CASA

Eletricidade

Os curtos-circuitos são grandes motivadores de incêndios. Podem ocorrer devido a instalações


malfeitas, fiação antiga ou sobrecarga. Além disso, equipamentos superaquecidos são perigosos,
inclusive panelas, já que acontece o aumento de temperatura até que ela atinja o nível de ignição.

Também colabora para que o risco de incêndio seja mais alto, desde aparelhos elétricos, que ficam
muito tempo ligados sem ventilação adequada, até o uso de adaptadores para ligar diversos
aparelhos ao mesmo tempo.

Para evitar que incidentes com eletricidade provoquem incêndios, faça uma verificação minuciosa
da parte elétrica de sua residência. Confira se a fiação não está exposta e adquira um bom seguro
residencial. Alguns cobrem esse tipo de assistência a fim de prevenir qualquer perigo contra
incêndio.

Celular

Aparelho portátil com autonomia energética, que funciona e radiofrequência e permite efetuar
ligações telefônicas.

Em geral, baterias de íons-lítio são preparadas para aguentar temperaturas de até 60ºC. O calor pode
gerar curto-circuito entre os polos positivo e negativo da bateria, dando início a uma reação em
cadeia que leva os componentes inflamáveis da bateria à combustão.

Se o celular estiver com a carga cheia, mas continuar na tomada, pode ocorrer uma falha. Mas a
maioria dos dispositivos originais têm proteção contra isso.
A maior parte dos dispositivos atuais têm uma válvula que funciona como a da panela de pressão.
Se a temperatura aumentar e a pressão subir demais, a bateria abre para que não ocorra explosão.

Mas a proteção pode falhar, principalmente em produtos não-certificados ou com defeito de


fabricação.

Derrubar o aparelho também pode, eventualmente, fazer com que ele entre em curto-circuito. Pode
amassar os eletrodos [pólos condutores de corrente elétrica].

Quando um aparelho celular fica conectado a uma tomada, provavelmente uma descarga elétrica
pode se propagar pela rede elétrica, passando pelo carregador e atingir uma pessoa. O impulso
elétrico de alta intensidade pode dar choque. Isso também ocorre com telefones fixos.

Portanto, é difícil prever se o aparelho vai entrar em curto-circuito, mas o principal indício é a
temperatura. O superaquecimento é o maior sinal. Deixar o celular no carregador depois que ele
atingiu 100% de carga também não é uma boa prática. Carregadores de baixa qualidade podem
apresentar defeito então, após carregar, é bom retirá-los da tomada.

Inflamáveis e Chamas

Isqueiros, fósforos, velas e afins podem causar um grande problema, bem como a chama do fogão.

Por isso é preciso tomar cuidado com as crianças, já que qualquer manuseio descuidado desses itens
pode gerar um incêndio, entrando em contato com materiais e líquidos inflamáveis como aerossóis,
por exemplo.

Quando mal vedados, vasilhames que hospedam inflamáveis desprendem gases que se espalham até
que encontrem uma fonte de combustão.

Sendo assim, não deixe que esses produtos próximos uns dos outros. Certifique-se sempre se deixou
todos os objetos perigosos fora do alcance das crianças e de preferência tenha extintor de incêndio
em casa. Saiba que os extintores variam conforme o tipo de ignição das chamas.
Vazamento de Gás

O botijão comumente usado em cozinhas domésticas, quando não é corretamente instalado, pode
causar incêndios e explosões. O gás é altamente inflamável e, ao entrar em contato com qualquer
fonte de eletricidade, inicia instantaneamente a combustão.

As situações que podem causam incêndios são: manter o botijão perto de correntes elétricas, em
compartimentos fechados ou ainda permitir o vazamento dele, mesmo que seja pela boca do fogão
ou apenas pela mangueira.

Deste modo, fique atento a essas circunstâncias e previna-se contra o risco delas.

Gás Liquefeito de Petróleo

O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) é uma mistura de gases de hidrocarbonetos utilizado


como combustível em aplicações de aquecimento (como em fogões) e veículos.

O GLP é a mistura de gases condensáveis presentes no gás natural ou dissolvidos no petróleo. Os


componentes do GLP, embora à temperatura e pressão ambientais sejam gases, são fáceis
de condensar. Na prática, pode-se dizer que o GLP é uma mistura dos gases propano e butano.

O propano e o butano estão presentes no petróleo e no gás natural, embora uma parte se obtenha
durante a refinação de petróleo, sobretudo como subproduto do processo de
craqueamento catalítico.

O “Gás de Cozinha”, como é conhecido popularmente o Gás Liquefeito de Petróleo por causa de
sua utilização principal na cocção de alimentos, é uma das frações mais leves do petróleo e sua
queima é muito limpa, com baixíssima emissão de poluentes.

O gás natural (metano) e o GLP (propano e butano) não possuem cheiro em seu estado natural.
O Gás Liquefeito de Petróleo – GLP ou Gás LP, também conhecido como gás de cozinha, é um dos
resultados do refino do Petróleo.

O botijão deve ser utilizado com um conjunto técnico composto por regulador de estágio único de
baixa pressão (2,8 kPa) e válvula de bloqueio, que se acopla diretamente à válvula de consumo
através de um regulador de pressão, uma mangueira de PVC com comprimento de 0,80m (conforme
NBR 8613) e abraçadeiras para fixação, garantindo transporte seguro e na pressão correta do gás
GLP ao fogão.

Por questões de segurança e para ser mais fácil a detecção de um vazamento de gás pelas pessoas,
através do olfato, a indústria de combustíveis adiciona um aditivo chamado mercaptano que dá o
cheiro característico de gás de cozinha.

O mercaptano é adicionado ao GLP na medida que o gás é armazenado nas companhias de


distribuição. O mercaptano é mundialmente utilizado pelas maiores companhias de gás. Estas
empresas utilizam detectores de gases para identificar vazamentos na fase que o gás está inodoro.

O odor mercaptano é detectável em concentrações extremamente baixas e ele é dosado em estado


líquido devido estar pressurizado.
Para maior segurança, a válvula de consumo é dotada de dispositivo automático que só libera o
fluxo de gás quando o regulador está conectado. O regulador de pressão garante queima uniforme e
fluxo de gás constante no queimador do fogão.

Os botijões possuem o dispositivo de segurança “plugue fusível”, cujo miolo – formado por uma
liga de metais – se funde em caso de aumento da temperatura, acima de 75°C, como o aquecimento
por agentes externos, liberando a saída do gás de modo a evitar explosões.

Panelas Esquecidas

Colocar a panela para preparar a comida no fogão e sair para fazer outras atividades domésticas
também é uma das principais causas de incêndio. Especialmente as panelas de frituras esquecidas
são as que mais provocam esse tipo de acidente, pois o óleo quente se queima rapidamente e logo
provoca a formação de chamas.

Caso você se depare com essa situação em casa, a primeira atitude a ser tomada é cortar a
alimentação desse calor, ou seja, ir diretamente até o botijão de gás e desligá-lo ou, se for gás
encanado, fechar o registro. Nunca jogue água diretamente na panela, pois isso pode aumentar o
tamanho das chamas.

No que diz respeito a incêndios, outra panela perigosa é a panela de pressão. Uma vez esquecida no
fogão, ela pode provocar intensa explosão, por isso muito cuidado na cozinha para não deixar que
isso aconteça.

O funcionamento da Panela de Pressão, se dá por um aumento da pressão interna da vasilha, maior


que a pressão atmosférica, que consequentemente faz com que o ponto de ebulição do líquido
aumente. Ao fecharmos a panela, ela já contém uma quantidade de ar que está com a pressão igual à
atmosférica.

Esse aumento ocorre porque, quando a água está sendo aquecida no interior da panela, ela passa
para o estado de vapor. Como a panela é fechada, o vapor de água não tem para onde sair e começa,
então, a chocar-se com mais intensidade contra as paredes da panela, aumentando,
consequentemente, a pressão.

A válvula de controle é aquela que balança e produz chiado quando a panela está com pressão. Já
a válvula de segurança é uma de cor vermelha e feita de borracha ou plástico. Se ela salta para fora,
garante que a pressão saia, prevenindo problemas na sua panela. Por isso ela deve estar sempre
posicionada para baixo. Após colocar tudo dentro da panela, o próximo passo é tampá-la e colocá-la
em fogo alto. Em dado momento, a válvula de pressão (ou seja, o pino que fica bem no meio da
tampa) começará a chiar e balançar. Mas, não é preciso entrar em pânico: o chiado da válvula é
sinal de que a panela está funcionando.
Panela de Pressão

Encher mais de 2/3 de alimento ou água é perigoso. - Verdade. O excesso pode entupir a válvula e
fazer com que a panela exploda. Nunca ultrapasse a capacidade máxima, fique atento às instruções
de uso.

6 sinais de que a panela de pressão da sua cozinha pode explodir a qualquer momento

1) A válvula não funciona corretamente;


2) A borracha de vedação não está mais tão firme;
3) Não a deixe muito tempo no fogo;
4) Cuidado com a quantidade de itens que coloca na panela;
5) Espere a pressão sair da panela;
6) Limpe as válvulas de pressão.

Líquidos Inflamáveis

A garagem e a cozinha são os cômodos que mais armazenam esses materiais considerados como
perigosos, por seu risco de causarem incêndios. Por esse motivo, é fundamental que você confira
em todos os ambientes da casa os produtos expostos e os fatores potenciais para o risco de fogo.

A má utilização dos líquidos inflamáveis e o acondicionamento inadequado podem gerar faíscas ao


entrarem em contato um com outro, se forem incompatíveis. Isso é o que ocasiona um incêndio
acidental, representando uma ameaça aos ocupantes da casa.

Até as garrafas vazias são perigosas, então tome muito cuidado. Não deixe os frascos próximos
à chama, não atire os líquidos inflamáveis no fogo e não permita que esses vasilhames, cheios ou
vazios, façam parte de brincadeiras de crianças.

Micro-ondas

Forno que funciona com ondas electromagnéticas. O funcionamento do forno de micro-


ondas ocorre da seguinte forma: No interior do aparelho existe uma onda eletromagnética de
frequência igual a 2.450 MHz que é gerada por um magnetron e irradiada por um ventilador de
metal, que fica localizado na parte superior do aparelho, para o interior do mesmo.

As micro-ondas fazem com que as moléculas da água girem sobre si 2,45 bilhões de vezes por
segundo, acompanhando aquela frequência de 2,45 GHz do magnetron. Esse movimento gera o
calor que aquece o alimento. É importante lembrar que apenas moléculas de água, gordura ou
açúcar sofrem a ação das micro-ondas.
Mega-hertz uma unidade de frequência que representa um milhão de Hertz (ciclos por segundo).
Tem como símbolo o MHz. O Giga-hertz (GHz) é utilizado pare representar a velocidade de um
processador de computador.

Além disso, o forno deve ter um prato giratório – se não, como as ondas são emitidas de um só
ponto para se propagarem por todo o aparelho, pode ocorrer o superaquecimento de uma parte do
recipiente, fazendo-o quebrar ou explodir.

Os metais finos, como a ponta de um garfo, aquecem rapidamente e podem provocar um incêndio.
O papel alumínio: por ser um metal, o calor faz o papel soltar faíscas que podem danificar o
seu micro-ondas. O melhor para evitar isso é usar um plástico filme aderente, que cumpre a mesma
função, mas de uma forma segura.

Não há nada comprovado cientificamente de que um celular possa causar algum tipo de explosão ao
ser manuseado juntamente com um eletrodoméstico, é lenda urbana. Há uma lenda urbana que o
forno de micro-ondas causa câncer, entretanto isso não é verdade. Ainda não é comprovado
cientificamente que essas ondas possam causar o aparecimento de um tumor.

As micro-ondas que aquecem os alimentos são um tipo de radiação. De fato, o micro-


ondas funciona por radiação, mas existem mecanismos de proteção que impedem que pessoas ou
alimentos sejam afetados de forma nociva. Sendo assim, ficar parado na frente do micro-ondas
não dá câncer.

As saídas de ar do micro-ondas não podem ser obstruídas. Por isso, potes, utensílios e panos não
devem ser colocados em cima do produto. Ele deve estar ainda longe de aparelhos como TV e rádio
para não haver interferências.

Você precisa manter a sua casa em segurança, para isso existem medidas simples a serem adotadas
no cotidiano que garantem que você e sua família não sofram acidentes. Contudo, ainda que você
seja o que mais preza pela proteção da sua família, da casa e dos bens, não é possível prever todos
os acontecimentos. Como, então, prevenir sua casa de um sinistro, como um incêndio, por
exemplo?

Vale lembrar que as causas de incêndio devem ser sempre neutralizadas, portanto, fique de olho na
situação elétrica de sua casa, além de verificar a situação de materiais inflamáveis e possíveis
chamas. Mantenha em ordem o que está ao seu alcance e, para o que não está, como por exemplo
desastres naturais.
ACESSÓRIOS HIDRÁULICOS

Acessórios hidráulicos consistem no conjunto de peças e acessórios responsáveis por conduzir a


água de uma fonte de abastecimento até o local de um incêndio para que ali seja utilizada. A rede
interna de uma edificação é composta pelo sistema de consumo de água normal e pelo sistema de
combate a incêndios. O abastecimento pode ser por pressão, gravitacional ou por sucção.
Geralmente, é feito pela rede de distribuição pública.

RESERVATÓRIOS

Reservatórios são depósitos de água destinados a compensar as variações horárias e diárias de


consumo, a fim de manter reserva a ser utilizada em emergência e/ou manter uma pressão adequada
na rede de distribuição.

São reservatórios: as caixas d’água elevadas e subterrâneas e, ainda, nas situações de emergência, as
piscinas, as fontes públicas etc.

HIDRANTES

Hidrantes são tomadas de água colocadas na canalização exclusivas para situações de incêndio.

Têm uma ou duas saídas, que permitem a captação de água pelos bombeiros públicos, bombeiros
civis ou brigadistas, especialmente durante o combate a incêndios ou treinamento.

Os hidrantes em edificações são de dois tipos:

 Hidrantes de coluna;
 Hidrantes de parede.

Estas instalações dependem de operadores treinados, e o conjunto de peças e acessórios utilizados


nas operações deve ser composto dos materiais descritos adiante.
NBR 13714 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio.

Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para dimensionamento, instalação, manutenção,
aceitação e manuseio, bem como as características, dos componentes de sistemas de hidrantes e de
mangotinhos para uso exclusivo de combate a incêndio.

Esta Norma não se aplica a: indústrias petroquímicas; refinarias de petróleo; terminais e bases de
distribuição de derivados de petróleo; instalações de armazenagem de líquidos e gases combustíveis
e inflamáveis que disponham de normas brasileiras específicas, tais como: postos de serviços,
aeroportos, entre outros.

NOTA - As prescrições contidas nesta Norma não impedem o desenvolvimento de novas


tecnologias ou métodos aplicáveis ao âmbito desta. A aprovação de novas tecnologias ou métodos
deve ser emitida pelo órgão competente.

ABRIGO

Abrigos são caixas metálicas, localizadas próximas aos hidrantes, destinadas a guardar as
mangueiras, esguicho e chave de mangueira.
MANGUEIRAS

Mangueiras são dutos flexíveis dotados de união, destinados a transportar água sob pressão. O
revestimento interno do duto é um tubo de borracha que impermeabiliza a mangueira, evitando que
a água saia de seu interior.

É vulcanizada a uma capa de fibra. A capa do duto flexível é uma lona, confeccionada de fibras
naturais ou sintéticas, que permite à mangueira suportar alta pressão de trabalho e tração.

São mais utilizadas as mangueiras com diâmetros de 1 ½” (1,5 polegadas) e 2 ½” (2,5 polegadas). O
comprimento-padrão de uma mangueira é 15 metros.

Alguns cuidados a serem tomados com as mangueiras:

 Não deixar a mangueira permanentemente acoplada ao hidrante, pois toda a água que, por
qualquer motivo, vier a vazar através do registro a manterá úmida, criando mofo e
apodrecendo-a com muito mais facilidade;
 Usar a mangueira a cada três meses, evitando, com isso, o endurecimento e possível
ressecamento de seu forro de borracha;
 Submeter a mangueira a teste de pressão anualmente, comprovando sua resistência. O teste
ideal é de 140 libras, e o seu limite máximo é de 200 libras;
 Testar as juntas de engate rápido antes da distribuição das mangueiras para o uso
operacional;
 Nunca arrastar a mangueira sobre superfícies ásperas, quinas de parede, telhados ou muros;
 Nunca bater a empatação, pois isso dificultará acoplamentos posteriores;
 Não colocar a mangueira em contato com substâncias que possam atacar seu duto de
mangueira (derivado de petróleo, ácidos etc);
 Evitar mudanças bruscas de pressão interna provocadas pelo fechamento rápido de
expedições etc;
 Não utilizar a mangueira para outros fins que não sejam treinamento e combate a incêndios,
e por pessoas que não sejam habilitadas para tal, pois isso pode estragá-las antes do tempo;
 Após o uso, lavar a mangueira com água pura e escova cerdas macias. Nas mangueiras
atingidas por óleo, admite-se o emprego de sabão neutro e água morna. As mangueiras
devem ser postas a secar em lugar seco, fora da incidência de raios solares e distendidas em
plano inclinado ou dependuradas no sentido vertical. Após a secagem, recomenda-se a
colocação de talco industrial no interior da mangueira para evitar ressecamentos.
Temos as seguintes NBR para as mangueiras de incêndio:

 NBR 11861 – Mangueira de Incêndio: Requisitos e Métodos de Ensaio;


 NBR 12779 – Mangueira de Incêndio: Inspeção, Manutenção e Cuidados.

Aplicação:

Tipo 1: Destina-se a edifícios de ocupação residencial;


Tipo 2: Destina-se a edifícios comerciais e industriais ou Corpo de Bombeiros;
Tipo 3: Destina-se às áreas navais e industriais ou Corpo de Bombeiros;
Tipo 4: Destina-se à área industrial, na qual é desejável uma maior resistência à abrasão;
Tipo 5: Destina-se à área industrial, na qual é desejável uma alta resistência à abrasão e superfícies
quentes.

JUNTAS DE UNIÃO (CONEXÕES)

São peças metálicas fixadas nas extremidades das mangueiras destinadas a unir lances entre si ou
ligá-los a outros equipamentos, tais como esguichos e hidrantes. As juntas de união frequentemente
utilizadas são as do tipo storz de engate rápido, embora também se possam encontrar uniões com
rosca.

ESGUICHO

Peça metálica adaptada à extremidade da linha de mangueiras, destinada a dar forma, direção,
alcance e controle ao jato de água, conforme as necessidades da operação.

Pode ser de vários tipos:

 Agulheta: Proporciona jato sólido;


 Regulável: Proporciona jato sólido e neblina;
 Universal: Permite acoplar aplicador de neblina;
 Lançador: Proporciona jatos de espuma;
 Proporcionador: Permite a formação de espuma;
 Pistola: Proporciona jato sólido e neblina.
CHAVE DE MANGEUIRA

Destina-se a facilitar o acoplamento e desacoplamento das mangueiras. Em sua parte curva,


apresenta dentes que se encaixam nos ressalvos existentes no corpo da junta de união.

ACESSÓRIOS

Além desses materiais básicos citados, outros acessórios são encontrados para auxiliar o combate a
incêndios, quando no emprego de hidrantes. Os mais utilizados apresentados a seguir:

Tampão: Peça metálica destinada a vedar as expedições desprovidas de registro que estejam em
uso, além de proteger as extremidades das juntas de união contra eventuais golpes que possam
danificá-las.

Derivante: Aparelho destinado a permitir desdobrar uma linha adutora de mangueiras em duas
linhas ou mais de ataque.

Redução: Peça metálica de engate rápido utilizada para a transformação de uma linha de
abastecimento em outra de menor diâmetro.

REGISTRO DE RECALQUE

É uma extensão da rede hidráulica, constituída de uma conexão (introdução) e um registro de


paragem em uma caixa de alvenaria fechada por tampa metálica. Situa-se abaixo do nível do solo
(passeio), junto à entrada principal da edificação. Serve exclusivamente para o bombeiro militar
captar água em caso de necessidade. O ressarcimento à empresa se dá por meio de solicitação de
certidão de sinistro. Deve ser mantido limpo e pintado.
INSTALAÇÕES AUTOMATIVAS

Sistema Automático de Splinkler

Trata-se do sistema de extinção de incêndios por chuveiros automáticos, que consiste na


distribuição de encanamentos, cujos diâmetros diminuem à proporção que se afastam do
equipamento central.

Os bicos, sensíveis ao calor, à fumaça ou gases resultantes de um princípio de combustão, são


distribuídos pelas instalações. Abrem-se automaticamente, permitindo a passagem do agente
extintor, que pode ser água, gás carbônico ou halogenados.

Embora de alta eficiência, é um sistema com custo de instalação elevado.

 NBR 13792 – Proteção contra incêndio, por sistema de chuveiros automáticos, para áreas
de armazenamento em geral – Procedimento.

 NBR 10897, que normalmente compõe as referências normativas dos documentos emitidos
pelos corpos de bombeiros. A norma caracteriza os requisitos para projeto e instalação de
sistemas de proteção contra incêndios por chuveiros automáticos.

Dentro das faixas definidas em norma, são adotados alguns valores padrão (temperatura nominal)
para facilitar a definição de projeto, compra e venda dos sprinklers. As temperaturas nominais mais
utilizadas no Brasil são: 68°C, 79°C, 93°C e 141°C.
Os bulbos possuem faixas específicas de temperatura de ativação. Estas faixas estão bem definidas
em norma e possuem uma padronização universal. Segundo a Tabela 2 da atual Norma Técnica
brasileira de sprinklers (NBR16400), são ao todo sete cores que podem ser facilmente identificadas
e dispõem de uma classificação.

Como responsável pela ativação do sprinkler, o bulbo precisa acionar dentro de uma faixa
específica de temperatura e tempo, determinadas na Norma Técnica.

O bulbo se rompe quando atinge a temperatura indicada por sua cor. O tempo que demora antes de
um bulbo quebrar depende da potência do incêndio. Em geral, um bulbo é ativado entre 15 e 30
segundos.

Considerando que um incêndio ganha potência máxima entre 1min e 4min, a ativação do sprinkler
garante o alargamento desse tempo para mais de 30min, tempo confortável para que os bombeiros
cheguem para concluir a supressão total do incêndio.

Além de compor o mecanismo de desarme do sprinkler, o bulbo também compõe o conjunto de


fechamento e vedação, isto significa dizer, que sofre esforços físicos enormes, porém controlados,
de forma que não comprometam a estanqueidade e não gerem trincas ou fissuras na superfície do
bulbo e não comprometam o funcionamento do sistema como um todo.
BOMBA HIDRÁULICA

Equipamentos constituído de bomba hidráulica acoplada a um motor próprio propulsionado a


combustão interna ou energia elétrica. A motobomba pode ser fixa, transportável por veículo ou
portátil. É empregada para fazer escoamento ou para integrar o abastecimento de água, funcionando
junto a manancial (por sucção) ou submersa (bomba submersível). Pode ser dos mais diversos
modelos, capacidade de vazão, pressão ou outros critérios.

Bomba Principal: Bomba hidráulica centrífuga destinada a recalcar água para os sistemas de
combate a incêndio.

Bomba de pressurização (Jockey): Bomba hidráulica centrífuga destinada a manter o sistema


pressurizado em uma faixa preestabelecida.

Bomba de Reforço: Bomba hidráulica centrífuga destinada a fornecer água aos hidrantes ou
mangotinhos mais desfavoráveis hidraulicamente, quando estes não puderem ser abastecidos
somente pelo reservatório elevado.

As bombas utilizadas devem ser do tipo centrífugas acionadas por motor elétrico ou a combustão.
TÁTICA DE COMBATE À INNCÊNDIO

A coordenação do combate a incêndio deve ficar a cargo das equipes de prevenção, no entanto,
todos devem ter conhecimento dos procedimentos básicos e ordenados a serem executados a fim de
se evitar a propagação do fogo, facilitando, dessa forma, sua extinção.

A seguir, descreve-se uma sequência de ações a serem desencadeadas após uma análise de situação.
Para melhor desempenho das fases táticas de combate a incêndio, foi proposto um método, por um
bombeiro inglês, por volta de 1953. Trata-se da memorização de uma palavra que possui as iniciais
das feridas fases, de modo a facilitar a memorização das ações.

A palavra é SICER.

Analisando a referida palavra, chega-se às seguintes fases que devem ser seguidas, respectivamente,
na ordem apresentada.

Salvamento (S)

É a primeira fase a ser executada, visto que a vida é o bem maior a ser preservado. Todas as pessoas
que não participam do combate direto ao fogo devem ser retiradas das proximidades da área
incendiada. Deve-se sempre estar atento à própria segurança. O uso de equipamentos de proteção
individual (EPI) e respiratória (EPR) sempre se faz necessário. Após a avaliação dos riscos, deve-se
sempre efetuar o salvamento de vítimas (impossibilitadas de se locomoverem ou presas) em dois
socorristas.

Caso não seja possível efetuar o salvamento por falta de equipamento ou de conhecimento técnico,
é importante certificar-se de que o serviço de emergência foi acionado e procurar, se possível,
acalmar a vítima. O ideal é que esse trabalho seja executado por uma equipe de salvamento
independente da equipe que efetuará o combate a incêndio (equipe de apoio).

Isolamento (I)

O isolamento tem por finalidade impedir que o incêndio se propague de uma edificação para outra.
Nesse caso, deve-se atentar para as aberturas existentes entre a edificação incendiada e a edificação
não atingida, pois essas aberturas facilitam a propagação do incêndio, tornando-se necessário
resfriá-las, por meio de uma linha de mangueira. O mesmo procedimento serve para tanques com
combustível em chamas, casos em que devem ser resfriados de imediato os tanques vizinhos.

Cabe lembrar também, nesse momento, que o SICER deve ser observado inclusive nos princípios
de incêndio, pois procedendo ao isolamento do material que está queimando ou o que irá se
queimar, evita-se a propagação do fogo.

Exemplo 1: uma mesa de trabalho está pegando fogo, mas as cadeiras à sua volta ainda não
queimaram. Procedimento a ser adotado: afastar as cadeiras perto da mesa em chamas – isolamento
do fogo (retirada do material), impedindo sua propagação.

Exemplo 2: um telhado de madeira está pegando fogo. Utiliza-se um extintor de CO² para retardar
a ação do fogo, reduzindo as chamas enquanto se providência a armação dos lances de mangueiras
para a aplicação de água. Essa ação implica o abafamento para isolamento do fogo. Nesses casos,
pode-se observar a utilização dos três métodos de extinção de incêndio (resfriamento, retirada do
material e abafamento) para isolar o fogo e impedir sua propagação.
Confinamento (C)

O confinamento visa impedir que o fogo se propague dentro de uma edificação, mantendo-o
confinado em sua origem até que possa ser extinto. Trata-se de uma fase muito importante e que
pode determinar o sucesso das operações.

No caso de depósitos, armazéns ou vastas áreas constituídas, a não observância dessa fase pode
resultar na destruição total. Nessa fase, tem-se um fogo já isolado na fase anterior e pronto para ser
reduzido através dos métodos de extinção que nessa fase atuarão no fogo propriamente dito.

Extinção (E)

Trata-se do extermínio propriamente dito do fogo, utilizando-se as técnicas conhecidas e estudadas


até então, através do agente extintor adequado.

Nessa fase, podem ocorrer alguns excessos que devem ser corrigidos diante da ânsia de debelar o
sinistro, tais como extinção por inundação, aplicação inadequada de jatos sólidos de água e outras
medidas que podem resultar na destruição daquilo que não foi destruído pelo incêndio.

Rescaldo (R)

Essa ação tem por finalidade afastar a hipótese mais remota de uma reignição do fogo ao término de
sua extinção. Todo material incendiado deve ser remexido e verificado com a finalidade de se
eliminarem fontes de calor (brasas, pequenos focos etc), que possam possibilitar a volta do fogo,
bem como afastar o material incendiado do material não atingido.

Nessa fase, podem ocorrer alguns acidentes pela não observância das regras de segurança e falta do
uso do EPI, como, por exemplo, trabalhar em local sob risco de desabamento, pisar em objetos
pontiagudos, queimar as mãos em brasas etc. Tais fatos devem ser observados pelo responsável pela
equipe de combate.

Proteção de Salvados ou Salvatagem

Além das fases estudadas, esse é um procedimento tático que também deve ser adotado. A
salvatagem é um conjunto de ações que visa a diminuir os danos causados e proteger tudo aquilo
que não foi destruído pelo fogo, pela água e pela água e pela fumaça, evitando alguns excessos
como aqueles já comentados, a fim de se reduzirem os prejuízos da área sinistrada.

Pode ser realizada em qualquer fase do combate ao incêndio. Esse procedimento compreende ações
como: cobertura de objetos, escoamento de água, secagem, transporte de objetos etc.
Ventilação

É a remoção e dispersão sistemática dos produtos da combustão – fumaça, gases e vapores quentes
– de um local confinado, o que proporciona a troca dos produtos da combustão por ar fresco e
facilita as ações no ambiente sinistrado.

Uma ventilação inadequada ocasiona uma série de desvantagens, tais como:

 Fumaça: Grande volume de fumaça com elevação da temperatura, proporcionando


propagação mais rápida do incêndio;
 Controle: Dificuldade no controle da situação;
 Calor: A temperatura de 32°C já é suficiente para lesar os alvéolos pulmonares;
 Visibilidade: Falta de segurança ao progredir, alcançar, o fogo rapidamente.

Tipos de Ventilação

 Natural: É o emprego do fluxo normal do ar com o fim de ventilar o ambiente, sendo


empregado o princípio da convecção com o objetivo de ventilar. Na ventilação natural,
apenas se retiram as obstruções que não permitem o fluxo normal dos produtos da
combustão. Por exemplo: abertura de portas, janelas, paredes e telhado.
 Forçada: É utilizada para a retirada dos produtos da combustão de ambientes onde não é
possível estabelecer o fluxo natural de ar. Nesse caso, força-se a renovação de ar através de
equipamentos e outros métodos. Por exemplo: uso do esguicho regulável.

Ainda em relação à edificação, pode-se dividir a ventilação em:

 Horizontal: É aquela em que os produtos da combustão caminham horizontalmente pelo


ambiente. Esse tipo de ventilação se processa pelo deslocamento dos produtos da combustão
através de corredores, janelas, portas e aberturas em paredes no mesmo plano.
 Vertical: É aquela em que os produtos da combustão caminham verticalmente pelo
ambiente, através de aberturas verticais existentes (poços de elevadores, caixas de escadas,
abertura de telhas). Deve-se aproveitar, sempre que possível, as aberturas existentes na
edificação, só efetuando aberturas em paredes e telhados em último caso.
Cuidados

 Sempre que possível, utilizar a ventilação natural;


 Usar equipamentos de proteção individual (EPI) e respiratória (EPR) completos;
 Estar sempre ancorado e dispor de um meio de fuga rápida;
 Realizar uma abertura grande em lugar de áreas pequenas;
 Executar aberturas com o vento soprando pelas costas;
 Verificar se a estrutura da edificação suporta o peso do próprio corpo e dos equipamentos;
 Analisar onde serão as aberturas, evitando que os produtos da combustão atinjam outras
edificações.

ELEVADORES

Elevadores são máquinas destinadas para transportar, em deslocação vertical ou em um plano


inclinado, pessoas ou cargas.

Ocorrência comum diz respeito a pessoas ficarem retidas em elevadores, geralmente por falta de
energia elétrica, defeito no mecanismo de paragem ou uso indevido do equipamento.

São providências esperadas das equipes de prevenção nesse tipo de ocorrência:

 Sempre solicitar apoio (193, Brigada de Incêndio, Técnico de Manutenção do Elevador


etc.);
 Desligar a chave geral elétrica do elevador acidentado;
 Somente retirar vítimas pela saída de emergência em último caso e se houver equipamento
adequado e equipe treinada.
São providências esperadas das equipes de prevenção nesse tipo de ocorrência:

 Solicitar apoio imediatamente em caso de ocorrências com vítima presa entre cabine e a
caixa de concreto (essas ocorrências são de natureza grave e de difícil liberação);
 Em caso de incêndio, certificar-se de que os elevadores estejam no térreo com as portas
abertas e de que a energia elétrica do elevador esteja desligada, orientar para que se utilizem
as escadas.

Outras observações importantes:

 Tanto o estabelecimento como as equipes de prevenção devem possuir a chave específica


do elevador, o zelador deve ter uma cópia;
 A cabine do elevador não despenca se houver manutenção adequada, pois possui freio de
segurança embaixo.

SISTEMA DE PÁRA-RAIOS

Definição de Raio

Descarga elétrica que ocorre na atmosfera, acompanhada de trovão (som) e relâmpago (luz), que se
produz entre duas nuvens ou entre uma nuvem eletrizada e a Terra.

Um raio pode causar danos a equipamentos eletrônicos ou elétricos de três maneiras:

 Direta: Quando o raio atinge uma construção e causa prejuízos tanto na alvenaria quanto
nos equipamentos;
 Como proteger: Por meio de para-raios tipo Franklin e/ou gaiola de Faraday a critério do
profissional habilitado;
 Indireta: Quando o raio cai nas proximidades de uma construção e sua sobrecarga danifica
equipamentos através da fiação elétrica.

Forma de proteção: Por meio de aterramento elétrico com protetores de surtos (para-raios de
linha).
Interferência Eletromagnética

Ocorre quando um raio cai em uma construção próxima e produz ondas eletromagnéticas capazes
de induzir tensões perigosas para equipamentos eletroeletrônicos.

Forma de Proteção: Com o uso de protetores de surtos específicos para cada aparelho.

Para-Raios

É um conjunto para proteção contra descargas elétricas atmosféricas comuns (ABNT NBR 5419).

Destina-se a proteger uma edificação contra efeitos das descargas atmosféricas. Possui um sistema
externo de proteção (captores, condutores de descida e aterramento).

Sistema Franklin

É constituído por um ou mais captores com quatro pontas, instalado sobre mastro, cuja altura é
calculada pelo profissional habilitado.

Gaiola de Faraday – Aterramento

Consiste em uma malha, sempre utilizando cabo de cobre nu, instalada em formas retangulares
sobre a edificação, passando por isoladores ou fixada diretamente sobre a superfície.
Detectores de Raios

São sistemas de detecção de raios à distância. Emitem um alarme, orientando as pessoas a se


retirarem das áreas de riscos.

Observações:

 De acordo com as normas atuais, todo equipamento elétrico deve ser projetado para
funcionar com o pino-terra (terceiro pino);
 As seguradoras não cobrem perdas por raios caso a instalação esteja fora das normas
técnicas;
 O ministério do Trabalho exige a colocação de para-raios e aterramentos conforme NR-10;
 Um sistema de para-raios só protege a edificação onde está instalado;
 Um raio pode cair mais de uma vez no mesmo lugar.

PORTAS CORTA-FOGO

A NBR 11742 de 08/2018 – Porta corta-fogo para saída de emergência especifica os requisitos
exigíveis para classificação, fabricação, identificação, unidade de compra, conteúdo do manual
técnico, armazenamento, instalação, funcionamento, manutenção e ensaios de portas corta-fogo do
tipo de abrir, com eixo vertical, para saída de emergência.

Deve-se ressaltar que o enclausuramento de escadas e a compartimentação das edificações visam


compor a setorização de riscos, de forma a controlar a propagação de fogo e fumaça, permitir a
saída segura das pessoas e facilitar as operações de combate e resgate. Em ambas as situações as
portas compõem estas soluções.

Neste caso, são dotadas de capacidade de suportar a ação do incêndio por determinado período,
avaliada por meio de ensaios de resistência ao fogo. Pode-se definir porta corta-fogo para saída de
emergência porta corta-fogo do tipo de abrir, com eixo vertical, constituída por folha (s), batente,
ferragens e, eventualmente, mata-juntas e bandeira, que atende às características desta norma,
impedindo ou retardando a propagação do fogo, calor e gases, de um ambiente para o outro.

A classificação da porta corta-fogo, ensaiada em parede de alvenaria, vale apenas para instalações
reais em paredes de alvenaria e de concreto. Cada porta corta-fogo e respectivo batente devem
receber uma identificação indelével e permanente, por gravação ou por plaqueta metálica.
INSTRUÇÃO TÉCNICA

O Corpo de Bombeiros Militar da Bahia

Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as empresas que prestam serviço na área de segurança
contra incêndio e pânico no âmbito do Estado da Bahia. Credenciamento de instrutores, bombeiros
civis e de empresas que prestam serviço na área de segurança contra incêndio e pânico.

NBR 14276 - Programa de Brigada de Incêndio.


NBR 14277 - Instalações e Equipamentos para Treinamento de Combate a Incêndio.
NBR 14608 - Bombeiro Profissional Civil.
NBR 14023 - Registro de atividades de bombeiros.
NBR 15219 – Plano de emergência contra incêndio – requisitos.

Normas Técnicas da Instrução Técnica (IT-17 e IT-05)

O objetivo da IT-17 é estabelecer as condições mínimas para a composição, formação, implantação,


treinamento, dimensionamento e reciclagem da brigada de incêndio, para atuação exclusiva em
edificações, estruturas e áreas de risco no Estado da Bahia, na prevenção e no combate ao princípio
de incêndio, abandono de área e prestação dos primeiros socorros, visando, em caso de sinistro,
proteger a vida e o patrimônio, reduzir os danos ao meio ambiente, até a chegada das equipes do
Corpo de Bombeiro Militar da Bahia.

O objetivo da IT-05 é regulamentar o credenciamento de empresas prestadoras de serviços,


fabricação, comércio, instalação ou manutenção de equipamentos, formação, reciclagem,
treinamento e capacitação de pessoal, além de instrutores e bombeiros civis, que prestam serviço na
área de segurança contra incêndio e pânico, conforme previsão do art. 2º, inciso X, da Lei 13.202,
de 09 de dezembro de 2014.

DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Instrução Técnica são adotadas as definições da IT 03 - Terminologia de


Segurança Contra Incêndio do CBMBA.

Bombeiro Civil: Considera-se Bombeiro Civil aquele que, habilitado nos termos da Lei
11.901/2009, exerça, em caráter habitual, função remunerada e exclusiva de prevenção e combate a
incêndio, como empregado contratado diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades
de economia mista, ou empresas especializadas em prestação de serviços de prevenção e combate a
incêndio.

Brigadista: pessoa, voluntária ou não, componente da brigada de incêndio, treinada e capacitada


em prevenção e combate a incêndios, primeiros socorros e abandono de áreas, para atuação em
caráter não exclusivo em edificações, estruturas ou áreas de risco.

Brigadista Nível I: pessoa, voluntária ou não, empregada em caráter não exclusivo como
componente da brigada de incêndio, treinada e capacitada em prevenção e combate a incêndios,
primeiros socorros e abandono de áreas, em edificações, estruturas ou áreas de risco, que tenha
formação de acordo com o Anexo B.
Brigadista Nível II: pessoa, voluntária ou não, empregada em caráter exclusivo ou não, como
componente da brigada de incêndio, treinada e capacitada em prevenção e combate a incêndios,
primeiros socorros e abandono de áreas, em edificações, estruturas ou áreas de risco, que tenha
formação de acordo com o Anexo B.

Chefe de Brigada: Responsável por coordenar, orientar e atuar nas ações de emergência na
edificação onde a Brigada de incêndio atue, além de auxiliar o supervisor nas ações de prevenção
contra incêndio e pânico.

Certificado de Credenciamento (CCR): é o documento expedido pelo CBMBA, através das


Unidades que realizam atividades técnicas, que credencia empresas prestadoras de serviços,
fabricação, comércio, instalação ou manutenção de equipamentos na área de segurança contra
incêndio e pânico, bem como empresas de formação, reciclagem, treinamento e capacitação de
pessoa, na área de segurança contra incêndio e pânico.

Certificado de credenciamento Instrutor de curso de formação e reciclagem de bombeiro


civis: CCIBC: é o documento expedido pelo CBMBA, para o Instrutor responsável pela formação,
reciclagem, treinamento e capacitação de bombeiro civil.

Certificado de credenciamento Instrutor de curso de formação e reciclagem de brigada de


incêndio: CCIBI: é o documento expedido pelo CBMBA, para o Instrutor responsável pela
formação, reciclagem, treinamento e capacitação de brigada de incêndio.

Certificado de Credenciamento de Bombeiro civil CCBC: é o documento expedido pelo


CBMBA, para o profissional na área de segurança contra incêndio e pânico, Bombeiro civil.

Instrutor: profissional responsável pela formação do aluno, regularmente habilitado nos termos
desta Instrução Técnica.

Coordenador de Curso: profissional civil com formação na área de Segurança do Trabalho ou


Segurança Contra Incêndio e Pânico, com devido registro no órgão oficial, ou bombeiro militar da
reserva.

Empresas de prestação de serviços de segurança e prevenção contra incêndio e pânico:


Empresas que atuam na área de elaboração de projeto de prevenção a pânico e incêndio e/ou
prestadoras de serviço de bombeiro civil.

Empresas de fabricação, comércio, instalação ou manutenção de equipamentos: Empresas que


fabricam, comercializam, instalam e/ou realizam manutenção de equipamentos de segurança contra
incêndio.
BRIGADA DE INCÊNDIO

Brigada de Incêndio são grupos de pessoas previamente treinadas, organizadas e capacitadas


dentro de uma organização, empresa ou estabelecimento para realizar atendimento em situações
de emergência. Em geral estão treinadas para atuar na prevenção e combate de incêndios, prestação
de primeiros socorros e evacuação de ambientes.

A brigada de incêndio serve para preservar a vida e os bens de uma instituição. É ela que age diante
de situações como as de princípio de incêndio e na prestação de socorro quando ocorrem desmaios
ou outras situações que envolvam a necessidade de atendimento em primeiros socorros.

Uma brigada do tipo funciona de dois modos: na identificação e eliminação de riscos de incêndios e
no combate ao fogo. No segundo caso, duas são as atribuições principais. A primeira é extinguir as
chamas, e a segunda consiste em ajudar os demais indivíduos a sair do ambiente em segurança.

Ações de prevenção

 Conhecer o plano de emergência contra incêndio da planta;


 Avaliar os riscos existentes;
 Inspecionar os equipamentos de combate a incêndio,primeiros socorros e outros existentes
na planta;
 Inspecionar as rotas de fuga;
 Elaborar relatório das irregularidades encontradas;
 Encaminhar o relatório aos setores competentes;
 Orientar a população fixa e flutuante;
 Participar dos exercícios simulados.

Atribuições das Equipes de Prevenção

 Conhecer todas as instalações e áreas da empresa ou evento;


 Conhecer os locais de alarme de incêndio (junto aos hidrantes, principalmente);
 Conhecer o princípio de funcionamento dos extintores de incêndio;
 Conhecer e saber avaliar os riscos do local de trabalho e eliminá-los, se possível, ou adotar
medidas preventivas;
 Inspecionar os equipamentos de prevenção e combate a incêndios e de primeiros socorros;
 Liberar e sinalizar as rotas de fuga;
 Elaborar e encaminhar relatórios com os dados observados na inspeção;
 Orientar, esclarecer e educar a população fixa e flutuante da empresa ou evento;
 Dar treinamentos teóricos e práticos, bem como participar dos exercícios simulados;
 Apresentar sugestões para melhoria da segurança do local;
 Avaliar e acompanhar as atividades de risco;
 Participar e atender ao plano de emergência da empresa.
Ações de Emergência

 Atender imediatamente a qualquer chamado de emergência;


 Identificar a situação;
 Agir de maneira rápida e enérgica em situações de emergência, porém conscientemente e
cuidando de sua própria segurança;
 Avaliar o mais rápido possível a necessidade de acionamento do Corpo de Bombeiros;
 Se houver necessidade de acionamento do Corpo de Bombeiros, atentar para:
• Acionar o bombeiro através do número 193;
• Manter a calma;
• Informar o endereço, ponto de referência, número do telefone que está usando, tipo de
acidente, número de vítimas e outras informações que julgar necessárias;
 Prestar primeiros socorros;
 Proceder ao abandono da área sinistrada;
 Cortar a energia elétrica;
 Isolar a área do sinistro e exercer a prevenção ou combate ao princípio de incêndio;
 Efetuar salvamento de acordo com o treinamento;
 Demais ações específicas a cada área de risco existente na empresa ou na área do sinistro;
 Registrar todas as atividades operacionais de emergência, bem como os procedimentos
adotados. aplicar os procedimentos básicos estabelecidos no plano de emergência contra
incêndio da planta até o esgotamento dos recursos destinados aos brigadistas;
 Praticar atendimento pré-hospitalar sempre que necessário.

PLANO DE EMERGÊNCIA

Plano de Emergência contra Incêndio é um documento que formaliza e descreve o conjunto de


ações e medidas a serem adotadas no caso de uma situação crítica (acidente ou incidente), visando
proteger a vida e o patrimônio, bem como reduzir as consequências sociais e os danos ao meio
ambiente.

Equipe de Emergência é uma equipe formada por profissionais de emergências, pela brigada de
emergência, bombeiro civil e grupo de apoio à equipe de emergência.
Exercício Simulado é um exercício prático realizado periodicamente para manter a equipe de
emergência e os ocupantes das edificações em condições de enfrentar uma situação real de
emergência.

Ponto de Encontro de Abandono de Área é um local predeterminado, seguro para encontro


protegido dos efeitos da ocorrência, com base no pior cenário identificado na análise de risco, sendo
o local predeterminado para onde o líder de abandono de área orienta-se e dirige-se, juntamente
com os demais funcionários de sua responsabilidade.
Ponto de Encontro da Equipe de Emergência é um local previamente estabelecido, com base no
pior cenário identificado, que seja seguro e protegido dos efeitos da ocorrência, utilizado para o
encontro da equipe de emergência, distribuição de equipamentos de proteção individual e
respiratória, de comunicação, de primeiros socorros e de combate a incêndio, quando aplicáveis,
onde são divididas as tarefas e estabelecidos os procedimentos básicos de atendimento de
emergência.

População Fixa é aquela que permanece regularmente na planta, considerando-se os turnos de


trabalho e a natureza da ocupação, bem como os terceiros nestas condições.

População Flutuante é que não permanece regularmente na planta, considerando o número


máximo de pessoas previstas em projetos, procedimentos e/ou período de atividade e ocupação.

Posto de Bombeiros: é uma edificação e/ou instalações para abrigar viaturas, equipamentos e
pessoal dos serviços de bombeiros.

Prevenção de Incêndio: são todas as medidas destinadas a evitar o surgimento de um princípio de


incêndio, dificultar a sua propagação e facilitar a sua extinção.

Salvamento - Resgate Técnico: Procedimento executado por profissional capacitado, com uso de
técnicas, recursos e equipamentos especializados para a localização de pessoas e/ou acesso a uma
vítima em local de risco.

Rota de Fuga é um caminho contínuo, devidamente protegido e sinalizado, iluminado,


proporcionado por portas, corredores, saguão, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas,
rampas, conexões entre túneis paralelos ou outros dispositivos de saída, ou combinações destes, a
ser percorrido pelo usuário em caso de emergência, a partir de qualquer ponto da edificação, recinto
de evento ou túnel, até atingir a via pública ou espaço seguro (área de refúgio), com garantia de
integridade física.

Saída de Emergência é uma saída acessível, devidamente sinalizada para um local seguro.

Sala da Brigada de Emergência que seria um local onde estão disponíveis os recursos materiais e
os equipamentos a serem utilizados em eventuais atendimentos de emergências, que pode ser mais
do que uma sala, com recursos específicos para cada área, localizado de forma a permitir o melhor
tempo de resposta para o atendimento em todas as áreas da planta.

Sala de Segurança contra Incêndio seria um local onde se localizam os painéis de comando dos
diversos sistemas de proteção contra incêndio e emergências, sistema de detecção de incêndio,
sistema de comunicação, sistema de monitoramento por câmeras de vídeo, sistema de controle de
elevadores, sistema de chuveiros automáticos, além de outros.

NBR 15219 - Esta Norma especifica os requisitos e procedimentos para a elaboração, implantação e
manutenção de um plano de emergência contra incêndio, para proteger a vida e o patrimônio, bem
como reduzir as consequências sociais e os danos ao meio ambiente.
Referências Normativas:
Suporte Avançado de Vida (SAV): procedimentos com técnicas invasivas e equipamentos
específicos para manter e/ou restabelecer os sinais vitais de uma vítima de trauma ou mal clínico,
executados exclusivamente por profissionais oriundos da área da saúde.

Suporte Básico de Vida (SBV): procedimentos com técnicas não invasivas e equipamentos
específicos, incluindo desfibrilador externo automático, para manter e/ou restabelecer os sinais
vitais de uma vítima de trauma ou mal clínico, executados por pessoas ou profissionais capacitados.

Tempo de Resposta é um intervalo de tempo entre a comunicação de chamado para uma


determinada equipe responsável pelo atendimento até a chegada desta no local da emergência.

Vítima seria pessoa ou animal que sofra qualquer tipo de dano, lesão ou morte.

Elaboração do Plano de Emergência

O plano de emergência deve ser elaborado formalmente por uma equipe multidisciplinar, liderado
por um ou mais profissionais especializados.

O plano de emergência deve considerar os seguintes aspectos:

a) tipo de ocupação, conforme estabelecido no Anexo A, por exemplo, residencial, comercial,


industrial, educacional etc.;  
b) riscos específicos inerentes à ocupação;  
c) construção, acabamento e revestimentos, por exemplo, alvenaria, concreto, metálico,
madeira, parede construída sem argamassa (drywall) ou outros métodos construtivos;
d) dimensões da área total construída e de cada uma das edificações, altura de cada edificação,
número de pavimentos, se há subsolos, garagens e outros detalhes, por exemplo,
compartimentação vertical e/ou horizontal;
e) população fixa e/ou flutuante e suas características, por exemplo, crianças, idosos, pessoas
com deficiência e/ou mobilidade reduzida, ou outras características;
f)  característica de funcionamento, horários e turnos de trabalho, e os dias e horários fora do
expediente;  
g) acessibilidade para pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida;  
h) rotas de fuga e áreas de refúgio;
i)  recursos humanos integrantes da equipe de emergência, por exemplo, brigada de
emergências, bombeiros civis, grupos de apoio ou outros recursos humanos dedicados ao
atendimento de emergências;
j)  recursos materiais, sistemas e equipamentos existentes, por exemplo, extintores de incêndio,
sistema de hidrantes, iluminação de emergência, escada para acesso à saída de emergência,
portas corta-fogo, saídas de emergência, chuveiros automáticos, sistema de detecção e
alarme de incêndio, sistema motogerador de incêndio ou outros sistemas e equipamentos;  
k) localização e recursos externos, por exemplo, área urbana, área rural, características da
vizinhança, distâncias de outras edificações e/ou riscos, tempo de resposta médio do corpo
de bombeiros, do SAMU, defesa civil, policiais, remoção para os hospitais, existência de
planos de auxílio mútuo ou outros recursos dedicados para atendimento de emergências.
COMUNICAÇÃO

Comunicação é o ato ou efeito de emitir, transmitir e receber mensagens. Em técnicas de


prevenção e combate a sinistros, a comunicação pode se dar por sons (voz ou apito) ou gestos (com
as mãos).

Telecomunicação é o processo de comunicação à longa distância que utiliza como meio de


transmissão linhas físicas (linha telefônica) ou ondas eletromagnéticas (que se propagam no
espaço).

Equipamentos Utilizados na Telecomunicação

 Rádio: Geralmente, utiliza-se o transceptor, que recebe e transmite a voz dos operadores.

Tipos de rádios:

• Fixo: Instalado em uma edificação, ligado à energia elétrica;


• Móvel: Instalado em veículos, obtém energia da bateria do automóvel;
• Portátil: Transportável pelo homem, alimenta-se com energia de bateria recarregável.

Temos outros meios de comunicações: Telefone, fax e computador.

Códigos e Convenções Utilizados na Comunicação de Rádio

Para evitar a sobrecarga do equipamento, emprega-se o código “Q”. Esse código simplifica as
mensagens, garantindo rapidez na comunicação, sem perda da confiabilidade e da clareza das
expressões.
Cuidados na Recepção/Transmissão

 Ligar o rádio, girando o controle do volume no sentido horário;


 Ajustar o volume para um áudio perceptível e confortável;
 Selecionar o canal desejado;
 Proceder a um teste com a estação base;
 Manter uma distância de aproximadamente 5 cm entre o microfone e boca;
 Observar se não há ninguém transmitindo antes de falar;
 Verificar, ao falar, o aparecimento de sinal indicativo de transmissão;
 Aguardar um segundo antes de falar;
 Mentalizar a mensagem antes de acionar a transmissão.

NBR 14023 - Registros de atividades de bombeiros.

NBR 14096 - Viaturas de combate a incêndio – Requisitos de desempenho, fabricação e métodos de


ensaio.

NBR 14276 - Brigada de emergência de Incêndio – Requisitos e procedimentos.

NBR 14561 - Veículos para atendimento a emergências médicas e resgate. NBR 14608 - Bombeiro
civil – Requisitos e procedimentos.

NBR ISO 31000 - Gestão de risco – Diretrizes.

BIOSSEGURANÇA

A biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, proteção do trabalhador e\ou


paciente, minimização de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino,
desenvolvimento tecnológico e operacional e amplia-se para a proteção ambiental e a qualidade.

No Brasil, a regulamentação sobre Biossegurança está presente na legislação como forma de


mostrar a importância de preservar a vida e oferecer segurança em qualquer atividade, além de
determinar competências e normas. Segundo a Lei de Biossegurança, 11.105 de 24 de Março de
2015, a principal atenção deve se dar aos riscos relativos das técnicas de manipulação de
organismos geneticamente modificados, como os alimentos transgênicos. Mas, pesquisas e o
trabalho em ambientes como, por exemplo, indústrias, hospitais, laboratórios, hemocentros e
universidades, deve também levar em consideração a Biossegurança.

Todas as medidas de segurança e todas as ações que busquem a proteção no dia a dia, são atitudes
de Biossegurança.
O principal objetivo da biossegurança é a redução dos riscos ocupacionais em ambientes que podem
trazer danos severos para a saúde. Muitas vezes, envolvem sequelas irreversíveis que podem trazer
consequências negativas para a qualidade de vida dos colaboradores envolvidos.

A biossegurança é um conjunto de medidas tomadas para garantir que não haja contaminação de
pessoas, materiais e equipamentos no local onde se desenvolvem as atividades profissionais. Essas
medidas atuam diretamente na contenção e eliminação dos riscos de exposição, priorizando a saúde
humana, animal e o meio ambiente.

Além disso, as principais normas da biossegurança incluem: Orientação a respeito do uso dos
equipamentos fora do ambiente laboral. Orientação sobre não abraçar pessoas ou carregar crianças
utilizando os equipamentos de trabalho. Orientação sobre a importância de higienizar as mãos
constantemente.

A biossegurança é uma área de conhecimento definida pela Agência Nacional de Vigilância


Sanitária (Anvisa) como: “condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a
prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a
saúde humana, animal e o meio ambiente”.

Contudo, a biossegurança também está presente em locais onde a tecnologia moderna se encontra,
como hospitais, indústrias, laboratórios de saúde pública, laboratórios de análises clínicas,
universidades, hemocentros, entre outros.

A biossegurança possui papel indispensável na saúde pública, tendo em vista que baseia-se também
na conduta de isolamento social, qual faz-se de suma importância para evitar a contaminação e
propagação de doenças altamente infecciosas.

No Brasil, na época em que as normativas foram criadas, as áreas de trabalho careciam de um


norteamento legal para que pudessem ser balizadas ações de melhorias nos ambientes de trabalho.
De acordo o engenheiro e fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego, Antonio Pereira
Nascimento, o número de acidentes e de adoecimentos era alto e, por isso, fez-se necessário que o
governo inserisse parâmetros legais regulatórios.

Nesse período, a informalidade nos contratos laborais era grande, e foi em virtude deste quadro que
o governo brasileiro, signatário de várias resoluções da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), se viu obrigado a tomar uma iniciativa para reduzir os altos números de acidentes.

Todas as empresas que possuem empregados sob o regime da CLT devem seguir as Normas
Regulamentadoras. Isso inclui empresas privadas e públicas, órgãos públicos da administração
direta e indireta e também os órgãos dos poderes legislativo e judiciário.

As NRs têm o intuito de orientar as ações dos empregadores para tornar os ambientes de trabalho
mais saudáveis e seguros. Elas promovem e preservam a integridade física do trabalhador,
estabelecem a regulamentação da legislação pertinente à segurança e medicina do trabalho, além de
instituir políticas sobre esses assuntos dentro das empresas.

A elaboração/revisão das Normas Regulamentadoras (NR) foi, durante um longo tempo, realizada
pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que coordenava os debates para alterações na
legislação com comissões e grupos formados por representantes do governo, empregadores e
empregados.
As medidas de Biossegurança envolvem diferentes riscos e podem prevenir danos ergonômicos,
químicos, psicológicos e biológicos, por exemplo.

Em 2019, o Governo Federal anunciou a extinção do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),


criado em 1930. Com isso, as pastas foram divididas e passaram a ser responsabilidade do
Ministério da Economia, do Ministério da Cidadania e do Ministério da Justiça e Segurança
Pública. Assim, esses ministérios são agora os órgãos que devem fiscalizar e alterar as Normas
Regulamentadoras junto à comissão tripartite de saúde e segurança no trabalho, formada por
representantes do Governo, das áreas de Previdência Social, Trabalho e Emprego e Saúde de
representantes dos trabalhadores e dos empregadores.

Em 8 de Julho de 1978, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com o objetivo de padronizar,


fiscalizar e fornecer orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e à
medicina do trabalho, aprovou, na época, 28 Normas Regulamentadoras (NRs) que tratam do
assunto. Como citado anteriormente, até o momento já são 37 normas.

A ação foi feita considerando o disposto no artigo 200, da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), com redação dada pela Lei n.º 6.514, de 22 de dezembro de 1977.

Todas as normas devem ser seguidas à risca, caso contrário a companhia pode sofrer sérias
consequências. Elas variam desde ações reclamatórias e ações civis públicas até o pagamento de
multas e despesas com tratamentos médicos:

 Responsabilidade Administrativa;
 Responsabilidade Trabalhista;
 Responsabilidade Previdenciária;
 Responsabilidade Civil;
 Responsabilidade Tributária;
 Responsabilidade Criminal.

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