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As transformações químicas são chamadas reações químicas, estas são constituídas por reagentes
se transformando em produtos. Existem algumas leis de transformação.
A primeira destas leis é a Lei da Conservação das Massas, (enunciada por A. L. Lavoisier em 1774) e
a segunda é a Lei das Proporções Definidas. (também chamada Lei da Composição Definida).
Pode-se concluir que o sólido preto (sulfeto ferroso) produzido tem propriedades que o diferenciam do
Ferro e Enxofre, surgiu uma nova espécie de matéria. Tal processo recebe o nome de transformação
química.
Um fato de grande importância na observação das transformações químicas e físicas é que matéria e
energia estão intimamente relacionadas. Essas transformações acontecem com liberação ou
absorção de energia, por exemplo, a Energia Luminosa é absorvida na fotossíntese dos vegetais e
liberada na queima de uma vela; a Energia Elétrica é liberada em uma pilha e absorvida na recarga
de uma bateria de automóvel.
Como mencionado, a energia pode ser transformada em outra, da mesma forma que uma substância
química também pode ser transformada em interconversão de energia. Veja os exemplos:
Em uma reação química, pode haver liberação de Energia Luminosa, Elétrica, Térmica, entre outras.
• Na combustão completa da gasolina, álcool e óleo diesel são liberados gás carbônico, vapor de
água e Energia Térmica. A Energia Térmica é utilizada para mover motores de carros, caminhões,
tratores.
• A energia liberada na combustão do Hidrogênio com o Oxigênio, produzindo água, é utilizada para
mover os ônibus espaciais.
• A energia liberada na combustão em forma de calor pode ser medida em calorias ou em Joule.
Transformações Químicas
Transformações químicas são ações que resultam na formação de novas substâncias. Diferenciam-
se das transformações físicas pelo fato de que as transformações físicas apenas alteram estado e as
substâncias continuam sendo as mesmas.
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TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E ENERGIA
Produto é a nova substância, enquanto reagente é a substância que lhe dá origem, ou seja, a
substância inicial.
Tipos de Transformações
As transformações químicas podem acontecer das seguintes formas: por junção de substâncias, por
ação da luz, por ação do calor, por ação mecânica e por ação da corrente elétrica.
Esse tipo de transformação decorre da mistura de substâncias. Como exemplo podemos citar a
mistura de iodeto de potássio com nitrato de chumbo, o que resulta no produto iodeto de potássio.
A ação de obter glicose através da luz do Sol é um processo que acontece a partir dos reagentes
dióxido de carbono e da água. Como produto, são obtidos oxigênio e matéria orgânica.
Também chamada de termólise, o exemplo mais simples de transformação química por ação do calor
que pode ser citado é o cozimento de alimentos.
É através do calor do fogo que a maior parte dos alimentos são transformados e podem ser
consumidos.
A transformação química por ação mecânica é aquela que acontece quando há atrito entre as
substâncias, tal como a explosão por dinamite.
No processo de obtenção do alumínio, que passa por três etapas (mineração, refinaria e redução), a
eletrólise é utilizada na redução.
Se observarmos bem, podemos afirmar com toda certeza que a vida na Terra está diretamente ligada
a uma forma de energia necessária para a sobrevivência de todos os seres vivos. Essa forma de
energia é conhecida como calor. De fato, vemos que o Sol aquece nosso planeta na medida exata a
fim de garantir que as diversas formas de vida sejam preservadas. Mas e se a Terra estivesse um
pouco mais distante ou um pouco mais perto do Sol, o que aconteceria? Se isso acontecesse, talvez
a história sobre a sobrevivência na Terra seria outra, ou talvez nem houvesse vida.
Em nossos estudos relacionados à Termodinâmica, vimos que quando colocamos dois corpos de
temperaturas diferentes (um corpo frio e um corpo quente) em um mesmo recipiente, isolado do meio,
com o decorrer do tempo, perceberemos que as temperaturas irão se igualar. Esse fato acontece pois
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um corpo de maior temperatura, ou seja, maior agitação térmica, transfere calor para o corpo de
menor temperatura, ou seja, transfere energia térmica.
A energia térmica em movimento (trânsito), provocada pela diferença de temperatura entre dois
corpos, é denominada calor.
Em Física sempre fazemos uso das unidades de medida, que na verdade são usadas para
caracterizar uma grandeza física, portanto, quando se trata de energia (calor) a unidade de medida
que utilizaremos é o joule, representado pela letra J maiúscula ou podemos usar também a caloria
(cal). O valor entre essas duas unidades ficou definida da seguinte maneira:
Energia térmica
Energia térmica é a manifestação de energia na forma de calor. Em todos os átomos materiais que
formam as moléculas estão em constante movimento, quer em movimento ou vibração. Este
movimento implica que os átomos têm uma certa energia cinética que chamamos de calor, energia
térmica ou energia térmica.
Se a temperatura é aumentada para um elemento aumenta a sua energia térmica; mas desde que a
energia térmica de um corpo é aumentada quando a temperatura aumenta nas mudanças de fase (de
líquido para gás, por exemplo) a temperatura é mantida. Por exemplo, para aquecer uma panela de
água, pouco a pouco estamos a dar energia térmica e aumenta a sua temperatura, mas quando se
chega a 100 ° C (temperatura de ebulição) a energia térmica fornecida a você a partir deste momento
é usado para a mudança fase (líquido para gás, ou seja, o vapor de água), mas a não aumentar a
sua temperatura.
A energia térmica pode ser transmitida de um corpo para outro de acordo com as leis
da termodinâmica em três modos diferentes:
A transferência de energia térmica por condução é experiente quando um corpo quente está em
contato físico com um corpo mais frio. A energia é sempre transmitida a partir do corpo quente para o
corpo frio. Se ambos os corpos estão à mesma temperatura, sem transferência de energia. Quando
tocamos um pedaço de gelo com parte da mão da energia térmica é transferida de nossa mão ao
gelo, assim que nós sentimos frio.
A transmissão de energia térmica por convecção ocorre quando as moléculas quentes para trás em
movimento. Vento seria o caso, capaz de se mover moléculas com alguma energia de calor a partir
de um lado para o outro.
As unidades de medição de energia térmica são as mesmas unidades usadas para medir a energia
como já não uma forma de energia.
A energia é medida em Joules (J) de acordo com o sistema internacional. Embora, quando se trata de
calor de energia é também muitas vezes utilizar as calorias (CAL). Uma caloria é a quantidade de
energia necessária para elevar um grama de graus celsius água. Uma caloria é igual a 4,18 joules.
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Calores de reação
Calor de reação corresponde à variação de entalpia (calor absorvido) observada em uma reação, e
sua classificação depende do tipo de reação decorrente:
Exemplos:
Calor de fusão: corresponde à variação de entalpia na fusão total de 1 mol da substância, à pressão
de 1 atm.
Calor de neutralização: é o calor absorvido na neutralização de 1 mol de H+ (aq) com 1 mol de OH-,
estando ambos em soluções diluídas.
Entalpia
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TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E ENERGIA
Entalpia (H) é a quantidade de energia que se encontra nas substâncias e que pode ser alterada
mediante reações químicas. Essas reações podem ser exotérmicas (aquelas que liberam calor) ou
endotérmicas (aquelas que absorvem calor).
Variação de Entalpia
Não é possível calcular a energia contida em uma substância, mas sim a variação da entalpia
mediante as suas reações.
Para esse cálculo foi estabelecida a entalpia padrão, que é igual a zero (H = 0). Nessa forma padrão,
as substâncias podem ser comparadas pois se encontram a uma temperatura de 25º C sob a pressão
atmosférica de 1atm.
De acordo com a Lei de Hess, a variação da entalpia é a entalpia final (depois da reação) menos a
entalpia inicial (antes da reação):
ΔH = Hf – Hi
É o mesmo que dizer que a variação da entalpia resulta da diferença entre a entalpia do produto e a
entalpia do reagente.
ΔH = Hp – Hr
Onde,
ΔH = variação de entalpia
Hp = entalpia do produto
Hr = entalpia do reagente
De acordo com a fórmula, a variação da entalpia é positiva quando a entalpia do produto é maior do
que a entalpia do reagente. Isso indica a ocorrência de uma reação endotérmica, pois nesse caso
houve absorção de calor.
Por outro lado, a variação é negativa quando a entalpia maior é a entalpia do reagente, o que indica a
ocorrência de uma reação exotérmica. As reações exotérmicas liberam calor.
Tipos de Entalpia
• Entalpia de formação: é a energia que resulta de uma reação química endotérmica ou exotérmica
de uma substância, a qual é calculada considerando a entalpia padrão.
• Entalpia de combustão: é a liberação de energia. Ela é sempre fruto de uma reação exotérmica.
Enquanto a entalpia mede a energia, a entropia mede a desordenação das reações químicas.
Equações Termoquímicas
1- Substâncias que reagem do lado esquerdo da seta e substâncias que são produzidas do lado
direito da seta. Cada substância deve vir acompanhada do seu respectivo coeficiente
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2- A equação termoquímica deve apresentar a quantidade de calor que foi perdida ou absorvida.
Esse “calor de reação” é indicado pela variação da entalpia, que é simbolizada por ΔH. Os valores
das variações de entalpia são exclusivos para cada reação e costumam ser determinados
experimentalmente. Podemos dizer que esse é o aspecto mais importante que deve aparecer nas
equações termoquímicas, que ficam com o seguinte esquema:
Por exemplo, para que 1 mol de água sólida sofra fusão, ou seja, passe do estado sólido para o
líquido, é preciso que ela absorva 7,3 kJ, o que poderia ser expresso da seguinte forma:
É interessante observar que o processo contrário, que é a solidificação (passagem da água líquida
para o estado sólido), ocorre com a liberação dessa mesma quantidade de energia. Esse processo é
expresso da seguinte forma:
Isso nos informa três aspectos importantes que precisamos saber sobre as equações termoquímicas:
2.1 - Se o valor da variação da entalpia é positivo (ΔH > 0), a reação é endotérmica, ou seja, ocorre
com absorção de calor., Mas se o valor da variação da entalpia é negativo (ΔH < 0), a reação é
exotérmica, ou seja, ocorre com liberação de calor.
2.2 - Quando escrevemos uma equação termoquímica, precisamos indicar a fase de agregação ou
estado físico em que se encontram as substâncias participantes da reação. Isso é indicado pelos
seguintes símbolos que aparecem subscritos no lado direito da substância:
sólido: (s);
líquido: (l);
gasoso: (g);
vapor: (v);
solução aquosa: (aq).
É preciso indicar também a estrutura cristalina ou variedade alotrópica*. Por exemplo: C(grafite),
C(diamante), S8(monoclínico) e S8(rômbico).
3 - Visto que o ΔH varia em função da temperatura e da pressão, é preciso também indicar em quais
condições a reação ocorreu. Se essas informações não aparecerem na equação termoquímica, é
porque os valores de ΔH foram medidos nas condições-padrão, ou seja, na temperatura de 25ºC (298
K) e à pressão de 1 atm.
Por exemplo, considere a reação de formação de 1 mol de gás carbônico a partir de 1 mol de grafita
com 1 mol de gás oxigênio e liberação de 394 kJ de energia. A equação termoquímica que
representa essa reação química é dada por:
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Observe que o valor de ΔH foi dado em kJ por mol, ou seja, é a energia liberada quando apenas 1
mol reage. Veja mais um exemplo:
A equação termoquímica que representa essa equação pode ser expressa por:
Quando 2 mol de NH4NO3(s) reagiram, foram liberados 411,2 kJ de energia. Então, para 1 mol de
NH4NO3(s), será liberada a metade de 411,2, isto é, 205,6.
Por outro lado, se reduzirmos a quantidade de matéria dos reagentes à metade, os produtos e a
energia liberada também diminuirão proporcionalmente:
ou
5 - Quando todos os participantes de uma reação estão no estado padrão, ou seja, na forma
alotrópica mais estável, a 1 atm e a 25ºC, a variação de entalpia é indicada por ΔH0 (variação de
entalpia-padrão).
Lei de Hess
Proposta em 1840 pelo químico Germain Henry Hess, a Lei de Hess foi elaborada através de estudos
experimentais onde Hess percebeu que a energia liberada por uma reação química não depende da
forma com que a reação foi realizada, mas apenas de seu estado inicial e final. Essa observação foi
importante na época, pois permitia que reações difíceis de serem estudadas tivessem seus valores de
variação de energia calculados.
O calor de uma reação química sob pressão constante é expresso como a variação de entalpia do
sistema. Logo, podemos escrever:
Por convenção quando a variação de entalpia é negativa a reação libera calor e é chamada
exotérmica, caso a variação de entalpia seja positiva a reação é endotérmica, absorvendo calor. Uma
vez que a entalpia é uma função de estado ela depende apenas dos estados iniciais e finais do
sistema e não do caminho que este percorreu. Sabemos hoje então, que a lei de Hess é uma
consequência da entalpia ser uma função de estado e da conservação de energia.
A+2B → P ΔHI
Imagine que existam duas formas de realizar essa reação, a primeira forma direta como mostrada
acima e a segunda através de um intermediário C:
A+B → C ΔHII
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TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E ENERGIA
B+C → P ΔHIII
Segundo a lei de Hess a variação de entalpia total nos dois casos deve ser igual, pois os estados
iniciais e finais são os mesmos. Logo concluímos que:
Perceba que podemos somar reações químicas para obter uma nova reação. Da mesma forma
podemos somar entalpias para obter uma entalpia total. É possível também inverter uma reação,
mudando o sinal de ΔH. Como exemplo, considere as seguintes reações de combustão:
C+12O2→CO
ΔH = -110 kJ/mol
CO+12O2→CO2
ΔH = -283 kJ/mol
C+12O2+CO+12O2→CO+CO2
Simplifica-se a expressão removendo compostos que aparecem tanto nos produtos quanto nos
reagentes e somando os coeficientes dos que aparecem duplicados no mesmo lado:
C+O2→CO2
ΔH = -393 kJ/mol
Em química existem infinitas reações que podem ser estudadas. Ao invés de criar tabelas de ΔH para
várias reações definiu-se o conceito de entalpia padrão de formação. A entalpia padrão de formação
de um composto é a variação de entalpia envolvida na formação dessa substância, em condições
padrão, partindo de seus elementos em suas formas mais comuns. As reações de formação de
algumas substâncias são apresentadas a seguir.
Ca+12O2→CaO
H2+S+2O2→H2SO4
2C+3H2+12O2→C2H5OH
Reações de oxirredução
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TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E ENERGIA
Ao mesmo tempo que um elemento cede elétrons, outro irá recebê-los. Assim, o número total de
elétrons recebidos é igual ao total de elétrons perdidos.
Exemplos
• Agente Redutor: Aquele que sofre oxidação, provoca a redução e aumenta o seu número de nox. É
o que perde elétrons.
• Agente Oxidante: Aquele que sofre redução, provoca a oxidação e diminuiu o seu número de nox. É
o que ganha elétrons.
Essa condição é relacionada com a eletronegatividade, que é a tendência que alguns elementos
apresentam para receber elétrons.
1. Observe o primeiro exemplo, note que na reação entre o Ferro e o Cloro ocorre mudança do
número de oxidação. O Cloro por ser mais eletronegativo ganha elétrons:
2. Reação entre o Ferro e o Oxigênio. O oxigênio é mais eletronegativo e acaba por receber elétrons
e diminuindo o seu número de oxidação.
As reações de oxirredução são aquelas em que ocorre transferência de elétrons de uma espécie
química para outra, sendo que o átomo ou íon que recebe elétrons tem a sua carga ou número de
oxidação (Nox) diminuido, e dizemos que ele sofreu uma redução. Por outro lado, a espécie que
perde os elétrons, sofre oxidação, tendo o seu Nox aumentado.
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Se você tem alguma dúvida sobre como determinar o Nox de um elemento na substância, leia o
texto Número de Oxidação (Nox).
Agora, vejamos um exemplo para visualizar como fazer isso. Abaixo temos a reação de oxirredução
entre o cobre metálico e o nitrato de hidrogênio, com produção de nitrato de cobre II, monóxido de
nitrogênio e água:
Observe que o Cu teve seu Nox aumentado de zero para +2, o que significa que ele é a espécie que
sofreu oxidação. Já o N é o que sofreu redução, pois o seu Nox diminuiu de +5 para +2.
2º passo - Determinar a variação do Nox (ΔNox) para verificar o número de elétrons transferidos:
Cu = ΔNox = 2 – 0 = 2
N = ΔNox = 5 – 2 = 3
Observação importante: Os valores encontrados para os ΔNox permanecem estes porque nas
substâncias existem apenas um átomo de nitrogênio e de cobre. Mas, se fosse mais de dois átomos
teríamos que levar isso em consideração.
Por exemplo, considere a seguinte oxidação: C2O42- → CO2. Aqui, o carbono teve seu Nox
aumentado de +3 para + 4, e o? Nox daria igual a 1. Mas temos que todo carbono presente em
C2O42- se oxidou, ou seja, cada átomo de carbono perdeu 1 elétron. Como em C2O42- existem 2
átomos de carbono, então, o número total de elétrons perdidos é igual a 2.
Visto que o ΔNox do Cu deu 2, então esse será o coeficiente da substância que contém o N, que no
primeiro membro é o HNO3 e no segundo membro da equação é o NO. E visto que ΔNox do N deu 3,
então esse será o coeficiente da substância que contém o Cu, que no primeiro membro é o Cu e no
segundo membro da equação é o Cu(NO3)2.
Observe que, assim, o número total de elétrons perdidos é igual ao número total de elétrons
recebidos:
Observação importante: Nesse caso, todas as substâncias envolvidas contêm a mesma quantidade
de átomos de Cu e de N. Porém, se acontecer de essa quantidade for diferente, nós devemos
escolher o membro que tiver a maior quantidade de átomos que sofrem redução e oxidação.
Aqui nós vamos escolher trabalhar com as substâncias do segundo membro, porque é o maior
numero de substancias.
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* Se no segundo membro temos 3 Cu, esse será seu coeficiente no primeiro membro. E no segundo
membro temos 8 N (lembre-se de multiplicar o índice pelo coeficiente em cada substância e depois
somar com o que tiver nas outras substâncias), então esse será o coeficiente de HNO3 no primeiro
membro.
Por fim, vamos verificar se o balanceamento está correto vendo se a quantidade de átomos de
oxigênios é igual nos dois membros:
Potencial de Redução
A espontaneidade de uma reação redox depende da tendência de um dos reagentes receber elétrons
em relação ao outro. Por exemplo se um reagente A tem uma maior tendência em receber elétrons,
ou seja, é um agente oxidante mais forte, que o reagente B, podemos prever uma reação redox onde
A oxida o reagente B. Esse tipo de análise pode ser utilizado para determinar se uma reação redox
ocorrerá espontaneamente ou não.
O potencial de uma semi-reação é utilizado para medir essa tendência das substâncias em serem
oxidadas ou reduzidas, entretanto uma vez que essa grandeza é relativa ela deve ser medida em
relação a um referencial. No caso dos potenciais de redução é, por convenção, utilizado o potencial
do hidrogênio como referência, sendo este estabelecido como zero. Podemos escrever para o
hidrogênio:
2H+(aq)+2e−⟶H2(g)Eo=0,00V
O eletrodo desenvolvido para produzir essa semi reação é o eletrodo padrão de hidrogênio (EPH).
Outras semirreações tem seus potenciais avaliados em relação ao EPH. Por exemplo:
F2(g)+2e−⟶2F−(aq)Eo=+2,87V
Cu2+(aq)+2e−⟶Cu(s)Eo=+0,34V
Zn2+(aq)+2e−⟶Zn(s)Eo=−0,76V
Onde um valor positivo indica que a semi-reação é favorável em relação à referência. Por exemplo a
redução do flúor (F) tem uma energia E = +2,87 V em relação à hidrogênio (H), logo o flúor é capaz
de oxidar hidrogênio molecular para formar fluoreto e íons de hidrogênio. A reação completa será:
F2(g)+H2(g)⟶2F−(aq)+2H+(aq)
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Podemos fazer uma análise semelhante para qualquer par de reagentes. Para isso basta calcular a
diferença de potencial da reação entre eles utilizando o potencial de redução padrão:
E=Ered−Eoxi
Onde Ered é o potencial padrão de redução da espécie sendo reduzida e Eoxi é o potencial padrão
de redução da espécie sendo oxidada. Por exemplo, o potencial de uma reação onde o cobre é
reduzido e o zinco é oxidado é:
E=+0,34V−(−0,76V)=1,10V
Cu2+(aq)+Zn(s)⟶Cu(s)+Zn2+(aq)Eo=+1,1V
Observe que se invertermos o agente redutor e oxidante o sinal do potencial muda. Nesse caso, se o
zinco fosse o agente oxidante o potencial seria -1,10 V indicando que a reação não ocorre
espontaneamente.
Cu(s)+Zn2+(aq)⟶Cu2+(aq)+Zn(s)Eo=−1,1V
Cada metal possui uma capacidade própria de doar elétrons, diferente da capacidade de outros
metais. Essa diferença de reatividade pode ser vista, por exemplo, ao compararmos a oxidação do
ferro e a do ouro. O ferro se oxida facilmente com o ar, enferrujando ao longo do tempo; já o ouro
dificilmente se oxida.
Por essa grande resistência às substâncias corrosivas, o ouro é indicado para obturações ou para
implantes de dentes; pois ele resiste à corrosão de substâncias presentes na saliva. Além disso,
sarcófagos das múmias dos faraós que datam de 1400 a.C. foram recobertos por ouro e podem ser
vistos assim até hoje.
Isso também pode ser visualizado quando analisamos pilhas de diferentes metais. Por exemplo,
observe duas pilhas diferentes em que se utiliza o mesmo eletrodo de cobre (placa de cobre
mergulhada em um recipiente contendo uma solução de sulfato de cobre (CuSO4)):
Na primeira pilha (à esquerda), o eletrodo de zinco está agindo como ânion (polo negativo da pilha),
pois ele está oxidando e assim doando elétrons para o cobre, que é o cátodo (polo positivo), e que
está reduzindo. Isso é mostrado pelas semirreações que ocorrem nessa pilha e por sua reação
global, escritas abaixo:
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TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E ENERGIA
Já no segundo caso, o cobre está funcionando como o ânodo, pois dessa vez é ele quem está
doando elétrons para o eletrodo de prata. A prata, portanto, é o cátodo que está recebendo os
elétrons:
Isso nos ajuda a perceber que o zinco é o que tem mais facilidade para oxidar-se em relação ao
cobre e à prata. Já a prata é a que tem mais facilidade para se reduzir. Assim, o potencial de redução
(Ered)* ou potencial-padrão de redução (E0red) desses três elementos segue a seguinte ordem
crescente:
Assim, se quisermos saber se um determinado metal irá oxidar-se ou se seus íons serão reduzidos
em uma pilha, é necessário primeiro verificar qual é o outro metal presente nessa pilha.
O potencial de redução possui o mesmo valor do potencial de oxidação, porém com sinais opostos.
Abaixo listamos uma tabela com os potenciais de redução de alguns metais:
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TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E ENERGIA
Eletrólise
Uma pilha é um sistema eletroquímico espontâneo que gera energia elétrica a partir de energia
química.
A eletrólise, porém, é exatamente o contrário da pilha, pois se trata de um processo não espontâneo
que converte a energia elétrica em energia química.
A eletrólise é muito utilizada na indústria, pois por meio dela é possível isolar algumas substâncias
fundamentais para muitos processos de produção, como o alumínio, o cloro, o hidróxido de sódio, etc.
Além disso, também é um processo que purifica e protege (revestimento) vários metais.
A eletrólise se dá apenas com fornecimento de energia por meio de um gerador, como uma pilha, por
exemplo. Para entender como ela acontece, observe o esquema a seguir:
O gerador “puxa” os elétrons do polo positivo (ânodo) da cuba eletrolítica e os transfere para o polo
negativo (cátodo). Isso é mostrado pelas semirreações:
1ª Semirreação: o gerador atrai os ânions A- para o polo positivo e os força a perder elétrons:
A- A0 + elétron
C+ + elétron C0
Existem dois tipos principais de eletrólise: a eletrólise ígnea e a eletrólise aquosa. Entenda a
diferença entre elas a seguir:
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TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E ENERGIA
• Eletrólise Ígnea: ocorre quando a passagem de corrente elétrica se dá em uma substância iônica
liquefeita, isto é, fundida. Daí a origem do nome “ígnea”, uma palavra que vem do latim, ígneus, que
significa inflamado, ardente.
Esse tipo de reação é muito utilizado na indústria, principalmente para a produção de metais. Veja o
exemplo de eletrólise do NaCl (cloreto de sódio – sal de cozinha), com produção do sódio metálico e
do gás cloro:
• Eletrólise Aquosa: nesse caso, fazem parte os íons da substância dissolvida (soluto) e da água. Na
eletrólise do cloreto de sódio em meio aquoso são produzidos a soda cáustica (NaOH), o gás
hidrogênio (H2) e o gás cloro (Cl2). Note como se dá:
Observe que foram formados dois cátions (Na+ e H+) e dois ânions (Cl- e OH-). Porém, apenas um
cátion (H+) e um ânion (Cl-) sofreram as descargas do eletrodo, os outros íons foram apenas
espectadores nessa eletrólise.
Isso ocorre em todas as eletrólises em meio aquoso: apenas um dos cátions e um dos ânions são
participantes. Para determinarmos quais serão os participantes e quais serão os espectadores, existe
uma ordem de facilidade de descarga, conforme mostrado na lista abaixo:
Desse modo, consultando a lista, vemos que o cátion H+ tem mais facilidade de descarga que o
Na+ que é um metal alcalino. E, com respeito aos ânions, o Cl- é um ânion não oxigenado e mais
reativo que OH-.
Aplicações da Eletrólise
Muitos materiais e compostos químicos são produzidos a partir do processo de eletrólise, por
exemplo:
• alumínio e cobre
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TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E ENERGIA
• panela de pressão
Leis da Eletrólise
As Leis da Eletrólise foram desenvolvidas pelo físico e químico inglês Michael de Faraday (1791-
1867). Ambas as leis regem os aspectos quantitativos da eletrólise.
Q=i.t
Onde,
“As massas de vários elementos, quando depositadas durante a eletrólise pela mesma quantidade de
eletricidade são diretamente proporcionais aos respectivos equivalentes químicos”.
M=K.E
Onde,
M: massa da substância
K: constante de proporcionalidade
E: equivalente-grama da substância
Classificação
Eletrólise Ígnea
A eletrólise ígnea é aquela que se processa a partir de um eletrólito fundido, ou seja, pelo processo
de fusão. Como exemplo, vamos usar o NaCl (Cloreto de Sódio). Quando aquecemos a substância a
808 °C, ele se funde e os íons presentes (Na+ e Cl-) passam a ter maior liberdade de movimento, no
estado líquido.
Quando a corrente elétrica passa na célula eletrolítica, os cátions de Na+ são atraídos pelo polo
negativo, chamado de catodo. Já os ânions de Cl-, são atraídos pelo polo positivo, ou o anodo. No
caso do Na+ ocorre uma reação de redução, enquanto no Cl-, ocorre uma reação de oxidação.
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TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E ENERGIA
Eletrólise Aquosa
Na eletrólise aquosa, o solvente ionizante utilizado é a água. Em solução aquosa, a eletrólise pode
ser realizada com eletrodos invertes ou eletrodos ativos (ou reativos).
H2O ↔ H+ + OH-
Assim, os cátions H+ e Na+ podem ser descarregados no polo negativo, enquanto os ânions OH- e
Cl- podem ser descarregados no polo positivo.
Nos cátions ocorrem uma reação de redução (redução catódica), enquanto nos ânions, uma reação
de oxidação (oxidação anódica).
A partir disso, podemos concluir que as moléculas de NaOH permanecem em solução, enquanto o
H2 é liberado no polo negativo e o Cl2, no polo positivo.
Eletrodos Ativos: nesse caso, os eletrodos ativos participam da eletrólise, no entanto, sofrem uma
corrosão.
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TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E ENERGIA
Isso ocorre pois de acordo com os potenciais-padrão dos eletrodos, a corrente elétrica tem mais
facilidade em retirar os elétrons do Cu0 do que do SO 2-4 ou do OH-.
2e- + Cu2+ → Cu
Cu → Cu2+ +2e-
Por fim, ao somarmos as duas equações de eletrólise temos como resultado o zero.
• Reações Químicas
• Reações de oxirredução
Pilha e Eletrólise
Leis da Eletrólise
As leis que regem a eletrólise são as leis que relacionam as massas das substâncias produzidas nos
eletrodos e as quantidades de energia gastas na eletrólise. Essas leis foram estabelecidas pelo físico-
químico inglês Michael Faraday, em 1834.
Onde:
m = massa da substância
k = constante de proporcionalidade
Q = carga elétrica (Coulomb)
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TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E ENERGIA
Onde:
Q = carga elétrica (C)
i = intensidade da corrente elétrica (A)
t = tempo (s)
1 Faraday
- É a carga elétrica que produz um equivalente-grama de qualquer elemento em uma eletrólise.
- Equivale aproximadamente a 96.500 Coulomb
- Equivale a carga de um mol (6,02.1023) de elétrons ou de prótons.
Reações Nucleares
Usualmente, as reações nucleares são produzidas bombardeando-se um núcleo alvo com um projétil
que pode ser algum tipo de partícula ou núcleo pequeno, de modo que a repulsão coulombiana não
se torne um obstáculo muito grande. As reações que envolvem energias não muito grandes ocorrem
em duas fases. Na primeira fase, o núcleo alvo e o projétil se agrupam, formando o que se chama de
núcleo composto num estado altamente excitado. Na segunda fase, o núcleo composto decai por
qualquer processo que não viole os princípios de conservação.
Por exemplo, uma partícula a com uma energia cinética de cerca de 7 MeV colide com um núcleo de
nitrogênio 14. O resultado é um núcleo composto que consiste de todos os núcleons da partícula a e
do nitrogênio 14 num estado altamente excitado. Esse núcleo composto, sendo constituído de 9
prótons, é um núcleo de fluor. Como esse núcleo composto está num estado altamente excitado,
pode-se esperar que ele emita uma partícula (ou um fóton) no processo de passagem a um estado
menos excitado ou ao estado fundamental do núcleo filho.
Essas reações são interessantes porque produzem prótons e nêutrons com grandes energias
cinéticas. Por outro lado, as partículas a de fontes radioativas naturais são efetivas para produzir
transformações nucleares apenas em núcleos com números atômicos menores que Z = 19
(correspondente ao potássio) devido à intensidade da repulsão coulombiana entre essas partículas a
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e os núcleos atômicos alvo. Nêutrons, ao contrário, podem penetrar, em princípio, qualquer núcleo, já
que não são repelidos pelos prótons.
Reações artificiais
Os núcleos radioativos artificiais são produzidos por reações nucleares. Os elementos transurânicos,
em particular, são normalmente produzidos pela captura de nêutrons seguida de decaimento b-.
Por outro lado, o que se chama de espalhamento é a reação nuclear em que projétil e partícula
liberada são a mesma partícula. O espalhamento é elástico quando, durante o processo, não varia a
energia cinética da partícula, e inelástico, caso contrário.
Fissão nuclear
A fissão é a divisão do núcleo de um átomo, pelo bombardeamento com nêutrons, em dois núcleos
menores com liberação de grande quantidade de energia.
Em 1934, o físico italiano Enrico Fermi, descobriu como liberar energia armazenada nos núcleos dos
átomos, através da reação de fissão nuclear em cadeia. Em 1938, Hahn e Strassmann, repetindo a
mesma experiência, constataram a existência de bário-142 entre os produtos obtidos. No mesmo ano,
Meitner e Frisch explicaram o fenômeno admitindo a quebra ou fissão ou desintegração do átomo de
urânio-235.
Fusão nuclear
A fusão nuclear é o processo pelo qual átomos menores (hidrogênio 1H1, deutério 1H2, etc.) são
agregados, produzindo átomos maiores (trítio 1H3, hélio 2He3 ou hélio 2He4) com liberação de
grande quantidade de energia. Reações desse tipo ocorrem no Sol e estrelas.
É muito difícil se fazer aqui na Terra a fusão nuclear devido a exigência de temperaturas elevadíssima
(300 000 000ºC) e de recipientes capazes de suportar essa temperatura, o que seria ideal pois não
deixa rejeitos radioativos como na fissão.
Essa façanha só foi realizada, até hoje, nas bombas de hidrogênio com o auxílio de uma bomba
atômica que, ao explodir, fornece a temperatura necessária para a fusão do hidrogênio. Em outras
palavras, a bomba atômica funciona como espoleta da bomba de hidrogênio; desse modo, são
conseguidas explosões de até 500 megatons (2,092 x 1018 J), o que equivale a energia liberada pela
explosão de 500.000.000 toneladas de TNT.
A primeira bomba de hidrogênio foi construída por Edward Teller e seus colaboradores e explodiu em
1952.
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TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E ENERGIA
Conceitos básicos:
- Matéria: tudo que ocupa lugar no espaço e possui massa. É a energia condensada (E = mc2).
- Corpo: uma porção da matéria.
- Objeto: uma porção da matéria transformada em algo útil.
- Energia: propriedade que confere aos corpos a capacidade de realizar trabalho. Todo sistema
possui energia, seja ela mecânica, elétrica, magnética, química ou outra qualquer, assim concluímos
que todos podem, sob determinadas condições, realizar trabalho.
- Trabalho: fenômeno que se observa quando a energia de um sistema se transforma ou é transmitida
a outro sistema. As unidades de energia e trabalho são as mesmas.
a) Joule (J): definido como sendo o trabalho executado por uma força de 1N ao mover uma massa
num percurso de 1 m.
b) Coulomb (C): é a quantidade de carga que escoa de um condutor, quando ele passa por uma
corrente de 1 ampère.
c) Unidade erg: equivale ao trabalho de uma força de 1 quando desloca uma massa qualquer por um
percurso de 1 cm.
d) Elétron-Volt (eV): bem como seus múltiplos (KeV, MeV, GeV), como medida de energia de uma
radiação. Elétron-Volt é a quantidade de energia cinética adquirida por um elétron, que é acelerado a
partir do repouso, por uma diferença de potencial de 1V.
- Fissão nuclear: Em 1938, Otto Hanh, Lise Meitner e Fritz Strassmann comprovaram a presença de
Ba 139 após o bombardeamento, com nêutrons, de uma placa de U-235. Esses átomos menores
foram formados em divisões (fissões) dos núcleos pesados de urânio, liberando uma quantidade
enorme de energia.
- Uma reação nuclear de fissão ou reação em cadeia ocorre quando um Nêutron rápido, não muito
rápido (relativístico), penetra o núcleo do átomo, provocando transformações intermediárias.
No ato da quebra do núcleo existe a chance de formarem-se centenas de outros elementos, todos
radioativos, como Césio, etc. liberando nêutros e energia, além de partículas alfa, beta, gama, etc. de
baixa energia. Fragmentos da fissão de 166 MeV, partículas beta e neutros rápidos 18 MeV, raios
gama 10 MeV, nêutros térmicos 6 MeV, totalizando 200 MeV liberados pela reação de fissão do U
235. Esta unidade (ev) é usada em física nuclear como Elétron-Volt e representa a energia, trabalho,
no elétron, cuja carga é 1,6 x 10-19 (coulombs) quando este se desloca a uma velocidade constante
por meio da diferença de potencial de um volt.
- Tensão - Kilovoltagem (kV); diferença de potencial (ou “potencial para aumentar a energia dos
elétrons”). Elétrons com mais energia adquirida por meio de kV mais alto produzem raios-X mais
penetrantes e em maior quantidade.
- Corrente - Miliamperagem (mA); quantidade ou número de elétrons que passam a cada segundo do
catodo para o ânodo.
- Tempo de exposição (s); duração do pulso
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- Luz; a parte visível do espectro eletromagnético, que compreende desde os raios ??até as ondas
longas de rádio.
Os limites dos intervalos de comprimento de onda das diferentes cores do espectro da luz visível são
arbitrários, as cores passam umas para as outras gradualmente. Na retina humana chegam
simultaneamente ondas com comprimentos de onda de 3900 a 7700 Å, o cérebro interpreta essa
radiação como sendo luz branca. Em outras palavras, a luz branca é a mistura de todas as cores do
espectro da luz visível.
A onda viaja a uma velocidade constante chamada de “velocidade da luz, c”, que é de
aproximadamente 3 X 108 m.s-2, um campo eletromagnético possui dois componentes, um campo
elétrico que age sobre as cargas das partículas (tanto estacionárias quanto em movimento) e um
campo magnético que age apenas sobre partículas carregadas em movimento.
O número de ondas pode ser interpretado como o número inteiro de comprimentos de onda em um
dado intervalo de comprimento físico. Números de onda são normalmente reportados como
centímetros recíprocos (cm-1); assim, um número de ondas de 5 cm-1 indica que existem 5
comprimentos de onda completos em um centímetro. As relações E = hv e v = cv' podem ser
combinadas para converter energia em números de onda.
A intensidade da radiação é determinada pelo número de fótons no raio: um raio intenso apresenta
um grande número de fótons; um raio fraco apresenta um pequeno número de fótons. O olho humano
pode responder ao estímulo de um único fóton; uma lâmpada com potência de 100 W (1 watt = 1 Js-
1) gera em torno de 1019 fótons por segundo, mas mesmo assim leva muitas horas para gerar um
único mol de fótons. A energia de cada fóton é determinada por sua unidade de frequência de acordo
com a equação E = hni.
- Amplitude
- Comprimento de onda
- Período
A amplitude da onda está relacionada com a sua intensidade. O comprimento de onda e o período
estão relacionados com a repetição no espaço e no tempo.
Fusão Nuclear
Fusão Nuclear é a junção de átomos que têm núcleos leves. Da junção desses átomos, resulta
um átomo com núcleo mais pesado.
Submetidos a uma temperatura bastante elevada (cerca de 10 milhões de graus Celsius), o deutério
(H2) e o trítio (H3), que são isótopos de hidrogênio (H), se unem. Dessa união resulta a liberação de
uma grande quantidade de energia e são formados núcleos de hélio.
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TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E ENERGIA
O processo de fusão nuclear dá origem ao funcionamento das bombas de hidrogênio (as bombas
atômicas mais destrutivas que existem). Da fusão decorre também a produção de energia solar.
A fusão nuclear libera bastante energia. Por esse motivo há um compromisso muito grande da
comunidade científica em tornar possível a energia nuclear como uma opção energética a partir do
processo de fusão.
Para esse fim, é necessário um reator capaz de produzir e controlar a fusão nuclear.
Tokamak é o nome que se dá aos reatores que estão sendo desenvolvidos em vários locais do
mundo.
A energia gerada pela fusão nuclear seria uma forma que garantiria segurança e limpeza ambiental.
Isso porque, a fissão nuclear produz energia principalmente através do urânio (um dos principais
elementos radioativos).
Uma vez que a quantidade de combustível utilizado é menor, decorre que a radioatividade também
seja inferior e, logo, também seja menor a produção de lixo nuclear.
O combustível utilizado para fusão pode ser obtido na água do mar e no trílio do próprio reator
nuclear. Na fissão, é o urânio que é utilizado para esse fim, mas esse não é facilmente extraído.
Fusão
A fusão nuclear é um processo em que dois núcleos se combinam para formar um único núcleo, mais
pesado. Um exemplo importante de reações de fusão é o processo de produção de energia no sol, e
das bombas termonucleares (bomba de hidrogênio).
Em futuros reatores de fusão nuclear a reação entre dois diferentes isótopos de hidrogênio
produzindo hélio deverá ser utilizada para produção abundante de energia.
2H + 3H ----> 4He + n
Esta reação libera uma quantidade de energia mais de um milhão de vezer maior que a que temos
em uma típica reação química, como a queima de gás de cozinha. Está enorme quantidade de
energia é liberada nas reações de fusão porque quando dois núcleos leves se fundem, a massa do
núcleo produzido é menor que a soma das massas dos núcleos iniciais.
Mais uma vez, a equação de Einstein E=mc2, explica que a massa perdida é convertida em energia,
carregada pelo produto da fusão. Embora a fusão seja um processo energeticamente favorável
(exotérmico) para núcleos leves, ele não ocorre naturalmente aqui na Terra, devido as dificuldades
naturais para se aproximar os reagentes (devido a repulsão eletrostática entre os dois núcleos) para
que as forças nucleares possam atuar.
Reações de fusão estão acontecendo por bilhões de anos no universo. De fato, as reações de fusão
são responsáveis pela produção de energia na maioria das estrelas, incluindo o nosso sol. Cientistas
na Terra foram capaz de produzir reações de fusão nuclear somente nos últimos 60 anos. Fusão
entre núcleos mais pesados são produzidas, em pequenas quantidades, corriqueiramente em
aceleradores de partículas. Podemos dizer que a fusão nuclear é a base de nossas vidas, uma vez
que a energia solar, produzida por esse processo é indispensável para a manutenção da vida na
Terra.
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TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E ENERGIA
Quando uma estrela é formada, ela consiste inicialmente de hidrogênio e hélio criados no Big-Bang, o
processo que deu origem ao universo. Devido o enorme campo graviacional, átomos de hidrogênio
na estrela colidem e fundem formando núcleos de hélio. Posteriormente o hélio, colidindo com o
hidrogênio e outros núcleos de hélio, vai dando origem aos elementos mais pesados.
Essas reações continuam, até que o núcleo de ferro é formado (número de massa cerca de 60). A
partir do Fe, não ocorre mais fusão na estrela pois o processo passa a ser energeticamente
desfavorável. Quando uma estrela converteu uma apreciável fração de seu hidrogênio e hélio em
elementos mais pesados, ela passa para a etapa final de sua vida. Algumas estrelas passam a se
contrair, numa bola constituida em grande parte de ferro. Entretanto, se a massa da estrela for
suficientemente grande, uma tremenda, violente e brilhante explosão pode ocorrer.
A estrela subtamente se expande e produz, num pequeno intervalo de tempo, mais energia que o sol
irá produzir em toda sua vida. Quando isso ocorre, dizemos que a estrela se tornou uma supernova.
Quando a estrela está na fase supernova, muitas reações nucleares importantes acontecem.
Na explosão, os núcleos são acelerados a velocidades muito mairores que as que eles normalmente
tinham na estrela. Na nova condição, os núcleos em alta velocidade colidem e podem agora fundir,
produzindo os elementos com massa maior que a do ferro. A energia extra vinda da explosão é
necessária para superar a enorme força repulsiva entre os núcleos devido a carga elétrica nuclear.
Elementos como chumbo, ouro e prata encontrados na Terra foram antes restos da explosão de uma
supernova. O ferro que encontramos em grande parte da superfície daTerra, bem como em seu
núcleo deriva-se tanto de restos de supernovas quanto de estrelas
Veja os tipos de radiação que participam de uma desintegração radioativa, bem como os resultados
desse fenômeno natural.
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TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E ENERGIA
a) Radiação alfa
Radiação composta por dois prótons e dois nêutrons. Apresenta as seguintes características:
b) Radiação beta
Radiação composta por um elétron formado a partir da conversão de um nêutron em próton, neutrino
e beta. Apresenta as seguintes características:
c) Radiação gama
É uma onda eletromagnética originada a partir das emissões alfa e beta do núcleo de um átomo,
sendo, por isso, uma radiação não formada por partículas. Apresenta as seguintes características:
Quando o núcleo de um átomo instável elimina uma radiação alfa, forma-se um novo núcleo (um novo
átomo) cujo número atômico é duas unidades menor que o átomo de origem e o número de massa é
quatro unidades menor que o átomo de origem, como podemos observar no exemplo abaixo:
O núcleo do Urânio (cujo número atômico é 92 e o número de massa é 238), ao eliminar uma
radiação alfa, forma o átomo de rádio (cujo número atômico é 88 e o número de massa é 234).
Quando o núcleo de um átomo instável elimina uma radiação beta, forma-se um novo núcleo (um
novo átomo) cujo número atômico é uma unidade maior que o átomo de origem e o número de massa
é o mesmo que o do átomo de origem, como podemos observar no exemplo abaixo:
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TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E ENERGIA
O núcleo do Urânio (cujo número atômico é 92 e o número de massa é 238), ao eliminar uma
radiação beta, forma o átomo de neptúnio (cujo número atômico é 93 e o número de massa é 238).
c) Decaimento gama
Como a radiação gama não apresenta massa e número atômico, quando um átomo a elimina de seu
núcleo, permanece da mesma forma, ou seja, com o mesmo número de prótons e nêutrons em seu
interior.
Denomina-se de meia-vida o tempo que um determinado material radioativo leva para perder metade
do seu poder radioativo, o que ocorre por meio de sucessivas desintegrações. O radioisótopo césio-
137, por exemplo, apresenta uma meia-vida de 30 anos, ou seja, após 30 anos (seta azul), ele terá
metade da sua capacidade radioativa.
Como a radiação alfa é composta por uma massa igual a 4, quando um material decai, eliminando
alfa, sua massa diminui quatro unidades. Durante a meia-vida de um radioisótopo, sua massa diminui
constantemente. Assim, durante a meia-vida do césio, por exemplo, além da radiação, a massa
também é reduzida pela metade.
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