Você está na página 1de 27

ENGENHARIA MECÂNICA

Fundamentos de Vibrações

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

Conteúdo Programático

1. Introdução a Dinâmica das Máquinas


2. Vibrações Livres em Sistemas Mecânicos com um G.D.L.
2.1 Sem Amortecimento
2.2 Com Amortecimento
3. Vibrações Forçadas em Sistemas Mecânicos com um G.D.L.
3.1 Sem Amortecimento
3.2 Com Amortecimento
3.3 Desbalanceamento de Massa Rotativa
4. Análise Dinâmica de Sistemas Mecânicos com 2 ou mais G.D.L.
4.1 Sistemas com dois Graus de Liberdade
4.2 Autovalores e Autovetores

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

Conteúdo Programático

4.3 Análise Modal


4.4 Sistemas com mais do que dois Graus de Liberdade
4.5 Sistema com Amortecimento Viscoso
4.6 Análise Modal da Resposta Forçada

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

Bibliográfia Básica

➢ BUENO,M.A.T.. Vibrações Mecânicas: Minha Caderneta de Campo.


0a. edição. Volta Redonda: Edição do Autor. 2010.
➢ NORTON, ROBERT L.. Cinemática e dinâmica dos mecanismos. 0a.
edição. Porto Alegre: AMGH. 2011.
➢ RAO,S.S. .. Vibrações Mecânicas. 4a. edição. São Paulo: Prentice
Hall do Brasil. 2008.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

Bibliográfia Complementar

➢ E. W. NELSON ... [ET AL.]. Engenharia mecânica: dinâmica. 0a.


edição. Porto Alegre: Bookman. 2013..
➢ GRAY, GARY L.. Mecânica para engenharia. 0a. edição. Porto Alegre:
Bookman. 2014.
➢ MERIAM, J. L.. Mecânica para engenharia: dinâmica. 7a. edição. Rio
de Janeiro: LTC. 2016.
➢ SAVI, MARCELO AMORIM. Vibrações mecânicas. 0a. edição. Rio de
Janeiro: LTC. 2017
➢ TENENBAUM, ROBERTO A.. Dinâmica aplicada. 0a. edição. Barueri:
Manole. 2016.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

A importância do estudo de vibrações

➢ Análise vibro acústica


Apresenta um lugar de destaque, no projeto de máquinas,
automóveis, aeronaves, etc. analisa o nível de ruído e vibração, já que
seu excesso pode comprometer o correto funcionamento de sistemas de
engenharia.
Ex.: O motor é montado sobre coxins presos a estrutura do automóvel,
assim se a frequência do motor coincidir com alguma frequência natural
da estrutura, por exemplo capô, pode ocorrer um efeito trágico.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

➢ Análise modal experimental e modificação estrutural


A análise modal experimental (AME) consiste em extrair os
parâmetros característicos de um sistema mecânico que são compostos
por frequências naturais, fatores de amortecimento e modos de vibrar.
Ex.: Foram extraídos os modos de vibrar de uma porta de um carro
visando otimizar o projeto de retrovisores, pois o fabricante constatou
que em determinadas velocidades o retrovisor vibrava muito e refletia a
luz do sol diretamente na face do motorista. Desta forma foi realizada
uma AME na porta do carro vista na figura 1.1.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

Constatou-se que as frequências naturais destes modos eram


excitadas nesta faixa de velocidades. A partir deste resultado foi possível
propor uma modificação estrutural na porta e retrovisor visando reduzir
este problema.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

➢ Manutenção preditiva
Um comportamento vibratório fora do padrão, por exemplo em
uma máquina rotativa, facilita o diagnóstico se a máquina está ok ou não,
ou seja com desbalanceamento ou desalinhamento.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

➢ Integridade estrutural
Extrair informações dinâmicas de estruturas, visando detectar
modificações estruturais correspondentes a falhas.
Ex.: Pontes com defeitos por tempo de uso.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

Conceitos básicos

➢ Vibração
Oscilação em torno de um ponto de equilíbrio.

T
X = A sem (ωt), onde:
A = amplitude.
A

T = período em segundos;
1
𝑓= - frequência em Hz (ciclo/seg.);
𝑇
-A
𝜔 = 2𝜋𝑓 – frequência de excitação rad/seg;
2𝜋𝑛
𝜔= - n é o número de rpm.
60

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

➢ Graus de liberdade (GDL)


É a quantificação do tipo de movimento de um corpo; o número
de graus de liberdade de um mecanismo pode, assim, ser definido como
o número de coordenadas necessárias para especificar completamente a
posição do mesmo.
➢ Coordenadas generalizadas
É qualquer conjunto de coordenadas.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

Sistemas com 1 GDL Sistemas com 2 GDL

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

Componentes de sistemas mecânicos

# Armazena energia potencial


➢ Mola translacional
É uma ligação flexível entre dois pontos de um sistema mecânico que se
opõe ao deslocamento translacional, desta maneira:

Onde k é a constante elástica ou constante de mola linear e indica a rigidez que a


mola possui. No SI a unidade de rigidez é N/m.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

➢ Mola torcional
É uma ligação flexível entre dois pontos de um sistema mecânico que se
opõe ao deslocamento angular. Desta maneira:

Onde M é o torque que age na mola, θ é a sua deformação angular e k é a constante


elástica torcional. No SI a unidade de rigidez é Nm/rad.
Ex: Barra de torção de suspensão veicular.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

# Armazena energia cinética


➢ Massa e Inércia
A massa ou momento de inércia da massa (quando o sistema for
torcional), expressa o grau de dificuldade em se alterar o estado de movimento de
um corpo.

Onde:
m é a massa e a sua unidade no SI é kg;
J é o momento de inércia da massa e sua unidade no SI é Kg.m2

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

# Dissipa energia

➢ Amortecedores
É o componente do sistema que impõe resistência ao movimento
vibratório, dissipando a energia mecânica sob forma de calor e/ou ruído.
➢ Amortecimento viscoso
É o que mais ocorre na prática da Engenharia, caracteriza-se pelo atrito
entre um sólido (uma peça) e um fluido (óleo lubrificante).

Onde:
c e ct são os coeficientes de amortecimento viscoso e cujas unidades no SI são
respectivamente N.s/m e N.m.s/rad.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

➢ Amortecimento seco ou de Coulomb


Resulta do atrito entre dois sólidos sem lubrificação ou com muito pouca
lubrificação. Força de amortecimento = Força de atrito.

Onde μ é o coeficiente de atrito dinâmico entre as superfícies em contato e N é a força


normal entre as superfícies.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

➢ Amortecimento estrutural ou por histerese


Ocorre pelo atrito interno entre as moléculas quando o sólido é
deformado, fazendo com que a energia seja dissipada pelo material sob forma de
calor e/ou ruído.
Ex.: prensas mecânicas.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

Forças de excitação (tipos mais comuns)

➢ Força Harmônica
Forma mais simples de excitação em sistemas mecânicos.
Ex.: aparece em rotores com massa desbalanceada.

Onde F é a amplitude da excitação e ω é a frequência de excitação em rad/s.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

➢ Força Periódica
Se repete, mas não de forma exatamente igual.
Ex.: motores de combustão interna.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

➢ Força Transitória
Caracterizada por alta liberação de energia em um curto intervalo de
tempo.
Ex.: impacto, explosão, etc.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

➢ Força Aleatória
Não descreve um padrão determinístico que possa ser definido por uma
equação.
Ex.: Forças em asas de avião, ventos em colunas de pontes, etc.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

Classificação das Vibrações Mecânicas

➢ Quanto a excitação as vibrações podem ser:

# Livres: O sistema vibra na sua frequência natural e não há força de


excitação externa.

# Forçadas: O sistema vibra na frequência de excitação.

➢ Quanto ao amortecimento: as vibrações podem ser amortecidas e não


amortecidas.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

➢ Quanto ao deslocamento: podem ser retilíneo, torcional ou combinação de


ambos.

➢ Quanto as propriedades físicas: os sistemas podem ser discretos (nº


finito de GDL) ou contínuos (nº infinito de GDL).

➢ Quanto as equações envolvidas: o sistema pode ser linear e não linear.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU


ENGENHARIA MECÂNICA

Referências
➢ RAO, Singiresu S. Vibrações Mecânicas. Prentice Hall, 4ª Edição, 2008;
➢ SILVA, S. Apostila de Vibrações Mecânicas. Universidade Estadual do
Oeste do Paraná, Foz do Iguaçu, 2008.

PROF.: YURI FRANKLIN MACHADO DE ABREU

Você também pode gostar