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1.1- A prevenção e proteção de incêndios.

A prevenção de incêndios esta presente em to-


das as atividades que os seres humanos têm tentado
para se evitar os desastres de grandes incêndios de
nossa historia. O objetivo principal da prevenção de
incêndios é de que os locais não deixem o surgimen-
to do principio de incêndio e se caso assim mesmo
ele apareça, tenhamos pessoas e equipamentos para
dete-lo em seu inicio, de forma eficaz e rápida.
A prevenção se faz por meio de vários itens,
medidas que possamos destacar para conseguir nos-
sos objetivos, alguns destes itens podemos destacar:

a) Toda edificação tem que estar provida de


equipamentos de combate a incêndios de acordo
com as suas características e distribuídos de forma
adequada e suficiente para uma possível utilização

b) A edificação deve ser preparada e construída,


de forma que os ocupantes possam sair de forma rá-
pida e segura caso haja necessidade.

c) Temos que pensar na possibilidade de mini-


mizar ao máximo as condições do fogo se alastrar,

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caso aconteça, ou seja, te,os que pensar em uma ma-
neira de proteger a edificação de forma a não deixar
o fogo se propagar de um ponto a outro.

d) Sempre que temos que pensar em preven-


ção, devemos nos preocupar em resguardar o patri-
mônio e ainda verificar a possibilidade de socorro as
vitima de forma segura.

Toda edificação deve possuir uma responsável


pela elaboração dos projetos técnicos de prevenção de
incêndios ou contratar alguém capacitado para fazê-lo,
sempre que os órgãos competentes assim o exigir.
Para se ter um controle eficaz neste assunto,
deve se ter um conhecimento técnico das nature-
za do fogo e suas características, incluindo todas as
condições necessárias para uma combustão.
A fim de se ter uma compreensão melhor des-
tas características, adota-se de maneira simplificada a
figura de um tetraedro, figura geométrica de quatro
faces, para explicar a teoria do fogo.
Temos então desta forma, cada face represen-
tando os elementos constituintes da combustão: Ca-
lor, Combustível, Oxigênio e a Reação em Cadeia.

Calor
Quando falamos de calor, fica difícil sua defini-
ção, pois, vários autores dão esta definição e fica um

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pouco complicado em decorrente da Fisica clássica,
pois estamos falando de uma energia, esta que ele-
va a temperatura dos corpos, que pode ser através
de processos físicos ou químicos, no momento nos
preocupamos em falar em Energia necessária para
elevação de temperatura.
Os grandes Físicos, ainda explicam este fenô-
meno como sendo uma condição de movimento da
matéria quando se movimenta através de suas mo-
léculas, ou seja, elas estão sempre em movimento, e
quando sua temperatura aumenta através do calor,
elas se agitam mais ainda.
Sendo uma forma de energia, podemos concluir
que ele terá efeitos fisiológicos sobre o organismo
nos seres e nos corpos inanimados pode produzir
efeitos fiscos e químicos, sendo que, com o aumento
do calor teremos alguns processo nos corpos que
podem não ser desejáveis, como expansão, ou fla-
cidez em outros, trazendo grandes transtornos nas
edificações se não estiverem preparadas estrutural-
mente falando. Temos da física os pontos de fusão
dos materiais que por sua vez já são conhecidos, o
único problema é que nos sinistros não temos como
medir a temperatura dos corpos e prever o momen-
to que eles vão colapsar ou soltar partes estruturais
podendo atingir tanto pessoas da edificação como
emergencistas em ação.
Outro problema grave é que temos a liberação

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de gases com o aumento da temperatura provocado
pelo calor também.
Com o aumento da temperatura as partes ferro-
sas, podem se dilatar comprometendo as estruturas
de concreto, uma vez que toda grande obra de con-
creto, temos uma armação de ferro por dentro, ou
em pontos estratégicos.
Certos materiais com variações bruscas de tem-
peratura, não resistem e podem se romper, ao se
contrair ou dilatar.
Em certos casos pode ser que os corpos não re-
sistam e enfraqueçam, podendo levar a um colapso
total da estrutura.
Já nos gases, temos a preocupação no risco de
explosões, pois, sob a ação de calor, os gases lique-
feitos comprimidos aumentam a pressão no interior
dos vasos que os contêm, pois não têm para onde se
expandir. Se o aumento de temperatura não cessar,
ou se não houver dispositivos de segurança que per-
mitam escape dos gases, pode ocorrer uma explosão,
provocada pela ruptura das paredes do vaso e pela
violenta expansão dos gases. Os vapores de líquidos
(inflamáveis ou não) se comportam como os gases.
Desta forma, com o aumento do calor, os cor-
pos tendem a mudar seu estado físico: alguns sólidos
transformam-se em líquidos (liquefação), líquidos se
transformam em gases (gaseificação) e há sólidos
que se transformam diretamente em gases (sublima-

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ção). Isso se deve ao fato de que o calor faz com
que haja maior espaço entre as moléculas e estas,
separando-se, mudam o estado físico da matéria. No
gelo, as moléculas vibram pouco e estão bem juntas;
com o calor, elas adquirem velocidade e maior es-
paçamento, transformando um sólido (gelo) em um
líquido (água).
Temos então um fenômeno chamado de mu-
dança química é aquela em que ocorre a transforma-
ção de uma substância em outra. A madeira, quando
aquecida, não libera moléculas de madeira em forma
de gases, e sim outros gases, diferentes, em sua com-
posição, das moléculas originais de madeira.
Essas moléculas são menores e mais simples, por
isso têm grande capacidade de combinar com outras
moléculas, as de oxigênio, por exemplo. Podem pro-
duzir também gases venenosos ou explosões.
Temos que lembrar que citamos até agora os
danos estruturais, mas os mais graves também têm
os danos pessoais causados pelo calor que incluem:
desidratação, insolação, fadiga e problemas para o
aparelho respiratório, além de queimaduras, que nos
casos mais graves (1º, 2º e 3º graus) podem levar até
a morte.

Propagação do Calor
Vamos definir agora as diferentes formas do
calor se propagar que são de três diferentes manei-

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ras: condução, convecção e irradiação. Como tudo
na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido
de objetos com temperatura mais alta para aqueles
com temperatura mais baixa. O mais frio de dois ob-
jetos absorverá calor até que esteja com a mesma
quantidade de energia do outro.

Convecção
É a transferência de calor pelo movimento as-
cendente de massas de gases ou de líquidos dentro
de si próprios.
Quando a água é aquecida num recipiente de
vidro, pode-se observar um movimento, dentro do
próprio líquido, de baixo para cima. À medida que a
água é aquecida, ela se expande e fica menos densa
(mais leve) provocando um movimento para cima.
Da mesma forma, o ar aquecido se expande e tende
a subir para as partes mais altas do ambiente, en-
quanto o ar frio toma lugar nos níveis mais baixos.
Em incêndio de edifícios, essa é a principal forma de
propagação de calor para andares superiores, quan-
do os gases aquecidos encontram caminho através
de escadas, poços de elevadores, etc.

Condução
Condução é a transferência de calor através de
um corpo sólido de molécula a molécula. Colocan-
do-se, por exemplo, a extremidade de uma barra de

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ferro próxima a uma fonte de calor, as moléculas
desta extremidade absorverão calor; elas vibrarão
mais vigorosamente e se chocarão com as moléculas
vizinhas, transferindo-lhes calor.
Essas moléculas vizinhas, por sua vez, passarão
adiante a energia calorífica, de modo que o calor será
conduzido ao longo da barra para a extremidade fria.
Na condução, o calor passa de molécula a molécula,
mas nenhuma molécula é transportada com o calor.
Quando dois ou mais corpos estão em contato,
o calor é conduzido através deles como se fossem
um só corpo.

Irradiação
É a transmissão de calor por ondas de energia
calorífica que se deslocam através do espaço. As on-
das de calor propagam-se em todas as direções, e a
intensidade com que os corpos são atingidos aumen-
ta ou diminui à medida que estão mais próximos ou
mais afastados da fonte de calor.
Um corpo mais aquecido emite ondas de energia
calorífica para um outro mais frio até que ambos te-
nham a mesma temperatura. O bombeiro deve estar
atento aos materiais ao redor de uma fonte que irra-
die calor para protegê-los, a fim de que não ocorram
novos incêndios. Para se proteger, o bombeiro deve
utilizar roupas apropriadas e água (como escudo).

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Combustível
Toda substancia capaz de queimar e alimentar
o fogo definimos como combustível, é ele que serve
de propagação do fogo.
Como toda a maioria dos corpos ele pode se
apresentar de três formas na natureza: sólidos, líqui-
dos ou gasosos, e a grande maioria precisa passar
pelo estado gasoso para, então, combinar com o
oxigênio. Dizemos que a velocidade do combustível
queimar, vai depender da sua capacidade de combi-
nar com oxigênio sob a ação do calor e da sua frag-
mentação (área de contato com o oxigênio).

Combustíveis Sólidos
Temos que a maioria dos combustíveis sólidos
transforma-se em vapores e, então, reagem com o
oxigênio. Outros sólidos (ferro, parafina, cobre,
bronze) primeiro transformam-se em líquidos, e
posteriormente em gases, para então se queimarem.
Uma proporção que se deve ser considerado é
que quanto maior a superfície exposto, mais rápido
será o aquecimento do material e, conseqüentemen-
te, o processo de combustão. Como exemplo: uma
barra de aço exigirá muito calor para queimar, mas,
se transformada em palha de aço, queimará com fa-
cilidade. Assim sendo, quanto maior a fragmentação
do material, maior será a velocidade da combustão.

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Combustíveis Líquidos
O que temos que saber é que os líquidos infla-
máveis têm algumas propriedades físicas que dificul-
tam a extinção do calor, aumentando o perigo para
os colaboradores.
Uma das propriedades muito conhecida dos li-
quidos é que assumem a forma do recipiente que os
contem. Se derramados, os líquidos tomam a forma
do piso, fluem e se acumulam nas partes mais baixas.
Como temos o peso da água, cujo litro pesa 1
quilograma, classificamos os demais líquidos como
mais leves ou mais pesados. É importante notar que
a maioria dos líquidos inflamáveis são mais leves que
água e, portanto, flutuam sobre esta.
Temos que considerar uma outra propriedade
dos líquido que é a solubilidade do líquido, ou seja,
sua capacidade de misturar-se à água. Os líquidos de-
rivados do petróleo (conhecidos como hidrocarbo-
netos) têm pouca solubilidade, ao passo que líquidos
como alcoóis, acetona (conhecidos como solventes
polares) têm grande solubilidade, isto é, podem ser
diluídos até um ponto em que a mistura (solvente
polar + água) não seja inflamável.
Chamamos de volatilidade a facilidade com que
os líquidos liberam vapores, também é de grande
importância, porque quanto mais volátil for o líqui-
do, maior a possibilidade de haver fogo, ou mesmo
explosão. Chamamos de voláteis os líquidos que li-

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beram vapores a temperaturas menores que 20º C.

Combustíveis Gasosos
Vejamos algumas propriedades dos gases, eles
não têm volume definido, tendendo, rapidamente, a
ocupar todo o recipiente em que estão contidos.
Se o peso do gás é menor que o do ar, o gás
tende a subir e dissipar-se. Mas, se o peso do gás
é maior que o do ar, o gás permanece próximo ao
solo e caminha na direção do vento, obedecendo aos
contornos do terreno.
Para o gás queimar, há necessidade de que es-
teja em uma mistura ideal com o ar atmosférico, e,
portanto, se estiver numa concentração fora de de-
terminados limites, não queimará.

Comburente
Assim como o ser humano necessita de oxi-
gênio para sobreviver, assim também é o fogo, é o
elemento que possibilita vida às chamas e intensifica
a combustão. O mais comum é que o oxigênio de-
sempenhe esse papel.
A ciência nos ensina que encontramos na at-
mosfera é composta por 21% de oxigênio, 78% de
nitrogênio e 1% de outros gases. Em ambientes com
a composição normal do ar, a queima desenvolve-se
com velocidade e de maneira completa. Notam-se
chamas. Contudo, a combustão consome o oxigê-

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nio do ar num processo contínuo. Quando a por-
centagem do oxigênio do ar do ambiente passa de
21% para a faixa compreendida entre 16% e 8%, a
queima torna-se mais lenta, notam-se brasas e não
mais chamas. Quando o oxigênio contido no ar do
ambiente atinge concentração menor que 8%, não
há combustão.

Reação em Cadeia
Item muito discutido por todos aqueles que se
dedicam ao estudo do fogo, temos a reação em ca-
deia torna a queima auto-sustentável. O calor irradia-
do das chamas atinge o combustível e este é decom-
posto em partículas menores, que se combina com o
oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para
o combustível, formando um ciclo constante.

Formas de Combustão
Temos a classificação das combustões que po-
dem ser classificadas conforme a sua velocidade em:
completa, incompleta, espontânea e explosão.
Os elementos que são preponderantes na velo-
cidade da combustão: o comburente e o combustí-
vel; o calor entra no processo para decompor o com-
bustível. A velocidade da combustão variará de acor-
do com a porcentagem do oxigênio no ambiente e
as características físicas e químicas do combustível.

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Combustão Completa
Aquela em que a queima produz calor e chamas
e se processa em ambiente rico em oxigênio.

Combustão Incompleta
Aquela em que a queima produz calor e pouca
ou nenhuma chama, e se processa em ambiente po-
bre em oxigênio.

Combustão Espontânea
Dizemos que ela ocorre, por exemplo, quando
do armazenamento de certos vegetais que, pela ação
de bactérias, fermentam. A fermentação produz ca-
lor e libera gases que podem incendiar. Alguns ma-
teriais entram em combustão sem fonte externa de
calor (materiais com baixo ponto de ignição); outros
entram em combustão à temperatura ambiente (20
ºC), como o fósforo branco.
Ocorre também na mistura de determinadas
substâncias químicas, quando a combinação gera ca-
lor e libera gases em quantidade suficiente para ini-
ciar combustão. Por exemplo, água + sódio.

Explosão
Quando temos a queima de gases (ou partículas
sólidas), em altíssima velocidade, em locais confina-
dos, com grande liberação de energia e deslocamen-
to de ar. Combustíveis líquidos, acima da tempera-

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tura de fulgor, liberam gases que podem explodir
(num ambiente fechado) na presença de uma fonte
de calor.

Métodos de Extinção do Fogo


Temos como base os métodos de extinção do
fogo na eliminação de um ou mais dos elementos
essenciais que provocam o fogo.

Retirando o Material
Talvez seja a forma mais simples de se extinguir
um incêndio. Baseia-se na retirada do material com-
bustível, ainda não atingido, da área de propagação
do fogo, interrompendo a alimentação da combus-
tão. Método também denominado corte ou remoção
do suprimento do combustível.
Ex.: fechamento de válvula ou interrupção de
vazamento de combustível líquido ou gasoso, retira-
da de materiais combustíveis do ambiente em cha-
mas, realização de aceiro, etc.

Resfriando
Um dos métodos mais usados atualmente.
Consiste em diminuir a temperatura do material
combustível que está queimando, diminuindo, con-
seqüentemente, a liberação de gases ou vapores in-
flamáveis. A água é o agente extintor mais usado,
por ter grande capacidade de absorver calor e ser

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facilmente encontrada na natureza.
A redução da temperatura está ligada à quantidade
e à forma de aplicação da água (jatos), de modo que ela
absorva mais calor que o incêndio é capaz de produzir.
É inútil o emprego de água onde queimam com-
bustíveis com baixo ponto de combustão (menos de
20ºC), pois a água resfria até a temperatura ambiente e
o material continuará produzindo gases combustíveis.

Abafando
Quando falamos em abafar o fogo, na realidade
estamos impedindo a alimentação das chamas pelo
comburente, mais comumente o oxigênio. Não ha-
vendo comburente para reagir com o combustível,
não haverá fogo. Como exceções estão os materiais
que têm oxigênio em sua composição e queimam sem
necessidade do oxigênio do ar, como os peróxidos or-
gânicos e o fósforo branco.
Conforme já vimos anteriormente, a diminui-
ção do oxigênio em contato com o combustível vai
tornando a combustão mais lenta, até a concentração
de oxigênio chegar próxima de 8%, onde não haverá
mais combustão. Colocar uma tampa sobre um re-
cipiente contendo álcool em chamas, ou colocar um
copo voltado de boca para baixo sobre uma vela ace-
sa, são duas experiências práticas que mostram que
o fogo se apagará tão logo se esgote o oxigênio em
contato com o combustível.

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Pode-se abafar o fogo com uso de materiais di-
versos, como areia, terra, cobertores, vapor d’água,
espumas, pós, gases especiais etc.

Quebrando a Reação em Cadeia


Alguns agentes extintores, quando aquecidos no
fogo, sofrem ação do calor, reagindo sobre a área das
chamas, interrompendo assim a “reação em cadeia”
(extinção química). Isso ocorre porque o oxigênio
comburente deixa de reagir com os gases combustí-
veis. Essa reação só ocorre quando há chamas visíveis.

Classificação dos Incêndios e Métodos de Extinção


Este tópico é muito importante e cabe salien-
tar que dele depende o sucesso das nossas ações de
combate a sinistros. Eles são classificados de acordo
com os materiais neles envolvidos, bem como a situ-
ação em que se encontram. Essa classificação é fei-
ta para determinar o agente extintor adequado para
o tipo de incêndio específico. Entendemos como
agentes extintores todas as substâncias capazes de
eliminar um ou mais dos elementos essenciais do
fogo, cessando a combustão.
Essa classificação foi elaborada pela NFPA (Na-
tional Fire Protection Association – Associação Nacio-
nal de Proteção a Incêndios/EUA), e também adotada
pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.

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Pode-se abafar o fogo com uso de materiais di-
versos, como areia, terra, cobertores, vapor d’água,
espumas, pós, gases especiais etc.

Quebrando a Reação em Cadeia


Alguns agentes extintores, quando aquecidos no
fogo, sofrem ação do calor, reagindo sobre a área das
chamas, interrompendo assim a “reação em cadeia”
(extinção química). Isso ocorre porque o oxigênio
comburente deixa de reagir com os gases combustí-
veis. Essa reação só ocorre quando há chamas visíveis.

Classificação dos Incêndios e Métodos de Extinção


Este tópico é muito importante e cabe salien-
tar que dele depende o sucesso das nossas ações de
combate a sinistros. Eles são classificados de acordo
com os materiais neles envolvidos, bem como a situ-
ação em que se encontram. Essa classificação é fei-
ta para determinar o agente extintor adequado para
o tipo de incêndio específico. Entendemos como
agentes extintores todas as substâncias capazes de
eliminar um ou mais dos elementos essenciais do
fogo, cessando a combustão.
Essa classificação foi elaborada pela NFPA (Na-
tional Fire Protection Association – Associação Nacio-
nal de Proteção a Incêndios/EUA), e também adotada
pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.

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Incêndio Classe “A”
Este se se caracteriza em se tratando no fogo
envolvendo combustíveis sólidos comuns, como
papel, madeira, pano, borracha, é caracterizado pe-
las cinzas e brasas que deixam como resíduos e por
queimar em razão do seu volume, isto é, a queima se
dá na superfície e em profundidade.

Método de extinção
É necessário baixarmos a temperatura dos cor-
pos ( combustível ) neste caso resfriando-os para a
sua extinção, isto é, do uso de água ou soluções que a
contenham em grande porcentagem, a fim de redu-
zir a temperatura do material em combustão, abaixo
do seu ponto de ignição.
O emprego de pós químicos irá apenas retardar a
combustão, não agindo na queima em profundidade.

Incêndio Classe “B”


Incêndio envolvendo líquidos inflamáveis, gra-
xas e gases combustíveis, é caracterizado por não
deixar resíduos e queimar apenas na superfície ex-
posta e não em profundidade.

Método de extinção
Precisamos fazer uma separação da superfície
fogo com os corpos que estão queimando através
do abafamento ou da interrupção (quebra) da rea-

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ção em cadeia. No caso de líquidos muito aquecidos
(ponto da ignição), é necessário resfriamento.

Incêndio Classe “C”


Incêndio envolvendo equipamentos energiza-
dos. É caracterizado pelo risco de vida que oferece
ao brigadista.

Método de extinção
Uma vez que estamos lidando com corpos
energizados, a sua extinção necessita de agente ex-
tintor que não conduza a corrente elétrica e utilize o
princípio de abafamento ou da interrupção (quebra)
da reação em cadeia.
Esta classe de incêndio pode ser mudada para
“A”, se for interrompido o fluxo elétrico. Deve-se ter
cuidado com equipamentos (televisores, por exem-
plo) que acumulam energia elétrica, pois estes con-
tinuam energizados mesmo após a interrupção da
corrente elétrica.

Incêndio Classe “D”


Este tipo de sinistro envolve metais combustí-
veis pirofóricos (magnésio, selênio, antimônio, lítio,
potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, só-
dio, zircônio). É caracterizado pela queima em altas
temperaturas e por reagir com agentes extintores co-
muns (principalmente os que contenham água).

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Método de extinção
Necessitamos de agentes extintores especiais
que se fundam em contato com o metal combustí-
vel, formando uma espécie de capa que o isola do ar
atmosférico, interrompendo a combustão pelo prin-
cípio de abafamento.
Os pós especiais são compostos dos seguintes
materiais: cloreto de sódio, cloreto de bário, mono
fosfato de amônia, grafite seco.
O princípio da retirada do material também é
aplicável com sucesso nesta classe de incêndio.

1.2 - Legislação

Constituição Federal
O Estado pode legislar concorrentemente com
a União, a respeito do Direito Urbanístico, na área
de prevenção de incêndios (art. 24, inciso I).
Ao Corpo de Bombeiros, além das atribuições
definidas em Lei, compete a execução das atividades
de Defesa Civil (art. 144, § 5º).

24
1.3 - Seguro

CIRCULAR SUSEP Nº 006, DE 16.03.92

A SUSEP, ( Superintendência de Seguros


Privados ), órgão ligado ao

Ministério da Fazenda, junto com o IRB ( Insti-


tuto de Resseguros do Brasil ), são órgão que fiscali-
zam os seguros das edificações em relação a Preven-
ção de Incêndios.

Regulamento para concessão de descontos aos


riscos que dispuserem de meios próprios de Detec-
ção e Combate a Incêndios.

Classificação dos riscos a proteger.

Para fins de proteção de que trata este item, são


os riscos isolados, no conceito da Tarifa de Seguro
Incêndio do Brasil, classificados em três classes, de
acordo com a natureza de suas ocupações.

Classe A - Riscos isolados cuja classe de ocu-


pação, na Tarifa de Seguro

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Incêndio do Brasil, seja 1 ou 2, excluídos os
“depósitos” que devem ser considerados como
Classe “B”.

Classe B - Riscos isolados cujas classes de ocu-


pação, na Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil, sejam
3, 4, 5 ou 6, bem como os “depósitos” de classes de
ocupação 1 ou 2.

Classe C - Riscos isolados cujas classes de ocu-


pação, na Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil, sejam
7, 8, 9, 10, 11, 12 ou 13.

Os riscos, cujas instalações de detecção e com-


bate a incêndio satisfizerem às exigências do presen-
te Regulamento, gozarão dos descontos a seguir de-
terminados, aplicáveis às taxas básicas da TSIB.
Os descontos previstos neste Regulamento não
serão aplicáveis aos prêmios correspondentes a Ris-
cos Acessórios, previstos no artigo 4º da TSIB.
Os descontos somente serão concedidos a ris-
cos que dispuserem de sistema de proteção por ex-
tintores de acordo com este Regulamento.
A exigência prevista no subitem anterior pode-
rá ser dispensada, quando, no risco a proteção por
extintores for comprovadamente inadequada.
Os descontos máximos atribuíveis são
os seguintes:

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Para sistema de proteção por extintores, 5%
(cinco por cento);
Para sistema de proteção por mangueiras
semi-rígidas:

a) 5% (cinco por cento) quando o risco for


protegido por sistema de abastecimento por bomba
ou por sistema conjugado ao sistema de hidrantes,
de chuveiros automáticos ou à rede de consumo ge-
ral, ou ainda, embora tendo sistema independente, já
seja beneficiado com desconto por hidrantes;

b) 10% (dez por cento) quando o risco for pro-


tegido por sistema independente de abastecimento
por gravidade ou por tanque de pressão e não for
beneficiado com desconto por hidrantes.

As Seguradoras deverão manter em seus arqui-


vos as documentações a seguir, relativas às conces-
sões dos descontos por ela aplicados:

a) Planta dos riscos, confeccionada de acordo


com as convenções padronizadas pelo IRB, com in-
dicação detalhada dos sistemas de proteção existen-
tes, devidamente assinada pelo Segurado;

b) Laudo de inspeção dos sistemas de proteção;

27
c) Laudo de instalação, fornecido pelo Se-
gurado, firma ou pessoa habilitada, com descrição
pormenorizada dos dados técnicos, especificações e
aparelhagem do sistema de proteção;

d) Informação detalhada sobre a brigada


de incêndio;

e) Questionário de Tarifação Individual e Des-


contos - QTID, devidamente preenchido e assinado;

f) Cópia da apólice em vigor.

1.4 O papel do engenheiro de segurança na pre-


venção e combate a incêndios

FUNÇÃO: ENGENHEIRO DE SEGURANÇA


DO TRABALHO

• Assessorar os diversos órgãos da Instituição


em assuntos de segurança do trabalho.

• Propor normas e regulamentos de segurança


do trabalho.

• Estudar as condições de segurança dos lo-


cais de trabalho e das instalações e equipamentos.

28
• Examinar projetos de obras e equipamentos,
opinando do ponto de vista da segurança do trabalho.

• Indicar e verificar a qualidade dos equipa-


mentos de segurança.

• Estudar e implantar sistema de proteção


contra incêndios e elaborar planos de controle de
catástrofe.

• Delimitar as áreas de periculosidade, insalu-


bridade e outras, de acordo com a legislação vigente,
emitir parecer, laudos técnicos e indicar mediação de
controle sobre grau de exposição a agentes agressi-
vos de riscos físicos, químicos e biológicos.

• Analisar acidentes, investigando as causas e


propondo medidas corretivas e preventivas.

• Opinar e participar da especificação para


aquisição de substâncias e equipamentos cuja ma-
nipulação, armazenamento, transporte ou funciona-
mento possam apresentar riscos, acompanhando o
controle do recebimento e da expedição.

• Colaborar na fixação de requisitos de apti-


dão para o exercício de funções, apontando os riscos
decorrentes desses exercícios.

29
• Manter cadastro e analisar estatísticas dos aci-
dentes, a fim de orientar a prevenção e calcular o custo.

• Realizar a divulgação de assuntos de segu-


rança do trabalho.

• Participar de programa de treinamento,


quando convocado.

• Elaborar e executar programas de treina-


mento geral e específico no que concerne à seguran-
ça do trabalho.

• Planejar e executar campanhas educativas


sobre prevenção de acidentes.

• Participar, conforme a política interna da


Instituição, de projetos, cursos, eventos, convênios
e programas de ensino, pesquisa e extensão.

• Trabalhar segundo normas técnicas de segu-


rança, qualidade, produtividade, higiene e preserva-
ção ambiental.

• Executar tarefas pertinentes à área de atua-


ção, utilizando-se de equipamentos e programas de
informática.

30
• Executar outras tarefas compatíveis com as
exigências para o exercício da função.

Destacamos as funções que cabe ao Engenheiro


de Segurança no tocante a Prevenção e Combate a
Incêndios, de forma que, este profissional esta intima-
mente ligado a esta vasta área dentro das Empresas.

1.5 – Extintores e suas capacidades

Extintores se tratam de equipamentos destina-


dos a serem utilizados em princípios de incêndios
que são recipientes metálicos que contêm em seu
interior agente extintor para o combate imediato e
rápido a princípios de incêndio. Podem ser portáteis
ou sobre rodas, conforme o tamanho e a operação.
Os extintores portáteis também são conhecidos sim-
plesmente por extintores e os extintores sobre rodas,
por rodas, por carretas.
Como temos as classes distintas de incêndios,
teremos também diferentes tipos de extintores e se
classificam conforme a classe de incêndio a que se
destinam: “A”, “B”, “C” e “D”. Para cada classe de
incêndio há um ou mais extintores adequados. Todo
o extintor possui, em seu corpo, rótulo de identi-
ficação facilmente localizável. O rótulo traz infor-
mações sobre as classes de incêndio para as quais o

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extintor é indicado e instruções de uso.
Os extintores devem conter uma carga mínima
de agente extintor em seu interior, chamada de uni-
dade extintora e que é especificada em norma.

Extintores Portáteis
De maneira a utilizar de forma fácil e rápida em
seu manuseio, destinados a combater princípios de
incêndio. Recebem o nome do agente extintor que
transportam em seu interior (por exemplo: extintor
de água, porque contém água em seu interior).

Extintor de água:
Capacidade: 10 litros

Unidade extintora: 10 litros

Aplicação: Classe A

Alcance: 10 metros

Pressão interna, expelindo água ao ser acionado


através do gatilho.

Extintor de pó químico seco pressurizado:


Capacidade: 1, 2, 4, 6, 8 e 12 Kg

Unidade extintora: 04 Kg

32
Aplicação: Classes B e C, se for na D, o pó
é especial

Alcance: 05 metros

Pressão interna, para se obter a liberação do pó,


aperta-se o gatilho.

Extintor de Pó Químico Seco (Pressão Injetada)


Capacidade: 4, 6, 8 e 12 Kg

Unidade extintora: 04 Kg

Aplicação: Classes B e C, se for na D, o pó


é especial

Alcance: 05 metros

Pressão externa que esta junto ao cilindro em


outro cilindro pressurizado, para se obter a liberação
do pó, abre o cilindro pequeno e este pressuriza o ex-
tintor e ai apertam o gatilho para o funcionamento.

Extintor de gás carbônico


Capacidade: 2,4 e 6 Kg

Unidade extintora: 06 Kg

33
Aplicação: Classes B e C

Alcance: 2,5 metros

Pressão interna e acionando o gatilho o gás


é liberado

Tomar cuidado com a descarga, pois, ele opera


com baixas temperaturas e corremos o risco de quei-
maduras nas mãos, então temos a parte apropiada
para manusear o difusor.

Extintor de espuma:
Extintor de Espuma Mecânica (Pressurizado)

Capacidade: 09 litros água + LGE

Unidade extintora: 09 litros

Aplicação: Classes A e B

Alcance: 05 metros

Pressão interna e acionando o gatilho a pré-


-mistura água e lge são expelidas e forma-se então a
espuma, com a entrada de ar.

34
Extintor de espuma:
Extintor de Espuma Mecânica (Pressão Injetada)

Capacidade: 09 litros água + LGE

Unidade extintora: 09 litros

Aplicação: Classes A e B

Alcance: 05 metros

Pressão externa em um cilindro de alta pressão,


acionando o gatilho a pré-mistura água e lge são ex-
pelidas e forma-se então a espuma, com a entrada
de ar.

Manutenção e Inspeção
A manutenção começa com o exame periódico e
completo dos extintores e termina com a correção dos
problemas encontrados, visando um funcionamento
seguro e eficiente. É realizada através de inspeções,
onde são verificados: localização, acesso, visibilidade,
rótulo de identificação, lacre e selo da ABNT, peso,
danos físicos, obstrução no bico ou na mangueira, pe-
ças soltas ou quebradas e pressão nos manômetros.

Semanais: Verificar acesso, visibilidade e sinalização.

35
Extintor de espuma:
Extintor de Espuma Mecânica (Pressão Injetada)

Capacidade: 09 litros água + LGE

Unidade extintora: 09 litros

Aplicação: Classes A e B

Alcance: 05 metros

Pressão externa em um cilindro de alta pressão,


acionando o gatilho a pré-mistura água e lge são ex-
pelidas e forma-se então a espuma, com a entrada
de ar.

Manutenção e Inspeção
A manutenção começa com o exame periódico e
completo dos extintores e termina com a correção dos
problemas encontrados, visando um funcionamento
seguro e eficiente. É realizada através de inspeções,
onde são verificados: localização, acesso, visibilidade,
rótulo de identificação, lacre e selo da ABNT, peso,
danos físicos, obstrução no bico ou na mangueira, pe-
ças soltas ou quebradas e pressão nos manômetros.

Semanais: Verificar acesso, visibilidade e sinalização.

35
Mensais: Verificar se o bico ou a mangueira es-
tão obstruídos. Observar a pressão do manômetro
(se houver), o lacre e o pino de segurança.

Semestrais: Verificar o peso do extintor de CO2


e do cilindro de gás comprimido, quando houver. Se
o peso do extintor estiver abaixo de 90% do especi-
ficado, recarregar.

Anuais: Verificar se não há dano físico no extin-


tor, avaria no pino de segurança e no lacre. Recarre-
gar o extintor.

Qüinqüenais: Fazer o teste hidrostático, que é a


prova a que se submete o extintor a cada 5 anos ou
toda vez que o aparelho sofrer acidentes, tais como:
batidas, exposição a temperaturas altas, ataques quí-
micos ou corrosão. Deve ser efetuado por pessoal
habilitado e com equipamentos especializados. Nes-
te teste, o aparelho é submetido a uma pressão de
2,5 vezes a pressão de trabalho, isto é, se a pressão
de trabalho é de 14 kgf/cm2, a pressão de prova
será de 35 kgf/cm2. Este teste é precedido por uma
minuciosa observação do aparelho, para verificar a
existência de danos físicos.

36
Extintores sobre Rodas (Carretas)
São aparelhos com maior quantidade de agente
extintor, montados sobre rodas para serem conduzi-
dos com facilidade. As carretas recebem o nome do
agente extintor que transportam como os extintores
portáteis. Devido ao seu tamanho e sua capacida-
de de descarga a operação destes aparelhos obriga o
empenho de dois operadores.

As carretas podem ser:

a) de água;

b) de espuma mecânica;

c) de espuma química;

d) de pó-quimico-seco e

e) de CO2.

a) de água:
Carreta de água:
Capacidade: 75 a 150 litros
Aplicação: Classe A Alcance: 13 metros
Faz-se necessário um cilindro ao lado da carreta
para pressurizar a água e a partir daí pode-se apertar

37
o gatilho para liberação da água.

b) de espuma mecânica:
Carreta de Espuma Mecânica
Capacidade: 75 a 150 litros mistura de água e
LGE Aplicação: Classe A e B
Alcance: 7,5 metros
Faz-se necessário um cilindro ao lado da carreta
para pressurizar a mistura de água e LGE e a partir daí
pode-se apertar o gatilho para liberação da mistura que
entrar em contato com o ar, formar-se-á a espuma.

c) de espuma química:
Carreta de Espuma Química
Capacidade: 75 a 150 litros todos os reagentes
Aplicação: Classe A e B Alcance: 13 metros
Com o tombamento do aparelho e a abertura
do registro, as soluções dos reagentes (sulfato de alu-
mínio e bicarbonato de sódio) entram em contato e
reagem formando a espuma química. Depois de ini-
ciado o funcionamento, não é possível interromper
a descarga.

d) de pó-quimico-seco:
Carreta de Pó químico seco
Capacidade: 20 a 100 Kg
Aplicação: Classe B e C
Junto ao corpo existe um cilindro de gás para

38
pressurizar o sistema e assim que apertamos o gati-
lho, o pó é expelido.

e) de CO2:
Carreta de Gás Carbônico
Capacidade: 25 a 50 Kg Aplicação: Classe B e C
Alcance: 3 metros
O gás é liberado com o acionamento do gatilho.

1.6 – Suprimento d’água

Reserva de Incêndio ( suprimento de água )


Água que deve ser separados para uso excusivo
em caso de sinistros e/ou princípios de incêndios,
não podendo ser utilizada para outros fins.

Podem ser armazenadas das seguintes formas:


a) Pode ser do tipo ao nível do solo: reserva de
incêndio cujo fundo encontra-se instalado no mes-
mo nível do terreno natural;
b) Pode ser do tipo elevado: reserva de incên-
dio cujo fundo encontra-se instalado acima do nível
do terreno natural com a tubulação formando uma
coluna d’água;
c) Pode ser enterrado ou subterrâneo: reserva
de incêndio cuja parte superior encontra-se instalada
abaixo do nível do terreno natural;”e

39
d) Ou ainda semi-enterrado: reserva de incên-
dio cujo fundo encontra-se instalado abaixo do nível
do terreno natural e com a parte superior acima do
nível do terreno natural.

1.7 – Sistema de Hidrantes

Hidrante
É um aparelho constiruido de um é um duto
metálico tendo na extremidade inferior uma junta
de união rosca fêmea de 63mm de diâmetro com
5 fios por 25 mm; na extremidade superior, o duto
bifurca-se em duas expedições laterais com engate
rápido (tipo storz) e 63mm de diâmetro. É acopla-
do ao hidrante subterrâneo, permitindo a ligação de
mangueiras e mangotes.

Os componentes de um sistema de hidrantes são:

a) reservatório de água, que pode ser subterrâ-


neo, ao nível do piso elevado;

b) sistema de pressurização.
O sistema de pressurização consiste normalmente
em uma bomba de incêndio, dimensionada a propiciar
um reforço de pressão e vazão, conforme o dimensio-
namento hidráulico de que o sistema necessitar.
Quando os desníveis geométricos entre o reser-

40
vatório e os hidrantes são suficientes para propiciar
a pressão e vazão mínima requeridas ao sistema, as
bombas hidráulicas são dispensadas.
Seu volume deve permitir uma autonomia para
o funcionamento do sistema, que varia conforme o
risco e a área total do edifício.

c) Conjunto de peças hidráulicas e acessórios.


São compostos por registros (gaveta, ângulo aber-
to e recalque), válvula de retenção, esguichos e etc.;

d) Tubulação;
A tubulação é responsável pela condução da água,
cujos diâmetros são determinados, por cálculo hidráulico.

e) Forma de acionamento do sistema


As bombas de recalque podem ser acionadas por
botoeiras do tipo liga-desliga, pressostatos, chaves de
fluxo ou uma bomba auxiliar de pressurização.

Mangueira
Chamamos de mangueira de incêndio como
sendo um duto flexível utilizado para transportar
água da fonte de suprimento ao lugar onde deva ser
aplicada. Dependendo da finalidade, temos a man-
gueira deve ser flexível, resistir à pressão interna e
ser, tanto quanto possível, leve e durável.

41
Ela é formada por um conjunto constituído por
um tubo interno revestido com reforço têxtil e com
uma junta de união em cada extremidade para possi-
bilitar o seu acoplamento.
Tubo Interno: deve ser de borracha, plástico
ou outro material flexível.
Reforço Têxtil: deve ser fabricado com fios sin-
téticos. O urdume deve ser entrelaçado com a trama.
São classificadas em cinco tipos, de acordo com
o material de que são fabricadas e o emprego a que
se destinam.

Tipo 1 - Destina-se a edifícios de ocupa-


ção residencial.
Tipo 2 - Destina-se a edifícios comerciais e in-
dustriais ou Corpo de Bombeiros.
Tipo 3 - Destina-se às áreas navais e industriais
ou Corpo de Bombeiros, em que é desejável uma
maior resistência á abrasão.
Tipo 4 - Destina-se à área industrial, na qual é
desejável uma maior resistência à abrasão.
Tipo 5 – Destina-se às áreas industriais ou Cor-
po de Bombeiros, em que é desejável uma maior re-
sistência à abrasão e a superfícies quentes.

42
Algumas precauções que temos que ter
com as mangueiras

Sendo um dos equipamentos mais preciosos


que temos no momento de um combate a incêndios,
dela dependera nosso sucesso, assim como também
a segurança dos homens que guarnecem os esgui-
chos. Essa razão é suficiente para que se dispense
a esse equipamento cuidadoso trato, antes, durante
e depois do uso. Esses cuidados têm como objeti-
vo mantê-las em perfeitas condições de uso, além
de obter, desse custoso material, o maior tempo de
utilização possível.
Após a utilização das mesmas, devem ser reco-
lhidas recolhidas, devem sofrer rigorosa inspeção vi-
sual quanto ao estado da lona e das uniões. Após, as
mangueiras aprovadas deverão ser lavadas cuidado-
samente com água pura, e, se necessário, com sabão
neutro. Escovas de fibras longas e macias podem ser
usadas para remover as sujeiras e os resíduos do sa-
bão empregado. Após enxáguo sucessivos, a man-
gueira deverá ser posta para secar em suporte ade-
quado, à sombra, de onde só deverá ser retirada após
completamente seca. O uso de estufa para secagem
deve obedecer às especificações do fabricante; to-
davia, a mangueira deve ser antes suspensa por no
mínimo 10 ( dez ) dias para completa drenagem da
água acumulada na parte interna.

43
ESGUICHOS
Temos que nos ater a alguns conceitos muito
importantes para nos, e um dele é o conceito de
esguicho: que é um acessório hidráulico que é aco-
plado na extremidade final das mangueiras para dar
forma, direção e velocidade ao agente extintor em
direção ao fogo. Ele transforma a água em um jato
e controla o jato até que o fogo seja extinto de ma-
neira mais eficiente (o que significa: usando uma
quantidade mínima de água, com o mínimo de dano
causado pela água). Um esguicho consiste normal-
mente de uma ponta e de uma válvula de abertura
e fechamento. A ponta ou extremidade do esguicho
recebe o nome de requinte. A válvula de abertura e
fechamento serve não apenas para abrir e fechar o
esguicho, mas, em alguns casos, serve também como
meio para controlar a vazão pela sua ponta. O re-
quinte do esguicho é o componente do esguicho que
forma o jato.
Para se tornar um eficiente agente extintor, a
água precisa estar sob a forma de jato de combate a
incêndio. Um jato de água para combate a incêndio
se forma pela conjugação do uso de bombas para
desenvolver pressão e mangueiras para transportar
água. Assim, a água pode ser forçada por uma linha
de mangueiras com velocidade suficiente para ser le-
vada do esguicho até o ponto desejado. Este jato de
água é formado pelo esguicho.

44
1) Cite as formas de propagação do calor no
ambiente em chamas ?
2) Quais são as classes de Incêndio conheci-
das hoje ?
3) Defina extintores de incêndio.
4) Quais são as classes, de acordo com a na-
tureza de ocupações, segundo o TSIB ( Tarifa de
Seguro Incêndio do Brasil ) ?
5) Cite as formas de propagação do calor no
ambiente em chamas ?

45
1) Cite as formas de propagação do calor no
ambiente em chamas ?
2) Quais são as classes de Incêndio conheci-
das hoje ?
3) Defina extintores de incêndio.
4) Quais são as classes, de acordo com a na-
tureza de ocupações, segundo o TSIB ( Tarifa de
Seguro Incêndio do Brasil ) ?
5) Cite as formas de propagação do calor no
ambiente em chamas ?

45
Capítulo 2 .
2.1 - Proteção Ativa: chamamos de proteção ativa
em um conjunto de medidas de proteção destina-
das ao combate de princípios de incêndios. São os
equipamentos de combate a incêndios propriamente
ditos. Ex. aparelhos extintores, sistema de hidrantes,
sistema de chuveiros automáticos, sistema de alarme
e detecção, sistema de iluminação de emergência, si-
nalização dos equipamentos, sistemas fixos, brigada
de incêndio e outros.

2.2 - Proteção Passiva: chamamos de proteção


passiva em uma das características construtiva do
edifício que tem por objetivo evitar ou retardar a
propagação do fogo. Esta proteção está incorpo-
rada à construção física do edifício. Ex. comparti-
mentação de áreas, dutos e shaft´s, ventilação, acesso
externo ao prédio, controle de materiais de acaba-
mento, resistência ao fogo das estruturas, saídas de
emergências, escadas e outros.

SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

Definição e conceito
Temos por definição que uma saída de emer-
gência faz parte de um conjunto que integra a edifi-
cação, possuindo requisitos à prova de fogo e fuma-

47
ça para permitir o escape das pessoas em segurança,
em situações de emergência.
Então como explicado à cima, a finalidade é
garantir o abandono da edificação pelos ocupantes,
para local seguro, a fim de preservar a vida humana
e permitir o acesso do Corpo de Bombeiros para as
operações de busca, salvamento, resgate e combate
a incêndios.

Descrição geral

Elas são compostas por portas, acessos e esca-


das, que podem ser dos seguintes tipos:

a) escadas simples - é destinada ao desloca-


mento das pessoas, sem que haja proteção ao fogo.

b) escadas simplesmente enclausurada – é pro-


tegida (enclausurada) por alvenaria e PCF (portas
corta fogo) em seus acessos nos pavimentos; não
possui antecâmara de ventilação e exaustão;

c) escadas enclausurada com antecâmaras (à


prova de fumaça) - é protegida por alvenaria e aces-
sos por intermédio de antecâmara com duto de ven-
tilação (ar) ou duto de exaustão (fumaça); possui
duas PCF, uma no acesso à antecâmara e outra no
acesso à escada. O Código de obras do município de

48
São Paulo admite apenas um duto (com função de
ventilação e exaustão simultaneamente), já a NBR
9077 exige dois dutos (um para ventilação e outro
para exaustão);

d) escadas enclausurada pressurizada (à prova de


fumaça) - é protegida com PCF em seus acessos; pos-
sui sistema mecânico de ventilação forçada, que man-
tém a pressão da “caixa de escada” maior que a pres-
são dos ambientes, impedindo, desta forma, a entrada
de fumaça; o ar deve ser captado em um ambiente
externo e insuflado para a “caixa de escada” por meio
de dutos e grelhas por meio de ventiladores, que são
automatizados por detectores de fumaça;

e) escadas enclausurada pressurizada com ante-


câmaras (à prova de fumaça) é composta pela soma-
tória dos tipos de proteção descritos nas letras “c” e
“d”.

Por conceito de segurança nas edificações, a


quantidade e localização das saídas de emergência se
baseiam em verificar a quantidade em função do ca-
minhamento, do ponto mais distante da edificação em
um determinado pavimento até um acesso ao exterior,
ou a uma escada nos pavimentos elevados e enterrados.
Não obstante das observações acima, devemos
também observar que as escadas e rampas deverão

49
ser dotadas de corrimãos e guarda-corpos, atenden-
do ao seguinte:

a) os corrimãos deverão ser adotados em ambos


os lados das escadas ou rampas, devendo estar situ-
ados entre 80 cm e 92 cm acima do nível do piso,
sendo em escadas, esta medida tomada verticalmente.

b) para auxílio dos deficientes visuais, os corri-


mãos das escadas deverão ser contínuos, sem interrup-
ção nos patamares, prolongando-se, sempre que for
possível, pelo menos 0,20 m do início e término da
escada suas extremidades voltadas para a parede ou
com solução alternativa.
As edificações podem estar dimensionadas para
atender a legislação estadual ou a municipal.

2.3 – Proteção Estrutural:

Quando falarmos de proteção estrutural em


proteção de incêndios, estamos fazendo uma rela-
ção na capacidade de resistência ao fogo das estru-
turas, e esta é definida como sendo a característica
dos elementos construtivos de resistirem à ação do
fogo por um determinado período de tempo (espe-
cificado em normas técnicas oficiais), mantendo sua
integridade e características de vedação aos gases e

50
chamas ou de isolação térmica.
As estruturas de um edifício são compostas
basicamente pelos pilares, vigas e lajes, sendo res-
ponsáveis pela estabilidade física do edifício. O tem-
po requerido de resistência ao fogo das estruturas é
determinado por normas e varia geralmente de 30 a
240 minutos, sendo que os tempos mais freqüentes
são 30, 60, 90 e 120 minutos. Este período, teorica-
mente, seria aquele em que a estrutura se mantém
íntegra e estável.
Após este tempo admite-se, em tese, sua ruína (co-
lapso estrutural). Assim as ações de resgate e combate
ao incêndio devem ter sucesso dentro deste período.
Os métodos para se comprovar os tempos requeridos
de resistência das estruturas são baseados em:

1) métodos analíticos: que são formulações ma-


temáticas, levando-se em consideração as variáveis
de um incêndio natural (considerando ventilação,
carga de incêndio e outros) e as próprias proprie-
dades físicoquímicas da estrutura e de seu isolante
térmico (quando usado).

A finalidade da segurança estrutural é manter


a integridade e estabilidade do edifício dentro do
período de tempo estabelecido em normas técnicas.
Esse período de tempo mínimo estipulado por nor-
mas entende-se universalmente suficiente para:

51
a) possibilitar a saída dos ocupantes da edifica-
ção em condições de segurança;

b) garantir condições razoáveis para o emprego


de socorro público que permita o acesso operacional de
viaturas, equipamentos e seus recursos humanos, com
tempo hábil para exercer as atividades de salvamento
(pessoas retidas) e combate a incêndio (extinção);

c) minimizar danos ao próprio prédio, às edifi-


cações adjacentes e ao meio ambiente.

2) ensaios laboratoriais: onde se utiliza a curva de


tempo-temperatura padronizada (como por exemplo
a curva da norma ISO-834). Neste ensaio leva-se a
peça até um forno apropriado onde será submetida a
uma simulação de incêndio padronizado;

Estruturas e seu comportamento ao fogo


- concreto armado: é o tipo de estrutura mais
usada pela construção civil no Brasil devido princi-
palmente a abundância de matéria prima e mão-de-
-obra, sendo composto basicamente por areia, brita,
cimento e água. O concreto armado é a união do
concreto com a armadura em aço. O aço utilizado
no concreto armado é responsável pela resistência
mecânica à tração e à torção. Já o concreto tem a fi-
nalidade principal de suportar as ações de compres-

52
são. O conjunto concreto mais armadura chama-se
“concreto armado”;

- concreto protendido: apresenta uma peculiari-


dade em relação ao concreto armado convencional,
pois a sua armadura (cordoalhas de aço), durante a
confecção da peça (vigas, pilares ou placas), sofre
uma tração inicial (por meio de macacos hidráuli-
cos), ou seja, a peça é pré-tensionada.

Este processo resulta em uma maior resistência


da estrutura, vencendo maiores vãos e reduzindo a
secção e o peso da peça.

A NBR-15200 (projeto de estruturas de concre-


to em situação de incêndio) prescreve que o tempo
de resistência ao fogo do concreto está diretamente
ligado a espessura do “recobrimento” da armadura
de aço, sendo que quanto maior o recobrimento da
armadura, maior a resistência da estrutura do con-
creto. A norma citada apresenta tabelas com a es-
pessura de recobrimento em função do tempo de
resistência ao fogo requerido.

Estruturas metálicas
O uso de perfis metálicos como estrutura vem
crescendo bastante nos últimos anos no mercado da
construção civil. O aço absorve rapidamente a va-

53
riação de temperatura do ambiente, sendo que suas
características físico-químicas são alteradas com o au-
mento da temperatura. Conclui-se por meio de testes
e ensaios que a uma temperatura de aproximadamente
550º C o aço perde 50% de sua resistência mecânica.
Para compensar a baixa resistência do aço em
relação ao calor utiliza-se produtos de proteção nos
perfis. A resistência do conjunto (perfil mais revesti-
mento retardantes) será em função das propriedades
fisico-químicas do isolante e da massividade do per-
fil. Quanto mais robusto o perfil, menor será a es-
pessura do isolante adotado. A massividade do perfil
está relacionada com o perímetro e a área da secção
transversal do mesmo. A relação entre o perímetro e
área da secção transversal do perfil chama-se “fator
de forma” ou “fator de massividade”.

Os materiais resistentes ao fogo mais comuns


para revestimento de estruturas metálicas são:

a) materiais projetados (tipo argamassa cimentícia);

b) placas e mantas de lã de rocha;

c) mantas cerâmicas;

d) tinta intumescente (tinta que expande com calor);

54
e) argamassa de vermiculita (argamassa); e

f) alvenaria e concreto.

Estrutura de madeira
Muito utilizada como estrutura de coberturas
e forros, porém, como estruturas de edificações,
porem de alto risco devido sua característica de alta
combustibilidade, os códigos de edificações permi-
tem o seu uso em edifícios de pequena área e peque-
na altura.
Sua construção vai determinar a resistência ao
fogo da madeira varia conforme a qualidade da mes-
ma e a sua robustez, sendo certo que madeiras de
lei têm demonstrado na prática e em ensaios, uma
boa resistência ao fogo, pois a parte superficial da
madeira (atingida pelas chamas e calor) cria uma pe-
lícula carbonizada protegendo o seu miolo, que é o
responsável pela resistência mecânica da peça. Para
se alcançar o tempo de uma determinada peça es-
trutural de madeira deve-se conhecer então sua taxa
de queima específica assim, calcula-se o tempo que
o fogo comprometerá a secção da peça estrutural
responsável pela resistência mecânica dimensionada
em projeto. Para se aumentar a resistência ao fogo,
aumenta-se então a secção da peça

55
Sistemas de iluminação de emergência
Sistema que também é um item de caráter obri-
gatório nas edificações de acordo com a legislação
atual e muito utilizado nas edificações em sistemas
de proteção de incêndios que permite clarear áreas
escuras de passagens, horizontais e verticais, incluin-
do áreas de trabalho e áreas técnicas de controle de
restabelecimento de serviços essenciais e normais,
na falta de iluminação normal.
Na ocorrência de um incêndio, este poderá afe-
tar o sistema de energia da edificação, provocando
a sua interrupção e conseqüentemente apagando as
luminárias, provocando pânico dos ocupantes, tanto
pelo incêndio como pela falta de luminosidade para
deixar o local. Há então a necessidade da edificação
possuir um sistema de iluminação de emergência
com intensidade suficiente para evitar acidentes e
garantir a evacuação das pessoas, levando em conta
também a possível penetração de fumaça nas áreas.

Objetivo
No caso de um imprevisto com a falta de ilumi-
nação na edificação ela deve proporcionar ilumina-
ção suficiente e adequada, a fim de permitir a saída
fácil e segura das pessoas para o exterior da edifi-
cação, em caso de interrupção da alimentação nor-
mal, bem como proporcionar a execução de serviços
do interesse da segurança e intervenção de socor-

56
Sistemas de iluminação de emergência
Sistema que também é um item de caráter obri-
gatório nas edificações de acordo com a legislação
atual e muito utilizado nas edificações em sistemas
de proteção de incêndios que permite clarear áreas
escuras de passagens, horizontais e verticais, incluin-
do áreas de trabalho e áreas técnicas de controle de
restabelecimento de serviços essenciais e normais,
na falta de iluminação normal.
Na ocorrência de um incêndio, este poderá afe-
tar o sistema de energia da edificação, provocando
a sua interrupção e conseqüentemente apagando as
luminárias, provocando pânico dos ocupantes, tanto
pelo incêndio como pela falta de luminosidade para
deixar o local. Há então a necessidade da edificação
possuir um sistema de iluminação de emergência
com intensidade suficiente para evitar acidentes e
garantir a evacuação das pessoas, levando em conta
também a possível penetração de fumaça nas áreas.

Objetivo
No caso de um imprevisto com a falta de ilumi-
nação na edificação ela deve proporcionar ilumina-
ção suficiente e adequada, a fim de permitir a saída
fácil e segura das pessoas para o exterior da edifi-
cação, em caso de interrupção da alimentação nor-
mal, bem como proporcionar a execução de serviços
do interesse da segurança e intervenção de socor-

56
ro (Bombeiros) e garantir a continuação do traba-
lho nos locais onde não possa haver interrupção de
iluminação normal. O sistema alimentará principal-
mente os seguintes locais: corredores, escadas, ram-
pas, saídas, áreas de trabalho, áreas técnicas, e áreas
de primeiros socorros.

Composição básica
Quanto ao tipo de sistema para a finalidade aci-
ma descrita, são aceitos os seguintes tipos: conjunto
de blocos autônomos (instalação fixa), sistema cen-
tralizado com baterias e sistema centralizado com
grupo motogerador.

Conjunto de blocos autônomos


São aparelhos de iluminação de emergência
constituídos de um único invólucro adequado, con-
tendo lâmpadas incandescentes, fluorescentes ou si-
milares, fonte de energia com carregador e controles
de supervisão e sensor de falha na tensão alternada,
dispositivo necessário para colocá-lo em funciona-
mento, no caso de interrupção de alimentação da
rede elétrica da concessionária ou na falta de uma
iluminação adequada.

Sistema centralizado
O sistema centralizado com bateria de acumu-
ladores elétricos deve possuir circuito carregador

57
com recarga automática, de modo a garantir a au-
tonomia do sistema de iluminação de emergência.
A alimentação principal do circuito de recarga deve
estar ligada ao quadro geral de distribuição de ener-
gia elétrica e o sistema protegido por disjuntores
termomagnéticos da rede elétrica da concessionária.
Os eletrodutos deverão ser metálicos ou em PVC
antichama e as luminárias deverão suportar até uma
temperatura de 70ºC.

Grupo moto gerador


O grupo motogerador deve incorporar:

a) todos os dispositivos adicionais que garan-


tam seu arranque automático após a falta de energia
da concessionária, no máximo em 12 s;

b) deve ser garantido o acesso irrestrito desde


a área externa do prédio, sem passar por áreas com
material combustível;

c) indicador de quantidade de combustível;

d) botão de arranque manual;

e) dispositivos de funcionamento, como esca-


pamento sem perdas, silenciador e de manutenção,
como duto de descarga do radiador, etc.;

58
Quanto ao tipo de luminárias, poderão ser de
dois tipos:

a) iluminação de emergência de aclaramento;

b) sistema composto por dispositivos de ilumi-


nação de ambientes para permitir a saída fácil e se-
gura das pessoas para o exterior da edificação, bem
como proporcionar a execução de intervenção ou
garantir a continuação do trabalho em certas áreas,
em caso de interrupção da alimentação normal;

c) iluminação de emergência de balizamento


ou de sinalização:

d) iluminação de sinalização com símbolos e/ou


letras que indicam a rota de saída (mudança de direção
e saídas) que pode ser utilizada neste momento.

Bloco autônomo
A interrupção de energia faz com que seja acio-
nado um dispositivo no interior do aparelho que per-
mitirá o funcionamento da luminária através de uma
fonte de alimentação interna (bateria).

Sistema centralizado
Neste caso, a central de iluminação de emergên-
cia, quando da interrupção de energia, acionará o sis-

59
tema, alimentado por um conjunto de baterias, que
fará acender todas as luminárias ligadas ao laço de
fiação elétrica.

Grupo moto gerador


Este sistema poderá abranger outros equipa-
mentos, todas as luminárias ou apenas as luminárias
necessárias para a saída de emergência. Na ocorrência
da interrupção da energia da concessionária, um dis-
positivo do painel de controle do gerador (relê) será
acionado, mandando sinal para o gerador cujo funcio-
namento é através de motor à explosão alimentado
por liquido combustível ou inflamável, que será acio-
nado através de baterias. Este gerador fornecerá ener-
gia elétrica para o funcionamento dos equipamentos
e/ou luminárias pré-estabelecidas.

Compartmentação horizontal e comparti-


mentação vertical
Esta proteção devemos ter a noção exata e co-
nhecimento da edificação para compartimentarmos
as áreas que corresponde a uma medida de proteção
passiva, constituída de elementos de construção re-
sistentes ao fogo e destinados a evitar ou minimizar a
propagação do fogo, calor e gases, tanto interna quan-
to externamente ao edifício e no mesmo pavimento
ou para pavimentos elevados consecutivos.

60
Compartimentação horizontal: medida de
proteção, constituída de elementos construtivos re-
sistentes ao fogo, separando ambientes, de tal modo
que o incêndio fique contido no local de origem e
evite a sua propagação no plano horizontal.

i. Incluem-se nesse conceito os elementos de


vedação abaixo descritos:

ii. paredes corta-fogo de compartimentação


de áreas;

iii. portas e vedadores corta-fogo nas paredes


de compartimentação de áreas;

iv. selagem corta-fogo nas passagens das instalações


prediais existentes nas paredes de compartimentação;

v. registros corta-fogo nas tubulações de venti-


lação e de ar condicionado que transpassam as pare-
des de compartimentação;

vi. paredes corta-fogo de isolamento de riscos


entre unidades autônomas;

vii. paredes corta-fogo entre unidades autôno-


mas e áreas comuns; e

61
viii. portas corta-fogo de ingresso de unida-
des autônomas.

A compartimentação horizontal é constituída


dos seguintes elementos construtivos:

a) paredes corta-fogo de compartimentação;

b) portas corta-fogo;

c) vedadores corta-fogo;

d) registros corta-fogo (dampers);

e) selos corta-fogo; e

f) afastamento horizontal entre aberturas.

Compartimentação vertical: quando nos re-


ferimos a compartimentação vertical, são medidas
de proteção constituída de elementos construtivos
resistentes ao fogo separando pavimentos consecu-
tivos, de tal modo que o incêndio fique contido no
local de origem e dificulte a sua propagação no pla-
no vertical.

Incluem-se nesse conceito os elementos de ve-

62
dação abaixo descritos:

1. entrepisos ou lajes corta-fogo de comparti-


mentação de áreas;

2. vedadores corta-fogo nos entrepisos ou lajes


corta-fogo;

3. enclausuramento de dutos (“shafts”) por


meio de paredes corta-fogo;

4. enclausuramento das escadas por meio de


paredes e portas corta-fogo;

5. selagem corta-fogo dos dutos (“shafts”) na


altura dos pisos e entrepisos;

6. paredes resistentes ao fogo na envoltória


do edifício;

7. parapeitos ou abas resistentes ao fogo, sepa-


rando aberturas de pavimentos consecutivos;

8. registros corta-fogo nas aberturas em cada pa-


vimento dos dutos de ventilação e de ar condicionado.

63
Compartimentação vertical no interior dos edifícios
Temos como compartimentação vertical no inte-
rior dos edifícios é provida por meio de entrepisos cuja
resistência ao fogo não deve ser comprometida pelas
transposições que intercomunicam os pavimentos.
Os entrepisos podem ser compostos por lajes
de concreto armado ou protendido ou por compo-
sição de outros materiais que garantam a separação
física dos pavimentos.
A resistência ao fogo dos entrepisos deve ser
determinada por meio de ensaio segundo a NBR
5628 ou dimensionada de acordo com norma bra-
sileira pertinente.
Deve atender às seguintes condições:

a) no interior da edificação,todas as aberturas


no entrepiso destinadas às passagens das instalações
de serviços devem ser vedadas por selos corta-fogo;

b) as aberturas existentes nos entrepisos devem


ser protegidas por vedadores corta-fogo;

c) os poços destinados a elevadores, monta-


-carga e outras finalidades devem ser constituídos
por paredes corta-fogo devidamente consolidadas
de forma adequada às lajes dos pavimentos, com re-
sistência ao fogo de no mínimo 240 minutos. Suas
aberturas devem ser protegidas por vedadores pára-

64
-chamas e portas pára-chamas, as quais devem apre-
sentar resistência ao fogo;

d) as escadas devem ser enclausuradas por


meio de paredes corta-fogo e portas corta-fogo as
quais devem ter resistência ao fogo de, no mínimo,
240 minutos para as paredes e, no mínimo, 60 minu-
tos para as portas;

e) no caso de dutos de ventilação, ar-condicio-


nado e exaustão que atravessarem as lajes, além da
selagem das passagens destes equipamentos, devem
existir registros corta-fogo devidamente ancorados à
laje com resistência ao fogo igual à da laje;
f) quando a escada de segurança for utilizada
como via de circulação vertical em situação de uso
normal dos edifícios, suas portas corta-fogo podem
permanecer abertas desde que sejam utilizados dis-
positivos elétricos (eletroímãs) que permitam seu fe-
chamento em caso de incêndio e comandados por
sistema de detecção automática de fumaça instalado
nos “halls” de acesso à(s) escada(s);

g) a falha dos dispositivos de acionamento das


portas corta-fogo deve dar-se na posição de seguran-
ça, ou seja, qualquer falha que possa ocorrer deve de-
terminar automaticamente o fechamento da porta;

65
h) a situação (“status”) das portas corta-fogo
(aberto ou fechado) deve ser indicada na central do
sistema de detecção e o fechamento das mesmas deve
poder ser efetuado por decisão humana na central;

i) nos pavimentos de descarga os trechos das


escadas que provém do subsolo ou dos pavimentos
elevados devem ser enclausurados de maneira equi-
valente a todos os outros pavimentos;

j) a exigência de resistência ao fogo das pare-


des de enclausuramento da escada também se aplica
às antecâmaras quando estas existirem;

l) uma outra alternativa às portas pára-cha-


mas de andar constitui-se de enclausuramento dos
“halls” dos elevadores, por meio de portas retráteis
corta-fogo mantidas permanentemente abertas e
comandadas por sistema de detecção automática de
fumaça, de acordo com a NBR 9441, fechando auto-
maticamente em caso de incêndio e atendendo ainda
ao disposto das letras “f ” e “g”;

p) o enclausuramento dos “halls” dos elevado-


res permitirá a disposição do elevador de emergência
em seu interior;

q) as portas de andar de elevadores e as portas

66
de enclausuramento dos “halls” devem ter resistên-
cia ao fogo de no mínimo 60 minutos.

Átrios
Estes locais são entendidos como locais dife-
renciados e devem ser entendidos como espaços no
interior de edifícios que interferem na compartimen-
tação horizontal ou vertical, devendo atender a uma
série de condições para não facilitarem a propagação
do incêndio.
Para que a existência do átrio não afete a com-
partimentação vertical é necessário que as seguintes
condições adicionais sejam atendidas:

a) compartimentação do átrio deve ser feita em


todos os pavimentos servidos em seu perímetro in-
terno ou no perímetro da área de circulação que o
rodeia em cada pavimento;

b) os elementos de compartimentação do átrio


devem apresentar resistência ao fogo, podendo, in-
clusive, constituírem-se por paredes corta-fogo de
compartimentação, vidros corta-fogo e vedadores
corta-fogo;

c) as paredes corta-fogo de compartimentação de-


vem ter resistência ao fogo de no mínimo 120 minutos;

67
d) os vedadores corta-fogo podem ser retráteis,
de correr ou de deslocamento horizontal, devendo
ser compostos integralmente por materiais incom-
bustíveis; os vedadores podem apresentar fechamen-
to automático, comandado por sistema de detecção
automática de fumaça;

e) as condições de fechamento dos vedadores


mencionados no item anterior devem ser tais que
não ofereçam risco de provocar acidentes e ferimen-
tos nas pessoas.

Compartimentação horizontal:
a) as paredes de compartimentação presentes
em grandes galpões servem para limitar a propaga-
ção do incêndio;

b) as portas corta-fogo existentes nas paredes


de compartimentação podem apresentar-se de dois
tipos para uso de pessoas, e do tipo industrial que
tem fechamento automático;

c) as outras aberturas presentes na parede de


compartimentação devem ter elemento resistente ao
fogo com resistência igual a da parede; e

d) a área compartimentada serve de área de


refúgio, porém deve–se sempre procurar a saída de

68
emergência para abandono do local.

Compartimentação vertical:
a) serve para evitar a propagação do incêndio
por convecção;

b) as aberturas (“shafts”) podem não ter ele-


mentos de compartimentação, daí a propagação do
incêndio irá ocorrer por esta abertura;

c) as escadas enclausuradas nos prédios eleva-


dos servem como área de progressão para o comba-
te a incêndio e retirada de pessoas; e

d) os elevadores comuns não devem ser utili-


zados como rota de fuga, pois não tem elementos
resistentes ao fogo.

69
emergência para abandono do local.

Compartimentação vertical:
a) serve para evitar a propagação do incêndio
por convecção;

b) as aberturas (“shafts”) podem não ter ele-


mentos de compartimentação, daí a propagação do
incêndio irá ocorrer por esta abertura;

c) as escadas enclausuradas nos prédios eleva-


dos servem como área de progressão para o comba-
te a incêndio e retirada de pessoas; e

d) os elevadores comuns não devem ser utili-


zados como rota de fuga, pois não tem elementos
resistentes ao fogo.

69
quentes dentro da edificação é a principal causa de
propagação do fogo, sendo assim, a decisão de ini-
ciar a ventilação tática deve ser parte da estratégia
global do controle de movimento de ar na edificação.
Temos como nosso favor os estudos que indi-
cam que a força e a direção do vento geralmente são
os fatores dominantes na Ventilação tática, pois, de-
terminam a velocidade e a direção que a fumaça e os
gases quentes tomam no interior da edificação.
Nunca devemos combater os incêndios nas
edificações em posição contrária à direção do vento,
bem como a utilização de ventiladores para forçar
o ar para dentro da edificação, pois a eficiência des-
ta tática dependerá da capacidade dos ventiladores,
quando comparado com a força contrária do vento
e, se o vento for muito forte, este pode anular ou
prevalecer sobre a ação dos ventiladores.

3.3 Sistemas Fixos de Proteção.

Proteção por Sistemas de Chuvei-


ros Automáticos
Todos os sistemas de proteção de incêndio que
estamos citando neste trabalho, vem de encontro
com normas e legislações vigentes nacionais e in-
ternacionais, que procuramos compilar em resumo
as principais, neste caso de sistemas de chuveiros
automáticos, este é projetado e instalado conforme

86
70
1) Defina Proteção Ativa em Proteção contra
Incêndios e Explosão. Dê exemplos?
2) Qual é o objetivo da Proteção Estrutural e sua
importância na Proteção contra Incêndios e Explosão?
3) Defina Proteção Passiva em Proteção contra
Incêndios e Explosão. Dê exemplos?
4) Qual é o significado da sigla TRRF, quando
falamos em Proteção contra Incêndios e Explosão ?
5) Quais as características da Compartimenta-
ção Horizontal e Vertical? De exemplos de ambas
as proteções.

71
Capítulo 3 .
3.1 Sistemas de detecção de alarme.

Todos os sistemas de detecção de alarme, por ser


um item de suma importância na edificação, têm que
cuidar do mesmo com um criterioso cuidado e aten-
ção. No caso de sistema de alarme contra incêndios
consiste num dispositivo elétrico destinado a produzir
sons de alerta aos ocupantes de uma edificação, por
ocasião de uma emergência qualquer acionado manu-
almente pelos ocupantes da edificação.

Para fins de projeto e instalação do sistema de


detecção e alarme de incêndio, deverá ser adotada as
normas técnicas da ABNT (NBR 9441/98 e NBR
13848/97).

Como trata-se de um sistema eletro-eletronico,


existem vários tipos e modelos, mas geralmente al-
guns componentes são comuns a todos, citamos
abaixo alguns itens de um sistema de alarme e detec-
ção automática de incêndio:

a) central – equipamento destinado a processar


os sinais provenientes dos circuitos de detecção, a
convertê-los em indicações adequadas e a comandar

73
e controlar os demais componentes do sistema;

b) baterias de alimentação do sistema – fonte


de alimentação autônoma da energia fornecida pela
Concessionária de Serviço Público proporcionada
por meio de baterias de acumuladores;

c) circuitos de detecção – circuito no qual são


instalados os detectores automáticos, acionadores
manuais ou quaisquer outros tipos de sensores per-
tencentes ao sistema;

d) detector automático de incêndio – dispositi-


vo destinado a operar quando influenciado por de-
terminados fenômenos físicos ou químicos que pre-
cedem ou acompanham um principio de incêndio;

e) acionador manual – dispositivo destinado a


transmitir a informação de um princípio de incên-
dio, quando acionado por uma pessoa (chamado
também de botoeira quebra-vidro);

Principio de funcionamento do sistema


a) a fiação que interliga cada componente do
sistema deve ser protegida contra a ação do fogo e
interferências eletromagnéticas, o que implica na uti-
lização de eletrodutos metálicos (ferro galvanizado)

74
– ou de PVC rígido anti-chama, neste caso, a fiação
deverá ser dotada de blindagem eletrostática; e

b) os eletrodutos devem ser para uso exclusivo


dos circuitos do sistema

(não podem ser utilizados para passagem de


fios de corrente alternada ou eletricidade em geral).

Existem vários tipos de aplicação e vejamos


suas aplicações de detectores:

a) detectores de temperaturas térmicos – utili-


zados em ambientes onde a ultrapassagem de deter-
minada temperatura indique seguramente um princí-
pio de incêndio;

b) detectores de temperatura termovelocimé-


tricos – utilizados em ambientes onde a rapidez no
aumento de temperatura indique inequivocadamen-
te um princípio de incêndio;

c) detectores de fumaça iônicos – utilizados em


ambientes onde, num princípio de incêndio, haja for-
mação de combustão, mesmo invisível, ou fumaça,
antes da deflagração do incêndio propriamente dito;

d) detectores de fumaça óticos – utilizados em

75
ambientes onde, num princípio de incêndio, haja ex-
pectativa de formação de fumaça, antes da deflagra-
ção do incêndio propriamente dito. Funcionam por
obscurecimento ou por reflexão.

Alguns critérios para a localização da Cen-


tral de Alarme de Incêndio:
a) em locais onde existe a permanência huma-
na constante; portaria, por exemplo;

b) alguns locais que apenas pessoa autorizada


possa transitar para operá-la;

c) instalar a central em altura compatível para a


operação (entre 1,20m e 1,60m do piso acabado);

d) em local em que a posição que não ofereça


risco à circulação de pessoas;

As operações na central de alarme de in-


cêndio devem permitir que o:
a) acionamento de alarme geral (sirenes);

b) acionamento de alarme na central (bip);

c) desligamento da central;

76
d) desligamento da rede de alimentação de cor-
rente alternada;

e) teste dos leds de defeito e funcionamento -


(central do tipo convencional);

f) visualização, através de leds, do estado de


funcionamento (ativação de acionador manual ou
laço de detectores) – cor vermelha - (central do tipo
convencional);

h) visualização, através de leds, do estado de de-


feito de qualquer acionador manual ou laço de detec-
tores – cor amarela - (central do tipo convencional);

i) identificação do local do acionador manual


ou laço de detectores, através da indicação dos leds
da central - (central do tipo convencional).

3.2 Sistemas de detecção de fumaça.

3.2.1 Controle de fumaça

Este controle que citamos é um sistema que pro-


move a extração dos gases e da fumaça do local de
origem do incêndio, controlando a entrada de ar (ven-
tilação) e prevenindo a migração de fumaça e gases
quentes para as áreas adjacentes não sinistradas.

77
Este controle de qualquer ambiente é justamen-
te para mante-lo seguro nas edificações durante o
tempo necessário para abandono do local sinistrado,
evitando os perigos da intoxicação e falta de visibili-
dade pela fumaça.
Este sistema também serve para reduzir a pro-
pagação de gases quentes e fumaça entre a área in-
cendiada e áreas adjacentes, baixando a temperatura
interna e limitando a propagação do incêndio.
Outro beneficio deste sistema é proporcionar
condições dentro e fora da área incendiada que irão
auxiliar nas operações de busca e resgate de pessoas,
localização e controle do incêndio.

Detector de fumaça - dispositivo destinado a


atuar quando ocorre presença de partículas ou gases,
visíveis ou não, e de produtos de combustão;

Detectores de fumaça óticos – utilizados em


ambientes onde, num princípio de incêndio, haja ex-
pectativa de formação de fumaça, antes da deflagra-
ção do incêndio propriamente dito. Funcionam por
obscurecimento ou por reflexão.

Detectores de fumaça iônicos – utilizados em


ambientes onde, num princípio de incêndio, haja for-
mação de combustão, mesmo invisível, ou fumaça,
antes da deflagração do incêndio propriamente dito;

78
Quantidade de fumaça produzida
Geralmente dizemos que a quantidade de fuma-
ça produzida no incêndio depende do tamanho do
incêndio e das características do material queimado.
Essa quantidade pode ser estimada através de fór-
mulas científicas, que consideram os mais diversos
fatores presentes em um incêndio, tais como: massa
total do combustível consumido; taxa de liberação
de calor do fogo; tempo de duração do fogo, calor
de combustão do combustível.

A fumaça e seus efeitos


Dizemos que a fumaça é uma mistura geral-
mente de partículas sólidas, gotículas de água ou
outros líquidos e gases oriundos dos materiais en-
volvidos na combustão, sendo que, na maioria das
vezes, é tóxica.
A quantidade de fumaça gerada no incêndio de-
pende do tamanho do incêndio e das características do
material queimado, como observado no item anterior.
O comportamento e o movimento das massas
de fumaça e gases quentes dependem da temperatu-
ra e configuração do local, porém, sendo o ar quente
menos denso que o ar fresco, a fumaça sobe rapida-
mente e com maior velocidade. Quando a fumaça e
o ar se resfriam, este efeito de subida é interrompido
e a fumaça tende a formar camadas (estratificação
da fumaça). O movimento de fumaça, então, é mais

79
afetado pela turbulência do ar causado pelas abertu-
ras feitas no compartimento, pelo deslocamento de
pessoas ou pelo uso de jatos de água por esguichos
reguláveis, do que pela temperatura dos gases.
Não podemos esquecer-nos de duas caracterís-
ticas importantes da fumaça:
Pode queimar: alguns produtos da combustão
talvez não queimem totalmente por causa da escassez
de oxigênio ou da insuficiência de fonte de ignição.
Recebendo nova remessa de ar fresco e haven-
do uma nova fonte de ignição podem resultar em
uma explosão ambiental (“backdraft”). Se a fumaça
estiver quente o suficiente pode ocorrer re-ignição
sem haver nova fonte de ignição; Pode estar quente:
a fumaça pode estar quente o suficiente para infla-
mar materiais com que mantém contato. O fato de
estar quente produz a radiação de calor, o que pode
ser o suficiente para iniciar a queima de outros com-
bustíveis no compartimento.
Tais gases encontrados na fumaça representam
uma grave ameaça para a integridade física, tanto das
possíveis vítimas como dos profissionais que realizam
o salvamento, sendo que os seus efeitos podem variar,
dependendo do produto que estiver sendo oxidado.
Algumas lesões também nos preocupam, den-
tre estas podemos citar: a falta de ar (hipoxia), irri-
tação do estômago pela ingestão de partículas sóli-
das causando náuseas e vômitos; irritação pulmonar

80
produzida pela inalação de gases irritantes; intoxica-
ção; hiperventilação; exaustão pelo calor; e ataques
cardíacos, além do comprometimento da visão por
partículas irritantes.

3.2.2 Ventilação

Temos uma importância neste sistema


chamada ventilação
Podemos também citar de forma similar às ou-
tras opções táticas disponíveis para os responsáveis
na Edificação por Prevenção de Combate a Incên-
dios, a ventilação tática pode agravar a situação, se
for incorretamente aplicada, porém, usada adequa-
damente, será de significante beneficio no combate
ao incêndio, pois visa, entre outras coisas, proteger
as saídas, restringindo a propagação da fumaça; pro-
piciar visibilidade e aumento do tempo de saída; aju-
dar na operação de resgate, reduzindo a fumaça e os
gases tóxicos para trabalhos de pesquisa em que haja
o risco de pessoas retidas na edificação.
A ventilação tática proporciona ainda, seguran-
ça para os mesmos, reduzindo o risco de “flashover”
e “backdraft”, facilitando o controle dos efeitos do
“backdraft”; auxilia na rapidez do ataque e extinção,
removendo o calor e a fumaça, permitindo uma rá-
pida entrada do pessoal de extinção na edificação,

81
aumentando a visibilidade e auxiliando no combate
ao incêndio; reduz danos na propriedade por tornar
possível localizar e combater o fogo mais rapida-
mente, restringindo a propagação do fogo e limitan-
do o deslocamento de fumaça e de gases quentes.

Formas de ventilação
Conhecemos apenas e definimos como apenas
duas formas de ventilação, que são eles:

- Ventilação natural; e

- Ventilação forçada.

Ventilação natural
Este tipo de ventilação é bem simples, pois, uti-
liza o fluxo natural do ar para retirar a fumaça do
ambiente sinistrado. O fluxo natural da fumaça no
interior da edificação pode ser produzido pelo vento
ou pelo efeito chaminé. Para fazer a ventilação natu-
ral, o responsável retira as obstruções que impedem
o fluxo natural do ar. Estas obstruções podem ser
portas, janelas, alçapões fechados, paredes e tetos
(coberturas ou telhados).
Na ventilação natural, o responsável depende
da velocidade do vento e das aberturas em tamanho
suficientes para efetuar a ventilação. Quando as aber-

82
turas naturais forem impróprias, tais como quando
desalinhadas ou pequenas, o responsável pode efe-
tuar a ventilação forçada antes de criar aberturas
adicionais. Ao quebrar paredes e telhados, o respon-
sável pode provocar um transtorno para o proprietá-
rio da edificação, devido aos danos que pode causar,
pois, além do fogo, as ações dos bombeiros também
podem destruir seu patrimônio.

Ventilação forçada
Este outro tipo já nos preocupa, pois, é neces-
sário de ser realizada por meio de equipamentos me-
cânicos, como por exemplo, exaustores, ventiladores
ou aplicação de água com esguichos reguláveis, para
forçar a saída da fumaça da edificação. A ventilação
forçada permite criar ou aumentar a velocidade do
fluxo de ar no interior da edificação, para promover
a sua extração da fumaça para o meio exterior.
Temos então que a ventilação forçada é uma
operação rápida que produz um aumento da veloci-
dade do fluxo de ar e fumaça pelas aberturas existen-
tes, que geralmente é suficiente para retirar a fumaça
da edificação, permitindo uma boa visualização do
local sinistrado.

Técnicas de ventilação
Quando presenciamos um sinistro, temos um
responsável pelo planejamento, este responsável

83
adotara as técnicas de ventilação, de onde será per-
mitida a entrada de ar fresco na edificação, a saída da
fumaça e dos gases quentes e, se possível, o caminho
que devem percorrer.
Há duas opções básicas: ventilação vertical e
ventilação horizontal ou cruzada.
Temos a ventilação vertical que é aquela em que
o fluxo da fumaça é direcionado verticalmente den-
tro do ambiente sinistrado, aproveitando-se o efeito
chaminé para sua extração.
Quando se faz uma abertura no telhado, ime-
diatamente acima do fogo, permite-se que a fumaça
e outras partículas oriundas da combustão saiam do
ambiente, devido à sua baixa densidade em relação
ao ar ambiente menos aquecido.
Já a Técnica de ventilação horizontal ou cruza-
da é aquela em que o fluxo de ar caminha horizon-
talmente dentro do ambiente.
Consiste em aproveitar a direção do vento, re-
tirando-se as obstruções que bloqueiam o fluxo do
ar, sendo que, com isso, o ar frio entra no local si-
nistrado por uma abertura e, a fumaça, sai por outra,
situada em lado oposto.
O ideal para este tipo de ventilação é que o am-
biente sinistrado possua aberturas alinhadas entre si,
em planos paralelos, e a direção do vento coincida
com o alinhamento das aberturas, ficando a abertura
mais baixa para a entrada do ar fresco e, a abertura

84
quentes dentro da edificação é a principal causa de
propagação do fogo, sendo assim, a decisão de ini-
ciar a ventilação tática deve ser parte da estratégia
global do controle de movimento de ar na edificação.
Temos como nosso favor os estudos que indi-
cam que a força e a direção do vento geralmente são
os fatores dominantes na Ventilação tática, pois, de-
terminam a velocidade e a direção que a fumaça e os
gases quentes tomam no interior da edificação.
Nunca devemos combater os incêndios nas
edificações em posição contrária à direção do vento,
bem como a utilização de ventiladores para forçar
o ar para dentro da edificação, pois a eficiência des-
ta tática dependerá da capacidade dos ventiladores,
quando comparado com a força contrária do vento
e, se o vento for muito forte, este pode anular ou
prevalecer sobre a ação dos ventiladores.

3.3 Sistemas Fixos de Proteção.

Proteção por Sistemas de Chuvei-


ros Automáticos
Todos os sistemas de proteção de incêndio que
estamos citando neste trabalho, vem de encontro
com normas e legislações vigentes nacionais e in-
ternacionais, que procuramos compilar em resumo
as principais, neste caso de sistemas de chuveiros
automáticos, este é projetado e instalado conforme

86
mais alta, para a saída da fumaça.

Ventilação tática
Em todo o tempo não podemos esquecer que
durante o combate a um incêndio, os bombeiros de-
vem ter em mente todas as técnicas de combate, in-
cluindo as ações de ventilação. A partir daí, pode-se
adotar a ventilação como uma tática indispensável a
se obter os resultados desejados nas ações de com-
bate ao incêndio e salvamento. Portanto, denomina-
-se essa ação como ventilação tática, onde pode ser
adotada qualquer uma das técnicas de ventilação de
acordo com o momento e o desenvolvimento das
ações do combate no local do incêndio.
O que não se costuma realizar é que quando
utilizamos a ventilação tática não deva ser usada en-
quanto o foco do incêndio não tenha sido localizado
e, em todos os casos, uma avaliação deve ser feita
sobre os efeitos de sua aplicação.
Normalmente a identificação do foco do in-
cêndio pode ser feita de fora da edificação, porém,
há ocasiões em que a ventilação tática pode ser feita
para remoção da fumaça e localização do fogo.
Utilizamos então nos combates a incêndios
quase que sempre na maioria dos casos, a ventilação
é uma tática adequada, sendo o que há de mais efi-
ciente a ser usado nos primeiros momentos do com-
bate. De qualquer forma, o deslocamento de gases

85
quentes dentro da edificação é a principal causa de
propagação do fogo, sendo assim, a decisão de ini-
ciar a ventilação tática deve ser parte da estratégia
global do controle de movimento de ar na edificação.
Temos como nosso favor os estudos que indi-
cam que a força e a direção do vento geralmente são
os fatores dominantes na Ventilação tática, pois, de-
terminam a velocidade e a direção que a fumaça e os
gases quentes tomam no interior da edificação.
Nunca devemos combater os incêndios nas
edificações em posição contrária à direção do vento,
bem como a utilização de ventiladores para forçar
o ar para dentro da edificação, pois a eficiência des-
ta tática dependerá da capacidade dos ventiladores,
quando comparado com a força contrária do vento
e, se o vento for muito forte, este pode anular ou
prevalecer sobre a ação dos ventiladores.

3.3 Sistemas Fixos de Proteção.

Proteção por Sistemas de Chuvei-


ros Automáticos
Todos os sistemas de proteção de incêndio que
estamos citando neste trabalho, vem de encontro
com normas e legislações vigentes nacionais e in-
ternacionais, que procuramos compilar em resumo
as principais, neste caso de sistemas de chuveiros
automáticos, este é projetado e instalado conforme

86
normas próprias que regulam os critérios de distri-
buição de chuveiros, temperatura de funcionamento,
área de operação e de proteção, diâmetro das tubu-
lações, etc.

A estrutura de funcionamento do sistema com-


põe-se, de alguns componentes como:

a) Válvulas de governo alarme;

b) Rede de distribuição;

c) Chuveiros automáticos;

d) Abastecimento de água.

As válvulas de governo e alarme são disposi-


tivos instalados entre o abastecimento do sistema e
a rede de distribuição, constituídos basicamente de
válvula de comando, válvula de alarme e válvula de
teste e dreno.
Válvula de Comando: é utilizada para fechar o
sistema, cortando o fluxo de água sempre que algum
chuveiro precisar ser substituído para a manutenção do
sistema, ou quando a operação do mesmo precisa ser
interrompida. Após o término do serviço, a válvula de
comando deve ser deixada na posição aberta. Esta vál-
vula deve ser do tipo gaveta de haste ascendente.

87
Válvula de alarme: a operação dos chuveiros
automáticos aciona um alarme indicativo de funcio-
namento do sistema. 0 acionamento do alarme se
faz pela movimentação do fluxo de água na tubula-
ção, em virtude de um incêndio, vazamento ou rup-
tura acidental da tubulação. Os alarmes podem ser
hidráulicos e/ou elétricos. Os tipos mais comuns de
alarmes são o gongo hidráulico e a chave detectora
de fluxo d’água.
Válvula de teste e dreno: É um dispositivo, ou
conexão destinado a testar o sistema ou o funciona-
mento do alarme, ou ainda, drenar a água da tubula-
ção para manutenção.
A tubulação para os chuveiros automáticos
ramifica-se para possibilitar a proteção de toda ocu-
pação, formando a rede de distribuição de água. 0
diâmetro da canalização deve seguir as exigências
das normas legais.
A canalização do sistema não deve ser embuti-
da em lajes ou passar em locais não protegidos por
chuveiros automáticos, exceto se enterrada. Deve ser
instalada com inclinação que permita drenagem natu-
ral (de preferência, feita pela válvula de teste e dreno).
Os chuveiros automáticos são os principais ele-
mentos do sistema, pois detectam o fogo e distribuem
a água sobre o foco na forma de chuva. Podem ser
dotados de elemento termo-sensível ou não (chuvei-
ros abertos), conforme o tipo de sistema. Elemento

88
termo-sensível em condições normais, nos chuveiros
automáticos dotados de elemento termo-sensível, a
descarga da água dos chuveiros é impedida por cap-
sula rigidamente fixa no orifício de descarga.
A liberação da descarga de água só ocorre
quando a temperatura do ambiente atinge um grau
predeterminado, rompendo a cápsula. 0 elemento
termo-sensível é dimensionado para suportar a pres-
são da rede, inclusive possíveis variações.
Temos aqui no Brasil, basicamente 3 tipos de
sistemas de chuveiros automáticos: sistema de cano
molhado; sistema de cano seco; sistema tipo dilúvio.
O primeiro sistema tem o que chamamos de
Cano Molhado compreende uma rede de tubulação
permanentemente cheia de água sob pressão, em
cujos ramais os chuveiros são instalados.
Este sistema desempenha o papel de detectores
de incêndio, só descarregando água quando aciona-
dos pelo calor do incêndio. É o tipo de sistema mais
utilizado no Brasil.
Desta forma temos a abertura de um ou mais chu-
veiros são abertos, o fluxo de água faz com que a válvu-
la se abra, permitindo a passagem da água da fonte de
abastecimento. Simultaneamente, um alarme é acionado,
indicando que o sistema esta em funcionamento.
Em um segundo sistema tem o que chamamos
de sistema de Cano Seco compreende uma rede de tu-
bulação permanentemente seca, mantida sob pressão

89
(de ar comprimido ou nitrogênio), em cujos ramais
são instalados os chuveiros. Estes, ao serem acionados
pelo calor do incêndio, liberam o ar comprimido (ou
nitrogênio), fazendo abrir automaticamente uma vál-
vula instalada na entrada do sistema (válvula de cano
seco), permitindo a entrada da água na tubulação. Este
sistema é o mais indicado para as regiões extremamente
frias, sujeitas a temperatura de congelamento da água,
ou locais refrigerados (como frigoríficos).
No terceiro tipo de sistema do Tipo Dilúvio com-
preende uma rede de tubulações secas, em cujos ramais
são instalados chuveiros do tipo aberto (sem elemento
termo-sensível). Na mesma área dos chuveiros é insta-
lado um sistema de detectores ligado a uma válvula do
tipo dilúvio, existente na entrada do sistema.
A atuação de quaisquer detectores, ou então
a ação manual de comando a distância, provoca a
abertura da válvula, permitindo a entrada da água na
rede, descarregada através de todos os chuveiros, e,
simultaneamente, fazendo soar o alarme de incên-
dio. Este tipo de sistema é normalmente utilizado na
proteção de hangares (galpões para aeronaves).

Classificação dos riscos da ocupações


A classificação dos riscos das ocupações aplica-
-se às instalações de chuveiros automáticos e seus
abastecimentos de água:

90
Leve: compreendem as ocupações isoladas,
onde o volume ou a combustibilidade do conteúdo
(carga-incêndio) são baixos. Ex.: edifícios residen-
ciais, escritórios, hospitais, hotéis e motéis.

Ordinário: compreendem as ocupações isoladas


onde o volume ou a combustibilidade do conteúdo
(carga-incêndio) são médios. Ex: lavanderias, câmaras
frias, confecções, lojas de departamentos, shopping
center”, supermercados e fábrica de móveis.

Extraordinário: compreendem as ocupações


isoladas onde o volume e a combustibilidade do
conteúdo (carga-incêndio) são altos e possibilitam
um incêndio de rápido desenvolvimento e de alta
velocidade de liberação de calor. Ex: estofados com
espuma plástica, fabricação de madeiras (compensa-
dos e aglomerados) e líquidos inflamáveis.

Pesado: compreendem as ocupações ou par-


te das ocupações isoladas, comerciais ou industriais,
onde se armazenam líquidos combustíveis, inflamá-
veis e produtos de alta combustibilidade, como bor-
racha, papel e papelão, espumas celulares ou materiais
comuns empilhados em alturas superiores a 3,7m.

91
Pressurizações da rede

Gravidade
Este tipo de pressurização por gravidade ocor-
re quando o reservatório é elevado o suficiente para
permitir uma pressão adequada para o funcionamen-
to do sistema de chuveiros automáticos. É a forma
mais confiável e que exige menos manutenção.

Bombas de recalque
Estes equipamentos de recalque devem dispor
de uma fonte de energia confiável e o reservatório
de água atender a demanda necessária. As bombas
para alimentação do sistema devem ser centrífugas
e acionadas automaticamente por motor elétrico ou
a diesel. A partir do acionamento do sistema e no
tempo máximo de 30 segundos, a bomba e o alar-
me (sonoro ou visual) deverão funcionar. As liga-
ções elétricas da bomba devem ser independentes
da instalação elétrica da edificação e, se houver gera-
dor elétrico de emergência, este deverá estar ligado à
bomba. No caso de bomba a diesel, o conjunto (in-
clusive o tanque de combustível) deve ser instalado
em local protegido por chuveiros automáticos.

92
Válvula de governo e alarme
Estas se encontram instaladas entre o abasteci-
mento do sistema e a rede de distribuição. São cons-
tituídos basicamente de válvula de comando, válvula
de alarme e válvula de teste e dreno. É um disposi-
tivo que possibilita controlar uma determinada área
(setores), com funções de manter a coluna de água
por intermédio da retenção, controlar o fluxo de
água por meio de registro de gaveta (haste ascenden-
te), acionar o sistema de alarme, drenar a tubulação
e testar o sistema.
Os alarmes são acionados quando há uma queda
de pressão na rede hidráulica, quer pela utilização dos
chuveiros automáticos, quer por uma simples avaria
na rede, ou quando efetuar testes abrindo os drenos.

Dreno de fim de linha


Este dispositivo este situado na parte mais des-
favorável de cada instalação, levando em considera-
ção a posição da válvula de alarme ou a chave detec-
tora de fluxo d'água principal.
Sua função consiste em efetuar o teste de alar-
me e drenar completamente os ramais uma vez fe-
chados as válvula de governo e alarme, e ainda, a
chave detectora de fluxo de água.

93
Registro de recalque
Muito utilizada quando os bombeiros necessi-
tam pressurizar a rede da edificação do lado externo
a esta e esta localizada na extremidade da rede de
hidrantes, provida de registro, introdução e tampão
de engate rápido, utilizado para sua pressurização.
Poderá ser instalado na calçada (de coluna) ou
na parede externa da edificação (de parede), sua in-
trodução voltada para a rua, devendo estar identifi-
cado e seu acesso desobstruído.
Quando instalado no passeio, no nível do solo,
deverá ser encerrado em uma caixa de alvenaria pro-
tegida por uma tampa metálica pintada na cor ver-
melha com identificação “INCÊNDIO”, e o fundo
da mesma em material que permita a drenagem de
água (pedra, areia, etc.).
A tampa deverá ter suas dobradiças fixadas no
lado oposto à introdução, a fim de não obstruir a
conexão de mangueira, quando aberta (abrir no sen-
tido oposto à expedição).
O registro de recalque no passeio deverá estar
instalado a 0,15 m de profundidade em relação ao
nível do solo e a sua introdução voltada para cima e
para a rua em um ângulo de 45º graus, permitindo
fácil acoplamento de mangueiras.
Não deve estar em local de estacionamento ou pas-
sagem de veículos, que possam impedir a sua utilização.

94
Quando instalado na parede, ou seja, um hi-
drante simples de coluna, deverá estar em local de
fácil acesso para o acoplamento às viaturas do Cor-
po de Bombeiros, e à altura de 1 e 1,5 m em relação
ao piso.
O registro de recalque poderá estar localizado
em rua interna, desde que possibilite o acesso às via-
turas do Corpo de Bombeiros.
Dispositivo destinado a possibilitar o recalque
da água nos sistemas de chuveiros por meio de fon-
tes externas para uso exclusivo do Corpo de Bom-
beiros. Deve possuir duas entradas de água de 65
mm de diâmetro, providas de adaptadores e tampões
de engate rápido tipo “Storz”. Em riscos leves, ad-
mite-se uma entrada.

Proteção por Sistema fixo de CO2.


Temos como pratica, a utilização de um siste-
ma fixo de bateria de cilindros de CO2 consiste de
tubulações, válvulas, difusores, rede de detecção, si-
nalização, alarme, painel de comando e acessórios,
destinado a extinguir incêndio por abafamento, por
meio da descarga do agente extintor.
Utilizamos este agente sempre para proteção de
locais onde o emprego de água não é aconselhável,
ou local cujo valor agregado dos objetos e equipa-
mentos é elevado nos quais a extinção por outro
agente causará a depreciação do bem pela deposição

95
de resíduos.
Temos que tomar muito cuidado com este
agente, pois, ele é um gás asfixiante ( retira o oxi-
gênio do local ), especial cuidado deve ser tomado
com a proteção respiratória, além do que, existindo
vítimas no ambiente, faz-se necessário fechar a vál-
vula de segurança que todo sistema obrigatoriamen-
te deve ter.
Localizar esta válvula, da mesma forma que a
válvula do sistema de chuveiros automáticos, depen-
de da disponibilidade do projeto técnico no local do
incêndio. Caso contrário, os bombeiros terão que
procurá-la. Normalmente ela está instalada próximo
à bateria de cilindros.

Possui uma efetiva extinção em:


1) Fogos de classe “B” e “C” (líquidos inflamá-
veis e gases combustíveis, e equipamentos elétricos
energizados de alta tensão), em:

a) recintos fechados, por inundação total, onde


o sistema extingue pelo abafamento, baixando-se a
concentração de oxigênio do local necessária para a
combustão, criando uma atmosfera inerte.

b) recintos abertos, mediante aplicação local


sob determinada área.

96
2) Fogos de Classe “A” (combustíveis sólidos):

a) decorrente de seu efeito de resfriamento,


nos incêndio em sólidos, em que o fogo é pouco
profundo e o calor gerado é baixo;

b) nos usos de inundação total, aliados a uma


detecção prévia, a fim de evitar a formação de brasas
profundas;
c) nos usos de aplicação local, leva-se em con-
ta o tipo e disposição do combustível, uma vez que
a descarga do CO2 impedirá a extinção nas regiões
não acessíveis diretamente pelo sistema.

O sistema não é capaz de extinguir:


1) fogos em combustíveis (não pirofóricos)
que não precisam de oxigênio para a sua combustão,
pois permitem uma combustão anaeróbia;

2) fogos em combustíveis de classe “D” (mate-


riais pirofóricos);

Os tipos de sistema são:


1) Inundação², étotal,projetadaon paradescar-
gauma de CO concentração em todo o volume do
risco a proteger;

2) Aplicação local, onde o CO2 é projetado so-

97
bre elementos a proteger não confinados;

3) Modulares, que consiste em um pequeno


sistema de inundação total instalado no interior dos
compartimentos dos equipamentos a proteger.

Proteção por Sistema de espuma.


Não temos a intenção de definir diferente do
que já esta definida, mas sim definir de forma sim-
ples que é um aglomerado de bolhas de ar formado
por solução aquosa. Trata-se do resultado do bati-
mento de água, ar e extrato formador. Flutua sobre
os líquidos devido a sua baixa densidade.
Para ser eficiente, a espuma, para incêndio, deve
ter determinadas características físicas:

a) Fluidez: a espuma deve cobrir toda a super-


fície em chamas com rapidez;

b) Resistência calor: o volume de espuma apli-


cado tem que ser capaz de resistir aos efeitos destru-
tivos do calor irradiado pelo fogo remanescente do
vapor de líquidos inflamáveis ou de qualquer tipo de
material metálico;

c) Resistência ao combustível: a espuma deve


resistir às ações dos combustíveis, não se desfazendo
ou perdendo sua capacidade extintora;

98
bre elementos a proteger não confinados;

3) Modulares, que consiste em um pequeno


sistema de inundação total instalado no interior dos
compartimentos dos equipamentos a proteger.

Proteção por Sistema de espuma.


Não temos a intenção de definir diferente do
que já esta definida, mas sim definir de forma sim-
ples que é um aglomerado de bolhas de ar formado
por solução aquosa. Trata-se do resultado do bati-
mento de água, ar e extrato formador. Flutua sobre
os líquidos devido a sua baixa densidade.
Para ser eficiente, a espuma, para incêndio, deve
ter determinadas características físicas:

a) Fluidez: a espuma deve cobrir toda a super-


fície em chamas com rapidez;

b) Resistência calor: o volume de espuma apli-


cado tem que ser capaz de resistir aos efeitos destru-
tivos do calor irradiado pelo fogo remanescente do
vapor de líquidos inflamáveis ou de qualquer tipo de
material metálico;

c) Resistência ao combustível: a espuma deve


resistir às ações dos combustíveis, não se desfazendo
ou perdendo sua capacidade extintora;

98
d) Contenção de vapores: a cobertura produzi-
da deve ser capaz de conter os vapores inflamáveis,
provocando uma selagem do combustível, minimi-
zando os riscos de um novo incêndio;

e) Densidade baixa: a espuma deve flutuar so-


bre o combustível formando uma cobertura;

f) Dupla ação de combate a incêndio: A extinção


do incêndio por meio da espuma é feita por isolamento
do combustível do ar (abafamento) e resfriamento.

Costumamos dizer que as espumas flutuam so-


bre os líquidos produzindo uma cobertura que im-
pede o contato com o ar (oxigênio), extinguindo o
incêndio por abafamento.
Utilizando-se somente água, a extinção em hi-
drocarbonetos é muito demorada, pois possuem
peso específico tão baixo, que flutuam sobre a água.
A extinção em solventes polares (álcool, acetona,
metanol, etc), que são miscíveis à água, exige atenção
quanto ao aumento do volume, pois pode ocasionar
o alastramento do fogo.
Motivo que dizemos que é indispensável o uso
de espuma mecânica em incêndios com liquidos in-
flamáveis. O baixo peso específico da espuma fará
com que ela flutua sobre o combustível, isolando-o
do ar.

99
Os líquidos liberam vapores inflamáveis. A
espuma deve ser suficientemente compacta e den-
sa para impedir a passagem desses vapores e evitar
reignição. O resfriamento ocorre por intermédio da
água que drena da espuma e, portanto auxilia na ex-
tinção do fogo.

Algumas limitações para uso da espuma


Não é muito recomendado usar espuma em ma-
teriais que sejam armazenados como líquidos, mas
que em condições ambientes são gasosos, tais como
o GLP (gás liqüefeito de petróleo), o butano, o pro-
pano, o butadieno, etc.; Também não são apropriadas
para incêndios em líquidos criogênicos (de temperatu-
ra muito baixa) e outros produtos incompatíveis com
a água, exemplo o carbureto, o magnésio, o potássio,
o lítio, o cálcio, o zircônio, o sódio e o zinco;
Muito cuidado com a utilização de espuma em
quipamentos energizados, pois, a espuma é boa con-
dutora de eletricidade, portanto, não deve ser usada
em equipamentos elétricos energizados;
Determinados agentes umectantes e alguns ti-
pos de pós químicos são incompatíveis com as espu-
mas e se utilizados simultaneamente, podem desfa-
zer a cobertura de espuma imediatamente. Portanto,
quando se usar simultaneamente dois agentes extin-
tores, deve-se estar seguro que ambos sejam inteira-
mente compatíveis;

100
Em alguns casos podemos utilizá-las concilian-
do com a água ou com alguns tipos de pó químico
seco, desde que estes sejam aplicados na extinção
antes da espuma, que por sua vez complementaria a
ação de combate.
As espumas em geral e a de alta expansão, em
particular, não devem ser usadas para combate de
incêndios em materiais oxidantes que liberam sufi-
ciente oxigênio para sustentar a combustão como,
por exemplo, o nitrato de celulose;
Uso da espuma na extinção de incêndios em
óleos comestíveis e de fritura bem como em outros
processos de produtos alimentares, deve ser analisa-
do com critério, pois a espuma contaminará todos
esses produtos inutilizando-os e causando grandes
prejuízos, o que poderá ser minimizado com a esco-
lha de outros agentes.

Espuma mecânica
A espuma mecânica também diz que é um aglo-
merado de bolhas formado pela mistura de água, ex-
trato formador e ar.
O extrato é adicionado à água através de um
aparelho proporcionador, formando a solução (água
e extrato). Ao passar pelo esguicho a solução sofre
batimento e o ar é, dessa forma, a ela acrescenta-
do, formando a espuma. As características de cada
extrato, de acordo com o fabricante, definirão sua

101
proporção na solução.

Expansão das espumas


Definimos que a expansão é a taxa que compre-
ende a razão do volume de solução utilizado para a
formação da espuma e o volume de espuma formada.
A solução (ou pré-mistura) pode gerar espuma
de baixa, média ou alta expansão. Quanto maior a
taxa de expansão, mais leve será a espuma, menor
será sua capacidade de resfriamento, e menor será
sua resistência.

Baixa expansão
Dizemos que a espuma é de baixa expansão
quando um 1 litro de solução produz até 20 litros de
espuma. Espuma pesada e resistente, para incêndios
intensos e para locais não confinados.

Média expansão
Dizemos que a espuma é de média expansão
quando 1 litro de solução produz de 20 a 200 litros
de espuma. Espuma mais leve que a da baixa expan-
são e mais resistente que a de alta expansão. Pode ser
usada para abafar a vaporização de produtos quími-
cos perigosos.

102
Alta expansão
Dizemos que a espuma é de alta expansão
quando 1 litro de solução produz de 200 a 1.000 li-
tros de espuma.
Sua textura é suave e uniforme e proporciona
um ótimo preenchimento, permitindo que ela supe-
re os obstáculos com facilidade.
É ideal para incêndios em ambientes confinados.
É um tipo de espuma sintética, utilizada para o em-
prego em espaços fechados como porões, minas, na-
vios e hangares. Nestes locais, deve haver ventilação
para que a espuma se distribua de forma adequada.
Sem ventilação, a espuma não avança no ambiente.
O uso da espuma de alta expansão em espaços
abertos pode ser eficiente, mas sofre muita influên-
cia e pode ser obstruída pela ação do vento no local.

Extrato formador de espuma (EFE)


É um composto de substâncias químicas for-
madas por concentrados de agentes espumantes.
Também chamado de líquido gerador de espuma
(LGE) ou concentrado para espuma.
É classificado conforme sua composição quí-
mica, podendo ser de origem proteínica ou sintética.
Pode ser usada com água doce ou salgada.
O EFE deve ser armazenado em ambientes que
não excedam a temperatura de 45 ºC e não recebam
raios solares diretamente. É recomendado seu uso

103
na faixa de 1º C a 27º C para que a espuma formada
seja mais estável.
EFEs diferentes não devem ser misturados,
pois a mistura prejudica a formação e a qualidade
da espuma.

EFE Proteínico
É composto de proteínas animais e vegetais, às
quais são adicionados (dependendo do tipo de ex-
trato) outros produtos. Produz somente espuma de
baixa expansão.

Proteínico comum
Esse foi o primeiro tipo de extrato a entrar no
mercado e tem sido utilizado desde a segunda guer-
ra. É produzido por meio da hidrólise de queratina
granulada como tutano de boi, pena de aves, etc. Em
seguida, estabilizadores e inibidores são incluídos
para prevenir corrosão e resistir à decomposição de
bactérias e controlar a viscosidade.
É utilizado em combate a incêndio envolven-
do líquidos combustíveis que não se misturam com
água. Possui razoável resistência a temperaturas ele-
vadas e proporciona boa cobertura. Não deve ser
usado para combate a incêndio em solventes polares
(álcool, acetona, etc) porque é dissolvido por eles.
Solventes polares são aqueles que se misturam com a
água, conseqüentemente, destruindo a espuma.

104
Não pode ser utilizado em esguichos que não
contenham estrutura aspirante.

Proteínico polivalente
É produzido a partir de proteínas animais e vege-
tais, às quais são adicionados produtos especiais, que
aumentam a estabilidade da espuma contra solventes
polares. Por isso pode ser usado tanto em incêndios
em solventes polares como em hidrocarbonetos.

Fluorproteínico
É derivado do proteínico comum, ao qual foi
acrescentado um aditivo fluorado, que o torna mais
resistente ao fogo e à reignição, além de dar maior
fluidez à espuma. Proporciona uma extinção bem
mais rápida do fogo que o EFE proteínico comum.
Também não deve ser utilizado no combate a
incêndios envolvendo solventes polares. Possui sur-
factantes (substâncias que baixam a tensão superfi-
cial da água) fluorquímicos com grande ganho de
performance para a rápida extinção e compatibilida-
de com pó químico seco. Utilizado em combustíveis
de hidrocarboneto, possui excelente resistência ao
calor. Não pode ser utilizado em esguichos que não
contenham estrutura aspirante.

105
Fluorproteínico com formação de filme (FFFP)
É produzido através da mistura de surfactantes flu-
orquímicos com espuma de proteína. Foi criado com o
intuito de combinar a tolerância ao combustível da espu-
ma fluorproteínica com um grande poder de extinção.
A espuma produzida libera uma película aquosa sobre a
superfície do combustível de hidrocarboneto.

EFE Sintético
É composto de substâncias sintéticas. Produz
espuma de baixa, média e alta expansão. Eficien-
te para controle e extinção de incêndio classe “B”.
Também utilizada com sucesso nos incêndios classe
“A”, onde o resfriamento e o efeito penetrante da
solução da espuma são importantes.
Nos EFE para espuma de baixa expansão,
forma-se uma película protetora que previne a li-
beração de vapores do combustível, e impede a
reignição. A água drenada da espuma atua por res-
friamento. Tem capacidade superior de extinção e
resistência a reignição quando comparado às espu-
mas protéinicas ou fluorproteínicas.
É compatível com o pó químico seco, isto é,
pode haver ataque ao incêndio utilizando os dois
agentes extintores.

106
EFE Sintético para espuma de baixa ex-
pansão AFFF 3%
Significa “Aqueous Film Forming Foam” (es-
puma formadora de filme aquoso), sendo um ex-
trato à base de substâncias fluoretadas, solventes
e hidrocarbonos.
Utilizado somente para incêndios em hidrocar-
bonetos na dosagem de 3%.

AFFF 6%
É um extrato à base de substâncias fluoretadas,
solventes e hidrocarbonos.
Utilizado somente para incêndios em hidrocar-
bonetos na dosagem de 6%.

EFE Sintético para espuma de média e


alta expansão
O concentrado de espuma de alta expansão é
uma mistura de agentes ativos com agentes espu-
mantes do tipo detergente sintético.
Para o seu uso adequado, devem ser consultadas
as especificações do fabricante para se conhecer suas
características técnicas, porém a regra geral é que:
Para espuma de média expansão deve ser utili-
zado com a dosagem de 3% ou 6%; e
Para espuma de alta expansão deve ser utilizado
com a dosagem de 1% ou 3%.

107
Proporcionadores portáteis
A espuma pode ser gerada pelos seguintes pro-
porcionadores portáteis:

a) Conjunto proporcionador – esguicho lançador;

b) Esguicho proporcionador de espuma;

c) Esguicho proporcionador de espuma com


vazão regulável; e

d) Esguicho proporcionador de espuma para


canhão monitor.

Esguicho proporcionador de espuma para ca-


nhão monitor
Reúne o proporcionador e o esguicho lançador
de espuma de baixa expansão em uma única peça ou
corpo. Possui dois dispositivos de sucção, um para o
EFE e outro para aspiração do ar.
Possui um dispositivo que arrasta o ar para o
seu interior, adicionando-o a solução, que se expan-
de ao sofrer batimento, tornando-se espuma. Possui
válvula dosadora calibrada para 3 e 6%.
É conectado em canhões monitores que nor-
malmente são fixos em viaturas, embora existam
também canhões monitores portáteis.

108
1) Defina sistema de Alarme de Incêndios.
2) Quais os componentes de um sistema de
alarme de incêndios?
3) Quais são os tipos de detector de fumaça
que conhecemos?
4) Quais os tipos de chuveiros automáticos e
explique seu principio de funcionamento?
5) Qual a classe de incêndio e onde é empregado
o sistema de proteção contra incêndio por espuma?

109
Capítulo 4 .
4.1 Conceitos, proteção e causas de incên-
dios florestais.

Quando nos tratamos de fogo em mata, esta-


mos falando de Meio Ambiente, desta forma deve-
mos tomar muito cuidado também com sua existe-
nicia de variedade de seres vivos nestes locais, então
definimos como Incêndio
Florestal, toda destruição total ou parcial da vege-
tação, em áreas florestais, ocasionada pelo fogo, sem o
controle do homem ou qualquer que seja sua origem.
Proteção a incêndios florestais é o conjunto de
medidas que visam à preservação das espécies vege-
tais e animais existentes no local.
De forma didática divide-se fogo em mata em
alguns tópicos definidos abaixo:

a) PERÍMETRO: é a borda do fogo, o com-


primento total das margens da área queimando ou
queimada. O perímetro está sempre mudando, até a
extinção do fogo;

b) CABEÇA: é a parte do incêndio que se pro-


paga com maior rapidez. A cabeça ou “frente” ca-
minha no sentido do vento. É onde o fogo queima
com maior intensidade. Controlá-la e prevenir a for-

111
mação de uma nova cabeça é, geralmente, a chave do
controle do fogo;

c) DEDO: faixa longa e estreita que se propaga


rapidamente a partir do foco principal. Quando não
controlado dá origem a uma nova cabeça;

d) RETAGUARDA: parte do incêndio que se


situa em posição oposta à cabeça. Queima com
pouca intensidade. Pode se propagar contra o
vento e declives;

e) FLANCOS: as duas laterais do fogo, sepa-


ram a cabeça da retaguarda. A partir dos flancos for-
mam-se os dedos e se houver mudança no vento os
flancos podem se transformar em uma nova cabeça;

f) FOCOS SECUNDÁRIOS: provocados por


fagulhas que o vento leva além da cabeça ou por ma-
teriais incandescentes que rolam em declives. Devem
ser extintos rapidamente ou se transformarão em no-
vas cabeças e continuarão a crescer em tamanho;

g) BOLSA: área não atingida do perímetro


normalmente espaço não queimado entre os dedos;

h) ILHA: pequena área, não queimada, dentro


do perímetro.

112
Causas dos incêndios florestais, quanto a natu-
reza da causa, o incêndio florestal pode ser de:

1) natureza química - são os incêndios que têm


origem em uma reação química qualquer;

2) natureza física - são os incêndios que têm


origem por meio de um efeito físico qualquer;

3) natureza biológica - são os incêndios que


têm origem em reações provocadas por bacté-
rias, fermentações.

4.2 Tipos de Vegetação.

Existem vários tipos de vegetação, bem como


diferentes combinações entre si, conforme segue:

a) campo ou campo limpo - é a forma ou ape-


nas um andar de cobertura vegetal, onde raramente
ocorrem formas arbustivas ou arbóreas;

b) campo sujo ou campo cerrado - é a forma-


ção de Campos Limpos, entremeados de arbustos
esparsos e raras formas arbóreas, onde a área de ve-
getação rasteira é sempre dominante;

c) cerrado - é constituído por dois níveis, o pri-

113
meiro de vegetação rasteira e o segundo de arbus-
tos e formas arbóreas que raramente ultrapassam 06
(seis) metros de altura;

d) cerradão - é constituído por três níveis, sen-


do os dois primeiros iguais aos dois do Cerrado e
um terceiro formado de árvores que podem atingir
de 18 a 20 metros de altura;

e) campo de várzea: são constituídas de vegeta-


ção de porte baixo, estruturas bastante variáveis, cuja
característica é suportar inundações periódicas por
estar situada nas baixadas que margeiam os rios.

Essas inundações provocadas pelas estações


chuvosas depositam grande quantidade de material
orgânico nas margens dos rios, aumentando a ferti-
lidade de seus solos, que aliados à topografia plana,
tornam estas áreas muito procuradas pela agricultura
intensiva. As várzeas menos alteradas podem possuir
vegetação arbórea, neste caso, podendo ser chamada
de Floresta de Várzea. A vegetação característica de
campo de várzea é a taboa;

f) mangue: formação típica de litoral, sob ação


direta das marés, em solos com limosidade de regi-
ões estuarinas. Constituí-se de único estrato de porte
arbóreo e diversidade muito restrita. Neste ambiente

114
salobro desenvolvendo-se espécies adaptadas a essas
condições, ora denominada por gramíneo o que lhe
confere uma fisionomia herbácea; ora denominadas
por espécies arbóreas. O mangue abriga grande va-
riedade de espécies da fauna brasileira, como tapi-
curu, guará, crustáceos, sapos, insetos, garça, entre
outros. O mangue devido ao acúmulo de material
orgânico, característica importante desse ambiente,
garante alimento e proteção para a reprodução de
inúmeras espécies marinhas e terrestres;

g) restinga: vegetação que recebe influências


marinhas, presentes ao longo do litoral brasileiro,
que depende mais da natureza do solo, do que do
clima.
Ocorre em mosaico e encontra-se em praias,
cordões arenosos, dunas e depressões, apresentando
de acordo com o estágio de desenvolvimento, es-
tratos herbáceos, arbustivos e arbóreos, este último
mais interiorizado.

h) floresta - é constituída por árvores de grande


porte em uma área relativamente extensa e, dependen-
do de sua origem, podemos ter, floresta natural, que
surgiu em determinada área, sem interferência do ho-
mem; e floresta artificial, que é aquela, plantada pelo
homem, também conhecida como reflorestamento,
geralmente constituída por poucas espécies vegetais.

115
Combustíveis
Vegetação, leve e pesado, umidade interna da
vegetação, fase de pré-aquecimento; o calor elimina
o vapor d’água e continua aquecendo o combustível
até a temperatura máxima imediatamente anterior ao
ponto de ignição, fase da destilação ou combustão
dos gases; fase da incandescência ou do consumo
do carvão.

Os combustíveis são divididos em 02 tipos:


a) COMBUSTÍVEIS PESADOS: são os que
queimam lentamente em decorrência do seu volume
e da umidade que retém.

b) COMBUSTÍVEIS LEVES: são os que quei-


mam com maior facilidade, permitindo uma propagação
rápida do fogo. Fornecem calor para que os combustí-
veis pesados entrem em combustão e para que os com-
bustíveis verdes sequem e queimem com facilidade.

São exemplos de combustíveis leves: grama


seca, folhas mortas, arbustos, gravetos.

4.3 Prevenções e Combate a Incên-


dios Florestais.

Podemos definir prevenção de incêndios flores-

116
tais nas medidas adotadas de um conjunto de ações
realizadas e tendentes a evitar o surgimento do in-
cêndio, detectar e informar sua posição, facilitando
as ações de combate e salvamento e diminuindo as
condições de propagação.
Neste conceito destacamos alguns aspectos
importantes, que são: ações educativas, preparo de
aceiros preventivos, montagem de sistema preventi-
vo de vigilância, preparação do pessoal de combate,
disponibilização dos materiais para ações de detec-
ção e combate ao incêndio.

Principais medidas para evitar as causas


de incêndios:
a) apagar as pontas de cigarros e colocá-las no
cinzeiro;

b) fumar somente em áreas seguras;

c) fazer acampamentos em locais apropriados;

d) não acumular lixo em lugares impróprios;

e) fazer queima de lixo em área limpa aceirada;

f) quebrar o palito de fósforo antes de jogá-lo;

g) tomar cuidado com qualquer fogo;

117
h) ao deixar um acampamento, apague o fogo
totalmente com água ou terra;

i) lembrar-se sempre que o homem é o princi-


pal causador de incêndios florestais;

j) construir aceiros de segurança em área de


risco elevado;

k) capinar os terrenos, fazendo o corte preven-


tivo e remoção do mato, impedindo as queimadas.

Em se tratando de combate a incêndios flores-


tais poderemos definir assim: O
Combate a incêndios florestais é o conjunto de
medidas tomadas no sentido de eliminar o incêndio
florestal, por intermédio de sua completa extinção
ou de se impedir sua propagação.
Principalmente de caráter físico-mecânico que
se observa no ambiente. É a situação do fogo de um
Incêndio Florestal ou queima controlada, ou seja,
como se comporta o fogo no terreno que está sen-
do afetado, sua forma de propagação, velocidade de
avanço nas diferentes frentes, o dinamismo da colu-
na convectiva e a quantidade de energia calórica que
se transfere ao ambiente.
O comportamento do fogo depende das carac-
terísticas da área respectiva, representada pelos fatores:

118
topografia, condições atmosféricas e tipos de vegetação.

Fatores influenciadores da propagação


dos incêndios

São estes os fatores:


a) CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS: to-
dos os aspectos do tempo têm efeito sobre o compor-
tamento do fogo em mata. São alguns desses fatores:

• VENTO: quanto mais forte for o vento, mais


rápida será a propagação do incêndio, isto porque o
vento traz consigo um suprimento adicional de oxi-
gênio. Pode também levar fagulhas além da linha do
fogo e iniciar, com isto, focos secundários. Ventos
mudam a direção do fogo rápida e inadvertidamente.
Estas mudanças colocam em risco tanto a segurança
no trabalho quando o próprio controle do incêndio.
Visto que o sol aquece o solo, o ar junto ao solo
aquecido sobe. Assim, as correntes de ar geralmente
erguem-se pelos vales e aclives durante o dia.
Durante a tarde e a noite, o solo se refresca e
as correntes de ar invertem sua direção, descendo
aos vales de declives. Portanto é importante verificar
a direção do vento nos vales e declives para que se
planeje o ataque ao incêndio.
Outros dos efeitos do vento no comportamen-
to do fogo é que ele seca os combustíveis, fazendo

119
com que queimem melhor e mais rapidamente.

• TEMPERATURA: os combustíveis pré-


-aquecidos pelo sol ardem com maior rapidez do
que os combustíveis frios. A temperatura do solo
também influi na movimentação das correntes de ar.
A temperatura do solo tem influência direta sobre os
bombeiros, tornando-os mais estafados e cansados
para o combate.

• UMIDADE: a umidade em forma de vapor


d’água está sempre presente no ar. A quantidade de
umidade que está no ar afeta a quantidade que está
no combustível. O conteúdo de umidade dos com-
bustíveis é uma consideração importante no comba-
te a incêndios, visto que os combustíveis leves são
os que têm maior facilidade em umedecer; úmidos,
estes combustíveis queimam lentamente e não pro-
duz calor suficiente para incendiar os combustíveis
pesados, tornando mais lenta a propagação.

b) TOPOGRAFIA DO TERRENO: os aci-


dentes do terreno desempenham um papel impor-
tante na propagação do fogo que, ao contrário das
condições meteorológicas, constitui um fator cons-
tante. A topografia favorece o pré-aquecimento da
vegetação à frente do fogo, conforme:

120
• ACLIVE: o fogo queima com mais rapidez
para cima, onde as chamas encontram maior quanti-
dade de combustível, aliada a convecção produzida
por gazes quentes;

• DECLIVE: o fogo é lento porque as corren-


tes de convecção vão no sentido oposto ao combus-
tíveis não os aquecendo.

Em declives íngremes, troncos incandescentes


podem rolar, causando riscos para os bombeiros, quer
pelo impacto com o material, quer pela possibilidade
de que este tem de conduzir o fogo para a retaguarda
dos bombeiros, colocando-os entre duas frentes.
Para acontecer um incêndio florestal quatro fa-
tores devem ocorrer simultaneamente, o que pode
ser chamado de tetraedro do incêndio florestal: To-
pografia, Clima, Combustível e reação em cadeia,
onde temos os seguintes aspectos:

Topografia, declividade – altitude, forma do


terreno, tipo de terreno,

Clima (condições atmosféricas), temperatura;


horários críticos: das 12 às 16 h - Umidade relativa
do ar: crítica - abaixo de 20%, pressão atmosférica;
quanto menor, mais facilita a expansão dos gases,
direção e velocidade do vento.

121
O sucesso da operação de extinção depende do
conhecimento da classificação dos incêndios em mata.

A classificação é feita de acordo com a loca-


lização dos combustíveis, sendo:
a) TURFA: INCÊNDIO SUBTERRÂNEO,
quando há queima de combustíveis abaixo do solo,
tais como húmus e raízes.
Este tipo de incêndio é normalmente de com-
bustão lenta e sem chamas, porém de difícil extinção.

b) INCÊNDIO RASTEIRO OU DE SUPER-


FÍCIE: quando há queima de combustíveis de baixa
estatura, tais como: vegetação rasteira, folhas e tron-
cos caídos, arbustos, etc;

c) INCÊNDIO AÉREO OU DE COPA:


quando há queima de combustíveis que estão acima
do solo, tais como galhos, folhas, musgos, etc;

d) INCÊNDIO TOTAL: quando temos todas


as formas de incêndio acima descritas.

Métodos de combate à incêndios


Para a extinção de incêndios em matas, há dois
métodos que podem ser empregados individualmen-
te ou em conjunto:

122
a) ATAQUE DIRETO: consiste em combater
diretamente as chamas no perímetro do incêndio e
quando temos uma situação de altura das chamas
não superior a 1,20 m de altura, da seguinte forma:

USO DE ABAFADOR: deve ser aplicado so-


bre o fogo para extinguí-lo, com movimentos de
sobe e desce, sem ultrapassar a linha do corpo. Po-
dem ser confeccionados de ramos verdes, tiras de
mangueiras;

USO DE BOMBA COSTAL: este equipamen-


to possui, normalmente, reservatório de 20 litros de
água e esguicho, sendo a água recalcada quando o
bombeiro aciona manualmente o pistão de curso;

USO DE FERRAMENTA AGRÍCOLA: uti-


lização de ferramentas comuns utilizadas principal-
mente para colocar terra sobre o fogo, tais como pá,
enxada, enxadão, etc;

USO DE MOTO BOMBAS E VIATURAS:


dependendo do acesso e fonte de abastecimento,
pode-se utilizar moto bombas e viaturas de incêndio.

ATAQUE AÉREO: feito por avião com tan-


ques especiais ou helicópteros com bolsa de água.

123
b) ATAQUE INDIRETO: consiste em com-
bater o fogo a alguma distância do seu perímetro,
devendo ser utilizado quando o fogo é de grande
intensidade ou esteja se movendo rapidamente. Ele
é desenvolvido da seguinte forma:

CONSTRUÇÃO DE ACEIROS: trabalhando


de forma a retirar a vegetação (combustível) fazendo
uso para isso de ferramentas e equipamentos típicos
(facão, forcado, foice, enxada, enxadão, gadanho,
rastelo, machado e motosserra), o combatente deve-
rá construir um aceiro com duas partes, uma roça-
da e que irá oferecer a primeira resistência ao fogo,
abaixando a sua altura e intensidade e uma raspada
até o solo, que por sua vez conterá o fogo.
A largura do aceiro deve ser tal que possa evitar a
sua transposição por parte do fogo, levando-se em con-
sideração a altura da vegetação e a velocidade do vento.
Nunca devemos tentar construir um aceiro em
uma área em aclive pois o fogo pré-aquecerá a ve-
getação à frente aumentando consideravelmente a
sua velocidade de propagação, oferecendo risco aos
bombeiros. Neste caso, o melhor ponto para a sua
construção será logo após o “cume” (topo).
O aceiro próprio para declives (após o topo)
é chamado “aceiro trincheira” cuja característica es-
sencial é a utilização de enxadões para sulcar a terra,
puxando-a para fora, de forma a criar uma espécie

124
de anteparo aos corpos incandescentes que possam
vir a rolar.
Sempre que construímos um aceiro, devemos
considerar uma proporção entre a faixa roçada e a ras-
pada, devendo ser a primeira de 4 a 5 vezes a raspada.
Lembrar que o aceiro deverá envolver todo o
perímetro do fogo e que para conter os flancos e
a retaguarda a largura do aceiro poderá ser menor,
numa proporção de 4 a 5 vezes o aceiro que conterá
a cabeça ou frente desse mesmo fogo
Toda a vegetação retirada da área raspada, caso
não esteja queimada, deve ser removida em direção
à área a preservar, para mais tarde evitar uma grande
carga de incêndio pela utilização do fogo de encontro.

Os aceiros podem ser classificados em três tipos:

Aceiros preventivos: é aquele realizado antes


e durante as operações de prevenção de fogo em
mato. Por meio de ferramentas ou tratores, raspa-
-se uma área da vegetação de forma que fique uma
área de isolamento entre as vegetações, evitando a
passagem do fogo. As distâncias variam de acordo
com a altura da vegetação que se quer separar, nor-
malmente, se obedece a proporção de quatro vezes a
altura da vegetação;
Aceiros emergenciais: é aquele realizado duran-
te uma operação de combate a incêndio florestal.

125
Neste tipo de aceiro, as distâncias de separação
vão variar de acordo com o maquinário ou ferra-
mentas disponíveis, buscando sempre a proporção
de 4:1, conforme o aceiro preventivo;
Aceiros de segurança: é aquele realizado após a
ocorrência de uma queimada, evitando a reignição.

Os aceiros podem ser construídos por intermé-


dio de:

º tratores - a maneira mais prática e rápida


para construção de aceiros, é por meio do emprego
de tratores providos de lâminas para terraplanagem
ou mesmo com grades ou discos para tombamento
de terra;
º ferramentas manuais - é um processo mais
demorado, porém é o que mais ocorre tendo em vista
que nem sempre se tem trator disponível. O trabalho
dessa forma pode desenvolver-se por dois processos:

1) por área - ou seja, verificada a área total a ser


aceirada, a mesma é dividida pelo pessoal disponível
e cada homem fica encarregado de limpar sua área
até ficar isenta de combustível;

2) progressivamente - após definição da área do


aceiro, todos os homens, em fila indiana, vão cami-
nhando e com suas ferramentas construindo o aceiro.

126
O primeiro homem vai com uma foice, cortando a
vegetação mais alta (arbustos) e os seguintes vão com
as enxadas limpando o solo e alargando o aceiro em
medida adequada, o último homem vem com um ras-
telo e acaba de limpar deixando a terra nua.
º tombamento de árvores - no caso de flores-
tas, com árvores altas, é necessário dispor de uma
equipe de tombamento, com moto serra, para possi-
bilitar a retirada das árvores que porventura restem
na área aceirada.

Noções práticas para construção de um aceiro:

É importante, na construção do aceiro, que a


largura seja suficiente para conter o fogo, mas não
mais larga que o necessário, pois se pode gastar mão
de obra e tempo que faltará para cercar o fogo em
toda sua extensão.
Deve-se tomar muito cuidado com a vegetação
mais alta, pois pode ocorrer de ser feito um aceiro
bem limpo no solo e o fogo passar com facilidade na
parte mais alta.
Normalmente, é necessário que o aceiro seja
mais largo, diante do fogo, ou seja, o sentido do ven-
to, sendo menor nos flancos e menor ainda na reta-
guarda, onde a propagação será contra o vento.
É importante que o aceiro fique bem limpo, ou
seja, a terra não deve conter vegetação, nem qual-

127
quer outro material combustível.
Caso exista material queimado na área do acei-
ro, o mesmo deve ser jogado para a área de onde
vem o fogo ou área queimada.
O material intacto deve ser jogado para a área
a ser protegida, para que se diminua o volume de
combustível, nas proximidades do aceiro.
É importante para a rapidez da construção de
aceiros que se utilizem o aceiro natural, como rios,
lagos, estradas, ou mesmo formações rochosas que
bloqueiam naturalmente o avanço do fogo.

USO DO FOGO: esta técnica, sempre que


possível deve ser evitada pois se mal executada po-
derá causar mais danos e ainda cercar outros com-
batentes, propiciando-lhes risco de vida. Apenas o
líder do grupo de combate deverá optar e manusear
o fogo, sendo que poderemos empregar o fogo nas
seguintes situações:

FOGO DE ENCONTRO: consiste em atear


fogo a partir de um aceiro natural ou construído,
contra o vento e em direção à frente principal;

FOGO DE ELIMINAÇÃO OU ALARGA-


MENTO DE ACEIRO: uma técnica mais segura e
indicada é a utilização do fogo a partir de um aceiro
raspado (natural ou construído) manuseando-se um

128
“pinga-fogo” de forma a se atear fogo e logo em
seguida apagá-lo com abafadores e bomba-costal ,
aumentando-se a largura desse aceiro raspado (cria-
ção de áreas queimadas);

USO DE RETARDANTES: produtos à base


de óxido de ferro e especialmente produzidos para
atuar na extinção dos incêndios florestais, poderão
ser lançados por via aérea de forma a cercar o fogo;

CONSTRUÇÃO DE LINHA FRIA: fazendo


uso de água através de moto-bomba, viaturas ou ae-
ronaves, lançar água de forma a criar-se um obstácu-
lo úmido à frente do fogo e se possível envolvendo
o seu perímetro.

Fonte: Manual de Combate a Incêndios Flores-


tais; 1ª edição 2006; volume 04

c) RESCALDO: após a extinção do incêndio,


o grupo deverá percorrer todo o perímetro da zona
queimada, cortando uma pequena faixa da parte que
não queimou e lançando-a para dentro da zona quei-
mada a fim de evitar que pequenos incêndios sub-
terrâneos provoquem uma reignição. Nesta fase os
incêndios em grandes troncos deverão ser apagados
com água ou terra / areia, mesmo que estes estejam
dentro da zona queimada a fim de se evitar que o

129
vento carregue consigo fragmentos incandescentes.

O grupo não deverá se retirar imediatamente


após a extinção ou mesmo o rescaldo, devendo-se
aguardar um certo tempo a fim de se detectar possí-
veis reignições.

A extinção de incêndio em mata é um serviço


perigoso e exaustivo e requer do bombeiro uma te-
nacidade acima do normal.

Toda operação de combate à incêndio de gran-


des proporções deve ter um

Posto de Comando onde haja condições de co-


municação, atendimento em primeiros socorros e
viaturas para deslocamentos rápidos, planejamento
e controle da operação.

O incêndio em mata tem um comportamento


genérico. Devido a temperatura e a umidade do ar,
ele tem menos intensidade na madrugada e maior
intensidade entre 10:00 e 18:00 horas; portanto, seria
lógico intensificar o combate durante a madrugada,
porém temos que levar em conta a pouca visibilida-
de neste horário, o que afeta diretamente a segurança
dos bombeiros, assim sendo não é viável combater
fogo em mata a noite.

130
Em casos de pequenas intervenções, poder-se-
-á optar uma equipe de apenas 02 (dois) bombeiros
treinados e com o material adequado, fazendo uso
de uma viatura tipo VO e equipados com sistema
de rádio-comunicação. Nos casos de necessidade de
apoio ou em grandes intervenções, dever-se-á op-
tar pela formação de GCIFs (Grupos de Combate a
Incêndios Florestais), preferencialmente treinados e
equipados para tal.
O trabalho de extinção em matas é exaustivo
e o período em serviço não deve exceder 12 horas
seguidas sendo que o descanso não deve ser menor
que 8 horas.
Todo o incêndio florestal, ao atingir determi-
nadas dimensões, tende a oferecer perigo aos que
combatem. Assim, algumas regras básicas de segu-
rança devem ser obedecidas, sob pena de se colocar
em risco a vida dos combatentes.

Precauções gerais
a) Ao chegar no local do incêndio, deve-se pri-
meiramente estabelecer rotas de fuga para escapar
em caso de necessidade;
b) Deve ser previsto um local seguro para des-
canso e alimentação, longe do fogo;
c) Não se deve trabalhar mais do que 12 horas
seguidas e o descanso não deve ser menor do que 8
horas seguidas;

131
d) Se houver linhas elétricas na área do incên-
dio, a energia deverá ser desligada. É perigoso dirigir
jatos de água em direção a linhas energizadas;
e) Pisar sobre solo seguro e não correr ladei-
ra abaixo;
f) Tomar cuidado com materiais que possam
rolar para baixo, ferindo os combatentes;
g) Ao passar próximo de árvores queimadas ou
debilitadas pelo fogo, em aclive, fazê-lo por cima e
com atenção;
h) Ao ser cercado pelo fogo, não fugir ladeira
acima, quando o sentido do fogo for aclive; use sua
rota de fuga com segurança, procurando uma área
limpa ou queimada segura;
i) Ao fazer uma linha de aceiro, não a faça de
cima para baixo quando o fogo estiver subindo o
morro rapidamente. O lugar correto é aquele ime-
diatamente após o pico do morro, no início da des-
cida, do lado oposto;
j) Aproveite a diminuição da intensidade do
fogo para aumentar a intensidade do combate;
k) Aproveite as barreiras naturais (estradas,
córregos, linhas férreas, caminhos de terra batida,
etc.) para utilizá-la como aceiro, evitando perda de
tempo e desgaste físico;
l) Mantenha sua ferramenta afiada e em perfei-
to estado de conservação;
m) Evite usar roupas e sapatos apertados, pois

132
poderão lhe causar ferimentos e desconforto;
n) Enterre ou apóie troncos que possam rolar
morro abaixo;
o) Seja rápido ao iniciar o combate;
p) Mantenha-se vigilante contra árvores que
possam cair, animais peçonhentos, pedras que pos-
sam rolar, etc.;
q) Ao utilizar ferramentas de corte em vegeta-
ção, tome cuidado com lascas nos olhos;
r) Moto-serra deve ser transportada com o sa-
bre voltado para trás e com o motor desligado e tra-
va acionada;
s) Não se encoste ou sente na frente ou atrás de
um trator ou outro veículo de combate, mesmo parado;
t) Cuidado ao se colocar na frente ou atrás de
um trator ou veículo em movimento;
u) Não se deve utilizar o trator para transporte
de pessoas.

Situação em que o perigo aumenta


Procure estar atento as situações em que o peri-
go aumenta, são algumas dessas condições:

a) Quando está sendo construído um aceiro


em ladeira com o fogo subindo;

b) Quando o fogo desce por um declive e rolam

133
materiais em ignição, esses materiais podem ocasionar
focos de incêndio abaixo ou atrás dos combatentes;

c) Quando começar a ventar ou o vento ficar


mais forte, ou ainda mudar sua direção;

d) Quando o tempo fica mais quente e seco;

e) Quando se trabalha em terreno com vegeta-


ção muito densa e há grande quantidade de combus-
tíveis entre a linha do aceiro e a frente do fogo;

f) Quando se está distante da área queimada e


o terreno e a densidade da vegetação dificultam o
deslocamento e movimento dos combatentes;
g) Quando se está em local desconhecido para
os combatentes, ou não observado e reconhecido
durante o dia;

h) Quando o incêndio produz freqüentes fo-


cos secundários;

i) Quando não se sabe o local da cabeça do


fogo e não há comunicação com os observadores;

j) Quando se está isolado e sem contato com


os demais; e

134
k) Quando se está esgotado, cansado, sonolen-
to e próximo a linha do fogo.

Primeiros Socorros no Incêndio Florestal


Basicamente em todas as situações deve-se ado-
tar o protocolo de atendimento de resgate, no entan-
to, devido à sua peculiaridade dos locais distantes,
seguem algumas recomendações básicas para aten-
dimento de urgência no local onde está ocorrendo à
atividade de combate a incêndio florestal.
- Acidentes mais comuns em incêndios florestais:

1) queimaduras;

2) quedas (buracos, troncos, barrancos, lagos);

3) queda de galhos sobre o combatente;

4) picadas de animais peçonhentos;

5) isolamento do combatente em meio ao fogo.

- Lesões mais comuns em incêndios florestais:


1) queimaduras;

2) desidratação;

135
3) escoriações;

4) fraturas (crânio e membros);

5) picadas e mordidas de animais;

6) intoxicação por gases;

7) asfixia;

8) irritação dos olhos;

9) parada cardiorrespiratória.

Condutas de urgência num incêndio florestal


para casos de: Intoxicação por monóxido de carbono:

- retirar a vítima do local tóxico, levando-a


para um local mais arejado;

- afrouxar as roupas;

- ministrar oxigênio a 100%, se possível;

- respiração artificial se necessário;

- transportar imediatamente ao hospital.

136
Picadas por animais peçonhentos:

- identificar e capturar o animal que causou


a lesão;

- manter a vítima em repouso absoluto;

- remover anéis, pulseiras, braceletes etc, devi-


do ao possível inchaço;

- lavar o local da picada;

- proteger o local da lesão com gaze seca


e esparadrapo;

- transportar a vítima para o hospital que te-


nha soro específico;

- deixar o local da picada em nível mais baixo


que a linha do coração;

- se ocorrer parada cardiorespiratória, iniciar


manobras de reanimação cardiopulmonar;

- não garrotear ou fazer torniquete na tentati-


va de retardar o efeito do veneno;

- não furar em volta da picada, nem espremer

137
ou sugar a ferida.

Indicadores do sentido de deslocamento do fogo


I. indicadores nos talos de gramíneas - à medida
que o fogo se aproxima de um talo de gramínea ele
aquece e começa a carbonizar esse lado primeiro, o
qual é reduzido em tamanho e força. O efeito é quase
o mesmo que um corte baixo em uma árvore. Con-
seqüentemente o talo da gramínea tomba para o lado
mais fraco. À medida que o fogo avança em um de-
terminado padrão de vegetação, os talos caídos indi-
cam o sentido de onde o fogo veio. Entretanto, como
acontece com todos os indicadores, você deve obter
o sentido correto a partir de diferentes fontes, pois
determinados fatores, tais como vento ou o tempo,
podem afetar o sentido para onde os talos dobram;

II. indicadores de combustíveis protetores - um


incêndio de queima vagarosa, em baixa temperatu-
ra, queima somente a vegetação no lado em que ela
estiver virada para o fogo. Geralmente os combustí-
veis que são protegidos não mostram qualquer sinal
de terem sido queimado. Devido a esse fato, uma
enorme área que queima vagarosamente apresenta
uma coloração mais clara devido às cinzas e uma
combustão mais completa quando avistada longe do
ponto de sua origem e mais escura quando se ob-
serva próxima à sua origem. A parte da planta ou

138
madeira atingida pelo fogo apresenta uma queima
mais completa no sentido da aproximação do fogo,
resultando numa mancha esbranquiçada e carboni-
zada, enquanto o outro lado estará protegido e, con-
seqüentemente, mostrará menos sinais de queimada;

III. indicadores de queima em forma de cava


- normalmente ocorrem no sentido do vento, tan-
to no tronco quanto nos gramíneos. Este é o lado
exposto ao vento mais forte e, portanto, espera-se
que queime profundamente, enquanto o outro lado
permanece mais frio e protegido pelos restos do
lado queimado. Esse efeito ocorre até mesmo em
gramíneas e pode ser examinada de perto se friccio-
nando a costa do punho. Esse movimento, quando
feito no sentido contrário à sensação será de algo
áspero, você deverá fazer esse movimento em todas
as direções até encontrar o sentido que proporcione
a sensação mais aveludada e a mais áspera;

IV. padrão de carbonização - um incêndio quei-


mando morro acima ou com o vento a favor, cria um
tipo específico de carbonização. O carvão inclinará
num ângulo maior do que o declive do solo. Isso é
um padrão normal nas árvores e permanecerá por
muitos anos após o incêndio.
Isso é causado por um vácuo no lado de trás da
árvore que atrai as chamas em uma contracorrente

139
naquele lado. As chamas são, portanto, puxadas para
cima da árvore por um movimento de calor. Uma
"cara de gato" ou o acúmulo de combustível na su-
bida ou no sentido do vento terá um pequeno efeito
no tipo de carvão;

V. "forma de jacaré" - é uma forma de carbo-


nização e normalmente são encontradas em objetos
tais como cercas de estacas, quadros, estruturas, pla-
cas de sinalização etc. Pode ser grande ou pequena,
assim como lustrosa ou opaca. A expressão "escalas
largas e lustrosas" significa que a queima resultou de
um fogo quente e rápido, enquanto que a expressão
"escalas pequenas e opacas" significa que a queima
resultou de fogo lento e não muito quente. A pro-
fundidade da carbonização é um bom indicador de
trajetória do fogo;

VI. "congelamento" dos galhos das árvores -


quando as folhas e pequenos galhos recebem muito
calor, tendem a ficar macio e facilmente se curvam
no sentido da corrente do vento. Quando o incên-
dio é debelado e eles se resfriam, geralmente ficam
apontados no mesmo sentido;

VII. manchas - rochas e outros objetos não in-


flamáveis que estejam expostos ao fogo ficam man-
chados pelos combustíveis vaporizáveis e minúscu-

140
las partículas carregadas pelo fogo. Os objetos tais
como latas de cerveja, pedaços de fragmentos de
metal, torrões de terra suja e vegetação que não foi
atingida pelo fogo apresentam manchas de queima;

VIII. fuligem - será depositada no lado das cer-


cas no sentido da origem do incêndio e pode ser no-
tada pela fricção das mãos na superfície das cercas.
Em objetos maiores, quando conferido uma cerca
de arame coberta pela fuligem, verifique os arames
localizados na parte mais baixa da cerca, uma vez
que eles mostrarão mais evidência de fuligem do que
os arames localizados na parte mais alta da cerca.

Determinação da origem do incêndio


Na determinação da origem do incêndio flores-
tal, vários fatores devem ser levados em considera-
ção. Para tanto, inicialmente colher as informações
das pessoas que residem na área ou daquelas que por
ventura viram o início do incêndio.
Caso o incêndio tenha sido descoberto logo no
início, demarcar a área com precisão. Essa descober-
ta imediata e a demarcação correta darão uma vanta-
gem na determinação da causa do incêndio.
Entretanto, caso o incêndio já esteja em gran-
des proporções, quando da chegada do primeiro
grupo de combate, a dificuldade será aumentada
para determinar o ponto exato da origem do incên-

141
dio. Mesmo em grandes áreas existe uma maneira
científica de identificar o ponto exato de origem
do incêndio. Conhecimento sobre comportamento
do fogo é uma necessidade para a determinação do
ponto de origem. Os incêndios começam pequenos.
Eles existem em condições latentes. Movem-se len-
tamente, alastram-se, terminam e deixam marcas. O
comportamento deles é controlado pelas condições
climáticas, combustíveis e topografia. À medida que
o fogo propaga-se por uma determinada área, os
carvões deixados terão padrões característicos que
indicarão o sentido que o fogo passou. Os diversos
padrões de carvão, quando colocados juntos, levarão
à origem do incêndio.

Determinação da causa do incêndio


Quando estamos falando sobre os indicadores
no sentido de chegarmos a origem do incêndio, a
causa da ignição pode estar aparente. Se o incêndio
foi acidental, a causa da ignição pode estar ainda no
local, mas, se o incêndio foi intencional, a fonte de
ignição pode ter sido removida ou destruída pelo
fogo. Em qualquer dessas hipóteses, deve-se vascu-
lhar a área do foco inicial, visando encontrar a fonte
de ignição que identifique a causa do incêndio. Essa
procura deve continuar até se ter certeza de que a
fonte de ignição foi removida ou destruída.

142
Categorias de causas de incêndio
O resultado final da causa determinante do in-
cêndio é a localização da causa do incêndio em uma
das nove categorias gerais acordadas abaixo em con-
formidade com as agências e organizações de pre-
venção aos incêndios. São elas:

1) relâmpago: auto-explicativas;

2) fogueira de acampamento: um incêndio flores-


tal resultante de um foco iniciado por cozimento, aque-
cimento ou produzido por luz ou calor moderado;

3) fumantes: incêndios causados pelos fuman-


tes, através de fósforo, isqueiros, tabaco ou outro
material de fumo (excluir as crianças que brincam
com fogo);

4) queimada para limpeza: a propagação de um


incêndio proveniente da limpeza do solo, galhos corta-
dos, entulhos, pastagens, toras, estradas de terra, servi-
ço de corte de madeira ou outras queimadas prescritas;

5) incendiário: um incêndio causado proposi-


talmente por alguém para queimar ou exterminar a
vegetação ou propriamente que não pertença a ele
e sem o consentimento do proprietário ou procu-
rador. Excluem-se os incêndios causados por negli-

143
gências quando da queima para limpeza;

6) uso de equipamentos: incêndios causados


por equipamentos mecânicos, além daquelas opera-
ções de ferrovias;

7) estrada de ferro: incêndios causados por


todas as operações das estradas de ferro, incluindo
queimadas em estradas/atalhos de terra e pontas de
cigarro jogadas pelos empregados;

8) crianças: incêndios causados por crianças


menores de 12 anos de idade;

9) diversos: incêndios que não podem ser correta-


mente classificados em nenhuma das causas anteriores.

Eliminação das causas de incêndio florestal


Uma vez definida a área de origem do incêndio, a
causa dele pode estar aparente. Mesmo que a fonte de
ignição não esteja aparente, é possível eliminar o que
não o causou;
Através do processo de eliminação das categorias
de causas de incêndio, pode-se concentrar melhor na
busca da fonte de ignição.

144
1) Defina Incêndio Florestal.
2) Quanto a natureza, qual são as causas mais
prováveis de incêndios florestais.
3) Quais tipos de vegetação que temos no Brasil?
4) Cite cinco medidas para se evitar as causas de
Incêndios Florestais.
5) De acordo com a classificação da localização
de incêndio, o que significa Incêndio Subterrâneo ?

145
Bibliografia .
Decreto Estadual nº 56.819/2011 (Seguran-
ça Contra Incêndio nas Edificações e Áreas de
Risco).

Instruções Técnicas do Corpo de Bombei-


ros da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

NBR – 5.628 – Componentes construtivas


estruturais – Determinação da resistência ao
fogo.

NBR – 9.077 – Saídas de emergência em


edifício

NBR – 9.441 – Execução de sistema de de-


tecção e alarme de incêndio.

NBR – 9.442 – Materiais construtivos – de-


terminação de índice de propagação

superficial de chama pelo método do painel


radiante.

NBR – 10.897 – Proteção Contra incêndio


por chuveiro automático

NBR – 10.898 – Sistema de iluminação de


emergência.

147
NBR – 11.742 – Porta corta-fogo para saída
de emergência – especificação.

NBR – 11.786 – Barra antipânico – requisitos.

NBR – 11.861- Mangueira de incêndio e


métodos de ensaio.

NBR – 12.693 – Sistema de proteção por


extintores de incêndio.

NBR – 12.962 – Inspeção, manutenção e


recarga em extintores de incêndio.

NBR – 13.435 – Sinalização de segurança


contra incêndio e pânico

NBR – 13.523 – Central Predial de gás li-


quefeito de petróleo.

NBR – 13.714 – Sistemas de hidrantes e de


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NBR – 13.932 – Instalações internas de


GLP – projeto e execução.

NBR – 14.323 – Dimensionamento de es-


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148
cêndio – procedimento.

NBR – 14.432 – Exigências de resistência ao


fogo de elementos de edificações – procedimento.

NBR – 15200 – Projeto de estruturas de


concreto em situação de incêndio - procedimento

SEGURANÇA PROTEÇÃO CONTRA


INCÊNDIO

AUTOR: Ten Coronel Res PM Edil Dau-


bian Ferreira

Editora Centrais Impressoras Brasileiras


Ltda. MANUAL DE FUNDAMENTOS DE
BOMBEIROS

AUTOR: Polícia Militar do Estado de São


Paulo / Corpo de Bombeiros

Editora Abril S/A

MANUAL DE PREVENÇÃO E COM-


BATE DE INCÊNDIO (3ª Edição)

AUTOR: Coronel Res PM Orlando Secco

Editora Bernardino Ramazzini


149

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