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CURSO DE COMBATE

A INCÊNDIO

Curso de Formação de Bombeiro Voluntário.

Instrutor: Ridan Villa.

Coordenador: Marcio Saldanha.

Turma 2016

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Apostila para uso no curso de formação Bombeiro Voluntario de Garibaldi. Proibida sua
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Sumário
1- HISTORIA DO FOGO.............................................................................................................3
2- TEORIA DO FOGO................................................................................................................4
3- FORMAS DE PROPAGAÇÃO.................................................................................................7
4- PONTOS DE TEMPERATURAS IMPORTANTE DO FOGO.......................................................9
5- METODOS DE EXTINÇÃO...................................................................................................10
6- CLASSES DE INCENDIO.......................................................................................................12
7- EXTINTORES.......................................................................................................................15
8- MATERIAIS.........................................................................................................................23
9- HIDRANTES........................................................................................................................34
10- ACESSORIOS HIDRAULICOS...............................................................................................35
11- VIATURAS..........................................................................................................................41
12- COMBATE A INCENDIO......................................................................................................43
13- PREVENÇÃO NAS INSTALAÇÕES PREDIAIS........................................................................50
14- BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................52

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1 - História do fogo.
O nosso planeta já foi uma massa incandescente, que passou por um
processo de resfriamento, até chegar à formação que conhecemos. Dessa forma, o fogo existe
desde o início da formação da Terra, passando a coexistir com o homem depois do seu
aparecimento.
No século XVIII, um célebre cientista francês, Antoine Lawrence
Lavoisier, descobriu as bases científicas do fogo.
A principal experiência que forneceu a chave do “enigma” foi
colocar uma certa quantidade de mercúrio (Hg - o único metal que normalmente já é líquido)
dentro de um recipiente fechado, aquecendo-o. Quando a temperatura chegou a 300ºC, ao
observar o interior do frasco, encontrou um pó vermelho que pesava mais que o líquido
original. O cientista notou, ainda, que a quantidade de ar que havia no recipiente diminuíra
de 1/5, e que esse mesmo ar possuía o poder de apagar qualquer chama e matar. Concluiu
que a queima do mercúrio absorveu a parte do arque nos permite respirar (essa mesma parte
que faz um combustível queimar: o oxigênio). Os 4/5 restantes eram nitrogênio (gás que não
queima), e o pó vermelho era o óxido de mercúrio, ou seja, o resultado da reação do oxigênio
com o combustível.
Os seus estudos imutáveis, até os dias atuais, possibilitaram o
surgimento de estudos avançados no campo da Prevenção e Combate a Incêndio.

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2- Teoria do fogo:

- Conceito de Fogo
Fogo é um processo químico de transformação. Podemos também
defini-lo como o resultado de uma reação química que desprende luz e calor devido à
combustão de materiais diversos.
Os elementos que compõem o fogo são:
• Combustível
• Comburente (oxigênio)
• Calor
• Reação em cadeia
Esse quarto elemento, também denominado transformação em
cadeia, vai formar o quadrado ou tetraedro do fogo, substituindo o antigo triângulo do fogo.

Logo, é de extrema importância que seja entendido como age cada


um desses elementos e como eles se relacionam.

2.1 - Combustível
Muitas pessoas aliam o termo combustível aos postos de
combustíveis e, consequentemente, à gasolina, ao etanol e ao diesel, tendo esses líquidos
como a única forma existente de combustível.
Esse pensamento é errôneo. É fundamental que se entenda que
combustível é toda a substância capaz de queimar e alimentar a combustão. Sendo assim,
podemos ainda classificar combustível como líquidos, sólidos e gasosos, ao passo que
existem substâncias nos mais diferentes estados que atendem ao pressuposto inicial.

2.2- Sólidos
Quanto maior a superfície exposta, mais rápido será o aquecimento
do material e, consequentemente, o processo de combustão. A madeira, o papel, os cereais e
o algodão são exemplos de combustíveis sólidos

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2.3- Líquidos.
Os líquidos inflamáveis têm algumas propriedades físicas que
podem dificultar a extinção do fogo, aumentando o perigo a quem venha o combater. Uma
propriedade a ser considerada é a solubilidade do líquido, ou seja, sua capacidade de
misturar-se com outros líquidos.
É importante saber que a água e os líquidos derivados do petróleo
(hidrocarbonetos) têm pouca solubilidade, ao passo que líquidos como álcool e acetona
(solventes polares), têm grande solubilidade, isto é, podem ser diluídos até um ponto em que
a mistura não seja inflamável.
Outra propriedade é a volatilidade, que é a facilidade com que os
líquidos liberam vapores. Também é de grande importância, visto que quanto mais volátil
for o líquido, maior a possibilidade de haver fogo, ou mesmo explosão.
Quanto à volatilidade, os líquidos podem ser classificados em:
líquidos inflamáveis - aqueles que têm ponto de fulgor abaixo dos 38°C (gasolina, álcool,
acetona), e líquidos combustíveis - aqueles que têm ponto de fulgor acima dos 38°C (óleos
lubrificantes e vegetais, glicerina).
Geralmente os líquidos assumem a forma do recipiente que os
contêm. Se derramados, os líquidos tomam a forma do piso, fluem e se acumulam nas partes
mais baixas. Tomando como base o peso da água, cujo litro pesa 1 Kgf, classificamos os
demais líquidos como mais leves ou mais pesados. É importante notar que a maioria dos
líquidos inflamáveis é mais leve que água e, portanto, flutuam sobre ela.

2.4- Gasosos
Os gases não têm volume definido, tendendo, rapidamente, a
ocupar todo o recipiente em que estão contidos. Se o peso do gás é menor que o peso do ar
(no caso do GN), o gás tende a subir e dissipar-se. Mas, se o peso do gás é maior que o
peso do ar (no caso do GLP - Gás Liquefeito de Petróleo), o gás permanece próximo ao
solo e caminha na direção do vento, obedecendo aos contornos do terreno.
Quando se trata de gases e vapores inflamáveis, existe a faixa de
inflamabilidade que é a medida da quantidade volumétrica de um determinado gás ou vapor
inflamável dentro de um local confinado que é necessário para tornar a atmosfera
potencialmente explosiva dento deste certo ambiente confinado. Dentro da faixa de
inflamabilidade existem dois limites que são conhecidos como Limite Inferior de
Explosividade (LIE) e Limite Superior de Explosividade (LSE).

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O Limite Inferior de Explosividade (LIE):
É o volume mínimo necessário para que um gás ou vapor presente na
atmosfera de um ambiente confinado entre em combustão, caso
exista uma fonte de ignição. Este limite marca o início da “Região
Inflamável” e o fim da atmosfera com “mistura pobre”.
O Limite Superior de Explosividade
(LSE): É a concentração volumétrica máxima de gás ou vapor
presente na atmosfera de um ambiente confinado, tornando-o
explosivo caso exista uma fonte de ignição. Este limite marca a
transição da “Região Inflamável” para a atmosfera de “mistura rica”.
O limite de inflamabilidade varia conforme a
substância, como podemos ver no quadro abaixo:

2.5 - Comburente

É o elemento que ativa e dá vida à combustão, se combinado com os


vapores inflamáveis dos combustíveis.
O oxigênio é o comburente comum à imensa maioria dos
combustíveis. Dependendo da concentração que está no ar (inferior a 16%) fica incapaz de
sustentar a combustão.
Porém, além do oxigênio, há outros gases que podem se comportar
como comburentes para determinados combustíveis. Assim, o hidrogênio queima no meio
do cloro, os metais leves (lítio, sódio, potássio, magnésio etc.) queimam no meio do vapor
de água e o cobre queima no meio de vapor de enxofre. O magnésio e o titânio, em
particular, e se finamente divididos, podem queimar ainda em atmosfera de gases
normalmente inertes, como o dióxido de carbono e o azoto.

2.6 - Calor
O calor é uma forma de energia. É o elemento que inicia o fogo e
permite que ele se propague. Verifica-se que algumas vezes até mesmo o aquecimento de
uma máquina já é suficiente para prover calor necessário para o início de uma combustão.

2.7 - Reação em cadeia


Os elementos combustível, comburente e calor, isoladamente, não
produzem fogo. Quando interagem entre si, realizam a reação em cadeia, gerando a
combustão e permitindo que ela se auto mantenha.
Algumas literaturas apontam a reação em cadeia como um quarto
elemento, porém, analisando a função dela na combustão, verifica-se que ela nada mais é
do que a interação do combustível, do comburente e do calor.

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3- FORMAS DE PROPAGAÇÃO DO FOGO

É de importância indiscutível nos trabalhos de extinção ou nos


trabalhos de prevenção, o conhecimento das maneiras que o calor poderá ser transmitido.
As formas de transmissão de calor de um corpo para o outro ou para um meio, são:
condução, convecção e irradiação.
Cabe ressaltar que, em algumas situações, podemos ter mais de
uma forma de propagação envolvida na transmissão do fogo.
3.1- CONDUÇÃO
É a forma pela qual o Calor é transmitido de corpo para corpo ou
em um mesmo corpo, de molécula para molécula.
Um bom exemplo é quando acendemos um fósforo e percebemos
que o fogo vem consumindo a madeira do palito de forma gradual, ou seja, molécula a
molécula.

3.2- CONVECÇÃO
É a transferência do calor de uma região para outra, através do
transporte de matéria (ar ou fumaça). Esta transferência se processa em decorrência
da diferença de densidade do ar, que ocorre com a absorção ou perda de calor. O ar
quente sempre subirá. É o processo pelo qual o calor se propaga nas galerias ou
janelas dos edifícios em chamas.

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3.3- IRRADIAÇÃO
É a transmissão do calor por meio de ondas caloríficas através do
espaço. Neste processo não há necessidade de suporte material nem transporte de matéria.
A irradiação passa por corpos transparentes como o vidro e fica bloqueada em corpos
opacos como a parede. Ex: O calor propagado de um prédio para outro sem ligação física.

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4- PONTOS E TEMPERATURAS IMPORTANTES DO
FOGO
Os combustíveis são transformados pelo calor, e a partir desta
transformação é eles se combinam com o oxigênio, resultando na combustão. Essa
transformação desenvolve-se em temperaturas diferentes, à medida que o material vai sendo
aquecido. Para melhor entendimento, será descrito como se decorre o processo:
Com o aquecimento de um combustível, chega-se a uma temperatura
em que o material começa a liberar vapores, que se incendeiam se houver uma fonte externa
de calor. Neste ponto, chamado de “Ponto de Fulgor”, as chamas não se mantêm, devido à
pequena quantidade de vapores.
Prosseguindo no aquecimento, atinge-se uma temperatura em que os
gases desprendidos do material, ao entrarem em contato com uma fonte externa de calor,
iniciam a combustão, e continuam a queimar sem o auxílio daquela fonte. Esse ponto é
chamado de “Ponto de Combustão” Continuando o aquecimento, atinge-se um ponto no qual
o combustível, exposto ao ar, entra em combustão sem que haja fonte externa de calor. Esse
ponto é chamado de “Ponto de Ignição”.

4.1- A fumaça
É um dos produtos da combustão, sendo o resultado de uma
combustão incompleta, onde pequenas partículas sólidas se tornam visíveis. A fumaça varia
de cor conforme o tipo de combustão, como vemos a seguir:
 Fumaça de cor branca – indica que a combustão é mais
completa com rápido consumo do combustível e boa
quantidade de comburente;
 Fumaça de cor negra – combustão que se desenvolve em
altas temperaturas, porém com deficiência de comburente;
 Fumaça amarela, roxo ou violeta – presença de gases
altamente tóxicos.

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5 - MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
Considerando a teórica básica do fogo, concluímos que o fogo só
existe quando estão presentes, em proporções ideais, o combustível, o comburente e o calor,
reagindo em cadeia. Calcado nesses conhecimentos, concluímos que, quebrando a reação
em cadeia e isolando um dos elementos do fogo, teremos interrupção da combustão.
Destes pressupostos, retiramos os métodos de extinção do fogo:
extinção por resfriamento, extinção por abafamento, extinção por isolamento e extinção
química.

5.1- EXTINÇÃO POR RESFRIAMENTO


Este método consiste na diminuição da temperatura e,
consequentemente, na diminuição do calor. O objetivo é fazer com que o combustível não
gere mais gases e vapores e, finalmente, se apague.
O agente resfriador mais comum e mais utilizado é a água.

5.2- EXTINÇÃO POR ABAFAMENTO


Este método consiste em impedir que o COMBURENTE
(geralmente o oxigênio), permaneça em contato com o combustível, numa porcentagem ideal
para a alimentação da combustão.
Para as combustões alimentadas pelo oxigênio, como já observado,
no momento em que a quantidade deste gás no ar atmosférico se encontrar abaixo da
proporção de aproximadamente 16%, a combustão deixará de existir.
Para combater incêndios por abafamento podem ser usados os mais
diversos materiais, desde que esse material impeça a entrada de oxigênio no fogo e não sirva
como combustível por um determinado tempo.

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5.3- EXTINÇÃO ISOLAMENTO
O isolamento visa atuar na retirada do COMBUSTÍVEL da reação.
Existem duas técnicas que contemplam esse método: através da retirada do material que
está queimando; através da retirada do material que está próximo ao fogo e que deverá entrar
em combustão por meio de um dos métodos de propagação.

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6- CLASSES DE INCÊNDIO

Para se combater um incêndio usando os métodos adequados


(extinção rápida e segura), há a necessidade de entendermos quais são as características que
definem os combustíveis.
Existem cinco classes de combustíveis reconhecidas pelos maiores
órgãos voltados ao estudo do tema, sendo elas: Classe A – sólidos combustíveis; Classe B –
líquidos e gases combustíveis; Classe C – materiais energizados; Classe D – metais
pirofóricos; e classe K – óleos e gorduras.
Já se fala também em uma nova classe, a Classe E, que representa os
materiais químicos e radioativos. Como essa nova classe ainda não é reconhecida
internacionalmente, não nos aprofundaremos nela.

6.1- CLASSE A
Definição: são os incêndios ocorridos em materiais fibrosos ou
combustíveis sólidos.
Características: queimam em razão do seu volume, isto é, em
superfície e profundidade. Esse tipo de combustível deixa resíduos (cinzas ou brasas).

 Exemplos: madeira, papel, borracha, cereais, tecidos etc.


 Extinção: geralmente o incêndio nesse tipo de material é
apagado por resfriamento.

6.2- CLASSE B

Definição: são os incêndios ocorridos em combustíveis líquidos ou


gases combustíveis. Características: a queima é feita através da sua superfície e não deixa
resíduos.
 Exemplos: GLP, óleos, gasolina, éter, butano etc.
 Extinção: por abafamento.

6.3- CLASSE C

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Definição: são os incêndios ocorridos em materiais energizados.
Características: oferecem alto risco à vida na ação de combate, pela
presença de eletricidade. Quando desconectamos o equipamento da sua fonte de energia, se
não houver nenhuma bateria interna ou dispositivo que mantenha energia, podemos tratar
como incêndio em classe A ou classe B.
 Exemplos: transformadores, motores, interruptores etc.
 Extinção: agentes extintores que não conduzam eletricidade,
ficando vedados a água e o gás carbônico.

6.4 CLASSE D
Definição: são os incêndios ocorridos em metais pirofóricos.
Características: irradiam uma forte luz e são muito difíceis de serem apagados.
Podemos dividir incêndios de classe D em dois tipos:
1 – Incêndios em metais que podem ser extintos por Cloreto de
Sódio, como é o caso do sódio, do Zinco, do Magnésio, do Potássio, do Bário, do Cálcio, do
Alumínio, do Zircônio e do titânio. Nesses casos a extinção ocorre por causa da
decomposição do pó a base de sal Cloreto de Sódio, que ao ter contato com a alta dissipação
do calor no foco do incêndio, compacta formando uma camada encrustada que isola a
matéria do ar atmosférico e impede a dissipação do calor.
2- Incêndios provocados pelo metal Litio onde as reações do
incêndio provocado, querem um poderoso agente extintor a base de Cobre. Os compostos de
cobre abafam o fogo e promovem um excelente dissipador para o calor. Este é o único agente
conhecido para combate a incêndio causado por Lítio fazendo dele preferido, pois adere a
superfícies nas três dimensões.
 Exemplos: rodas de magnésio, potássio, alumínio em pó,
titânio, sódio etc.
 Extinção: através do abafamento, não devendo nunca ser
usado água ou espuma para a extinção desse tipo de incêndio.

6.5 CLASSE E
Incêndios que envolvem produtos radioativos, nesses casos é
recomendável isolar a área e acionar o CENEC (Comissão Nacional de energia nuclear)

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6.6- CLASSE K
Os incêndios que envolvem meios de cozinhar (banha, gordura e
óleo) tem sido por muito tempo a principal causa de danos materiais, vítimas fatais ou não.
A evolução de alta-eficiência dos equipamentos de cozinha
comerciais/industriais e ouso de óleos não saturados, aliados a altas temperaturas criaram
riscos de incêndios mais severos determinando uma nova classificação de incêndio.
Normas internacionais como a NFPA 10(a partir de 1998)
reconhecem que incêndios em cozinhas comerciais/industriais, fritadeira em particular, são
únicos, diferentes e mais difíceis de apagar quando comparados com incêndios de líquidos
inflamáveis. Ao reconhecer este problema, criou-se uma nova classificação. Os óleos de
cozinha usado para frituras tem uma faixa ampla de temperatura de autoignição. A
autoignição do óleo pode ocorrer em qualquer intervalo de 288Cº à 385Cº. Para que esta
autoignição possa ocorrer, a massa total de óleo de ter sido aquecida além da temperatura da
autoignição. Depois que ocorre a ignição o óleo muda sua composição ligeiramente ao
queima-se. A sua nova temperatura de autoignição pode ser tanto quanto 10cº mais baixa
que a sua temperatura original. Este incêndio será sustentado a menos que a massa inteira de
óleo for refrigerada abaixo da nova temperatura de autoignição.
Extinção: JAMAIS TENTAR COMBATER COM ÁGUA. Essa
classe reage perigosamente com água, gerando explosões e ferindo quem estiver próximo.
O método mais indicado de combater o incêndio nessa classe é através do abafamento.

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7- EXTINTORES DE INCÊNCIO

A criação do extintor foi iniciada em 1734, com o médico alemão


M. Fuchs, que inventou bolas de vidro cheias de uma solução salina destinada a ser atiradas
no fogo. O que mais se parece com atual, foi inventado pelo capitão George William Manby,
um militar inglês, depois de ter presenciado um incêndio em 1813 em Ediburgo. O
'Extincteur' , como era denominado, consistia de um recipiente de cobre que tinha no seu
interior três litros de solução de carbonato de potássio e ar comprimido. Este foi o primeiro
exemplo do princípio básico por trás de todos os extintores de incêndio de hoje, onde um
supressor de fogo é impelido para fora de um recipiente de gás pressurizado.

PRIMEIRO EXTINTOR

O extintor era constituído por um recipiente de cobre de 3 galões


(13,6 litros de água) contendo em seu interior, inclusive, carbonato de potássio. Manby foi
membro da milícia britânica e observou a incapacidade dos bombeiros
em Edimburgo para atingir os andares superiores dos edifícios, consequentemente, pensou
numa forma de superar esta dificuldade.

Em 1866, o francês François Carlier inventou um extintor que era


composto por uma garrafa contendo uma mistura (água e bicarbonato de sódio) e em
separado uma quantidade de ácido tartárico. Ao misturar os componentes do interior do
recipiente ocorria a produção de gás carbônico e este provocava a saída do agente extintor.

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7.1- Cronologia do extintor

1- 1813 - Capitão George William Mandy inventou a primeira versão moderna do extintor
portátil;
2- 1866 – O francês François Carlier desenvolveu o extintor com um cilindro contendo uma
mistura (água e bicarbonato de sódio) e ácido tartárico;
3- 1881 - Almon M. Granger patenteou, nos Estados Unidos da América (E.U.A.), o extintor
de incêndio à base de bicarbonato de sódio e ácido sulfúrico;
4- 1905 – O russo Alexander Laurant inventou o extintor espuma química;
5- 1912 – O extintor à base de tetracloreto de carbono foi desenvolvido pela Empresa Pyrene;
6- 1924 – A Companhia Walter Kidde, no E.U.A., inventou o extintor de dióxido de
carbono;
7- 1928 – O dispositivo de acionamento do extintor de pó químico foi inventado pela
Empresa Dugas (mais tarde adquirido pela Empresa Ansul);
8- 1940 – Na Alemanha foi desenvolvido o extintor para utilização em aeronaves.

7.2- EXTINTORES FINALIDADE

A finalidade do extintor é realizar o combate imediato e rápido em


pequenos focos de incêndio. Sendo assim, o extintor não deve ser considerado como
substituto de sistemas de extinção mais complexos, mais sim, como equipamento adicional.
É fundamental que o brigadista entenda a diferença entre os tipos de
extintores e saiba como deve utilizá-los em situações de incêndio.
Cabe ressaltar que a aplicação dos extintores em princípio de
incêndio não deve justificar qualquer demora no acionamento no sistema de alarme geral e
na mobilização de maiores recursos, mesmo quando perecer que o fogo pode ser dominado
rapidamente. Na sequência serão expostos os tipos mais comuns de extintores, relacionando-
os à finalidade a que se destinam e explicando como devem ser operados.

7.2.1- EXTINTORES DE ÁGUA Classe A


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Extintor de incêndio do tipo carga de água é aquele cujo agente é a
água expelida por meio de um gás.
Quanto à operação eles podem ser:

7.2.2 Água Pressurizada


É aquele que possui apenas um cilindro para a água e o gás
expelente. Sua carga é mantida sob pressão permanente.

7..2.3 Água-gás
É aquele que possui uma câmara, um recipiente de água e um
cilindro de alta pressão, contendo o gás expelente. A pressurização só se dá no momento da
operação. Os extintores de água, são aparelhos destinados a extinguir pequenos focos de
incêndio Classe “A”, como por exemplo em madeiras, papéis e tecidos.

 Manejo:
Retirar o extintor do suporte e levá-lo até o local onde será utilizado;
Retirar o esguicho do suporte, apontando para a direção do fogo;
Romper o lacre da ampola do gás expelente;

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Abrir totalmente o registro da ampola;
Dirigir o jato d’água para a base do fogo.
 Manutenção:
Para que possamos manter o extintor de água em perfeitas condições,
devemos:
Inspecionar frequentemente os extintores;
Recarregar imediatamente após o uso;
Anualmente verificar a carga e o cilindro;
Periodicamente verificar o nível da água, avarias na junta de
borracha, selo, entupimento da mangueira e do orifício de segurança da tampa.
Verificação do peso da ampola semestralmente.
 Observação:
Este tipo de extintor não pode e não deve ser usado em eletricidade
em hipótese alguma. Coloca em risco a vida do operador.
O alcance do jato é de aproximadamente 08 (oito) metros.

7.2.4 EXTINTOR DE ESPUMA QUÍMICA Classe B

Indicado para princípios de incêndio na Classe “B”, também


podendo ser utilizado para combater um incêndio de Classe “A”, porém com menor
eficácia. Neste tipo de aparelho extintor, o cilindro contém uma solução de água com
bicarbonato de sódio mais o agente estabilizador. A solução de sulfato de alumínio é
colocado em um outro recipiente que vai internamente no cilindro, separando a solução
de bicarbonato de sódio e alcaçuz.

 Manejo:
Retira-se o aparelho do suporte, conduzindo-o até as
proximidades do incêndio, mantendo-o sempre na posição vertical, procurando evitar
movimentos bruscos durante o seu transporte;
Inverter a sua posição (de cabeça para baixo), agitando-o de
modo a facilitar a reação;
Dirigir o jato sobre a superfície do combustível, procurando,
principalmente nos líquidos, espargir a carga de maneira a formar uma camada em toda

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a superfície para o abafamento; Permanece-se com o aparelho na posição invertida até
terminar a carga.
 Manutenção:
Para que possamos ter um extintor de espuma em perfeitas
condições de uso, é importante saber:
Deve ser vistoriado mensalmente;
Sua carga e o poder de reação das soluções devem ser
examinados a cada seis meses;
Sua carga deve ser renovada anualmente, mesmo que ele não
seja usado;
Após o uso, o extintor de espuma deve, tão logo seja possível,
ser lavado internamente para que os resíduos da reação química não afetem as paredes
do cilindro pela corrosão;
Após o seu uso, fazer a recarga o mais breve possível.
 Observação:
Este tipo de extintor não pode e não deve ser usado em
eletricidade em hipótese alguma, pois coloca em risco a vida do operador.

7.2.5 EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO classes A, B, C

É um gás inerte, sem cheiro e sem cor. Devido à sua capacidade


condutora ser praticamente nula, o CO2 é muito usado em incêndios de Classe “C”. A
sua forma de agir é por abafamento, podendo também ser utilizado nas classes A
(somente no seu início) e B (em ambientes fechados).

 Manejo:
Para utilizar o extintor de CO2, o operador deve proceder da seguinte
maneira:
Retire o aparelho do suporte e leve-o até o local onde será utilizado;
Retire o grampo de segurança;
Empunhe o difusor com firmeza;
Aperte o gatilho;
Dirija a nuvem de gás para a base da chama, fazendo movimentos
circulares com o difusor;
Não encoste o difusor no equipamento.

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 Manutenção:
Os extintores de CO2 devem ser inspecionados e pesados mensalmente.
Se a carga do cilindro apresentar uma perda superior a 10% de sua capacidade, deverá
ser recarregado.
A cada 5 anos devem ser submetidos a testes hidrostáticos. Este teste
deve ser feito por firma especializada, de acordo com normas da ABNT.
Observação: Como atua por abafamento, o
CO2 deve ser aplicado de forma homogênea e rápida, pois
dissipa-se com muita facilidade.
7.2.6- EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO Classe B e C

Os extintores com pó químico, utilizam os agentes extintores


bicarbonato de sódio (o mais comum) ou o bicarbonato de potássio.
Especialmente indicado para princípios de incêndio das Classes B e
C. O extintor de pó químico pressurizado utiliza como propelente o nitrogênio, que, sendo
um gás seco e incombustível, pode ser acondicionado com o pó no mesmo cilindro.
O extintor de pó químico a pressurizar, utiliza como propelente o gás
carbônico (CO2), que, por ser um gás úmido, vem armazenado em uma ampola de aço ligada
ao extintor.
 Manejo:
Os dois tipos de aparelhos citados são de fácil manejo:
Pressurizado
Retira-se o extintor do suporte e o conduz até o local onde será utilizado
(observar a direção do vento);
Rompe-se o lacre;
Destrava-se o gatilho, comprimindo a trava para a frente, com o dedo
polegar;
Aciona-se o gatinho, dirigindo o jato para a base do fogo.
 À Pressurizar:
Retira-se o extintor do suporte e o conduz até o local onde será utilizado
(observar a direção do vento);
Acionar a válvula do cilindro de gás;
Destrava-se o gatilho, comprimindo a trava para frente, com o dado polegar;
Empunhar a pistola difusora;
Aciona-se o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo.
 Manutenção:
Devem ser inspecionados rotineiramente e sua carga deve ser substituída
anualmente.

7.2.7- EXTINTOR PARA METAIS CLASSE D

Os extintores destinados a classe D, possuem agente extintor a base


de Cloreto de Sódio, sendo destinado a incêndios em metais. O incêndio é extinto através do
isolamento entre o metal e a atmosfera e o resfriamento. O agente é depositado no metal em
chamas através de um longo aplicador, que promove um fluxo controlado e lento.
O aplicador é de fácil desacoplamento e mantem o operador a uma
distância segura do calor irradiado e da inalação de gases queimados. O cilindro fabricado

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em alço carbono, recebe uma pintura de proteção amarela, que colabora para a fácil
identificação do extintor no ambiente.

 Aplicação:
Desenhado para combate aos mais difíceis fogos do tipo 1 da classe D, em locais de
manuseio e armazenamento dos seguintes metais:
Sódio (Na), zinco (ZN), Magnésio (Mg), Potássio (K), Bário (Ba), Cálcio (Ca),
Alumínio (Al), Zircônio ( Zr) e Titânio(Ti).
Jamais deve ser usado para incêndio provocado por Lítio 9Li), por poder agravar o
perigo.

7.2.8 EXTINTORES DE AGENTE UMIDO CALSSE K

Os extintores de agente úmido Classe K contém uma solução


especial de Acetato de Potássio, diluída em agua, que quando acionado é descarregada com
um jato tipo neblina (pulverização) como em um sistema fixo. O fogo é extinto por
resfriamento e pelo efeito asfixiante da espuma. É dotado de um aplicador que permite ao

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operador estar a uma distância segura da superfície em chamas, e não espalha o óleo quente
ou gordura. A visão do operador não é obscurecida durante ou após a descarga.
Desenhado para combate aos mais difíceis fogos como: gorduras e
banhas quentes, incêndios de óleo e gordura de cozinha e áreas de preparação de alimentos
em restaurantes, lojas de conveniência, praças de alimentação, cafeterias de escolas hospitais
e outros.
Características:
Cilindro fabricado em aço inoxidável.
Mangote de descarga de pequeno comprimento, para facilitar o
manuseui em espaços pequenos e cozihas de área reduzidas.

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8- MATERIAIS.

8.1- Mangueira – é o equipamento de


combate a incêndio, constituído de um duto flexível dotado de
juntas de união, destinado a conduzir agua sob pressão, até o
local do incêndio.
A escolha correta do tipo de mangueira
garante um desempenho adequado e uma maior durabilidade da
mangueira. Essa escolha deve obedecer à alguns critérios tais
como, local destinado ao uso da mangueira; pressão máxima de
trabalho a que será submetida e as condições de abrasividade.

TIPOS

De acordo com a norma NBR 11861 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

• Tipo 1 – Destina-se a edifícios de ocupação residencial

MANGUEIRA TIPO 1

Características Técnicas

o Mangueira de incêndio com reforço têxtil singelo confeccionado 100% em


fio de poliéster de alta tenacidade;
o Tecimento horizontal (tipo tela), na cor branca e tubo interno de borracha
sintética, na cor preta;
o No diâmetro de 40mm (1.½”) em lances de 15, 20, 25 e 30 metros, destinada
a edifícios de ocupação residencial, conforme tipo 1 da Norma NBR 11861
de outubro/98;
o Pressão de ruptura mínima de 35 kgf/cm²;
o Pressão de trabalho de 10 kgf/cm²;
o Empatada com uniões tipo engate rápido em latão, tipo 40-A da NBR 14349;

• Tipo 2 – Destina-se a edificios comerciais e industriais ou Corpo de Bombeiros

MANGUEIRA TIPO 2
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Características Técnicas

o Mangueira de incêndio com reforço têxtil singelo confeccionado 100% em


fio de poliéster de alta tenacidade;
o Tecimento diagonal (tipo sarja), na cor branca e tubo interno de borracha
sintética, na cor preta;
o Nos diâmetros de 40mm (1.½”) e 65mm (2.½”), em lances de 15, 20, 25 e 30
metros, destinada a edifício comerciais, industriais e Corpo de Bombeiros,
conforme tipo 2 da Norma NBR 11861 de Outubro/98;
o Pressão de ruptura mínima de 55 kgf/cm²;
o Pressão de trabalho de 14 kgf/cm²;
o Empatada com uniões tipo engate rápido, em latão, tipo 40-B (para diâmetro
de 40mm) e tipo 65-B (para diâmetro de 65mm) da NBR 14349;

• Tipo 3 – Destina-se a areas navais e industriais ou Corpo de Bombeiros

MANGUEIRA TIPO 3

Características Técnicas

o Mangueira de incêndio com duplo reforço têxtil, confeccionado 100% em


fio de poliéster de alta tenacidade;
o Tecimento diagonal (tipo sarja), na cor branca e tubo interno de borracha
sintética, na cor preta;
o Nos diâmetrosde 40mm (1.½”) e 65mm (2.½”) em lances de 15, 20, 25 e 30
metros, destinada a área naval e industrial, onde é desejável uma maior
resistência à abrasão, conforme tipo 3 da Norma NBR 11861 de Outubro/98;
o Pressão de ruptura mínima de 60 kgf/cm²;
o Pressão de trabalho de 15 kgf/cm²;
o Empatada com uniões de latão tipo engate rápido, em latão, tipo 40-B (para
diâmetro de 40mm) e tipo 65-B (para diâmetro de 65mm) da NBR 14349, ou
união de latão tipo rosca;

• Tipo 4 – Destina-se a area industrial, na qual é desejável uma maior resistência a abrasão

MANGUEIRA TIPO 4

Características Técnicas

o Mangueira de incêndio com reforço têxtil singelo confeccionado 100% em


fio de poliéster de alta tenacidade, tecimento diagonal (tipo sarja);

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o Revestimento externo em composto especial de uretano, na cor vermelha e
tubo interno de borracha sintética, na cor preta;
o Nos diâmetros de 40mm (1.½”) e 65mm (2.½”), em lances de 15, 20, 25 e 30
metros, destinada a área industrial, onde é desejável uma maior resistência a
abrasão, conforme tipo 4 da Norma NBR 11861 de Outubro/98;
o Pressão de ruptura mínima de 55 kgf/cm²;
o Pressão de trabalho de 14 kgf/cm²;
o Empatada com uniões tipo engate rápido, bucha longa, em latão, tipo 40-B
(para diâmetro de 40mm) e tipo 65-B (para diâmetro de 65mm) da NBR
14349;

• Tipo 5 – Destina-se a area industrial, na qual é desejável uma alta resistência a abrasão
e superfícies quentes

MANGUEIRA TIPO 5

Caracteristicas Técnicas

o Mangueira de incêndio com reforço têxtil tecido em fio sintético de alta


tenacidade;
o Revestimento externo e tubo interno em borracha nitrílica, na cor vermelha;
o Nos diâmetrosde 40mm (1.½”) e 65mm (2.½”), em lances de 15, 20, 25 e 30
metros, destinada a área industrial, onde é desejável uma alta resistência à
abrasão e a superfícies quentes, conforme tipo 5 da Norma NBR 11861 de
Outubro/98;
o Pressão de ruptura mínima de 42 kgf/cm²;
o Pressão de trabalho de 14 kgf/cm²;
o Empatada com uniões tipo engate rápido, em latão, tipo 40-B (para diâmetro
de 40mm) e tipo 65-B (para diâmetro de 65mm) da NBR 14349;

8.1.1- Durante o uso operacional.


As mangueiras de incêndio devem ter um
cuidado especial durante seu uso, deve ser evitado ao máximo arrastar
sobre superfícies ásperas principalmente quando estão cheias de agua
pois o atrito pode ocasionar sua ruptura e inutilização. Jamais deixa-las
sob superfícies quentes pois com o calor as fibras derretem e a mangueira
poderá romper. Outro ponto importante não deve deixa-la em contato
com produtos derivados do petróleo, ácidos, etc.
Acoplagem quebrada por queda, dificulta a
acoplagem e muitas vezes não veda. Assim a mangueira é inutilizada por
risco de um desacoplamento durante o uso.

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Mangueiras queimadas, são
inutilizadas por não apresentar a resistência exigida
pela NBR 14349

8.1.2- Após o uso operacional.


Após cada operação de combate a incêndio, deve-se:
 Fazer a limpeza da mangueira com água, tendo o cuidado de remover barro, lama,
poeira ou outra substância que a tenha atingido.
 Fazer uma inspeção visual detalhada nas mangueiras, com a finalidade de detectar
avarias na sua camada externa e em suas juntas. Aquelas reprovadas na inspeção
deverão ser retiradas da viatura e levadas ao serviço de manutenção, para passarem
por uma nova empatação das juntas de união, ou para limpeza, no caso de terem sido
atingidas por graxas, óleos, ácidos ou outros produtos mais difíceis de serem
removidos. As que não apresentarem condições de recuperação serão retiradas do
serviço, definitivamente descartadas ou ainda aproveitadas nas instruções, como
proteções de quinas.
 Escoar toda água da mangueira e colocá-la para secar à sombra, em local arejado e,
preferencialmente, pendurada com as juntas de união para baixo.
 Lembrar de substituir as mangueiras que foram para manutenção ou secagem, a fim
de que, no atendimento a outra ocorrência, os equipamentos estejam dentro da viatura
e em condições de uso.
 Acondicionar as mangueiras, após a secagem, com os cuidados anteriormente
descritos.
As técnicas de acondicionamento e manuseio das mangueiras visam
proporcionar a utilização de forma otimizada, objetivando o menor tempo possível para
armação e maior segurança e conforto durante o deslocamento até o local específico do
combate.
As mais utilizadas são o aduchamento pela ponta, pelo seio, com alça
e ziguezague ou sanfonada.
Aduchamento pela ponta
Aduchar é enrolar em espiral.
Esse acondicionamento consiste na sobreposição das
superfícies da mangueira sobre a junta, formando uma
aducha pela ponta e é indicado somente para
armazenagem da mangueira.

Para enrolar:
1. Coloque a mangueira totalmente estendida sobre uma superfície plana.

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2. Comece o acondicionamento por uma das extremidades, envolvendo a junta de união com
o lance de mangueira, enrolando-a até chegar à outra extremidade.
3. Ajuste, se necessário, pressionando a espiral contra o solo e puxando a extremidade externa
para fora.

Fim do aduchamento da
mangueira pela ponta

Aduchamento pelo seio

Esse tipo de acondicionamento, feito pelo meio


da mangueira, é muito eficiente para utilização
em combate a incêndios, por permitir a manobra
com agilidade e rapidez. Diferente do
aduchamento pela ponta, a mangueira pode ser
facilmente desenrolada pelo lançamento da
espiral, uma vez que as juntas permanecem na
parte externa do rolo.

Ainda assim, é necessário que o bombeiro tenha


o cuidado de segurar as juntas da mangueira
durante o arremesso.

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1. Estenda a mangueira
dobrada ao meio, formando dois lances paralelos. Um
lance não deve estar sobreposto e sim ao lado do outro.

2- Estabeleça uma dobra de


aproximadamente 1 palmo.

3- Faça uma sobre dobra.

4- Enrole as duas juntas

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Aduchamento de mangueira com alças
É indicada para situações nas qual o deslocamento do bombeiro
requer mais cuidado e o transporte da mangueira pelas técnicas anteriores não for seguro.
Exemplos: transposição de obstáculos, subida de escadas, etc.
Para enrolar:
1. Coloque as juntas de união no solo, uma ao lado da outra, de forma que a mangueira fique
sem torções e formando linhas paralelas.
2. Do outro lado, no seio da mangueira, faça uma alça em forma de X, transpondo uma parte
sobre a outra a 1,5 metros da dobra original (Figura 97a).
3. Coloque o ponto médio da alça à frente do local onde as partes se cruzam (Figura 97b e
Figura 97c).
4. Inicie o aduchamento sobre a alça na direção das juntas de união, fazendo dois rolos lado
a lado. O procedimento permitirá a confecção de uma alça de cada lado da espiral (Figura
97d e Figura 97e).
5. Ao terminar o aduchamento, coloque as juntas próximas aos rolos e puxe uma das alças,
de maneira que uma fique menor que a outra (Figura F).
6. Passe a alça maior pela
menor, por cima das juntas,
a fim de que permaneçam
juntas (Figura 97g).
7. Ajuste a alça (Figura H).
8. Passe a alça pelo braço,
posicionando-a como uma
bolsa (Figura I).

Para desenrolar:
1. Libere as alças que estavam prendendo a mangueira (Figura 98a).
(a) (b) (c)
2. Posicione as juntas para baixo e para trás, sobre os respectivos
lances da mangueira (Figura 98a).

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3. Empurre as espirais para frente, desenrolando a mangueira (Figura

98a).

Ziguezague ou sanfonada
O transporte é feito com a mangueira disposta em ziguezague sobre
o ombro do bombeiro, próxima ao corpo, segura pelo braço e com a junta mais externa
voltada para frente.

Esse tipo de acondicionamento pode ser utilizado para:


• Facilitar o transporte para locais mais distantes ou de difícil
acesso.
a) (b) (c)
• Situações que necessitam de um rápido recolhimento de
mangueira.
Inclui também as chamadas linhas prontas – as
mangueiras permanecem dispostas sobre a viatura, já
conectadas entre si, facilitando sua utilização no combate a
incêndio.
Para enrolar:
1. Estenda totalmente a mangueira no solo de maneira que
fique sem torções.
2. Posicione uma extremidade próxima da outra, lado a lado,
formando um L com a parte maior (Figura 100a).
3. Segure a dobra da mangueira com uma das mãos e, com a outra estendida à frente, puxe
a mangueira para perto da junta, formando um seio (Figura 100a e Figura 100c).
4. A mão que antes havia puxado a mangueira permanece agora segurando o seio formado,
enquanto a outra mão vai à frente realizando o mesmo procedimento, trazendo a mangueira
mais próxima e formando um seio do outro lado (Figura 100d).
5. Continue estes movimentos sucessivamente.
6. Ao final, posicione a junta com cuidado para perto da formação (Figura 100e).
7. Coloque a mangueira dobrada sobre o ombro, com a junta externa voltada para frente.
Este processo facilitará o desenrolamento da mangueira no local do combate (Figura 100f).

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Nessa técnica, arrasta-se o seio da mangueira no solo e não as juntas.

Figura 100 - Enrolando mangueira em ziguezague

Para desenrolar:
O companheiro
puxa a junta de união mais externa, com
a mangueira ainda posicionada sobre o
ombro do outro bombeiro.

Há uma mangueira aduchada em


Espiral no nosso caminhão.

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8.2- Mangotinhos
Os mangotinhos são tubos flexíveis
de borracha, reforçados para resistir a pressões elevadas e
dotados de esguichos próprios. Normalmente em diâmetro
16, 19 e 25mm. Para facilitar a operação os mangotinhos são
usados em incêndios que necessitam pequenas quantidades
de água.

8.3 - Mangueirote
É uma mangueira especial utilizada para
o abastecimento de viaturas em hidrantes. No Corpo de
Bombeiros, o mangueirote utilizado possui comprimento de 5
metros, diâmetro de 100mm e juntas de união de 100mm ou
112mm, roscas fêmeas. Exige cuidados e manutenção iguais aos
de qualquer mangueira. Apresenta a vantagem de poder ser
acoplado por um único homem, além de permitir que a viatura
esteja distante ou até mal posicionada em relação ao hidrante.
Não pode ser usado em sucção

8.4- Chaves
Ferramentas destinadas a facilitar o
acoplamento ou desacoplamento de juntas de união. As chaves
podem ser:
• de mangueiras, para acoplamento e desacoplamento de
mangueiras e adaptações. (fig. 19-1, 4 e 5)
• de mangote, para acoplamento e desacoplamento de mangote,
mangueirotes e filtros. (fig. 19-2)
• universal, para acoplamento e desacoplamento de mangueiras
e mangotes. (fig. 19-3)
• para hidrante público de coluna, para abrir e fechar tampões de
hidrantes públicos de coluna; é também conhecida como chave
tipo “BARBARÁ” (fig. 19- 3)

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8.5- Derivante / Divisor

Peça metálica destinada a permitir o desdobramento


da linha de mangueira em duas, três, por meio do desvio do fluxo de água,
possuindo ou não, registro de paragem e provido de juntas de união do tipo
engate rápido (Stortz) na introdução e nas expedições. Possui uma única
introdução de 65 mm e podem ter duas, ou três expedições, sendo que, nos de
duas os diâmetros podem ser de 64 mm ou 40 mm, e nos de três sempre com
diâmetro de 40 mm

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9- HIDRANTES

São aparelhos ligados aos encanamentos de suprimento de água,


permitindo a adaptação das bombas e mangueiras para a extinção de incêndio.
9.1- Hidrante Urbanos de Coluna – Hidrantes de coluna,
instalados nos passeios públicos, são dotados de juntas de união para conexão com
mangotes, mangueiras ou mangueirotes. O mais utilizado em São Paulo é o tipo
conhecido pelo fabricante Barbará. Sua abertura é feita através de um registro de
gaveta cujo comando é colocado ao lado do hidrante. Possui uma expedição de 100m
e duas de 63mm

9.2- Registro de
Recalque – O registro de recalque é uma extensão
da rede hidráulica predial, constituído de uma
conexão (introdução) e registro de paragem em
uma caixa de alvenaria fechada por tampa
metálica. Situa-se abaixo do nível do solo (no
passeio), junto à entrada principal da edificação

9.3- Hidrantes urbanos subterrâneos –


Hidrantes subterrâneos são aqueles situados abaixo do nível do solo,
com suas partes (expedição e válvula de paragem) colocadas dentro
de uma caixa de alvenaria, fechada por uma tampa metálica

9.4- Hidrante de parede (residencial ou


comercial)
Encontrado em edificações comerciais e
residenciais, normalmente está localizado no interior das caixas de
incêndios e deve estar pronto para uso imediato nas operações de combate
a incêndio pelo Corpo de Bombeiros, brigada de incêndio ou até mesmo
ocupantes da edificação que tenham treinamento e forem familiarizados
com o equipamento. As caixas de incêndio devem conter, entre outros
acessórios:
 Esguicho regulável
 Chave de mangueira
 Mangueiras de incêndio

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10- ACESSÓRIOS HIDRÁULICOS

Tampão – Peça de metal, dotada de arruela de vedação para torná-la


estanque, destinada a evitar acidentes e também proteger expedições
da bomba de incêndio.

Adaptação - podem ser:


• Reduções: Para permitir o acoplamento de juntas de uniões de
diâmetro diferentes (engate rápido ou rosca)

• Corretores de fios (troca de fios): Para permitir o acoplamento de


juntas de uniões de fios de rosca diferentes

• Suplementos de união: Para permitir o acoplamento de uniões com


terminais idênticos (duas roscas macho ou fêmea)

• Adaptadores: Para permitir o acoplamento de juntas de uniões de


padrões diferentes

Chave tipo T

Chave que permite a abertura e


fechamento do registro da válvula do hidrante. Esse tipo de
chave facilita a operação devido ao braço de alavanca ser
maior que o do volante de hidrante. Seu emprego é mais
indicado quando o registro se encontra no plano horizontal.

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Coluna de hidrante.

A coluna de hidrante permite que se acople a mangueira de forma a


evitar dobras, e facilite o abastecimento onde o hidrante tem acoplagem muito abaixo do
solo.

Esguichos
Os esguichos são equipamentos conectáveis nas mangueiras,
responsáveis por regular e direcionar o fluxo de água nas ações de combate a incêndio. Por
isso mesmo, são indispensáveis para a utilização do agente extintor.
Devem possuir características de resistência a choques mecânicos e,
no mínimo, às mesmas pressões estáticas e dinâmicas que suportam as mangueiras.
Os tipos mais comuns de esguicho são:
• Regulável.
• Canhão.
• Proporcionador de espuma.
• Agulheta.
• Pistola.

Esguicho regulável

Pode ser encontrado de 2½ polegadas (63 mm) ou de


1½ polegadas (38 mm), sendo o mais utilizado, nas
ações de combate a incêndio, o de menor diâmetro.
O modelo possui grande eficiência nos combates a
incêndios, por:
• Proporcionar os três tipos de jato: compacto,
neblinado e atomizado. Esses assuntos serão
abordados ainda no presente módulo.
• Proporcionar aplicação de forma contínua ou
intermitente (pulsos), por causa da manopla para
fechamento e abertura rápida da passagem de água.
• Possuir regulagem da abertura do jato que permite
variar, rapidamente, de quase 180o a um ângulo
mínimo possível, o que permite obter tanto um jato
neblinado de grande abrangência, quanto um jato sólido eficiente quando desejado.

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Sua regulagem de vazão de água é medida na forma de:

Possui ainda a função “flush”, que significa enxaguar, destinada à


limpeza do esguicho depois do uso de espuma, a fim de evitar danos no equipamento por
resíduos deixados pelo extrato.

Partes do esguicho regulável

1. Acoplamento do tipo storz.


2. Punho – é por ele que se segura o
esguicho, não pela mangueira; deve
ser seguro com o braço estendido,
para poder varrer o espaço no alto,
em baixo, à direita e à esquerda e
resistir ao recuo do esguicho;
quando se segura o esguicho com a
mão direita, a mangueira passa sob o
braço direito.
3. Alavanca – serve para abrir ou
fechar o esguicho.
4. Controle rotativo de vazão.

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5. Cabeça defletora (ou difusora)
com disco dentado fixo ou rotativo.

Cabeça defletora do esguicho


regulável

Esguicho proporcionador de espuma

O esguicho proporcionador de espuma é um dispositivo específico


para fornecer, ao combate a incêndio, a espuma em condições de atuar como agente extintor,
a qual permanece, em forma de extrato, armazenada em galões, sendo preparada somente no
momento do combate.
Esse tipo de
esguicho possui aberturas para
entrada de ar e pode, ou não,
necessitar de um misturador entre
linhas, o qual é um aparelho
utilizado na ligação, posicionado
antes do divisor, para proporcionar
espuma em todas as linhas.
Disponibiliza espuma de baixa
expansão, com baixa aeração, ou
seja, pouco ar no interior de suas
bolhas.

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Esguicho agulheta

Os esguichos agulheta são


encontrados, geralmente, em hidrantes de parede conforme o
tipo de risco da edificação e adotados pelo seu baixo custo
em relação aos esguichos reguláveis. São destinados à
população do prédio.
O esguicho agulheta permite
somente a utilização por jato compacto e de forma contínua,
o que não possibilita o controle direto da quantidade de água
lançada. Por isso mesmo, não deve ser utilizado pelos
bombeiros em um combate a incêndio, exceto em situações
extremadas.
A probabilidade de se inundar o ambiente ao combater um incêndio
com esse tipo de esguicho (destruindo, com água, o que as chamas ou o calor não atingiram)
é grande e deve ser minimizada.

Esguicho pistola
O esguicho do tipo pistola é muito
comum em mangotinhos e produz ataques com alta pressão e
baixa vazão. Recomenda-se seu uso em princípios de incêndio.

Esguicho comum.
O esguicho modelo EBK é um
dispositivo que possibilita o trabalho com jato regulável
onde a vazão de lançamento se dá a uma pressão
determinada pelo ajuste da forma do jato. Devido ao seu
projeto básico, quando da alteração da forma do jato
sólido para meia neblina ou neblina total, ocorre
mudança de vazão e pressão, ocasionado pela alteração
do seu orifício de descarga.

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Esguicho canhão
O esguicho do tipo canhão é muito eficiente
em locais onde se deseja realizar ataques com
alta vazão e alta pressão, pois é capaz de
alcançar grandes distâncias e liberar, em
poucos minutos, um grande volume de água.
Esguichos canhão operam lançando água no
incêndio com vazão igual ou superior a 300
galões por minuto (1136 litros por minuto).
Pode ser móvel ou
fixo, o que permite sua utilização na armação
de torre d’água com Auto Escada Mecânica
ou Auto Plataforma Mecânica ou ainda no
solo, fixo em uma base.

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11 – Viaturas

Auto Escada-Mecânica
Viatura de grande porte,
provida de cabine dupla e um feixe de escadas,
composto de lanços engavetados, o qual é montado
sobre chassi de desenho característico. Dotada de
sistema hidráulico para movimentação da escada.
Em alguns modelos possui um corrico de mangueira
acoplado a um dispositivo próprio localizado na
traseira. Empregada em operações de salvamento e
combate a incêndio.
Empregada em operações
salvamento e combate a incêndio em locais urbanos
elevados de difícil acesso.

Auto Bomba Plataforma

Veículo multifuncional de médio porte e dotado de cabine dupla, é destinado ao transporte


de pessoal e materiais operacionais. Possui recursos próprios para salvamento, torre de
iluminação, corpo de bomba, tanque com
capacidade de armazenar até 1.600 litros de
água e plataforma articulada de acionamento
hidráulico com alcance vertical de 30 metros.
Sua característica compacta e multifuncional
confere autossuficiência e rapidez para
combate a incêndios de pequeno e médio
porte, bem como para as operações de
salvamento diversas. É ideal para acessar
logradouros mais estreitos que inviabilizam a
utilização de um número maior de viaturas,
algo muito comum no dia-a-dia da
Corporação. Empregada nos serviços de
salvamento e combate a incêndio.

Auto Bomba Tanque

Viatura de grande porte


provida de cabine estendida e carroceria de
características própria. Dotada de bomba de
incêndio acionada pelo motor de tração,
compartimentos para transporte de
equipamentos e reservatório d’água com
capacidade de 5.000 litros.

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Auto Tanque

Viatura de grande porte


provida de cabine simples e carroceria de
características próprias. Dotada de bomba de
incêndio acionada por um motor independente,
compartimento para transporte de equipamentos e
reservatório d’água com capacidade de 14.000 litros
de agua

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12- Combate a incêndio

Após conhecermos todos os equipamentos, classes de incêndio,


iremos apreender como funciona operacionalmente a montagem de linhas de mangueiras de
incêndio e o combate às chamas em locais abertos e locais confinados, e aberturas forçadas.
Todo incêndio sem exceções devemos buscar seu controle de forma
que se evite mais danos, resgate de vítimas (se houver) e a segurança da equipe e demais
presentes.
Ao chegar em um incêndio devemos agir de uma forma sincronizada
e coordenada por um líder na seguinte ordem:
 Desligar a energia elétrica. Jamais jogar água sem se
certificar que a energia está desligada. Lembre-se a agua
é um ótimo condutor de eletricidade.
 Montar iluminação artificial para uma melhor visibilidade
 Identificar se temos um incêndio confinado ou aberto.
 Montar linhas de mangueiras e pressurizar, no mínimo duas.
 Trabalhar sempre em duplas, jamais sozinho.
 Identificar se há possíveis vítimas e se podemos alcança-las.
Terminologia utilizada
• Ligação – é a mangueira ou série de mangueiras de 2½ polegadas que canaliza a água da
boca de expulsão da viatura, hidrante ou outro manancial até o divisor. Conta-se essas
mangueiras a partir do manancial em direção ao divisor.

• Linha – é a mangueira ou série de mangueiras de 1½ polegadas que canaliza a água do


divisor ao esguicho. 1a 2a 3a 4ª Contam-se essas mangueiras a partir do divisor em direção
ao esguicho.

• Linha direta – é a mangueira ou série de mangueiras de 2½ ou 1½ polegadas que canaliza


a água da boca de expulsão da viatura ou hidrante ao esguicho, sem passar pelo divisor.
As mangueiras são contadas a partir do manancial em direção ao esguicho.

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• Linha simples – é a armação de uma única linha de mangueira, acoplada à boca de expulsão
direita do divisor, ou conforme determinação do chefe da guarnição.
• Linha dupla – é a armação de duas linhas de mangueira, acopladas, preferencialmente, na
primeira e segunda boca de expulsão do divisor.
• Linha tripla – é a armação das três linhas de mangueira, ocupando todas as bocas de
expulsão do aparelho divisor.

• Bomba armar – é o conjunto de operações que se processa no estabelecimento dos


equipamentos, para a montagem das ligações e linhas de mangueira.

Incêndio Confinado e aberto:

O incêndio estrutural aberto, trata-se de um sinistro que já


colapsou a estrutura onde temos uma combustão livre, a única forma de combate-lo é de fora
para dentro sem a possibilidade de progressão interna da edificação.
O incêndio confinado estrutural trata-se de um incêndio em um
ambiente fechado e podem apresentar um comportamento extremo do fogo, saber interpretar
um incêndio será de muita importância para preservar sua vida e dos seus companheiros.
O fogo em edificação fechada, com pouca ou nenhuma ventilação,
requer o combate ao incêndio antes que a temperatura do teto alcance a ordem de 650ºC a
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800ºC. Após este momento, a possibilidade de vida no ambiente é quase nula e existirá o
risco de “backdraft” ou “flashover”.
Para melhor compreensão, a combustão é um processo auto-
sustentável de oxidação rápida de um combustível existente, reduzido por um agente
oxidante com desprendimento de calor e luz.
A maior parte dos incêndios envolve um combustível que é
quimicamente combinado como oxigênio, normalmente encontrado na atmosfera que
contém 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de outros gases. Substâncias tais como
cloro também sustenta a combustão e substâncias como peróxidos orgânicos são compostos,
de tal forma que contêm combustíveis e oxidantes na composição de suas moléculas,
permitindo-lhes queimar em ausência de oxigênio.
Em um incêndio confinado estrutural encontramos diversos
obstáculos, escuridão total ou parcial, visibilidade zero, ambiente perigoso e desconhecido,
gases inflamáveis e explosivos, fenômenos químicos e físicos. (backdraft, flashover,
rollover, etc).
Tratando-se de um incêndio confinado, a fumaça pode ser definida
como uma mistura de gases e partículas carbonáceas.
Ela nos permite analisar:
 O estado de desenvolvimento do incêndio;
 Condições da combustão;
 Materiais que estão sendo incendiados;
 Reconhecimento de mudanças significativas

Fases do incêndio em local confinado


No incêndio em local confinado há necessidade que o bombeiro
conheça suas fases, com as características que determinarão o procedimento tático a ser
empregado no atendimento operacional da emergência, observando que um incêndio em
edificação requer uma ventilação cuidadosamente calculada e executada.
Em um incêndio em local confinado podem-se identificar claramente
três fases ou estágios do seu desenvolvimento, a saber:

Estágio de crescimento ou fase inicial: nesta fase o oxigênio


contido no ar ainda não está significativamente reduzido e o fogo está produzindo vapores,
dióxido de carbono, Monóxido de carbono e outros gases.
Este é o primeiro modo do surgimento e início das chamas
no interior da edificação, estando o material queimando
isoladamente e o fogo progredindo lentamente, uma vez
que o calor gerado está sendo consumido para aquecer o
ambiente, que tem a sua temperatura nesta fase pouco
superior à externa, produzindo uma chama com
temperatura superior a 537ºC. Nesta fase o bombeiro não
será incomodado pelo calor do ambiente, porém,
dependendo do combustível que está queimando, podem
existir fumaça e gases nocivos.

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Estágio de pleno
desenvolvimento ou queima livre: nesta fase,
todo o local está em chamas e o fogo alcança a
sua maior temperatura. É uma fase de grande
extensão, indo da fase inicial até a fase de queima
lenta, sendo que sua duração dependerá
principalmente da quantidade de material
combustível existente no ambiente.
O ar rico em oxigênio é
atraído pelas chamas, enquanto os gases quentes
levam o calor até o teto, forçando o ar fresco a
procurar níveis mais baixos, entrando em contato
com as chamas, participando da combustão. A
temperatura do ambiente irá aumentar paulatinamente, até o ponto que, na etapa mais
adiantada, a parte superior do ambiente tenha temperatura acima de 700ºC.
À medida que o fogo progride, continua a aquecer o ambiente e a
consumir o oxigênio e, se não houver ventilação, os gases da combustão não terão como
reagir e permanecerão no recinto. O fogo é então levado à fase da queima lenta e uma
ventilação inadequada fará com que volte a aumentar a sua intensidade ou, até mesmo, gerar
riscos de explosão do ambiente.
Podemos, na prática, dividir a fase da queima livre em suportável ou
insuportável:
Suportável é a etapa em que a queima livre não aqueceu o ambiente
a altas temperaturas e os bombeiros poderão entrar sem sofrerem danos oriundos do calor
ambiental, utilizando o EPI(equipamento de proteção individual) para combate ao incêndio.
Insuportável é a etapa onde a queima livre aqueceu o ambiente a
temperaturas tais que impossibilitarão a entrada dos bombeiros, mesmo utilizando EPI
(equipamento de proteção individual) e EPR (equipamento de proteção respiratória).
Estágio de declínio ou
queima lenta: nesta fase a porcentagem de oxigênio
no ambiente é reduzida, o que levará a combustão a
ter pouca ou nenhuma chama. O ambiente estará
repleto de produtos da combustão que não se
queimaram devido ao baixo nível de oxigênio,
porém, estará superaquecido em decorrência do
calor que foi gerado na fase da queima livre. Os
produtos da combustão estarão numa temperatura
acima de 537º C.
Com uma ventilação
inadequada, os produtos da combustão poderão
explodir quando entrarem na reação com o oxigênio,
o que chamamos “Backdraft”, ou seja, a explosão
ambiental provocada por uma ventilação inadequada num ambiente com baixa porcentagem
de oxigênio, que está repleto de produtos da combustão superaquecidos, oriundos da queima
lenta ou da última etapa da queima livre.

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Fenômenos:

Backbdraft: é a
explosão ambiental provocada por uma
ventilação inadequada num ambiente com
baixa porcentagem de oxigênio, que está
repleto de produtos da combustão
superaquecidos, oriundos da queima lenta ou da
última etapa da queima livre.
A concentração normal
de oxigênio no ar atmosférico ao nível do mar é
de 21% e diminui progressivamente com o
aumento da altitude. Sabe-se que o oxigênio é
essencial nos processos da combustão e que
reage quimicamente com o elemento químico
carbono(C), formando o dióxido de carbono
(CO2), quando a concentração de O2 está abaixo
de 21%. Um incêndio em uma área confinada,
por exemplo, um porão ou um quarto, provoca
uma queda nos níveis de O2 a patamares abaixo de 21%.
Quando o nível de O2 cai abaixo de 15% as chamas, que até então
eram vivas, cessam e o fogo permanece em estado de latência, sendo que grande volume de
monóxido de carbono (CO) é produzido. Contudo, o calor da queima livre e as partículas de
carbono não queimadas permanecem no ambiente, bem como outros gases inflamáveis,
produtos da combustão, que estarão prontos a incendiar-se rapidamente, assim que o
oxigênio for suficiente, e com a entrada brusca do oxigênio, esse ambiente explodirá; o que
chamamos de “backdraft”.
Fatores necessários para a ocorrência de um “backdraft”:
a) grande quantidade de combustível que já tenha sido aquecido à
temperatura de ignição;
b) uma fonte de ignição;
c) um repentino fornecimento de O2
Os fatores descritos, aliados aos indicativos abaixo, podem alertar
para uma situação de “backdraft”:
a) fumaça escura, densa, mudando de cor (cinza e amarelada) e
saindo do ambiente em forma de lufadas;
b) pequenas chamas ou inexistências dessas;
c) resíduos de fumaça impregnando os vidros das janelas e;
d) movimento de ar para o interior do ambiente quando algumas
aberturas são feitas (o ar é sugado para o interior do ambiente)

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“Flashover”: é
uma queima rápida dos produtos da
combustão no ambiente sinistrado ou num
outro próximo, e durante o incêndio em
um ambiente confinado, o calor é
absorvido pelo teto da edificação e pelas
partes mais altas das paredes e irradia-se
para as partes mais baixas, aquecendo
gradualmente os gases combustíveis que
estão no ambiente, quando os
combustíveis alcançam sua temperatura
de ignição, o fogo toma conta de todo
ambiente instantaneamente.
O “flashover” ocorre próximo ao final da fase inicial e início da fase
de queima livre, onde a temperatura está por volta de 550º C a 800ºC, a indicação de que no
local poderá ocorrer um “flashover” não é clara e depende muito da experiência dos
bombeiros que estiverem no local, mas sua ocorrência poderá ser prevenida pela ventilação
vertical e pelo emprego de linhas de ataque devidamente coordenadas e controladas, e ainda
com suporte da ventilação horizontal.

Montagem do esquema tático na busca e


salvamento de vítimas
A missão da guarnição de exploração em
primeiro plano, quando se deparar com incêndios em locais
confinados, é o salvamento de vítimas do sinistro, retirando-as do
local da intervenção em segurança, assim que possível. Para isto, os
bombeiros deverão estar suficientemente equipados e treinados com
as técnicas de combate a incêndios em locais confinados, tornando-
se necessário a proteção das vítimas que serão retiradas do local, isto
porque, em razão da especialidade deste socorro, nem sempre as
chamas estarão extintas e a presença de calor e fumaça poderá provocar injúrias nas vítimas
socorridas durante sua retirada dos ambientes sinistrados. Portanto, os bombeiros deverão
proteger as vítimas contra ação do calor, da fumaça e dos gases, evitando, assim, possíveis
lesões.
Uma vez retirada do ambiente confinado, onde inalou fumaça e
outros gases aquecidos, necessariamente as vítimas devem ser entregues em segurança às
equipes de APH (Atendimento Pré-Hospitalar), para serem analisadas quanto aos efeitos
fisiológicos do calor e da fumaça sobre os seus organismos

Equipamentos para busca e salvamento


O incêndio em local confinado, por sua especialidade, apresenta
necessidade especial de proteção para o bombeiro e para eventuais vítimas, em face do rigor
das condições adversas a que as guarnições são submetidas durante o atendimento
emergencial. Assim, nestes atendimentos, preconiza-se o uso dos seguintes
materiais/equipamentos para as guarnições de atendimento:

Equipamentos da guarnição de exploração:


a. EPI (equipamento de proteção individual) completo, incluindo balaclava e luvas de
bombeiros;
b. EPR (equipamento de proteção respiratória) pressão positiva, com saída para máscara
carona;
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c. Lanterna;
d. Machado;
e. Bastão de exploração;
f. Detector de concentração de O2;
g. Rádio Portátil, tipo HT;
h. Cabo da vida;
i. Corda espia;
j. Mochila de salvamento em incêndios, contendo máscara de emergência tipo “carona” e
roupa de proteção térmica.
l. Giz de cera ou lápis de carpinteiro, para marcação de ambientes já vistoriados.

Abordagem da edificação
A edificação
deverá ser abordada pela face que
propicie a melhor entrada e saída
emergencial de bombeiros, segundo os
critérios da segurança e rapidez. Atentar
para as condições de vento, uma vez que
efetuada a abertura para entrada, os gases
começarão a se movimentar no sentido
da ventilação.
Nem sempre a
melhor entrada é aquela pelo caminho mais curto ou pela frente
da edificação. Entrar na edificação contra o sentido de
ventilação significa caminhar por um ambiente gasado, aquecido, sem visibilidade. Assim,
na medida do possível, procurar uma entrada a favor do vento (com o vento pelas costas),
em caso de ventilação natural, ou no sentido da ventilação positiva, no caso do uso de
ventiladores.
Antes de efetuar qualquer abertura, verificar a temperatura da porta
e de seus componentes, bem como os sinais indicativos de iminência de “Backdraft”.

Posição de caminhamento no interior da edificação


Em razão do aquecimento provocado pelas chamas,
têm-se dentro do ambiente duas (02) camadas distintas
de ar, sendo a camada mais aquecida no alto, contendo
calor e fumaça junto ao teto, e a menos aquecida na
porção inferior do compartimento, com o ar em
melhores condições para a respiração.

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13- Prevenção nas instalações prediais

Chuveiros automáticos (sprinklers)


O sistema de chuveiros automáticos, também conhecido
simplesmente como sprinklers, é um sistema fixo, integrado à edificação que processa uma
descarga automática de água sobre um foco de incêndio, em uma densidade adequada para
controlá-lo ou extingui-lo.

O sistema de chuveiros automáticos consiste na instalação de uma


rede de tubulação hidraulicamente dimensionada, na qual são previstos chuveiros
(sprinklers).
Os detectores de fumaça ou detetores de fumo são aparelhos
encarregados de fazer a vigilância permanente de um local. Constituem a parte sensível da
instalação de detecção automática de incêndio.
São constituídos por células foto-elétricas que emitem uma corrente
variável segundo o fluxo luminoso que recebem. A fumaça que precede e acompanha um
incêndio faz variar o fluxo luminoso.
Duas montagens são possíveis:

1. A célula é iluminada diretamente e de forma


permanente por uma fonte luminosa. Quando não há qualquer fumaça na atmosfera
a célula emite corrente máxima. A presença da fumaça reduz o fluxo luminoso
provocando a queda na corrente e acionamento do alarme.
2. A célula, ao contrário, é montada de forma a não
receber diretamente o fluxo da fonte luminosa. Em caso de atmosfera clara ela não
emite qualquer corrente. Se a fumaça atravessa o fluxo luminoso, suas partículas são
iluminadas. A iluminação assim criada e difundida impressiona a célula foto-elétrica
e aciona o alarme.
Os detectores de célula fotoelétrica não são convenientes,
evidentemente, para atmosferas que contenham pós em suspensão ou emissão de vapores.
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São reservados a risco de fogo incubado ou de evolução lenta, mas que emitem suficiente
quantidade de fumaça, por exemplo: depósito de materiais têxteis ou de papéis, etc.

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14- Bibliografia:

NORMA REGULAMENTADORA NR 23, Proteção Contra Incêndios, 2011.

PARANÁ. Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico. Corpo de Bombeiros do Paraná,


2011.

NORMA BRASILEIRA NBR 14.276, Formação de Brigada de Incêndio, 2006.

PARANÁ. Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná. Manual de Combate a Incêndio.


Oficiais alunos do Curso de Prevenção e Combate a Incêndios. 2008.

http://www.abnt.org.br/certificacao/nat/artigos-tecnicos/1467-mangueiras-de-incendio-
como-especificar

http://www.brasinil.com.br/mangueiras-e-hidrantes.php
http://bombeiroswaldo.blogspot.com.br/2012/10/esguichos-regulavel-canhao.html

http://bombeiroswaldo.blogspot.com.br/2012/10/acondicionamento-e-manuseio-de.html

Coletânea de manuais técnicos de bombeiro, 1 ed, vol 1 e 2, Corpo de Bombeiros do estado


de São Paulo 2006

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