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MOSSORÓ RN
2021
SUMÁRIO
PAG
NORMAS PARA AS AULAS DE LABORATÓRIO DE FÍSICO-QUÍMICA 3
MATERIAIS MAIS USADOS NO LABORATÓRIO 4
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 9
COMO FAZER UM RELATÓRIO TÉCNICO 12
Prática 01 – COMPORTAMENTO DOS GASES: PROPRIEDADES PTV 19
Prática 02 – VOLUME MOLAR DE UM GÁS 23
Prática 03 - LEI DE GRAHAM DE DIFUSÃO E EFUSÃO 27
Prática 04 – DENSIDADE DOS GASES 35
Prática 05 – DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DA RELAÇÃO Cp/Cv 40
Prática 06 - CONCEITOS DE CALOR, TEMPERATURA E CAPACIDADE 42
CALORIFICA
Prática 07 – CALORIMETRIA DE NEUTRALIZAÇÃO E DISSOLUÇÃO 51
Prática 08 – DEMONSTRAÇÃO EXPERIMENTAL DO EQUILÍBRIO QUÍMICO 58
Prática 09 - REAÇÕES DE OXIDAÇÃO-REDUÇÃO E PILHAS
2
3. É OBRIGATÓRIO O USO DE BATAS OU JALECOS, TÊNIS OU
QUALQUER SAPATO HERMETICAMENTE FECHADO NAS AULAS
EXPERIMENTAIS.
4. CADA GRUPO É RESPONSÁVEL PELO MATERIAL UTILIZADO NO
DECORRER DA PRÁTICA. CASO ALGUM MATERIAL SEJA
DANIFICADO, A REPOSIÇÃO SERÁ FEITA PELO GRUPO, NO PRAZO
MÁXIMO DE 15 DIAS.
5. CASO O ALUNO FALTE A AULA EXPERIMENTAL, NÃO HAVERÁ
REPOSIÇÃO.
6. O ALUNO QUE FALTAR A QUALQUER AVALIAÇÃO DEVERÁ
REQUERER A SEGUNDA CHAMADA JUNTO Á SECRETARIA DO
DEPARTAMENTO DE PETRÓLEO E GÁS, COM A RESPECTIVA
JUSTIFICATIVA DOCUMENTADA.
7. SERÁ ATRIBUÍDO PONTUAÇÃO Á PARTICIPAÇÃO DO ALUNO NAS
ATIVIDADES DO LABORATÓRIO JUNTO COM O RELATÓRIO,
SEGUINDO AS NORMAS ATRIBUÍDAS (ATÉ 2,0 PONTOS).
3
BALÃO DE FUNDO CHATO: utilizado
para armazenar, preparar, aquecer ou recolher
soluções. Pode ser de vidro transparente ou
âmbar.
4
BASTÃO OU BAQUETA: é um bastão
maciço de vidro. Serve para agitar e facilitar as
dissoluções ou manter massas líquidas em
constante movimento.
5
SUPORTE UNIVERSAL,
GARRA E PINÇAS DE
FIXAÇÃO: usados para
segurar e sustentar vidrarias,
como balões e condensadores,
entre outros.
6
KITASSATO: recipiente de vidro com paredes
super-reforçadas e indicado para filtrar a vácuo.
7
DENSÍMETRO: utilizados para medidas de
álcool na gasolina ou medida da densidade e
consequentemente medida do grau API.
CENTRÍFUGA: centrifuga de bancada, digital e
microprocessada. Especialmente desenvolvida para
a realização de trabalhos que requeiram
centrifugação de uma ampla variedade de amostras,
em diversos tipos de frascos e volumes.
8
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO
A prática da Química, seja a nível profissional ou de aprendizado, exige que regras
de segurança sejam rigorosamente seguidas para evitar acidentes e prejuízos de ordem
humana ou material. Os acidentes podem, se tomadas as devidas precauções, serem
evitados, ou ao menos terem suas consequências minimizadas.
A seguir estão relacionadas algumas regras de segurança que você deverá colocar em
prática para sua segurança e de seus colegas:
9
11. Em caso de acidentes, mantenha a calma e chame o professor ou técnico
responsável;
12. Objetos pessoais como bolsas, blusas, etc, devem ser guardados em armários de
preferência em áreas externas aos laboratórios;
13. Brincadeiras são absolutamente proibidas nos laboratórios;
14. Use a capela sempre que trabalhar com solventes voláteis, tóxicos e reações
perigosas, explosivas ou tóxicas;
15. As substâncias inflamáveis devem ser manipuladas em locais distantes de fontes
de aquecimentos;
16. O uso de pipetadores é requerido em qualquer circunstância ao utilizar pipetas;
17. Lentes de contato não devem ser usadas em laboratórios, pois podem absorver
produtos químicos e causar lesões nos olhos;
18. Óculos protetores de segurança são requeridos durante todo o período de
trabalho no laboratório;
19. Nunca jogue reagentes ou resíduos de reações na pia, procure o frasco de
descarte;
20. Ao final de cada aula, as vidrarias utilizadas durante o trabalho de laboratório
devem ser esvaziadas nos frascos de descarte e enxaguadas com água antes de
serem enviadas para limpeza;
21. Vidrarias trincadas, lascadas ou quebradas devem ser descartadas e o técnico ou
responsável deve ser avisado;
22. Antes de manipular qualquer reagente deve-se ter conhecimento de suas
características com relação à toxicidade, inflamabilidade e explosividade;
23. Deve-se tomar cuidados especiais quando manipular substâncias com potencial
carcinogênico;
24. Os reagentes e soluções devem ser claramente identificados e as soluções
apresentar data de preparo, validade e o nome do analista que a preparou;
25. Todo acidente com reagentes deve ser limpo imediatamente protegendo-se se
necessário. No caso de ácidos e bases devem ser neutralizados antes da limpeza;
26. Siga corretamente o roteiro de aula e não improvise, pois improvisações podem
causar acidentes, use sempre materiais e equipamentos adequados;
27. Todas as substâncias são tóxicas, dependendo de sua concentração. Nunca
confie no aspecto de uma droga, deve-se conhecer suas propriedades para
manipulá-la;
10
28. Receber visitas apenas fora do laboratório, pois elas não conhecem as normas de
segurança e não estão adequadamente vestidas.
Essas são algumas regras gerais que devemos seguir durante um trabalho no
Laboratório. Durante o curso, em cada experimento serão relacionadas outras
mais específicas, inclusive sobre os reagentes a serem manipulados.
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
11
COMO FAZER UM RELATÓRIO TÉCNICO
MODELO DE RELATÓRIO
12
Figura 01 – Tipos de letras com serifa e sem serifa.
1.1 - Identificação
Uma espécie de cabeçalho
Nome da prática
Componentes do grupo
Orientador
Local de execução
Vigência
1.2 - Sumário
13
Sumário éa disposição de informações de um trabalho, relatório ou livros e
dentre outros.
1.3 – Introdução
1.5 – Resultados
14
Descrição dos resultados: deve ser clara e objetiva, resumindo os achados
principais que serão detalhados em tabelas e figuras.
Ilustrações dos resultados: tabelas e figuras são muito importantes; seu
número deve ser o menor possível, e elas devem ser construídas com
cuidado para incluir todas as informações necessárias com clareza.
15
1.9 - Outras atividades de interesse do discente.
1.10 – Apoio
1.12 – Agradecimentos
Elaboração do Resumo.
Forma:
tamanho: determinado em muitos casos
um só parágrafo
16
3ª pessoa sing., 3ª pessoa plural, 1ª pessoa sing.
frases pouco extensas
terminologia específica
ordem direta das frases
3.1 - Identificação
3.2 - Introdução
3.3 - Material e Métodos
3.4 - Resultados
3.5 - Discussão / Conclusões
3.6 – Apoio
17
Há muito tempo é sabido...
Eu não achei a referência original.
Acredita-se que...
Eu acho que...
Geralmente acredita-se que...
Uma ou duas outras pessoas também acham...
Pesquisas adicionais são necessárias antes que uma clara compreensão do
fenômeno seja alcançada.
Eu não compreendo o fenômeno.
Correto com uma ordem de magnitude.
Errado:
As conclusões a partir dos dados que puderam ser analisados são...
As outras três páginas de dados foram destruídas quando eu derramei um
copo de cerveja em cima.
Estes conhecimentos têm grande importância prática e teórica.
... pra mim, parece interessante.
Três das amostras foram selecionadas para um estudo mais detalhado.
As outras tiveram resultados muito esquisitos.
Resultados representativos são apresentados.
Os melhores resultados são apresentados.
Agradeço a Joe Blotz pelo auxílio com os experimentos e a George Frink
por interessantes discussões...
Blotz fez o trabalho e Frink explicou-me o seu significado.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
18
Dicas de como fazer um relatório/Laudos técnicos,
http//www.extravase.com/blog/, acessado no dia 16/01/10.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Citação:
NBR-10520/ago - 2002. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
https://www.todamateria.com.br/sumario-abnt/ acessado 25.02.2021
INTRODUÇÃO
Dos três estados da matéria, o estado gasoso é o que exibe as propriedades mais
simples, e é o mais fácil de ser entendido. Diferentemente dos sólidos e líquidos, muitos
gases são surpreendentemente semelhantes em suas propriedades físicas, e por essa
razão é útil definir e descrever um gás hipotético, chamado gás ideal, que pode então ser
usado como um padrão de referência com o qual os gases reais podem ser comparados.
Neste capítulo, vamos aprender que podemos voltar nossa atenção para as diferenças
entre o comportamento do gás ideal e do gás real.
19
por outro gás, no meio em que estiverem. » Distâncias entre as moléculas: grande, bem
maior do que a existente no estado líquido (Fiorotto 2014).
OBJETIVOS
Serão utilizadas duas garrafas PET lacradas de 500 mL envasadas com água
gaseificada, sendo elas: uma em temperatura ambiente e outra gaseificada gelada. As duas
serão abertas no mesmo instante para observar o que ocorreu.
PÓS LABORATÓRIO
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
20
• Água com gás
• Água destilada
• Indicador vermelho de metila
• Banho de gelo
• Banho de água quente
• Chapa aquecedora
• 1 pipeta de Pasteur
• 2 béqueres de 600 mL
4. Transfira 250 mL de água com gás para a garrafa PET. À outra garrafa, adicione 150
mL de água destilada.
5. Adicione 20 gotas de indicador vermelho de metila às duas garrafas e agite-as
levemente para homogeneizar a cor da água. Observe a cor do indicador em cada
garrafa e anote.
6. Tampe as duas garrafas com as tampas conectadas.
7. Mergulhe a garrafa que contém água com gás no béquer de água quente e a garrafa
contendo a água destilada no béquer com água e gelo.
8. Em torno de 20 min, agite de 5 em 5 min as garrafas dentro e fora dos seus
respectivos béqueres e observe o que ocorreu. Atente especialmente para a cor do
indicador em cada garrafa.
PÓS LABORATÓRIO
21
01 - Após um tempo, com as garrafas mergulhadas em seus respectivos banhos,
podemos perceber uma troca, ou seja, a água inicialmente cor de rosa se tornou
amarelada e a água inicialmente amarelada se tornou cor de rosa. Por que isso acontece?
02 - O que ocorre com o gás carbônico em solução aquosa que faz a acidez do meio
aumentar?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
Passos, A. P. R.; Faria, D.M.; Pereira, F. S.; Moura, I. C. R,; Klein, K. V.,
UTILIZAÇÃO DE EXPERIMENTO LABORATORIAL PARA ENSINO DE
GASES COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA NA FORMAÇÃO DE
PROFESSORES NO ENSINO DE FÍSICO-QUÍMICA,
XIV Semana de Licenciatura V Seminário da Pós-Graduação em Educação para
Ciências e Matemática Reformas Educacionais: Pontos e Contrapontos Jataí - GO - 25 a
30 de setembro de 2017.
22
Prática 02 – VOLUME MOLAR DE UM GÁS
INTRODUÇÃO
Uma notável características dos gases é que muitas das suas propriedades físicas
são muito semelhantes, particularmente em pressões baixas. Por isso, em vez de
descrever as propriedades dos gases uma de cada vez, pode descrevê-lá todas ao mesmo
tempo.
Os sumários das propriedades dos gases, particularmente a variação da pressão
com o volume e a temperatura, são conhecidos como as “leis dos gases’’. As primeiras
medidas confiáveis das propriedades dos gases foram feitas pelo cientista anglo-irlandês
Robert Boyle,1662, ao estudar o efeito da pressão sobre o volume. Um século e meio
depois, um passatempo novo, o uso de balões de ar quente, motivou dois cientistas
franceses, Jacques Charles e Joseph-Louis Gay-Lussac, a descobrirem outras leis dos
gases. Charles e Gay-Lussac descobriram como a temperatura de um gás afeta sua
pressão, volume e densidade. O cientista italiano Amedeo Avogadro contribuiu ao
estabelecer a relação entre o volume e o número de moléculas da amostra e, portanto,
ajudou a estabelecer a realidade dos átomos.
Embora os gases sejam simples, tanto de descrever como em termos de sua
estrutura interna, são de imensa importância. Passamos a vida toda envolvidos por um
gás na forma de ar, e a variação local de suas propriedades é o que chamamos de
condições meteorológicas ou simplesmente de “tempo”. Para entender as atmosferas
deste e de outros planetas, necessitasse entender os gases. Quando respiramos, nós
bombeamos gás para dentro e para fora de nossos pulmões, onde esse gás muda de
composição e temperatura. Muitos processos industriais envolvem gases e tanto o
produto da reação como o projeto dos vasos de reação dependem do conhecimento de
suas propriedades.
23
Utilizando a lei do gás ideal, podemos calcular qual o volume ocupado por 1 mol
de gás ideal a qualquer temperatura e pressão. A condição de referência que é
comumente usada para descrever as propriedades do gás é 0 °C (273,15 K) e 1,00 atm,
chamada pressão e temperatura padrão ou condições normais de temperatura e pressão,
ou, mais sucintamente, CNTP. V= nRT/P = (1 mol) · (0,082 atm.L.mol -1.K-1) (273,15 K)
/ (1 atm) = 22,414 L Esse volume é chamado volume molar, isto é, o volume ocupado
por qualquer gás nas CNTP é igual a 22,414 L.mol-1.
OBJETIVO
MATERIAIS E REAGENTES
- Fita de magnésio
- Ácido clorídrico 6 mols/L
- Palha de aço
- Compressa de gazes
- Fio de cobre
- Proveta
- Pipeta e pêra
- Becker 500 mL e 50 mL
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1. Utilize toda a graduação da bureta desde a torneira até a parte não graduada.
24
2. Pese uma quantidade de fita de magnésio ou em raspa, aproximadamente 0,03 g
(antes da pesagem limpar com palha de aço).
3. Corte a compressa de gazes e utilize para fazer uma gaiola.
4. Feche bem a bureta e coloque 8 mL de solução de HCl 6,0 mols\L. Em seguida,
com cuidado, preencha a bureta com água destilada até o gargalo. Procure não
agitar a camada de ácido, no fundo da bureta. Para evitar bolhas coloque a água
destilada bem devagar e com bico da água destilada pelas paredes da bureta.
Bolhas de ar que tenham ficado aderidas à bureta (nas paredes) devem ser
eliminadas (golpeando-a de leve).
5. Faça uma gaiola de compressa de gazes e coloque o magnésio (Mg) no meio,
feche-a com um fio de cobre. Introduza a gaiola na bureta cheia de água e dobre
a ponta do fio de cobre para servir de cabo. Caso necessário, adicione água para
que a bureta continue totalmente cheia.
6. Coloque água no Becker de 600 mL de capacidade até mais ou menos 2\3.
7. Tampe com o dedo `a boca´ da bureta e inverta-a rapidamente sobre o béquer
com água. Fixe a bureta a um suporte. O ácido, ao entrar em contato com o Mg
reagirá com ele liberando um gás.
8. Espere até que a reação se complete uns 5min aproximadamente para que o
sistema adquira à temperatura ambiente.
9. Tape com o dedo a boca da bureta, transfira-a para uma proveta quase cheia de
água, à temperatura ambiente. Observe o nível do líquido e fora do recipiente
(Patmosférica = Ptotal).
10. Anote o volume do gás na bureta e a temperatura ambiente.
PÓS LABORATÓRIO
25
3. Escreva a equação geral do gás ideal para uma determinada massa,
considerando as leis de Dalton e Amagat para uso de pressão parcial e volume
total.
4. Calcule o volume de H2 nas CNTP (Vo de H2) usando a equação do estado de gás
ideal.
Obs. Para medir o volume do gás nivele o volume interno e externo da água do
líquido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA
Atkins, P.; Paula, J.; Smith, D., FÍSICO-QUÍMICA: FUNDAMENTOS, 6. ed. - Rio
de Janeiro: LTC, 2018. ISBN 978-85-216-3456-0.
27
Prática 3 - LEI DE GRAHAM DE DIFUSÃO E EFUSÃO
INTRODUÇÃO
28
cinética é a de que a pressão de um fluido sobre a parede do recipiente que o
contém é devida aos inúmeros choques (contra a parede) das pequenas partículas
(moléculas) que compõem o fluido (HOFFMANN, 2000).
1
EC = m v 2 1
2
2 v 21+ v 22 +v 23 … … +v 2N
v= 2
N
pV = C 3
29
A lei de Avogrado mostra que: uma vez que a massa do gás é diretamente
proporcional ao número de mols (n), podemos representar a densidade por n/V.
n
p∞ T 4
V
n1 T n T
p1 ∞ 2
T =C 1 1 5
V1 V1
n2 T 2 n T
p2 ∞ T =C 2 2 6
V2 V2
pV = nRT 7
EC ∞ T 8
1
m v2 ∞ T 9
2
1
m v 2=CT 10
2
30
teoria cinética dos gases nos permite estudar o movimento molecular com
mais detalhes. Uma forma de estimar a velocidade molecular é calcular a raiz
quadrada da velocidade quadrática média que é uma velocidade molecular média.
A raiz quadrada da velocidade quadrática média de um gás é proporcional a raiz
quadrada da sua temperatura (CHANG, 2006). Sabendo que a energia cinética
3
total de 1 mol de qualquer gás é igual a RT e combinando-a com a constante de
2
avogrado NA obtém-se a equação 10:
NA ( 12 m v )= 32 RT
2
11
3 RT
v 2= 12
M
3 RT
√ v2 = √ M
13
31
proposto neste trabalho visando à utilização de material alternativo, de baixo
custo e aerodinamicamente eficaz, a fim de minimizar perdas por efusão e
contribuir para a determinação de dados em experimentos da Lei de Graham.
OBJETIVO
MATERIAIS E REAGENTES
Suporte Universal;
Mangueira transparente;
Conexão PVC
Cronômetro;
Caneta hidrográfica;
Duas pipetas;
MONTAGEM DO EQUIPAMENTO
32
torneiras conforme figura 1. Coloque o equipamento montado nas garras e suportes
universal para fixar e observar o experimento em execução.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
PÓS LABORATÓRIO
33
2 – Após abertura das torneiras o que foi observado?
3 – Apresente outros exemplos de efusão e difusão.
4 - Construa uma tabela do tempo de difusão do gás, velocidade, massa molecular
e distância percorrida.
5 – Em que momento foi observado a efusão dos gases?
6 - Dê uma explicação molecular para a variação das velocidades de difusão e
efusão dos gases com a temperatura.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
https://www.editorauema.uema.br/wp-content/uploads/files/2019/07/inovacao-no-
ensino-de-fisico-quimica-final-1562946384.pdf acessado 28.01.2021.
34
ATKINS, P. W. Physical Chemistry. 6th ed. Oxford: Oxford University Press,
1997.
35
Prática 4 – DENSIDADE DOS GASES
INTRODUÇÃO
P.V = n.R.T 1
36
quantidade de matéria, P e a pressão a que está submetido o gás, T e a temperatura
absoluta (K) e R = 8,314 J/K. mol e uma constante universal. O Princípio de Avogadro
diz que volumes iguais de gases diferentes, nas mesmas condições de temperatura e
pressão, contêm a mesma quantidade de matéria ou substância. Assim, nas condições de
P = 1,01325 x 105 Pa, T = 273,15 K e V = 22,4 x 10 -3 m3 (22,4L); a quantidade de
matéria contida no sistema e n = 1 mol. Em outros termos, dentro do recipiente nesta
condição, deve existir o mesmo número de átomos ou moléculas de substância. Então, a
massa associada a 1 mol e a massa molecular (M). Conhecendo a massa molecular, a
temperatura, a pressão e o volume, ocupado pelo gás, podemos arrumar a equação 1
para que nos permita calcular a sua densidade (ρ) em quaisquer
situações ou estado, isto e,
m m
ρ= , e n= 2
v MM
m
PV = RT 3
MM
m P MM
P= RT ρ= 4
VMM RT
OBJETIVOS
MATERIAL E REAGENTES
37
béquer
proveta de 100mL,
mangueira de borracha,
rolha de borracha e
recipientes com água.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Montagem do Sistema
1) Utilize um erlemeyer com uma rolha e no orifício da mesma encaixe uma mangueira;
2) Coloque água destilada dentro do Erlenmeyer até cerca de 1/3 de seu
volume;
3) Encha uma cuba com água, conforme mostra a figura 1 e verifique a
temperatura da água;
4) Pegue a proveta de 100mL e encha-a. A proveta deve estar bem cheia para
que não reste ar dentro dela. Tampe a boca da proveta com a mão e vire
dentro da cuba com água;
5) Coloque a extremidade livre da mangueira por baixo e dentro da proveta
invertida;
38
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
PÓS LABORATÓRIO
1 – Calcule a densidade utilizando a quantidade de gás obtido no experimento.
3 - Qual será a densidade absoluta do gás carbônico (CO 2) quando ele apresentar uma
pressão de 1,5 atm e estiver submetido a uma temperatura de 47 oC. Dados: Massa
molar do CO2 = 44 g/mol.
39
4 - Compare os seus resultados com o valor esperado utilizando a temperatura do
Experimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA
3) http://www.quimica.ufpr.br/edulsa/cq050/apostila_CQ050_-Edu-2018-1.pdf
Acessado 18/02/2021
INTRODUÇÃO
Cp
A medida do quociente entre as capacidades caloríficas de um gás γ = pode
Cv
ser realizada mediante um processo idealizado por Clément e Désormes. Supondo-se que
um gás ideal, na temperatura inicial T1, sob pressão p1, tenha o volume molar V1 sofre uma
transformação adiabática (AB) Figura 01 até atingir a pressão atmosférica p 2 e retorna à
temperatura inicial T1 mediante um aquecimento isocórico (BC), atingindo a pressão final
p3. Os excessos de pressão podem ser determinados pelas expressões:
∆ P=p 1−p 2
∆ P = p 3− p 2
Cp ∆ P
=
Cv ¿ ¿
41
Figura 01 - Relação entre pressão e volume molar de um gás.
O aparelho para a medida está ilustrado na Figura 02. Um grande frasco é provido
de uma torneira e é ligado a um manômetro. O manômetro, preferivelmente, é de líquido
pouco volátil e pouco denso, para possibilitar a observação das diferenças de pressão.
OBJETIVOS
Conhecer e conduzir experimentos simples para a determinação do coeficiente
de Poisson para gases.
42
MATERIAIS E REAGENTES
- Frasco kitassato de 2 L ou bombona de 5 ou 10 L ou tanque de igual capacidade;
- Manômetro com água e com glicerina;
- Bomba de vácuo ou pode ser substituído por um balão ou bomba de encher pneu e/ou
bicicleta
- Torneira, rolha de borracha, régua ou papel milimetrado.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
PÓS LABORATÓRIO
01 - Anotar os valores obtidos experimentalmente na tabela 1 e os valores
calculados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
Atkins, Peter; Paula, J. de; Smith, D.; Físico-química: fundamentos, 6. ed. - Rio de
Janeiro: LTC, 2018. ISBN 978-85-216-3456-0
https://rumoaoita.com/wp-content/uploads/2017/02/gases_termodinamica_teoria_ita.pdf
44
Prática 6 - CONCEITOS DE CALOR, TEMPERATURA E
CAPACIDADE CALORIFICA
INTRODUÇÃO
O calor e uma forma de energia em trânsito, que se transfere entre dois ou mais
corpos devido a diferença de temperatura entre eles. A quantidade de calor (ΔQ) e a
medida desta energia transferida que traduz, no corpo, como uma variação na sua
temperatura ou como uma mudança no seu estado físico. O calor sempre flui do corpo
mais quente para o corpo mais frio até que suas temperaturas se igualem: quando e
atingido o equilíbrio.
As primeiras investigações experimentais, que levaram ao conceito de
temperatura, também conduziram ao de calor, mas por muito tempo os estudiosos não
faziam uma clara distinção entre os dois conceitos. Por muitas vezes, utilizaram o
mesmo nome para ambos.
As primeiras determinações de troca de calor foram realizadas e publicadas em
1803, no trabalho de Joseph Black, sobre calorimetria. Black insistia em mostrar que
havia uma distinção entre o fator intensivo, a temperatura, e o fator extensivo, a
quantidade de calor. No seu trabalho, demonstrou que no equilíbrio térmico existia uma
igualdade de temperatura que não implicava na igualdade de ''quantidades de calor'' dos
corpos em contato. Ao explicar suas experiencias, ele admitia que o calor se comportava
como uma substância que podia fluir de um corpo a outro, mas cuja quantidade total de
45
permanecia sempre constante. Esta ideia de calor como uma substância foi totalmente
aceita naquela época. Dos trabalhos de Black, continuou-se a investigação de
capacidade de calor ou quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de
diferentes corpos de um certo número de graus. A suposição original era a de que a
quantidade de calor necessária para aumentar o calor de diferentes corpos, do mesmo
número de graus, era diretamente proporcional a quantidade de matéria em cada um
deles. Mas, em 1760, percebeu que isso era uma suposição um tanto simplista.
Perceberam, então, que a quantidade de calor que diferentes espécies de matéria devem
receber para conduzi-las a um equilíbrio mútuo, ou para elevar suas temperaturas de um
mesmo número de graus, não era somente proporcional a quantidade de matéria. Cada
substância necessitava de uma quantidade de calor diferente para que um grama dela
sofresse a variação de 1°C de temperatura. Essa quantidade e uma característica de cada
substância e e denominada calor específico (c). Por sua vez, a capacidade térmica(C) de
um corpo e definida como quociente entre a quantidade de calor (ΔQ), recebido ou
cedido, e a correspondente variação de temperatura (AT). Tal grandeza, referente a um
corpo, representa a quantidade de calor necessária para que a temperatura da massa total
de um dado corpo varie de1°C. Em outros termos podemos escrever:
∆Q
C= 1
∆T
C = c.m 2
E a seguinte equação:
46
1) O sistema está isolado das vizinhanças – não troca calor com o ambiente.
2) Não e desprezível as contribuições provenientes do recipiente. Neste caso
estamos supondo que o corpo interno do calorímetro pode absorver parte do
calor.
3) Não ocorrem mudanças de estado físico, do tipo de vaporização, fusão ou
solução e não ocorrem reações químicas.
O calorímetro e um recipiente utilizado para experiencias que envolvem trocas
de calor, utilizado como isolante térmico, sem deixar que ocorram trocas de calor entre
o interior do calorímetro e o se exterior. Na maioria dos casos práticos as partes internas
dos calorímetros participam das trocas de calor com os corpos que estão o seu interior.
Desta forma, devemos conhecer sua capacidade térmica para sabermos como o
calorímetro se comporta e inserir sua contribuição nas equações.
Agora, vamos aplicar o princípio da conservação de energia. Quando dois ou
mais corpos, dentro de um sistema isolado, trocam apenas calor entre si, a quantidade de
calor cedida por um e igual a quantidade de calor recebida pelo outro. Em outros
termos, a soma das quantidades de calor trocadas dentro do sistema isolado e igual a
zero e podemos escrever a seguinte e importante relação:
∑ Qi= Q + Q + Q
1 2 3 + ......+ Qn = 0 4
1
47
As quantidades representadas, nesta equação, correspondem a: c1 representa o
calor específico para a água, ou seja, a capacidade calorífica por grama de água. c 2
representa o calor específico da água quente, ou seja, a capacidade calorífica por
unidade de massa da água quente. Na prática, pode-se considerar c 1 = c2 uma vez que se
trabalha com a água quente em temperaturas máximas de 60°C. C representa a
capacidade calorífica do calorímetro.
Neste ponto, é conveniente enfatizar que a capacidade calorífica de um dado
corpo é produto do seu calor específico pela quantidade de massa do mesmo corpo. Isto
tem importância porque será preciso considerar o calor absorvido pelas paredes internas
do calorímetro, que está representado pelo termo Q = C(T f−T1); do lado esquerdo da
equação acima. No caso não se tem como avaliar a parte de massa interna do
calorímetro que absorve calor e, então, deve-se avaliar a sua capacidade calorífica
experimentalmente.
A unidade de calor foi, originalmente, definida em termo dos experimentos em
calorimetria. Antes mesmo que o calor fosse reconhecido como forma de energia, as
medidas eram feitas através das variações de temperaturas que os corpos sofriam
quando em contato ou se lhes fornecia energia sob a forma de calor. No decorrer dos
anos, as experiências mostraram que o calor específico era uma função da temperatura.
Portanto, foi necessário definir a unidade de caloria, especificando-se a faixa de
temperatura na qual foi realizada a medida e definiu-se um padrão. Assim, foi definido
o padrão, a caloria (cal) como sendo a quantidade de calor necessária para aumentar a
temperatura de um grama de água de 14,5°C a 15,5°C, sob pressão de 1 atm.
Uma outra mudança na definição de caloria ocorreu quando apareceram as
medidas elétricas, cujos experimentos eram capazes de fornecer dados de maior
precisão que os experimentos de calorimetria. Então, a Conferência Internacional de
Pesos e Medidas (1948) recomendou o Joule (Volt. Coulomb) como unidade de calor.
Numa de suas publicações de 1972, O National Bureau of Standards planejava
interromper o uso da caloria e tal medida foi realmente tomada e recomendada pela
União Internacional de Química Pura e Aplicada. Atualmente, a unidade de calor
específico é o Joule por grama por grau (J.g-1.grau -1) e a unidade de capacidade
calorífica é, portanto, o Joule por grau (J.K -1). Todavia, a caloria continua popular e sua
equivalência é 1 cal = 4,186 Joule.
48
Na discussão da transferência de calor focalizamos apenas um caso simples de
troca de calor entre corpos dentro de um sistema isolado. Porém, existem outras formas
de transferência de calor. Uma forma importante de transferência de calor é aquela
associada a uma reação química ou a mudança de estado físico de uma substância. A
parte da termodinâmica que estuda o calor envolvido em reações químicas é
denominada de termoquímica. A Termoquímica é o estudo dos efeitos caloríficos que
acompanham as reações químicas, a formação de soluções e as mudanças de estado
físico, tal como fusão ou vaporização. A quantidade de calor liberado ou absorvido em
uma reação química é chamada de calor de reação e essas reações de transformações são
classificadas, pela físico-química, em:
(ΔQ)p = Δ H 7
OBJETIVOS
49
Verificar a diferença e aprender os principais conceitos entre calor, temperatura e
capacidade calorífica.
EXPERIMENTO 1
MATERIAL E REAGENTES
calorímetro,
termômetro,
provetas graduadas de 100mL e
50
béqueres.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
EXPERIMENTO 2
51
Nas equações acima, Qg é o calor de fusão relativo à massa total de gelo
utilizado e G é o calor de fusão por grama de gelo; outrora conhecido ou denominado de
calor latente (L = 334 J/g). Pode-se considerar que a temperatura inicial do gelo é 0°C.
Abaixo de 0°C o calor específico do gelo é da ordem de cg = 2,04 J/g.°C.
MATERIAL E REAGENTES
01 Calorímetro,
01 Termômetro,
01 proveta graduada de 100mL e
cubos de gelo, previamente pesados.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
EXPERIMENTO 3
52
empregada é o J/°C, e para o segundo é J/°C.g. O calor específico pode ser medido à
pressão constante (Cp) ou à volume constante (Cv), cujas expressões matemáticas são:
Cp= ( dH
dT )
p 10
Cv= ( dTdE ) v 11
MATERIAL E REAGENTES
Calorímetro completo,
pipeta volumétrica de 100mL,
béquer de 500mL,
corpos metálicos,
pinça de arame e
pedaço de gelo previamente pesado em papel celofane.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
53
1) Coloque 200mL de água no calorímetro, anotando a temperatura inicial e
coloque o corpo metálico num béquer com água em ebulição. Espere um pouco para
que a temperatura do corpo metálico atinja o equilíbrio com a temperatura de ebulição
da água;
2) Retire o corpo metálico da água fervente e coloque dentro da água no
calorímetro, e tampe, imediatamente, o calorímetro;
3) Espere um minuto, agitando levemente o sistema, de vez em quando, e anote
a temperatura final (Tf) do sistema.
4) Calcule cM, aplicando a equação 12.
PÓS LABORATÓRIO
1. Defina:
1.1 Capacidade calorífica;
1.2 Calor específico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
54
Prática 07 – CALORIMETRIA DE NEUTRALIZAÇÃO E
DISSOLUÇÃO
INTRODUÇÃO
ou, resumidamente:
55
Quando o ácido e a base não estão totalmente ionizados ou dissociados,
como no caso dos eletrólitos fracos, o calor de neutralização é menor que nos
eletrólitos fortes.
QR QC
Sendo:
H QC e QR QC
T Tf Ti
msolução = mNaOH + mHCl
56
Tf = Temperatura da mistura (considerar TNaOH = THCl )
∆H ∆H
= sendo na quantidade de matéria (em mol) de água formada.
mol n
OBJETIVOS
Determinar a capacidade calorífica de um calorímetro
Determinar o calor de neutralização de um ácido forte com uma base forte.
Determinar o calor de dissolução
MATERIAIS E REAGENTES
Tabela 1 – Materiais
57
HCl 0,5
NaCl; 21,20g de 11,68 g
Na2CO3de
16,80 g
NaHCO3
CuSO4. 49,94 g
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1
ATENÇÃO: todas as medidas de volume de água e das soluções devem ser feitas
em uma proveta limpa. Para as medidas de temperatura, deixar o termômetro imerso
por 2 minutos.
Calor específico da água quente = calor Caf = Caq 1,0 calg-1 0C-1
específico da água fria (calg-10C-1)
Massa da água fria e massa da água maf = maq = água fria Vágua (100
quente (g) mL)
Calor cedido (cal) QC = maq caq ΔT2
sendo ΔT2 = Tf - T2
Calor recebido (cal) QR = (C + maf caf) ΔT1
58
sendo ΔT1 = Tf – T1
Como QR = - QC então:
Constante Calorimétrica, C (cal 0C-1) (C + maf caf) ΔT1 = - maq caq
ΔT2
59
Temperatura final (oC) Tf
Temperatura final – Temperatura inicial (oC) ΔT = Tf – Ti
Calor de neutralização (cal) QC = (msol cágua + C) ΔT
Quantidade de matéria (mol) de H2O formada nágua = nR.L.
(n)
Calor de neutralização por mol de água
formado (kcal mol-1)
ΔH = - QC / nágua
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 2
Pesa-se as massas dos sais supramencionados: 11,68g de NaCl; 21,20g de Na 2CO3; 16,80g
de NaHCO3 e 49,94g de CuSO4.
Depois introduza cada sal em seu respectivo calorímetro contendo 200 mL de água e feche
rapidamente respectivamente.
Coloque para agitar de uma forma que não haja deposito no fundo do recipiente e sempre
controlando a temperatura até a mesma ficar constante.
PÓS LABORATÓRIO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
60
MASTERTON, W. L.; SLOWINSKI, E. J.; STANITSKI, C. L. Princípios de Química; 6a
ed.; Editora Guanabara Koogan S.A.; Rio de Janeiro; 1990.
Wolf, L. D.; Assumpção, M. H. M. T.; Madi, A. A.; Bonifácio, V. G.; Filho, O. F.;
Construção de um Calorímetro Simples para Determinação da Entalpia de
Dissolução, Ecl. Quím., São Paulo, 36 ,2011.
61
Prática 08 – DEMONSTRAÇÃO EXPERIMENTAL DO
EQUILÍBRIO QUÍMICO
INTRODUÇÃO
Quando esta reação é realizada num recipiente aberto que permite a eliminação
de CO2, há uma total conversão do CaCO3 em CaO. Por outro lado, sabe-se que o CaO
reage com CO2, e se a pressão deste último for suficientemente alta, o óxido poderá ser
inteiramente convertido em carbonato:
A reação (2) é o inverso da reação (1). Assim, devemos considerar as reações (1)
e (2) como processos químicos reversíveis, que se indica com a seguinte notação:
Quando se tem CaCO3, puro num frasco fechado, ele começa a se decompor de
acordo com a reação (1). À medida que o CO2 se acumula, sua pressão aumenta, e
finalmente a reação (2) começa a ocorrer numa velocidade perceptível que aumenta à
medida que se eleva a pressão de CO2. Por fim, as velocidades da reação de
decomposição e da reação inversa tornam-se iguais, e a pressão do dióxido de carbono
62
permanece constante. O sistema atingiu o equilíbrio. Esse fenômeno é conhecido como
estado de equilíbrio.
O estado de equilíbrio é caracterizado por quatro aspectos importantes. A
primeira característica do estado de equilíbrio é ser dinâmico - trata-se de uma situação
permanente mantida pela igualdade das velocidades de duas reações químicas opostas.
Isto é, quando o sistema formado por CaCO3, CaO e CO atinge o equilíbrio com
relação à reação (3), dizemos que o CaCO3 continua a ser convertido em CaO e CO2 e
que o CO2 e o CaO continuam a formar CaCO3.
A segunda característica do equilíbrio é que o sistema caminha espontaneamente
em direção a um estado de equilíbrio. Um sistema desloca-se do equilíbrio somente por
uma perturbação externa. Há uma regra geral, denominada princípio de Le Chatelier
que é utilizada para analisar rapidamente o efeito das perturbações sobre os equilíbrios
químicos. Segundo este princípio, se o estado de equilíbrio for perturbado por alguma
mudança em seu ambiente tal como alteração na temperatura, na pressão ou na
concentração das espécies químicas participantes, o sistema reagirá de modo a restaurar
o equilíbrio. A terceira generalização sobre o equilíbrio é que a natureza e as
propriedades de um estado de equilíbrio serão as mesmas independentemente de como
ele tenha sido atingido. A quarta generalização é que a condição
63
de um sistema em equilíbrio representa um meio termo entre duas tendências opostas:
uma propensão das moléculas para assumir o estado de mais baixa energia e o impulso
em direção ao caos molecular ou entropia máxima.
A medida da extensão de uma reação química vem dada pelo valor da Constante
de Equilíbrio, K.
Para uma reação cuja forma geral é:
aA + bB cC + dD
[C ]c [ D]d
K= (4)
[ A]a [B]b
.
Na expressão da constante de equilíbrio as concentrações dos produtos da
reação, cada uma elevada a uma potência igual ao seu coeficiente estequiométrico, na
reação química, aparece no numerador e as concentrações dos reagentes, também
elevadas aos seus coeficientes estequiométricos aparecem no denominador. Entretanto
a equação (4) só é válida se estivermos tratando com substâncias que sejam gases ideais
ou solutos que obedeçam a lei das soluções ideais. Deve-se observar que na expressão
da constante de equilíbrio aparecem apenas as concentrações das substâncias que estão
no estado gasoso ou em solução (concentração variável), enquanto sólidos ou líquidos
puros, cujas concentrações são “invariáveis” não aparecem na expressão da constante de
equilíbrio. Também para substâncias no estado gasoso pode-se utilizar a pressão ao
invés da concentração uma vez que estas duas variáveis são proporcionais. As
expressões das constantes de equilíbrio para as reações:
São respectivamente:
K = [CO2] ou K = PCO 2
e
64
K=¿ ¿
MATERIAIS E REAGENTES
PARTE EXPERIMENTAL
EXPERIMENTO I
65
4. Utilizando outro tubo de ensaio, homogeneíze a solução passando a mesma de um
tubo para o outro por 3 a 4 vezes;
5. Divida a solução em quatro partes iguais em tubos de ensaio de mesmo diâmetro e
numere estes tubos;
6. Reserve o tubo (nº 1) que será usado como referência (para comparar a intensidade da
coloração)
7. Adicione 3 gotas de solução de tiocianato de potássio ao tubo (nº 2) e observe a
coloração. Compare com o tubo padrão (nº 1)
8. Adicione 3 gotas de solução de nitrato férrico ao tubo (nº 3) e observe a coloração.
Compare com o tubo padrão
9. Adicione 6 gotas de solução de nitrato de potássio (KNO3) 0,1M ao tubo (nº 4).
Observe a coloração e compare com o tubo padrão.
10. Procure explicar o que você observou usando a equação química representativa do
experimento e o princípio de Le Chatelier.
EXPERIMENTO II
EXPERIMENTO III
66
4. Aqueça o tubo de ensaio com a mistura, em banho-maria (~80 °C) por cerca de 15
minutos e observe o que ocorre.
5. Deixe o tubo de ensaio esfriar e observe o que ocorre.
6. Procure explicar o que você observou usando a equação química representativa do
experimento e o princípio de Le Chatelier.
EXPERIMENTO IV
PÓS LABORATÓRIO
1. O que você pode concluir a respeito da reação e da influência que os íons H+(aq)
exercem sobre ela? Balanceie essa equação acrescentando-lhe, no lado adequado, o
número correto de íons H+(aq) e de moléculas H2O.
67
2. O que você pode concluir a respeito da reação inversa e da influência que os íons
hidróxido, OH-(aq) exercem sobre ela? Balanceie essa equação acrescentando, no lado
adequado, o número correto de íons OH-(aq) e de moléculas H2O.
3. A partir do que observou na etapa (6), o que você pode concluir a respeito das
concentrações relativas de equilíbrio do íon CrO42-(aq) nas soluções 0,1M de K2Cr2O7 e
de K2CrO4?
4. Use as equações balanceadas obtidas nas perguntas 1 e 2 para explicar os resultados
obtidos nas etapas (3), (4), e (5).
5. Recorrendo ao princípio de Le Chatelier, resuma os resultados obtidos a respeito do
equilíbrio dos íons cromato e dicromato.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
Brown, Theodore L.; LeMay Jr., H. Eugene; Bursten, Bruce E.; Murphy, Catherine J.;
Woodward, Patrick M.; Stoltzfus, Matthew W.. Química: a ciência central (p. 666).
Edição do Kindle.
Atkins, P.; Paula, J.; Smith, D., FÍSICO-QUÍMICA: FUNDAMENTOS, 6. ed. - Rio
de Janeiro: LTC, 2018. ISBN 978-85-216-3456-0
68
Prática 09 - REAÇÕES DE OXIDAÇÃO-REDUÇÃO E
PILHAS
INTRODUÇÃO
2 Na + Cl2 2NaCl
Cl2 + 2 e- 2 Cl-
69
Em reações redox, o número de elétrons fornecidos pelo redutor sempre é igual
ao número de elétrons consumidos pelo oxidante. Dessa forma, haverá mudança nos
números de oxidação dos elementos presentes.
OBJETIVOS
PROCEDIMENTO EXPERIMENTO
MATERIAL E REAGENTES
70
Diclorometano (CH2Cl2);
Ácido sulfúrico diluído na proporção de 1:9;
Solução de iodeto de potássio (KI) 16,6 g L-1;
Solução de permanganato de potássio (KMnO4) 15,84 g L-1;
Solução de NaCl 3 %;
Solução de K3[Fe(CN)6] 0,1 mol L-1;
Solução de indicador fenolftaleína 1 %;
Solução de 0,10 mol L-1 de CuSO4;
Solução 0,10 mol L-1 de ZnSO4;
Solução de 0,10 mol L-1 de FeSO4;
Solução 0,10 mol L-1 de AgNO3;
Solução saturada de KCl;
02 pregos de ferro;
03 pedaços de fio de cobre;
Placa de Zinco 1cm x 8cm;
Placa de cobre 1cm x 8cm.
71
cálcio Ca(ClO)2
Sulfato de cobre (II) 25 g L-1 Glicose (C6H12O6) 20 g L-1
(CuSO4.5H2O)
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
72
Verificação da espontaneidade de uma reação de óxido-redução
73
2ª Parte: Montagens de pilhas eletroquímicas
Pilha de corrosão
PÓS LABORATÓRIO
74
valores dos potenciais padrão de redução com o auxílio de uma tabela de potenciais
padrão de redução.
Pilha de Daniell
75
1 – Ânodo (onde ocorre a oxidação) 5 – voltímetro e amperímetro
76
4. Sugira os respectivos produtos da reação.
5. Apresente equações químicas balanceadas para cada reação observada.
6. Qual é a função do ácido sulfúrico nas reações realizadas?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
77