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BASES ANALÍTICAS

DO LABORATÓRIO
CLÍNICO – AULA 6

DOCENTE: JOSÉ AURÉLIO PINHEIRO


BIOMEDICINA — 1º SEMESTRE
BASES ANALÍTICAS
DO LABORATÓRIO
CLÍNICO – AULA 1

DOCENTE: JOSÉ AURÉLIO PINHEIRO


BIOMEDICINA — 1º SEMESTRE
ESTRUTURA DO LABORATÓRIO
ANALÍTICO
Os componentes básicos de um laboratório são:
•as vidrarias;
•tubos de ensaio;
•béqueres, provetas;
•os equipamentos utilizados para facilitar o preparo, a manutenção e a
manipulação das amostras, como, por exemplo: as balanças, as estufas, as
capelas e os fluxos laminares;
•os equipamentos utilizados na análise qualitativa e quantitativa das amostras,
como, por exemplo, os pHmetros (lê-se “peagâmetro”), os espectrofotômetros,
as cubas de eletroforese, os destiladores, os equipamentos de cromatografia etc
ESTRUTURA DO LABORATÓRIO
ANALÍTICO
De maneira geral, um laboratório analítico deve apresentar a seguinte infraestrutura:

•iluminação e sistema de controle de temperatura adequados;


•bancadas, de material impermeável e de fácil limpeza;
•bancos, que permitam o posicionamento adequado e confortável do
experimentador;
•pias, em número adequado para o bom andamento dos experimentos;
•equipamentos de proteção coletiva, como os lava-olhos;
•equipamentos fixos, como a capela de exaustão e o fluxo laminar;
•as vidrarias e os demais equipamentos que irão possibilitar a análise qualitativa e
quantitativa das amostras experimentais
ESTRUTURA DO LABORATÓRIO
ANALÍTICO
ESTRUTURA DO LABORATÓRIO
ANALÍTICO
VIDRARIAS E DEMAIS RECIPIENTES
• Recipientes TC (to contain): para conter

• O béquer é um recipiente cilíndrico (copo);


• É adequado para realizar misturas e reações
químicas, na presença ou não de calor;
• Esses frascos são confeccionados de vidro ou de
plástico rígido, como o polietileno;
• Diferentes tamanhos: Os mais utilizados nos
laboratórios clínicos comportam volumes de 10 mL
a 1 L;
• Embora seja graduado, o béquer apresenta baixa
Béquer exatidão e precisão na aferição de volumes.
Portanto a estimativa do volume de líquido contido
em um béquer é grosseira;
VIDRARIAS E DEMAIS RECIPIENTES
• Recipientes TC (to contain): para conter

• O tubo de ensaio é um recipiente cilíndrico, de


fundo arredondado, que acondiciona pequenos
volumes de amostra (de 5 a 10 mL);
• Permite a realização de reações químicas em
pequena escala, além de ser facilmente adaptado a
centrífugas clínicas;
• Não é graduado, mas pode ser aquecido, quando
feito de vidro temperado.

Tubo de ensaio
VIDRARIAS E DEMAIS RECIPIENTES
• Recipientes TC (to contain): para conter

• Volumes ainda menores podem ser acondicionados em


tubos plásticos resistentes ao calor, com tampa, com
capacidade de até 2 mL, denominados microtubos ou
tubos Eppendorf®;
• São muito utilizados em ensaios de biologia molecular,
cujos experimentos envolvem, geralmente, volumes de
reação muito reduzidos;

Microtubo
VIDRARIAS E DEMAIS RECIPIENTES
• Recipientes TC (to contain): para conter

• Tem fundo chato, formato de cone invertido e boca estreita;


• Essa forma facilita o manuseio e a agitação manual da amostra,
evitando que o líquido contido no interior espirre para fora;
• Além disso, também diminui a área de contato da amostra com o
meio externo, o que minimiza a ocorrência de contaminações;
• Armazenamento de amostras líquidas, a realização de reações de
titulação, o acondicionamento e aquecimento de meios de cultura
e a filtração simples, realizada quando um funil de vidro,
contendo papel de filtro, é acoplado à saída do Erlenmeyer;
• Esses recipientes são confeccionados de vidro temperado ou
plástico, apresentam diversos tamanhos e, embora sejam
Erlenmeyer
graduados, apresentam baixa exatidão e precisão.
VIDRARIAS E DEMAIS RECIPIENTES
• Recipientes TC (to contain): para conter

• O balão de fundo chato também apresenta boca


estreita e é utilizado para acondicionar amostras
líquidas e para fazer reações com desprendimento de
gases.
• Pode ser acondicionado em cima de uma tela de
amianto sobre um tripé, o que possibilita o
aquecimento da amostra pelo bico de Bunsen. Não
apresenta escala de graduação.

Balão de Fundo Chato


VIDRARIAS E DEMAIS RECIPIENTES
• Recipientes TC (to contain): para conter • O balão volumétrico apresenta forma de pera, fundo plano e
gargalo retilíneo e com tampa;
• No gargalo, encontra-se uma marca horizontal que indica o
volume exato do recipiente;
• Esse instrumento é muito utilizado para preparar soluções,
pois permite que o volume seja aferido com grande precisão
e exatidão;
• Por se tratar de uma vidraria de medida exata, não deve ser
aquecido, uma vez que o calor dilata o vidro e altera seu
volume;
• Assim, no preparo de soluções, é adequado primeiramente
dissolver a amostra sólida ao solvente líquido em um béquer
para, em seguida, ajustar o volume final da solução no balão
volumétrico;
• A maioria dos balões volumétricos apresentam-se nos
Balão Volumétrico volumes de 50, 100, 250, 500 e 1000 mL, e cada frasco
permite a aferição de um único volume, representado pela
VIDRARIAS E DEMAIS RECIPIENTES
• Recipientes TC (to contain): para conter

• Outra maneira de aferir volumes é utilizando-se a


proveta. Trata-se de um frasco cilíndrico,
graduado, com base plana, que é utilizada para
determinar o volume de líquidos e para realizar
transferências entre recipientes;
• É graduada e, portanto, permite a aferição de
volumes intermediários. No entanto, a exatidão
é menor do que a observada com o uso de
balão volumétrico. As provetas são
confeccionadas de vidro temperado ou plástico
resistente, e não podem ser aquecidas, a fim de
Proveta evitar a diminuição da exatidão;.
VIDRARIAS E DEMAIS RECIPIENTES
• Recipientes TD (to deliver): para entregar

• A bureta é um equipamento graduado,


cilíndrico, aberto em ambas as
extremidades e com uma torneira na
extremidade inferior que permite o
escoamento de volumes exatos de
líquidos;
• É utilizada nas titulações, por permitir o
escoamento lento de volumes exatos de
líquido. Apresenta alta exatidão, o que
Bureta permite a aferição de volumes de
maneira confiável;
VIDRARIAS E DEMAIS RECIPIENTES
• As pipetas são equipamentos
• Recipientes TD (to deliver): para entregar cilíndricos, de vidro temperado, com
aberturas em ambas as extremidades,
utilizadas para aferir o volume de
líquidos e para transferi-los para outros
recipientes. Caso os volumes sejam
variáveis, utiliza-se a pipeta graduada.
Volumes fixos, por sua vez, são
transferidos com o uso de uma pipeta
volumétrica.
• Existem pipetas com capacidade de
Pipeta Graduada Pipeta Volumétrica menos de 1 mL até as que acondicionam
o volume máximo de 25 mL;
• As pipetas graduadas apresentam maior
exatidão do que as provetas. As
VIDRARIAS E DEMAIS RECIPIENTES
• Recipientes TD (to deliver): para entregar

Pera Manual Pera automática


VIDRARIAS E DEMAIS RECIPIENTES
• Recipientes TD (to deliver): para entregar

Pipeta Pasteur
VIDRARIAS E DEMAIS RECIPIENTES
• Recipientes TD (to deliver): para entregar

• A fim de facilitar o processo de sucção e permitir a


transferência de pequenos volumes com elevada exatidão e
precisão, mais recentemente foram desenvolvidas as pipetas
automáticas, equipamentos;

• Dotados de uma parte fixa com pistão que, quando acionado,


cria o vácuo necessário para aspirar a amostra, que é
acondicionada em uma ponteira removível de plástico
acoplada à parte fixa. Ao acionar novamente o pistão, a
amostra é desprezada no recipiente de escolha;

Pipeta Automática
OUTROS RECIPIENTES
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
NO PROCESSAMENTO DAS
AMOSTRAS LABORATORIAIS

Capela de exaustão
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
NO PROCESSAMENTO DAS
AMOSTRAS LABORATORIAIS
• A capela de exaustão pode ser considerada um equipamento de proteção coletiva
que tem como finalidade dissipar gases potencialmente nocivos e fornecer uma
barreira física entre o experimentador e a amostra;

• Esse equipamento é constituído de uma câmara com paredes rígidas e uma


bancada, e apresenta em sua face anterior uma abertura, uma janela que pode ser
mantida aberta ou fechada, por meio de uma estrutura de material transparente,
normalmente acrílico, denominada guilhotina;

• Quando em funcionamento, um fluxo ascendente de ar incide por todo o


ambiente interno da capela, o que possibilita que os vapores provenientes das
amostras sejam levados para fora do laboratório através de um duto;
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
NO PROCESSAMENTO DAS
AMOSTRAS LABORATORIAIS

• Os equipamentos de fluxo laminar apresentam estrutura semelhante às capelas de


exaustão, porém o fluxo de ar é filtrado, utilizando-se filtros específicos,
denominados Hepa (ar particulado de alta eficiência), antes de atingir a cabine, o
que garante a esterilidade do ambiente e da amostra;

• Os fluxos laminares são muito utilizados nas análises microbiológicas;

Fluxo
Laminar
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
NO PROCESSAMENTO DAS
AMOSTRAS LABORATORIAIS

Fluxo
Laminar
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
NO PROCESSAMENTO DAS
AMOSTRAS LABORATORIAIS
• Na maioria das análises, uma balança analítica é usada
para se obter a massa da amostra, se for possível
“pesar”, com alta exatidão e precisão.

• Usualmente apresentam um prato, para colocação da


amostra, e portinholas laterais de vidro que a protegem
de correntes de ar, que podem provocar instabilidade
na leitura da massa;

• Balanças semianalíticas são utilizadas quando a


necessidade de resultados confiáveis não é crítica;

Balança • Após a pesagem, a massa da amostra é expressa em


analítica quilogramas (kg), gramas (g) ou em miligramas (mg);
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
NO PROCESSAMENTO DAS
AMOSTRAS LABORATORIAIS

Chapa, agitador magnético e agitador


vórtex
BASES ANALÍTICAS
DO LABORATÓRIO
CLÍNICO – AULA 2

DOCENTE: JOSÉ AURÉLIO PINHEIRO


BIOMEDICINA — 1º SEMESTRE
AMOSTRAS EXPERIMENTAIS –
DEFINIÇÃO

•O alvo de nossos experimentos e análises;

•Uma porção representativa da espécie ou do composto a ser analisado.


Ela contém os analitos, que são os componentes de interesse na análise,
ou seja, aqueles que terão suas propriedades químicas e/ou físicas
determinadas experimentalmente;
AMOSTRAS
EXPERIMENTAIS
•Exemplo de aplicação:
Determinar a concentração de
glicose no sangue;
•Amostra experimental:
alíquota de sangue
•Analito: glicose;
•Análise: o método que você vai
utilizar para determinar a
concentração desse analito;
AMOSTRAS EXPERIMENTAIS

•Uma amostra muito utilizada nas análises biomédicas é a de sangue;

•Nesse tecido, temos uma infinidade de componentes: as células


sanguíneas e as muitas moléculas que compõem essas células, os gases
oxigênio (O2) e carbônico (CO2) dissolvidos na parte líquida do sangue,
as proteínas, por exemplo, a glicose, a albumina, os íons (Na +, Ca2+, Cl−)
etc;
AMOSTRAS EXPERIMENTAIS —
REVISÃO DE ALGUNS CONCEITOS

•Matéria e Átomo: Matéria é tudo aquilo que tem massa e ocupa lugar
no espaço (ou seja, tem volume). Portanto podemos dizer que tudo o que
nos cerca é constituído de matéria, cuja unidade principal é o átomo;

•Dependendo do número de prótons presentes no núcleo de um átomo,


temos um determinado elemento químico. O documento que lista e
descreve os elementos químicos é a tabela periódica;
AMOSTRAS EXPERIMENTAIS —
REVISÃO DE ALGUNS CONCEITOS
AMOSTRAS EXPERIMENTAIS —
REVISÃO DE ALGUNS CONCEITOS
•Os elementos químicos combinam-se entre si, originando compostos
químicos, cujos principais representantes são as moléculas e os compostos
iônicos. Podemos definir molécula como uma entidade constituída de mais de
um átomo, na qual esses átomos encontram-se ligados entre si por meio de
ligações covalentes;

• Exemplos: água (H2O), gás oxigênio (O2), glicose (C6H12O6) etc. Compostos
iônicos, por sua vez, são compostos químicos nos quais existem íons ligados
por meio de ligações iônicas. Como exemplo, temos o cloreto de sódio
(NaCl), ou sal de cozinha, no qual os elementos sódio e cloro estão unidos por
ligações iônicas.
AMOSTRAS EXPERIMENTAIS —
REVISÃO DE ALGUNS CONCEITOS
•Água:

A água é uma substância química, de fórmula H 2O. Isso significa que a


sua molécula é constituída de dois átomos do elemento químico
hidrogênio (H) ligados, por meio de ligações químicas do tipo covalente,
a um átomo de oxigênio (O), assumindo a seguinte estrutura:
AMOSTRAS EXPERIMENTAIS —
REVISÃO DE ALGUNS CONCEITOS
•Água:

o Se outras moléculas ou partículas são adicionados a esta, suas


propriedades são alteradas. Um exemplo é a água que bebemos: ela
apresenta íons como bicarbonato (HCO3−), sódio (Na+), cloreto (Cl−),
que a tornam potável.

o Uma amostra de água pura, por outro lado, é constituída somente de


moléculas de H2O, é denominada água destilada e não é adequada para
beber. Imagine como é feita a análise de uma amostra de água para
consumo humano. Todos os componentes que constituem essa mistura
AMOSTRAS EXPERIMENTAIS —
REVISÃO DE ALGUNS CONCEITOS

o As amostras experimentais, assim como todas as coisas que nos


cercam são, na verdade, misturas de diferentes substâncias químicas;

o Podemos ainda classificar um sistema como homogêneo ou


heterogêneo.
AMOSTRAS EXPERIMENTAIS —
REVISÃO DE ALGUNS CONCEITOS

o É importante ressaltar que o critério de classificação de um sistema em


homogêneo e heterogêneo é relativo, pois depende dos instrumentos
disponíveis para a observação da amostra;

o Existem exceções: Uma porção de sangue, por exemplo, pode parecer


homogênea a olho nu, porém, ao observá-la em um microscópio
óptico, percebemos que ela é constituída por vários tipos celulares,
com aspectos diversos. Portanto o sangue constitui um sistema
heterogêneo, mesmo que suas diferentes fases não sejam observáveis a
olho nu;
AMOSTRAS EXPERIMENTAIS —
REVISÃO DE ALGUNS CONCEITOS

o É importante ressaltar que o critério de classificação de um sistema em


homogêneo e heterogêneo é relativo, pois depende dos instrumentos
disponíveis para a observação da amostra;

o Existem exceções: Uma porção de sangue, por exemplo, pode parecer


homogênea a olho nu, porém, ao observá-la em um microscópio
óptico, percebemos que ela é constituída por vários tipos celulares,
com aspectos diversos. Portanto o sangue constitui um sistema
heterogêneo, mesmo que suas diferentes fases não sejam observáveis a
olho nu;
PROPRIEDADES GERAIS DA MATÉRIA

o São suas propriedades gerais, a saber: a massa, o volume, a inércia, a


impenetrabilidade, a divisibilidade, a compressibilidade, a elasticidade
e a porosidade;

o As mais utilizadas nas análises laboratoriais são a massa e o volume


(afinal, matéria é tudo aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço,
ou seja, tem volume);
PROPRIEDADES GERAIS DA MATÉRIA

o São suas propriedades gerais, a saber: a massa, o volume, a inércia, a


impenetrabilidade, a divisibilidade, a compressibilidade, a elasticidade
e a porosidade;

o As mais utilizadas nas análises laboratoriais são a massa e o volume


(afinal, matéria é tudo aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço,
ou seja, tem volume);
PROPRIEDADES GERAIS DA MATÉRIA
o A massa é a medida da quantidade de matéria;
o O volume é a grandeza que expressa a extensão de um corpo em três dimensões: o
comprimento, a largura e a altura. Em outras palavras, o volume é a medida de
quanto espaço a amostra ocupa;
PROPRIEDADES ESPECÍFICAS DA
MATÉRIA
o São propriedades individuais de cada tipo particular de matéria;

o Dentre as propriedades específicas da matéria, destacam-se três: a temperatura de


fusão/solidificação, a temperatura de ebulição/condensação e a densidade;

o Ao determinar seus valores, podemos classificar uma amostra como sendo


constituída de substância pura ou de mistura e, caso a amostra seja uma substância
pura, podemos identificá-la;
PROPRIEDADES ESPECÍFICAS DA
MATÉRIA - DENSIDADE
o A densidade ou massa específica é outra propriedade específica da matéria muito
importante nas análises laboratoriais. Ela indica a relação entre a massa e o volume
ocupado por determinada amostra. Pode ser expressa em g/cm3 ou em kg/m3, e é
calculada pela fórmula a seguir:
PROPRIEDADES ESPECÍFICAS DA
MATÉRIA - DENSIDADE
o Exemplo: Imagine que você precisa calcular a densidade de uma solução líquida.
Para isso, você pesa 100 mL dessa solução e obtém o valor de 122,80 g, já
descontada a massa do recipiente. Qual é a densidade da solução?
PROPRIEDADES
ESPECÍFICAS DA MATÉRIA
– DENSIDADE
o Para realizar a aferição da densidade
utilizando-se o picnômetro, deve-se
primeiramente pesar o vidro vazio, para
que sua massa seja, posteriormente,
descontada (realiza-se a “tara” da balança);
o Em seguida, deve-se preencher o
equipamento com o líquido que se deseja
determinar a densidade (ou com o sólido
previamente diluído) até a boca, sem que
haja nenhuma bolha. O picnômetro
preenchido é então pesado na balança.
Após esse procedimento, basta dividir a
massa obtida pelo volume do líquido
adicionado para se obter a densidade da
amostra;
IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA COM
BASE EM SUAS PROPRIEDADES
o Ao observarmos as temperaturas nas quais ocorrem as mudanças de estado físico
de uma amostra, podemos determinar se ela é constituída de substância pura ou se
é uma mistura homogênea de mais de uma substância;

o Caso o sistema seja constituído de uma mistura, as temperaturas nas quais ocorrem
essas mudanças de estado variam durante o processo, como pode ser observado nas
curvas de aquecimento, a seguir;
IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA COM
BASE EM SUAS PROPRIEDADES
IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA COM
BASE EM SUAS PROPRIEDADES
• Substâncias puras são sistemas constituídos de uma única espécie química.
Misturas são sistemas constituídos de mais de uma espécie química;

• Uma mistura eutética é aquela na qual a temperatura permanece constante


ao longo de toda a duração da fusão. Um exemplo são as ligas metálicas em
geral, por exemplo, a liga de cobre com estanho;

• Uma mistura azeotrópica é aquela na qual a temperatura permanece


constante durante toda a duração da ebulição. Um exemplo são as misturas
de etanol e água. Os gráficos demonstram esses fenômenos;
IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA COM
BASE EM SUAS PROPRIEDADES
BASES ANALÍTICAS
DO LABORATÓRIO
CLÍNICO – AULA 6

DOCENTE: JOSÉ AURÉLIO PINHEIRO


BIOMEDICINA — 1º SEMESTRE
FORMAS DE EXPRESSAR
CONCENTRAÇÃO:
• Concentração Simples
• Concentração Molar ou Molaridade
• Molalidade
• Título em Massa
• Título em Volume
• Partes por milhão (ppm)
• Partes por bilhão (ppb)
(...)
CONCENTRAÇÃO SIMPLES
• Refere-se à massa de soluto presente em determinado volume de solução.
• Geralmente, a concentração do soluto é expressa em g/L, g/mL, g/dL, mg/L,
mg/mL ou mg/dL.
Exemplo: Uma solução de NaCl a 5 g/L apresenta 5 g de NaCl dissolvidos em
cada litro de solução;
uma solução de NaCl a 5 mg/L possui apenas 5 mg de NaCl dissolvidos em
cada litro de solução
CONCENTRAÇÃO SIMPLES
• A concentração simples expressa a massa de soluto presente em determinado
volume de solução;
• Ela pode ser calculada dividindo-se a massa do soluto pelo volume final da
solução, conforme descrito a seguir;

• Onde:
C = concentração da solução
m = massa do soluto (em g ou seus múltiplos e submúltiplos)
V = volume da solução (em L ou seus submúltiplos)
CONCENTRAÇÃO SIMPLES –
EXEMPLOS E EXERCÍCIOS
• 1) Um analista adiciona 30 g de NaCl à água, a fim de preparar 3 L de
solução. Qual é a concentração da solução?
-----------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------
• Nas análises laboratoriais, é comum expressarmos a concentração dos
analitos em miligramas por decilitros (mg/dL), sendo que 1 L corresponde a
100 dL. Observe os exemplos a seguir:
• O teor normal de glicose no sangue varia de 75 a 110 mg/dL;
• O teor normal de cálcio no sangue varia de 8,5 a 10,5 mg/dL
CONCENTRAÇÃO SIMPLES –
EXEMPLOS E EXERCÍCIOS
2) Imagine que você precisa preparar uma solução utilizando 1 g de soluto
dissolvido em 5 mL de solução. Qual será a concentração da solução, em g/L?

3) Um protocolo experimental de análise de DNA envolve o preparo de 10 mL


de solução de KCl a 80 g/L. Qual é a massa de KCl necessária para se preparar
100 mL dessa solução?
Cálculo da massa de soluto necessária para se preparar determinado volume
de solução de concentração conhecida
CONCENTRAÇÃO SIMPLES –
EXEMPLOS E EXERCÍCIOS
4) Você precisa preparar uma solução de iodeto de potássio (KI) a 25 g/L,
porém só dispõe de 250 mg desse sal. Qual é o volume de solução que é
possível se preparar utilizando-se a massa de KI disponível?
Cálculo do volume de solução possível de ser preparada a partir de
determinada massa de soluto
CONCENTRAÇÃO EM QUANTIDADE
DE MATÉRIA (MOLARIDADE)
• Também conhecida como concentração molar ou molaridade, essa
modalidade de concentração é muito utilizada na experimentação, pois
permite que se saiba exatamente o número de partículas de soluto presentes
em solução;

Exemplo: uma solução de CaCl2 a 1 mol/L apresenta um mol de CaCl2


(aproximadamente 6,02 × 1023 unidades dessa espécie química) em cada litro
de solução;
CONCENTRAÇÃO EM QUANTIDADE
DE MATÉRIA (MOLARIDADE)
• O mol é uma unidade de medida que representa quantidade. Mol é tão
somente uma medida de quantidade de matéria ligada a um número de
partículas;

• Um mol de partículas sempre corresponde a 6,02 . 1023 unidades dessa


partícula;
CONCENTRAÇÃO EM QUANTIDADE
DE MATÉRIA (MOLARIDADE)
• O mol pode ser utilizado como medida de quantidade de átomos,
moléculas, íons, ou outras espécies químicas;

• Por esse motivo, é sempre importante indicar a qual espécie


química estamos nos referindo. Exemplo: 1 mol de glicose contém
aproximadamente 6,02 . 1023 moléculas de glicose; 1 mol de Na+
contém aproximadamente 6,02 . 1023 mols desse íon etc;
CONCENTRAÇÃO EM QUANTIDADE
DE MATÉRIA (MOLARIDADE)
• Massa Molar: Para sabermos qual é a massa molar de uma
substância química, basta somar as massas atômicas de todos os
átomos que constituem a espécie química e representar o valor
numérico obtido em gramas;
• Assim, um mol de NaCl corresponde a 58,5 g, pois a massa
atômica do elemento químico sódio (Na) é 23 u.m.a. (unidades de
massa atômica) e a massa atômica do elemento químico cloro (Cl)
é 35,5 u.m.a. Uma vez que 23 + 35,5 = 58,5, a massa molar é 58,5
g/mol;
CONCENTRAÇÃO EM QUANTIDADE
DE MATÉRIA (MOLARIDADE)
• Exemplo: De maneira semelhante, um mol de glicose (C6H12O6)
tem quantas g/mol?

Dizer que a massa molar da glicose é de ? g/mol significa que 180


g de glicose contêm aproximadamente 6,02 . 1023 moléculas de
glicose (um mol).
CONCENTRAÇÃO EM QUANTIDADE
DE MATÉRIA (MOLARIDADE)
• Relação entre o número de mols e a massa da amostra:
CONCENTRAÇÃO EM QUANTIDADE
DE MATÉRIA (MOLARIDADE)
• Exemplo: Imagine que você precisa preparar uma solução
utilizando 0,5 mol de hidróxido de sódio (NaOH). Dados:
MM(Na) = 23 // MM(O) = 16 // MM(H) = 1. Qual é a massa de
NaOH que contém 0,5 mol desse sal?
CONCENTRAÇÃO EM QUANTIDADE
DE MATÉRIA (MOLARIDADE)
• Cálculo da molaridade:

1 mol/L = 1 M = 1 molar

Para se calcular a molaridade, o


volume da solução sempre deve ser
expresso em litros (L);
CONCENTRAÇÃO EM QUANTIDADE
DE MATÉRIA (MOLARIDADE)
• Relação entre as formulas (Para exemplos 4,5,6):
CONCENTRAÇÃO EM QUANTIDADE DE
MATÉRIA (MOLARIDADE) – EXEMPLOS E
EXERCÍCIOS

1)Você misturou 0,5 mol de glicose em água, até perfazer 250 mL


de solução. Qual é a molaridade dessa solução?
2)Qualé a molaridade de uma solução preparada utilizando-se 360 g
de glicose em água suficiente para se obter 4 L de solução? A
massa molar da glicose é 180 g/mol.
3)Para
preparar 50 mL de solução de NaOH a 2,5 mol/L, qual é a
massa necessária de soluto? A massa molar do NaOH é 40 g/mol.
CONCENTRAÇÃO EM QUANTIDADE DE
MATÉRIA (MOLARIDADE) – EXEMPLOS E
EXERCÍCIOS

4) Imagine que você precisa preparar a solução de NaOH 2,5 mol/L,


mas dispõe de apenas 1 g de soluto. Qual é o volume de solução
possível de ser preparado? Lembre-se de que a massa molar do
NaOH é 40 g/mol.

5) Você precisa preparar 100 mL de uma solução a 5 mmol/L. Qual


é a massa de soluto que deve ser utilizada na dissolução,
considerando-se que sua massa molar é de 100 g/mol?
CONCENTRAÇÃO EM QUANTIDADE DE
MATÉRIA (MOLARIDADE) – EXEMPLOS E
EXERCÍCIOS

6) Qual é a molaridade de uma solução de cloreto de cálcio (CaCl2)


de concentração 10 g/L? (A massa molar do CaCl2 é 111 g/mol)

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