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Universidade Estadual de Maringá

Centro de Tecnologia/Departamento de Engenharia Química


Introdução a Engenharia Química – 209
Prof. Dr. Carlos de Barros Jr

ENGENHARIA QUÍMICA E SOCIEDADE

1. O PAPEL SOCIAL E A FORMAÇÃO DO ENGENHEIRO QUÍMICO

1.1. INTRODUÇÃO

Papel da Educação: preparar o indivíduo não para a vida, ministrando-lhe um ensino


no sentido de produzir um trabalho através do qual realizará sua própria vida
particular, mas também para o exercício de suas funções na sociedade.
Papel da Sociedade : é a busca do bem comum, portanto à função da universidade,
como de todo o sistema educacional, é preparar os homens para a conquista deste
objetivo.
Formação do Engenheiro Química: receber uma formação que não só o capacite a
calcular com exatidão as estruturas tecnológicas para o ambiente material do homem,
mas também lhe propicie a capacidade de reflexão relativa ao poder dessa tecnologia
sobre o ser humano e sobre a sociedade, para que a tecnologia, objeto fundamental do
seu trabalho, não sirva de agente degenerador da vida humana.

1.2 DEFINIÇÃO: ENGENHARIA QUÍMICA

Algumas definições:( Engenharia Química: Perpesctivas; Pro f. Sau l Go n çalv es


D’áv ilaCEDET-Centro de Desenvolvimento Profissional e ‘TecnológicoCampinas- SP)

1.Engenharia Química: especialidade da Engenharia que trata do desenvolvimento e


aplicação de processos em escala industrial, onde a composição e as propriedades da
matéria sofrem mudanças de uma forma global.
2.Engenharia Química: modalidade da Engenharia que se envolve com a concepção,
desenvolvimento, melhoria e aplicação de processos e seus produtos
industriais.Inclui: projeto, construção, operação, controle, pesquisa e desenvolvimento
(P&D), gerenciamento de plantas industriais envolvendo estes processos, sob a ótica
mais econômica.
3.Engenharia Química: ramo da Engenharia que trata do projeto de indústrias
químicas e é responsável pela otimização e operação adequada destas instalações,
possibilitando a transformação de matérias-primas em produtos industrializados
através da manipulação de grandes quantidades (até toneladas por dia na maioria dos
casos).
O QUE É ENGENHARIA QUÍM ICA ?
• EQ é : ENGENHARIA: CIÊNCIA + ARTE = TECNOLOGIA

Ciência: conjunto de conhecimentos adquiridos através da metodologia científica


(observação, razão,experimento, correção)
Arte : conhecimento resultante da intuição, imaginação,criatividade.
• EQ não é : um subconjunto da Química (Química Industrial), ou uma especialidade
da Engenharia (de Processo,Industrial ou Mecânica).

ENGENHARIA QUÍMICA é uma modalidade especial de Engenharia voltada a


resolver problemas de transformações, físicas, químicas e biológicas de materiais
• encontrados na Engenharia de Processo e Produto (matéria-prima, processo,
qualidade e características)
• levando em conta aspectos sócio-econômicos (meio ambiente, segurança,
higiene, viabilidade econômica).
Mais especificamente, a Engenharia Química, é o ramo da engenharia, ligado aos
processos industriais, que envolvem transformações físico-químicas da matéria prima
(mudanças de estado, de conteúdo energético e de composição) em produto.

MATERIA PRIMA TRANSFORMAÇÃO PRODUTO

Pó de café cafezinho
Cana de açúcar açúcar
Cana de açúcar álcool
Petróleo gasolina
Petróleo querosene
Petróleo gás natural

O exemplo a seguir mostra todas as etapas do processo para se obter como produto
final o cafezinho (Prof. Dr. Marco Aurélio Cremasco/UNICAMP)
colheita das cerejas de café

maceração

separação por densidade

secagem

separação das cascas


etapas de
transformação
da matéria-prima torrefação
em produto

resfriamento

moagem

extração por solubilização

cafezinho
Um outro exemplo da especialidade Engenharia Química, pode-se ser citado um
profissional engenheiro químico que trabalha na divisão de pesquisa de uma
companhia e descobriu que se ele misturasse dois reagentes numa certa proporção e
numa temperatura elevada, obteria um produto mais valioso que os dois regentes. A
companhia quer fabricar este produto usando um PROCESSO QUÍMICO baseado
nesta reação. Neste ponto, o assunto torna-se um problema de engenharia ou, mais
precisamente, vários problemas de engenharia.

O QUE É UM PROCESSO QUÍMICO?

sub-produtos

materia reagentes produto


PREPARAÇÃO REAÇAO produtos PURIFICAÇÃO
prima

reagentes não consumido resíduos


resíduos

TRATAMENTO

ETAPAS I, II E III
OPERAÇÕES UNITÁRIA

resíduos tratados

PROCESSO QUÍMICO = OPERAÇÕES UNITÁRIAS + REATOR

OPERAÇÕES UNITÁRIAS: operações de natureza física (redução de tamanho,


evaporação, secagem, destilação, absorção, extração, adsorção, escoamento de
fluidos etc)REATOR: vaso onde ocorre a transformação química: caixa-preta!!
1- De que maneira a reação seria conduzida? Num tubo longo? Num tanque grande?
Em vários tanques pequenos? De que tamanho? Feito de que material? Com
aquecimento? Se sim, como e quanto? Com um aquecedor elétrico dentro ou fora do
reator? Passando um fluido quente através de uma serpentina dentro do reator?
Aquecendo os reagentes antes deles entrarem no reator? A reação se supre de seu
próprio calor, sendo necessário calor somente no início? Se sim, há possibilidade de
explosão? Medidas de controle deveriam ser introduzidas para prevenção de
explosões? De que tipo?

2- Onde os reagentes deveriam ser obtidos? Comprando-os ou fabricando-os? Em que


proporções eles deveriam ser alimentados no reator?

3- O efluente do reator, que contém o produto e os reagentes não consumidos, deveria


ser vendido como sai do reator, ou o produto deveria ser separado dos reagentes,
sendo estes enviados novamente ao reator? Se a separação for desejável, como ela
poderia ser realizada? Aquecer a mistura, arrastar e condensar o vapor, que seria mais
rico nas substâncias mais voláteis que a mistura original? Adicionar outra substância
que extraia o produto e seja imiscível com os reagentes, e separar mecanicamente as
duas fases? Se todos os materiais do processo forem gases na temperatura da reação, a
mistura poderia ser resfriada até uma temperatura na qual o produto condensaria mas
os reagentes não, ou vice-versa, ou se eles forem líquidos, a mistura poderia ser
resfriada até uma temperatura em que o produto cristalizasse? Se uma destas
alternativas for escolhida, que tipo de equipamento seria necessário? De que
tamanho? De que material? Quais seriam os equipamentos de aquecimento ou
resfriamento? São necessários controles para manter a operação do processo dentro de
limites rígidos? Que tipo de controladores? Manuais ou automáticos?

4- Como as correntes de reagentes e produto deveriam ser introduzidas e retiradas do


reator e em qualquer aquecedor, resfriador e equipamento de separação envolvido no
processo? Por gravidade? Com bombas, sopradores, compressores? De que tipo? De
que tamanho? Em tubos feitos de que?

5- O conhecimento sobre o sistema de reação é suficiente para responder todas estas


questões, ou estudos de laboratório adicionais deveriam ser realizados? Que estudos?
Os dados de laboratório podem ser usados diretamente para projetar a planta
industrial, ou uma pequena planta piloto deveria ser primeiro testada? Quanto menor?

5- O conhecimento sobre o sistema de reação é suficiente para responder todas estas


questões, ou estudos de laboratório adicionais deveriam ser realizados? Que estudos?
Os dados de laboratório podem ser usados diretamente para projetar a planta
industrial, ou uma pequena planta piloto deveria ser primeiro testada? Quanto menor?

7- Quanto do processo poderia ser automatizado, e como isto poderia ser feito?

8- Quanto custaria todo o processo? Por quanto o produto poderia ser vendido e para
quem?

1.3 PERFIL DO PROFISSIONAL DE ENGENHARIA QUÍMICA

Os exemplos abaixo mostram as tendências atuais do perfil profissional do


engenheiro químico.

Exemplo 1:

PETROBRAS DISTRIBUIDORA S.A


CONCURSO PÚBLICO PARA CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR
EDITAL NO 1/2002 – NS, DE 30 DE JANEIRO DE 2002

A PETROBRAS DISTRIBUIDORA S.A. torna pública a realização de concurso


público visando à formação de cadastro de reserva para cargos de nível superior,
classificados no seu Plano de Classificação e Avaliação de Cargos como Profissional
I. O concurso público será regido por este edital e executado pelo Centro de Seleção e
de Promoções de Eventos (CESPE) da Universidade de Brasília (UnB).

2.20 ENGENHEIRO QUÍMICO

2.20.1 CADASTRO DE RESERVA: 30 — âmbito nacional.

2.20.2 REQUISITOS: Diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de


graduação em Engenharia Química e registro no órgão de classe correspondente.
2.20.3 ATRIBUIÇÕES: Elaborar/coordenar e/ou desenvolver projetos, instalação
e manutenção de equipamentos e sistemas; coordenar sistemas de garantia de
qualidade em empreendimentos; elaborar planos de marketing, avaliando
economicamente propostas comerciais; elaborar, gerenciar e/ou fiscalizar contratos;
acompanhar e analisar o desenvolvimento de produtos e dar suporte técnico a clientes;
elaborar, analisar e julgar licitações; padronizar procedimentos.
Observa-se pelo edital acima, que a empresa adota como referência para contratação
do profissional uma inserção do engenheiro químico no mercado de trabalho, levando
a absorção em áreas não convencionais:
• prestação de serviço
• meio ambiente
• qualidade
• segurança
• análise de riscos economia
• marketing
• vendas/comercial

Exemplo 2. (Profa. Dra. Ângela Maria MoraesDepartamento de Processos


Biotecnológicos da Faculdade de Engenharia Química/Universidade Estadual de
Campinas, paletra: XIII CONEEQ-2003)
Uma pesquisa encomendada pela Escola Politécnica de Engenharia da USP (1998),
financiada pela Federação das Empresas do Estado de São Paulo, mostrou o perfil
profissional ideal do engenheiro requerido pelo mercado de trabalho:

Universo pesquisado: 17.518 estabelecimentos comerciais


• 53% dos questionários respondidos por gerentes e supervisores;
• 31% respondidos por diretores;
• 16% respondidos por analistas, consultores, presidentes e vice-presidentes das
empresas

ATRIBUTOS MAIS VALORIZADOS PELO MERCADO DE TRABALHO


1. Compromisso com a qualidade do que faz; habilidade para trabalhar em
equipe.
2. Habilidade para conviver com mudanças.
3. Visão clara do papel do cliente/consumidor; iniciativa na tomada de
decisões; usuário das ferramentas básicas de informática.
4. Domínio da língua inglesa.
5. Fidelidade à organização em que trabalha.
6. Valorização da ética profissional; vontade de crescer.
7. Capacitação para planejamento; visão das necessidades do mercado.
8. Valorização da dignidade/honra pessoal.
9. Visão do conjunto da profissão; habilidade para economizar recursos;
10. Preocupação com a segurança no trabalho; habilidade para conduzir
funcionários.
Percebe-se que o mercado de trabalho exige características mais relacionadas com as
qualidades do SER e menos com as do SABER
OUTROS ATRIBUTOS CRÍTICOS

11 Capacidade de expor oralmente idéias, de forma organizada.


23 Formação em cursos ministrados em faculdades de primeira grandeza.
26 Facilidade para escrever bem.
35 Obediência, disciplina, cumprimento de regras.
40 Cursos de pós-graduação em engenharia.
43 Pós-graduação em administração.
50 Modéstia, noção da sua incompetência.

A Profa Dr.Ângela M.Moraes (CONEEQ 2003) conclui, que há necessidade de


reposicionamento imediato da educação, e para atingir esse propósito serão de grande
valia para a formação integral o desenvolvimento da inteligência, do pensamento, da
consciência e do espírito, e cita a seguinte frase de Leonardo da Vinci:
Tal como a comida que se ingere sem se ter
fome faz mal à saúde, também o estudo sem
interesse confunde a memória e impede-a de
assimilar aquilo que absorve

Assim, nos parece que o perfil do Engenheiro Químico moderno tem que ser
empreendedor, o que significa que espera-se que tenha iniciativa, capacidade de
liderança e, sobretudo, motivação e entusiasmo. O perfil do engenheiro moderno ideal
inclui uma ampla gama de aptidões sociais e profissionais que demonstrem capacidade
de negociação, trabalho em grupos interdisciplinares, habilidades para se comunicar
bem em qualquer lugar e através de qualquer meio, sobretudo oral e eletrônico. A maior
disponibilidade de computadores e sistemas automatizados tornará as instalações mais
fáceis de serem operadas e gerenciadas; por outro lado, será requerida uma
compreensão técnica mais avançada dos processos, especialmente para problemas
novos.

1.4 FORMAÇÃO DO ENGENHEIRO QUÍMICO

A formação do Engenheiro Químico não é completa sem que aborde um conjunto


mínimo de disciplinas que envolvem operações unitárias (destilação, extração, filtração,
absorção, adsorção, entre outros), incluindo aí os reatores (quer eles sejam chamados
fermentadores, fornos de cimento, incineradores, etc), simulação, controle e síntese de
processos, economia e projeto, além, obviamente, de matemática, química e outras
disciplinas básicas e aplicadas. Todavia, no centro do currículo de um bom curso, além
de uma respeitável fundamentação matemática, deve estar uma sólida formação em
disciplinas básicas: Fenômenos de Transferência, Termodinâmica e Cinética. Estas
disciplinas são ainda as que caracterizam a “ciência da engenharia química”, e formam
o núcleo de aprendizado sobre o qual se constrói a profissão. Quanto ao futuro, essas
disciplinas “clássicas” deverão adequar-se aos novos desafios impostos pelo avanço da
ciência e da tecnologia (Luis Marques Porto- Departamento de Engenharia
Química/UFSC – X CONEEQ).

Fenômenos de Transferência
Os fenômenos de transferência (ou de transporte), que incluem a mecânica dos fluidos,
a transferência de calor e a transferência de massa (não necessariamente
ensinados/estudados nesta ordem), ao serem sistematizados contribuíram enormemente
para o desenvolvimento da ciência da engenharia química. O livro-texto “Transport
Phenomena” de Bird, Stewart e Lightfoot (mais conhecido no Brasil como Bird e lá
fora como BSL), reconhecendo a unificação dos conceitos de transporte de momentum,
calor e massa, representou um marco importante no desenvolvimento da engenharia
química nos anos 50 e 60. Modernamente, a utilização intensiva da dinâmica de fluidos
computacional (Computacional Fluid Dynamics – CFD) tem realizado avanços
importantes nos conceitos de mistura e segregação de estruturas fluidas. O grande
desafio é integrar a abordagem molecular à descrição macroscópica dos fenômenos à
qual estamos acostumados, envolvendo processos dinâmicos com reações químicas
complexas acopladas.

Termodinâmica

Para que a termodinâmica possa dar seu apoio a uma engenharia mais orientada para o
produto, ela precisa integrar-se a outras áreas, em particular à transferência de massa.
Isto não significa, todavia, que novas teorias tenham que ser inventadas. Com
criatividade, imaginação e coragem, velhas teorias podem ser utilizadas com sucesso na
descrição de novos problemas. Prausnitz cita alguns exemplos interessantes, entre eles o
projeto de um sistema de administração de hormônios esteróides usando a teoria da
solução regular de Hildebrand de 1930 em conjunto com a teoria de Flory–Huggins
para soluções poliméricas, e a conhecida lei de difusão de Fick, permitindo assim a
avaliação da espessura necessária para que um polímero específico atenda ao fluxo
desejado de um determinado esteróide.

Cinética

A cinética (química e bioquímica), baseia-se fundamentalmente em teorias semi-


empíricas. Tentativas de se prever a priori a velocidade de reações químicas, a partir de
informações provenientes unicamente dos reagentes, catalisadores e condições de
operação, falham consideravelmente. Há que se trabalhar muito para tornar a cinética
mais científica e menos “artística”, apostando-se na modelagem dinâmica molecular.

1.4.1 TENDÊNCIAS ATUAIS PARA FORMAÇÃO DO E.Q.

As tendências atuais de exigências do mercado de trabalho do Engenheiro Químico,


levam a formação para um profissional com as seguintes características:

• Engenheiro Químico deverá ter formação generalista em detrimento do estudo


de processos específicos, pois o Engenheiro Químico pode ser chamado a atuar
nas mais diversas áreas da Indústria Química.
• Engenheiro Químico deverá ter uma sólida formação em ciências básicas e de
engenharia, considerando que a evolução tecnológica se processa com muita
rapidez, porém as tecnologias se fundamentam em princípios básicos.
• Engenheiro Químico deverá estar preparado para o aperfeiçoamento
profissional (educação continuada) e para se desenvolver nas áreas de pesquisa
científica e desenvolvimento tecnológico.
• Engenheiro Químico deverá ser um cidadão dotado de atitudes críticas com
capacidade de avaliação, julgamento, iniciativa e instrumentalizado para o
desenvolvimento do país neste mundo globalizado.

1.5 ATIVIDADES DO ENGENHEIRO QUÍMICO

O Engenheiro Químico ocupa posições de trabalho em vários campos de atuação:


fábricas em geral, indústrias farmacêutica, de saúde, de segurança e ambiental, projeto e
construção, papel e celulose, processamento de alimentos, produtos petroquímicos,
produtos de química fina, polímeros, biotecnologia, entre outras. Além disso,
profissionais de engenharia química são freqüentemente solicitados em outros ramos da
atividade humana, e ocupam cargos em áreas como educação, direito, editoração,
finanças, medicina, e muitas outras onde se requer treinamento técnico especializado.

a) Pesquisa:
Fundamental - investigações dirigidas ao melhor entendimento e a
descrição mais adequada dos fenômenos da natureza ligados aos processos físico-
químicos.
Aplicada - investigações dirigidas a solução de problemas importantes
para a economia e/ou segurança de processos ou operações (difere de métodos usados
em laboratórios).

b) Desenvolvimento de Processos:
Escolha das operações e dos processos necessários à transformação em
condições econômicas, de uma matéria prima em um produto de interesse.

c) Avaliação e Projeto de Processos:


Visa essencialmente a obtenção do produto pelo preço mais baixo
possível.
O projeto inclui:
. fluxograma do processo;
. escolha e dimensionamento de equipamentos, tubulações e
instrumentação;
. balanços de massa e energia;
. estimativas de necessidades de água, energia, vapor e combustível;
. avaliação econômica, com estimativa de capital de investimento e custos
de operação.

d) Projeto de Indústrias:
O engenheiro químico, trabalha em equipe, liderando um grupo.
O projeto deve ser completo, sendo usado para fazer estimativa do custo
da planta, servindo como base para um contrato entre a empresa química e a firma de
construção. Normalmente, constroem-se maquetes para estudo da disposição de
dependências, equipamentos e circulação, chamado “LAY-OUT”.

e) Montagem:
Supervisão da montagem dos equipamentos, tubulações e instrumentação,
visando a prevenção e previsão de possíveis fontes de problemas de operação.

f) Supervisão de Produção:
Tem início logo após o início da operação da fábrica. O supervisor coloca
em regime a planta e tenta melhorá-la. Ele ajusta as variáveis do processo para
obtenção de condições ótimas, melhora e qualidade do produto, procura reduzir os
custos, através da redução de vapor água e energia, desenvolve técnicas de
manutenção eficientes e procura aumentar a capacidade da indústria.
O supervisor necessita:
i) conhecimento profundo em engenharia;
ii) treinamento especializado.

g) Serviço Técnico na Indústria:


Trabalha da mesma forma que o da supervisão de produção, nos casos em
que são envolvidos problemas técnicos. Em muitos casos, o grupo técnico pode
somente fazer sugestões; a decisão final fica a cargo do supervisor. Em outros casos, o
supervisor de serviço técnico pode iniciar mudanças, especialmente onde o operador
não é um engenheiro.

h) Venda de Produtos:
É uma pessoa educada tecnicamente, que procura a venda de produto.
Deve mostrar ao consumidor que o produto em destaque, satisfaz as suas
necessidades.
Os engenheiros interessados em trabalhar nessa área, devem ter interesse e
personalidade. Bons conhecimentos técnicos, tem seu uso limitado se o engenheiro
não souber transmitir idéias aos outros.

i) Exercício do Magistério:
Os engenheiros químicos podem dedicar-se também ao ensinamento,
devendo ter um conhecimento firma dos fundamentos de sua profissão e inclinar-se à
pesquisa, de maneira que esteja apto a adicionar sempre algo de novo, ao
conhecimento humano.

1.6 RESPONSABILIDADES
Com o exercício diário da sua profissão, surgem responsabilidades, em
maior ou menor incidência, e as quais não se pode fugir.
Tais responsabilidades se enquadram em quadro modalidades:
. técnicas ou ético-profissionais;
. civis;
. penais ou criminais;
. trabalhistas.

Exemplo:
Explosão de um reator químico, executado por profissional habilitado,
motivado por sua imperícia, imprudência ou negligência e, provocando prejuízos a
terceiros ou lesões nos operários em serviço, configurar-se-á, simultaneamente a
ocorrência dos quatro tipos de responsabilidade.

Sanções passível:
1. Punição a nível profissional pelo descumprimento da legislação específica e/ou
Código de Ética (responsabilidade técnica). É a que se estabelece entre você -
profissional - e o Poder Público através do sistema CONFEA/CREAs OU CRQ.
Para isso existe legislação específica: CONFEA/CREAs - Leis 5.194/66 e 6.496/77
completado. por Resoluções e Código de Ética.
CFQ/CRQs - Resolução nº 927/70 - Código de Ética dos profissionais da química.
2. Reparação dos prejuízos causados ao cliente e a terceiros se houver
(responsabilidade civil) é o que rege tais ocorrências e seus efeitos.
3. Punição criminal pela comprovação da culpa (responsab. Penal). Qualquer
infração, que se caracteriza como crime ou contravenção, torna o profissional
responsável (criminalmente, impondo-lhe penas).
4. Indenização aos operários acidentados (responsabilidade trabalhista). A CLT -
Consolidação das Leis do Trabalho - legisla a relação entre
empregado/empregador.

1.7 ASPECTOS LEGAIS

Assim como a lei estabelece privilégios ao graduado neste curso, cabendo a ele o
exercício da profissão, em contrapartida lhe são exigidos alguns requisitos básicos,
para a sua prática, através de uma regulamentação profissional.
Não basta ter obtido o diploma para atuar na profissão. Há dispositivos legais que
devem, antes, ser atendidos para a sua habilitação legal.
Antes de iniciar as atividades de engenheiro químico, deverá registrar-se no CREA
e/ou CRQ, do qual receberá uma carteira numerada onde constarão as atribuições que
definem as atividades que você poderá exercer.
1.7.1 LEGISLAÇÃO

RETORTA: significa a Pesquisa, o Laboratório Químico e a


Química Pura em caráter profissional. Assim, representa a
categoria dos Bacharéis em Química e assemelhados.
CONTORNO DE UMA INDÚSTRIA: pretende significar a
Química Industrial, e as categorias profissionais com ela
identificadas.
RODA DENTADA OU ENGRENAGEM: reflete a
Engenharia que dentro do contexto químico traduz a
Engenharia Química.

ANTERIOR A 1934: fiscalização do exercício da profissão de químico era exercida


pelos fiscais do ministério do trabalhoDECRETO 24.693 DE 1934: a profissão do
químico foi reconhecida
Art. 4o - O exercício da Profissão de Químico compreende:
a) a fabricação de produtos e subprodutos industriais, em seus diversos graus de
pureza
b) análise química, pareceres, atestados e projetos da especialidade, perícia.
c) magistério nos cursos superiores especializados em química;
d) engenharia química

DECRETO-LEI 5.452 DE 1943 (CLT): dispõe sobre a regulamentação do exercício


da profissão
Art. 335 - É obrigatória a admissão de químico nos seguintes tipos de indústria:
a) de fabricação de produtos químicos;
b) que mantenham laboratório . de controle químico;
c) de fabrica de produtos industriais que são obtidos por meio de reações químicas
dirigidas tais como: cimento, explosivos, derivados e carvão ou de petróleo, refinação
de óleos vegetais ou minerais, sabão, celulose e derivados. (obs: relação completa RN
105 e 122 do CFQ

DECRETO 85.877 DE 1981:estabelece normas para o exercício da profissão de


químico, e dá outras providências. Nele são relacionadas as atividades dos Químicos
e, também, as atividades que além de sua competência, são privativas desse
profissionais
Art. lº - O exercício da profissão de químico, em qualquer de suas modalidades,
compreende:
I - direção, supervisão, programação, coordenação, orientação e responsabilidade
técnica no âmbito das respectivas atribuições;
II - assistência, consultoria, formulações, elaboração de orçamentos, divulgação e
comercialização relacionadas com a atividade de químico;
III - ensaios e pesquisas em geral, pesquisa e desenvolvimento métodos de produtos;
IV - análise química e físico-química, químico-biológica, fitoquímica, bromatológica,
químico-toxicológica, sanitária e legal, padronização e controle de qualidade;
V - produção e tratamento prévio e complementar de produtos e resíduos químicos;
VIII - estudos de viabilidade técnica e técnico-econômica, relacionados com a
atividade de químico;
IX - condução e controle de operações e processos industriais, de trabalhos técnicos,
montagens, reparos e manutenção;
X - pesquisa e desenvolvimento de operações e processos industriais;
XI - estudo, elaboração e execução de projetos da área;
XII - estudo, planejamento, projeto e especificações de equipamentos e instalações
industriais, relacionados com a atividade de químico;
XIII - execução, fiscalização, montagem, instalação e inspeção de equipamentos e
instalações industriais, relacionadas com a Química;
XIV - desempenho de cargos e funções técnicas no âmbito das respectivas
atribuições;
XV - magistério, respeitada a legislação específicaVI - vistoria, perícia, avaliação,
arbitramento e serviços técnicos, elaboração d
ep
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 36 DE 25.04.1974: dá atribuições aos
profissionais da Química e estabelece critérios para concessão das mesmas
Art. 1º – Fica designado, para efeito do exercício profissional, correspondente às
diferentes modalidades de profissionais da Química, o seguinte elenco de atividades:
01 – Direção, supervisão, programação, coordenação, orientação e responsabilidade
técnica no âmbito das atribuições respectivas.
02 – Assistência, assessoria, consultoria, elaboração de orçamentos, divulgação e
comercialização, no âmbito das atribuições respectivas.
03 – Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e serviços técnicos; elaboração de
pareceres, laudos e atestados, no âmbito das atribuições respectivas.
04 – Exercício do magistério, respeitada a legislação específica.
05 – Desempenho de cargos e funções técnicas no âmbito das atribuições respectivas.
06 – Ensaios e pesquisas em geral. Pesquisa e desenvolvimento de métodos e
produtos.
07 – Análise química e físico-química, químico-biológica, bromatológica,
toxicológica e legal, padronização e controle de qualidade.
08 – Produção; tratamentos prévios e complementares de produtos e resíduos.
09 – Operação e manutenção de equipamentos e instalações; execução de trabalhos
técnicos.
10 – Condução e controle de operações e processos industriais, de trabalhos técnicos,
reparos e manutenção.
11 – Pesquisa e desenvolvimento de operações e processos industriais.
12 – Estudo, elaboração e execução de projetos de processamento.
13 – Estudo de viabilidade técnica e técnico-econômica no âmbito das atribuições
respectivas.14 – Estudo, planejamento, projeto e especificações de equipamentos e
instalações industriais.
15 – Execução, fiscalização de montagem e instalação de equipamento.
16 – Condução de equipe de instalação, montagem, reparo e manutenção.
ATRIBUIÇÕES
Compete ao profissional com currículo de "Química“: 01 a 07 Compete ao
profissional com currículo de "Química Tecnológica”: 01 a 13 Compete ao
profissional com currículo de "Engenharia Química”:01 a 16

LEI 4.950 DE 1966 –A: Dispõem sobre a remuneração de profissionais diplomados


em QUÍMICA
Art. 1o – O salário-mínimo dos diplomados pelos cursos regulares superiores
mantidos pelas escolas de Engenharia, Química, Arquitetura, Agronomia e
Veterinária é fixado pela presente lei.
Art 4o – Para os efeitos desta Lei, os profissionais citados no art. 1o são classificados
em:
a)diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas Escolas de
Engenharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e de Veterinária com curso
universitários de 4 (quatro) anos ou mais.
Art 5o – Para execução das atividades com exigência de 6 (seis) horas diárias de
serviço, fica fixado o salário base mínimo de 6(seis) vezes o maior salário-mínimo
comum vigente no País...
Art. 6o – Para execução de atividades e tarefas classificadas na alínea “b” do art. 3o, a
fixação do salário base mínimo será feito tomando-se por base o custo da hora fixado
no art. 5o, desta Lei, acrescidas de 25% as horas excedentes das 6 (seis) horas diárias
de serviço.
Art. 7o – A remuneração do trabalho noturno será feita na base de remuneração do
trabalho diurno, acrescida de 25%.

1.8 ASPECTOS ÉTICOS

A participação da sociedade em todo o processo de ensino, possibilita o ingresso na


faculdade do interessado, dando-lhe, se não toda, uma estrutura suficiente - instalação
adequadas, professores habilitados e funcionários preparados para melhor gerência
administrativa. Tudo isso possibilita ao acadêmico (futuro engenheiro químico), com
sua participação e esforço, um preparo profissional, além de cultural.
É fácil de entender, portanto, que, a par da titulação, estabelecem-se um vínculo
social, um compromisso ético do engenheiro químico com a sociedade.
O engenheiro químico não deve, pois, servir tão somente de instrumento para atender
às suas pretensões pessoais. Deve, também, colocar-se à disposição da comunidade e
do Estado - que lhe possibilita atingir o seu objetivo, como agente de transformação e
promotor do desenvolvimento, pois o exercício profissional se desenvolve na
sociedade e para sociedade, beneficiando a você, e seus familiares, à comunidade e ao
Estado como um todo.

1.8.1 DEVERES DO ENGENHEIRO QUÍMICO

Os deveres dos profissionais da Química estão previstos na Resolução Ordinária 927


do CFQ que aprovou o Código de Ética dos Profissionais da Química e
supletivamente nos artigos 346, 350 e 351 do Decreto-Lei 5.452 (CLT) – Seção XIII
dos Químicos e Seção XIV das Penalidades. A transgressão de quaisquer destes
preceitos constitui infração ético-profissional, ficando o profissional sujeito a
responder a processo disciplinar.

DECRETO-LEI 5.452 (CLT):


Art. 346 - Será suspenso do exercício de suas funções, independentemente de outras
penas em que possa incorrer, o químico, inclusive o licenciado, que incidir em alguma
das seguintes faltas:
a) revelar improbidade profissional, dar falso testemunho, quebrar o sigilo
profissional e promover falsificações, referentes prática de atos de que trata esta
seção.

b) concorrer com seus conhecimentos científicos para a prática de crime ou atentado


contra a pátria, a ordem social ou a saúde pública;

c) deixar, no prazo marcado nesta Seção, de requerer a revalidação e registro do


diploma estrangeiro, ou o seu registro profissional no Ministério do Trabalho e
Previdência Social (MTPS). (12)

Parágrafo Único - O tempo de suspensão a que alude este artigo variará entre um mês
e um ano, a critério do Departamento Nacional do Trabalho após processo regular,
ressalvada a ação da justiça pública.

Art. 350 - O químico que assumir a direção técnica ou cargo de químico de qualquer
usina, fábrica, ou laboratório industrial ou de análise deverá, dentro de 24 horas e por
escrito, comunicar essa ocorrência ao órgão fiscalizador, contraindo, desde essa data,
a responsabilidade da parte técnica referente à sua profissão, assim como a
responsabilidade técnica dos produtos manufaturados.

§ lº - Firmando-se contrato entre o químico e o proprietário da usina, fábrica ou


laboratório, será esse documento apresentado, dentro do prazo de 30 dias, para
registro, ao órgão fiscalizador.

§ 2º - Comunicação idêntica à de que trata a primeira parte deste artigo fará o


químico, quando deixar a direção técnica ou o cargo de químico, em cujo exercício se
encontrava, a fim de ressalvar a sua responsabilidade e fazer-se o cancelamento do
contrato. Em caso de falência do estabelecimento, a comunicação será feita pela firma
proprietária.

Art. 351 - Os infratores dos dispositivos do presente capítulo incorrerão na multa de


1/10 (um décimo) do salário-mínimo a 10 (dez) salários-míminos regionais, segundo a
natureza da infração, sua extensão e a intenção de quem a praticou, aplicada em dobro
no caso de reincidência, oposição à fiscalização ou desacato à autoridade1

(1) As penalidades a que se refere o artigo passaram a ser de 1 a 100 Valores Regionais de
Referência, de acordo com a Lei nº 6.205

1.8.2 CODIGO DE ÉTICA E RESPONSABILIDADETÉCNICA

Como é comum a todas as profissões regulamentadas, os profissionais da química


também têm seu Código de Ética cuja diretrizes são as seguintes

I – O profissional da química deve

• instruir-se permanentemente;
• impulsionar a difusão da tecnologia;
• apoiar as associações científicas e de classe;
• proceder com dignidade e distinção;
• ajudar a coletividade na compreensão justa dos assuntos técnicos de interesse
público;
• manter elevado o prestígio de sua profissão;
• manter o sigilo profissional;
• examinar criteriosamente sua possibilidade de desempenho satisfatório de
cargo ou função que pleiteie ou aceite;
• manter contato direto com a unidade fabril sob sua responsabilidade;
• estimular os jovens profissionais.

II – O profissional da química nao deve

• aceitar interferência na atividade de colega, sem antes preveni-lo;


• usar sua posição para coagir a opinião de colega ou de subordinado;
• cometer, nem contribuir para que se cometa injustiça contra colega ou
subordinado;
• aceitar acumulação de atividades remuneradas que, em virtude do mercado de
trabalho profissional, venha em prejuízo de oportunidades dos jovens colegas
ou dos colegas em desemprego;
• efetuar o acobertamento profissional ou aceitar qualquer forma que o permita;
• praticar concorrência desleal aos colegas;
• empregar qualificação indevida para si ou para outrem;
• ser conivente, de qualquer forma, com o exercício ilegal da profissão; usufruir
concepção ou estudo alheios sem fazer referência ao autor;
• usufruir planos ou projetos de outrem, sem autorização;
• procurar atingir qualquer posição agindo deslealmente;
• divulgar informações sobre trabalhos ou estudos do contratante do seu serviço
a menos que autorizado por ele.

III – O profissional em exercício

l - Quanto à responsabilidade técnica

1.1- A responsabilidade técnica implica no efetivo exercício da


atividade profissional;

2- Quanto à atuação profissional

2.1. - Deve ser efetivo o exercício da atividade profissional, de acordo com o


contrato de trabalho.

2.2. - É vedado atividade profissional em empresa sujeita à fiscalização por


parte do órgão Técnico oficial, junto ao qual o profissional esteja em efetivo
exercício remunerado.

2.3. - Não deve prevalecer-se de sua condição de representante de firma


fornecedora ou consumidora, para obter serviço profissional.
2.4. - Não deve prevalecer-se de sua posição junto ao contratante de seus
serviços para forçá-lo a adquirir produtos de empresa com que possua ligação
comercial.

2.5. - Deve exigir de seu contratante o cumprimento de suas recomendações


técnicas, mormente quando estas, envolverem problemas de segurança, saúde
ou defesa da economia popular.

3- Quanto à remuneração

3.1. - Não pode aceitar remuneração inferior àquela definida em lei ou


em termos que dela decorram.

3.2. - Não deve aceitar remuneração inferior à estipulada pelos órgãos


de classe.

4 - Na qualidade de colega

4.1. - Não deve ofertar prestação de serviço idêntico por remuneração


inferior a que está sendo paga ao colega na empresa, e da qual tenha
prévio conhecimento.

4.2. -Não deve recusar contato com jovem profissional ou colega que
está em busca de encaminhamento para emprego ou orientação técnica

.4.3. - Deve colaborar espontaneamente com a ação fiscalizadora dos


Conselhos de Química.

5 - Na qualidade de prestador de serviço profissional

5.1. - Não deve divulgar ou utilizar com outro cliente concomitantemente,


detalhes originais de seu contratante, sem autorização do mesmo.

5.2.- Na vigência do contrato de trabalho não deve divulgar dados


caracterizados como confidenciais pelo contratante de seu serviço ou de
pesquisa que o mesmo realiza a menos que autorizad

5.3. - Deve informar ao seu contratante qualquer ligação ou interesse


comercial que possua e que possa influir no serviço que presta

5.4. - Não deve aceitar, de terceiros, comissão, desconto ou outra vantagem,


direta ou indireta, relacionada com a atividade que está prestando ao seu
contratante.

6- Como membro da coletividade

O profissional, como cidadão ou técnico, não deve:

6.1.- apresentar, como seu, currículo ou título que não seja verdadeiro;
6.2.- recusar-se a opinar em matéria de sua especialidade, quando se
tratar de assunto de interesse da coletividade;

6.3.- criticar, em forma injuriosa, qualquer outro profissional

IV – Sanções Aplicáveis

Contra as faltas cometidas no exercício profissional, poderão ser aplicadas, pelos


Conselhos Regionais de Química, da Jurisdição, advertências em seus vários graus e,
nos casos de improbidade, suspensões do exercício profissional, variáveis entre um
mês e um ano, assegurando-se sempre pleno direito de defesa. Das sanções caberá
recurso ao Conselho Federal de Química, que expedirá as normas processuais cabíveis

1.9 ENTIDADES PROFISSIONAIS


1. CRQ - Conselho Regional de Química (Lei 2800 - 18/06/1954)
2. CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
(1933)

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