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30/11/2022 00:41 Descomplica | Prevenção E Controle De Riscos Em Máquinas, Equipamentos E Instalações

Instalações preventivas de proteção


contra incêndio

C ombustíveis e Incêndios

Uma vez que já exploramos o tetraedro do fogo e seus


componentes, é preciso se aprofundar mais nos tópicos
“Combustíveis”, “Classes do Incêndio” e “Fases do
Incêndio”. Serão discutidos os tipos de combustíveis que podem ser
encontrados, os fatores que influenciam a evolução de um incêndio, e
também aprofundaremos o que já foi abordado sobre classes de
incêndios. Por fim, serão apresentadas as fases de um incêndio.

Pontos de fulgor, combustão e autoignição

Já sabemos que se fornecemos calor a um combustível na


presença de oxigênio é dado início ao processo de combustão.
Porém, devemos nos perguntar: Quanto de calor é preciso
fornecer? A resposta é simples: depende do combustível.
Quando calor é fornecido para um material, parte dele é absorvido
e eleva a temperatura deste. Existem três temperaturas notáveis
para o início da combustão: O ponto de fulgor, o ponto de
combustão e o ponto de autoignição. A seguir esses conceitos
são descritos em detalhes.

• Ponto de Fulgor: A temperatura mínima na qual um combustível


passa a produzir vapores inflamáveis. Na presença de uma fonte calor
externa (chama) a combustão acontece. Porém, retirada esta chama, a
combustão não se mantém.
• Ponto de Combustão: A temperatura na qual o combustível produz 6

vapores inflamáveis em quantidade suficiente para iniciar a combustão,

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na presença de uma chama externa, e manter o processo mesmo que


a fonte de calor seja removida.
• Ponto de autoignição: A temperatura na qual a produção de vapores
seja suficiente para iniciar a combustão apenas com a presença de um
comburente, sendo dispensada a presença de uma fonte de calor
externa.

O quadro 1 apresenta pontos de fulgor e de autoignição de alguns


combustíveis notáveis.

Fatores que influenciam o incêndio

Embora possamos generalizar aspectos do fogo e, por consequência,


dos incêndios, a única certeza que podemos ter em relação a eles que
todo incêndio é único. Nunca existirão dois incêndios idênticos, pois,
uma variedade de fatores os influenciam. Podemos separar em “x
categorias” esses fatores, a saber:

• Arquitetura do edifício:

• Forma geométrica e dimensões dos cômodos;


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• Local de início do incêndio no ambiente;
• Ventilação no ambiente;
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• Abertura entre ambientes para propagação no ambiente.

• Combustível disponível:

• Superfície específica dos materiais combustíveis envolvidos;


• Distribuição e quantidade disponível destes materiais;
• Característica específica de queima dos combustíveis.

• Condições climáticas:

• Temperatura e umidade relativa.

• Medidas de PCI disponíveis:

• Medidas de prevenção contra incêndios existentes;


• Medidas de proteção contra incêndios instalados.

Combustíveis

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De forma simplificada, combustível é todo material de queima. Ou
seja, o combustível não apenas é o que alimenta os motores dos
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automóveis e aeronaves. Um combustível pode ser encontrado nos três


estados da matéria: sólido, líquido ou gasoso.
A forma como o combustível queima depende do estado em que
encontra. O quadro 2 traz a diferença de como a combustão acontece em
relação ao estado da matéria.

É preciso destacar o perigo dos combustíveis gasosos, pois eles


representam alto risco de incêndio e explosão tanto durante sua
produção, quanto no transporte e utilização. Um exemplo é o gás
liquefeito de petróleo (GLP), o famoso gás de cozinha.
Vazamentos de gases combustíveis são extremamente perigosos pois
eles ocupam todo volume do ambiente, transformando o ar em uma
mistura explosiva.

Classes do incêndio

Já discutimos sobre a classificação dos incêndios quanto a sua


proporção (Principio, pequeno, médio, grande e extraordinário)
e quanto ao seu combustível (Classe A, B, C, D e K). Agora vamos
aprofundar um pouco mais sobre suas características.
Focaremos na classificação quanto a proporção. Os princípios 6

de incêndio geralmente são eventos que dispensam a presença de

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pessoal especializado para combatê-lo. Um ou dois aparelhos


extintores portáteis são suficientes para extingui-los.
Os pequenos incêndios, por sua vez, precisam da ação do
corpo de bombeiros para serem extintos. Porém, esses eventos são
de fácil extinção, sendo suficiente o sistema de mangueiras
instalado no próprio caminhão dos bombeiros ou nos hidrantes do
edifício.
Os incêndios médios são mais difíceis de se extinguir,
precisando do mesmo sistema utilizado nos pequenos incêndios.
Porém, esses tipos de incêndios tem alta chance e propagação,
diferentemente de uma pequena chance de propagação dos
pequenos incêndios.
Os grandes incêndios, como aqueles que ocorrem em edifícios,
necessitam da presença de várias unidade de socorro básico
(bombeiros) para serem extintos.

Fases do incêndio

Podemos separar os incêndios em três fases distintas: Fase


inicial, Queima livre e Fase de extinção. A disponibilidade de
comburente é o fator principal. A figura 1 mostra a representação
gráfica destas fases.

Figura 1 – Fases do incêndio

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Na fase inicial temos o primeiro foco de incêndio e seus materiais


adjacentes. Nesta fase há uma elevação gradual da temperatura. A maior
parte do calor gerado é consumido pela elevação da temperatura dos
combustíveis. Nesta fase a temperatura ambiente gira em torno dos 38 °C
e ainda há grande abundância de oxigênio, acima de 20%.
Durante a fase de queima livre, temos uma rápida elevação nas
temperaturas, impossibilitando a sobrevivência no local do incêndio. Os
mecanismos de convecção levam o ar quente para as partes mais altas e,
como consequência, o ambiente passa a “puxar” ar frio, por conta da
pressão negativa que foi criada. Esta fase caracteriza-se pelo rápido
consumo do oxigênio e temperaturas muito elevados, podendo
ultrapassar os 700°C nos locais mais altos.
A fase de queima lenta ou fase de extinção corresponde ao final do
incêndio, em que as temperaturas começam a sair porque quase todo
combustível já foi consumido, assim como o comburente, a menos que,
este possa circular pelo ambiente a partir de aberturas e janelas. Fase a
qual se caracteriza pela fumaça densa que ocupa o local e o calor
intenso.

Atividade Extra
Assista ao vídeo “Veja como o fogo se propaga”. No vídeo é possível
ver como um princípio de incêndio em uma sala de estar atinge o ponto de
queima livre em poucos minutos (Disponível em:
<https://www.youtube.com/watchv=1rvatAU53us&ab_channel=ROMOSTREINAM

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Referência Bibliográfica

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FLORES, B. C.; ORNELAS, E. A.; DIAS, L. E. Fundamentos de


combate a incêndios. Manual de bombeiros. 1ed. Corpo de bombeiros
militar do estado de Goiás: Goiânia, 2016.

NEGRISOLO, W. Arquitetando a segurança contra incêndio.2011.


Tese (Doutorado em arquitetura) – Faculdade de arquitetura e urbanismo,
Universidade de São Paulo, São Paulo.

ROSA, R. C. da. Apostila de prevenção e combate a incêndio e


primeiro socorros. Instituto federal de educação, ciência e tecnologia.
Porto Alegre, 2015.

SEITO, A. I. et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São


Paulo: Projeto editora, 2008.

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