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Formação de parceiro certo, o socorro
Brigada de Incêndio chega mais rápido.
BEM-VINDO
Formação de Brigada de Incêndio
Quando você escolhe o parceiro certo,
o socorro chega mais rápido.

Além dos nossos instrutores, que estarão diretamente


com vocês durante todo o período do curso, em caso de
informações adicionais, vocês também poderão procurar
por um de nossos funcionários uniformizados.
ÍNDICE
lntrodução
Pag. 06

Fogo - Teoria Geral


Pag. 08

Prevenção e Combate a lncêndio


Pag. 12

Agentes Extintores
Pag. 15
Equipamentos Hidráulicos
Pag 23

Brigada e Prevenção de Combate a lncêndio


Pag. 31

Plano de Abandono de Emergência


Pag. 34

Primeiros Socorros
Pag. 37
INTRODUÇÃO

PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

Proteção Contra lncêndio é um assunto um pouco mais complexo do que


pode parecer a um leigo. À primeira vista, imagina-se que ela é composta
pelos equipamentos de combate a incêndio fixados em edificações.
Isso, porém, é apenas uma parte de um sistema. São necessários os
conhecimentos e o treinamento dos ocupantes da edificação.

Portanto, não podemos imaginar uma edificação que atenda às


legislações do Corpo de Bombeiros com todos os equipamentos
instalados e revisados sem que haja pessoas habilitadas para utilizá-los.
Este é o objetivo do nosso curso: dar conhecimento teórico e prático
aos ocupantes das edificações, para que possam identificar e operar
corretamente os equipamentos de combate a incêndio, bem como
agir com calma e racionalidade sempre que houver início de fogo,
extinguindo-o e/ou solicitando ajuda ao Corpo de Bombeiros.

PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO

Devemos nos lembrar sempre de que “O incêndio acontece onde a


prevenção falha”. O ideal é realizar um bom trabalho de prevenção de
incêndio,evitando-se, assim, o começo do fogo.

Prevenção
Para a devida proteção de uma edificação, além de atitudes
preventivas e educativas, é necessário conhecermos as principais
causas de incêndio.

6
Eletricidade
• Muitos aparelhos ligados em uma só tomada (sobrecarga);
• Uso de fiação inadequada;
• Equipamentos elétricos ligados por um longo período sem uso ou por
esquecimento (superaquecimento);
• lnstalações mal feitas ou inadequadas.

Atividade
• Falta de cuidado no manuseio;
• Armazenamento incorreto (áreas de risco);
• Atividades próximas a máquinas elétricas ou fogo;
• Formação de gases e vapores;
• Fumar próximo a líquidos inflamáveis.

Falhas Humanas
• Fumar em locais proibidos;
• Jogar pontas de cigarros em locais impróprios;
• Desarrumação e sujeira;
• Vazamento de líquidos e gases inflamáveis;
• Lixo acumulado;
• Panos impregnados de soluções inflamáveis.

Armazenamento lnadequado
• Armazéns desorganizados;
• Materiais combustíveis misturados sem critério;
• Desordem.

7
FOGO - TEORIA GERAL

CONCEITO DE FOGO
Fogo é um processo químico de transformação autossustentável, também
chamado de combustão.Também podemos defini-lo como o resultado de
uma reação química que desprende luz, calor, gases e fumaça devido à
combustão de materiais diversos através de uma reação em cadeia.

ELEMENTOS QUE COMPÕEM O FOGO


Para que haja fogo, necessitamos reunir três elementos essenciais:
combustível, comburente e calor. O combustível, ao entrar em contato
com o comburente (geralmente o oxigênio contido no ar) começará a
inflamar, gerando uma reação em cadeia.

Combustível Comburente
Reação
em cadeia

Calor

• Combustível: é o elemento que alimenta o fogo e serve de campo para


sua propagação. Pode ser sólido, líquido e gasoso; sendo que os sólidos
e os líquidos se transformam em gás antes de inflamar, graças ao calor;
• Calor: é o elemento que dá início ao fogo, fazendo com que se
propague pelo combustível. Pode ser uma faísca, uma chama ou até um
superaquecimento em máquinas e aparelhos energizados. É uma energia
gerada pela transformação de outra energia;

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• Comburente:é o elemento ativador do fogo. É quem dá vida às chamas.
O mais comum é o oxigênio.

Composição do ar atmosférico:
O2..............................21%
N2..............................78%
Outros gases..............1%

Temperatura dos Combustíveis


Para ocorrer a combustão, é necessário o aquecimento dos combustíveis
para a liberação do vapor. Assim, ocorrerá o incêndio.

PONTOS DE TEMPERATURA
• Ponto de Fulgor: é aquele em que o material começa a liberar
vapores que se incendeiam se houver uma fonte externa de calor.
Mas as chamas não se mantêm.
• Ponto de Combustão: é aquele em que os gases desprendidos do
material, ao entrarem em contato com uma fonte externa de calor,
iniciam a combustão e continuam a queimar sem o auxílio daquela fonte.
• Ponto de Ignição: é aquele no qual o combustível, exposto ao ar, entra
em combustão sem que haja fonte externa de calor.

9
FOGO - TEORIA GERAL

FASES DO FOGO

Fase lnicial - Produção de gases e vapores.

Queima Livre - Flashover Queima Lenta - Back Draft


• Alta temperatura do • Baixo nível de oxigênio;
piso ao teto e ignição • Alta temperatura;
simultânea de todos os • Fumaça densa, rica em
combustíveis no ambiente. monóxido de carbono.

PROPAGAÇÃO DO FOGO

• Pelo contato da chama em outros combustíveis;


• Através do deslocamento de partículas incandescentes;
• Pela ação do calor.

Calor
Poderá fazer o fogo “caminhar” de três formas:
• Condução: transferência de calor através de um corpo sólido de
molécula em molécula;

10
• Convecção: transferência de calor pelo movimento ascendente
de massas de gases;

Condução Convecção

Sentido do deslocamento
dos gases quentes e fumaça.

• lrradiação: transmissão de calor por ondas de energia calorífica


que se deslocam através do espaço.

Irradiação

11
PREVENÇÃO E
COMBATE A INCÊNDIO

Todo incêndio tem origem em pequenos focos. Por isso, é importante


que todo e qualquer princípio de fogo seja sempre controlado de
modo eficiente e rápido. Para tanto, não basta existir extintores por
todos os cantos. É necessário que haja pessoas capacitadas, que
possam, a qualquer momento, fazer uso de seus conhecimentos
e evitar que um simples princípio de incêndio atinja proporções
incontroláveis. Entretanto, mais importante que tudo isso é saber
evitar todo e qualquer tipo de incêndio antes que aconteça.

Prevenção de Incêndios
É o conjunto de normas e ações adotadas na luta contra o fogo,
procurando uma forma de eliminar as possibilidades de sua ocorrência
ou reduzir sua extensão quando o mesmo for inevitável, usando
equipamentos previamente estudados e racionalmente localizados.

Extinção de lncêndios
É o eliminar do fogo por diversos processos, usando os equipamentos
de combate ao fogo, ou outros meios que poderão funcionar
automaticamente ou com ação direta do homem.

12
CLASSES DE INCÊNDIO
Os incêndios são classificados de acordo com as características
dos seus combustíveis. Somente com o conhecimento da natureza
do material que está se queimando, pode-se descobrir o melhor
método para uma extinção rápida e segura.

Classe A Classe B

lncêndios de classe A - Combustíveis Sólidos


• Fogo em materiais sólidos como madeira, tecido, carpete, papel,
plásticos, etc;
• Queimam em superfície e em profundidade;
• Após a queima, deixam resíduos.

lncêndios de classe B - Líquidos e Gases lnflamáveis


• Fogo em líquidos inflamáveis, tais como gasolina, álcool, óleos, tintas e
todos os derivados de petróleo;
• Queimam em superfície;
• Após a queima, não deixam resíduos.

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Classe C Classe D

lncêndios de classe C - Equipamentos Energizados


• Fogo em materiais elétricos ligados (energizados);
• Fogo em materiais elétricos desenergizados (são classificados na
classe A).
Obs: Na extinção do incêndio, é necessário o uso de um agente extintor
não condutor de eletricidade.

lncêndios de classe D - Metais Pirofóricos


• Fogo em materiais pirofóricos (alumínio - Al, antimônio - Sb,
magnésio - Mg, etc.);
• São difíceis de apagar e reagem violentamente em contato com a água.

METODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO


A extinção do fogo se baseia na retirada de um dos três elementos
essenciais que provocam o fogo.
• Retirada do Material (isolamento): retirada do combustível;
• Resfriamento: diminuição da temperatura e eliminação do calor;
• Abafamento: diminuição ou impedimento do contato de oxigênio
com o combustível;
• Quebra da reação em cadeia: extinção química através de agentes especiais.

14
AGENTES EXTINTORES

Trata-se de certas substâncias sólidas, líquidas ou gasosas que são


utilizadas na extinção de um incêndio. Elas agem de acordo com as
classes de incêndio. Basicamente, existem três grupos de agentes
extintores: os que abafam, os que resfriam e os que interrompem a
reação em cadeia. Os principais e mais conhecidos são:

1. Água:
Nas formas de jato compacto, chuveiro, neblina ou vapor: age por
resfriamento e/ou abafamento, dependendo da forma do jato.
2. Espuma Mecânica:
Age por abafamento e resfriamento igualmente.
3. Pó Químico:
Age por quebra da reação em cadeia e por abafamento.
4. Gás Carbônico CO2 :
Age por abafamento e por resfriamento.

15
AGENTES EXTINTORES

EXTINTORES PORTÁTEIS
São aparelhos destinados a combater princípios de incêndio, bastando
uma única pessoa para sua operação. A legislação do Corpo de
Bombeiros determina que os extintores portáteis devem estar:
• Visíveis (bem localizados);
• Desobstruídos (livres de qualquer obstáculo que possa dificultar o
acesso até eles);
• lnstalados entre 20cm e 160cm de altura, medindo do piso à parte
superior do aparelho;
• Não devendo o usuário percorrer mais do que 15m a 20m em
qualquer direção para um extintor.

Extintor de Água Pressurizada


É indicado para incêndios de classe A por penetrar em profundidade
no material, resfriando-o. Não deve ser utilizado em líquidos
inflamáveis sem conhecimento técnico e nem em equipamentos
elétricos energizados. Em alguns casos, sua desvantagem é o fato
de danificar o material atingido.

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Age principalmente por resfriamento e, secundariamente, por abafamento.
Age por pressão interna, que repele o jato quando o gatilho é acionado.

Capacidade: 10 litros;
Alcance do Jato: 9 a 11 metros;
Tempo de Uso: 64 segundos.

Modo de usar:
1. Leve sempre o extintor ao local próximo do fogo. Teste-o antes de operar;
2. Posicione-se com o extintor a uma distância segura do local do fogo e
dentro do raio de alcance do jato (9m a 11m aproximadamente);
3. Retire a trava de segurança, empunhe a mangueira e aperte o gatilho;
4. Dirija o jato para a base das chamas. Caso queira estancar o jato,
basta soltar o gatilho.

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AGENTES EXTINTORES

Extintor de Espuma Mecânica


Indicado para incêndios de classes A e B. Seu princípio de funcionamento
se dá através do batimento da substância que está no interior do cilindro
quando passa pelo esguicho na ponta da mangueira.

Modo de usar:
1. Leve o extintor às proximidades do fogo a uma distância de 9m a 11m;
2. Retire a trava de segurança;
3. Aperte o gatilho e dirija o jato para a base das chamas, em caso
de incêndio classe A;”
4. Em caso de incêndio classe B, apontar para um anteparo e deixar a
espuma escorrer sobre a superfície do líquido até cobri-lo e abafá-lo.

Extintor de Pó Químico Seco


Age pela quebra da reação e por abafamento.
Sua ação consiste na formação de uma
nuvem sobre a superfície em chamas. O pó,
sob pressão, é expelido quando o gatilho é
acionado. É mais eficiente nas classes B e C.
Tempo médio de descarga: 12-36 segundos,
dependendo da capacidade extintora.

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Modo de usar:
1. Leve o extintor ao local do fogo a uma distância de 3m aproximadamente;
2. Se o extintor for do tipo pressurizado, retire o pino de segurança;
3. Se for tipo pressão injetada, abra a válvula da garrafa externa;
4. Aperte o gatilho e dirija o pó procurando cobrir o fogo, principalmente
se for da classe B, com uma nuvem de pó através de movimentos de
ziguezague horizontal (em leque).

Quando utilizados em máquinas, motores e equipamentos eletrônicos,


estes devem ser bem limpos, pois o pó causa danos ao equipamento. Por
esse motivo, o extintor de pó é mais eficiente para combustíveis classe B.

Extintor de CO2
O gás Dióxido de Carbono (CO2) é inodoro, incolor e
não conduz eletricidade. É especialmente indicado nos
incêndios das classes C e B. Tem a vantagem de nunca
danificar o material que atinge, podendo ser empregado em
aparelhos delicados (relês, filamentos, centrais telefônicas,
computadores e outros). Age por abafamento com a ação
principal e resfriamento secundariamente (o gás sai a 42°C
negativos).Tempo de descarga: 20 a 25 seg.

19
AGENTES EXTINTORES

Modo de usar:
1. Aproxime-se 2,5m do fogo;
2. Retire o pino de segurança, quebrando o lacre;
3. Retire o esguicho (difusor) do seu suporte, empunhando-o com uma das
mãos na manopla;

4. Acione a válvula com uma mão e, com a outra, dirija o jato primeiramente
para a base do fogo. Em seguida, movimente o difusor, horizontalmente,
em um movimento de ziguezague, formando uma nuvem de gás sobre
o fogo. Obs.: Cuidado para não encostar o difusor em equipamentos
energizados, pois na parte externa do mesmo forma-se uma camada de
gelo que conduz energia elétrica e pode causar acidentes.

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EXTINTORES SOBRE RODAS OU CARRETAS
São extintores de grande volume. Para facilitar o seu transporte, são
montados sobre rodas, formando uma carreta. Devido ao seu suporte,
são operados por duas pessoas. Como acontece com os extintores
normais, os tipos mais comuns são: Água, Pó Químico Seco, Gás
Carbônico e Espuma Mecânica.

a) Água Pressurizada: sua capacidade é de 75 litros, e seu jato tem alcance


de 6 a 9 metros, com duração de 3 minutos.
b) Gás Carbônico (CO 2): consiste em um extintor comum de CO 2
de porte maior, com grande extensão de mangueira. Existem vários
tamanhos: 10kg e 25kg.
c) Pó Químico Seco (PQS): é um extintor de pó em escala maior,com a
diferença de possuir mangueira mais extensa e válvula redutora de pressão.
É fabricado em modelos para diferentes capacidades: 20kg, 30kg e 50kg.
Seu jato chega a alcançar de 10 a 15 metros.
d) Espuma Mecânica: sua capacidade é de 50 litros com pressurização
direta com nitrogênio. Seu jato chega a alcançar 10 metros.
Obs: Na colocação das carretas, deve-se sempre observar o livre
acesso a qualquer ponto do local de sua instalação. As carretas
não podem ser utilizadas em pisos que possuam escadas ou
pavimentos que estejam em desnível, pois o seu tamanho inviabiliza
o transporte até o local do fogo.

21
AGENTES EXTINTORES

CUIDADOS COM OS EXTINTORES


• lnstalar o extintor em local visível e sinalizado;
• O extintor não deverá ser instalado em escadas, portas e rotas de fuga;
• O extintor não deve permanecer em local obstruído;
• O extintor deverá ser instalado na parede ou colocado em suportes de piso;
• O lacre não poderá estar rompido;
• O manômetro deverá indicar a carga.

Transporte a carreta e libere a mangueira


Abra o cilindro para pressurizar a carreta ou
deite a carreta de espuma girando a manivela.

Após pressurizar a carreta, acione o


gatilho e dirija o jato para o fogo.

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EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS

A água tem sido considerada o melhor e mais abundante agente


extintor encontrado na natureza. Quando bem utilizada, é eficiente para
os incêndios de classe A e B (em forma de chuveiro ou neblina). Os
equipamentos hidráulicos são dispositivos que permitem a captação
de água durante o combate a incêndio e permitem a utilização pelos
brigadistas. Existem 2 tipos: coluna e parede. O sistema de hidrante
particular (encontrado nas edificações) é composto por:
a) Hidrante: dispositivo especial de tomadas de água para alimentar
as mangueiras.
b) Abrigos: compartimento destinado a guardar e proteger os
hidrantes, mangueiras e esguichos.
c) Mangueiras: conduto flexível de Iona, fibras sintéticas e algodão,
revestido internamente com borracha, utilizado para conduzir a água,
sob pressão, dá a fonte de suprimento ao lugar onde deva ser lançada.
d) Esguicho: peça destinada a dar forma ao jato d'água.
e) Chave de Mangueira: peça metálica que serve para apertar ou soltar
as mangueiras de seus engates.

23
EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS

HIDRANTES
Os hidrantes servem para combater incêndios de maior porte, e não
apenas princípios, como no caso dos extintores. Para operar um
hidrante, devemos ter uma equipe composta por três brigadistas, onde
um terá a função de controlar o registro de abertura e o acionamento da
bomba. Os outros dois terão a missão de manusear a mangueira, sendo
que um será o chefe da linha, e o outro será auxiliar.

O chefe é quem irá à frente, empunhando o esguicho, determinando


a abertura do registro, controlando o tipo de jato (pleno, chuveiro ou
neblina) e seu determinado avanço ou recuo na equipe.

MANGUEIRAS
As mangueiras encontram-se guardadas dentro de abrigos e são
condicionadas em forma "aduchadas" ou em "zig-zag", sendo que, nesta
última, uma extremidade estará acoplada ao hidrante, enquanto a outra
estará ligada ao esguicho. Para acondicionamento das mangueiras, devemos
proceder da seguinte forma:

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Aduchada: conforme “fig. 1", esticar a mangueira totalmente e, após retirar
a água do seu interior, dobrá-la ao meio, deixando a extremidade de baixo
mais comprida cerca de 80cm a 120cm. A partir daí, enrolar do meio para
as extremidades até o final. Tamanho das mangueiras: 15m, 20m ou 30m.

Figura 1

Método de Aduchamento - 2 homens

Ziguezague: conforme a “fig. 2": Para retirarmos a água do interior


da mangueira, após sua utilização, devemos esticá-la em um plano
inclinado ou deixá-la esticada no chão. O brigadista erguerá uma das
extremidades sobre o ombro, deixando a conexão no chão e, a partir
daí, o brigadista caminhará em direção a outra extremidade, erguendo
a mangueira acima do ombro.

Figura 2

25
EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS

Cuidados com as Mangueiras:

• Não deixar formar dobras muito fechadas;


• Não apoiá-las sobre cantos vivos e quinas de paredes;
• Não deixá-las sobre produtos químicos ou derivados de petróleo;
• Evitar bater as conexões;
• Lavá-las com água e escova, podendo utilizar sabão neutro e deixando-
as secar sempre na sombra;
• Substituí-las em caso de furos ou rasgos;
• Não arrastá-las em superfícies abrasivas;
• Não deixá-las em contato com superfícies superaquecidas.

Há três tipos de esguichos utilizados nas edificações que darão as


opções de jato:
a) Esguicho Agulheta: peça que tem formato cônico e produz apenas
jato sólido ou compacto. É o mais encontrado nas edificações, mas é o
mais limitado quanto às opções de uso.
b) Esguicho Regulável: peça cilíndrica, com rosca interna e anteparo
na ponta que irá produzir jato sólido e chuveiro. É o mais eficiente pelas
alternativas de tipo de jatos que produz.

Esguicho agulheta Esguicho regulável

26
c) Hidráulicos de Alta Performance: Além dos equipamentos já citados,
existe no mercado uma ampla linha de equipamentos hidráulicos de alta
performance estinados principalmente às empresas do ramo industrial
e militar. São esguichos de vazão regulável, automática e fixa, canhões
monitores para água e espuma, bico lançador de espuma, entre outros.
São produtos desenvolvidos com a mais alta tecnologia, confeccionados
com materiais mais Ieves (liga de alumínio) que recebem tratamentos
especiais de alta resistência a corrosão.

MANGOTINHOS
Os mangotinhos são tubos flexíveis de
borracha, reforçados para resistir a pressões
elevadas e dotados de esguichos próprios.
Apresentam-se, normalmente, em diâmetros
de 16, 19 e 25mm, e são condicionados nos
auto bombas, em carretéis de alimentação
axial, o que permite desenrolar o mangotinho e usá-lo sem necessidade
de acoplamento ou outra manobra. Pela facilidade de operação, os
mangotinhos são usados em incêndios que necessitam pequena
quantidade de água, tais como: cômodos residenciais, pequenas lojas,
porões e outros locais de pequenas dimensões.

27
EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS

CHUVEIROS AUTOMÁTICOS - SPRINKLERS


O sistema de chuveiros automáticos consiste em uma rede integrada
de tubulações dotadas de dispositivos especiais que automaticamente
descarregam água sobre um foco de incêndio.
• Abastecimento de água;
• Válvulas de governo e alarme;
• Rede de distribuição;
• Chuveiros automáticos.

Válvulas de Governo e Alarme


São dispositivos instalados entre o abastecimento e a rede de
distribuição, constituídos de:
• Válvula de Comando: é utilizada para fechar o sistema, cortando o
fluxo de água sempre que algum chuveiro precisar ser substituído para
a manutenção do sistema, ou quando a operação for interrompida.
Após a manutenção, a válvula deve permanecer aberta.
• Válvula de Alarme: ao entrarem em operação os chuveiros, um alarme
sonoro entra em ação.

28
Defletor

Bulbo de Vidro

Selo de vedação

• Válvula de Teste e Dreno: é um dispositivo ou conexão destinado a


testar o sistema ou o funcionamento do alarme, ou ainda, drenar a água
da tubulação para a manutenção.

Chuveiros Automáticos
São os principais elementos do sistema, pois detectam o fogo e
distribuem a água sobre o foco na forma de chuva.
Os chuveiros podem ser dotados de elemento termossensível ou
não, conforme o tipo de sistema. A grande maioria dos sistemas são
dotados de elemento termossensível, que consiste em ampolas ou
liga metálica que impede a saída da água no orifício de descarga.
Seu acionamento varia conforme o tipo de líquido dentro da ampola,
ou tipo de liga metálica, que entra em ação entre 58°C e 260°C.

Procedimentos a se Adotar Após a Operação do Sistema


Após a extinção do incêndio, o brigadista deve fechar a válvula de comando,
devendo permanecer um homem junto à mesma com a finalidade de

29
abri-la novamente, caso haja necessidade. Em seguida o brigadista deve
substituir os chuveiros que entraram em operação, devendo, para tal,
proceder da seguinte forma:
• Fechar a válvula de comando;
• Abrir a(s) válvula(s) de dreno;
• Remover o chuveiro automático;
• Substituir o(s) chuveiro(s) por outro do mesmo tipo;
• Abrir a válvula de comando;
• Abrir a válvula de teste para retirar o ar contido no sistema;
• Fechar a(s) válvula(s) de dreno.

GÁS
Vazamento sem fogo: o mais perigoso.
• Não ligar e nem desligar a eletricidade;
• Adentrar ao ambiente sem calçados;
• Ventilar o local abrindo portas e janelas;
• Transportar o botijão para o local aberto e
ventilado longe de risco.

Vazamento com fogo:


proteger os materiais em volta do
botijão e levá-lo imediatamente para
um local ventilado.

30
BRIGADA DE PREVENÇÃO
E COMBATE A INCÊNDIO

A Brigada de lncêndio é uma organização interna de uma empresa,


formada por um grupo de empregados preparados e treinados para
atuar com rapidez e eficiência em casos de princípios de incêndio.
Para que a Brigada atue com eficiência, é fundamental que todos os
seus integrantes estejam habilitados para operar os dispositivos de
combate a incêndio, com segurança e responsabilidade.

FUNÇÕES DA BRIGADA DE INCÊNDIO


A Brigada de lncêndio tem diversas atribuições:
a) Combater os princípios de incêndio;
b) Coordenar e efetuar a retirada dos ocupantes da edificação;
c) Efetuar salvamentos e primeiros socorros;
d) Facilitar as operações do Corpo de Bombeiros;
e) lnspecionar os equipamentos de combate a incêndio;
f) Avaliar os riscos da edificação;
g) Verificar e conhecer as rotas de fuga.

FORMAÇÃO DAS BRIGADAS


A Brigada de lncêndio terá em sua estrutura um número maior ou
menor de componentes em função das dimensões da empresa
(número de edificações, número de pavimentos em cada edificação
e número de empregados em cada pavimento/compartimento) e o
risco de incêndio existente.

31
BRIGADA DE PREVENÇÃO
E COMBATE A INCÊNDIO

Para um bom desempenho da Brigada, é muito importante que seja


realizada uma seleção criteriosa do pessoal que fará parte dela. Deve-se
levar em consideração alguns requisitos necessários para qualificações
de cada brigadista:
• lnteresse e motivação em fazer parte de grupo voluntário;
• Liderança;
• Responsabilidade;
• lniciativa;
• Facilidade de comunicação.
Além desses requisitos, há outros aspectos importantes, como: idade,
equilíbrio emocional, condições físicas satisfatórias, estabilidade no
emprego e disponibilidade.

32
Cada membro da Brigada deverá ter uma função específica:
• Chefe da Brigada;
• Chefe de Setor;
• Equipe de Salvamento e Primeiros Socorros;
• Equipe de Combate a lncêndio.

Ainda poderão ser formadas equipes de apoio e coordenação de


abandono, de acordo com a necessidade da empresa, geralmente
baseadas no número de participantes.

Qualquer local que reúna pessoas ou possua uma grande circulação


deverá estar preparado para uma eventual emergência e ter uma equipe
treinada e preparada para executar a retirada das pessoas do local de forma
organizada, sem pânico ou tumulto. A VIDA é o patrimônio mais valioso.

33
PLANO DE ABANDONO DE EMERGÊNCIA

Noções básicas para abandono de área


• Conhecimento do local; • Medidas preventivas;
• Plano de abandono; • Procedimento em emergências;
• Procedimentos gerais.

Conhecimento do Local
É necessário que todos os que trabalham no local tenham informações
das saídas de emergência, locais de risco, maiores perigos etc. As
pessoas que frequentam o local também devem ter essas informações.

Medidas Preventivas
O local deve possuir sistemas de sinalização e iluminação de
emergência para evitar o pânico.As saídas de emergência devem
estar sempre desbloqueadas, e os sistemas de proteção (extintores
e hidrantes) em perfeitas condições de uso.

Plano de Abandono
São informações e orientações impressas, distribuídas aos ocupantes de
uma edificação, para propiciar condições para o abandono correto e seguro
em caso de emergência. O plano será executado por uma equipe treinada.

Todos os edifícios deverão possuir


• Rotas de fuga seguras;
• Pessoal treinado para orientar a saída das pessoas (fila, porta e escada);
• Abandono rápido e ordenado (os ocupantes deverão sair sempre
andando em passos rápidos).

34
Deve ser observado
• Características construtivas da edificação;
• Sistemas de segurança contra incêndio (sinalização, rotas etc.);
• Possibilidade da existência de pessoas com necessidades
especiais na edificação.

Procedimento de Emergência
No caso de incêndio, explosão, ameaça de bomba e risco de
desabamento, os procedimentos são:
• Acionar o sistema de alarme e ligar para o Corpo de Bombeiros;
• Desligar a eletricidade e o gás;
• Providenciar a desocupação do local;
• Combater os pequenos focos.

Procedimentos Gerais
• Um dos fatores mais importantes é evitar o pânico;
• Orientar a saída sem gritar, mas com voz clara e alta;
• O escoamento (desocupação) deve ser feito para baixo, através
das escadas e rampas;

35
PLANO DE ABANDONO
DE EMERGÊNCIA

• Nunca utilizar elevadores;


• Se possível, propiciar a ventilação do local;
• Ao abrir portas, tomar cuidado com as mãos (fogo confinado);
• As pessoas devem ser orientadas a sair em fila de forma ordenada,
nunca correndo;
• Procurar andar curvado ou agachado em caso de incêndio;
• Se houver necessidade de retirar uma vítima do ambiente, isso deverá
ser feito sempre em “dupla” de forma rápida e com comunicação. Se
possível, aguarde a chegada de um bombeiro.

Perigos de um lncêndio
• Fumaça; • Riscos elétricos;
• Colapso estrutural; • Buracos;
• Obstrução da rota de fuga; • Calor;
• Falta de iluminação;
• Existência de gases tóxicos ou inflamáveis.

Conclusão
As pessoas devem conhecer seu ambiente de trabalho, bem como
seus riscos, rotas de fuga e sistemas de proteção. Em uma emergência
é preciso manter ocontrole da situação e atentar para todos os perigos.

36
PRIMEIROS SOCORROS

Segurança Local e Pessoal

A finalidade é detectar os problemas que acometem e prestar os


cuidados necessários por ordem de prioridade. Esta avaliação é
realizada em etapas: segurança do local e segurança pessoal.
• Segurança
• Uso de EPI’s
• Situação
• Cena

Na avaliação inicial, o SOCORRISTA poderá identificar e corrigir de


imediato, através de processo ordenado, problemas que atentem
contra a vida em curto espaço de tempo. Essa avaliação é chamada
de análise primária. O atendente em emergência primeiramente
deve verificar de forma rápida e eficiente o local que ocorreu a
emergência, evitando ser a PRÓXIMA VÍTIMA.
• Verificação da Situação: como se encontra a vítima em relação à cena.
Está com cinto, em que decúbito, sobre o volante.
• Verificação da Segurança: remover qualquer perigo a ele e à vítima
para prestar o socorro com segurança.
• Verificação da Cena: olhar o local do evento tentando identificar o
mecanismo de trauma e quais as lesões que poderá encontrar na vítima.

37
PRIMEIROS SOCORROS

ETAPAS PARA O SOCORRO DA VÍTIMA

Acione o serviço de emergência médica!


Transmita as informações referentes ao ocorrido tais como:

• Tipo de emergência; • Quantidade de vítimas;


• Endereço e ponto de referência; • Telefone de contato;
• Localização e estado das vítimas.

192 193
Quando devo chamar o Samu?! Quando devo chamar o Bombeiro!?

Urgência Emergência

Urgência: Toda ocorrência que não há risco iminente a vítima,


podendo aguardar atendimento.
Emergência: Todo ocorrência que há risco iminente a vítima,
devendo ser atendido de imediato.

38
Ar: refere-se a imobilização da coluna cervical e verificar se as vias aéreas
estão pérvias. Proceder à abertura das V.A. (vias aéreas), verificando qual
o motivo da obstrução da passagem de ar: corpos estranhos ou língua.
1º) proceder à abertura das V.A. superior, verificando qual o motivo da
obstrução da passagem de ar:

Verificar se há algum
corpo estranho dentro
da boca, se houver
providenciar a retirada
deste corpo estranho
(bala, prótese, chiclete,
moeda, etc).

Em caso de obstrução as vias aéreas devem ser desobstruídas de


preferência com pinça.
2º) Ocorre um outro tipo de obstrução das V.A. que é feita por uma
musculatura chamada LÍNGUA. Como se deve proceder à abertura
das V.A., devido ao relaxamento da língua:

SEM história COM história de


de trauma ou trauma ou
situação situação
conhecida conhecida

39
3º) Proceder à liberação das V.A, devido ao engasgamento, através
da Manobra de Heimlich.

Quando os participantes não forem da área de saúde, observar pelo


menos um dos três sinais de circulação:
• Presença de tosse;
• Retorno da respiração espontânea;
• Movimentos.

Passo 1 Passo 2 Passo 3

Manobra de ACE: (Atendimento Cardiovascular de Emergência)


• Vítima deve estar deitada em superfície, plana e rígida
• Posicionar as mãos três dedos acima do processo xifóide,
entrelaçadas e sobrepostas;
• Cotovelos estendidos e perpendiculares ao corpo da vítima.

Efetue no mínimo 100 compressões torácicas por minuto.

40
• Verificar a presença ou não de pulso central em vítima inconsciente.
Verificar também a temperatura e cor da pele.
• Havendo presença de sangramento, fazer compressão no local.

Controle a hemorragia e aplique


uma atadura de pano

41
Cubra o acidentado para evitar o choque

Em caso de parada respiratória, aplicar as manobras de ventilação artificial.


Aplicando o RCP = 30:2

• Verificação de Grandes Hemorragias:


Deverá ser feito a hemostasia, sempre que constatada uma hemorragia
de grande porte.
• OVACE:
Obstrução das Vias Aéreas por Corpos Estranhos. Engasgamento

VÍTIMA ADULTO
Abordar a vítima com suspeita de engasgamento e perguntar-lhe se ela
consegue falar. Em caso afirmativo, então ela apresenta uma obstrução
parcial, neste caso: não interferir, apenas oriente para ela tossir até o
corpo estranho ser expelido;
Em caso negativo ou se a vítima após tossir não conseguir expulsar o
corpo estranho, ela apresenta uma obstrução total, neste caso: Assumir
a posição para aplicação da Manobra de Heimlich, até o objeto ser
expelido ou até a vítima se tornar inconsciente.

VÍTIMA BEBÊ
• Aplicar 05 (cinco) leves golpes (tapotagem) em seu dorso, inclinando a
cabeça da vítima 45º para baixo;
• Em seguida, verfificar o interior da boca da vítima e observar se o objeto saiu.

42
Em caso negativo,
• Iniciar a RCP – Reanimação Cardiopulmonar.

RCP
• Inicie e mantenha a RCP
Reanimação Cárdiopulmonar.
• Execute compressões torácicas e insuflações, para adultos acima de
8 anos, para crianças menores que 8 anos e para bebês menores que 1 ano.

RCP 2 - SOCORRISTAS
• Execute compressões torácicas;
• Execute insuflações;
• Repita essa sequência durante minutos;
• Interrompa e cheque retorno dos sinais de circulação.

Recomendação da Associação Americana de Cardiologia


Dar ênfase nas compressões torácicas com frequência de 100 a 120
por minuto e profundidade adequada para adultos 5 a 6 cm e crianças
de no máximo 4 cm.

43
PRIMEIROS SOCORROS

PARADA CARDÍACA
Ocorre quando não se percebem os batimentos do coração.

Sintomas
• Falta de pulso;
• Presença de acentuada palidez.
Causas
• Choque elétrico;
• Afogamento;
• Doença cardíaca;
• Traumatismo violento.
Reanimação Pulmonar
Caso sejam verificadas parada respiratória e parada cardíaca ao mesmo
tempo, o procedimento deve ser combinado. Ou seja, deve ser aplicada
massagem cardíaca e respiração boca-a-boca.

RCP – Reanimação Cardiopulmonar

44
FRATURAS
Fratura é a ruptura total ou parcial da estrutura óssea.

Tipos de Fratura
Fechada: quando o osso se quebra sem romper a pele.

Fratura fechada Fratura exposta

Exposta: quando o osso quebrado rompe a pele.

Sintomas
• Posição anormal ou angulação em um local que não possui articulação;
• Geralmente o local fica muito sensível ou doloroso;
• Se a vítima se mover, podemos escutar um som áspero, produzido pelo atrito
das extremidades fraturadas. Não “pesquisar” este sinal intencionalmente,
poderá causar aumento da dor e provocar lesões adicionais;
• Inchaço provocado pelo líquido entre os tecidos e as hemorragias.
A alteração da cor poderá demorar várias horas para aparecer;
• Perda total ou parcial dos movimentos das extremidades. A vítima
geralmente protege o local fraturado, não pode mover-se ou o faz com
dificuldade e dor intensa;
• Numa fratura exposta, os fragmentos ósseos podem se projetar
através da pele ou serem vistos no fundo do ferimento.

45
Causas
• Violências externas;
• Flexão anormal;
• Torção;
• Enfermidade dos ossos.

Procedimentos de emergência

Fratura fechada
• Colocar o membro afetado em posição natural, sem tentar o alinhamento
ou causar desconforto para a vítima;
• Imobilizar a articulação acima e abaixo da fratura com tala (tábua,
papelão, vareta de metal, etc.), amarrada com ataduras ou tiras de pano.
Fratura exposta
• Colocar gaze ou pano limpo sobre o ferimento, fixando-o no local;
• Manter a vítima deitada e proceder como na fratura fechada;
• Imobilizar com talas;
• Em caso de fratura com hemorragia, estancar a mesma antes da imobilização.

Luxação: É o desalinhamento das extremidades ósseas


de uma articulação fazendo com que as superfícies
articulares percam o contato entre si.
Entorse: É a torção ou distensão brusca de uma
articulação, além de seu grau normal de amplitude,
provocando lesão de ligamentos articulares.

46
REGRAS PARA IMOBILIZAÇÃO
• Priorizar o tratamento das lesões que ameaçam a vida de imediato,
detectados na avaliação primária;
• Informar ao paciente o que está fazendo e o que planeja fazer;
• Expor o local. As roupas devem ser cortadas e removidas sempre que
houver suspeita de fratura ou luxação;
• Controlar hemorragias e cobrir feridas antes de imobilizar;
• Não recolocar fragmentos ósseos expostos no lugar;
• Reunir e preparar todo o material de imobilização adequado ao tipo de
fratura antes de iniciar o procedimento;
• Em fraturas de ossos longos (fêmur, tíbia, fíbula, úmero, rádio e ulna):
Imobilizar uma articulação acima e outra abaixo da lesão;
• Em fraturas de articulações: Imobilizar na posição encontrada, um osso
acima e outro abaixo do local fraturado;
• Manter tensão suave na área afetada durante o procedimento de
imobilização;
• Movimentar o mínimo possível;
• Assegurar-se de que a imobilização está adequada e não restringe
a circulação. Dessa forma, verifique antes e após o procedimento a
presença de alterações no pulso, perfusão capilar, temperatura e
coloração da pele;

47
• Atente para queixas de aumento da dor, formigamento ou dormência
após a imobilização;
• Adotar as medidas para prevenir ou tratar choque hipovolêmico,
resultante da perda sanguínea provocada pelas fraturas.

Fraturas de Crânio:
1. As fraturas de crânio são comuns nas vítimas de acidentes que
receberam impacto na cabeça. A severidade da lesão depende do dano
provocado no cérebro. São mais frequentes as lesões graves do cérebro,
nos traumatismos sem fratura.
2. As fraturas podem ser fraturas expostas, aquelas que permitem a
comunicação entre as meninges ou cérebro e o meio exterior. Há ruptura
do couro cabeludo com exposição do local da fratura.
Ou podem ser fraturas fechadas, que afetam o osso sem expor o conteúdo
da caixa craniana. Não existe solução de continuidade do couro cabeludo.

fratura linear afundamento

olhos de
guaxinim

equimose no mastoide

extravasamento de sangue e
líquor pela orelha e nariz

48
As fraturas de crânio podem ainda ser classificadas como:
• Fratura cominutiva: fragmentação do osso fraturado.
• Fratura linear: observa-se uma linha de fratura no crânio.
• Afundamento: depressão na local da fratura.
• Fratura basilar: diagnosticada baseada nos achados do exame físico como:
- extravasamento de sangue e líquor pela orelha e nariz.
- equimose periorbital – olhos de guaxinim.
- equimose no mastoide – sinal de battle – sinal de batalha.

FERIMENTOS
Definição: É uma quebra da integridade dos tecidos internos ou
externos do corpo.
Classificação
Aberta: facilmente identificavél pois é na pele mucosa.
Fechada: ocorrem com tecidos debaixo da pele incluindo órgãos
internos (fígado, baço, etc.).
Conduta
• Limpar o ferimento com água morna;
• Aplique antisséptico: polvidine;
• Proteja o ferimento com gaze esterilizada ou pano limpo;

49
• Não toque o ferimento com os dedos ou material sujo;
• Não coloque pomadas, açúcar, café ou quaisquer outras substâncias;
• Procure socorro médico.

FERIMENTOS ESPECIAIS
Conduta
A – Ferimentos nos olhos:
• Não esfregar os olhos;
• Tampar a região com gaze esterilizada ou pano limpo;
• Fixar o tampão com venda ou adesivo.
B – Ferimentos no nariz:
• Manter a vítima quieta e aplicar pressão sobre aquele lado do nariz;
• Colocar gelo sobre o local e compressas frias na fronte.
C – Lesões no tórax:
• Colocar sobre o ferimento um chumaço de pano ou a própria mão para
impedir a penetração ou saída de ar pelo ferimento. Se piorar, solte uma
das extremidades do curativo;
• Procurar socorro médico com urgência.
D – Ferimentos no Abdome:
• Quando houver saídas de alças intestinais ou outros órgãos, cobrir
com toalha limpa ou umedecida e transportar rapidamente ao hospital.

50
E – Ferimentos na Cabeça:
• Se o paciente estiver inconsciente ou agitado, deitá-lo de costas, facilitar
sua respiração, afrouxar suas roupas e procurar socorro médico urgente.

CONTUSÕES
Quando o local do ferimento fica arroxeado, é sinal de que houve
hemorragia por baixo. Aplicar compressas frias ou gelo até diminuir a dor
ou o inchaço. Posteriormente podem ser aplicadas compressas mornas
para facilitar a cura.

HEMORRAGIAS
Hemorragias ou sangramentos significam a mesma coisa. Ou seja, sangue
que escapa de vasos sanguíneos. A hemorragia poderá ser interna ou externa.

Hemorragia externa
Ocorre devido a ferimentos abertos e é facilmente reconhecida. Tipos:
Arterial, Venosa e Capilar.

Tratamento pré-hospitalar das hemorragias externas


1. Pressão direta sobre a lesão: com as mãos ou bandagem, gaze, ou
outro material, executar pressão direta sobre a área lesada. Se a gaze
estiver saturada de sangue e a hemorragia persistir, não a remova.
Aplique outra sobre a primeira e exerça maior pressão.

2. Pressão dos pontos arteriais: está indicado quando os métodos


anteriores não puderem ser utilizados imediatamente.

51
A técnica de compressão de pontos arteriais,
deve ser aplicada somente quando a pressão
direta e a elevação dos membros não forem
suficientes para deter o sangramento. Não
utilizar esta técnica quando houver suspeita de
fraturas no local de compressão.

3. Elevação: quando possível, em membros,


elevar a área lesada acima do nível do
coração. É muito eficiente a associação da
pressão direta sobre a lesão com a elevação.
Obs: ferimentos acompanhados de possível
lesão óssea ou articular não devem ser
elevados ou movimentados.

4. Imobilização: importante técnica coadjuvante para todos os casos. Não


se deve permitir a movimentação da área lesada. Um músculo lesado
apresenta espasmos musculares que, por sua vez, causam contrações
nos vasos lesados, impedindo ou retardando a formação de coágulo e
aumentando a velocidade da perda sanguínea, agravando a hemorragia.
A imobilização reduz espasmos musculares, sendo fundamental para que
não se aumentem as lesões dos tecidos vizinhos e a hemorragia.

Hemorragia Interna
Geralmente não é visível, porém é bastante grave, pois pode provocar
choque e levar a vítima à morte.

Tratamento pré-hospitalar das hemorragias internas:


• Abrir vias aéreas e vigiar respiração e circulação;
• Tratar o choque conforme o seu protocolo;
• Afrouxar roupa apertada;
• Estar preparado para o vômito;

52
• Não dar nada de comer ou beber;
• Administrar o oxigênio;
• Transportar a vítima;
• Informar a suspeita de hemorragia interna.

QUEIMADURAS
Queimadura é uma lesão produzida nos tecidos de revestimento
do organismo e causada por agentes térmicos, produtos químicos,
eletricidade, radiação, etc.
A queimadura pode ser a mais simples lesão da pele, como também
pode envolver estruturas abaixo da pele, incluindo músculos, ossos,
nervos e vasos sanguíneos. A queimadura pode lesar os olhos
provocando cegueira, pode danificar as estruturas do sistema
respiratório, produzindo obstrução de vias aéreas, falência respiratória
e parada respiratória. Em adição aos danos físicos causados pelas
queimaduras, associam-se os problemas emocionais e psicológicos
que perduram muito tempo após o acidente. As queimaduras são
classificadas de acordo com a profundidade.

epiderme

derme

hipoderme

1º grau 3º grau

2º grau

53
Tratamento – Queimaduras térmicas
Utilize as precauções universais durante o atendimento:
1. Remover a vítima do local de risco;
2. Interromper a ação do agente lesivo. Em caso de chama nas vestes,
utilize métodos de abafamento ou resfriamento;
3. Interromper a reação do calor banhando o local com água fria ou
soro fisiológico;
4. Inicie e complete a avaliação primária;
5. Observe na boca e nariz a presença de fuligem depositada, pelos
nasais queimados;
6. Observe a presença de queimaduras na face;
7. Remover as vestes com delicadeza, sem arrancá-las, cortando-as
com tesoura;
8. Tecidos que estejam aderidos devem ser mantidos no local;
9. Efetuar curativo com plástico estéril ou compressa de gaze;
10. Se em membros, remover imediatamente qualquer tipo de adorno;
11. Se envolver mãos e pés, separar os dedos com pequenos rolos de gaze
umedecidas em água ou soro fisiológico antes de cobri-los;
12. Cobrir o local com plástico estéril ou compressas de gazes estéreis secas;
13. Se a lesão for nos olhos, não tentar abri-los se estiverem queimados,
exceto nas queimaduras químicas. Cobrir ambos os olhos com
compressas estéreis umidificadas com soro fisiológico ou água limpa,
para prevenir movimentação dos olhos lesados;
14. Avaliar as regiões queimadas estabelecendo a classificação de
acordo com a profundidade e extensão;

54
15. Na lesão de extremidades, transportar o paciente com o membro
afetado elevado;
16. Previna o estado de choque;
17. Transporte imediatamente ao hospital ou aguarde a chegada do SEM
– Serviço de Emergências Médicas.

Queimaduras Químicas
Abra e banhe o local com água fria para remover o máximo de produto
possível. Evite que o produto atinja o olho não afetado.
1. Remover a vítima do local de risco;
2. Identificar o agente agressor;
3. Retirar vestes contaminadas com o produto químico;

4. Lavar com água em abundância o local atingido durante o tempo


necessário para remover o máximo possível o agente agressor;
5. Se o produto for seco (granulado ou em pó), retirar manualmente sem
friccionar com pano ou escova. Em seguida lavar o local com água corrente;
6. Se em membro, remover imediatamente adornos;
7. Cobrir o local com gaze estéril seca.

55
Tratamentos – Queimaduras elétricas
1. Acionar o Corpo de Bombeiros;
2. Afastar a fonte elétrica da vítima;
3. Verificar se a energia foi cortada antes de abordar a vítima;
4. Utilizar proteção individual especifica para risco elétrico;
5. Realizar a avaliação primária da vítima;
6. Liberar as vias aéreas e estabilizar a coluna cervical;
7. Se houver necessidade, iniciar e manter a RPC;
8. Faça curativo oclusivo nos pontos de entrada e saída com gaze estéril seca;
9. Trate os demais ferimentos de acordo com a técnica específica;
10. Aguardar o socorro emergencial ou transporte a vítima
imediatamente ao hospital;
11. Previna o estado de choque.

Recomendações Gerais para tratamento de queimaduras


1. Não utilize compressas com álcool sobre qualquer tipo de queimadura;
2. Não dê líquidos para a vítima ingerir em nenhuma circunstância;
3. Nas queimaduras na boca, se houver colaboração da vítima, peça que a
mesma bocheche água fria várias vezes, sem ingeri-la;
4. Nunca aplique gelo ou água gelada sobre a queimadura;
5. Não passe qualquer produto químico sobre uma área queimada:
pomadas, cremes, vaselina, etc.;
6. Nunca perfure as bolhas no atendimento pré-hospitalar;
7. Nas queimaduras que acometam os olhos, sempre cubra os dois olhos
com curativo oclusivo.

56
TRANSPORTE
A movimentação ou o transporte de um acidentado ou doente deve
ser feito com cuidado, a fim de não complicar as lesões existentes.

Antes de providenciar a remoção da vítima


• Controle a hemorragia;
• Mantenha o paciente deitado e calmo;
• Imobilize todos os pontos suspeitos de fratura;
• Evite ou controle o estado de choque.

A maca é o melhor meio de transporte


Pode-se fazer uma boa maca abotoando-se duas camisas ou um
paletó em duas varas ou bastões resistentes ou enrolando um
cobertor, dobrado em três, em volta dos tubos de ferro ou bastões.
Ou ainda, usando uma tábua larga.

Como levar a vítima com segurança


Se o ferido tiver de ser levado antes de um
exame para verificação das lesões, cada
parte de seu corpo deverá ser apoiada.
O corpo tem de ser mantido sempre em
linha reta, não devendo ser curvado.

57
Como puxar a vítima para um local seguro
Puxe a vítima pela direção da cabeça ou pelos
pés. Nunca pelos lados. Tenha cuidado de
certificar-se de que a cabeça está protegida.

Como transportar a vítima


Ao remover um ferido para um local onde não possa ser usada a maca,
adote o método de uma, duas ou três pessoas para o transporte da
vítima, dependendo do tipo e da gravidade da lesão, da ajuda disponível
e do local (escadas, paredes, passagens estreitas, etc.)

Os métodos que empregam um ou dois socorristas são ideais


para transportar uma pessoa que esteja inconsciente devido a
afogamento ou asfixia. Todavia,
não servem para carregar um ferido
com suspeitas de fraturas ou outras
lesões graves. Em tais casos, use o
método de três socorristas.

Empregue um dos métodos abaixo conforme o caso.

58
O transporte de acidentados em veículos (ambulância ou carros)
também merecem cuidados:
• Oriente o motorista quanto a freadas bruscas e balanços contínuos que
poderão agravar o estado da vítima;
• Lembre-se de que o excesso de velocidade, longe de apressar o
salvamento do acidentado, poderá causar novas vítimas.

CONVULSÃO
Definição: contração involuntária da musculatura, provocando
movimentos desordenados com ou sem perda da consciência.
Conduta
1. Proteja a vítima de quedas e coloque-a em um lugar confortável;
2. Desaperte a roupa;
3. Afaste os objetos próximos para que não se machuque;
4. Nunca impeça os movimentos da vítima e não coloque o dedo em sua boca;
5. Apoiar e proteger a cabeça da vítima;
6. Ao terminar os espasmos acomode a vítima de forma confortável;
7. Procure socorro médico.

59
DESMAIO
Definição: Perda súbita e temporária da consciência.
Causas
• Hipoglicemia (jejum prolongado); • Fadiga;
• Tensão emocional; • Debilidade orgânica.
Sintomas
• Palidez acentuada;
• Suor abundante;
• Pulso e respiração geralmente fracos;
• Náuseas;
• Zumbido no ouvido;
• Escurecimento da visão.
Conduta
• Deite a pessoa de costas com a cabeça baixa;
• Desaperte a roupa;
• Aplique panos frios na testa;
• Se o estado de inconsciência perdurar, procure socorro médico.
Obs.: Se a pessoa vai desfalecer, baixe a cabeça da mesma ou sente-a
para a frente com a cabeça entre as pernas, mais baixa que os joelhos e
faça-a respirar profundamente.

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ANOTAÇÕES

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ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES

63
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES

65
ANOTAÇÕES
Unidade Mogi das Cruzes

5687. 2281
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Unidade São Lourenço da Serra

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