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DOUGLAS TRENTO
Técnica de Segurança do Trabalho
1 - Introdução
O Curso de Formação de Brigadista, visa
fornecer informações aos participantes para atuarem
na prevenção e no combate ao princípio de incêndio,
abandono de áreas e primeiros socorros, visando, em
caso de sinistro, proteger a vida e o patrimônio,
reduzir as consequências sociais do sinistro e os
danos ao meio ambiente.
O responsável pela brigada de incêndio da planta
deve planejar e implantar a brigada de incêndio, bem
como monitorar e analisar criticamente o seu
funcionamento, de forma a atender aos objetivos da
legislação vigente.
O responsável pela ocupação da planta deve
arquivar os documentos que comprovem o
funcionamento da brigada de incêndio, por um período
mínimo de cinco anos.
2 – Aspectos legais
LEGISLAÇÃO
NR 23 do Ministério do Trabalho.
Lei Estadual 8.399/05 – Lei de Segurança
Contra Incêndio e Pânico (LSCIP).
NTCB Nº 39/06 e/ou 34/17– Cadastro e
Credenciamento de Pessoas.
ABNT NBR 14276:2006 – Brigada de Incêndio.
ABNT NBR 14277:2005 – Instalações e
Equipamentos para Treinamento.
ABNT NBR 15219:2005 – Plano de Emergência.
NR 23
Permanecer na edificação.
Possuir boa condição física e boa saúde.
Possuir bom conhecimento das instalações.
Ter mais de 18 anos.
Ser alfabetizado.
Ações de prevenção:
Conhecer o plano de emergência.
Avaliar os riscos.
Inspecionar equipamentos de incêndio e primeiros socorros.
Inspecionar rotas de fuga.
Elaborar relatório das irregularidades e encaminhar ao setor
competente.
Orientar a população fixa e flutuante.
Participar dos simulados.
Líquido Gasoso
Sólido
OXIGÊNIO
(Comburente)
É oxigênio (comburente) que em proporções
adequadas, combina com o material combustível, dando inicio
ao fogo.
PONTO DE FULGOR
Gasolina - 42º C
Álcool 14.9º C
Querosene 38º C
Acetona - 17.7º C
Óleo Diesel 66º C
Óleo Lubrificante 168º C
CALOR
Classe A
Assim identificado o fogo em materiais sólidos
comuns, como madeira, papel, tecido e borracha.
Deixa como resíduos cinzas e brasas. O método mais
comum para extingui-lo costumava ser o resfriamento
por água. Novas tecnologias utilizam o pó ABC para o
combate de incêndio classe A.
Incêndio Classe B:
Classe B
Ocorre quando a queima acontece em líquidos
inflamáveis, graxas e gases combustíveis. Não deixa
resíduos. Para extingui-lo, você pode abafar, quebrar
a reação em cadeia ou ainda promover o
resfriamento.
Incêndio Classe C:
Conceito: é o incêndio que ocorre envolvendo
os equipamentos ou instalações elétricas
energizadas, ou seja ligadas à corrente elétrica. Por
exemplo, o curto-circuito num aparelho elétrico.
Classe C
É a classe de incêndio em equipamentos elétricos
energizados. A extinção deve ser feita por agente
extintor que não conduza eletricidade. É importante
lembrar que a maioria dos incêndios classe C, uma
vez eliminado o risco de choques elétricos, torna-se
um incêndio classe A.
Incêndio Classe D:
Conceito: é uma classe especial de incêndio,
pouco comum, a não ser na indústria e que resulta da
combustão de metais alcalinos, tais como liga de
magnésio, sódio, urânio, titânio etc.
Classe D
É a classe de incêndio em que o combustível
são metais pirofóricos, como magnésio,
selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio
fragmentado, zinco, titânio, sódio, urânio e
zircônio. Queima em altas temperaturas. Para
apagá-lo, você necessita de pós especiais, que
separam o incêndio do ar atmosférico pelo
abafamento.
Incêndio Classe K:
Classe K
A norma americana, NFPA, prevê incêndios
Classe K, que representam a queima de óleos e gorduras
de cozinha.
PQS Espuma
Água Extintor
sobre rodas
CO²
Extintores
DEFINIÇÃO
DEFINIÇÃO
Aparelhos Portáteis de prevenção, destinados a dar combate a princípio
de incêndio por injeção de substância extintora.
FINALIDADE
FINALIDADE
VANTAGENS
• PEQUENO PORTE
• FÁCIL MANUSEIO
• CUSTO RAZOÁVEL
• FÁCIL LOCALIZAÇÃO
Extintor de Água
O extintor de água é eficiente no combate ao fogo em
madeira, algodão, papéis, fibras têxteis, vegetais, (combustível
sólido/ incêndio classe A), devido ao poder de absorção do
calor e penetração da água no corpo incendiado.
RESFRIAMENTO
CLASSE A : SIM
CLASSE B : NÃO
CLASSE C :: NÃO
CLASSE D : NÃO
Extintor de PQS - BC
ABAFAMENTO
CLASSE A: NÃO
CLASSE B: SIM
CLASSE C: : SIM
CLASSE D: NÃO
Extintor de CO²
O extintor de Gás Carbônico, por conter um agente não
condutor de corrente elétrica, é eficiente no combate ao fogo e
instalações e equipamentos elétricos, além de não deixar
resíduos. Apresenta um bom resultado também no caso de
líquidos inflamáveis, mas é ineficiente no caso de combustíveis
sólidos (papel, madeira, borracha, fibras, etc).
ABAFAMENTO
E RESFRIAMENTO
CLASSE A: NÃO
CLASSE B: REGULAR
CLASSE C: SIM
CLASSE D: NÃO
Extintor de Espuma Mecânica
ABAFAMENTO
E RESFRIAMENTO
CLASSE A: SIM
CLASSE B: SIM
CLASSE C: NÃO
CLASSE D: NÃO
Extintor Classe D
Extintor portátil com 09 kg de pó classe D, a base de
Cloreto de Sódio. Fabricado em aço carbono, com pintura
diferenciada amarela e rotulação em vinil.
Características:
Cilindro fabricado em aço carbono no cor amarela.
Mangote de descarga de grande comprimento,
proporcionando maior segurança ao operador
quanto a irradiação do calor e inalação de gases
tóxicos queimados.
Aplicador de descarga montado em ângulo de 45º
para facilitar a deposição, num fluxo lento e
controlado.
Agente a base de sal de Cloreto de Sódio.
Proporciona o isolamento e resfriamento do
combustível.
Extintor classe K
Extintor portátil com 06 litros de solução aquosa de
Acetato de Potássio. Fabricado em aço inoxidável polido e
rotulação adesiva.
Características:
Cilindro fabricado em aço inoxidável polido.
Mangote de descarga de pequeno comprimento, para
facilitar o manuseio em espaços pequenos e cozinhas
de área reduzida.
Bico de descarga montado em ângulo de 45º para
facilitar a aplicação.
Válvula em latão cromado, com cabo e gatilho em aço
inoxidável.
Proporciona melhor visibilidade durante o combate.
Minimiza o “espalhamento” do perigo.
Limpeza e remoção mais fácil que os agentes tipo Pós
Extintores.
Agente de baixo PH, não ataca o aço inoxidável.
Informações Adicionais dos Extintores
Todo extintor deverá possuir colado ao cilindro:
Rótulo de identificação
com informações sobre as
classes de incêndio para as quais
o extintor é indicado e instruções
de uso.
Selo – INMETRO
FÁCIL VISIBILIDADE
ALTURA DE FIXAÇÃO
MÁXIMA: 160 cm
MÍNIMO: 20 cm
A obstrução dos
extintores além de
ser ilegal, atrapalha a
sua utilização com
eficiência.
Cuidados com Extintores
INSPEÇÕES MENSALMENTE
ANUALMENTE OU
SEMPRE QUE VERIFICAR
MANUTENÇÃO ANOMALIAS DURANTE
AS INSPEÇÕES
ANUALMENTE OU
RECARGA QUANDO UTILIZADO
Dirija o jato do extintor para a base das chamas. Atente para “varrer”,
devagar, toda a superfície da base das chamas tendo o cuidado de agir
sempre no sentido do vento.
IMPORTANTE
Se você não dispuser de extintor de CO2 ou Pó Químico, utilize água na
extinção de incêndio, mas não esqueça: DESLIGUE a corrente elétrica.
ISOLAMENTO
O aparelho autônomo de ar
comprimido consiste de um cilindro
montado num suporte , fixado por
meio de duas cintas metálicas de
rápida abertura. O suporte é
transportado pelo brigadista,
utilizando-se uma alça em cada ombro
e um cinto ajustável na altura do
abdómen.
Limpeza e higienização
Após cada utilização, os aparelhos autônomos de ar
respirável devem ser limpos e higienizados.
Para a limpeza da máscaras facial o procedimento é
o seguinte:
a) desmontar a peça facial, removendo o diafragma de voz,
membrana das válvulas, válvula de demanda e qualquer outro
componente recomendado pelo fabricante.
b) lavar a cobertura das vias respiratórias com solução aquosa
de detergente para limpeza normal a 43°C, ou com solução
recomendada pelo fabricante. Usar somente escova macia para
remover sujeira.
c) enxaguar com água morna limpa (no máximo 43°C) e
preferencialmente água corrente.
d) quando o detergente não contém agente desinfetante, os
componentes da máscara devem ficar por 2 minutos numa
solução de 50 ppm de cloro. Ela é obtida pela mistura de 1 ml de
água sanitária em 1 litro de água a 43°C.
e) enxaguar bem os componentes em água morna (43°C),
preferencialmente água corrente, e deixar a água escorrer. O enxague
evita dermatite pela ação do desinfetante e evita a deterioração da
borracha.
f) os componentes devem ser secos manualmente com o auxílio de um
pano de algodão seco, que não solte fios.
g) montar novamente a peça facial e recolocar os componentes
desmontados.
h) verificar se todos os componentes estão funcionando
perfeitamente. Substituí-los, se necessário.
11 – Equipamento de combate
a incêndio – II
Hidrante
São dispositivos conectados à canalização hidráulica da
edificação, composto de um registro globo com adaptador,
permitindo, aos próprios moradores, o fornecimento de água, se
necessário, para combate a incêndio, através do acoplamento
de mangueiras de incêndio.
Utilização
Recomendações
Manutenção
O sistema deverá ser inspecionado regularmente por
pessoas qualificadas, e quando necessário contratar um técnico
ou uma empresa especializada para fazer as manutenções.
12 – Equipamentos diversos
Equipamentos de detecção, alarme e iluminação
Luminária
emergência
Gerador emergência
Grupo gerador: na falta de energia elétrica por parte da
companhia elétrica, entra em funcionamento o moto-gerador
passando, automaticamente, a alimentar as instalações vitais ao
funcionamento e à segurança da edificação e de seus
ocupantes. Entre esses equipamentos estão alguma luminárias
do sistema de iluminação normal, distribuídas,
estrategicamente, por todos os pavimentos. O inconveniente
desse sistema é a possibilidade de ocorrência de pânico e
acidentes durante o período de tempo decorrido desde a
interrupção do fornecimento de energia até o reacendimento
das luminária alimentadas pelo gerador da edificação que é em
média de 8 segundos.
Luminárias de emergência
Confeccionada em chapa
de aço galvanizado com núcleo
isolante (manta de fibra),
material de alta resistência ao
fogo, tem como característica,
vedar totalmente a passagem
de calor, fumaça e gases
tóxicos para o interior da
escada enclausurada.
Uma porta fica instalada na antecâmara, evitando a
passagem do fogo para o seu interior. O duto de ventilação
dissipa os gases e evita a intoxicação das pessoas. A outra
porta protege o corredor da escada de segurança.
Recomendações:
As portas cortas-fogo e
escada com corrimões
arredondados e faixas
antiderrapantes são submetidos
a testes.
Foram classificadas de
acordo com as normas da
ABNT. Sendo que, nas escadas
enclausuradas dos edifícios
residenciais e comerciais, são
utilizadas, respectivamente, as
denominadas P-60 e P-90
(minutos de resistência ao
fogo).
As portas corta-fogo abrem-se de fora par dentro
(sentido de fuga) exceto a última, chamada de descarga, que
abre no sentido contrário, ou seja, de dentro para fora. As
portas devem ser providas de molas hidráulicas de modo a
permanecer sempre fechadas, NUNCA TRANCADAS com
cadeados, fechaduras, etc.
Verifique se nas portas corta-fogo do seu edifício estão
afixados os selos de marca de conformidade ABNT. Esta é a
indicação de que elas foram construídas de acordo com as
normas de padrão (qualidade) da ABNT.
Todas as portas devem ser sinalizadas com “SAÍDA DE
EMERGÊNCIA”.
Atualmente, encontramos portas corta-fogo que dispõem
de um barramento instalado horizontalmente (barra anti-pânico)
na porta que as mantêm sempre fechadas, sendo
automaticamente abertas, ao acionar esse dispositivo.
Procedimento para abandono da edificação
Admitindo-se que não foi possível extinguir o fogo, nem
mesmo controla-lo a fim de evitar a sua propagação, abandone
o local. Siga o que contém no Planto de Abandono da
edificação.
Trate de sair pelas portas principais ou de emergência de
maneira rápida, sem gritos, em ordem, sem correrias,
sempre seguindo a sinalização do prédio.
Emergência:
Situação crítica, acontecimento perigoso ou fortuito,
incidente, casos de urgência, como prestar atendimento de
primeiros socorros ou combate a incêndio.
Situação que exige providências inadiáveis.
Diz-se de uma situação que exige cuidados imediatos,
podendo não estar em situação iminente de morte.
A psicologia das emergências estuda o comportamento
das pessoas nos incidentes críticos, acidentes e desastres,
desde uma ação preventiva até o pós-trauma e, se for o caso,
subsidia intervenções de compreensão, apoio e superação do
trauma psicológico às vítimas e aos profissionais (brigadistas).
O imprevisível incomoda, desequilibra
e silencia a onipotência de todo ser humano.
Viver uma situação-limite pode fragilizar ou,
também, pode ser um momento para
fortalecer e fazer com que a pessoa veja a
vida com outros olhos, com outro corpo,
muitas vezes, o que propicia a aquisição de
valores, até então, desconhecidos no projeto
de vida e, portanto, na construção diária da
cidadania.
Angústia
Embora os códigos de
segurança atuais reflitam uma
compreensão mais profunda do
comportamento humano em
emergência, ainda existem
vários mitos sobre como iremos
nos comportar quando
ameaçados
Principais Comportamento Humano em Emergência
1 – Lutar ou fugir
O uso do termo lutar ou
fugir para descrever o
comportamento animal em
situação de ameaça foi cunhado
em 1915. Atualmente, é
bastante difundido o conceito de
que os seres humanos, quando
exposto a situações de medo ou
estresse extremo, irão de modo
imediato “lutar ou fugir”, isto é,
irão enfrentar a situação
diretamente ou tomar uma ação
evasiva.
2 – Pânico
Embora raro, o pânico (agir de
forma antissocial e egoísta) ainda
pode existir em algumas situações.
Pesquisadores americanos,
concluíram que para a existência de
pânico são necessárias três
condições: as pessoas devem ter a
sensação que estão sendo
aprisionadas, dever ter uma grande
sensação de impotência e um
profundo isolamento. A sensação ou
ameaça de aprisionamento é mais
relevante que a certeza ou crença que
não há saída, quando o pânico não
costuma ocorrer.
3 – Afiliação
Um comportamento
comumente encontrado em
emergências – e muito diferente
do pânico – é a afiliação. Isto é,
quando ameaçados, somos
motivados a procurar pelo familiar
ao invés de simplesmente evadir.
4 – Viés de normalidade
Quando expostos a
sinais da existência de uma
emergência, como alarmes,
fumaça e ruídos, nós temos a
tendência de acreditar que tudo
está bem porque, antes daquele
momento, quase sempre a
situação esteve realmente bem.
Esta tendência é conhecida
como viés da normalidade.
5 – Dependentes
Machado brigadista/
bombeiro
Ferramenta
arrombamento
Ferramenta de
arrombamento/ Hooligan
Ferramenta para cortes
Torre de iluminação
Torre de iluminação
17 – Sistema de controle de
incidentes
Sistema de controle de incidentes.
Sistema de Comando de Incidentes (SCI) é a combinação de
instalações, equipamentos, pessoal, procedimentos, protocolos e
comunicações, operando em uma estrutura organizacional comum, com a
responsabilidade de administrar os recursos designados para alcançar
efetivamente o objetivo comum de estabilizar uma situação crítica e proteger
vidas, propriedades e meio ambiente.
Instalações