Você está na página 1de 212

TRENTO SEGURANÇA DO TRABALHO

CREDENCIADA NO CORPO DE BOMBEIRO


MILITAR DO ESTADO DO MATO-GROSSO
SOB:N°CBM-PRO-2022/07974
Curso de Formação de Brigadista
(Nível 1)
Informações Importantes

1 – Apresentação do instrutor/ empresa.


2 – Lista de presença/ frequência em curso/ certificado.
3 – Situações de emergência.
4 – Saída de emergência.
5 – Horário.
6 – Intervalos.

DOUGLAS TRENTO
Técnica de Segurança do Trabalho
1 - Introdução
O Curso de Formação de Brigadista, visa
fornecer informações aos participantes para atuarem
na prevenção e no combate ao princípio de incêndio,
abandono de áreas e primeiros socorros, visando, em
caso de sinistro, proteger a vida e o patrimônio,
reduzir as consequências sociais do sinistro e os
danos ao meio ambiente.
O responsável pela brigada de incêndio da planta
deve planejar e implantar a brigada de incêndio, bem
como monitorar e analisar criticamente o seu
funcionamento, de forma a atender aos objetivos da
legislação vigente.
O responsável pela ocupação da planta deve
arquivar os documentos que comprovem o
funcionamento da brigada de incêndio, por um período
mínimo de cinco anos.
2 – Aspectos legais
LEGISLAÇÃO

 NR 23 do Ministério do Trabalho.
 Lei Estadual 8.399/05 – Lei de Segurança
Contra Incêndio e Pânico (LSCIP).
 NTCB Nº 39/06 e/ou 34/17– Cadastro e
Credenciamento de Pessoas.
 ABNT NBR 14276:2006 – Brigada de Incêndio.
 ABNT NBR 14277:2005 – Instalações e
Equipamentos para Treinamento.
 ABNT NBR 15219:2005 – Plano de Emergência.
NR 23

Todos os empregadores devem adotar


medidas de prevenção de incêndios, em
conformidade com a legislação estadual e as
normas técnicas aplicáveis.
LSCIP Nº 8.399/05

Art. 9, §1º - As edificações, instalações e


locais de risco somente poderão ser habitados ou
entrarem em funcionamento mediante liberação do
Alvará de Prevenção Contra Incêndio e Pânico.
Art .39 – As empresas públicas e privadas
deverão possuir brigada de incêndio, treinado em
curso regulamentado pelo Corpo de Bombeiros
Militar, ministrado por empresa credenciada no
Corpo de Bombeiros Militar.
NBR 14276
NBR 14276
Critérios para seleção dos Brigadistas:

 Permanecer na edificação.
 Possuir boa condição física e boa saúde.
 Possuir bom conhecimento das instalações.
 Ter mais de 18 anos.
 Ser alfabetizado.

Validade do treinamento: 12 meses


NBR 14276
Atribuições dos brigadistas

Ações de prevenção:
 Conhecer o plano de emergência.
 Avaliar os riscos.
 Inspecionar equipamentos de incêndio e primeiros socorros.
 Inspecionar rotas de fuga.
 Elaborar relatório das irregularidades e encaminhar ao setor
competente.
 Orientar a população fixa e flutuante.
 Participar dos simulados.

Ações de emergência: Aplicar procedimentos estabelecidos no


Plano de Emergência até o esgotamento dos recursos.
NBR 14276

Os brigadistas devem utilizar constantemente, em lugar visível,


uma identificação que o identifique como membro da Brigada de
Incêndio.
Deve ser disponibilizado a cada brigadista EPI conforme NR 06
da Portaria 3214/78.
Deve ser estabelecido um sistema de comunicação entre os
brigadistas.
Ordem de abandono: O responsável máximo da brigada
determina o início do abandono.
Deve ser estabelecidos um ou mais Pontos de Encontro para os
Brigadistas.
NBR 14.276
Recomendações gerais para população da planta:

 Acatar as orientações dos brigadistas.


 Manter a calma.
 Caminhar em ordem, sem atropelos.
 Permanecer em silêncio.
 Pessoas em pânico: se não puder acalmá-las, deve-se evitá-las. Avise um brigadista.
 Nunca voltar para apanhar objetos.
 Ao sair de um lugar fechar as portas e janelas, sem tranca-las.
 Não se afastar dos outros e não parar nos andares.
 Levar consigo os visitantes que estiverem em seu local de trabalho.
 Ao sentir cheiro de gás não acender ou apagar as luzes.
 Deixar a rua e as entradas livres para a equipe de bombeiros e socorro médico.
 Encaminhar ao ponto de encontro e aguardar instruções.

Em locais com mais de um pavimento:

 Nunca utilizar o elevador, salvo por orientação da brigada.


 Descer ao nível da rua e não subir.
 Ao utilizar as escadas, ao se deparar com a equipe de socorro, dar passagem pelo lado interno da escada.
NBR 14.276
Em situações extremas:

 Evitar tirar a roupa e se possível molha-las.


 Se houver a necessidade de atravessar um barreira de
fogo, molhar todo o corpo, roupas, sapato e cabelo.
 Proteger a respiração com um lenço molhado e manter-
se sempre o mais próximo do chão.
 Antes de abrir uma portar verificar antes se não está
quente.
 Se ficar preso em um ambiente, aproximar-se das
aberturas externas e tentar de alguma maneira informar
sua localização.
 Nunca saltar.
NBR 15.219

 Elaboração do Plano de Emergência (PAE).


 Implantação do PAE.
 Divulgação e treinamento.
 Exercícios Simulados.
 Procedimentos Básicos na Emergência Contra Incêndio (Anexo
B).
 Reunião ordinária (mensal).
 Reunião extraordinária.
 Revisão do PAE.
 Auditoria.
3 – Teoria do fogo
FOGO

O fogo é utilizado pelo ser humano há milhares de


anos que, ao longo do tempo, o incorporou à sua vida
como algo necessário para o dia a dia, em ações como
aquecimento de alimentos e do ambiente, industrialização
de equipamentos.
FOGO

O que é necessário para que haja fogo?


COMBUSTÍVEL

Material ou substância que possui a propriedade


de queimar.

Apresentam-se em três estados:

Líquido Gasoso
Sólido
OXIGÊNIO
(Comburente)
É oxigênio (comburente) que em proporções
adequadas, combina com o material combustível, dando inicio
ao fogo.

Na concentração de 15% de oxigênio no


ambiente, ocorre a extinção das chamas.
CALOR

Calor é a transferência de energia devido a


uma diferença de temperatura.

É o elemento que proporciona a reação entre o


combustível e o comburente.

Praticamente todos os corpos quando


submetidos à ação do calor, não sendo gasosos, terão
que se gaseificar para assim poderem reagir com o
oxigênio do ar e se queimar.
CALOR
(Pontos da Temperatura)

PONTO DE FULGOR

É a temperatura mínima, na qual um corpo


começa a desprender vapores que se inflamam
em contato com uma chama. Afastada a chama,
o fogo se apaga devido à insuficiência na
quantidade de vapores.
CALOR

PONTO DE FULGOR DE ALGUNS COMBUSTÍVEIS

Gasolina - 42º C
Álcool 14.9º C
Querosene 38º C
Acetona - 17.7º C
Óleo Diesel 66º C
Óleo Lubrificante 168º C
CALOR

PONTO DE COMBUSTÃO OU INFLAMAÇÃO

É a temperatura mínima, na qual vapores


de combustível se formam com rapidez e em
quantidade suficiente para sustentar a queima,
bastando para isso que entre em contato com
uma fonte de ignição.
CALOR

PONTO OU TEMPERATURA DE IGNIÇÃO

É a temperatura mínima, na qual os gases


ou vapores desprendidos de um corpo
combustível entram em combustão apenas pelo
contato com o oxigênio do ar, portanto
independentemente de contato com uma fonte
de ignição.
4 – Propagação do fogo
FORMAS DE TRANSMISSÃO DO
CALOR
CONDUÇÃO
É transmissão do calor que ocorre de uma
fonte para um corpo, através de um material que
seja um bom condutor de calor.
Se pegarmos um pedaço de ferro e
segurarmos numa das pontas com a mão e
colocarmos a outra ponta em contato com uma
fonte de calor, vamos perceber após alguns
segundo que todo o ferro está quente, indo
aquecer consequentemente a nossa mão, e se ao
invés de nossa mão, tivesse tendo contato com
outro combustível qualquer, este iria queimar.
CONDUÇÃO
CONVECÇÃO

É a transmissão do calor através do ar e dos


líquidos, ocorre devido ao fato de o ar como os
líquidos podem ser aquecidos quando em contato
com o fogo. O ar quente sempre sobe e leva
consigo o calor que poderá entrar em contato com
o combustível e propagar o fogo.
CONVECÇÃO
RADIAÇÃO TÉRMICA

É a transmissão de calor através de raios e


ondas que ocorrem em espaços vazios. Um
exemplo diário deste fenômeno é o calor do sol
(fonte) irradiado através do espaço até a terra
(corpo); e como o caso do sol, existem inúmeras
outras formas de irradiação que poderão
contribuir para a propagação do fogo.
RADIAÇÃO TÉRMICA
INCÊNDIO

Incêndio é o fogo que foge ao controle do homem,


queimando tudo aquilo que a ele não é destinado
queimar.
PROPORÇÕES DOS INCÊNDIOS

São aqueles que envolvem uma peça de


Princípios vestuário, uma peça de mobiliário, um motor, etc.
de Este tipo de princípio de incêndio pode ser
Incêndio apagado pôr um extintor ou outro meio qualquer.
Exemplo: Terra, areia, água etc.

São os que envolvem um cômodo, um


Pequenos compartimento inteiro, etc.
Incêndios Os quais exigem maior quantidade de agente
extintor e tempo.
PROPORÇÕES DOS INCÊNDIOS

São aqueles que envolvem um andar, uma


Médios residência, uma pequena oficina, etc.

São os que envolvem um edifício inteiro,


Grandes
grandes barracões, uma indústria, grandes
Incêndios lojas, depósitos de inflamáveis etc.

São os que envolvem diversas indústrias,


Extraordinários diversos quarteirões, até muitas vezes a
cidade inteira, reservas de matos, etc.
5 – Classes de incêndio
CLASSES DE INCÊNDIOS

O incêndio se caracteriza pelo tipo de material em


combustão e pelo estágio em que se encontra.

Há cinco classes de incêndio, identificadas pelas letras A, B,


C, D e K.
Incêndio Classe A:
Conceito: é o incêndio que ocorre em materiais
combustíveis sólidos, tais como: papel, madeira, tecido,
fibra e borracha, e sua queima ocorre, em toda
extensão do corpo incendiado e em profundidade.

Resumindo: podemos dizer que todo combustível


sólido que nos cerca, tais como sofás, armários,
aparelhos eletrodomésticos, fogão. Tudo que é
suscetível de pegar fogo é considerado Classe “A”.
Incêndio Classe A:

Classe A
Assim identificado o fogo em materiais sólidos
comuns, como madeira, papel, tecido e borracha.
Deixa como resíduos cinzas e brasas. O método mais
comum para extingui-lo costumava ser o resfriamento
por água. Novas tecnologias utilizam o pó ABC para o
combate de incêndio classe A.
Incêndio Classe B:

Conceito: é o incêndio que ocorre com os


combustíveis líquidos ou os gases inflamáveis.
Exemplo: derivados do petróleo, gasolina
querosene, solvente, éter, benzina, gás de cozinha,
etc. É caracterizado por não deixar resíduos e
queimar apenas na superfície. Essa é a classe de
incêndio mais perigosa.
Incêndio Classe B:

Classe B
Ocorre quando a queima acontece em líquidos
inflamáveis, graxas e gases combustíveis. Não deixa
resíduos. Para extingui-lo, você pode abafar, quebrar
a reação em cadeia ou ainda promover o
resfriamento.
Incêndio Classe C:
Conceito: é o incêndio que ocorre envolvendo
os equipamentos ou instalações elétricas
energizadas, ou seja ligadas à corrente elétrica. Por
exemplo, o curto-circuito num aparelho elétrico.

Classe C
É a classe de incêndio em equipamentos elétricos
energizados. A extinção deve ser feita por agente
extintor que não conduza eletricidade. É importante
lembrar que a maioria dos incêndios classe C, uma
vez eliminado o risco de choques elétricos, torna-se
um incêndio classe A.
Incêndio Classe D:
Conceito: é uma classe especial de incêndio,
pouco comum, a não ser na indústria e que resulta da
combustão de metais alcalinos, tais como liga de
magnésio, sódio, urânio, titânio etc.
Classe D
É a classe de incêndio em que o combustível
são metais pirofóricos, como magnésio,
selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio
fragmentado, zinco, titânio, sódio, urânio e
zircônio. Queima em altas temperaturas. Para
apagá-lo, você necessita de pós especiais, que
separam o incêndio do ar atmosférico pelo
abafamento.
Incêndio Classe K:

Classe K
A norma americana, NFPA, prevê incêndios
Classe K, que representam a queima de óleos e gorduras
de cozinha.

Os agentes extintores da classe K controlam


rapidamente o fogo, formando uma camada protetora na
superfície em chamas. Possuem efeito de resfriamento
por vapor d'água e de inertização resultante da formação
do vapor. Extinguem o fogo interrompendo a reação
química da combustão.

O combate se faz da mesma forma que os de


Classe B e essa classificação não é adotada
oficialmente no Brasil.
06 – Equipamentos de
combate a incêndio - I
Extintores de incêndio

Os extintores de incêndio são aparelhos metálico, de


utilização imediata, que contém em seu interior um agente
extintor para o combate a princípio de incêndios (o incêndio
em sua fase inicial).
Extintores

PQS Espuma

Água Extintor
sobre rodas
CO²
Extintores

DEFINIÇÃO
DEFINIÇÃO
Aparelhos Portáteis de prevenção, destinados a dar combate a princípio
de incêndio por injeção de substância extintora.

FINALIDADE
FINALIDADE

DEBELAR OS PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO


Extintores

VANTAGENS

• PEQUENO PORTE
• FÁCIL MANUSEIO
• CUSTO RAZOÁVEL
• FÁCIL LOCALIZAÇÃO
Extintor de Água
O extintor de água é eficiente no combate ao fogo em
madeira, algodão, papéis, fibras têxteis, vegetais, (combustível
sólido/ incêndio classe A), devido ao poder de absorção do
calor e penetração da água no corpo incendiado.

RESFRIAMENTO

CLASSE A : SIM
CLASSE B : NÃO
CLASSE C :: NÃO
CLASSE D : NÃO
Extintor de PQS - BC

O extintor carregado com componentes químicos em


pó utilizam como agentes extintores: Bicarbonato de Sódio ou
Bicarbonato de Potássio.

Os extintores de Pó Químico Seco são eficientes para


apagar fogo em líquidos inflamáveis. Pode ser utilizados, com
bons resultados no caso de incêndios em instalações e
aparelhos elétricos, contudo, devido à ação do pó, há
possibilidade de danificá-los.

É ineficiente para o combate ao fogo em combustíveis


sólidos, entretanto, caso não haja extintor de água, ele poderá
ser utilizado.
Extintor de PQS - BC

ABAFAMENTO

CLASSE A: NÃO

CLASSE B: SIM

CLASSE C: : SIM

CLASSE D: NÃO
Extintor de CO²
O extintor de Gás Carbônico, por conter um agente não
condutor de corrente elétrica, é eficiente no combate ao fogo e
instalações e equipamentos elétricos, além de não deixar
resíduos. Apresenta um bom resultado também no caso de
líquidos inflamáveis, mas é ineficiente no caso de combustíveis
sólidos (papel, madeira, borracha, fibras, etc).

ABAFAMENTO
E RESFRIAMENTO

CLASSE A: NÃO
CLASSE B: REGULAR
CLASSE C: SIM
CLASSE D: NÃO
Extintor de Espuma Mecânica

ABAFAMENTO
E RESFRIAMENTO

CLASSE A: SIM

CLASSE B: SIM

CLASSE C: NÃO

CLASSE D: NÃO
Extintor Classe D
Extintor portátil com 09 kg de pó classe D, a base de
Cloreto de Sódio. Fabricado em aço carbono, com pintura
diferenciada amarela e rotulação em vinil.
Características:
 Cilindro fabricado em aço carbono no cor amarela.
 Mangote de descarga de grande comprimento,
proporcionando maior segurança ao operador
quanto a irradiação do calor e inalação de gases
tóxicos queimados.
 Aplicador de descarga montado em ângulo de 45º
para facilitar a deposição, num fluxo lento e
controlado.
 Agente a base de sal de Cloreto de Sódio.
 Proporciona o isolamento e resfriamento do
combustível.
Extintor classe K
Extintor portátil com 06 litros de solução aquosa de
Acetato de Potássio. Fabricado em aço inoxidável polido e
rotulação adesiva.
Características:
 Cilindro fabricado em aço inoxidável polido.
 Mangote de descarga de pequeno comprimento, para
facilitar o manuseio em espaços pequenos e cozinhas
de área reduzida.
 Bico de descarga montado em ângulo de 45º para
facilitar a aplicação.
 Válvula em latão cromado, com cabo e gatilho em aço
inoxidável.
 Proporciona melhor visibilidade durante o combate.
 Minimiza o “espalhamento” do perigo.
 Limpeza e remoção mais fácil que os agentes tipo Pós
Extintores.
 Agente de baixo PH, não ataca o aço inoxidável.
Informações Adicionais dos Extintores
Todo extintor deverá possuir colado ao cilindro:

Rótulo de identificação
com informações sobre as
classes de incêndio para as quais
o extintor é indicado e instruções
de uso.
Selo – INMETRO

Selo de conformidade: indica que o extintor foi fabricado


obedecendo às normas técnicas vigentes. Quando ele é novo
(de fábrica) é de cor vermelha e apresenta inscrições:
Logomarca do INMETRO, nº de série do selo e identificação
do fabricante.
Etiqueta de recarga: informa a data em que foi carregado o
extintor, data da próxima recarga e o número de identificação.
Cores dos anéis de identificação de
manutenção dos extintores

O INMetro, considerando a necessidade de zelar pela segurança dos


consumidores visando à prevenção de acidentes regulamentou, na
Portaria 412/2011, os materiais e cores dos anéis de identificação de
manutenção que devem ser utilizados em cada período de um ano,
nas recargas/manutenções de extintores. Abaixo segue as
especificações que contemplam o período de 2018 até 2025:
Localização e Sinalização

FÁCIL VISIBILIDADE

CONSIDERAÇÕES FÁCIL ACESSO


IMPORTANTES

ALTURA DE FIXAÇÃO
MÁXIMA: 160 cm
MÍNIMO: 20 cm

NOTA: EM PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO O MAIS IMPORTANTE


É A SEGURANÇA, NÃO A BELEZA DO LOCAL.
Obstrução de Extintores

A obstrução dos
extintores além de
ser ilegal, atrapalha a
sua utilização com
eficiência.
Cuidados com Extintores

INSPEÇÕES MENSALMENTE

ANUALMENTE OU
SEMPRE QUE VERIFICAR
MANUTENÇÃO ANOMALIAS DURANTE
AS INSPEÇÕES

ANUALMENTE OU
RECARGA QUANDO UTILIZADO

TESTE A CADA CINCO ANOS


HIDROSTÁTICO
Verificar constantemente se o extintor está
pressurizado.
Manutenção:
Serviço efetuado no extintor de incêndio por empresa
certificada, com a finalidade de verificar e manter as
condições de operação do extintor após sua utilização ou
quando requerido por uma inspeção técnica. Pode ser:

1º Nível – manutenção corretiva efetuado no próprio local


onde encontra-se instalado o extintor, não havendo
necessidade de removê-lo para oficinas especializada.

2º Nível – manutenção de caráter preventivo e corretivo que


requer a execução de serviços com equipamentos e local
apropriado por empresa devidamente certificada.

3º Nível – processo de revisão geral do extintor, incluindo a


execução de ensaios hidrostáticos.
Frequência dos serviços de manutenção

Extintor com carga de água e pó químico:


dever ser inspecionado anualmente, e essa
inspeção é que vai determinar o nível de
manutenção a que o extintor deve ser
submetido.

Extintor de CO2 (dióxido de carbono):


deve ser inspecionado a cada seis meses
para verificar a perda da carga. Se a perda
for superior a 10%, o extintor deverá ser
recarregado.
Ensaio hidrostático: deve-se efetuar o teste hidrostático de 5
em 5 anos. O teste é a prova a que se submete o extintor (2,5
vezes a pressão de trabalho) para verificar a existência de
danos físicos.
IMPORTANTE

Para segurança do prédio, exija da empresa que está


efetuado a recarga ou manutenção dos extintores, outros
extintores para substituir os seus, enquanto estiverem na
manutenção.

Sempre que o extintor passar por manutenção ou


inspeção, exija a Ordem de Serviço (onde consta a relação
das peças que foram trocadas e/ ou descrição detalhada do
serviço prestado) devidamente preenchida e assinada pelo
técnico responsável pela manutenção, acompanhada da Nota
Fiscal protegendo, assim, também os seus direitos de
consumidor.
Como debelar pequenos incêndios
O combate a um incêndio é uma tarefa mais difícil do
que se possa imaginar. A primeira grande dificuldade concentra-
se no calor irradiado do incêndio, some-se a isso, a fumaça que
é liberada impedindo a visão, intoxicação e até mesmo crepitar
do fogo, formam um cenário que assusta, e que, somente a
prática pode proporcionar alguma destreza nessa situação.
Vale lembrar que todo grande incêndio inicia-se com um
pequeno foco, e uma vez detectado, nos primeiros minutos,
pode e deve ser facilmente extinto, utilizando-se para isso dos
recursos que se tem. Entretanto, a eficácia desse trabalho,
depende em muito, não só dos meios utilizados, mas também
da forma como são empregados e, mais uma vez para alguém
que nunca utilizou um desses equipamentos, será muito
provável que não use da forma mais eficaz e nem da forma
mais segura. Por esse motivo é importante: Todas as pessoas
dever participar de treinamento prático e estarem preparadas
para agir.
Para debelar um princípio de incêndio, ou seja, um
incêndio na sua fase inicial, os extintores de incêndio são os
meios mais eficientes. A sua devida utilização permite atacar as
chamas incipientes, controlar e conter o seu desenvolvimento.
Apesar de suas dimensões relativamente reduzidas e de sua
fácil utilização, o manuseio de um extintor requer um
treinamento básico.

Uma vez identificado o princípio de incêndio (o que está


queimando), utilize o extintor de incêndio adequado. Se não for
possível, utilize os recursos que dispõem, tais como os
hidrantes. Mas não esqueça de desligar a corrente elétrica,
principalmente se tiver que usar água.
Técnicas de combate a incêndios com extintores
 Retire o extintor do suporte e caminhe até o local do princípio de
incêndio. Durante o trajeto transporte o extintor sempre na posição
vertical.

 Retire o pino de segurança, rompendo o lacre.

 Aproxime-se do foco de incêndio progressiva e cautelosamente.

 Empunhe com segurança a mangueira do extintor, aperto o gatilho


tomando os seguintes cuidados: Se for o extintor de CO2, segure-o pelo
“punho” e não pelo difusor, pois este, durante do uso congela, podendo
“queimar” a mão.

 Dirija o jato do extintor para a base das chamas. Atente para “varrer”,
devagar, toda a superfície da base das chamas tendo o cuidado de agir
sempre no sentido do vento.

IMPORTANTE: Nos casos dê incêndio em combustíveis líquidos, o jato


lançado pode espalhar o fogo, e, por conseguinte o próprio incêndio.
Ações imediata
Enquanto o fogo é combatido, outras ações são
desencadeadas:
 Faça sair todas as pessoas do local sinistrado.
 Não grite “Fogo”, e nem sai correndo para fora do local. Essa
atitude pode desencadear pânico e dificultar a saída de
algumas pessoas da edificação.
 Interrompa o fornecimento de gás, fechando o registro do gás
de cozinha.
7 – Métodos de extinção
MÉTODOS DE EXTINÇÃO
DOS INCÊNDIOS
Existem diferentes processos para
romper-se essa combinação, os quais são
conhecidos como RESFRIAMENTO,
ABAFAMENTO e ISOLAMENTO.
RESFRIAMENTO
O método RESFRIAMENTO é utilizando principalmente
nos incêndios Classe “A”, pois essa classe necessita de
resfriamento para sua extinção e o agende extintor mais
apropriado para combate esse princípio de incêndio é a água,
pelo poder de penetração que ela possui.
ABAFAMENTO
O método ABAFAMENTO é recomendado principalmente
para os incêndios Classe “B” e “C”, que consiste na retirada ou
diminuição do oxigênio, ou ainda, a interrupção da reação em
cadeia. O Pó Químico, destaca-se como excelente agente
extintor, seguido do CO2.

IMPORTANTE
Se você não dispuser de extintor de CO2 ou Pó Químico, utilize água na
extinção de incêndio, mas não esqueça: DESLIGUE a corrente elétrica.
ISOLAMENTO

Consiste no isolamento do combustível.


Isolamento com
porta corta-fogo.
8 – Prevenção de
incêndio
8 – Prevenção de incêndio
A prevenção de incêndios consiste em um
conjunto de medidas que tem por objetivo evitar o
surgimento de um princípio de incêndio.
A maioria das ocorrências pode ser atribuídas
principalmente, à falta de atenção às regras de
segurança na utilização das instalações elétricas,
no manuseio dos aparelhos eletrodomésticos, no
hábito de fumar ou no armazenamento de produtos
inflamáveis.
Prevenção de incêndio, uma questão de
ATITUDE.
Muitas pessoas acreditam que não precisam
se preocupar com a segurança contra incêndio, pois
a edificação onde moram ou trabalham é moderna e
dispões de todos os equipamentos de detecção e
combate a incêndio.
Na realidade, a existência desses equipamentos, por si só, não
vai evitar a eclosão de um princípio de incêndio. As edificações
não pegam fogo por serem antigas. A não ocorrência de
incêndios, será influenciada, em grande parte pelo acatamento,
por todos, das medidas básicas para prevenção de incêndios.

A prática de procedimentos corretos, para a


prevenção contra incêndio, deve ser antes de uma
obrigação, um exercício de cidadania.
c) Trabalhos a quente.
d) Fósforos.
e) Fumantes.
f) Uso inadequado de produtos inflamáveis.
g) Descuido com ferro elétrico de passar roupas.
h) Vela acesa.
i) Explosões.
l) Produtos químicos.
m) Descuido ao cozinhar.
n) Queima de resíduos (lixo) em locais inadequados.
Fumante descuidado

Os cigarros são responsáveis por grande parte dos


incêndios ocorridos nas edificações. Nunca fume na cama
quanto estiver sonolento ou em lugar que você possa
adormecer. Grandes incêndios têm como causa, essa prática.

Lembre-se: um toco de cigarro


jogado fora inda acesso pode
provocar incêndios, como o que
aconteceu em 2006 numa
província chinesa, causando a
morte de 53 pessoas num
shopping.
Sidney César de Souza Rego, 42 anos, morreu carbonizado nesta manhã de
sexta feira, fato ocorrido no bairro Nova Califórnia, periferia de Itabuna-BA.
Segundo informações, a vítima, que era deficiente físico, tinha o hábito de fumar
charuto. Ele adormeceu com o charuto na boca, o mesmo caiu na cama e pegou
fogo.
Fonte: http://www.vermelhinhoba.com.br
Evite o álcool no acendimento de
churrasqueiras. A substituição do álcool na sua forma
líquida, por tabletes de gel, é muito mais seguro.
O descuido com o ferro elétrico

Segundo pesquisas realizadas, cerca de 40 (quarenta)


incêndios domésticos diários, são causados pelo esquecimento
de ferro elétrico deixado ligado, por ocasião no ato de engomar
roupas. Com o ferro ligado em cima da roupa o fogo não demora.
A atenção deve ser redobrada nas residências onde têm
crianças, pois, além de riscos de incêndio, há o risco de
acidentes, já que as crianças adoram puxar o fio do ferro que está
sobre a tábua de passar, provocando assim gravíssimas
queimaduras.
Líquidos inflamáveis

Se tiver que guardar líquidos inflamáveis em casa, que


sejam em pequenas quantidades e em recipientes
apropriados, devidamente vedados e em local distante de
fontes de calor. Não se dever utilizá-los para limpeza de pisos,
evitando assim, o acúmulo de vapores inflamáveis. Também
não se deve despejar líquidos inflamáveis em ralos, pias,
vasos sanitários, esgotos, etc.
Gás de cozinha (GLP)

O Gás Liquefeito de Petróleo – GLP, também conhecido


como gás de cozinha, presente em quase todos os lares
brasileiros, é um gás extremamente inflamável, obtido do gás
natural ou dos gases produzidos nas operações de refino de
petróleo. Tem na sua composição: 50% de Propano e 50% de
Butano.
Muito se tem ouvido falar de acidentes (incêndios e
explosões) provocados pelo gás de cozinha. Não há dúvida:
podemos dizer que o gás é tão perigoso quanto o automóvel que,
bem utilizado, nos proporciona conforto e satisfação, mas,
quando usado inadequadamente, provoca graves acidentes.

Caso de queimaduras são frequentes, destruição de


residências também. Em 1972, um incêndio ocasionado por um
botijão de gás num hotel em Seul, na Coréia, provocou a morte
de 166 pessoas. Em 1996, em Osasco, São Paulo, uma explosão
num shopping, resultou na morte de 42 pessoas. Também em
2006, uma explosão de GLP destruiu três casa e provocou a
morte de duas pessoas na periferia de Fortaleza, Ceara.
O gás de cozinha é tóxico?

O gás de cozinha não é tóxico e seus vapores não são


venenosos. Entretanto, é um gás asfixiante e anestésico se
aspirado em grandes concentrações, podendo provocar
vertigem e à morte se o vazamento for em local confinado e
sem ventilação, por reduzir a concentração de oxigênio.
Explosão Ambiental

Muito frequente, a explosão ambiental se dá quando,


após haver um vazamento de gás, a mistura gás-ar do
ambiente se torna altamente explosiva. Esse ar, repleto de gás,
ao encontrar um ponto de ignição qualquer que desprenda
calor, como por exemplo, o acionamento de um interruptor de
luz, ou de um eletrodoméstico qualquer, provoca uma violente
explosão.
Ruptura da válvula de segurança

O botijão acima de 5 kg é dotado de um plug fusível,


contendo uma liga de chumbo que se romperá com o aumento
da temperatura, em torno de 70°, liberando a passagem do
gás. Nessa situação, existe a possibilidade de gás se inflamar
formando uma “língua de fogo” de razoável alcance. Nesse
caso, e tendo que intervir, é conveniente ficar postado ao lado
contrário ao da válvula de segurança, a fim de evitar
acidentes, mesmo porque ela poderá romper-se até mesmo
depois do fogo haver extinto.
Vazamento

Se por um lado os botijões dificilmente explodem, por


outro, os vazamentos são frequentes e perigosos devido à
possibilidade de explosão do ambiente. Existem dois tipos de
vazamentos:

Vazamento sem fogo

É um vazamento de oferece risco bastante grave, se for


intenso e demorado, em virtude do acúmulo de gás que se
forma no interior da edificação, visto ser mais pesado que o ar,
podendo, qualquer chama ou centelha, provocar uma
explosão.
9 – EPI e Proteção
respiratória
9 - Equipamento de Proteção Individual – (EPI) e
Equipamento de Proteção Respiratória (EPR)
Os equipamentos de proteção individual são
fundamentais para a segurança do brigadista durante um
evento de sinistro.
Os equipamentos de proteção individual devem ter boa
resistência, serem práticos quanto à sua utilização e devem
possuir condições de fácil manutenção.
O usuário do equipamento de proteção individual deve
atentar para a finalidade que o equipamento foi concebido,
respeitando seus limites. Para tanto, deve conhecer e ter
acesso às especificações técnicas que, além de fornecer
maior conhecimento quanto ao manuseio, finalidade e limites,
permitem que o usuário atente para a devida conservação,
manutenção e guarda.
Importante salientar que os equipamentos de proteção
individual e de proteção respiratória não impedem que um
acidente ocorra, mas reduzem sobremaneira suas
consequências, evitando ou diminuindo as lesões físicas
potenciais.
Os equipamentos de proteção individual são compostos de:

 Capacete: que ofereça proteção adequada para a cabeça,


face e olhos quanto a exposições ao calor e a impactos,
sem contudo reduzir a capacidade de audição e visibilidade
por parte do brigadista.
 Capuz: que ofereça proteção adequada para a cabeça e
pescoço quanto a exposições ao calor e que seja de fácil
colocação bem como confortável.
 Capa: que ofereça proteção adequada para o tronco e
membros superiores quanto a exposições ao calor, bem
como razoável proteção química contra substâncias que
possam haver no local de ocorrência, sem contudo reduzir
a capacidade de mobilidade do bombeiro, devendo ainda
ser confortável, leve e de fácil colocação.
 Bota: que ofereça proteção adequada para os pés quanto a
exposições ao calor, objetos cortantes ou perfurantes, além
de razoável proteção contra substâncias químicas que
possam haver no local de ocorrência, sem contudo reduzir
a capacidade de maneabilidade do brigadista, devendo
ainda ser confortável, leve e de fácil colocação.
 Calça: que ofereça proteção adequada para o quadril e
membros inferiores quanto a exposições ao calor, assim
como razoável proteção química contra substâncias que
possam haver no local de ocorrência, sem contudo reduzir
a capacidade de mobilidade do bombeiro, devendo ainda
ser confortável, leve e de fácil colocação.
 Luva: que ofereça proteção adequada para as mãos quanto
a exposições ao calor, objetos cortantes ou perfurantes e
razoável proteção química contra substâncias que possam
haver no local de ocorrência, sem contudo reduzir a
capacidade de maneabilidade do bombeiro, devendo ainda
ser confortável, leve e de fácil colocação.
Além dos equipamentos de proteção individual (EPI)
adequados, em alguns caso são necessário equipamentos de
proteção respiratória utilizados nas operações de combate a
incêndio e salvamento.

Aparelho autônomo de ar respirável

O aparelho autônomo de ar
comprimido consiste de um cilindro
montado num suporte , fixado por
meio de duas cintas metálicas de
rápida abertura. O suporte é
transportado pelo brigadista,
utilizando-se uma alça em cada ombro
e um cinto ajustável na altura do
abdómen.
Limpeza e higienização
Após cada utilização, os aparelhos autônomos de ar
respirável devem ser limpos e higienizados.
Para a limpeza da máscaras facial o procedimento é
o seguinte:
a) desmontar a peça facial, removendo o diafragma de voz,
membrana das válvulas, válvula de demanda e qualquer outro
componente recomendado pelo fabricante.
b) lavar a cobertura das vias respiratórias com solução aquosa
de detergente para limpeza normal a 43°C, ou com solução
recomendada pelo fabricante. Usar somente escova macia para
remover sujeira.
c) enxaguar com água morna limpa (no máximo 43°C) e
preferencialmente água corrente.
d) quando o detergente não contém agente desinfetante, os
componentes da máscara devem ficar por 2 minutos numa
solução de 50 ppm de cloro. Ela é obtida pela mistura de 1 ml de
água sanitária em 1 litro de água a 43°C.
e) enxaguar bem os componentes em água morna (43°C),
preferencialmente água corrente, e deixar a água escorrer. O enxague
evita dermatite pela ação do desinfetante e evita a deterioração da
borracha.
f) os componentes devem ser secos manualmente com o auxílio de um
pano de algodão seco, que não solte fios.
g) montar novamente a peça facial e recolocar os componentes
desmontados.
h) verificar se todos os componentes estão funcionando
perfeitamente. Substituí-los, se necessário.
11 – Equipamento de combate
a incêndio – II
Hidrante
São dispositivos conectados à canalização hidráulica da
edificação, composto de um registro globo com adaptador,
permitindo, aos próprios moradores, o fornecimento de água, se
necessário, para combate a incêndio, através do acoplamento
de mangueiras de incêndio.

O Suprimento de água a rede de hidrante é feira através


de um reservatório específico para esse fim instalado na própria
edificação.
Localização
Os hidrantes estão instalados geralmente numa caixa
que serve de abrigo para mangueiras, esguicho e chave de
mangueira.

Utilização

O hidrante será utilizado nas


operações de extinção de incêndios
das edificações, quando o extintor de
incêndio já não é eficaz. É
fundamental participar do
treinamento prático para aprender as
técnicas corretas de utilização do
hidrante.
Manutenção

A rede de hidrantes deve ser inspecionada e testada


regularmente pela brigada de incêndio. E, quando necessitar de
reparos deverá contratar uma empresa especializada e
credenciada para esse fim.

Recomendações

Abrir e fechar periodicamente os registro dos hidrantes e


recalque para evitar “gripagem”.
Esguicho
É uma peça metálica que, conectada à mangueira,
permite a formação de jato d’água na extinção.

Existem dois tipos: Regulável e Agulheta. Nas


edificações, o mais usado é do tipo Agulheta, também
conhecido com Universal. Esse esguicho apresenta o
inconveniente de não se poder ter o controle da saída do jato
d’água.
Chave de mangueira
É uma ferramenta (acessório) utilizada para ajudar nas
operações de combate ao fogo, no processo de engate e
desengate das mangueira junto ao hidrante e/ ou ao esguicho.
Deve ficar guardada juntamente com as mangueiras e o
esguicho no abrigo de incêndio.
Mangueira de incêndio
É um equipamento que se destina a conduzir água sob
pressão para extinção dos incêndios. Apresenta duas parte: um
tubo interno de borracha sintética e um tecido externo,
confeccionado com fibras sintéticas em poliéster, tendo, em
cada uma das extremidade, uma peça metálica denominada
junta de união, tipo “STORZ”, que serve para conectar as
mangueiras aos hidrantes, ao esguicho ou conectar as
mangueiras entre si.
Tipos de mangueiras

As mangueiras de incêndio são encontradas em


diversos tipos, sendo as do Tipo 1, destinadas a edifícios de
ocupação residencial, e as do Tipo 2, destinadas a edificações
comerciais ou industriais. O Tipo da mangueira deverá ser
consultada no projeto de incêndio da edificação, que deverá
estar aprovado pelo Corpo de Bombeiros.
Quanto ao diâmetro (largura da boca da mangueira),
podemos encontrar as de 38 e 63 mm, sendo as mais usadas
nas edificações residenciais e comerciais as de 38 mm (também
chamadas de 1 ½”), com lances que variam de 15 a 30 metros
de comprimentos.
Importante

Certifique-se de que, nas extremidades da mangueira,


possa ler a seguinte marcação: nome do fabricante, número de
NBR 11861, tipo, mês e ano da fabricação. A falta dessa
marcação, em uma das extremidade da mangueira indica que
ela não atende aos quesitos de qualidade e segurança.
Forma de acondicionamento

Existem diversas formas de se guardar as mangueiras


nos abrigo. Nos condomínios residenciais e comerciais, vamos
encontrar nas formas: aduchada ou sanfonada.

Recomendamos a preferência pela forma aduchada,


devido ao fácil manuseio no combate ao incêndio e em seu
transporte, além de quê, por apresentar penas uma dobra, o
desgaste do duto ser pequeno.
Manutenção das mangueiras
1 – Efetue vistoria, regularmente, nas caixas de incêndio, a fim de verificar se
as mangueiras e os esguichos se encontram no local, e se os abrigos não
estão sendo utilizados para guardar produtos de limpeza e/ ou outros
materiais.

2 – A mangueira deverá estar sempre desconectada na caixa de abrigo, com


os acoplamentos (juntas de união) enroladas para fora, facilitando o engate
ao hidrante e no esguicho quando for utilizada.

3 – Não permita, de forma alguma, que as mangueiras sejam utilizada em


lavagem de garagens, pátios, carros particulares, etc.

4 – A fim de aumentar a vida útil da mangueira e evitar a formação de vincos


nos pontos de dobra, recomenda-se que, semestralmente, as mesmas sejam
retiradas dos abrigos das mangueiras onde são guardadas, desenroladas e
novamente enroladas no sentido contrário.

5 – Deve-se evitar, a qualquer custo, quedas ou pancadas nas juntas de


união ou arrastá-las sobre o chão, evitando deformações que poderão
dificultar o seu acoplamento (engate).
6 – Em operações, deve-se evitar arrastar as mangueiras em arestas, quinas
ou cantos vivos de paredes, pois o atrito ocasiona desgaste na lona.

7 - Após o uso, a mangueira jamais deverá ser guardada molhada. A água


contida em seu interior deverá ser retirada, e então, a mangueira posta a
secar, de preferência, à sombra, suspensa por uma das juntas de união.
Somente quando seca, será enrolada e levada novamente ao seu local de
origem.

8 – Quando tiver que retirar a mangueira do abrigo por um longo período,


para efetuar sua manutenção, é aconselhável dispor de uma outra para
deixar no lugar.

9 – Utilize grafite nas juntas de união e pó industrial na borracha de vedação,


para evitar o ressecamento.

10 – As mangueiras deverão ser inspecionadas de três em três meses, e o


teste de pressão, anualmente, a fim de verificar as condições de uso.
Chuveiros Automáticos – Sprinklers
O sistema de chuveiros automáticos ou sprinklers, é uma
instalação hidráulica de proteção contra incêndios situada no
teto da edificação, sendo acionada automaticamente, sem a
interferência direta do homem, detectando e extinguindo um
princípio de incêndio. É constituído pelo reservatório,
canalizações que percorrem toda a área a ser protegida, pelos
picos difusores de água e válvulas de comando.
Funcionamento
Os bicos difusores de água, distribuídos
estrategicamente por toda a área a ser protegida, são vedados
por uma ampola de vidro, que contem em seu interior um líquido
termossensível (mercúrio). Com o aumento da temperatura,
provocado pelo incêndio, esse líquido de cor avermelhada, irá
expandir-se até que, ao atingir um temperatura de 68° C,
provoca a ruptura da ampola de vidro e a consequente liberação
da passagem da água sob pressão no ambiente afetado. Para
que o sprinkle atinja essa temperatura, é necessário que o fogo
já tenha alcançado médias proporções, não podendo mais ser
caracterizado como princípio de incêndio.
Importante
É de suma importância que os brigadistas e funcionário
da edificação, saibam onde se interrompe o fluxo d’água dos
sprinklers, pois, vindo a funcionar em caso de incêndio, o
mesmo continuará jogando água no ambiente, mesmo após sua
extinção, provocando, ainda mais, danos desnecessários ao
patrimônio.

Manutenção
O sistema deverá ser inspecionado regularmente por
pessoas qualificadas, e quando necessário contratar um técnico
ou uma empresa especializada para fazer as manutenções.
12 – Equipamentos diversos
Equipamentos de detecção, alarme e iluminação

É um sistema que detecta e sinaliza a ocorrência de


incêndio. Esses equipamentos devem ser instalados em
edificações quando o início do incêndio não pode ser
prontamente percebido de qualquer parte da edificação pelos
seus ocupantes. São instalados conforme projeto de incêndio da
edificação aprovado no Corpo de Bombeiros.
Principais tipos de detectores de incêndio

Detectores de calor (Termovelocimétrico): São


sistemas que deflagram um alarme na Central de Controle,
quando no local onde encontra-se instalado, ocorre um aumento
de temperatura.
Detector de fumaça: é um sistema de detecta e sinaliza
a presença de fumaça no ambiente. Seu funcionamento é
automático de deflagra um alarme na Central de Controle.
Detectores de gases de incêndio: são sistemas
sensíveis aos gases produzidos pela combustão e/ ou pela
decomposição térmica (GN, GLP, CO, etc).
Acionadores manuais de Alarme

Os acionadores manuais de alarme são botoeiras que,


normalmente, ficam pressionados por uma placa de vidro.

Quando esse vidro é quebrado, provoca a liberação do


botão, que abrirá ou fechara um contato elétrico. O sinal elétrico
gerado, provocará a sinalização em um painel central de
controle, que identificará a origem do alarme. Em algumas
edificações existem ainda avisador sonoro ligado a uma ou mais
sirene.
Iluminação de emergência

Na ocorrência de corte no suprimento de energia


elétrica, seja em condições normais ou em situações de
emergência, a iluminação das vias de escape deve ser mantida.
Para isso, as edificações devem dispor dos seguintes sistemas:

Luminária
emergência
Gerador emergência
Grupo gerador: na falta de energia elétrica por parte da
companhia elétrica, entra em funcionamento o moto-gerador
passando, automaticamente, a alimentar as instalações vitais ao
funcionamento e à segurança da edificação e de seus
ocupantes. Entre esses equipamentos estão alguma luminárias
do sistema de iluminação normal, distribuídas,
estrategicamente, por todos os pavimentos. O inconveniente
desse sistema é a possibilidade de ocorrência de pânico e
acidentes durante o período de tempo decorrido desde a
interrupção do fornecimento de energia até o reacendimento
das luminária alimentadas pelo gerador da edificação que é em
média de 8 segundos.
Luminárias de emergência

São luminárias com suprimento autônomo de energia


através de baterias (com autonomia superior a 1 hora de
funcionamento), instaladas em vários pontos da edificação, tais
como: escadas de emergência, corredores de circulação,
elevadores, rotas de saídas, etc.
Sinalização de segurança

São placas e adesivos de sinalização que visam reduzir


os riscos de ocorrência de incêndio, facilitar a localização dos
equipamento de prevenção e combate a incêndios, assim como
as saídas de emergências e demais orientações adequadas na
ocorrência de um incêndio. São utilizadas para chamar atenção
de extintor de incêndio, hidrante, saída de emergência e
proibição de fumar.
Para-raios (Proteção contra descargas elétricas
atmosféricas)

É um sistema composto de captores, descidas, conexões


e eletrodos de terra destinado a proteger uma estrutura dos
efeitos de uma descarga elétrica atmosférica (raio), mas que
para conseguir atuar com eficiência, deve estar com todos os
elementos que compõem o sistema em perfeitas condições.

A norma que regular as instalações de Para-Raios é a


NBR 5419 da ABNT e contempla dois tipos: O sistema Franklin
(quatro pontas) e o Gaiola de Faraday, que consiste em uma
malha de captação, formando módulos retangulares, sempre
utilizando cabo de cobre nu passando por suportes isoladores,
sendo uma opção muito utilizada em sistema de para-raios.
Art. 30. da Lei 8399/ 2005. Lei de Segurança Contra
Incêndios e Pânico de Mato Grosso. As edificações, instalações
e locais de risco deverão ter suas instalações elétricas e
sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA)
executados, de acordo com as prescrições das normas
brasileiras oficiais.
Sistema Franklin (quatro pontas)
Gaiola de Faraday
Elevador de segurança

O elevador de segurança é um sistema que mantém um


elevador alimentado por circuito próprio, projetado de forma a
não sofre interrupção de funcionamento durante um incêndio.
Ainda são raras as edificações que dispõem desse tipo de
sistema.
13 – Abandono de área
Abandono de área (meios de escape)
Escada de emergência com antecâmara

É uma escada existente nas edificações, envolvidas por


paredes de alvenaria de 25 cm de espessura, resistente a cerca
de quatro horas de fogo, dotada de antecâmara com dutos de
ventilação mecânica (venezianas com entrada e saída de ar),
abrindo diretamente para o exterior, o que, em caso de incêndio,
funciona como uma barreira à entrada de fumaça ao seu
interior, evitando asfixia das pessoas pela fumaça.
De acordo com a norma é obrigatório a instalação de
corrimões nos dois lados do vão da escada (que devem ser
construídos em material rígido, com todos os cantos
arredondados, firmemente fixados às paredes, de modo a
oferecer condições seguras de utilização).
As escadas de segurança
devem ser utilizadas para
abandono do prédio em caso de
emergência e têm sua chegada na
portaria. Somente através de
exercícios práticos envolvendo
moradores e funcionários, se
conseguirá, de modo ordenado,
sem correrias e/ ou atropelos, a
evacuação com segurança em
situações emergenciais.
Para um perfeito funcionamento e uma correta utilização
da antecâmara, recomenda-se que em situações de incêndio, a
porta (que dá acesso ao vão da escada), somente seja aberta,
após fechada a porte do pavimento evitando assim a entrada de
fumaça, calor e gases tóxicos no vão da escada.

Dentro da caixa de escada e acima


da porta corta-fogo deve haver bem
visível a indicação do número do
pavimento correspondente, a fim de
que os ocupantes do prédio, saibam
onde se encontram e a indicação de
“SAÍDA” na porta do piso de
descarga.
Erros mais comuns
 Antecâmaras e vão das escadas de emergência obstruídos
por vasos de plantas, sacos de lixo, móveis, bicicletas, etc.

 Corrimão afixados por buchas em paredes que não garantam


um mínimo de resistência.

 Cantos do corrimão sem oferecer condições de segurança.


Porta Corta-Fogo

Confeccionada em chapa
de aço galvanizado com núcleo
isolante (manta de fibra),
material de alta resistência ao
fogo, tem como característica,
vedar totalmente a passagem
de calor, fumaça e gases
tóxicos para o interior da
escada enclausurada.
Uma porta fica instalada na antecâmara, evitando a
passagem do fogo para o seu interior. O duto de ventilação
dissipa os gases e evita a intoxicação das pessoas. A outra
porta protege o corredor da escada de segurança.
Recomendações:

As portas cortas-fogo e
escada com corrimões
arredondados e faixas
antiderrapantes são submetidos
a testes.
Foram classificadas de
acordo com as normas da
ABNT. Sendo que, nas escadas
enclausuradas dos edifícios
residenciais e comerciais, são
utilizadas, respectivamente, as
denominadas P-60 e P-90
(minutos de resistência ao
fogo).
As portas corta-fogo abrem-se de fora par dentro
(sentido de fuga) exceto a última, chamada de descarga, que
abre no sentido contrário, ou seja, de dentro para fora. As
portas devem ser providas de molas hidráulicas de modo a
permanecer sempre fechadas, NUNCA TRANCADAS com
cadeados, fechaduras, etc.
Verifique se nas portas corta-fogo do seu edifício estão
afixados os selos de marca de conformidade ABNT. Esta é a
indicação de que elas foram construídas de acordo com as
normas de padrão (qualidade) da ABNT.
Todas as portas devem ser sinalizadas com “SAÍDA DE
EMERGÊNCIA”.
Atualmente, encontramos portas corta-fogo que dispõem
de um barramento instalado horizontalmente (barra anti-pânico)
na porta que as mantêm sempre fechadas, sendo
automaticamente abertas, ao acionar esse dispositivo.
Procedimento para abandono da edificação
Admitindo-se que não foi possível extinguir o fogo, nem
mesmo controla-lo a fim de evitar a sua propagação, abandone
o local. Siga o que contém no Planto de Abandono da
edificação.
 Trate de sair pelas portas principais ou de emergência de
maneira rápida, sem gritos, em ordem, sem correrias,
sempre seguindo a sinalização do prédio.

 Feche as porta e janelas (sem trancá-las) a fim de evitar que


as chamas aumentem (devido as correntes de ar) e se
alastrem por outras dependências.

 Use a escada de segurança do prédio, nunca use o elevador.


Um incêndio razoável pode determinar o corte de energia
elétrica e você ficar preso na cabie do elevador.

 Procure sempre descer e nunca subir. Subindo você


dificultará o trabalho das esquipes de salvamento.

 Pessoa idosas, deficientes, gestantes nunca devem descer


sozinhas as escadas de emergência e sim acompanhadas.
Informações complementares
Molhe bastante sua roupa e mantenha-se sempre vestido
para proteger-se do fogo. Em geral, uma pessoa cuja roupa
pegou fogo, procura correr. Não o faça: a vítima deve procurar
não respirar o calor das chamas. Para evitar, dobre os braços
sobre o rosto, apertando-os. Jogue-se ao chão e role, ou
envolva-se numa coberta, de preferência molhada.
Verifique com o departamento de
segurança da sua empresa ou com
o sindico de seu prédio se a
edificação possui um Planto de
Abandono. Peça uma cópia e faça
a leitura juntamente com seu
colegas de trabalho ou sua família.
Pessoas com mobilidade reduzida.
Carro escalador de escada
Carro escalador de escada
Descida com
carro escalador de
escada
14 – Riscos específicos da
planta
1) Quais os principais
riscos de incêndio em
seu local de trabalho?

2) Faça uma avaliação e


discuta com o grupo.
15 – Psicologia em emergência
Psicologia em Emergências
O trauma psicológico é uma experiência que atinge a
capacidade de suportar um revés, traz a perda de sentido,
desorganização corporal e paralização da consciência temporal,
pode deixar marcas que influenciam a criatividade e a
motivação para a vida.
Lidar com situações de emergência exige, sobretudo, um
ótima capacidade de lidar com mudanças, pois, nas situações-
limite, o desafio é a superação da impotência e o desamparo
que, quase sempre, podem “colar” nas vítimas e também nas
pessoas envolvidas.

O tema das emergências


é atual, de relevância social e
científica e, por consequência,
envolve a questão dos primeiros
auxílios psicológicos. Estudá-lo
irá ajuda-lo na compreensão e
na ação diante de acidentes e
situações inesperadas.
Você já presenciou ou teve que agir em situações como essas?
Conceitos

Emergência:
 Situação crítica, acontecimento perigoso ou fortuito,
incidente, casos de urgência, como prestar atendimento de
primeiros socorros ou combate a incêndio.
 Situação que exige providências inadiáveis.
 Diz-se de uma situação que exige cuidados imediatos,
podendo não estar em situação iminente de morte.
A psicologia das emergências estuda o comportamento
das pessoas nos incidentes críticos, acidentes e desastres,
desde uma ação preventiva até o pós-trauma e, se for o caso,
subsidia intervenções de compreensão, apoio e superação do
trauma psicológico às vítimas e aos profissionais (brigadistas).
O imprevisível incomoda, desequilibra
e silencia a onipotência de todo ser humano.
Viver uma situação-limite pode fragilizar ou,
também, pode ser um momento para
fortalecer e fazer com que a pessoa veja a
vida com outros olhos, com outro corpo,
muitas vezes, o que propicia a aquisição de
valores, até então, desconhecidos no projeto
de vida e, portanto, na construção diária da
cidadania.
Angústia

A angústia é um estado emocional e físico que envolve


conflitos com forte discrepância entre processos interiores e as
possibilidades de satisfazê-los, isto é, é uma emoção que tem
como principal característica o fato de ser desagradável.
Acontecimentos inesperados fazem parte da história
humana, das sociedades e está presente, inevitavelmente, na
vida de todos. As questões das emergências são:
 Como se lida com isso?
 Como as pessoas reagem e quais os efeitos na suas vidas?
 Como a sociedade responde, através de suas instituições,
dentre muitas outras dimensões e implicações que surgem
nessa antiga problemática que convive na sociedade?
Vida, amor e morte são temas da
angústia pública. Viver uma situação-
limite de um acidente ou desastre gera
as contradições da relação pessoa –
sociedade – natureza – diante da
principal dimensão contemporânea: a
incerteza.
Trauma

A palavra trauma provém do grego e quer dizer ferida. No


dicionário Aurélio (Ferreira, 1986) é conceituada, também, como
uma “agressão emocional capaz de desencadear perturbações
psíquicas e, em decorrência, somáticas”.

Acontecimentos da vida do indivíduo que se definem por


sua intensidade e pela incapacidade em que se acha o indivíduo
de responder de forma adequada, pelo transtorno, pelos efeitos
patogênicos duradouros que provocam na organização
psíquica.

O trauma é uma experiência que atinge a capacidade de


suportar um revés, traz a perda de sentido, desorganização
corporal e paralisação da consciência temporal.
Desastres

Resultado de eventos adverso, naturais ou provocados


pelo homem, sobre uma população vulnerável, causando danos
humanos, materiais e ambientais e consequentemente
prejuízos econômicos e sociais.
Classificação das vítimas de desastres

De acordo com Taylor (2006), as vítimas podem ser


classificadas em:
 Vítimas de primeiro grau: são as que sofrem o impacto direto das
emergências ou desastres com perda materiais e danos físicos.
 Vítima de segundo grau: são os familiares e os amigos das anteriores.
 Vítima de terceiro grau: são as chamadas vítimas oculta, constituídas
pelos integrantes das equipes de primeiros auxílios, com SAMU,
bombeiros, médicos, psicólogos, policiais, pessoas da defesa civil,
voluntários e outros.
 Vítima de quarto grau: é a comunidade afetada em seu conjunto.
 Vítima de quinto grau: são as pessoas que ficam sabendo através dos
meios de comunicação.
 Vítima de sexto grau: são aquelas pessoas que não se encontravam no
lugar do acontecimento por diferentes motivos.
Reações Humanas

Muitas vezes, projetos de sistemas de emergência e


planos de abandono ou atendimento são elaborados levando
em conta apenas aspectos técnicos, sem considerar
características do comportamento humano.

Embora os códigos de
segurança atuais reflitam uma
compreensão mais profunda do
comportamento humano em
emergência, ainda existem
vários mitos sobre como iremos
nos comportar quando
ameaçados
Principais Comportamento Humano em Emergência

1 – Lutar ou fugir
O uso do termo lutar ou
fugir para descrever o
comportamento animal em
situação de ameaça foi cunhado
em 1915. Atualmente, é
bastante difundido o conceito de
que os seres humanos, quando
exposto a situações de medo ou
estresse extremo, irão de modo
imediato “lutar ou fugir”, isto é,
irão enfrentar a situação
diretamente ou tomar uma ação
evasiva.
2 – Pânico
Embora raro, o pânico (agir de
forma antissocial e egoísta) ainda
pode existir em algumas situações.
Pesquisadores americanos,
concluíram que para a existência de
pânico são necessárias três
condições: as pessoas devem ter a
sensação que estão sendo
aprisionadas, dever ter uma grande
sensação de impotência e um
profundo isolamento. A sensação ou
ameaça de aprisionamento é mais
relevante que a certeza ou crença que
não há saída, quando o pânico não
costuma ocorrer.
3 – Afiliação

Um comportamento
comumente encontrado em
emergências – e muito diferente
do pânico – é a afiliação. Isto é,
quando ameaçados, somos
motivados a procurar pelo familiar
ao invés de simplesmente evadir.
4 – Viés de normalidade

Quando expostos a
sinais da existência de uma
emergência, como alarmes,
fumaça e ruídos, nós temos a
tendência de acreditar que tudo
está bem porque, antes daquele
momento, quase sempre a
situação esteve realmente bem.
Esta tendência é conhecida
como viés da normalidade.
5 – Dependentes

Outro mito é que,


passados os instantes iniciais
da emergência, os envolvidos
irão depender totalmente de
ajuda externa especializada.
Por outro lado, as equipes de
socorro nem sempre
conseguem responder em
tempo hábil, de modo que o
público se vê na necessidade
de trabalhar para a própria
sobrevivência.
Conhecendo alguns dos principais comportamentos
humanos frente a situações de crise pode-se tomar medidas
prévias que aumentem a probabilidade de sucesso frente a um
evento real.
Rotas de fuga:
Por meio de afiliação, as pessoas tendem a buscar o que lhes é
familiar em uma situação de emergência, de forma que, por exemplo,
buscam sair pela mesma porta pela qual entraram – rota já conhecida de
alguma forma.

Uma forma de buscar neutralizar os efeitos negativos deste


comportamento é reforçar os treinamentos de abandono de edificações, de
forma que todos os ocupantes conheçam e estejam realmente familiarizados
com as rotas de fuga e saída de emergência de seu ambiente de trabalho.

Funcionários em viagem de negócios devem ser orientados a, além


de conhecer os planos de abandono dos hotéis onde estejam hospedados,
também fazer um reconhecimento da rota de fuga.
Abandono:

O comportamento típico em emergência é a ausência


de pânico e até a presença de certo grau de cortesia que pode
atrasar o abandono de um prédio quando pessoas vindas de
andares superiores cedem passagem àquelas que ingressam
nas escadas vindas de andares inferiores, afetando,
principalmente, aqueles ocupantes dos andares mais altos de
evasão mais longo e consequentemente exposição ao risco
maior que os demais.

Treinamentos constantes facilitará o abandono da


edificação em uma situação de emergência real.
Recursos:
Embora raro, o pânico pode ocorrer. Por isso, o
planejamento de emergência deve ser feito eliminando sempre
que possível as condições de podem favorecer o surgimento do
pânico.
A sensação de aprisionamento pode ser minimizada, por
exemplo, pela correta sinalização e iluminação das rotas de
fuga. O uso de portas que se abram automaticamente em caso
de disparo de alarme de emergência também pode ser um
recurso valioso.
A sensação de impotência pode ser reduzida por
treinamento constante dos colaboradores e do recebimento de
informações mais completas, claras e rápidas quanto possível
sobre a crise enfrentada, tanto por parte das equipes de
respostas a emergência, quanto por parte das respectivas
chefias.
Participação:
Devido às características do comportamento humano –
aliadas às eventuais dificuldades para o pronto acesso de
equipes especializadas – o primeiro atendimento a uma
emergência em ambiente corporativo será executado,
provavelmente, pelos próprios trabalhadores.
Mesmo as empresas que possuem profissionais
dedicados à resposta a emergência, como Bombeiros
Profissionais Civis, podem ter a capacidade de respostas de
suas equipes excedida, por exemplo, no caso de emergências
múltiplas e simultâneas ou de grandes desastres.
Desta forma, é possível supor que quanto mais
envolvidas no planejamento, treinadas e preparadas para a
respostas estiverem as pessoas em seu ambiente de trabalho,
mais efetiva e integrada às equipes profissionais será esta
resposta espontânea.
Para isto, a Brigada de Incêndio, pode receber
treinamento com carga horária e abrangência de temas
superiores ao mínimo exigido legalmente e, principalmente, à
luz dos riscos específicos previamente identificados para a
empresa e de modo eficiente em caso de emergência.

Além disso, todos os funcionário, mesmo aqueles que


não fazem parte da Brigada de Incêndio, devem receber um
treinamento básico sobre a atuação em caso de emergência,
inclusive sobre o modelo de comando adotado pela empresa
para este tipo de evento, permitindo uma rápida integração com
as equipes de respostas à emergência, em caso de
necessidade.
Grupos:
Dentro de programas de responsabilidade social, muitas
empresas promovem visitas as suas instalações. Nestes casos,
atenção especial deve ser dada à presença de crianças, pois do
ponto de vista de sobrevivência, eles devem ser consideradas
como funcionalmente diferentes dos adultos, devido ao seu
estágio de desenvolvimento neurológico e cognitivo.
Todo grupo de visitante, especialmente crianças, deve ter
acompanhamento integral de um grupo de funcionários em
número suficiente e que estes funcionários recebam
treinamento prévio específico de como ajudar os visitantes em
caso de emergência.
O comportamento humano tem sido, muitas vezes,
negligenciado durante a fase de preparação para emergências
e desastres. Quando o aspecto humano é considerado, não
raramente condutas que não refletem a situação real dos
envolvidos em emergência levadas em conta.

Porém, o conhecimento dos mecanismos da atuação


humana frente a emergência pode eliminar essa visão
distorcida como os envolvidos irão se comportar. Assim, os
conceitos utilizados durante a fase de pré-crise irão levar a uma
previsão mais realista de como será o comportamento das
pessoas na situação emergência.
16 – Ferramentas de
salvamento
Ferramentas de salvamento

Machado brigadista/
bombeiro

Ferramenta
arrombamento
Ferramenta de
arrombamento/ Hooligan
Ferramenta para cortes
Torre de iluminação
Torre de iluminação
17 – Sistema de controle de
incidentes
Sistema de controle de incidentes.
Sistema de Comando de Incidentes (SCI) é a combinação de
instalações, equipamentos, pessoal, procedimentos, protocolos e
comunicações, operando em uma estrutura organizacional comum, com a
responsabilidade de administrar os recursos designados para alcançar
efetivamente o objetivo comum de estabilizar uma situação crítica e proteger
vidas, propriedades e meio ambiente.
Instalações

São três as instalações comuns que o Comandante do


Incidente (CI) pode estabelecer em um incidente. São elas:

 Posto de comando: é o lugar a partir do qual se exerce as


funções de comando, devendo ser instalado em todas
operações que utiliza o SCI, independente do tamanho e
complexidade das situação, no entanto as suas
características terão relação direta com o tamanho e
complexidade do evento.
 Área de Espera: é um local, delimitado e identificado, para
se dirigir as recursos operacionais que se integrarem ao SCI,
onde ocorre a recepção (check in) e cadastramento dos
recursos.

 Área de concentração de vítimas: é o local no cenário do


incidente onde estão concentradas as vítimas, aguardando o
momento exato para serem transportadas ao hospital de
referência.
Princípios do Sistema de Comando de Incidentes (SCI)

Considerando as particularidades dos órgãos envolvidos


em um incidente, o SCI adota 09 (nove) princípios que permitem
assegurar o deslanche rápido, coordenado e efetivo dos
recursos, minimizando a alteração das políticas e dos
procedimentos operacionais próprios das instituições ou
empresas envolvidas.

1 – Terminologia: No SCI todas as instituições/ empresas


envolvidas utilizam um terminologia padronizada e coerente,
visando um perfeito entendimento das partes envolvidas. Adota-
se, portanto, nomes comuns para os recursos e instalações,
funções e níveis do Sistema Organizacional com denominação
única
2 – Alcance de Controle: Para que não haja perda de controle,
nas ações operacionais, cada profissional envolvido no
incidente não pode se reportar a um número muito grande de
pessoas. Sendo assim o SCI considerado que o número de
indivíduos que uma pessoa pode ter a seu cargo com
efetividade é de 1 a 7, sendo que o ideal é cinco. Para o que o
alcance de controle seja sempre mantido, na medida em que os
recursos forem chegando torna-se necessário a expansão da
estrutura do SCI.
3 – Organização Modular: a organização modular do SCI está
baseada no tipo, magnitude e complexidade do incidente, sendo
que a sua expansão ocorre de baixo para cima, a medida que
os recursos são designados na cena e estabelecidos de cima
para baixo de acordo com as necessidades determinadas pelo
Comandante do Incidente. Este princípio permite que as
posições de trabalho possam somar-se (expansão) ou serem
retiradas (contração) com facilidade.
4 – Comunicações Integradas: na estrutura do SCI as
comunicações são estabelecidas em um único plano, onde é
utilizada a mesma terminologia, os canais e frequências são
comuns ou interconectados e as redes de comunicação são
estabelecidas dependendo do tamanho e complexidade do
incidente.

5 – Planos Consolidados em um só: Planos de Ação do


Incidente (PAI). A grande maioria dos incidentes não necessita
de um PAI escrito, mas sim mental, uma vez que para o período
inicial, ou seja, durante as primeiras 04 (quatro) horas do
incidente, este não se faz necessário.

6 – Cadeia de Comando: no SCI cada pessoa responde e


informa somente a uma pessoa designada, (Comandante do
Incidente, Gerente, Chefe, Encarregado, Coordenador, Líder,
Supervisor), caracterizando assim a unidade de comando.
7 – Comando Unificado: o comando unificado aplica-se
quando várias instituições com competência técnica e
jurisdicional promovem acordos conjuntos para manejar um
incidente onde cada instituição conserva sua autoridade,
responsabilidade e obrigações de prestar contas. No comando
unificado as instituições contribuem no processo para:

 Planejar de forma conjunta às atividades.


 Determinar os objetivos para o período operacional.
 Conduzir as operações de forma integrada.
 Otimizar o uso dos recursos.
 Designar as funções do pessoal sob um só plano de ação do
incidente.

Embora as decisões sejam tomadas em conjunto, deve


haver UM ÚNICO COMANDANTE. Será da instituição de maior
pertinência ou competência legal no incidente.
8 – Instalações Padronizadas: no SCI as instalações dever
possuir localização precisa, denominação comum e estarem
bem sinalizadas e em locais seguros. Algumas das instalações
que são estabelecidas em um incidente são: Posto de Comando
do Incidente, Base, Área de Espera, Área de Concentração de
Vítimas, Heliponto.

9 – Manejo Integral dos Recursos: este princípio garante a


otimização, controle e contabilidade dos recursos, reduz a
dispersão no fluxo das comunicações, diminui as intromissões e
garante a segurança do pessoal. É importante ficar claro que
cada recurso utilizado no incidente, independente da instituição
a que pertença passa a fazer parte do sistema, ficando sob
responsabilidade do Comandante do Incidente.

Você também pode gostar